Idoso precisa de terapia?

A terapia tem ganhado bastante espaço em nossa sociedade atual. Contudo, ainda assim tem gerado muitos questionamentos quanto a sua eficácia em determinados grupos especiais, como é o caso da terceira idade.

O benefício da terapia ainda é desconhecido por muitos, pois depende de uma série de fatores para que se possa ver a sua eficácia. Porém, algo que não se pode negar é a necessidade de um acompanhamento integral durante a terceira idade, incluindo a terapia.

Nesse texto, queremos trazer a importância da terapia para a qualidade de vida na terceira idade. Continue lendo!

A realidade que muitos idosos enfrentam

A velhice chega para todos e com ela inúmeros desafios que, quando vividos com acompanhamento adequado, são superados com serenidade e paciência.

As mudanças encontradas na terceira idade são, na maioria das vezes, as grandes responsáveis por gerar no idoso baixa autoestima, sentimento de impotência e inutilidade, sensação de vazio etc.

Porém, esses sentimentos que em algum momento batem à porta da vida de um idoso, precisam ser combatidos.

Isso porque, a longo prazo, os maus sentimentos e pensamentos podem gerar grandes prejuízos à saúde como um todo na terceira etapa da vida.

Dessa forma, aplica-se o conceito: “mente sã, corpo são”, pois a partir do momento que se trabalha a saúde mental como parte fundamental no acompanhamento de um idoso enxerga-se grandes ganhos.

A terapia é uma aliada da saúde do idoso

A qualidade de vida de um idoso, principalmente em sua saúde mental, necessita de um acompanhamento adequado mediante as suas necessidades e desafios encontrados nessa etapa da vida.

É verdade que muitos idosos, de fato, têm uma certa facilidade de sentir-se realizados em tudo o que fazem e vêem as dificuldades vencidas ao longo dos anos como grandes vitórias.

Mas também existem aqueles que arrastam as suas dores por anos e ao chegar na terceira idade sentem-se imersos e incapazes de encontrarem sentido na vida. É nesse momento que a terapia atua como um excelente suporte e aos pouquinhos vai trazendo luz às áreas do ser humano que por algum motivo se encontram enfraquecidas, escuras e vazias.

Dessa maneira, é pela terapia que o idoso é conduzido a perceber suas potencialidades e convidado a ressignificar as suas dores e fraquezas.

Essa prática de levar para a terapia toda a sua verdade é o que garantirá à pessoa idosa uma nova forma de enxergar seu passado, seu presente e futuro.

Ter a terapia como aliada na terceira idade faz muita diferença na busca pela melhor forma de se viver essa etapa da vida.

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Todo idoso precisa de terapia?

A terapia é um bem muitíssimo necessário, pois atua promovendo autoconfiança, levando o paciente a enxergar que apesar dos percalços é possível encontrar sentido em sua caminhada neste mundo.

Dessa maneira, ela garante à pessoa idosa a tranquilidade para desenvolver bem todas as outras áreas de seu ser. Isso porque o ser humano não é um indivíduo segregado, e tudo o que ele sofre em uma área de corpo reflete em seu ser como um todo.

Desta maneira, vemos que a terapia não é somente para aqueles que apresentam grandes perdas em sua capacidade cognitiva. Contudo, serve para quem deseja alcançar uma melhor versão de si mesmo a cada dia. 

Nesse sentido, a terapia, de fato, é muito importante nesta fase da vida. Como afirma a psicóloga Janice Velada, “(…) O intuito é dar novo sentido à vida por meio de estratégias cognitivas, desmistificando pensamentos distorcidos em relação à velhice”.

Seja de forma preventiva ou remediativa, uma boa terapia trará inúmeros benefícios à pessoa idosa.

A terapia no Lar Adelaide

No Lar Adelaide, mesmo quando não havia um profissional exclusivo diariamente, o planejamento era fornecer aos nossos hóspedes atendimento psicológico através de parcerias com faculdades.

A terapia psicológica aliada às atividades ocupacionais, através de profissionais capacitados como terapeutas e personal sênior, sempre garantiram aos nossos hóspedes o suporte que eles precisavam.

Atualmente, o nosso Lar conta com atendimentos realizados por um profissional da área e garante assim uma melhor comodidade aos nossos hóspedes.

Fomentamos, acima de tudo, o cultivo de uma espiritualidade verdadeira, pois quando um idoso fortalece a sua espiritualidade, sua velhice se torna muito mais tranquila. Nesse sentido, ele consegue encontrar propósito e viver com amor e alegria.

A participação na celebração da Missa, na oração do terço e pessoal são essenciais na busca da saúde mental e do bem-estar como um todo!

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Portanto, é de extrema necessidade que o idoso, ou o seu responsável, possa ficar atento quanto às atitudes e pensamentos que ameacem a saúde mental. Assim como em toda a qualidade de vida do idoso.

Porém, mesmo quando não se tem um diagnóstico que aponte para a necessidade de sessões de terapia, lembremos que os benefícios desta prática valem para qualquer fase da terceira idade.

Congresso Âncora incentiva novos cuidados para a saúde da vida consagrada

Em dois dias de evento, os participantes foram convidados a olharem e agirem com ternura para consigo mesmos.

Nos dias 15 e 16 de setembro aconteceu a sétima edição do Congresso Âncora, com o tema Revolução da Ternura. O Congresso voltado para o clero, religiosos (as), leigos consagrados, psicólogos, formadores, sacerdotes, seminaristas e profissionais interessados no tema, contou com aproximadamente 130 participantes, divididos entre as modalidades presencial e online.

Temas como “a face oposta da ternura”, “compaixão”, “mentes vulneráveis” e várias mesas redondas fizeram parte da programação do evento. “O Congresso foi muito positivo pois ele abordou questões importantíssimas para nossa vida religiosa, humana e afetiva, dando pistas para a nossa caminhada”, testemunha o sacerdote salesiano e participante do evento, Pe Vinícius de Paula.

Para o sacerdote a metodologia com que o tema foi tratado pelos palestrantes e a possibilidade de perguntas dos participantes colaborou para uma boa reflexão do tema. “Nossa igreja precisa abrir novos horizontes, precisa ser expressão da ternura humana, se não nós nunca vamos conseguir nos sentir queridos uns aos outros. Que esse Congresso traga novos ares para nossa mãe Igreja. Parabéns Centro  Âncora, parabéns a toda equipe”, desejou o sacerdote.

A experiência da ternura consigo mesmo

“Foi uma experiência incrível e transformadora, tocou num aspecto tão importante da vida religiosa: a ternura. Normalmente os religiosos são voltados ao cuidado do outro e neste congresso eles puderam perceber a importância de ter um olhar compassivo de amor e ternura também para consigo mesmo”, opina a psiquiatra e palestrante Dra. Tatiane Maiochi Cunha.

Dra Tatiane já teve a oportunidade de participar das edições anteriores do Congresso e acredita que eventos como este são de suma importância para  a Igreja, pois trazem conhecimento, ciência e novas perspectivas de cuidados para os religiosos.

Além da Dra.Tatiane, o VII Congresso Âncora contou com a presença de Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo de Curitiba (PR), o médico psiquiatra Dr. Maurício Nasser Ehlke, os psicólogos e sacerdotes Pe. Rosimar José de Lima Dias, Pe. Ronaldo Zacharias e ainda Frei Sidney Damasio Machado. A próxima edição do Congresso está prevista para 2025.

Confira os principais momentos do evento:

Revolução da ternura: o chamado da vida consagrada

Ultimamente, ternura é uma das palavras mais utilizadas pelo Papa Francisco ao falar de Deus, principalmente nas suas catequeses.

Logo, a palavra ternura é um substantivo que indica uma atitude ou atributo de quem é terno. Significa meiguice, afeto, carinho; e é sinônimo de delicadeza, doçura, brandura, suavidade.

Mas por que o Papa escolheu essa palavra para falar do amor de Deus? Porque “ternura”, explica Francisco, traduz muito bem “o afeto que o Senhor sente por nós”. Segundo ele, “o amor de Deus não é um princípio geral abstrato, mas pessoal e concreto, que o Espírito Santo comunica no íntimo de cada um de nós”.

E sendo assim, de acordo com o Sumo Pontífice, a ternura de Deus nos alcança e tem a capacidade de transformar nossos sentimentos e pensamentos.

“Não fecheis os vossos corações” (Salmo 95)

Devido à rotina de trabalho e até mesmo diante das situações difíceis que precisam lidar no atendimento ao povo de Deus, os consagrados, sacerdotes e religiosos acabam endurecendo o seu coração. E é aí que se corre o risco de se esquecer da ternura de Deus.

Mas não apenas isso, o cansaço, as mudanças, a doença (tanto física quanto emocional) também podem aos poucos ir nos afastando da ternura de Deus.

Mas muitos também acabam se fechando porque presumem saber tudo de Deus e acabam se esquecendo de se abrir para o Seu amor. E Deus não gosta, segundo o Papa, daquela religiosidade que explica tudo, mas que tem o coração frio.

Logo, a história de Jó, no Antigo Testamento, é um convite a abrir o coração! Ele, que perde tudo na vida, as riquezas, a família, o filho e a saúde, não se permite afastar do Coração de Deus. Contudo, Jó não aceita uma “caricatura” de Deus, mas eleva o seu grito diante das suas fragilidades até que Deus lhe responda e revele o Seu rosto. E Deus responde aos seus apelos revelando-lhe o amor que se escondia por detrás do seu silêncio.

Já no Novo Testamento, uma das parábolas de Jesus que ilustra perfeitamente bem a ternura de Deus é a do Filho Pródigo. Quando retorna, o filho espera por uma punição, por isso diz ao pai que se contentava em ser tratado como um dos criados. No entanto, ele foi surpreendido pelo abraço do pai. E sobre isso o Papa Francisco explicou: “A ternura é algo maior do que a lógica do mundo”.

Aceitar a ternura para ser capaz de ternura!

O Papa Francisco ensina que “a teologia não pode ser abstrata, se fosse abstrata seria ideologia, pois nasce de um conhecimento existencial, nasce do encontro com o Verbo que se fez carne!

A teologia é chamada a comunicar a concretude do Deus amor. E a ternura é um existencial concreto bom para traduzir em nossos tempos o afeto que o Senhor sente por nós”.

Logo, a teologia da ternura, segundo o Papa, gira em torno de duas coisas: “a beleza de sentir-se amado por Deus e a beleza de sentir que amamos em nome de Deus”. E sobre isso o pontífice ressalta que “quando uma pessoa se sente realmente amada, é levada também a amar”.

Neste sentido, o Papa ainda destaca: “Se Deus é ternura infinita, o ser humano, criado à sua imagem, é também capaz de ternura”. Ele também afirma que “a ternura é o primeiro passo para superar o fechamento em si mesmo e sair do egocentrismo que deturpa a liberdade humana. A ternura de Deus nos leva a entender que o amor é o sentido da vida”.

E de acordo com o Papa, a ternura é capaz de dar à Igreja uma teologia “saborosa” e que “somos chamados a derramar no mundo o amor recebido do Senhor”.  

Além disso, a ternura nos ajuda a viver uma fé consciente, cheia de amor e esperança. Também a dobrar os joelhos, tocados e feridos pelo amor divino.

Leia também: Você está atento aos sinais e dores de um consagrado?

VII Congresso Âncora: Revolução da Ternura

“Estou permitindo que o Senhor me ame com a sua ternura, transformando-me em um homem/mulher capaz de amar desta forma?”, perguntou o Papa em uma de suas audiências. E foi a partir desse questionamento que o Centro Âncora lançou o seu VII Congresso com o tema “Revolução da Ternura”.

Este congresso, que acontece nos dias 15 e 16 de setembro, é destinado a Bispos, Provinciais, Psicólogos, Formadores, Sacerdotes, Religiosos(as), Seminaristas e Leigos Consagrados.

Mas por que é necessária uma Revolução da Ternura? Porque a vida consagrada exige esse amor terno ao outro, e sabemos que o ato de amar vem da experiência filial com Deus. Se a revolução começa dentro de nós – padres, religiosos(as), leigos consagrados, seminaristas – saberemos ensinar a todos a diferença do Deus justo que redime o homem daquele que o castiga.

O Centro Âncora se dedica a cuidar com ternura da vida consagrada a partir das dimensões física, espiritual e psíquica. Portanto, neste Congresso, aprofunde-se no tema da ternura e como ela pode revolucionar a sua saúde e a vivência da sua vocação.

Faça aqui sua inscrição para o VII Congresso Âncora: Revolução da Ternura