Conheça a herança espiritual de Padre Wilton

Padre Wilton Moraes Lopes foi um homem de Deus que deixou um legado de fé, amor e transformação, sua herança espiritual é um presente para a Igreja e para o mundo.

Mas você sabe o que é herança espiritual? Convidamos a entender este conceito e a conhecer um pouco mais da vida e obra deste homem de santidade e redenção.

Quem foi o Padre Wilton

Padre Wilton Moraes Lopes foi um homem de Deus que deixou um legado de fé, amor e transformação, sua herança espiritual é um presente para a Igreja e para o mundo.

Mas você sabe o que é herança espiritual? Convidamos a entender este conceito e a conhecer um pouco mais da vida e obra deste homem de santidade e redenção.

Quem foi o Padre Wilton

Padre Wilton Moraes Lopes, nascido em Batovi (atual Município de Tesouro), Mato Grosso, em 27 de abril de 1956, dedicou sua vida à fé, à evangelização, ao amor ao próximo e à transformação de vidas.

É fundador da das Irmãs e Irmãos da Copiosa Redenção.  Além disso, inspirou milhares de pessoas com sua pregação, homilias e compromisso com os mais necessitados, principalmente com a recuperação de dependentes químicos.

Sua vocação sacerdotal se manifestou desde cedo, precisamente aos oito anos de idade, ele saiu da casa dos pais para estudar no Colégio dos Salesianos, em Guiratinga (MT). E foi no ambiente escolar católico onde o pequeno Wilton sentiu os primeiros sinais de sua vocação ao sacerdócio.

Logo, aos 14 anos, ingressou no Seminário Menor dos Redentoristas em Goiânia, e em 1983 foi ordenado sacerdote.

Aproveite para ler: Padre Wilton: um redentorista que fundou a Copiosa Redenção

Herança espiritual: o que é isso

Antes de prosseguirmos com o testemunho e os feitos do Padre Wilton, vamos entender o conceito de herança espiritual. Apenas assim compreenderemos melhor o valor daquilo que podemos chamar de “tesouro”. Afinal a herança espiritual é de fato um tesouro precioso para os católicos.

A herança espiritual é um conceito amplo e rico que se refere à transmissão de valores, crenças, práticas e tradições religiosas que são transmitidos de geração em geração.

E no contexto católico, a herança espiritual é especialmente significativa, pois representa a soma de ensinamentos, exemplos e experiências acumulados ao longo do tempo.

Logo, para a Igreja Católica a herança espiritual se manifesta de diversas formas:

·         Nos ensinamentos da Sagrada Escritura e da Tradição da Igreja;

·         Na liturgia e através da celebração da Eucaristia e dos demais sacramentos;

·         Na vida dos santos e santas, pois seus exemplos de fé e santidade inspiram os católicos a viverem de acordo com o Evangelho;

·         E no ensinamento dos padres, bispos e papas, que com suas palavras cumprem sua missão de transmitir a fé e de guiar os fiéis no caminho da salvação. 

A importância da herança espiritual

A herança espiritual é importante para os católicos por diversos motivos:

Primeiramente, para fortalecer a fé. Afinal, ao conhecer a história da Igreja e os ensinamentos dos santos, os católicos aprofundam sua compreensão da fé e se tornam mais firmes em suas convicções.

Também para ser um guia, pois a herança espiritual oferece princípios e valores que orientam os católicos em suas decisões e ações. A herança espiritual também promove a comunhão, porque ao compartilhar a mesma fé e tradição, os católicos se unem em uma comunidade de irmãos e irmãs.

Além disso, a herança espiritual também inspira a santidade. E isso porque nos apresenta o exemplo de força, determinação e fé inabalável de tantas mulheres e homens, como o padre Wilton, que se dedicaram a Deus e ao próximo de modo incansável.

Portanto, a herança espiritual é um tesouro precioso que deve ser valorizado e preservado. Logo, é importante não apenas conhecer essa herança, mas também transmiti-la às novas gerações e aplicá-la na própria vida cotidiana.

A missão do Padre Wilton como homem de Deus

Agora que já compreendemos o que é herança espiritual e a sua preciosidade, voltamos à trajetória do Padre Wilton.

Logo que foi ordenado sacerdote, Padre Wilton recebeu a missão de formador no seminário dos Redentoristas. Contudo, anos depois foi incardinado na Diocese de Ponta Grossa, no Paraná, como pároco na Igreja São José.

Mas em 1987, ele foi inspirado por um forte chamado de Deus, e depois de um tempo de discernimento e do agir da Providência Divina, fundou a Copiosa Redenção. Nela, atuam Padres e Irmãs que se dedicam integralmente à evangelização e também ao resgate à vida, atuando na recuperação de dependentes químicos. Logo, proporcionam dignidade àqueles que já a perderam, acolhendo e amando. 

A comunidade rapidamente se expandiu pelo Brasil, alcançando milhares de pessoas que, como filhos pródigos que buscam sair do mundo das drogas, são alcançadas com uma mensagem de fé, esperança e amor. E atualmente a Congregação se faz presente também na Itália.

Padre Wilton ficou conhecido por sua pregação eloquente, que tocava os corações das pessoas e as convidava a uma conversão profunda. Ele também foi um grande defensor dos pobres e da caridade ao próximo. 

A herança espiritual do Padre Wilton: seus livros

Além de todos os frutos que a Copiosa Redenção produziu pelos esforços do seu fundador, destacamos também os seus livros como herança espiritual.

E estas são as suas publicações:

Misericórdia um jeito de ser

Obra de profunda espiritualidade, não é um livro de leitura rápida, mas um livro de cabeceira que deve ser “degustado” pouco a pouco. Portanto, possui um forte apelo à conversão com os questionamentos acerca do “jeito de ser misericordioso do cristão”.

Pensamentos, um caminho espiritual

Este livro é uma verdadeira herança espiritual! E nele o leitor é convidado não só a fazer uma descoberta intelectual do Amor Salvífico de Deus, mas a experimentar pessoalmente esta Salvação através de Jesus Cristo, nosso Redentor.

Alargai os vossos corações

Um livro que reúne escritos, orações e pregações transcritas de Padre Wilton durante seus 40 anos de sacerdócio. Logo, nesta obra você vai encontrar a história inicial da Fundação da Copiosa Redenção e desse Carisma na Igreja. Contudo, o livro não possui uma leitura sistemática, os textos podem ser lidos de acordo com a motivação do coração, pois cada texto oferece uma reflexão e profundidade que poderão ajudar em diversos momentos da vida cristã.

Um homem da Redenção

Em 4 de março de 2024, Padre Wilton faleceu, aos 67 anos. E ele nos deixou uma herança espiritual de fé, amor, transformação e redenção a tantos que conseguiram viver uma vida nova com a ajuda da Copiosa Redenção.

Sua morte foi sentida por milhares de pessoas por todo o país, que o admiravam e o amavam.

Enfim, Padre Wilton foi um homem de fé profunda, que dedicou sua vida a servir a Deus e ao próximo. Sua obra continua inspirando e transformando vidas, e seu legado espiritual de fé, amor a Cristo Crucificado, caridade e redenção jamais será esquecido.

Conheça tudo sobre o Padre Wilton nesta página especialmente criada para reunir a sua herança espiritual. Acesse AQUI.

Padre Wilton: um redentorista que fundou a Copiosa Redenção

Nascido em Batovi (atual Município de Tesouro), no Mato Grosso, no dia 27 de abril de 1956, Padre Wilton Moraes Lopes foi um sacerdote redentorista, que dedicou sua vida à evangelização e à promoção da fé. Desde cedo, sentiu o chamado de Deus para o sacerdócio, ingressando na Congregação do Santíssimo Redentor e emitindo os primeiros votos em 1977.

Após sua ordenação sacerdotal em 1983, Padre Wilton se dedicou a diversos ministérios, como pároco, missionário e formador de novos redentoristas.

A vivência do Padre Wilton na Congregação do Santíssimo Redentor 

Sua vocação redentorista foi profundamente marcada pelo carisma da congregação, que se caracteriza por três pilares:

  • A evangelização: Os redentoristas são missionários que anunciam a Boa Nova de Jesus Cristo a todos os povos, especialmente aos mais pobres e marginalizados. Mas, ao mesmo tempo que evangelizam, se permitem evangelizar por eles.
  • A devoção à Santíssima Virgem Maria: Os redentoristas têm um amor filial à Mãe de Deus, reconhecendo-a como Mãe da Redenção e intercessora junto ao seu Filho Jesus Cristo.
  • A vida comunitária: Os redentoristas vivem em comunidade, buscando juntos a santidade e o serviço ao Reino de Deus.

Além disso, Santo Afonso Maria de Ligório, expressou que todo redentorista deveria ser memória viva do Redentor. O que significa que deveria continuar, nos dias atuais, a realizar e tornar presente o mesmo agir do Santíssimo Redentor.

Esse desejo de Santo Afonso é expresso no lema escrito no selo da Congregação Redentorista: “Copiosa Apud Eum Redemptio” (Junto dele a Copiosa Redenção). Assim como Santo Afonso, Padre Wilton sabia que a redenção é a expressão do amor de Deus por nós e, por isso, para expressar a redenção no mundo, cada membro da Copiosa Redenção deve primeiramente ser experimentada de forma pessoal. Para Santo Afonso, essa via é a oração, para Padre Wilton também, mas especificamente na Adoração ao Santíssimo Sacramento.

De Redentorista a fundador de uma Congregação na vida da Igreja

Esses pilares do Carisma redentorista influenciaram diretamente o Carisma da Copiosa Redenção, comunidade fundada pelo Padre Wilton em 1989. Contudo, a Copiosa Redenção nasceu do desejo de Padre Wilton de realizar a vontade de Deus. Deixemos que ele mesmo nos relate com suas próprias palavras:

“O Carisma da Copiosa Redenção foi colocado por Deus em determinado momento da história, como luz que iluminou um aspecto da realidade humana, vivida na dor e no sofrimento por milhares de pessoas. Que realidade é essa? A triste situação de milhares de pessoas, dependentes das drogas, em processo de profunda destruição”.

Ele continua: “Naquele exato momento ouvi a voz do Senhor me chamando com clareza: ‘o trabalho que eu quero de você é este: a recuperação dos jovens dependentes, Eu os amo e é preciso que alguém anuncie e leve minha Redenção na vida deles’. Fiquei assustado, pois nunca me senti com talentos para trabalhar com jovens”.

A Adoração como centro do Carisma Copiosa Redenção

A Copiosa Redenção também se caracteriza pelo amor ao Santíssimo Sacramento. Contudo, a Adoração não é apenas uma devoção no Carisma Copiosa Redenção, mas é o centro da vida religiosa de seus membros. 

Logo, ao redigir o Carisma da Comunidade, Padre Wilton determinou: “Se um dia deixarem a adoração de lado, a Congregação deixará de existir, perderá a força do Carisma”.

Além disso, escreveu: “Não deixo equívocos sobre este ponto. Às vezes querem interpretar o que o fundador quis dizer – não há interpretações aqui. É bem claro, adorar é trazer diante de Cristo, presente no Santíssimo, a juventude dependente de drogas e trabalhar pela recuperação da mesma. Adorar e trabalhar, orar e agir, duas metas que se encontram no coração do Senhor, fonte de toda Redenção”.

Padre Wilton ainda explicou: “A Adoração deve nos fazer sempre lembrar de que a Obra da Copiosa Redenção nasceu diante do Santíssimo Sacramento. Adorando, estamos testemunhando isso ao mundo e, em segundo lugar, adorando, estamos agradecendo a Jesus pela Copiosa Redenção que é um Presente brotado do Coração d’Ele.”

Alguns dos principais feitos de Padre Wilton

  • Fundou o Instituto Secular, em 1987;
  • Iniciou as atividades de recuperação dos dependentes químicos em 1988;
  • Fundou a Congregação das Irmãs da Copiosa Redenção Filhas de Maria Mãe da Divina Graça, em 1989;
  • Em 1997 fundou os Irmãos da Copiosa Redenção;
  • Escreveu diversos livros sobre fé e espiritualidade;
  • Pregou retiros por todo o Brasil e fez inúmeros atendimentos ao povo de Deus;
  • Foi considerado um grande pregador falando muito do amor pela cruz;
  • Tinha grande devoção, respeito e amor pelas almas do purgatório, por isso toda segunda-feira às 06h ele celebrava a Santa Missa em intercessão pelas almas.

A frágil saúde de Padre Wilton

O sacerdote lutava a anos com alguns problemas de saúde. Aliás, desde muito jovem lutava contra a diabetes tipo 1. Contudo, a doença agravou o seu quadro clínico em 2015, quando precisou ser internado às pressas pelo risco de uma parada dos rins.

Em 2017, sofreu o primeiro Acidente Vascular Cerebral (AVC), que comprometeu a sua fala. E naquele mesmo ano, ele sofreu ainda mais dois AVCs. Em 2018, devido a uma queda, precisou operar às pressas e colocar uma prótese no fêmur. E desde então precisou se locomover usando cadeira de rodas, pois não se sentia seguro para andar.

Logo, o ano seguinte (2019) não foi nada fácil para Padre Wilton. Ele teve duas embolias pulmonares e exames demonstraram que ele teve inúmeros micros AVCs. E com o início da Pandemia da Covid-19, Padre Wilton passou a viver recluso na Casa Geral, com pouquíssimas visitas e poucas saídas. Nesse tempo, seu quadro de saúde ficou estabilizado.

Porém, em janeiro de 2023 ele profetizou a algumas Irmãs que um tempo de profunda purificação na Congregação começaria. Mas essa purificação seria sofrida na sua própria carne. Em seguida, sua saúde começou a ficar cada vez mais debilitada. E de fato 2023 foi um ano de muitos dias de internamento.

A páscoa definitiva do Padre Wilton

Em janeiro de 2024, Padre Wilton passou dias hospitalizado na UTI até que no dia 29 de fevereiro os médicos sinalizaram que não havia mais recursos, pois os antibióticos já não faziam mais efeito devido a infecção pulmonar.

Contudo, os seus últimos dias foram de muitas visitas de amigos e membros da família Copiosa Redenção. E apesar de sua profunda agonia, santas missas foram celebradas no seu quarto para que ele recebesse Jesus Eucarísticos todos os dias. Além disso, um dia antes do seu falecimento, houve até mesmo um momento de Adoração a Jesus Eucarístico no seu quarto.

E foi com o coração entristecido, mas reconfortado pela certeza da vida eterna na glória de Deus, que a família Copiosa Redenção recebeu a notícia da páscoa definitiva do Padre Wilton. O sacerdote faleceu em 4 de março de 2024, aos 67 anos, deixando um legado de fé, amor e serviço ao próximo.

Entretanto, sua obra continua viva na Copiosa Redenção e continuará dando muitos frutos na vida da Igreja. A Congregação hoje conta com centenas de membros em todo o Brasil e na Itália.

Assim, a história de Padre Wilton e da Copiosa Redenção são um exemplo de como o carisma da adoração a Jesus Eucarístico e do serviço ao próximo podem ser vividos de forma fecunda e missionária na Igreja. Sua vida e obra inspiram milhares de pessoas a amar a cruz. Além disso, destacam a importância do silêncio interior e da perseverança. Ele dizia: “Não me ajoelho diante da santidade de ninguém, mas daqueles que perseverarem até o fim”.

Você tem um testemunho sobre o Padre Wilton para contar? Então deixe seu depoimento AQUI!

A PASSAGEM

A PÁSCOA É A PASSAGEM DA MORTE PARA A VIDA

Como você já sabe, Páscoa significa passagem. Para nós cristãos, e também para os judeus, essa palavra – Páscoa – significa muito mais. Para eles, a libertação dos trabalhos penosos do Egito e a ratificação da Aliança feita entre Abraão e Deus. Para nós, além daquela aliança no deserto, a configuração da
Nova e Eterna Aliança entre Deus e o homem em Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus.

“A Páscoa se reveste do sentido maior da salvação. Mas também se reveste de vários outros sentidos: o
amor até as últimas consequências, o perdão, a doação de si e tantos outros que o Espírito possa nos inspirar.”

Talvez, mesmo após termos vivido tantas Páscoas, ainda haja alguma para mudar, algo para se deixar transformar por Jesus. A Páscoa se reveste do sentido maior da salvação. Mas também se reveste de vários outros sentidos: o amor até as últimas consequências, o perdão, a doação de si e tantos outros que
o Espírito possa nos inspirar.

“Você já fez a sua Páscoa? Você já fez a Páscoa do seu irmão?”

O desafio da Quaresma é, refletindo nas realidades da “Passagem”, vivê-las hoje em nossa
vida. Poder fazer o nosso irmão “passar” da droga para a vida, do abandono para o aconchego,
do isolamento para a partilha, da discórdia para o perdão, da fome e sede de justiça para uma vida
em plenitude. A Páscoa é a passagem da morte para a vida. Você já fez a sua Páscoa? Você já fez a
Páscoa do seu irmão?

MARIA, A MEDIADORA JUNTO A CRISTO

Dando continuidade à nossa caminhada espiritual, hoje meditaremos como é grande o mistério das almas do purgatório. Peçamos a Maria, que não permita que qualquer pessoa possa morrer em
pecado. Há casos maravilhosos, onde Maria de alguma forma se faz presente, com grande poder
e esplendor, preparando os caminhos para que a Graça aconteça.

Em determinada região, onde um Padre acolhia bondosamente em sua casa os amigos que passavam por aquele lugar. Certo dia, algumas pessoas que estavam voltando de uma viagem, depois de enfrentarem uma tempestade, procuraram abrigo na casa paroquial. Entre eles estava um jovem que havia ficado doente naquela viagem. Atacado por um mal súbito, ele passava muito mal e estava em situação de perigo de morte. As pessoas que estavam com ele, acompanharam toda a situação e viram que aquele rapaz havia passado mal naquela noite. Entre eles também o padre acompanhou toda a situação.

Conversando com o doente, o padre, perguntou-lhe: “você quer se confessar, já está muito
doente?”. Sabendo que sua situação era grave, o rapaz disse: “eu quero!”

O Padre então ouviu sua confissão e assim o rapaz pôde se preparar para o encontro com Deus de maneira extraordinária. Como disse no começo: nada acontece por acaso! Tudo é providência de Deus! Maria estava lá presente, e intercedeu por aquele rapaz que precisava voltar seu olhar para Cristo. Ele não podia morrer em pecado, e por isso Maria agiu. Ele se confessou, se preparou, teve uma morte bela, foi amparado por Maria Santíssima e assim pôde entrar no paraíso.

Nunca ouvi dizer que Maria abandonou qualquer pecador. Para qualquer pessoa que estiver necessitada
de perdão e reconciliação com Cristo, Maria faz tudo. Sabemos que há centenas de casos como este,
em que a Virgem Maria ampara seus filhos no derradeiro momento com a sua intercessão.

PARA PENSAR

O que seria de mim sem a intercessão da Virgem Maria?

PARA REZAR

Ó Mãe querida, ajuda-nos a estar na estrada de Jesus.

PARA MEMORIZAR

Maria é nossa fiel intercessora junto a Cristo.

O EXEMPLO DE AMOR DE CRISTO CRUCIFICADO

Devemos estar sempre diante da cruz, com muito amor, respeito, veneração e adoração a Cristo
crucificado. Ele é o Senhor da nossa salvação, Aquele que nos amou tanto que doou a Sua vida por nós.
Ele nos concede este amor infinito e estende as Suas mãos feridas sobre a humanidade, nos abraçando amorosamente. Sofrido, dolorido. Ele abençoa a nossa vida com Seu amor infinito. Nós não podemos
entender esse mistério tão grande. É um mistério de amor infinito! Por nós,
diante da cruz, sendo chagado, olhou para a humanidade e nos amou por inteiro. Morreu, diante do Pai,
por todos os pecadores.

Jesus ofereceu a Sua vida, pois assim era a vontade do Pai, para que toda a humanidade fosse lavada
pelo sangue de Seu Filho amado. O Pai enviou o Seu Filho, como um pai que ama tanto, não só a Ele, mas a toda a humanidade. Cristo, inteiramente apaixonado por nós, então se entregou por inteiro e salvou-nos do pecado, da morte eterna. Ele não quis que ninguém fosse deixado de lado, Ele não veio ao mundo
para condenar a ninguém, mas para salvar a todos, dar a vida por cada um.
Este mistério que contemplamos hoje, nos toca para uma profunda conversão, nos faz olharmos para
Cristo e transformarmos o nosso coração de pedra em um cheio de amor a Ele e
aos nossos irmãos.

Devemos procurar meditar esse mistério de amor para nos convertermos. É uma forma de olharmos para
Cristo ressuscitado e mover o nosso coração para Ele, com muito amor, entrega e zelo.
Se Cristo não tocasse em nosso coração e nós não fossemos abertos a Ele, que proveito teria a morte
d’Ele? Seríamos apenas espectadores desta história, mas não! Devemos participar com amor por Ele, deixando-O tocar em nossa vida, lavando-nos com Seu precioso sangue, o sangue que tira todo o mal.

PARA PENSAR

Será que tenho agradecido a Cristo pelo dom da vida eterna?

PARA REZAR

Senhor, dai-me um coração puro igual ao Vosso.

PARA MEMORIZAR

Cristo morreu por amor por todos nós!

ABRAÇAR A CRUZ

“A CRUZ QUE SE ARRASTA É MUITO MAIS PESADA DO QUE A CRUZ QUE SE ABRAÇA”. (STA. TEREZA D’ÁVILA)

Quero iniciar recordando a famosa frase de Santa Teresa D’Ávila: “a cruz que se arrasta é muito mais
pesada do que a cruz que se abraça”. “Abraçar a cruz”; muitas vezes parece um paradoxo dizer isso.
Como abraçar a cruz? Como acolher o sofrimento, as doenças, a depressão? Como aceitar tantas tristezas que vão marcando a nossa história de vida? Como acolher os sofrimentos dos quais não somos culpados? É importante nos colocar diante da cruz como se colocássemos a nossa vida diante de uma luz especial, porque a cruz brilha sobre o nosso cotidiano, sobre nossa realidade. Brilhar por quê?
Porque muitas vezes vivemos sem a luz da cruz. Não cremos que no sofrimento Deus está presente.

Também é muito importante entender que Jesus Cristo, ao morrer na cruz, através de sua doação e sacrifício, por amor a todos nós, não nos isentou das nossas cruzes. Pelo contrário, o extraordinário gesto de Jesus nos faz compreender que, a partir daquele momento, Ele se tornou presente em nossas cruzes, mergulhado em nossa dor, em nosso sofrimento. Ele estará crucificado conosco em cada instante.
Cristo morreu na cruz para que a partir daquele momento estivesse presente nas nossas pequenas ou grandes cruzes de cada dia. Ele é Deus de Amor, é Deus de Bondade e está conosco. É preciso
ver a luz que está na cruz. Ela brilhará e o seu brilho iluminará todas as nossas dúvidas ou questionamentos.

Essa luz iluminará todas as respostas que devemos dar ao Senhor. Será poderosa, grandiosa, maravilhosa. Essa luz vem da cruz sobre a nossa vida. Vem do amor, daqueles braços abertos no alto da cruz, que para sempre emana sobre a nossa pobre condição humana, assim como quando rezamos a Salve Rainha,
e dizemos: “gemendo e chorando neste vale de lágrimas”.

Qual é a luz da cruz que brilha sobre o meu sofrimento? Qual é a luz da cruz que tem brilhado sobre
a minha dor? Qual é a luz da cruz que tem brilhado sobre as minhas profundas angústias e crises? Ou será que estou tão cego que não consigo mais ver a luz que sai da cruz e brilha nas minhas pequenas
e grandes cruzes?

“Senhor ensina-me a amar a tua cruz, ensina-me a acolher a minha cruz. Ilumina, Senhor, as trevas que me impedem de acolher com amor, com fé e esperança as pequenas cruzes da minha caminhada”.

O CAMINHO PARA O CÉU (Pe. Wilton)

“Eis-me aqui Senhor, eis que por vossa graça sou vossa imagem e semelhança”.

Antigamente os casamentos se davam apenas entre os pais dos noivos. Assim o noivo e a noiva se
conheciam apenas alguns dias antes da cerimônia. Apesar disso ambos sonhavam
com “o (a) prometido (a)”. O noivo cuidava de construir uma casa. A noiva fazia seu enxoval. Mas só se conheciam poucos dias antes do casamento. Às vezes a união dava certo e ambos eram felizes. Às vezes não.

Como os casamentos de antigamente, corremos o risco de agir assim com Deus. Isso quer dizer, levamos
uma vida de retidão moral, até de oração. Participamos de pastorais e outros movimentos da Igreja, mas, corremos o risco de na verdade não conhecer na essência esse Deus. Dessa forma, assim como
os noivos, poderemos chegar na eternidade com uma “fantasia” de Deus e não o Deus Verdadeiro.

É preciso coragem para querer seguir os Seus caminhos, mas são os caminhos da Luz, da Verdade e da Vida. Ele nos convida a mergulhar na Sua Essência, a termos “intimidade” com Ele, para quando chegar o grande dia de nosso encontro definitivo, podermos olhá-lo nos olhos e dizer com alegria:
“Eis-me aqui Senhor, eis que por vossa graça sou vossa imagem e semelhança”.

VIVENDO A ESPIRITUALIDADE

Deus, através da revelação, nos mostra que a espiritualidade é um progresso conhecimento
dEle, da revelação do Seu rosto. Aquele que é único e verdadeiro, que nos mostra o caminho da
espiritualidade.

Todas as faces de Deus podem ser encontradas na revelação da experiência pessoal de cada um de nós.
Ele mesmo se revelou a Abraão como Deus da história que intervém na vida dos homens para fazer uma aliança com eles, um compromisso para que eles se tornassem um povo.

Em nossas vidas, também precisamos encontrar esse Deus. É através da espiritualidade que podemos perceber momentos concretos de Deus em nossa história: Sua presença, Seu comprometimento conosco. Assim como fez Abraão, que soube colocar sua confiança no Senhor e que depositou suas esperanças Nele, também nós somos chamados a crer e confiar em Deus como Único e Absoluto.

A espiritualidade verdadeira nos leva a compreender que não devemos ter uma fé pela metade. Ela precisa ser total e deve permanecer fiel. Quando olhamos Abraão, nós descobrimos também esse caminho de espiritualidade, esta face revelada de Deus. Se desejamos ser como Abraão, precisamos pedir a Deus que nos dê a graça de viver esta experiência.

Que possamos fazer esta oração, para descobrir o caminho da espiritualidade e ver a face de Deus revelada a nós: “Senhor, mostra-nos a face que revelastes a Abraão, mostra-nos Seu rosto para que possamos também confiar e crer em ti, de forma absoluta. Purifica-nos Senhor, se não foi em Ti
em quem depositamos toda a nossa confiança”.

PARA MEDITAR

Deus se revelou plenamente em Jesus Cristo e quer se revelar plenamente em cada um de nós

PARA REZAR

Senhor, dai-me a força de renunciar a tudo aquilo que tem ocupado o Teu lugar em meu coração.

PARA PENSAR

Através da história da revelação há uma progressiva revelação do rosto único e verdadeiro de Deus, o caminho da espiritualidade significa encontrar as faces do Senhor.

DISCERNIMENTO: O SER PRUDENTE

São Tomás de Aquino, grande teólogo da Igreja, aborda o discernimento no quadro da
virtude da prudência. Mas o que queria dizer São Tomás comparando ou definindo discernimento dentro
desse aspecto da prudência? O discernimento seria uma capacidade de prudência, ou seja, ser prudente
no falar, no analisar a realidade para expressar o discernimento verdadeiro daquilo que eu contemplo,
cuidando para interpretar corretamente e santamente os acontecimentos.

Quando procuramos num dicionário a palavra discernimento, encontramos que prudência
significa juízo, ter critério, ter inteligência para discriminar, separar, apreciar. Quando somos chamados
a compreender a grande riqueza do discernimento percebemos que tudo isto é instrumento
extremamente necessário em nossa vida comunitária, em nossa vida na Copiosa Redenção. Frequentemente é preciso discernir, colocar a nossa vida, trabalhos e realidades em discernimento confrontando-os com o nosso carisma, com a vontade de Deus no coração da Igreja.
Discernimento é assim a capacidade de apreciar, de ter critério. É uma capacidade também no bom sentido de julgar; julgar o nosso agir, as nossas atividades, se elas realmente expressam ou realizam a vontade de Deus para as nossas vidas, nossas comunidades e para toda família da Copiosa Redenção.

Na primeira carta de São João, capítulo 4, versículo 1, diz o apóstolo: “Caríssimos, não deis fé
a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas se
levantaram no mundo”
. São João queria dizer com esta palavra que devemos ter uma capacidade
crítica diante de tantas informações, ideias, leituras e livros. Mesmo os teólogos correm o grande risco de
não ter, às vezes, discernimento e, consequentemente, engolir todas as informações passadas sem este
critério de que fala São João. Critério para examinarmos se os espíritos são de Deus, se aquilo que me é dado é de Deus.

Portanto, para fazer um bom discernimento temos que ter uma consciência madura, consciência de discernimento. Mas o que é necessário para alcançá-la? Precisamos de uma conversão do coração, uma conversão da mente, baseada em critérios claros e definidos, alicerçados por valores evangélicos. Aquele que tem consciência amadurecida é uma pessoa que cresceu, não é mais criança em suas atitudes, ideias e pensamentos. Podemos perceber a infantilidade de uma pessoa quando, em seus critérios, não for provida de valores éticos, maduros e por isso mesmo terá dificuldade em fazer um discernimento mais profundo.


Também temos que cuidar com as ideologias de hoje, pois há muitos anti-valores, muito egoísmo e
idolatrias diversas, mas a Sagrada escritura nos exorta, pela carta de Filipenses no capítulo I, versículos 9
e 10: “Peço, na minha oração, que a vossa caridade se enriqueça cada vez mais de compreensão e critérios com que possais discernir o que é mais perfeito e vos torneis puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo”

O ENCONTRO DE MARIA

“Maria atravessou o além. Ela viu e contemplou o céu em sua totalidade.”

Jesus encontra sua Mãe após a sua Ressurreição. Este encontro foi de confirmação, confirmação de não ter acreditado em vão, confirmação de que sua intimidade com Deus era total. Também foi um encontro de vitória. Vitória alcançada com muita dor. Vitória alcançada com sangue e morte.
Ver seu Filho ali era contemplar o céu. Contemplar a totalidade de um Deus amor, um
Deus que não nos decepciona diante dos inimigos.

Sorrir para o seu Filho era sorrir para o Criador. Contemplar o sorriso e o brilho de Jesus era sorrir para o Deus Divino, pois neste momento não havia mais 100% homem, havia 200% Deus. O 100% homem morreu na cruz. Foi um encontro não de mãe e filho, mais de mãe e céu. Portanto a alegria que a O Encontro de Maria Mãe sentiu não dá para descrever. É um mistério que só teremos a graça de descobrir quando estivermos face a face com o Criador.

Maria atravessou o além. Ela viu e contemplou o céu em sua totalidade. Isto só foi possível porque era uma mulher Santa e não existia Nela a mancha do pecado. Deus só permitiu que Ela contemplasse a eternidade depois que sua missão havia sido cumprida. Antes mesmo sem o pecado, Ela teve que passar pelas mesmas dores de Jesus.

Os discípulos e as mulheres também viram Jesus, mas devido suas condições de pecado não puderam estar em frente à eternidade, só tiveram esta graça quando seus corpos foram totalmente purificados e suas almas se elevaram para o céu. Neste mês, olhemos com gratidão para Maria e procuremos seguir seu exemplo para que um dia também possamos ver Jesus face a face na eternidade.