7 sinais de que Deus está lhe chamando a uma vocação específica

Você já se perguntou se Deus reservou uma vocação específica para a sua vida? É provável que sim, afinal cada pessoa Deus abençoa com uma vocação e, quando menos esperamos, estamos refletindo sobre isso.

E esse questionamento é bom, aliás é a partir dele que você vai dar passos para discernir sua vocação e dar os primeiros passos para a sua realização.

Portanto, antes de reconhecer alguns sinais de que Deus está lhe chamando a uma vocação específica, vamos meditar um pouco sobre o chamado de Deus.

Vocação: um chamado de Deus para a vida na Igreja

A palavra “vocação” vem do latim “vocatio”, que significa “chamado”. Portanto, no contexto religioso, o termo se refere ao chamado de Deus a uma pessoa para um propósito específico.

Neste sentido, o Papa Francisco afirmou na sua mensagem para o 57º Dia Mundial de Oração pelas Vocações: “Toda vocação nasce daquele olhar amoroso com que o Senhor veio ao nosso encontro, talvez mesmo quando o nosso barco estava à mercê  da tempestade. Mais do que uma escolha nossa, a vocação é resposta a um chamado gratuito do Senhor; por isso conseguiremos descobri-la e abraçá-la, quando o nosso coração se abrir à gratidão e souber reconhecer a passagem de Deus pela nossa vida”.

Logo, a vocação de cada fiel está intimamente ligada à missão da Igreja e, ao responder ao seu chamado, cada pessoa contribui para a construção do Reino de Deus na Terra.

Sendo assim, a vocação é um convite divino à descoberta de um propósito maior, um chamado pessoal a usar seus talentos e habilidades para servir a Deus e ao próximo, seja como leigo, sacerdote ou religioso(a). É um caminho único e individual, traçado com amor e cuidado pelo Criador para cada ser humano. Por isso, Santa Edith Stein dizia: “Responder ao chamado de Deus é sempre uma aventura, mas vale a pena correr o risco.”

E respondendo ao nosso chamado, contribuímos para a construção de um mundo mais justo, fraterno e pleno de amor – aquele amor que emana do Coração do próprio Deus.

7 sinais do chamado a uma vocação específica

Cada ser humano é único, com suas próprias experiências, personalidade e necessidades. Assim, a maneira como nos relacionamos com Deus também é única e particular. Logo, a maneira como Deus nos chama a uma vocação específica é também muito particular, cada um vivencia de um modo diferente. Contudo, existem alguns sinais comuns no chamado a uma vocação específica. E ficar atento a esses sinais podem ajudar a discernir o seu chamado. Então, observe se existe estes sinais em sua vida:

# 1. Paixão ardente pelas coisas de Deus

Uma paixão que não se apaga, um desejo que pulsa em seu interior e que impulsiona a agir em prol de algo maior que você mesmo. Essa paixão pode ser por uma causa ou por um tipo de serviço na Igreja ou até mesmo pelo conhecimento sobre Deus.

# 2. Paz inabalável ao pensar em uma vocação específica

Ao discernir uma vocação, você experimenta uma paz profunda, mesmo diante de desafios e incertezas e até mesmo do medo. Essa paz interior confirma que você está no caminho certo, guiado pela mão divina.

# 3. Confirmação de uma vocação específica através de outros

Pessoas ao seu redor podem reconhecer os sinais de Deus e perceber quando Ele lhe encaminha para uma vocação específica. Então, amigos mais próximos, família, diretor espiritual, sacerdotes e religiosos do seu convívio podem confirmar o que Deus já está plantando em seu coração.

# 4. Sincronicidades e oportunidades

Portas se abrem inesperadamente e oportunidades surgem como se fossem coincidências. Mas na verdade são os desígnios de Deus se cumprindo em sua vida. E essas sincronicidades frequentes, como um retiro vocacional que você ficou sabendo justo quando estava pensando em aprofundar-se na vontade de Deus para a sua vida, guiam seus passos e confirmam que você está no caminho certo.

# 5. Crescimento pessoal diante da oportunidade de uma vocação específica

Ao seguir o chamado vocacional, você experimenta um crescimento exponencial de si mesmo e de suas habilidades e talentos. Você se torna a melhor versão de si mesmo em busca de servir a um propósito maior.

# 6. Alegria profunda e sentimento de realização ao pensar numa vocação específica

Uma profunda alegria e senso de realização permeiam seu ser quando você visualiza numa situação que viveria diante de uma vocação específica. Então, se você se sente bem diante do Santíssimo Sacramento, imagine-se vivendo como religioso ou religiosa em uma Congregação na qual um dos pilares do Carisma é a Adoração. Logo, se uma alegria plena toma conta do seu ser é sinal de que Deus o/a chama especificamente a esta vocação e até mesmo a viver este Carisma.

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# 7. Desejo de servir e contribuir a partir de uma vocação específica

Um forte desejo de contribuir com seus talentos e habilidades para o bem-estar do próximo o impulsiona? Você sente que deve servir com amor e compaixão, fazendo a diferença na vida das pessoas? Este é um sinal de que você tem uma vocação específica para o serviço na vida da Igreja.

Vocação específica: discernimento com liberdade

É importante lembrar que o discernimento vocacional é um processo individual e gradual. Portanto, não se apresse em tomar decisões precipitadas, permita-se tempo para escutar a voz de Deus em seu interior, através da oração, da meditação e da reflexão e pela voz de um diretor espiritual.

Contudo, ao discernir que Deus está lhe chamando a uma vocação específica, responda com amor, confiança e entusiasmo. Logo, abrace o desafio com fé, sabendo que Deus estará sempre ao seu lado, guiando e sustentando cada passo da tua jornada.

Lembre-se: o chamado vocacional não é um fardo, mas um presente divino. É uma oportunidade única de usar seus talentos e habilidades para servir a Deus e ao próximo, fazendo a diferença no mundo.

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Deus me chamou a uma vocação específica, mas tenho medo

É natural sentir medo diante do desconhecido, principalmente quando se trata de um chamado divino. Contudo, sentir receio ao discernir uma vocação específica não significa que você não está apto a segui-la. Na verdade, o medo pode ser um sinal de que você está levando a sério essa importante decisão.

Entretanto, a dúvida que surge no coração de muitos jovens sobre o chamado a uma vocação específica muitas vezes acaba por paralisá-los. E é justamente esse medo que precisa ser combatido. Quando no barco os discípulos percebem Jesus caminhando sobre as águas e pensam se tratar de um fantasma e ficam amedrontados, Jesus lhes disse: “Tranquilizai-vos, sou eu. Não tenhais medo!”. E são justamente essas palavras que devem  acompanhar alguém na descoberta de uma vocação específica e na sua realização na vida da Igreja.   

Enfim, lembre-se: Deus nunca colocará você em uma situação que não possa superar. Ele estará sempre ao seu lado, guiando e sustentando cada passo da sua jornada.

Portanto, o medo não deve paralisar, mas sim impulsionar a buscar a Deus com mais fervor, acredite em seu potencial e na vocação que Deus presenteou. Então, dê o primeiro passo!

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Autoestima na vida religiosa: vaidade ou necessidade?

O tema da autoestima na vida religiosa é pouco abordado no meio eclesial, embora a autoestima seja um pilar fundamental para o bem-estar e a felicidade de qualquer ser humano.

E o motivo é principalmente a falta de conhecimento sobre a importância desse ato, além de um certo preconceito sobre o assunto. Aliás, preconceito que também é fruto da desinformação.

Logo, é como se existisse um véu de silêncio em torno da questão da autoestima na vida religiosa, como se cuidar da própria imagem e valorizar as qualidades individuais fosse algo incompatível com a fé e vivência da vocação.

Portanto, hoje vamos desmistificar esse tema!

Autoestima: direito de todos, inclusive dos religiosos

Seja você um sacerdote, freira, monge ou qualquer outro membro da vida consagrada, a autoestima é um aspecto fundamental para o seu bem-estar e desenvolvimento pessoal. Logo, cuidar da sua imagem e valorizar suas qualidades não é vaidade, mas sim uma necessidade humana que impacta diretamente na sua missão e na comunidade religiosa como um todo.

Mas, antes de chegarmos neste quesito, é preciso compreender o que de fato é autoestima e por que ela é tão importante em nossa vida!

Autoestima significa ter um conceito positivo de si mesmo, reconhecendo suas qualidades, habilidades e valor como ser humano. Sendo assim, a autoestima nos permite lidar melhor com desafios, ajudar a construir relacionamentos saudáveis e a viver com mais felicidade e plenitude.

Portanto, pessoas com boa autoestima:

  • São mais resilientes e perseverantes;
  • Têm mais disposição para enfrentar desafios;
  • Tomam decisões com mais segurança e assertividade;
  • Conseguem lidar melhor com críticas e frustrações;
  • Têm relacionamentos mais saudáveis e felizes;
  • Sentem-se mais realizados e completos.

Autoestima na vida religiosa: quebrando tabus

Ao abordar a autoestima na vida consagrada, nos deparamos com um paradoxo intrigante. De um lado, a mensagem central do Cristianismo é de amor ao próximo. Afinal, somos ensinados por Jesus a amar e a acolher o outro como a nós mesmos. Mas, de outro lado, muitas vezes, a ênfase recai sobre a humildade e a negação do ego, criando um clima de culpa e vergonha em torno do amor-próprio.

Portanto, é importante ressaltar que a autoestima não se trata de vaidade ou egocentrismo, é importante saber diferenciá-las. A vaidade se caracteriza pela busca excessiva por admiração e reconhecimento, enquanto a autoestima está relacionada ao amor-próprio e à valorização de si mesmo.

Já a humildade, por sua vez, não significa negar suas qualidades ou se diminuir. Ser humilde implica em reconhecer suas fraquezas e limitações, mas também ter consciência de seus pontos fortes e do seu valor como ser humano.

Sendo assim, cuidar da sua imagem e valorizar suas qualidades não significa se colocar acima dos outros ou negar a importância da fé. Ao contrário, ter uma boa autoestima permite que você se reconheça como um ser humano valioso e digno de amor, capaz de contribuir de forma significativa para a comunidade.

Cultivando a autoestima na vida consagrada: benefícios para o indivíduo e para a comunidade

Como vimos, cuidar da autoestima na vida religiosa não é um ato de vaidade, mas sim uma necessidade para o bem-estar individual e para o florescimento da comunidade. Quando religiosos se sentem bem consigo mesmos, isso se reflete em diversos aspectos. Vamos conhecê-los.

Para o indivíduo:

  • Maior senso de propósito e significado na vida religiosa;
  • Mais alegria e entusiasmo na vivência da fé;
  • Maior capacidade de lidar com o estresse e as demandas da vida consagrada;
  • Melhores relações interpessoais com outros religiosos e com a comunidade;
  • Maior disposição para o serviço e para a evangelização.

Para a comunidade:

  • Ambiente mais positivo e acolhedor;
  • Maior colaboração e trabalho em equipe;
  • Maior engajamento na missão evangelizadora;
  • Crescimento espiritual e vocacional;
  • Atração de novos membros para a vida consagrada.

Quebrando o silêncio: a urgente necessidade de abordar a autoestima na vida religiosa

Ignorar a importância da autoestima na vida religiosa é um erro que pode ter graves consequências. Religiosos que não se sentem bem consigo mesmos podem apresentar:

  • Baixa motivação e entusiasmo na vida religiosa;
  • Dificuldades no relacionamento com outros religiosos e com a comunidade;
  • Sensação de vazio e falta de propósito;
  • Propensão à depressão, ansiedade e outros transtornos psicológicos. 

Portanto, é urgente que congregações, dioceses e o meio eclesial como um todo abram espaço para o diálogo sobre a autoestima na vida consagrada. E isso significa:

Promover a formação: investir em cursos, palestras e workshops que abordem o tema da autoestima na vida religiosa sobre o amor-próprio, o autocuidado, desenvolvimento pessoal e inteligência emocional. A temática deve ser apresentada de forma clara e abrangente, a fim de desmistificar tabus e oferecer ferramentas para o desenvolvimento pessoal.

Criar grupos de apoio: espaços seguros onde religiosos possam compartilhar suas experiências, desafios e aprendizados, além de receberem acolhimento e orientação.

Incentivar o autocuidado: estimular práticas que promovam o bem-estar físico, mental e espiritual dos religiosos, como exercícios físicos, alimentação saudável, momentos de lazer e atividades que tragam alegria e satisfação e que promovam o bem-estar físico e mental.

Enfim, ao romper o silêncio e abordar a autoestima na vida religiosa de forma aberta e honesta, a comunidade eclesial estará contribuindo para o bem-estar dos religiosos, para o fortalecimento da fé e para a construção de comunidades mais saudáveis e vibrantes.

Lembre-se: Cuidar da sua autoestima não é um ato de vaidade, mas sim um compromisso com o seu bem-estar e com a sua missão na vida religiosa. Você merece se sentir bem consigo mesmo e florescer na vivência da sua vocação.

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Padre Wilton: um redentorista que fundou a Copiosa Redenção

Nascido em Batovi (atual Município de Tesouro), no Mato Grosso, no dia 27 de abril de 1956, Padre Wilton Moraes Lopes foi um sacerdote redentorista, que dedicou sua vida à evangelização e à promoção da fé. Desde cedo, sentiu o chamado de Deus para o sacerdócio, ingressando na Congregação do Santíssimo Redentor e emitindo os primeiros votos em 1977.

Após sua ordenação sacerdotal em 1983, Padre Wilton se dedicou a diversos ministérios, como pároco, missionário e formador de novos redentoristas.

A vivência do Padre Wilton na Congregação do Santíssimo Redentor 

Sua vocação redentorista foi profundamente marcada pelo carisma da congregação, que se caracteriza por três pilares:

  • A evangelização: Os redentoristas são missionários que anunciam a Boa Nova de Jesus Cristo a todos os povos, especialmente aos mais pobres e marginalizados. Mas, ao mesmo tempo que evangelizam, se permitem evangelizar por eles.
  • A devoção à Santíssima Virgem Maria: Os redentoristas têm um amor filial à Mãe de Deus, reconhecendo-a como Mãe da Redenção e intercessora junto ao seu Filho Jesus Cristo.
  • A vida comunitária: Os redentoristas vivem em comunidade, buscando juntos a santidade e o serviço ao Reino de Deus.

Além disso, Santo Afonso Maria de Ligório, expressou que todo redentorista deveria ser memória viva do Redentor. O que significa que deveria continuar, nos dias atuais, a realizar e tornar presente o mesmo agir do Santíssimo Redentor.

Esse desejo de Santo Afonso é expresso no lema escrito no selo da Congregação Redentorista: “Copiosa Apud Eum Redemptio” (Junto dele a Copiosa Redenção). Assim como Santo Afonso, Padre Wilton sabia que a redenção é a expressão do amor de Deus por nós e, por isso, para expressar a redenção no mundo, cada membro da Copiosa Redenção deve primeiramente ser experimentada de forma pessoal. Para Santo Afonso, essa via é a oração, para Padre Wilton também, mas especificamente na Adoração ao Santíssimo Sacramento.

De Redentorista a fundador de uma Congregação na vida da Igreja

Esses pilares do Carisma redentorista influenciaram diretamente o Carisma da Copiosa Redenção, comunidade fundada pelo Padre Wilton em 1989. Contudo, a Copiosa Redenção nasceu do desejo de Padre Wilton de realizar a vontade de Deus. Deixemos que ele mesmo nos relate com suas próprias palavras:

“O Carisma da Copiosa Redenção foi colocado por Deus em determinado momento da história, como luz que iluminou um aspecto da realidade humana, vivida na dor e no sofrimento por milhares de pessoas. Que realidade é essa? A triste situação de milhares de pessoas, dependentes das drogas, em processo de profunda destruição”.

Ele continua: “Naquele exato momento ouvi a voz do Senhor me chamando com clareza: ‘o trabalho que eu quero de você é este: a recuperação dos jovens dependentes, Eu os amo e é preciso que alguém anuncie e leve minha Redenção na vida deles’. Fiquei assustado, pois nunca me senti com talentos para trabalhar com jovens”.

A Adoração como centro do Carisma Copiosa Redenção

A Copiosa Redenção também se caracteriza pelo amor ao Santíssimo Sacramento. Contudo, a Adoração não é apenas uma devoção no Carisma Copiosa Redenção, mas é o centro da vida religiosa de seus membros. 

Logo, ao redigir o Carisma da Comunidade, Padre Wilton determinou: “Se um dia deixarem a adoração de lado, a Congregação deixará de existir, perderá a força do Carisma”.

Além disso, escreveu: “Não deixo equívocos sobre este ponto. Às vezes querem interpretar o que o fundador quis dizer – não há interpretações aqui. É bem claro, adorar é trazer diante de Cristo, presente no Santíssimo, a juventude dependente de drogas e trabalhar pela recuperação da mesma. Adorar e trabalhar, orar e agir, duas metas que se encontram no coração do Senhor, fonte de toda Redenção”.

Padre Wilton ainda explicou: “A Adoração deve nos fazer sempre lembrar de que a Obra da Copiosa Redenção nasceu diante do Santíssimo Sacramento. Adorando, estamos testemunhando isso ao mundo e, em segundo lugar, adorando, estamos agradecendo a Jesus pela Copiosa Redenção que é um Presente brotado do Coração d’Ele.”

Alguns dos principais feitos de Padre Wilton

  • Fundou o Instituto Secular, em 1987;
  • Iniciou as atividades de recuperação dos dependentes químicos em 1988;
  • Fundou a Congregação das Irmãs da Copiosa Redenção Filhas de Maria Mãe da Divina Graça, em 1989;
  • Em 1997 fundou os Irmãos da Copiosa Redenção;
  • Escreveu diversos livros sobre fé e espiritualidade;
  • Pregou retiros por todo o Brasil e fez inúmeros atendimentos ao povo de Deus;
  • Foi considerado um grande pregador falando muito do amor pela cruz;
  • Tinha grande devoção, respeito e amor pelas almas do purgatório, por isso toda segunda-feira às 06h ele celebrava a Santa Missa em intercessão pelas almas.

A frágil saúde de Padre Wilton

O sacerdote lutava a anos com alguns problemas de saúde. Aliás, desde muito jovem lutava contra a diabetes tipo 1. Contudo, a doença agravou o seu quadro clínico em 2015, quando precisou ser internado às pressas pelo risco de uma parada dos rins.

Em 2017, sofreu o primeiro Acidente Vascular Cerebral (AVC), que comprometeu a sua fala. E naquele mesmo ano, ele sofreu ainda mais dois AVCs. Em 2018, devido a uma queda, precisou operar às pressas e colocar uma prótese no fêmur. E desde então precisou se locomover usando cadeira de rodas, pois não se sentia seguro para andar.

Logo, o ano seguinte (2019) não foi nada fácil para Padre Wilton. Ele teve duas embolias pulmonares e exames demonstraram que ele teve inúmeros micros AVCs. E com o início da Pandemia da Covid-19, Padre Wilton passou a viver recluso na Casa Geral, com pouquíssimas visitas e poucas saídas. Nesse tempo, seu quadro de saúde ficou estabilizado.

Porém, em janeiro de 2023 ele profetizou a algumas Irmãs que um tempo de profunda purificação na Congregação começaria. Mas essa purificação seria sofrida na sua própria carne. Em seguida, sua saúde começou a ficar cada vez mais debilitada. E de fato 2023 foi um ano de muitos dias de internamento.

A páscoa definitiva do Padre Wilton

Em janeiro de 2024, Padre Wilton passou dias hospitalizado na UTI até que no dia 29 de fevereiro os médicos sinalizaram que não havia mais recursos, pois os antibióticos já não faziam mais efeito devido a infecção pulmonar.

Contudo, os seus últimos dias foram de muitas visitas de amigos e membros da família Copiosa Redenção. E apesar de sua profunda agonia, santas missas foram celebradas no seu quarto para que ele recebesse Jesus Eucarísticos todos os dias. Além disso, um dia antes do seu falecimento, houve até mesmo um momento de Adoração a Jesus Eucarístico no seu quarto.

E foi com o coração entristecido, mas reconfortado pela certeza da vida eterna na glória de Deus, que a família Copiosa Redenção recebeu a notícia da páscoa definitiva do Padre Wilton. O sacerdote faleceu em 4 de março de 2024, aos 67 anos, deixando um legado de fé, amor e serviço ao próximo.

Entretanto, sua obra continua viva na Copiosa Redenção e continuará dando muitos frutos na vida da Igreja. A Congregação hoje conta com centenas de membros em todo o Brasil e na Itália.

Assim, a história de Padre Wilton e da Copiosa Redenção são um exemplo de como o carisma da adoração a Jesus Eucarístico e do serviço ao próximo podem ser vividos de forma fecunda e missionária na Igreja. Sua vida e obra inspiram milhares de pessoas a amar a cruz. Além disso, destacam a importância do silêncio interior e da perseverança. Ele dizia: “Não me ajoelho diante da santidade de ninguém, mas daqueles que perseverarem até o fim”.

Você tem um testemunho sobre o Padre Wilton para contar? Então deixe seu depoimento AQUI!

7 tipos de cansaço, qual é o seu?

O cansaço é aquela sensação de fadiga que nos acompanha em diferentes momentos da vida, mas você sabia que existem diversos tipos de cansaço? Sabia que o autoconhecimento pode ser a chave para identificar a causa da sua fadiga e encontrar soluções eficazes?

Então, descubra quais são os 7 tipos de cansaço e aproveite para fazer uma autoanálise. 

Tipos de cansaço: o autoconhecimento é a chave

O cansaço é uma experiência humana comum e pode ter diversas causas, desde fatores físicos até emocionais. Em suas diversas formas, interfere em diversos aspectos da nossa vida, impactando em nosso bem-estar físico, mental, emocional e social. Além disso, o cansaço crônico pode levar a diversas doenças, diminuir a produtividade e nos conduzir ao isolamento social.

Portanto, quando o cansaço se torna persistente e interfere negativamente em diferentes áreas da nossa vida, ele pode ser um sinal de que algo está errado.

Sendo assim, é importante observar seus sintomas, identificar os gatilhos do seu cansaço e buscar ajuda profissional quando necessário. Esses são os primeiros passos para o tratamento.

Ao se conhecer melhor, você será capaz de entender suas necessidades e encontrar as soluções mais eficazes para combater a fadiga e ter uma vida mais plena.

Sinais que indicam que o cansaço deixou de ser normal

Faça uma autoavaliação a partir desses sinais que listamos abaixo.

Cansaço constante e sem melhora, mesmo após descanso: se você se sente cansado constantemente, mesmo após ter dormido bem ou tirado um dia de descanso, isso pode ser um sinal de alerta.

Interferência nas atividades diárias: o cansaço excessivo pode dificultar a realização de tarefas cotidianas, como trabalhar, estudar, realizar tarefas diárias ou se relacionar com outras pessoas.

Dificuldade de concentração e memória: o cansaço pode afetar a capacidade de se concentrar, lembrar de informações e tomar decisões.

Mudanças de humor: o cansaço pode levar a irritabilidade, tristeza, desânimo e apatia.

Problemas de sono: dificuldade para dormir, acordar durante a noite ou dormir muito mais do que o normal podem ser sinais de cansaço.

Dor física: dores musculares, dores de cabeça e outros sintomas físicos podem estar relacionados ao cansaço.

Descobrindo os 7 tipos de cansaço

A partir desta avaliação provavelmente você já conseguiu identificar se o seu cansaço é normal ou se é algo com que você deva se preocupar. Então agora é o momento de identificar quais tipos de cansaço você sofre.

#1. Cansaço físico – o mais comum entre os tipos de cansaço

Aquele corpo que pede descanso o tempo todo, com músculos doloridos e falta de energia para as atividades do dia a dia. E isso pode ser resultado de atividades físicas intensas, sedentarismo, má alimentação ou sono de má qualidade.

Como melhorar esse tipo de cansaço? Com atividade física regular, alimentação balanceada, dormir bem, dar pequenas pausas na rotina para descansar um pouco.

# 2. Cansaço mental – tem se tornado cada vez mais comum entre os tipos de cansaço

A mente confusa, com dificuldade de concentração, problemas de memória e falta de criatividade. E os principais vilões neste caso são: estresse, ansiedade, excesso de trabalho mental e noites mal dormidas.

Portanto, quem pode ajudar quem sofre com este tipo de cansaço é o psicólogo e/ou psiquiatra. Além disso, ajuda muito praticar atividades físicas, ter uma alimentação balanceada, dormir bem e técnicas de relaxamento.

# 3. Cansaço emocional – será que este é um dos tipos de cansaço que você sofre?

A alma abatida, com tristeza, irritabilidade, desânimo e apatia. Estresse, problemas pessoais, luto e traumas podem levar a esse estado.

E para curar este tipo de cansaço é preciso ajuda profissional de um psicólogo ou psiquiatra, praticar atividades físicas, ter uma alimentação balanceada e dormir bem.

Leia também: Psicologia  e espiritualidade: Complementares no tratamento da saúde emocional

# 4. Cansaço sensorial – já ouviu falar neste tipo de cansaço?

Trata-se de uma sobrecarga dos sentidos, com sensibilidade a sons, luzes, cheiros ou texturas, dores de cabeça, tontura e náusea. E aqui, ambientes muito estimulantes e uso excessivo de telas podem ser os causadores.

Logo, a solução para o cansaço sensorial é diminuir a exposição a estímulos sensoriais, fazer pausas regulares em ambientes calmos e escuros, praticar técnicas de relaxamento.

# 5. Cansaço criativo – está entre os que afetam a mente!

Mente bloqueada, sem inspiração e dificuldade para ter novas ideias. E você sabe o que contribui para isso: estresse, excesso de trabalho, falta de descanso e medo do fracasso.

O que fazer neste caso? Pausas regulares, buscar novas inspirações, experimentar novas atividades, ter uma vida social ativa. Nessas horas, uma conversa despretensiosa com um amigo ou amiga pode ajudar!

# 6. Cansaço social – está entre os tipos de cansaço que gera sofrimento

Caracteriza-se por uma introspecção que toma conta, com dificuldade em interagir com outras pessoas, introversão e cansaço após eventos sociais.

E entre as causas desse tipo de cansaço estão: timidez, ansiedade social e estresse. Logo, para resolver isso é necessário expor-se gradualmente a situações sociais, praticar habilidades sociais e buscar ajuda profissional de um psicólogo.

# 7. Cansaço espiritual – atinge grande parte da vida consagrada

Sentimento de vazio existencial, falta de sentido na vida e aquela sensação de desconexão com Deus. O que causa esse tipo de cansaço? Esfriamento da fé, crise existencial, crise vocacional, luto.

Neste caso, é imprescindível buscar ajuda espiritual, meditar, fazer atividade física, cuidar da alimentação e conectar-se com a natureza.

Aproveite para ler: Olhar que cura: o papel da Capela no Centro  Âncora

Tipos de cansaço: busque ajuda no Centro Âncora para não adoecer

Trabalhar para o Reino de Deus é gratificante, mas pode ser exaustivo também. É preciso saber lidar com a rotina de trabalho, atendimentos, oração em comunidade, oração individual, compromissos pessoais etc. 

Enfim, as chances de precisar lidar com pelo menos dois desses tipos de cansaço são grandes!

Por isso mesmo a vida consagrada precisa estar atenta aos sinais do seu corpo e da sua mente para que o cansaço não ganhe proporções ainda maiores causando grande sofrimento.

Aliás, o tratamento precoce pode ajudar a prevenir o desenvolvimento de problemas de saúde mais graves e melhorar a qualidade de vida.

Portanto, se você descobriu neste post que o seu cansaço não é normal, procure o Centro Âncora para buscar a revitalização do seu corpo, da sua mente, da sua alma e da sua vida espiritual.

Atendendo exclusivamente a padres, irmãos e irmãs religiosas, oferecendo atendimento médico com psiquiatras e psicólogos. Além disso, acompanhamento com nutricionista, educador físico e diretor espiritual.

Livre-se dos seus cansaços. Fale conosco AQUI!

Workshops do Centro Âncora: o primeiro de 2024 já tem data marcada

“Conhecer-se: o primeiro passo para cristianizar a nossa humanidade” este é o tema do primeiro Workshop de 2024 do Centro Âncora.

O Workshop acontecerá pelo nosso canal no YouTube no dia 19 de março às 19h30. E você não pode perder porque, além de refletir sobre este importante tema, você ainda terá a oportunidade de ficar por dentro das nossas novidades para este ano.

O Frei Sidney Damásio Machado, OFMCap, será o facilitador deste primeiro Workshop. Ele é Doutor e Mestre em Teologia, tem Especialização em Bens Culturais da Igreja. É professor do Studium Theologicum (Curitiba), da Escola Superior de Estudos Franciscanos – ESEF (Madri), Pontifício Ateneo S. Anselmo (Roma). Suas áreas de atuação são: Teologia Espiritual; Arte e Iconografia Cristã; Linguagem Simbólica; Orientação Vocacional; História da Teologia e das Religiões.

Portanto, para participar deste primeiro Workshop, faça sua inscrição em nosso canal e ative as notificações para não perder nenhum evento.

Inscreva-se no canal

Para receber o link exclusivo da transmissão inscreva-se gratuitamente no Workshop de março:

Faça sua inscrição gratuita: Conhecer-se: o primeiro passo para cristianizar a nossa humanidade.

O que é um Workshop Online?

Workshops Online são uma verdadeira oficina de aprendizado imersiva na palma da sua mão.

Num Workshop é possível mergulhar em um universo de conhecimento prático e interativo sem sair de casa! Aprofundar seus conhecimentos em um tema específico de forma prática e dinâmica!

Imagine uma aula super interativa, onde você aprende, troca ideias com outros participantes e se torna protagonista da sua própria jornada de aprendizado. Essa é a essência dos Workshops Online.

E o Centro Âncora está sempre inovando e promovendo Workshops Online além de trazer conteúdos para ajudar a cuidar da saúde do corpo, da mente e da alma da vida sacerdotal e religiosa. 

Aproveite para ler:

Pedir ajuda não é fraqueza

5 sinais que a sua vida sacerdotal precisa ser revitalizada

O que é revitalização da vida consagrada?

Pedir ajuda não é fraqueza

Ao longo da história, a fraqueza foi frequentemente, e de maneira equivocada, associada a conceitos negativos como incompetência, incapacidade e vulnerabilidade. Logo, isso levou ao surgimento do estereótipo de que pedir ajuda é um sinal de fraqueza. No entanto, essa ideia é totalmente errônea e hoje vamos ajudar a entender isso. 

Realmente, o que é fraqueza?

A fraqueza, na verdade, é uma característica humana inerente. O que significa que todos nós demonstramos sinais de fraqueza em algum momento da vida e por algum motivo. Logo, podemos ser fracos fisicamente, emocionalmente, mentalmente ou espiritualmente.

Vamos entender isso melhor!

Fraqueza física é a falta de força muscular ou resistência. E ela pode ser causada por fatores genéticos, doenças, lesões ou envelhecimento.

Já a fraqueza emocional é a falta de estabilidade emocional ou resistência ao estresse. Logo, pode ser causada por fatores como traumas, experiências negativas ou transtornos psicológicos, como ansiedade, depressão e burnout.

E a fraqueza mental é a falta de clareza mental ou capacidade de concentração. Ela pode ser causada por fatores como poucas horas de sono devido à insônia, estresse ou até mesmo consumo de drogas ou álcool.

Por outro lado, a fraqueza espiritual é a falta de conexão com algo maior do que você mesmo. E isso pode ser causado por fatores como a perda ou o esfriamento de fé, crises existenciais, crises vocacionais ou falta de propósito na vida.

Contudo, a fraqueza não é algo a ser temido ou rejeitado. Pelo contrário, ela deve ser vista por nós como uma oportunidade de crescimento e desenvolvimento. E quando reconhecemos nossas fraquezas, temos a chance de superá-las.

Pedir ajuda não é fraqueza, é sinal de força e coragem!

Podemos aprender com nossas fraquezas e nos tornarmos pessoas mais fortes. Aliás, pedir ajuda é uma forma de reconhecer nossas fraquezas e buscar o apoio de outras pessoas.

Pessoas que pedem ajuda são, na verdade, pessoas fortes que tiveram a coragem de admitir que precisam de ajuda e deram passos em busca dessa ajuda. Elas são humildes o suficiente para reconhecer que não podem fazer tudo sozinhas.

Ao pedir ajuda, estamos demonstrando que somos capazes de reconhecer nossos limites e que precisamos de apoio para superar um momento de fraqueza. Aliás, pedir ajuda é um sinal de inteligência emocional e de maturidade.

Além disso, pedir ajuda nos motiva a superar desafios e a alcançar nossos objetivos. Quando temos o apoio de outras pessoas, nos sentimos mais confiantes e motivados para seguir em frente.

A fraqueza humana na Bíblia

A Bíblia Sagrada é uma fonte de inspiração e orientação para pessoas de todas as idades e culturas. Ela nos conta a história de homens e mulheres que, assim como nós, passaram por momentos de fraqueza, mas encontraram apoio e superaram seus desafios.

Moisés, por exemplo, foi chamado por Deus para liderar o povo hebreu para fora do Egito. No entanto, ele se sentiu inadequado para a tarefa e tentou recusá-la. Foi somente com o apoio de sua esposa, Zípora, e de seu irmão, Arão, que Moisés encontrou coragem para assumir seu papel.

Davi, outro grande líder bíblico, também enfrentou momentos de fraqueza. Ele foi perseguido pelo rei Saul e teve que se esconder por muitos anos. No entanto, ele sempre encontrou apoio em Deus, que o fortaleceu e o ajudou a superar seus desafios.

Ester, uma jovem judia que foi escolhida para ser rainha da Pérsia, também passou por um momento de fraqueza. Ela foi confrontada com uma situação perigosa, pois seu povo estava ameaçado de ser exterminado. No entanto, ela encontrou apoio em seu primo Mordecai, que a ajudou a tomar uma decisão corajosa que salvou o povo judeu.

E ainda tem Jesus, o próprio filho de Deus, que também enfrentou momentos de fraqueza.  Jesus encontrou apoio em Deus, que o fortaleceu e o ajudou a seguir em frente. Talvez este seja o momento que melhor retrate isso: “Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim rezou: ‘Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia, não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres’” (Mateus 26,39).

Portanto, se você está passando por dificuldades, não tenha medo de pedir ajuda. É um sinal de força, não de fraqueza.

Esse conteúdo também pode te ajudar: Saúde mental: 5 dicas para um 2024 mais leve!

 Não se esconda, peça ajuda!

Se você é padre, religioso ou religiosa e está passando por um momento de dificuldade, saiba que existem muitas pessoas que podem ajudar a superar essa fase, como psicólogos, psiquiatras, além do seu superior ou diretor espiritual.

E que bom seria poder encontrar essa ajuda num único lugar, não é mesmo?

Pois saiba que você tem tudo isso no Centro Âncora!

O Centro Âncora é um centro de revitalização da vida religiosa, que oferece apoio a padre, religioso ou religiosa que estão passando por dificuldades.

Logo, o Centro Âncora oferece serviços de psicoterapia, atividades físicas, além do apoio com uma nutricionista, porque entendemos a importância que a alimentação tem para a revitalização do corpo e da mente.

Então, se você vem passando por um momento difícil e se sente fraco, não é hora de se esconder, mas sim de buscar ajuda para fortalecer seu corpo, sua mente, sua fé e seu espírito.

Fale com o seu superior e peça para conhecer melhor o Centro Âncora.

Aproveite para ler:
Olhar que cura: o papel da Capela no Centro  Âncora
Centro Âncora: Quem é o ancorino?

Copiosa Redenção inicia tríduo de aniversário dos 34 anos de Congregação

Na próxima sexta-feira, 08 de dezembro, a Copiosa Redenção completa 34 anos de fundação. Para celebrar o aniversário, inicia amanhã (05/12) um Tríduo com a missa às 19h, na Casa Geral Mãe da Divina Graça, com um momento de adoração e intercessão pelas novas vocações com a presença de toda a comunidade religiosa.

A programação do Tríduo acontece em Ponta Grossa (PR), sede das casas gerais das Irmãs e dos Irmãos. Na quarta-feira (06/12), além da missa haverá os primeiros votos e a renovação de votos dos leigos consagrados. A quinta-feira (07/12) também será marcada pela profissão dos primeiros votos de duas irmãs. No dia da Imaculada Conceição, sexta-feira (08/12) será celebrado com grande alegria o aniversário de fundação da Congregação e o Jubileu de Prata dos 25 anos de votos das religiosas Irmã Neuci, Irmã Maria Madalena, Irmã Luiza e Irmã Zeneide Salomão.

Além das profissão de primeiros votos, as junioristas também renovam seus votos e as irmãs com votos pérpetuos renovam interiormente o seu compromisso com Deus e com a Congregação. Nas demais localidades em que a Congregação está presente o dia 08 também será celebrado com muito júbilo em ação de graças pela fundação da Copiosa Redenção.

Celebre conosco a redenção

A programação em Ponta Grossa é aberta a todos àqueles que desejam celebrar o aniversário e o Carisma da Copiosa Redenção. Confira abaixo toda a programação do Tríduo de aniversário:

1º dia do Tríduo

  • 05 de dezembro (terça-feira), às 19h. Local: Casa Geral Mãe da Divina Graça

2º dia do Tríduo

  • 06 de dezembro (quarta-feira), às 19h. Local: Casa Geral Mãe da Divina Graça

3º dia do Tríduo

  • 07 de dezembro (quinta-feira), às 18h30. Local: Chácara de Uvaia

Aniversário de fundação e Jubileu de Prata

  • 08 de dezembro, às 10h. Local: Chácara de Uvaia

Psicologia  e espiritualidade: Complementares no tratamento da saúde emocional

Você já pensou que psicologia e espiritualidade podem ser aliadas no tratamento de saúde?

Tem se tornado cada vez mais comum em todo o mundo sacerdotes, religiosos e religiosas enfrentarem problemas de saúde emocional, como transtorno de ansiedade e depressão. E nesses casos, unir psicologia e espiritualidade é o caminho para se libertar desse sofrimento ou aprender a lidar com ele.

Vamos entender como isso funciona!

Os desafios da saúde emocional da vida consagrada

Talvez o maior desafio da atualidade para a vida consagrada seja o sacerdote, religioso ou religiosa compreenderem que não são pessoas imunes às doenças emocionais. E somado a isso, quando se encontra em sofrimento, pedir ajuda.

Neste sentido, Vicente Gomes de Melo Filho, Psicólogo Clínico no Centro Âncora, conta que, como qualquer pessoa da sociedade, a vida consagrada demonstra resistência quando o assunto é a saúde emocional. Essas dificuldades, ele aponta, estão “em falar de si, de aceitar que precisa de ajuda, de entrar em terapia e de usar medicamento, caso necessário”.

Mas no caso específico de sacerdotes, religiosos ou religiosas, existem ainda outros agravantes. De acordo com Vicente, são eles: “resistência em aceitar a sua limitação, o medo de ser um contra testemunho, só porque tem um sofrimento psíquico ou físico, quando não um sentimento de não ter mais vocação”. E ainda explica: “É como se ele ou ela devesse dar testemunhos através do não adoecimento”.

Neste sentido, afirma Vicente: “custa mais aos religiosos e sacerdotes aceitar que também são vulneráveis como qualquer ser humano e que, portanto, necessitam de cuidado”.

E esse cuidado não é algo que desmereça ou diminua a vocação. Pelo contrário, pode dar vivacidade, já que muitas vezes a depressão e ansiedade roubam a alegria da vida consagrada. E é neste sentido, para recuperar a autoestima, a ternura e a alegria, que psicologia e espiritualidade trabalham juntas. 

Psicologia e espiritualidade no Centro Âncora

O Centro Âncora foi criado com o propósito de ajudar exclusivamente sacerdotes, religiosos e religiosas a cuidarem da sua saúde emocional e espiritual. É o ambiente no qual a vida consagrada encontra todas as condições necessárias para passar por um processo de revitalização de sua saúde, bem como encontrar oportunidade de se dedicar a seu crescimento espiritual.

Vicente conta que, para isso, existe dentro do Centro Âncora toda uma estrutura de celebrações litúrgicas, inclusive com retiro mensal, condizentes com o ritmo da essência da vida religiosa. Além disso, a vida consagrada também tem a oportunidade de fazer um acompanhamento espiritual a cada 15 dias, pelo menos. E Vicente afirma: “É comum eles (ou elas) relatarem que, durante o processo, resgataram a sua vida de oração!”.

E unindo psicologia e espiritualidade, os ancorinos – que são aqueles que estão passando por um processo de revitalização – recebem atendimento em psicoterapia individual e em grupo.

“O atendimento individual busca abrir um espaço significativo onde o sujeito possa entrar em contato consigo mesmo, recontando a sua história e se localizando melhor dentro dela, de modo a planejar possíveis movimentos no sentido de melhorar as suas relações consigo e com o seu entorno”, explica o psicólogo do Centro.

E sobre a terapia em grupo, Vicente explica que isso “amplia todo esse atendimento, refletindo temas nestes níveis, além de variadas dinâmicas que possibilitam uma partilha também em níveis mais profundos”.

Leia também: A revitalização da vida consagrada no Centro Âncora

Psicologia e espiritualidade para tratar doenças de ordem psíquica ou física

O Psicólogo Clínico conta ainda que os profissionais de saúde, psicólogos e psiquiatras do Centro Âncora procuram sempre na história do paciente as razões de seu adoecimento. E considera: “Uma enfermidade é sempre uma enfermidade!”

Portanto, de acordo com Vicente, uma doença “pode ser de ordem psíquica, que reflete no físico; ou de ordem física, que reflete no psíquico”.

No entanto, ao deixar de lado o preconceito por sofrer de uma doença emocional e ao buscar unir psicologia e espiritualidade, a vida consagrada pode encarar seu sofrimento de uma forma sobrenatural.

Neste sentido, explica Vicente, “o aspecto sobrenatural está na forma como a pessoa encara essa enfermidade”. Ele conta que há, entre aqueles que buscam tratamento, aqueles que “crescem muito espiritualmente”, mediante uma “ampliação de consciência”, junto com uma “desidentificação” da doença. E isso “leva a pessoa a obter uma cura, quando a cura é possível, ou a enfrentar o fato de não ter cura e de ter que conviver com a cronicidade da mesma”.  

De fato, o psicólogo ressalta que “o adoecimento em todos os níveis é um fator que nos coloca frente ao limite da vida”. E isso por si só, segundo ele, “pode ajudar a pessoa a se conectar mais com os aspectos transcendentes de sua fé, agora pela própria experiência”. Mas ele esclarece que esse caráter transcendente/sobrenatural ao próprio sofrimento “é sempre a própria pessoa que vai dar”. E que “o profissional a ajudará a colocar cada coisa em seu lugar”.

Enfim…

Psicologia e espiritualidade podem ser dois importantes e necessários aliados na revitalização da vida consagrada em sofrimento. E quanto antes essa ajuda é solicitada, antes se recupera não apenas a saúde, como também a alegria da vocação e da espiritualidade.

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Congresso Âncora incentiva novos cuidados para a saúde da vida consagrada

Em dois dias de evento, os participantes foram convidados a olharem e agirem com ternura para consigo mesmos.

Nos dias 15 e 16 de setembro aconteceu a sétima edição do Congresso Âncora, com o tema Revolução da Ternura. O Congresso voltado para o clero, religiosos (as), leigos consagrados, psicólogos, formadores, sacerdotes, seminaristas e profissionais interessados no tema, contou com aproximadamente 130 participantes, divididos entre as modalidades presencial e online.

Temas como “a face oposta da ternura”, “compaixão”, “mentes vulneráveis” e várias mesas redondas fizeram parte da programação do evento. “O Congresso foi muito positivo pois ele abordou questões importantíssimas para nossa vida religiosa, humana e afetiva, dando pistas para a nossa caminhada”, testemunha o sacerdote salesiano e participante do evento, Pe Vinícius de Paula.

Para o sacerdote a metodologia com que o tema foi tratado pelos palestrantes e a possibilidade de perguntas dos participantes colaborou para uma boa reflexão do tema. “Nossa igreja precisa abrir novos horizontes, precisa ser expressão da ternura humana, se não nós nunca vamos conseguir nos sentir queridos uns aos outros. Que esse Congresso traga novos ares para nossa mãe Igreja. Parabéns Centro  Âncora, parabéns a toda equipe”, desejou o sacerdote.

A experiência da ternura consigo mesmo

“Foi uma experiência incrível e transformadora, tocou num aspecto tão importante da vida religiosa: a ternura. Normalmente os religiosos são voltados ao cuidado do outro e neste congresso eles puderam perceber a importância de ter um olhar compassivo de amor e ternura também para consigo mesmo”, opina a psiquiatra e palestrante Dra. Tatiane Maiochi Cunha.

Dra Tatiane já teve a oportunidade de participar das edições anteriores do Congresso e acredita que eventos como este são de suma importância para  a Igreja, pois trazem conhecimento, ciência e novas perspectivas de cuidados para os religiosos.

Além da Dra.Tatiane, o VII Congresso Âncora contou com a presença de Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo de Curitiba (PR), o médico psiquiatra Dr. Maurício Nasser Ehlke, os psicólogos e sacerdotes Pe. Rosimar José de Lima Dias, Pe. Ronaldo Zacharias e ainda Frei Sidney Damasio Machado. A próxima edição do Congresso está prevista para 2025.

Confira os principais momentos do evento:

Ternura: fonte de cura e reconciliação na vida consagrada 

Pensar em ternura na vida consagrada é um verdadeiro convite a abrir-se a importantes desafios e até mesmo transformações.

A vida consagrada é chamada a viver o amor – eis o maior desafio! – que é o fundamento e a expressão por excelência de todo cristão. E esse amor é vivido não apenas por meio da vivência dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência e no serviço ao povo de Deus. Mas é precisamente na maneira como se vive esse amor, que deve ser comunicado a todos com ternura. Amor sem ternura, é jardim sem flor, entardecer sem o pôr do sol, livro sem palavras.

Logo, a vida consagrada é um dom divino, uma aliança de amor de Deus com Seu povo, um sinal de Sua ternura e cuidado. Contudo, essa ternura e cuidado de Deus são direcionados ao povo, mas também à própria vida consagrada.

Vamos refletir sobre isso!

Fonte de cura e reconciliação pessoal na vida consagrada

A ternura tem o poder de tornar nossa vida e nossa cruz mais leves. Ela abre nossos olhos para percebermos os sinais da presença de Deus quando não costumamos ver; ela nos permite enxergá-Lo nos rostos em que, por vezes, por mesquinhez, ignoramos.

Mais do que isso, a ternura é fonte de cura e reconciliação com a nossa própria história. Quantas vezes erramos na vivência de nossa vocação? Quantas vezes paramos para refletir e identificamos comportamentos que não são condizentes com a vida consagrada? Quantas vezes somos surpreendidos por situações nas quais fizemos escolhas erradas? Quantas vezes agimos com aspereza e com rudeza diante de alguém? Quantas vezes ferimos a nós mesmos com o pecado?

No entanto, ao identificarmos esses sinais em nossa vida, não devemos agir de outra maneira senão buscando na ternura de Deus a transformação e a cura que precisamos. E é também pela via da ternura que devemos buscar a reconciliação conosco mesmo e com a nossa vocação.

O Papa Francisco escreveu certa vez em seu Twitter: “A ternura é o amor, que se torna próximo e concreto. É um movimento que brota do coração e chega aos olhos, aos ouvidos e às mãos. A ternura é o caminho que percorreram os homens e as mulheres mais corajosos e fortes”.

Logo, o nosso relacionamento com Deus não pode ser vivido com distanciamento, mas sim com muita proximidade. E aqui cabem muito bem as palavras do Papa Francisco em um de seus discursos, em uma de suas viagens apostólicas. Ele afirmou: “Se a música do Evangelho deixar de ser executada na nossa vida e se transformar numa bela partitura do passado, já não conseguirá romper as monotonias asfixiadoras que impedem de animar a esperança, tornando estéreis todos os nossos esforços. Se a música do Evangelho parar de vibrar nas nossas entranhas, perderemos a alegria que brota da compaixão, a ternura que nasce da confiança, a capacidade da reconciliação que encontra a sua fonte no fato de nos sabermos sempre perdoados-enviados”.

Ou seja, a ternura nos permite acolher nossas próprias feridas e a tratá-las no amor e no perdão misericordioso de Deus.

Leia também: Revolução x Ternura: o poder transformador da empatia

Fonte de cura e reconciliação na vida comunitária

Quando nos reconhecemos amados, perdoados e acolhidos pela ternura de Jesus, nos tornamos capazes de colocar isso em prática na vida comunitária.

Algo jamais deve escapar de nosso entendimento: Jesus é o pastor que veio para salvar as ovelhas errantes. Ele está sempre à frente do Seu rebanho, guiando, protegendo, conduzindo ao alimento, sempre com mansidão e ternura. É assim que a vida consagrada é chamada a ser na vida da Igreja.

Neste sentido, o Papa Francisco disse em um dos seus discursos sobre a “teologia da ternura”: “Quando o homem se sente deveras amado, sente-se estimulado a amar. Por outro lado, se Deus é ternura infinita, também o homem, criado à sua imagem, é capaz de ternura. Então a ternura, longe de ser apenas sentimentalismo, é o primeiro passo para superar o fechamento em si mesmo, para sair do egocentrismo que deturpa a liberdade humana. A ternura de Deus leva-nos a compreender que o amor é o sentido da vida. Compreendemos assim que a raiz da nossa liberdade nunca é autorreferencial. E sentimo-nos chamados a verter no mundo o amor recebido do Senhor, a decliná-lo na Igreja, na família, na sociedade, a conjugá-lo no servir e no doar-nos. Tudo isto não por dever, mas por amor, por amor daquele pelo qual somos ternamente amados”.

Leia também: Desafios e benefícios da ternura na vida consagrada

Descubra o poder da ternura na vida consagrada

Revolução da Ternura é o tema do 7º Congresso Âncora para a vida consagrada. O evento acontecerá nos dias 15 e 16 de setembro de 2023, em Pinhais – PR e você pode participar de modo presencial ou online.

No 7º Congresso Âncora, você é convidado a descobrir o poder da ternura na vida consagrada em dois dias de programação que vão discutir estes temas: o panorama histórico bíblico da ternura; mentes vulneráveis; a compaixão; a ternura como a experiência de sentir-se amado; a ternura como pedagogia de São Francisco de Assis; a face oposta da ternura; acolhe e acompanhar com ternura; discernir e integrar com ternura.

E se você deseja que mais vidas consagradas da sua comunidade, diocese, instituto, congregação ou seminário participem, o Centro Âncora tem uma promoção para inscrições em grupo: 10 inscrições + 1 grátis.

Aproveite para ler: Congresso convida sacerdotes e religiosos a refletir sobre saúde mental e emocional na vida consagrada