Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualidade de vida é “a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.
Então, a qualidade de vida envolve o bem-estar espiritual, físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e amigos e, também, saúde, lazer, educação, habitação e outras circunstâncias da vida.
Mas quem tem direito à qualidade de vida? Parece uma pergunta sem sentido, porém facilmente esquecemos que toda pessoa humana precisa de vida saudável, conforme citou a OMS, e isso inclui a vida missionária religiosa.
Vamos nos tornar promotores de qualidade de vida para os missionários a partir de algumas dicas e colheremos, não apenas o fruto saboroso da doação de sua vida, como também contribuiremos para que eles vivam mais e melhor.
Qualidade de vida segundo o Evangelho
Quando lemos o evangelho, nos encantamos com a doação total de vida do Mestre. Ele viveu em função de sua missão e alcançou o objetivo totalmente, pagando um preço alto por nossa salvação através de sua paixão, morte e ressurreição.
No entanto, podemos correr o risco de supervalorizar a morte de Cristo em lugar da vida, da ressurreição, como se ele tivesse programado sua morte de Cruz, tão dolorosa para qualquer ser humano.
Porém, a forma como ele morreu foi devido a maldade das autoridades da época, imagine que o próprio Deus jamais gostaria de ver seus filhos na mesma condição. Então, ele não deseja a morte de ninguém, ao contrário, a vida segundo o evangelho é abundante.
Por isso, lutar pela vida é um dever cristão, seja na sociedade, na família ou na Igreja. Mas esse zelo começa com pequenas coisas no dia a dia que podemos praticar frequentemente e produz melhor qualidade de vida.
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Algumas dicas para ajudar na qualidade de vida dos missionários
De fato, a vida missionária religiosa é um reflexo da vida de Cristo. É um dom imenso para a Igreja e o povo de Deus, quantas histórias maravilhosas de vida doada, santidade e serviço em favor do povo de Deus, principalmente os mais pobres.
Mas a vida do missionário precisa de cuidados e a maior prova de nossa gratidão é a fraternidade. Vamos zelar por suas vidas através de pequena iniciativas:
#1 Acolhimento fraterno
Cada missionário tem sua história de vida. Você parou para ouvir como se deu sua descoberta vocacional e não apenas o que ele sabe sobre o evangelho, a doutrina ou sua instrução acadêmica? Pois é, isso é acolhimento.
A qualidade de vida envolve acolher a pessoa com sua história e não apenas pelo que ela realiza em nosso favor. Então, convide o missionário para visitar sua família, para um almoço fraterno favoreça sorriso, partilha e amizade.
Porque conhecemos uma pessoa quando nos aproximamos e ouvimos sua história. O missionário não é apenas um servo, mas um irmão; o próprio Cristo o chama de amigo. E em algum momento da vida ele vai precisar de alguém que o ajude como um irmão.
#2 Respeito ao descanso
O Papa Francisco diz que a vida é missão, logo a missão não pára nunca. Mas as atividades apostólicas, reuniões, formações de líderes, visitas às comunidades, celebrações, catequese e até afazeres pessoais e domésticos precisam parar.
Para que o missionário tenha qualidade de vida é indispensável valorizar o repouso da mente e do corpo. A mente descansa quando ele pode compartilhar responsabilidades, contar com colaboradores, ou seja, não precisa fazer tudo sozinho (a), nem deve centralizar atribuições.
Já o corpo tem qualidade de vida quando descansa. E isso não é apenas dormir, mas comer o suficiente e em horários adequados, como também uma alimentação que favoreça a reposição de energias para enfrentar os desafios do campo de missão.
#3 Esporte e lazer
Qualidade de vida está diretamente ligada à prática de esportes e ao lazer. À medida que o corpo se exercita, ocorre a liberação de hormônios que produz satisfação, bem-estar, elimina toxinas e libera a mente de pensamentos negativos e autodepreciativos.
Ou seja, o esporte produz qualidade de vida para todas as áreas da vida humana. Então, o missionário precisa de tempo para o esporte, como também incentivo para isso. É possível retardar problemas de saúde, aliviar o estresse e melhorar a qualidade do sono.
Já o lazer é fundamental para evitar o isolamento social e melhorar o humor. Facilmente o missionário pode absorver os problemas da vida pastoral ou comunitária e, com o tempo, esse acúmulo causa desânimo, irritação e doenças físicas e psíquicas.
O missionário é um irmão no caminho
Se colocarmos em prática essas dicas, contribuímos com a qualidade de vida do irmão (a) que dedica sua vida por amor a Jesus e aos irmãos. Claro que depende também da colaboração do próprio religioso, mas o que você pode fazer para ajudar?
Afinal, o missionário é nosso irmão, somos todos criaturas e filhos de Deus, com sonhos e frustrações, dotados de uma alma infinita e de um corpo limitado e fazemos parte da mesma família, a grande Igreja de Cristo.
Logo, é possível incentivar, colaborar e participar da promoção de qualidade de vida para os missionários religiosos, isso inclui sacerdotes, bispos, diáconos, freiras, irmãos, todos que doam suas vidas pela causa do Reino.
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