Dia mundial do meio ambiente: Dicas do Papa Francisco para o cuidado com a Criação

O Dia Mundial do Meio Ambiente não pode ser apenas um tributo à natureza. Mas um momento de comprometer a humanidade, ou melhor, não apenas uma parcela de pessoas que se preocupam com o futuro do planeta, mas todos com a preservação da natureza.

Assim como fizeram os países que assinaram um acordo histórico de biodiversidade da ONU. O acordo tem por finalidade conservar 30% das áreas de terra e da água disponíveis no planeta até 2030, porque se não cuidarmos do planeta, não teremos casa no futuro!

E o Papa Francisco nos ajuda nesta educação da consciência a respeito desse assunto, através da Carta Encíclica Laudato Si. Segundo ele, a Igreja sempre esteve atenta às mudanças climáticas e à preservação da natureza.

Mas também ele contou com as orientações de diversos estudiosos sobre esse assunto. Contudo, não é apenas a ciência que resolve todos os problemas, é preciso sensibilidade, humanidade, e ele cita São Francisco como belo modelo para cuidar da natureza: 

“Acho que Francisco é o exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade.”  (LS 10)

Então, vamos nos sensibilizar, mas também acolher a proposta educadora do Santo Padre sobre um tema fundamental de quem depende a existência das futuras gerações.

O Dia Mundial do Meio Ambiente – quando e por quê?

Embora a primeira celebração mundial do Meio Ambiente tenha acontecido em 5 de junho de 1974, a data tem sua origem dois anos antes, em 1972, quando a ONU a designou como Dia Mundial do Meio Ambiente, na Conferência em Estocolmo – Suécia.

Justamente este ano (2023) é o 50º aniversário da comemoração. E tem como tema “Combate à poluição plástica” para alertar sobre a crescente produção e descarte indevido de embalagens plásticas que afetam o meio ambiente como um todo, eis o porquê!

E a Costa do Marfim e os Países Baixos são anfitriões da celebração neste ano. Em todo mundo acontecem eventos para conscientizar a população sobre a importância da preservação e uso sustentável do meio ambiente em equilíbrio com as necessidades humanas e combate à pobreza. Eis mais uma motivação para esta comemoração!

Segundo a ONU, mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas a cada ano em todo o mundo e menos de 10% é reciclado. Os microplásticos, pequenas partículas de plástico de até 5 mm de diâmetro, acabam em alimentos, água e ar. O plástico descartado ou queimado prejudica a saúde humana, a biodiversidade e polui todos os ecossistemas.

O Papa Francisco e o Dia Mundial do Meio Ambiente

“O urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar. O Criador não nos abandona, nunca recua no seu projecto de amor, nem Se arrepende de nos ter criado.” (LS 14)

O trato com o Meio Ambiente é um assunto recorrente e urgente! Para tanto, muitos Papas já falaram sobre esse assunto e não seria diferente com o Papa Francisco. Por isso, em 2015, ele lançou a encíclica Laudato Si que significa “Louvado sejas”, uma citação do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis.

Primeiramente, o documento trata do cuidado com o meio ambiente e com todas as pessoas, bem como de questões mais amplas da relação entre Deus, os seres humanos e a Terra. O subtítulo da encíclica, “Sobre o Cuidado da Casa Comum”, reforça esses temas citados. 

E as mudanças climáticas? Elas são um dos temas mais fortes associados à Laudato Si. Mesmo porque a encíclica fala em detalhes sobre a necessidade ética e moral que todos têm de enfrentá-las, porque a ameaça da crise climática se tornou mais grave desde a publicação da carta.

Por isso, de forma resumida, vamos apresentar alguns tópicos da Laudato Si, a partir dos seus seis capítulos, que nos ajudarão a refletir sobre ações concretas em benefício do Dia Mundial do Meio Ambiente.

1. Casa Comum

Já no título do documento, o Papa Francisco apresenta uma ideia forte, chama o planeta de Casa Comum. Ele diz: “recordava-nos que a nossa casa comum se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços” (LS, 1). 

No planeta, habitam os seres humanos e todo o conjunto da criação em profunda relação com o ser humano: “O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos” (LS, 2). 

Portanto, cuidar do planeta é cuidar da casa que abriga nossa existência. Essa é a ideia do Dia Mundial do Meio Ambiente, logo olhemos todo o ecossistema, com sua fauna e flora, como o lugar que precisa de nossa atenção e ação concreta.

2. “O Evangelho da Criação” 

O capítulo dois traz a história da criação do livro do Gênesis, quando Deus presenteia o homem com a terra e tudo o que nela contém, mas orienta sobre o cultivo responsável e a proteção à natureza.

Mas esse presente é mal interpretado e o homem passa a dominar a natureza, manipulá-la e se afasta da relação harmônica com ela. Essa relação precisa de uma nova orientação a fim de que a própria natureza não pareça inimiga do homem que a violou. 

3. “A Raiz Humana da Crise Ecológica” 

O capítulo três explora tendências sociais e ideologias que causaram problemas ambientais. Estes incluem o uso irrefletido da tecnologia, um impulso para manipular e controlar a natureza, uma visão dos seres humanos como separados do meio ambiente, teorias econômicas de foco estreito e relativismo moral.

Logo, é preciso refletir sobre os limites do progresso para que o Dia Mundial do Meio Ambiente produza mudanças de comportamentos, começando pelos responsáveis pelas nações.

4. “Uma Ecologia Integral” 

O quarto capítulo apresenta a principal solução da encíclica para os problemas sociais e ambientais em curso. A ecologia integral afirma que os humanos são parte de um mundo mais amplo e exige “soluções integrais que considerem as interações dos sistemas naturais entre si e com os sistemas sociais” (LS 139). 

Embora o estudo dos ecossistemas esteja bem presente na ciência da ecologia, a ecologia integral expande esse conceito para incluir as dimensões éticas e espirituais de como os seres humanos devem se relacionar uns com os outros e com o mundo natural – com base na cultura, família, comunidade, virtude, religião e respeito pelo bem comum.

5. “Algumas Linhas de Orientação e Ação” 

O quinto capítulo aplica o conceito de ecologia integral à vida política. Pede acordos internacionais para proteger o meio ambiente e ajudar os países de baixa renda; novas políticas nacionais e locais; tomadas de decisão inclusivas e transparentes; e uma economia orientada para o bem de todos.

Há neste capítulo uma grande responsabilidade dos governantes no investimento educacional sobre o meio ambiente. Não basta falar sobre o assunto entre paredes, é preciso que chegue nas escolas, nos lares, no lazer e alcance todas as faixas etárias.

6. “Educação e Espiritualidade Ecológicas” 

Por fim, esse tema conclui a encíclica com aplicações à vida pessoal; recomenda um estilo de vida focado menos no consumismo e mais em valores atemporais e duradouros; propõe educação ambiental, alegria no ambiente de cada um, amor cívico, recepção dos sacramentos.

E principalmente uma “conversão ecológica” na qual o encontro com Jesus leva a uma comunhão mais profunda com Deus, com as outras pessoas e com o mundo natural.

A Laudato Si é um código de ética ambiental

De fato, o Dia Mundial do Meio Ambiente deseja fomentar o trabalho generoso em benefício do planeta e uma comunhão de atitudes pessoais e comunitárias entre os seres humanos em vista do futuro de todos.

E sem dúvida, a Laudato Si nos ajuda a compreender isso. Após várias reflexões, o Papa Francisco termina com a oração pela nossa terra! No entanto, uma oração comprometida com a mudança de atitudes, com a valorização do planeta e com o bem-estar uns dos outros.

Junho Branco e o combate às drogas

Você já ouviu falar em Junho Branco? Trata-se do mês de combate às drogas que acontece com campanhas para ajudar na prevenção e na conscientização sobre o uso de drogas ilícitas.

O objetivo do Junho Branco é fomentar e viabilizar conversas ou diálogos na sociedade sobre os malefícios do uso de drogas.

A campanha Junho Branco surgiu devido ao Dia Internacional de Combate às Drogas e Dia Internacional Contra o Abuso de Tráfico Ilícito de Drogas. Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), ambos são celebrados mundialmente no dia 26 de junho.  

Junho Branco: entenda a droga

De acordo com a ONU, droga é toda substância que é capaz de modificar processos bioquímicos do organismo, resultando em mudanças fisiológicas ou comportamentais.

Neste sentido, os medicamentos são considerados drogas, porém, são utilizados para reverter uma doença, ou seja, para fins terapêuticos, e seu uso é legalizado. As doenças provocam alterações em processos bioquímicos no organismo humano, e a administração de medicamentos serve para restabelecer o equilíbrio desses processos.

Contudo, existem as drogas psicotrópicas. Elas atuam no cérebro, modificam a atividade do sistema nervoso central, aumentando-a (estimulantes), reduzindo-a (depressoras) ou alterando nossa percepção (perturbadoras). Além disso, provocam alterações no humor, na percepção, no comportamento e em estados da consciência.

Entre as drogas psicoativas estão, por exemplo: o álcool – depressora e considerada drogas lícitas; a cocaína, crack e anfetamina – estimulantes e de uso ilícito; a maconha e LSD – perturbadoras, e também de uso ilícito.

Dentre as drogas psicoativas, algumas são procuradas porque causam um efeitos prazerosos. Devido a isso, conduzem a pessoa ao uso abusivo, causando dependência.

Portanto, cabe destacar que o uso contínuo de drogas psicotrópicas promove alterações no modo como o cérebro reproduz os sentimentos e as sensações ruins, como ansiedade, irritabilidade e agressividade.

Logo, isso significa que, quando a pessoa não está usando a droga, pode apresentar alterações psíquicas e físicas. Isso acontece porque seu organismo demonstra sinais de desconfortos, fazendo-o buscar novamente a droga para aliviar esse mal-estar. E assim ela vive em um círculo de dependência.

Como prevenir o uso de drogas?

Prevenir o uso de drogas provavelmente seja a maior preocupação das famílias, não apenas durante a campanha Junho Branco. Pensando nisso, listamos algumas dicas com o intuito de proteger os filhos.

# 1: Estabeleça limites

As crianças, adolescentes e jovens precisam entender que existem limites. Logo, impor limites não é crueldade, como muitos pensam. Ao contrário, limites bem definidos faz com que os filhos percebam o cuidado dos pais e assim se sintam mais seguros.

# 2: Pratique o diálogo

A conversa é a melhor maneira para resolver problemas e evitá-los. Portanto, converse abertamente com os filhos sobre os efeitos da droga, aproveite e fale sobre o Junho Branco.

# 3: Esteja atento ao que os seus filhos fazem nas redes sociais

A internet é um campo livre onde todos podem circular e acessar o que quiserem, por isso é preciso estar atento ao que os filhos procuram na internet. Supervisionar é a melhor maneira de se antecipar uma escolha errada por parte dos filhos.

# 4: Envolva seus filhos em atividades sociais

Fazer o bem nos faz bem! E há quem diga que praticar o bem é viciante, mas esse vício é bom! Por isso, incentive seus filhos a praticar o bem se envolvendo em alguma ação social. Isso reduz as chances de se seguir para o “mau” caminho.

# 5: Esteja atento às amizades

A maioria dos adolescentes experimentam as drogas ilícitas quando um amigo as oferece. Por isso, é preciso estar muito atento às amizades, saber com que seus filhos andam, bem como conhecer a família dos amigos. E, ao identificar qualquer indício de más companhias, converse calmamente com seus filhos explicando os perigos e busque maneiras de afastá-los, tudo com discrição.

# 6: Não fume e nem beba diante dos seus filhos

Tanto o cigarro quanto a bebida têm o uso permitido por lei, mas ainda assim são drogas. E na adolescência essas drogas facilmente podem servir como porta de entrada para outras drogas, as que são ilícitas. Por isso, caso você seja fumante ou tenha o hábito de beber, evite fazer isso diante dos filhos. E, se possível, procure afastar-se desses vícios.

Leia também: 5 formas de ajudar uma pessoa a sair das drogas

# 7: Alimente a espiritualidade dos filhos

A espiritualidade pode agir como um fator de proteção, e, quanto mais pertos de Deus, ou seja, dentro da igreja, mais protegidos os filhos estão de más companhias e do uso de drogas.

Junho Branco e a Copiosa Redenção

A dependência química é uma doença de ordem fisiológica, neurológica e psicológica. Sendo assim, exige acompanhamento médico. Além disso, o tratamento da dependência química é um processo que conta com várias ações: psicoterapia, medicamentos, internação, grupos de apoio, dentre outros.

E uma Comunidade Terapêutica, ou uma clínica de recuperação, reúne todos os tratamentos necessários para que o dependente consiga deixar o vício.

Neste sentido, a Copiosa Redenção possui diversas Comunidades Terapêuticas, com um programa terapêutico próprio, dividido em fases que passam por: adaptação, interiorização e reinserção social.

Todo o tratamento é individualizado, ou seja, é projetado de acordo com as necessidades do paciente e da família.

A Copiosa Redenção é uma instituição católica fundada em 1989 pelo sacerdote redentorista Padre Wilton Moraes Lopes. E desde então leva a redenção a pessoas com situação de drogadição, realizando trabalhos de recuperação e prevenção do uso de drogas e reinserção social.

Mas o que é levar a redenção? É acolher a todos, sem exceção, tendo um olhar misericordioso, assim como o olhar de Deus para nós.

Conheça o programa terapêutico da Copiosa Redenção!

Conheça a Campanha do Dia Mundial sem tabaco 

Em 1987 a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou o Dia Mundial sem Tabaco, que acontece no dia 31 de maio de cada ano. Logo, o objetivo do evento é alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.

Sendo assim, a cada ano o Instituto Nacional do Câncer (INCA) promove e articula uma grande campanha nacional sobre o tema junto com as secretarias estaduais e municipais de saúde e de educação.

Além disso, também participam o Ministério da Saúde e outros setores do governo federal que integram a Comissão Nacional da OMS para o controle do tabaco.

Por isso, hoje vamos conversar sobre o tabaco, conhecer como ele age no corpo humano e entender seus malefícios. Acompanhe!

Tabaco, uma droga lícita

Algumas pessoas desconhecem essa informação e outras fazem de conta que não sabem, mas o tabaco é sim uma droga que causa dependência química! Mas se é uma droga, por que é comercializada livremente?

Isso acontece porque o tabaco, assim como as bebidas alcoólicas, está classificado como uma droga lícita que justamente tem a comercialização liberada para maiores de 18 anos.

Já as drogas ilícitas são aquelas que têm a venda proibida, ou seja, não são legalizadas, como a maconha, cocaína e outras, cuja comercialização é crime.

Por que o tabaco causa dependência?

A nicotina, que é uma substância psicoativa, é a grande responsável por causar a dependência. Mas ela não está presente apenas no cigarro. É encontrada em todos os produtos derivados, tais como o cigarro eletrônico, charuto, cachimbo, cigarro de palha, narguilé, entre outros.

E a dependência à nicotina está incluída na Classificação Internacional de Doenças da OMS [CID-11].

Ao ser inalada, a nicotina espalha-se pelo sistema circulatório fazendo com que chegue em poucos segundos ao cérebro. E, dessa forma, produz alterações no Sistema Nervoso Central, modificando o estado emocional e comportamental da pessoa. O processo é muito similar ao que ocorre com o uso da cocaína, heroína e do álcool.

Logo, com a inalação contínua da nicotina, o cérebro se torna dependente e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o nível de satisfação que tinha no início. Esse efeito é chamado de “tolerância à droga”. Assim, ao longo dos anos o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais o tabaco.

E com o alto consumo de tabaco, a pessoa acaba desenvolvendo grande risco de doenças crônicas, não transmissíveis, que podem levar à invalidez e até à morte.

Entre as doenças estão diversos tipos de câncer, além de doenças cerebrovasculares, cardíacas, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade, osteoporose, catarata, entre outras. 

Mas não é tudo! O fluxo sanguíneo no pulmão é muito rápido e todo volume de sangue do corpo percorre os pulmões em um minuto. Dessa forma, toda nicotina inalada espalha-se pelo organismo com uma velocidade quase igual à de substâncias introduzidas por uma injeção intravenosa. Por isso que o consumo do tabaco também pode favorecer a tuberculose, infecções respiratórias e outras doenças pulmonares.

E como resultado do tabagismo, todos os anos cerca de 8 milhões de pessoas morrem, de acordo com a OMS.

Razões para deixar o tabaco

Tabagismo é o nome da doença causada pela dependência química da nicotina. E justamente devido a essa dependência, deixar de fumar é um desafio.

Porém, é possível, sim, parar de fumar e para isso é preciso procurar tratamento médico especializado.

E o tratamento oferecido pelo SUS traz melhoria para a qualidade de vida, além de melhorar também a capacidade pulmonar diminuindo a vulnerabilidade a diversas doenças.

Estudos mostram que existem mais de 100 motivos para abandonar o tabaco e que os benefícios para a saúde são alcançados de maneira quase que imediata. Por isso, entre eles, listamos alguns. Confira!

·         20 minutos sem tabaco melhora a pressão sanguínea e a pulsação volta ao normal.

·         Após 2 horas sem cigarro, não há mais nicotina circulando no sangue.

·         8 horas sem fumar garantem que o nível de oxigênio no sangue se normalize.

·         Após 24 horas sem o uso da nicotina, os pulmões já funcionam melhor.

·      Ao deixar de fumar por 2 dias, o olfato sente melhor os cheiros e o paladar reconhece melhor o sabor dos alimentos.

·      Após 3 semanas sem tabaco, a respiração se torna mais fácil e a circulação sanguínea melhora muito.

·         Após 1 ano, o risco de morte por infarto é reduzido pela metade.

·         Após 10 anos sem cigarro, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.

Junho Branco

Você sabia que junho é o mês de Conscientização e Prevenção do Uso de Drogas? Por isso, no Brasil vivemos o Junho Branco.

E como o tabaco é parte do mundo das drogas, sua prevenção e conscientização estão entre os assuntos discutidos no Junho Branco. Por isso, fique atento também aos outros assuntos relacionados a esse tema que postaremos em nosso blog.

E lembre-se: o consumo de tabaco não é recomendado e não existe produto derivado de tabaco que seja isento de danos à saúde. Além disso, não há um nível seguro ou recomendado para uso.

Outro alerta: quanto mais cedo parar de fumar, menor o risco de adoecer. E ainda que o fumante já esteja com alguma doença causada por essa droga lícita, mesmo assim, deixar o tabaco trará benefícios para a saúde.  

Leia também: Educação dos filhos: prevenir é melhor que remediar

Abuso e exploração sexual infantil, precisamos conversar sobre isso!

No dia 18 de maio foi o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infantil e de Adolescentes.

Infelizmente, essa é uma realidade que afeta seriamente o Brasil. Dados do Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), demonstram que a violência sexual contra crianças e adolescentes é a quarta maior causa de denúncia.

As estatísticas indicam que, entre 1º de janeiro e 12 de maio de 2021, foram registradas mais de 6 mil denúncias de violência sexual contra esses públicos. Os números representam 17,5% das 35 mil denúncias no geral recebidas nesse período.

E, em 2022, nos cinco primeiros meses do ano foram registradas 4.486 denúncias de violação dos direitos humanos contra crianças e adolescentes, sendo 18,6% atos de violência sexual.

O mais assustador é saber que, na maioria dos casos, os abusadores são pessoas próximas. Dados de 2021 apontam que em mais de 8 mil casos os criminosos moravam na mesma residência da vítima, sendo que deste mais de 2.500 eram o padrasto ou a madrasta; 2.443 denúncias foram contra o próprio pai; e 2.044 contra a mãe da criança.

Contudo, estima-se que esses números devem ser muito maiores, se levado em consideração que muitos casos não são denunciados por medo.

Além disso, segundo estudos do Disque 100, estima-se que 1 em cada 3 meninas e 1 em cada 6 meninos serão vítimas de algum abuso sexual antes dos seus 18 anos de idade. Um número assustador! E, por isso, foi criado um dia para reforçar a importância em combater o abuso e exploração sexual infantil.

Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infantil e de Adolescentes

Essa data foi criada com o objetivo de mobilizar toda a sociedade brasileira e convocá-la para o engajamento contra a violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes.  

E a escolha do dia 18 de maio para isso não foi à toa. Remonta ao mesmo dia do ano 1973, quando uma menina de 8 anos, de Vitória (ES), foi drogada, violentada e brutalmente assassinada. Logo, os criminosos, jovens de classe média alta, nunca receberam qualquer tipo de punição pelo crime.

Contudo, a forte repercussão do caso causou uma grande mobilização na sociedade local, da época, em busca da defesa dos direitos das crianças e adolescentes. Mas foi apenas em maio de 2000 que a Lei nº 9.970/2000 instituiu o 18 de maio como Dia Nacional ao Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Abuso e exploração, qual a diferença?

O abuso sexual é compreendido pelo ato praticado usando criança ou adolescente para satisfazer o desejo sexual. Já a exploração sexual acontece quando há relação de troca de favores, dinheiro ou presentes com relação a qualquer pessoa.

Além disso, outro meio muito comum de exploração sexual é o incentivo e a promoção da prostituição infantil, a escravidão sexual, o turismo sexual e a pornografia infantil.

No entanto, nem sempre é fácil identificar quando os casos de abuso ou exploração acontecem. Além disso, quando um caso é revelado, costuma-se duvidar da narrativa, principalmente quando o acusado é alguém da família ou alguém do círculo de confiança.

Então, como lidar com esta situação? Vamos falar sobre isso!

O que é possível fazer para combater o abuso e exploração sexual infantil?

Crianças e adolescentes que já sofreram ou ainda sofrem abuso costumam dar alguns sinais comportamentais.  

Logo, talvez a primeira atitude para se combater o abuso e exploração sexual infantil seja estar atento. Alguns sinais são:

  • Mudança de comportamento ou reação diante de uma determinada pessoa do convívio;
  • Proximidade excessiva com alguém de mais idade do que ela;
  • Voltar a apresentar comportamentos infantis que já tinha abandonado, como fazer xixi na cama ou chupar o dedo;
  • Alterações de hábito repentinas, principalmente na escola;
  • Traumatismos físicos, lesões, roxos, dores e inchaços nas regiões abdominais;
  • Gravidez na adolescência.

Ao observar este comportamento, é preciso conversar com a criança ou adolescente para tentar confirmar a suspeita. Sendo assim, especialistas recomendam algumas iniciativas para lidar com o caso. Entre elas: incentivar a criança ou adolescente a falar sobre o assunto, mas sem obrigar e tratar com compreensão; deve-se conversar de maneira simples e clara; é necessário também imediatamente esclarecer que a culpa não é dele ou dela, mas sim do criminoso; acolher e dar carinho.

O que fazer quando um caso de abuso e exploração sexual infantil é confirmado?

É preciso fazer a denúncia do agressor. Logo existem alguns canais de denúncias ao abuso e exploração sexual infantil. Confira as opções!

  • Procurar o Conselho Tutelar da cidade
  • Telefone: Disque 100
  • App: Direitos Humanos Brasil
  • WhatsApp: (61) 99656-5008
  • Denunciar à Polícia Militar ou à Polícia Civil

Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia, que pode ser anônima, por meio destes canais, que funcionam 24h por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.

A denúncia é muito importante para que o criminoso seja punido e para que a criança possa se libertar desse fardo. Além disso, depois da denúncia é preciso oferecer à vítima ajuda psicológica a fim de zelar pela saúde mental da criança ou adolescente que sofreu abuso.

Enfim…

A denúncia é importante e necessária para salvar vidas! É preciso cuidar e proteger nossas crianças.

Conheça o Projeto Livre Soul da Copiosa Redenção!

Escute a nossa playlist ao Espírito Santo

O Espírito Santo é a alma da Igreja! Assim afirmava o Papa Leão XIII na encíclica DIVINUM ILLUD MUNUS (09 de maio de 1897). E naquele dia de Pentecostes, o Espírito Santo mostrou-se pela primeira vez aos olhos dos homens, manifestando seus dons no corpo místico de Cristo.

Sendo assim, celebrar Pentecostes é celebrar a alegria de uma humanidade renovada. É vislumbrar uma realidade celeste onde todos seremos um, e, entre cantos de júbilo, celebraremos para sempre o nosso Deus.

Por isso, uma alma cheia do Espírito Santo manifesta a experiência de encontro com Deus. Ou seja, não há melhor forma de expressarmos esse gozo e essa alegria senão através do canto.

Quem não conhece a história de Davi? Quando cantamos expressamos melhor as nossas emoções, a verdade em nossa alma. E assim como o Rei Davi (II Samuel 22), através do louvor reconhecemos o poder de Deus e manifestamos nossa gratidão por todo o bem que Ele nos faz.

Por isso, ao celebrarmos Pentecostes, o Espírito Santo nos faz exultar e cantar alegremente, louvando e bendizendo as maravilhas do Espírito em nosso meio.

As nossas palavras e orações faladas alcançam o coração de Deus, mas sem dúvidas, como dizia sabiamente Santo Agostinho: “Quem canta reza duas vezes”.

A música e os cristãos

A música sempre esteve presente na sociedade e, de forma mais especial, na história dos cristãos. A própria bíblia traz o livro dos Salmos como um de seus maiores livros.

De tal maneira, que foi cantando que Santa Cecília, a padroeira dos músicos, caminhou para seu martírio. Também foi por meio da música que Santo Agostinho sentiu-se atraído a entrar em uma igreja. E, hoje, é pela música que muitos abrem o coração a uma experiência verdadeira com Deus.

A música consegue tocar no mais íntimo de nossa alma, e ali produzir seus frutos. Ou seja, quando se trata de uma música sacra conseguimos facilmente perceber que ela potencializa a força da Palavra de Deus.

A Palavra de Deus e as orações parecem atingir com mais profundidade a nossa alma quando acompanhada de uma melodia e composição musical.

Música e intimidade com o Espírito Santo

Como cristãos, somos responsáveis por fazer com que nossa Igreja seja conhecida e amada, ou seja, em manifestar a presença do Espírito Santo que habita no meio da Igreja, corpo de Cristo.

Com isso, tão importante é a música, desde os primórdios da Igreja, que ela sempre esteve presente para levar os homens a mais profunda harmonia com Deus.

O que falar dos cantos gregorianos milenares em nossa Igreja, utilizados para aprofundar a espiritualidade cristã? E os diversos cantos em latim que sempre abrilhantaram a liturgia e conferiram maior sacralidade ao rito da Missa?

Ora, não foi em vão que Deus concedeu a Davi essa missão:

“E sempre que o espírito mau de Deus acometia o rei, Davi tomava a harpa e tocava. Saul acalmava-se, sentia-se aliviado e o espírito mau o deixava” (I Sm 16, 23).

Para enriquecer nossa Igreja

“O Espírito sopra onde quer” (Jo 3,8).

Muitos são as expressões e os ministérios dentro das pastorais e movimentos, contudo, a música sempre está presente.

E reconhecendo este dom de Deus, não das mãos dos homens, temos a grande responsabilidade de nos mantermos fiéis a Ele. Se fomos chamados ao serviço da música, ou qualquer outro serviço, então não devemos esconder nosso carisma, ao contrário, o manifestamos para enriquecer a Igreja.

Lembremos de nossa missão, que não vem de nós mesmos, mas nasce na vinda do Espírito Santo, em favor da Igreja e para a transformação do mundo.

Se formos relatar aqui os muitos benefícios que a música traz para nós, em especial para a nossa intimidade com Deus, não caberia neste texto.

Por isso, queremos aqui deixar uma playlist especial para que nos preparemos para este tempo tão importante e festivo em nossa igreja: a celebração de Pentecostes.

Relacionamos abaixo 10 músicas que te ajudarão a aprofundar ainda mais a intimidade com o Espírito Santo e preparar-se para esta grande celebração que é Pentecostes.

Vinde Espírito Santo – Eliana Ribeiro

Sequência de Pentecostes – Comunidade Católica Shalom

Espírito de Amor – Juliana de Paula

Vem Espírito de Deus! Vem Espírito Santo! – CD Canções ao Espírito Santo

Fonte de todo Amor – Missionário Shalom

O céu se abre – Ministério Adoração e Vida


Move-te em mim – Ministério Eterna Aliança

 
Portanto, sempre que pudermos, saibamos como aproveitar desse grande instrumento de espiritualidade e crescimento interior, que é a música!

Afinal, o que é fraternidade?

A fraternidade é um assunto presente em pautas mundiais. Mas o exercício da fraternidade ainda é um grande desafio para o mundo contemporâneo, mesmo depois de mais de dois mil anos em que a humanidade caminha na história.

Por isso, falar sobre fraternidade nunca será demais, há sempre algo acontecendo em favor do tema, embora existam muitos atentados contra a vida que ferem a fraternidade. No entanto, há muitas iniciativas que permanecem até hoje. 

Uma delas foi a instituição do Dia Nacional da Fraternidade, celebrado dia 13 de maio, no Brasil, graças à inspiração de três sacerdotes em exercício pela Cáritas. Saiba mais sobre esse assunto neste post. 

Dia nacional da fraternidade

A compreensão sobre fraternidade tem na Revolução Francesa seu grande marco histórico. Quem não se lembra do trio: Liberdade, igualdade e fraternidade! Até hoje, essa revolução ressoa, ela ainda não foi posta totalmente em prática, mas também é reconhecida como o maior movimento sócio-político da humanidade.

E no Brasil, o dia 13 de maio tem um valor fraterno: Dia da Abolição da Escravatura – a famosa Lei Áurea – que acabou com a escravidão nas terras brasileiras. E de 1888 saltamos para 1961, na mesma data, para instituir o Dia Nacional da Fraternidade.

Essa comemoração foi criada a partir da Campanha da Fraternidade, por três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira, uma organização humanitária da Igreja Católica, para lutar pela dignidade, igualdade e fraternidade entre todos os seres humanos.

Logo, o Dia da Fraternidade provoca reflexões e ações concretas a partir do entendimento de que todos possuem direitos iguais, independente da orientação sexual, etnia, religião ou classe econômica. Ou seja, todos têm o status de irmãos e irmãs.

O Papa Francisco e o fraternidade 

Falar sobre fraternidade hoje, no âmbito da Igreja Católica, é lembrar do documento do Papa Francisco chamado “FRATELLI TUTTI”, em português seria “Todos irmãos!” Um livro que pode se comparar a um verdadeiro tratado sobre fraternidade nos dias atuais.

Logo no início, o Papa fala sobre São Francisco de Assis – o irmão universal – que se dirige aos frades para propor-lhes uma vida com sabor do Evangelho. E qual a proposta de Cristo se não o amor entre as pessoas, a vida em comunidade, a experiência fraterna!

E o Papa Francisco sabiamente nos faz um pedido: 

“[…] quero destacar o convite a um amor que ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço; nele declara feliz quem ama o outro, o seu irmão, tanto quando está longe, como quando está junto de si […]”

E é em homenagem ao Dia Nacional da Fraternidade que buscamos nas palavras do Santo Padre a inspiração necessária e urgente para entender este tema e continuar plantando a vida de irmãos(ãs). Por isso, selecionamos três reflexões a partir da Encíclica. 

A fraternidade não é resultado apenas de situações respeitosas

O respeito é uma condição essencial para se viver em sociedade, mas ela não é suficiente para sustentar a fraternidade. O Papa nos faz uma pergunta provocativa: 

“Que sucede quando não há a fraternidade conscientemente cultivada, quando não há uma vontade política de fraternidade, traduzida numa educação para a fraternidade, o diálogo, a descoberta da reciprocidade e enriquecimento mútuo como valores?”

A resposta é clara: predomina a solidão, o individualismo e apenas uma piedade pelo outro de vez em quando. Isso não é suficiente para mudar os relacionamentos e impactar a situação social.

Dizer que “todos os seres humanos são iguais” não é suficiente

Segundo o Papa Francisco, isso é conceito abstrato, carente de resultado se não houver o cultivo consciente e pedagógico da fraternidade. Ou seja, é preciso mexer com as estruturas, oferecer oportunidades para todos, com vida digna, emprego, moradia ou a sociedade será formada sempre por grupos que se protegem e dialogam apenas entre si.

É preciso combater o individualismo

O Santo Padre afirma que o individualismo radical é o vírus mais difícil de vencer. A soma dos interesses individuais não é capaz de produzir um mundo melhor! Nem nos preserva dos males, que se tornam globais – um mundo globalizado gera problemas comuns.

“Para se caminhar rumo à amizade social e à fraternidade universal, há que fazer um reconhecimento basilar e essencial: dar-se conta de quanto vale um ser humano, de quanto vale uma pessoa, sempre e em qualquer circunstância.”

Rezemos pela fraternidade, mas sejamos fraternos!

O Dia Nacional da Fraternidade nos coloca diante de vários desafios! Não nos faltam caminhos de reflexão. O Papa Francisco, por exemplo, nos propôs várias a partir da encíclica, resumida nas breves colocações que compartilhamos acima.

E para aqueles que professam a fé cristã, a busca pela fraternidade é sinônimo de luta diária contra a injustiça, o preconceito e a discriminação causada pela concentração de poder e pelo intolerância.

Rezar é sempre o ponto de partida, mas ser é o ponto de chegada. Portanto, rezemos pela fraternidade e sejamos fraternos.

Conheça os pedidos de oração do Papa Francisco

O Papa Francisco compartilhou sua intenção de oração para o mês de maio: 

“Rezemos para que os movimentos e grupos eclesiais redescubram cada dia a sua missão evangelizadora, pondo os próprios carismas a serviço das necessidades do mundo”.

E falar sobre movimentos e grupos eclesiais é contar a história do protagonismo dos leigos na Igreja, principalmente após o Concílio Vaticano II, quando o Papa João XXIII disse sua famosa frase: 

“O Concílio, que agora começa, surge na Igreja como dia que promete a luz mais brilhante. Estamos apenas na aurora: mas já o primeiro anúncio do dia que nasce de quanta suavidade não enche o nosso coração!”

esse novo dia vem acompanhado de novas inspirações do Espírito Santo, que sonda os corações e conhece o clamor dos filhos de Deus (Rm 8,27); entre eles os movimentos e grupos eclesiais. Entendamos um pouco essa história e reze com o Santo Padre.

Os movimentos e grupos eclesiais por quem o Papa Francisco reza em maio

Movimento é uma palavra do latim que significa movere, ou seja, mover; e eclesial se refere à ecclesia, também do latim, Igreja. Portanto, movimento eclesial é um agrupamento de fiéis organizados, em torno de um objetivo, em que se acentua o caráter vivo e dinâmico da evangelização.

O Código de Direito Canônico prevê os movimentos e grupos eclesiais e fala deles como uma organização de leigos, de acordo com as estruturas das dioceses ou independentemente, podendo ou não ter estatuto próprio. 

Existem, então, diversos tipos de movimentos e grupos eclesiais que, ao longo dos anos, vêm contribuindo muito com a propagação do Evangelho, através do testemunho de vida e da evangelização, por meio de novos métodos.

Cada um deles, como disse o Papa Francisco, são um dom, são a riqueza da Igreja,  e funcionam de vários modos, de acordo com uma necessidade local da Igreja ou mesmo do tempo em que vivem.

Somados, eles formam uma multidão de pessoas, em diversos estados de vida, lugares e culturas diferentes, com carismas, apostolados, comprometidas com a Igreja, a partir de suas paróquias e dioceses. E a graça comum a todos é o encontro pessoal com Cristo.

O Papa Francisco destaca a importância da missão!

“Mantenham-se sempre em movimento, respondendo ao impulso do Espírito Santo, aos desafios, às mudanças do mundo de hoje. Mantenham-se na harmonia da Igreja, pois a harmonia é um dom do Espírito Santo.” 

O Papa Francisco todo mês manifesta uma intenção de oração, através de uma rede de orações, para que estejamos unidos em intercessão. De fato, a vida do vigário de Cristo é uma constante vida de oração, sua primeira força para agir em nome de Cristo é rezar, logo nos convida a fazermos o mesmo.

E no mês de maio, nos pede oração pelos movimentos e grupos eclesiais. Entre os apelos está para que eles permaneçam em movimento pelo Espírito. Isto é, respondendo aos seus apelos e em comunhão com a Igreja local e universal.

Uma vez que não há missão sem comunhão, e a Igreja é a casa e a escola da comunhão. Para isso, é preciso dialogar e, como disse o Papa:

“os movimentos renovam a Igreja com a sua capacidade de diálogo a serviço da missão evangelizadora”.

E o Papa Francisco ainda destaca: 

“Eles redescobrem cada dia, no seu carisma, novas maneiras de mostrar a atratividade e a novidade do Evangelho. 

Como fazem isto? Ao falar línguas diferentes, parecem diferentes, mas é a criatividade que cria essas diferenças. Mas sempre se entendem e se fazem entender.”

Portanto, os movimentos e grupos eclesiais são uma grande força evangelizadora nos tempos atuais. Eles estão em todos os lugares ao mesmo tempo, seja no silêncio ou no barulho, para anunciar o quanto o Evangelho é atrativo.

Contemple a beleza de um movimento eclesial!

O vídeo, feito em colaboração com o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, que acompanha o nascimento e o desenvolvimento de associações de fiéis e movimentos eclesiais, narra episódios de suas vidas, em contextos muito diferentes. 

Há, por exemplo: 

  • Os escoteiros portugueses em peregrinação com a cruz da Jornada Mundial da Juventude; os Neocatecumenais engajados na evangelização nas ruas das cidades americanas; os missionários Shalom em Madagascar e os de Comunhão e Libertação nas Filipinas; 
  • Novos Horizontes com as famílias das favelas brasileiras e a Comunidade Papa João XXIII com as famílias do Quênia; Santo Egídio acolhendo os refugiados da Líbia que chegam através dos corredores humanitários; os Focolares limpando as praias poluídas do sudeste asiático; 
  • Os jovens do Movimento Eucarístico Jovem, em seu congresso internacional, em adoração antes da Eucaristia. Tantos carismas diferentes, uma única missão: proclamar o Evangelho em diferentes ambientes e de diferentes maneiras.

Essa diversidade é expressão da beleza e da comunhão dos movimentos e grupos eclesiais, uma graça dada pelo Espírito Santo para a sua Igreja e para o bem da humanidade.

Agora, rezemos com o Papa Francisco:

Obrigado, Pai, por nos dares vida pela ação do teu Espírito em tanta diversidade de dons e carismas para a missão. Desejamos viver o nosso Batismo com fidelidade e entrega, dando testemunho do Evangelho na nossa vida quotidiana. 

Ajuda os movimentos e grupos da tua Igreja a serem espaços fecundos de serviço e entrega aos outros. Que todos os seus membros vivam com amor a disponibilidade ao serviço dos irmãos e irmãs. 

Nesta Rede Mundial de Oração, pedimos-te especialmente pelos jovens e crianças do MEJ, Movimento Eucarístico Juvenil, para que vivam cada dia ao estilo de Jesus, dando testemunho de Cristo Eucaristia com eucaristias vivas e abertas a todos, ao serviço das necessidades do mundo. Amém.

Assista também ao vídeo do Papa Francisco aqui

O luto de Maria: O que a fez permanecer em pé diante da morte?

Falar de luto no tempo pascal parece contraditório. Entretanto sabemos que o fruto da alegria da ressurreição precisou passar pelo luto dos discípulos de Jesus e também de sua mãe, a virgem Maria.

A única certeza que temos na vida é que um dia iremos morrer. Por mais que saibamos disso, quando chega a morte de um ente querido, nunca estamos preparados. Pois ela vem sem avisar e entramos nesse tempo “pós-morte” chamado luto.

O objetivo deste conteúdo é falar sobre o luto e, com o olhar da fé e a intercessão da Virgem Maria, passar por esse momento em pé diante da cruz (cf Jo. 19, 27). 

O luto na vida humana

O sofrimento é inerente à vida humana, e o luto é um grande sofrimento. Cada pessoa tende a vivê-lo de diferentes formas. Segundo a psicologia, o processo de luto e a sua intensidade varia conforme o vínculo e o significado que aquela pessoa que nos deixou tinha em nossa vida.

O luto se manifesta por meio de uma série de reações que envolvem respostas emocionais (sentimentos de tristeza, culpa, raiva, autocensura, ansiedade, saudade). Cognitivas (pensamentos de descrença, confusão, preocupação) e comportamentais (distúrbios do sono, do apetite, isolamento social, agitação, choro, evitação de lembranças). 

Essas reações são naturais da nossa condição humana e, consequentemente, precisam de atenção. Diante do luto, muitas vezes é necessário um acompanhamento psicológico para lidar com a dor da ausência. 

A psicologia dá algumas dicas de como superar o luto, mas e a fé católica como pode ajudar o crente a viver a dor da sua perda? 

Maria e o luto

Recentemente, passamos pelo tríduo pascal, vivenciamos a dor da paixão do Senhor e a permanência da Virgem Maria em pé diante do seu Filho crucificado. As sagradas escrituras não narram um descontrole emocional de Maria. Vale lembrar que naquela época, também não havia calmantes para aliviar a dor de uma mãe que perde um filho.

No entanto, o Evangelho de São João diz apenas que Maria estava lá. São João Paulo II ao comentar esse trecho bíblico diz: “Ela, que é imaculada, no Calvário “conhece” no seu próprio ser o sofrimento do pecado, que o Filho assume sobre si mesmo, para salvar os homens.”

Ainda nas cenas do Filme Paixão de Cristo, é possível perceber as lágrimas e o sofrimento estampados no rosto de Nossa Senhora. Porém, ela vivia tudo isso em um profundo silêncio.

O papa Bento XVI, na Encíclica Spe Salvi, escreve como acredita que a Virgem Maria tenha vivido o seu luto:

“A espada da dor trespassou o vosso coração. Tinha morrido a esperança? Ficou o mundo definitivamente sem luz, a vida sem objetivo? Naquela hora, provavelmente, no vosso íntimo tereis ouvido novamente a palavra com que o anjo tinha respondido ao vosso temor no instante da anunciação: « Não temas, Maria! » (Lc 1,30). 
Quantas vezes o Senhor, o vosso Filho, dissera a mesma coisa aos seus discípulos: Não temais! Na noite do Gólgota, Vós ouvistes outra vez esta palavra. Aos seus discípulos, antes da hora da traição, Ele tinha dito: « Tende confiança! Eu venci o mundo » (Jo 16,33). « Não se turve o vosso coração, nem se atemorize » (Jo 14,27). « Não temas, Maria! » Na hora de Nazaré, o anjo também Vos tinha dito: « O seu reinado não terá fim » (Lc 1,33). Teria talvez terminado antes de começar? Não; junto da cruz, na base da palavra mesma de Jesus, Vós tornastes-Vos mãe dos crentes. Nesta fé que, inclusive na escuridão do Sábado Santo, era certeza da esperança, caminhastes para a manhã de Páscoa.”

A partir dessas palavras de Bento XVI, podemos afirmar que o consolo para o luto de Maria veio do fazer memória das palavras de Deus a ela e isso renovou a sua fé de que nem tudo estava perdido, havia esperança e ainda não tinha acabado. Pois, como disse Santo Ambrósio, padre da Igreja:

“Não devemos chorar a morte, que é a causa de salvação universal”

O que vem após a morte e o luto

Certamente a manhã de Páscoa, que chega com a notícia do sepulcro vazio, faz Maria sorrir e agradecer ao Pai por mais uma vez ser fiel às suas promessas. 

Com a ressurreição, tanto Maria quanto os apóstolos começam a entender o que vem após a morte e o sofrimento do luto: uma nova vida, a vida eterna.

Mas o que é viver eternamente? O Papa Bento XVI, ao falar sobre a vida eterna, apresenta o grande mistério que a envolve, visto que está intimamente ligada ao desejo mais profundo do ser humano. A fé que sustenta e consola o cristão, a mesma fé que consolou a Virgem Maria, é a fé e a esperança na vida eterna. 

A vida eterna seria então a “verdadeira vida”, a vida em abundância que Jesus prometeu que nos daria. “De certo modo, desejamos a própria vida, a vida verdadeira, que depois não seja tocada sequer pela morte; mas, ao mesmo tempo, não conhecemos aquilo para que nos sentimos impelidos”, diz o Papa.

“Por um lado, não queremos morrer; sobretudo quem nos ama não quer que morramos. Mas, por outro, também não desejamos continuar a existir ilimitadamente, nem a terra foi criada com esta perspectiva. Então, o que é que queremos na realidade? Este paradoxo da nossa própria conduta suscita uma questão mais profunda: o que é, na verdade, a « vida »? E o que significa realmente « eternidade »? Há momentos em que de repente temos a sua percepção: sim, isto seria precisamente a « vida » verdadeira, assim deveria ser. Em comparação, aquilo que no dia-a-dia chamamos « vida », na verdade não o é”.

A palavra  vida eterna  procura dar um nome a esta desconhecida realidade conhecida.

Conhecer para crer

Vimos o grande paradoxo e mistério que envolve a morte, o luto e a fé na vida eterna. Entretanto, é necessário conhecer e aprofundar a doutrina católica que é o que firma a nossa fé sobre a rocha.

Diante da dor do luto e da necessidade dos fiéis conhecerem mais sobre a profissão de fé católica, a Copiosa Redenção lançou o curso “Creio na Vida Eterna”. Assim,  todo católico que queira compreender o que acontece após a morte e o que a Igreja ensina sobre céu, purgatório e inferno poderá aprofundar esse conteúdo.

As aulas serão dadas por Pe Fernando Bauwelz  juntamente com a Irmã Zélia, que ensinará a interceder pelas almas dos falecidos. O Curso é também um auxílio para que aqueles que vivem a dor do luto possam encontrar sentido no sofrimento intercedendo pelas almas. 

Se você conhece alguém que precise renovar a sua fé na vida eterna, compartilhe esse conteúdo.

Eu quero fazer o curso!

Que a Virgem Maria, a Mãe da Esperança, nos console e nos guie no caminho até à vida eterna!

Alegria: fruto da ressurreição de Jesus

A alegria é um dos frutos do Espírito Santo que acompanham aqueles que creem no Senhor Ressuscitado. E esse sentimento não é menor do que o que os apóstolos sentiram, mas a mesma graça, com a mesma força, porque o Senhor é o mesmo.

O Papa Francisco, na Vigília Pascal (2023), nos disse que podemos correr o risco de achar que a ressurreição de Cristo é um fato histórico, ficou no passado, assim como achavam as mulheres que foram ao sepulcro (Mt 28,1).

De fato, afirma o Papa, se ficarmos presos aos túmulos das nossas desilusões, amarguras e enfermidades, acreditaremos que a alegria do encontro pertence ao passado. 

Mas, ao contrário, precisamos agir como as mulheres que se afastaram do túmulo e correram para dar a boa notícias aos outros.

E a notícia é essa: Cristo ressuscitou, aleluia. Logo, essa verdade se renova pelo encontro e pelo anúncio – duas atitudes que nos ajudam a manter viva a alegria pascal. Aprenda mais sobre este tema aqui!  

A alegria do encontro com o Ressuscitado!

É impossível imaginar o tamanho da alegria que os Apóstolos experimentaram no Domingo da Páscoa. Porém, sabemos que ela foi capaz de tocar o coração daqueles homens tristes, desanimados e covardes em transformá-los em pessoas cheias de força, coragem e esperança.

a presença do Ressuscitado transformou toda a dor em alegria. O Senhor Jesus fez sua páscoa e os apóstolos também fizeram a deles, a partir do momento que se encontraram com o Senhor dentro do coração e nas diversas aparições que Ele realizou.

Assim a páscoa deixou de ser uma promessa e tornou-se um fato consumado e constatado. E, ao mesmo tempo, uma graça que se repete e se renova em cada Eucaristia, em cada encontro com a Palavra e com os irmãos na oração e na comunidade.

Portanto, a alegria da ressurreição é resultado de um encontro verdadeiro com Cristo Vivo em meio às dores, ao cansaço e às desilusões, próprias da humanidade em qualquer tempo da história. Mas uma alegria que supera as tristezas da vida!

A alegria nos envia em missão!

Em todas as passagens bíblicas que falam da ressurreição de Cristo, uma ordem acompanha os discípulos, além da surpresa e da alegria que são comuns. Observe:

“Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles me verão” (Mt 28,10);

“Por fim, Ele apareceu aos onze quando estavam sentados à mesa… e disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16,14);

“Diziam então um para o outro: “Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém…” (Lc 24,33);

“Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado.” (Jo 20,18)

Portanto, é próprio de quem faz um encontro verdadeiro, que transforma sua vida e enche de alegria, falar sobre isso! E esse anúncio não acontece em lugares programados, em palanques, Igrejas ou conferências, mas no caminho que percorremos todos os dias.

Ou seja, no ponto de ônibus, no supermercado, na fila do banco, na praça, na porta da escola, à espera de um atendimento médico. E, muitas vezes, ele se dá na simplicidade, com um sorriso ou uma escuta acompanhada de uma palavra de ânimo.

Essa alegria do anúncio mantém viva a chama da experiência do Ressuscitado dentro do coração, assim como se deu com os apóstolos e na história da Igreja ao longo de séculos.

“Alegrai-vos sempre no Senhor…” (Fl 4,4)

Então, a alegria é resultado de um encontro e se estende no anúncio desse acontecimento através da vida. Porém, o cotidiano é cheio de altos e baixos, nem sempre nos recordamos do encontro que tivemos com o Senhor na noite da Vigília Pascal e no domingo de Páscoa.

Agora, o que fazer para manter a alegria pascal ao longo de todo ano?

A primeira atitude é perseverar no louvor, mesmo quando os atropelos da vida nos empurrem para o caminho da lamentação. Porque o louvor, antes de tudo, é uma oração de relacionamento com Deus; eu o exalto pelo que Ele é na minha vida pessoal e isso não apaga com as tribulações.

A segunda atitude é o encontro com o Ressuscitado diariamente, seja pela leitura da Palavra, pela eucaristia ou pela oração. Os cinquenta dias do tempo pascal são como um grande retiro espiritual que nos renova por dentro a fim de mantermos acesa a chama da fé no Senhor vivo.

Por fim, e não menos importante, é dizer aos problemas o quanto o nosso Deus é vitorioso, porque nos deu a esperança da vida eterna, uma vida que já se instalou dentro de nós pela fé. Isso parece óbvio, mas nem sempre é fácil de fazer.

Dom Alberto Taveira (Bispo do Pará) disse que precisamos rezar as nossas preocupações ou elas nos roubam a alegria do ressuscitado. Ou seja, sempre que aparecer um problema no caminho, fale sobre ele com Deus, esvazie o coração, volte à alegria e siga em paz!

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Fundador – Padre Wilton Moraes Lopes. Conheça a sua história de vida!

O Padre Wilton Moraes Lopes, fundador da Copiosa Redenção, celebra seus 67 anos de vida no dia 27 de abril. Nascido na cidade de Tesouro, no estado do Mato Grosso, ele é o primogênito de uma família de cinco filhos.

Desde jovem, Padre Wilton já demonstrava sua dedicação à espiritualidade e à Igreja, tendo estudado em um colégio de padres  onde teve contato diário com pregações e orações. Foi lá que sua devoção à Virgem Maria se fortaleceu ainda mais, tornando-se um padre Redentorista.

Após ingressar no seminário, Padre Wilton dedicou-se intensamente aos estudos e à música. Em 09 de julho de 1983, foi ordenado sacerdote na cidade de Rondonópolis/MT.

Padre Wilton tornou-se um exemplo de dedicação e amor ao serviço de Deus e da comunidade. Fundou a Copiosa Redenção, uma instituição religiosa cujo carisma é a adoração e recuperação dos dependentes de álcool e drogas, com ações que promovem a qualidade de vida de pessoas e famílias, no âmbito da prevenção, recuperação e inclusão social, buscando ajudar aqueles que mais precisam

Para Padre Wilton, a vocação é um processo de fé que pode desabrochar através da oração e da experiência de amor. Sua vida é um testemunho dessa experiência, e sua oferta a Igreja e a Copiosa Redenção é um exemplo para todos aqueles que buscam descobrir a sua vocação na Igreja.

Em todos estes anos, Padre Wilton sempre diz sobre a importância de rezar para o surgimento de novas vocações religiosas. Para ele, a oração é vital para o crescimento e a descoberta de Jesus Cristo na vida dos irmãos: 

               “ é um processo de fé, na qual a vocação é um momento que pode desabrochar o chamado de Cristo; com a oração acontece o chamado e a sua experiência de amor.” – Pe. Wilton

Neste dia em que celebra seus 67 anos de vida, desejamos ao Padre Wilton muitas bênçãos e que sua vida seja sempre uma inspiração para todos aqueles que buscam seguir a vocação religiosa e se dedicar ao amor de Cristo.