7 sinais de que Deus está lhe chamando a uma vocação específica

Você já se perguntou se Deus reservou uma vocação específica para a sua vida? É provável que sim, afinal cada pessoa Deus abençoa com uma vocação e, quando menos esperamos, estamos refletindo sobre isso.

E esse questionamento é bom, aliás é a partir dele que você vai dar passos para discernir sua vocação e dar os primeiros passos para a sua realização.

Portanto, antes de reconhecer alguns sinais de que Deus está lhe chamando a uma vocação específica, vamos meditar um pouco sobre o chamado de Deus.

Vocação: um chamado de Deus para a vida na Igreja

A palavra “vocação” vem do latim “vocatio”, que significa “chamado”. Portanto, no contexto religioso, o termo se refere ao chamado de Deus a uma pessoa para um propósito específico.

Neste sentido, o Papa Francisco afirmou na sua mensagem para o 57º Dia Mundial de Oração pelas Vocações: “Toda vocação nasce daquele olhar amoroso com que o Senhor veio ao nosso encontro, talvez mesmo quando o nosso barco estava à mercê  da tempestade. Mais do que uma escolha nossa, a vocação é resposta a um chamado gratuito do Senhor; por isso conseguiremos descobri-la e abraçá-la, quando o nosso coração se abrir à gratidão e souber reconhecer a passagem de Deus pela nossa vida”.

Logo, a vocação de cada fiel está intimamente ligada à missão da Igreja e, ao responder ao seu chamado, cada pessoa contribui para a construção do Reino de Deus na Terra.

Sendo assim, a vocação é um convite divino à descoberta de um propósito maior, um chamado pessoal a usar seus talentos e habilidades para servir a Deus e ao próximo, seja como leigo, sacerdote ou religioso(a). É um caminho único e individual, traçado com amor e cuidado pelo Criador para cada ser humano. Por isso, Santa Edith Stein dizia: “Responder ao chamado de Deus é sempre uma aventura, mas vale a pena correr o risco.”

E respondendo ao nosso chamado, contribuímos para a construção de um mundo mais justo, fraterno e pleno de amor – aquele amor que emana do Coração do próprio Deus.

7 sinais do chamado a uma vocação específica

Cada ser humano é único, com suas próprias experiências, personalidade e necessidades. Assim, a maneira como nos relacionamos com Deus também é única e particular. Logo, a maneira como Deus nos chama a uma vocação específica é também muito particular, cada um vivencia de um modo diferente. Contudo, existem alguns sinais comuns no chamado a uma vocação específica. E ficar atento a esses sinais podem ajudar a discernir o seu chamado. Então, observe se existe estes sinais em sua vida:

# 1. Paixão ardente pelas coisas de Deus

Uma paixão que não se apaga, um desejo que pulsa em seu interior e que impulsiona a agir em prol de algo maior que você mesmo. Essa paixão pode ser por uma causa ou por um tipo de serviço na Igreja ou até mesmo pelo conhecimento sobre Deus.

# 2. Paz inabalável ao pensar em uma vocação específica

Ao discernir uma vocação, você experimenta uma paz profunda, mesmo diante de desafios e incertezas e até mesmo do medo. Essa paz interior confirma que você está no caminho certo, guiado pela mão divina.

# 3. Confirmação de uma vocação específica através de outros

Pessoas ao seu redor podem reconhecer os sinais de Deus e perceber quando Ele lhe encaminha para uma vocação específica. Então, amigos mais próximos, família, diretor espiritual, sacerdotes e religiosos do seu convívio podem confirmar o que Deus já está plantando em seu coração.

# 4. Sincronicidades e oportunidades

Portas se abrem inesperadamente e oportunidades surgem como se fossem coincidências. Mas na verdade são os desígnios de Deus se cumprindo em sua vida. E essas sincronicidades frequentes, como um retiro vocacional que você ficou sabendo justo quando estava pensando em aprofundar-se na vontade de Deus para a sua vida, guiam seus passos e confirmam que você está no caminho certo.

# 5. Crescimento pessoal diante da oportunidade de uma vocação específica

Ao seguir o chamado vocacional, você experimenta um crescimento exponencial de si mesmo e de suas habilidades e talentos. Você se torna a melhor versão de si mesmo em busca de servir a um propósito maior.

# 6. Alegria profunda e sentimento de realização ao pensar numa vocação específica

Uma profunda alegria e senso de realização permeiam seu ser quando você visualiza numa situação que viveria diante de uma vocação específica. Então, se você se sente bem diante do Santíssimo Sacramento, imagine-se vivendo como religioso ou religiosa em uma Congregação na qual um dos pilares do Carisma é a Adoração. Logo, se uma alegria plena toma conta do seu ser é sinal de que Deus o/a chama especificamente a esta vocação e até mesmo a viver este Carisma.

Conheça a Campanha Vocacional: Responda-me! da Copiosa Redenção

# 7. Desejo de servir e contribuir a partir de uma vocação específica

Um forte desejo de contribuir com seus talentos e habilidades para o bem-estar do próximo o impulsiona? Você sente que deve servir com amor e compaixão, fazendo a diferença na vida das pessoas? Este é um sinal de que você tem uma vocação específica para o serviço na vida da Igreja.

Vocação específica: discernimento com liberdade

É importante lembrar que o discernimento vocacional é um processo individual e gradual. Portanto, não se apresse em tomar decisões precipitadas, permita-se tempo para escutar a voz de Deus em seu interior, através da oração, da meditação e da reflexão e pela voz de um diretor espiritual.

Contudo, ao discernir que Deus está lhe chamando a uma vocação específica, responda com amor, confiança e entusiasmo. Logo, abrace o desafio com fé, sabendo que Deus estará sempre ao seu lado, guiando e sustentando cada passo da tua jornada.

Lembre-se: o chamado vocacional não é um fardo, mas um presente divino. É uma oportunidade única de usar seus talentos e habilidades para servir a Deus e ao próximo, fazendo a diferença no mundo.

Quer descobrir um meio de aprofundar-se nas Sagradas Escrituras e discernir a própria vocação? Então, baixe gratuitamente o ebook: Estudo bíblico católico para jovens vocacionados

Deus me chamou a uma vocação específica, mas tenho medo

É natural sentir medo diante do desconhecido, principalmente quando se trata de um chamado divino. Contudo, sentir receio ao discernir uma vocação específica não significa que você não está apto a segui-la. Na verdade, o medo pode ser um sinal de que você está levando a sério essa importante decisão.

Entretanto, a dúvida que surge no coração de muitos jovens sobre o chamado a uma vocação específica muitas vezes acaba por paralisá-los. E é justamente esse medo que precisa ser combatido. Quando no barco os discípulos percebem Jesus caminhando sobre as águas e pensam se tratar de um fantasma e ficam amedrontados, Jesus lhes disse: “Tranquilizai-vos, sou eu. Não tenhais medo!”. E são justamente essas palavras que devem  acompanhar alguém na descoberta de uma vocação específica e na sua realização na vida da Igreja.   

Enfim, lembre-se: Deus nunca colocará você em uma situação que não possa superar. Ele estará sempre ao seu lado, guiando e sustentando cada passo da sua jornada.

Portanto, o medo não deve paralisar, mas sim impulsionar a buscar a Deus com mais fervor, acredite em seu potencial e na vocação que Deus presenteou. Então, dê o primeiro passo!

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Retiro vocacional é realizado em Rondônia no último final de semana

No último dia 14 de abril, a Comunidade Terapêutica Mons. Gabriel Mercol, em Presidente Médici, Rondônia, abriu suas portas para receber o Retiro Vocacional promovido pela Copiosa Redenção. O evento, que contou com vagas limitadas para 30 pessoas, atraiu fiéis não apenas da cidade anfitriã, mas também de municípios vizinhos como Ji-Paraná, Alvorada, Cacoal e Rolim de Moura.

Desde as primeiras horas da manhã, os participantes foram acolhidos com um café da manhã caloroso, seguido por um momento de recepção e terço conduzido pela Irmã Bruna. A programação intensa e edificante incluiu palestras, testemunhos, momentos de adoração e a presença da Madre Tânia.

“A Copiosa Redenção está presente em Rondônia há vários anos, e aqui, em Presidente Médici, temos uma juventude muito ativa e participativa na vida da Igreja. São envolvidos em todos os setores, com sede de espiritualidade”, compartilhou Irmão Heron, em missão na cidade desde fevereiro deste ano.

Ele destacou ainda a ligação especial entre os fiéis e os membros da comunidade religiosa, que inspira muitos a buscar um maior entendimento do Carisma da Copiosa Redenção. “Temos um grupo de pessoas que estão fazendo o caminho para serem Leigos Consagrados, além de irmãos e irmãs naturais daqui. Isso desperta nos jovens o desejo de discernir sua própria vocação”, acrescentou.

As missões realizadas pelos irmãos e irmãs em todo o estado de Rondônia não apenas fortalecem os laços afetivos com a comunidade, mas também alimentam o anseio por uma vida espiritual mais profunda. “Essas missões despertam o desejo de uma vida mais próxima de Deus, e por isso a necessidade de discernir: estar próximo dEle em qual estado de vida?”, questionou irmão Heron.

“Eu senti que ali podia ser um lugar para mim”

“Sempre que eu escutava um testemunho de algum irmão, eu me sentia distante, como se aquilo não fosse para mim, porque minha vida antes de me tornar católico tinha sido muito distinta da deles”, compartilhou Pedro. “Mas com esse retiro, escutando os testemunhos, pela primeira vez eu senti que ali podia ser um lugar para mim, o lugar que eu pertenço. Algo realmente me tocou”, acrescentou emocionado.

Durante a adoração, Pedro descreveu uma experiência única de paz e tranquilidade. “Enquanto todos ao meu redor cantavam, senti uma paz, um silêncio que nunca tinha experimentado antes. Era como se algo estivesse me envolvendo, acalmando todas as minhas preocupações e medos”, revelou.

Foi nesse momento de adoração que Pedro sentiu uma presença amorosa e acolhedora, que o impulsionou a uma clareza interior sem precedentes. “Era como se alguém estivesse me dizendo que eu estava no lugar certo, fazendo a coisa certa. Senti uma clareza que nunca tinha sentido antes. Naquele momento, lembrei do momento em que rezei com os irmãos a liturgia das horas em um dia que os visitei. Eu soube qual era a minha vocação”, concluiu Pedro, com convicção.

Próximos retiros

Os próximos retiros vocacionais abertos para homens e mulheres iniciarem o caminho de discernimento vocacional, serão nos meses de junho e agosto. Confira as datas e locais:

JUNHO

9 – Trindade/GO
Retiro aberto para mulheres

29 e 30 – Ponta Grossa/PR
Chácara de Uvaia
Retiro aberto para homens e mulheres

AGOSTO

4 – Encontro Online
Aberto para homens e mulheres

DEZEMBRO

23/11 a 15/12 – Ponta Grossa/PR
Experiência e retiro final

5 sinais de que está na hora de sair da casa dos pais

Deixar o ninho familiar e iniciar a vida independente dos pais são passos muito importantes e definitivos na jornada de um jovem. E justamente por isso é natural que essa decisão traga consigo um misto de emoções, desde a empolgação pela independência e autonomia até a insegurança e o medo do desconhecido e das responsabilidades que surgem a partir disso.

Mas como saber se realmente chegou o momento de dar esse passo? É isso que vamos ajudar a desvendar aqui. Então, leia até o fim!

Sair da casa dos pais: 5 sinais que podem indicar que está na hora  

# 1. Você sente que precisa amadurecer sua identidade?

Sim, sair da casa dos pais pode ser um passo crucial para o amadurecimento da identidade. Isso porque, ao se deparar com os desafios e responsabilidades dessa nova fase da vida que se inicia, você é obrigado a desenvolver novas habilidades, tomar decisões importantes e descobrir quem você realmente é.

Logo, ao sair da casa dos pais, você tem a liberdade de tomar suas próprias decisões e criar sua própria rotina. Isso leva a um processo de autoconhecimento, onde você aprende a lidar com seus erros e acertos, desenvolvendo sua autoconfiança e senso de responsabilidade.

Além disso, sair da casa dos pais e lidar com as responsabilidades da vida adulta leva a um processo de amadurecimento emocional. Você aprende a lidar com frustrações, tomar decisões difíceis e cuidar de si mesmo, tornando-se mais maduro e responsável.

# 2. Você se sente pronto para assumir responsabilidades?

Sair da casa dos pais significa cuidar desde tarefas domésticas até as contas e a organização da casa. Portanto, se você se sente preparado para assumir essas responsabilidades, pode ser um sinal de que está maduro o suficiente para sair da casa dos pais.

Se sentir pronto para assumir responsabilidades é um processo individual e complexo. Não existe uma resposta única para essa pergunta, pois depende de vários fatores, como sua idade, maturidade, situação financeira e apoio familiar.

Para ajudar a refletir sobre sua própria situação, faça esta pergunta: sou capaz de me organizar e cumprir prazos e obrigações? Sei lidar com frustrações e tomar decisões responsáveis?

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# 3. Você tem um plano de vida definido para sair da casa dos pais?

Antes de tomar a decisão de sair da casa dos pais, é importante ter um plano de vida definido. Isso é crucial para uma transição suave e bem-sucedida para a vida adulta.

Sem um plano, você pode se deparar com dificuldades inesperadas e frustrações que podem atrasar seus objetivos e prejudicar seu bem-estar. Logo, isso inclui saber onde você vai morar, como vai se sustentar e quais são seus objetivos profissionais e pessoais.

Para definir seu plano de vida, é preciso refletir sobre alguns pontos: seus objetivos, aspirações, que carreira deseja seguir e suas metas de desenvolvimento.

# 4. Sair da casa dos pais: você está pronto para responder à sua vocação?      

Para alguns jovens, o chamado à vida religiosa ou ao matrimônio pode ser um sinal de que está na hora de sair da casa dos pais. Contudo, responder à sua vocação, seja para a vida religiosa ou para o matrimônio, é uma decisão profunda e pessoal que exige discernimento, maturidade e compromisso. Ao sair da casa dos pais, você se depara com a oportunidade de explorar sua individualidade, seja na vida religiosa ou no casamento, e construir sua própria vida. Mas se depara também com a responsabilidade de tomar decisões importantes sobre seu futuro.

Logo, para discernir a vocação é preciso alguns pontos:

·         Aprender a se comunicar de forma eficaz, resolver conflitos e construir um relacionamento saudável, seja com o(a) esposo(a) ou com os irmãos religiosos;

·         Compreender os desafios e responsabilidades de cada estado de vida; prestar atenção aos seus sentimentos e intuições;

·         Buscar a orientação de um diretor espiritual – padre ou religioso(a) –  que possa ajudar a discernir seu chamado e quais os primeiros passos para esta nova vida.

Não existe uma fórmula mágica para discernir sua vocação. Entretanto, o importante é buscar a vontade de Deus para sua vida com um coração aberto e sincero. Ao sair da casa dos pais, você embarca em uma jornada de descobertas e crescimento. Então, responda à sua vocação com responsabilidade, sabedoria e amor, construindo uma vida autêntica e significativa.

# 5. Ao sair da casa dos pais, você se sente preparado para os desafios da vida adulta?

Morar sozinho, construir uma nova família ou viver numa comunidade religiosa não é fácil. É preciso estar preparado para lidar com os desafios próprios que cada condição de vida vai lhe apresentar.

Desta forma, ao sair da casa dos pais, a sensação de estar pronto para os desafios da vida adulta pode ser complexa e varia de pessoa para pessoa. E é natural sentir uma mistura de empolgação, com ansiedade pelas responsabilidades e incertezas que a nova fase trará.

Por isso, é importante poder contar com o apoio de familiares e amigos. E não deixe de procurar ajuda quando for necessário.

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Sair da casa dos pais: lidando com o medo do novo

É natural sentir medo do desconhecido. No entanto, é importante lembrar que o medo não deve ser um impeditivo para você seguir seus sonhos e objetivos. Enfrente seus medos com confiança e busque o apoio de familiares, amigos e diretor espiritual.

Contudo, ao tomar a decisão de sair da casa dos pais, é fundamental refletir sobre seus motivos, seus objetivos e seus sentimentos. A oração também é um importante instrumento de discernimento, então peça a Deus que guie e mostre o melhor caminho a seguir.

Lembre-se que a decisão de sair da casa dos pais é muito pessoal. Não existe uma idade certa para fazer isso. O importante é estar preparado para os desafios dessa nova fase e seguir seus sonhos e objetivos.

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30 dias da vida eterna de Padre Wilton

Trinta dias após sua partida para junto do Redentor, Padre Wilton de Moraes Lopes, fundador da Congregação Copiosa Redenção, continua vivo na memória e no coração, não apenas dos seus filhos e filhas da Copiosa Redenção, mas também em milhares de fiéis que o acompanharam ao longo da sua vida sacerdotal.

Amanhã, dia 04 de abril, será celebrada a missa de um mês da sua Páscoa nas comunidades da Copiosa Redenção. Em Ponta Grossa, cidade onde fica localizada a Casa Geral da Congregação, a Missa será celebrada na chácara de Uvaia às 19h30, o mesmo local do seu sepultamento. 

Um homem de fé inabalável e amor ao próximo

Padre Wilton dedicou sua vida a espalhar a mensagem do Cristo, o Copioso Redentor, e a promover a dignidade de tantos dependentes químicos em nossas casas de recuperação.

Nascido em 27 de abril de 1956, em Tesouro (MT), ele cedo sentiu o chamado de Deus. Foi ordenado sacerdote em 1983; em 1987 fundou o Instituto Secular; iniciou as atividades de recuperação dos dependentes em 1988; em 1989 fundou a Congregação das Irmãs da Copiosa Redenção Filhas de Maria Mãe da Divina Graça; e em 1997 fundou os Irmãos da Copiosa Redenção.

Padre Wilton era incansável em sua missão. Pregava retiros e encontros, e era considerado um grande orador, dedicando-se a falar especialmente do amor pela cruz. Escreveu livros com ensinamentos marcados pela simplicidade e profundidade, que tocam os corações e nos levam a um encontro mais profundo com Deus Redentor.

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Padre Wilton: um redentorista que fundou a Copiosa Redenção

Conheça a herança espiritual de Padre Wilton

A via sacra que conduziu Padre Wilton à sua páscoa

Padre Wilton lutava com a diabetes tipo 1 desde jovem e em 2015 teve uma complicação que afetou os seus rins. Em 2017 sofreu o primeiro Acidente Vascular Cerebral (AVC), que comprometeu a sua fala e no ano seguinte precisou operar às pressas e colocar uma prótese no fêmur. Desde então, passou a se locomover usando cadeira de rodas, pois não se sentia seguro para andar. Logo, em 2019, Padre Wilton teve duas embolias pulmonares além de diversos micros AVCs.

Em 2023 os seus dias tornaram-se ainda mais conturbados, pois sua saúde se deteriorou consideravelmente, foi um ano de muitos dias de internamento. Logo, em janeiro de 2024, Padre Wilton passou mais de 30 dias na UTI e no dia 29 de fevereiro os médicos sinalizaram que não havia mais recursos, pois os antibióticos já não faziam mais efeito devido à infecção pulmonar. E então Padre Wilton fez sua páscoa, sua passagem, para a vida eterna no dia 4 de março de 2024, com apenas 67 anos.

Um legado de Redenção

Conheça as obras de arte que Padre Wilton pintou, AQUI.

Descubra um pouco mais sobre a sua história de vida, AQUI.

Assista a algumas de suas pregações sobre temas variados, AQUI.

Leia artigos do Padre Wilton, AQUI.

Veja fotos do Padre Wilton, AQUI.Confira os livros publicados pelo Padre Wilton, AQUI.

Francisco: a paciência é a “vitamina essencial” do cristão

“A paciência” foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral, desta quarta-feira (27/03), realizada na Sala Paulo VI. Este encontro semanal do Pontífice com os fiéis deveria se realizar na Praça São Pedro, mas por causa da chuva foi transferido para a Sala Nervi.

Francisco recordou que no Domingo de Ramos ouvimos a história da Paixão do Senhor. Jesus responde ao sofrimento “com uma virtude que, embora não incluída entre as tradicionais, é muito importante: a virtude da paciência. Trata-se da resistência daquilo que se sofre: não é por acaso que paciência tem a mesma raiz que paixão”.

A paciência de Jesus

Segundo o Papa, “na Paixão emerge a paciência de Cristo, que com mansidão aceita ser preso, esbofeteado e condenado injustamente; diante de Pilatos ele não recrimina; suporta os insultos, cuspidas e flagelações dos soldados; carrega o peso da cruz; perdoa quem o prega na madeira e na cruz não responde às provocações, mas oferece misericórdia”. “Esta é a paciência de Jesus”, sublinhou o Pontífice, ressaltando que “tudo isto nos diz que a paciência de Jesus não consiste numa resistência estoica ao sofrimento, mas é o fruto de um amor maior”.

No “Hino à Caridade”, o Apóstolo Paulo descreve a primeira qualidade da caridade, usando uma palavra que se traduz como “magnânima” ou “paciente”. “A caridade é magnânima, é paciente”, observou Francisco. A paciência “expressa um conceito surpreendente, que muitas vezes retorna na Bíblia: Deus, diante da nossa infidelidade, mostra-se “lento na ira”. Em vez de dar vazão ao seu desgosto pelo mal e pelo pecado do homem, revela ser maior, sempre pronto a recomeçar com paciência infinita. Este é o primeiro traço de todo grande amor, que sabe responder ao mal com o bem, que não se fecha na raiva e no desânimo, mas persevera e se relança. A paciência que recomeça”.

Muitas vezes nos falta paciência

“Poderíamos então dizer que não há melhor testemunho do amor de Cristo do que encontrar um cristão paciente. Mas, pensemos também em quantas mães e pais, trabalhadores, médicos e enfermeiros, doentes que todos os dias, escondidos, embelezam o mundo com uma santa paciência! No entanto, devemos ser honestos: muitas vezes nos falta paciência. Normalmente somos todos impacientes.”

Segundo o Papa, precisamos da paciência “como uma “vitamina essencial” para seguir em frente, mas instintivamente ficamos impacientes e respondemos ao mal com o mal: é difícil manter a calma, controlar os nossos instintos, conter as más respostas, neutralizar discussões e conflitos em família, no trabalho, na comunidade cristã”.

O cristão é chamado a ser paciente

De acordo com Francisco, “a paciência não é apenas uma necessidade, é um chamado: se Cristo é paciente, o cristão é chamado a ser paciente“.

E isto nos obriga a ir contra a corrente da mentalidade hoje difundida, na qual dominam a pressa e o “tudo e agora”; na qual, em vez de esperar que as situações amadureçam, as pessoas ficam espremidas, esperando que elas mudem instantaneamente.

“Não esqueçamos que a pressa e a impaciência são inimigas da vida espiritual: Deus é amor, e quem ama não se cansa, não se irrita, não dá ultimatos, mas sabe esperar.”

Ter paciência com as pessoas chatas

Francisco convidou, especialmente nestes dias da Semana Santa, a “contemplar o Crucifixo para assimilar a sua paciência. Um bom exercício é também levar a Ele as pessoas mais chatas, pedindo-lhe a graça de pôr em prática para com elas aquela obra de misericórdia que é ao mesmo tempo conhecida e ignorada: suportar pacientemente as pessoas chatas. Não é fácil. Começa-se pedindo para vê-las com compaixão, com o olhar de Deus, sabendo distinguir os seus rostos dos seus erros. Temos o hábito de catalogar as pessoas com os erros que cometem. Não, isso não é bom. Devemos procurar as pessoas pelo seu rosto, pelo seu coração e não pelos erros”.

“Por fim, para cultivar a paciência, virtude que dá fôlego à vida, é bom ampliar o olhar. Por exemplo, não estreitando o âmbito do mundo às nossas angústias. É bom abrir-nos com esperança à novidade de Deus, na firme confiança de que Ele não deixará frustradas as nossas expectativas. Paciência é saber suportar os males”, concluiu o Papa.

Fonte: Vatican News

Irmãos renovam votos na Solenidade de São José

No último dia 19 de março, data em que a Igreja celebra a Solenidade de São José, os irmãos consagrados da Copiosa Redenção renovaram seus votos de Pobreza, Castidade e Obediência, segundo o Carisma da Congregação. A data já é tradição no ramo masculino da Congregação.

Os irmãos com votos temporários estão espalhados nas Comunidades de Pinhais (PR), Santa Maria (RS) e Itália. Ao todo foram 10 religiosos a renovarem os votos na última terça-feira. Além destes, os sacerdotes e irmãos já com votos perpétuos também aproveitam da ocasião para renovarem o seus votos de forma espiritual, visto que, canonicamente já não há mais necessidade.

Rumo ao sacerdócio

Os irmãos da Itália também deram mais um passo em direção ao Sacramento da Ordem. Durante a Missa de renovação dos votos, o Irmão Bergson recebeu admissão à Ordem, Irmão João ao Leitorato, Irmão Vinicíus e Irmão Higor receberam o acolitáto, que são às ordens menores que antecedem o Diaconato e o Presbiterato.

Leia também: Como ser um padre da Copiosa Redenção

Conheça a herança espiritual de Padre Wilton

Padre Wilton Moraes Lopes foi um homem de Deus que deixou um legado de fé, amor e transformação, sua herança espiritual é um presente para a Igreja e para o mundo.

Mas você sabe o que é herança espiritual? Convidamos a entender este conceito e a conhecer um pouco mais da vida e obra deste homem de santidade e redenção.

Quem foi o Padre Wilton

Padre Wilton Moraes Lopes foi um homem de Deus que deixou um legado de fé, amor e transformação, sua herança espiritual é um presente para a Igreja e para o mundo.

Mas você sabe o que é herança espiritual? Convidamos a entender este conceito e a conhecer um pouco mais da vida e obra deste homem de santidade e redenção.

Quem foi o Padre Wilton

Padre Wilton Moraes Lopes, nascido em Batovi (atual Município de Tesouro), Mato Grosso, em 27 de abril de 1956, dedicou sua vida à fé, à evangelização, ao amor ao próximo e à transformação de vidas.

É fundador da das Irmãs e Irmãos da Copiosa Redenção.  Além disso, inspirou milhares de pessoas com sua pregação, homilias e compromisso com os mais necessitados, principalmente com a recuperação de dependentes químicos.

Sua vocação sacerdotal se manifestou desde cedo, precisamente aos oito anos de idade, ele saiu da casa dos pais para estudar no Colégio dos Salesianos, em Guiratinga (MT). E foi no ambiente escolar católico onde o pequeno Wilton sentiu os primeiros sinais de sua vocação ao sacerdócio.

Logo, aos 14 anos, ingressou no Seminário Menor dos Redentoristas em Goiânia, e em 1983 foi ordenado sacerdote.

Aproveite para ler: Padre Wilton: um redentorista que fundou a Copiosa Redenção

Herança espiritual: o que é isso

Antes de prosseguirmos com o testemunho e os feitos do Padre Wilton, vamos entender o conceito de herança espiritual. Apenas assim compreenderemos melhor o valor daquilo que podemos chamar de “tesouro”. Afinal a herança espiritual é de fato um tesouro precioso para os católicos.

A herança espiritual é um conceito amplo e rico que se refere à transmissão de valores, crenças, práticas e tradições religiosas que são transmitidos de geração em geração.

E no contexto católico, a herança espiritual é especialmente significativa, pois representa a soma de ensinamentos, exemplos e experiências acumulados ao longo do tempo.

Logo, para a Igreja Católica a herança espiritual se manifesta de diversas formas:

·         Nos ensinamentos da Sagrada Escritura e da Tradição da Igreja;

·         Na liturgia e através da celebração da Eucaristia e dos demais sacramentos;

·         Na vida dos santos e santas, pois seus exemplos de fé e santidade inspiram os católicos a viverem de acordo com o Evangelho;

·         E no ensinamento dos padres, bispos e papas, que com suas palavras cumprem sua missão de transmitir a fé e de guiar os fiéis no caminho da salvação. 

A importância da herança espiritual

A herança espiritual é importante para os católicos por diversos motivos:

Primeiramente, para fortalecer a fé. Afinal, ao conhecer a história da Igreja e os ensinamentos dos santos, os católicos aprofundam sua compreensão da fé e se tornam mais firmes em suas convicções.

Também para ser um guia, pois a herança espiritual oferece princípios e valores que orientam os católicos em suas decisões e ações. A herança espiritual também promove a comunhão, porque ao compartilhar a mesma fé e tradição, os católicos se unem em uma comunidade de irmãos e irmãs.

Além disso, a herança espiritual também inspira a santidade. E isso porque nos apresenta o exemplo de força, determinação e fé inabalável de tantas mulheres e homens, como o padre Wilton, que se dedicaram a Deus e ao próximo de modo incansável.

Portanto, a herança espiritual é um tesouro precioso que deve ser valorizado e preservado. Logo, é importante não apenas conhecer essa herança, mas também transmiti-la às novas gerações e aplicá-la na própria vida cotidiana.

A missão do Padre Wilton como homem de Deus

Agora que já compreendemos o que é herança espiritual e a sua preciosidade, voltamos à trajetória do Padre Wilton.

Logo que foi ordenado sacerdote, Padre Wilton recebeu a missão de formador no seminário dos Redentoristas. Contudo, anos depois foi incardinado na Diocese de Ponta Grossa, no Paraná, como pároco na Igreja São José.

Mas em 1987, ele foi inspirado por um forte chamado de Deus, e depois de um tempo de discernimento e do agir da Providência Divina, fundou a Copiosa Redenção. Nela, atuam Padres e Irmãs que se dedicam integralmente à evangelização e também ao resgate à vida, atuando na recuperação de dependentes químicos. Logo, proporcionam dignidade àqueles que já a perderam, acolhendo e amando. 

A comunidade rapidamente se expandiu pelo Brasil, alcançando milhares de pessoas que, como filhos pródigos que buscam sair do mundo das drogas, são alcançadas com uma mensagem de fé, esperança e amor. E atualmente a Congregação se faz presente também na Itália.

Padre Wilton ficou conhecido por sua pregação eloquente, que tocava os corações das pessoas e as convidava a uma conversão profunda. Ele também foi um grande defensor dos pobres e da caridade ao próximo. 

A herança espiritual do Padre Wilton: seus livros

Além de todos os frutos que a Copiosa Redenção produziu pelos esforços do seu fundador, destacamos também os seus livros como herança espiritual.

E estas são as suas publicações:

Misericórdia um jeito de ser

Obra de profunda espiritualidade, não é um livro de leitura rápida, mas um livro de cabeceira que deve ser “degustado” pouco a pouco. Portanto, possui um forte apelo à conversão com os questionamentos acerca do “jeito de ser misericordioso do cristão”.

Pensamentos, um caminho espiritual

Este livro é uma verdadeira herança espiritual! E nele o leitor é convidado não só a fazer uma descoberta intelectual do Amor Salvífico de Deus, mas a experimentar pessoalmente esta Salvação através de Jesus Cristo, nosso Redentor.

Alargai os vossos corações

Um livro que reúne escritos, orações e pregações transcritas de Padre Wilton durante seus 40 anos de sacerdócio. Logo, nesta obra você vai encontrar a história inicial da Fundação da Copiosa Redenção e desse Carisma na Igreja. Contudo, o livro não possui uma leitura sistemática, os textos podem ser lidos de acordo com a motivação do coração, pois cada texto oferece uma reflexão e profundidade que poderão ajudar em diversos momentos da vida cristã.

Um homem da Redenção

Em 4 de março de 2024, Padre Wilton faleceu, aos 67 anos. E ele nos deixou uma herança espiritual de fé, amor, transformação e redenção a tantos que conseguiram viver uma vida nova com a ajuda da Copiosa Redenção.

Sua morte foi sentida por milhares de pessoas por todo o país, que o admiravam e o amavam.

Enfim, Padre Wilton foi um homem de fé profunda, que dedicou sua vida a servir a Deus e ao próximo. Sua obra continua inspirando e transformando vidas, e seu legado espiritual de fé, amor a Cristo Crucificado, caridade e redenção jamais será esquecido.

Conheça tudo sobre o Padre Wilton nesta página especialmente criada para reunir a sua herança espiritual. Acesse AQUI.

Padre Wilton: um redentorista que fundou a Copiosa Redenção

Nascido em Batovi (atual Município de Tesouro), no Mato Grosso, no dia 27 de abril de 1956, Padre Wilton Moraes Lopes foi um sacerdote redentorista, que dedicou sua vida à evangelização e à promoção da fé. Desde cedo, sentiu o chamado de Deus para o sacerdócio, ingressando na Congregação do Santíssimo Redentor e emitindo os primeiros votos em 1977.

Após sua ordenação sacerdotal em 1983, Padre Wilton se dedicou a diversos ministérios, como pároco, missionário e formador de novos redentoristas.

A vivência do Padre Wilton na Congregação do Santíssimo Redentor 

Sua vocação redentorista foi profundamente marcada pelo carisma da congregação, que se caracteriza por três pilares:

  • A evangelização: Os redentoristas são missionários que anunciam a Boa Nova de Jesus Cristo a todos os povos, especialmente aos mais pobres e marginalizados. Mas, ao mesmo tempo que evangelizam, se permitem evangelizar por eles.
  • A devoção à Santíssima Virgem Maria: Os redentoristas têm um amor filial à Mãe de Deus, reconhecendo-a como Mãe da Redenção e intercessora junto ao seu Filho Jesus Cristo.
  • A vida comunitária: Os redentoristas vivem em comunidade, buscando juntos a santidade e o serviço ao Reino de Deus.

Além disso, Santo Afonso Maria de Ligório, expressou que todo redentorista deveria ser memória viva do Redentor. O que significa que deveria continuar, nos dias atuais, a realizar e tornar presente o mesmo agir do Santíssimo Redentor.

Esse desejo de Santo Afonso é expresso no lema escrito no selo da Congregação Redentorista: “Copiosa Apud Eum Redemptio” (Junto dele a Copiosa Redenção). Assim como Santo Afonso, Padre Wilton sabia que a redenção é a expressão do amor de Deus por nós e, por isso, para expressar a redenção no mundo, cada membro da Copiosa Redenção deve primeiramente ser experimentada de forma pessoal. Para Santo Afonso, essa via é a oração, para Padre Wilton também, mas especificamente na Adoração ao Santíssimo Sacramento.

De Redentorista a fundador de uma Congregação na vida da Igreja

Esses pilares do Carisma redentorista influenciaram diretamente o Carisma da Copiosa Redenção, comunidade fundada pelo Padre Wilton em 1989. Contudo, a Copiosa Redenção nasceu do desejo de Padre Wilton de realizar a vontade de Deus. Deixemos que ele mesmo nos relate com suas próprias palavras:

“O Carisma da Copiosa Redenção foi colocado por Deus em determinado momento da história, como luz que iluminou um aspecto da realidade humana, vivida na dor e no sofrimento por milhares de pessoas. Que realidade é essa? A triste situação de milhares de pessoas, dependentes das drogas, em processo de profunda destruição”.

Ele continua: “Naquele exato momento ouvi a voz do Senhor me chamando com clareza: ‘o trabalho que eu quero de você é este: a recuperação dos jovens dependentes, Eu os amo e é preciso que alguém anuncie e leve minha Redenção na vida deles’. Fiquei assustado, pois nunca me senti com talentos para trabalhar com jovens”.

A Adoração como centro do Carisma Copiosa Redenção

A Copiosa Redenção também se caracteriza pelo amor ao Santíssimo Sacramento. Contudo, a Adoração não é apenas uma devoção no Carisma Copiosa Redenção, mas é o centro da vida religiosa de seus membros. 

Logo, ao redigir o Carisma da Comunidade, Padre Wilton determinou: “Se um dia deixarem a adoração de lado, a Congregação deixará de existir, perderá a força do Carisma”.

Além disso, escreveu: “Não deixo equívocos sobre este ponto. Às vezes querem interpretar o que o fundador quis dizer – não há interpretações aqui. É bem claro, adorar é trazer diante de Cristo, presente no Santíssimo, a juventude dependente de drogas e trabalhar pela recuperação da mesma. Adorar e trabalhar, orar e agir, duas metas que se encontram no coração do Senhor, fonte de toda Redenção”.

Padre Wilton ainda explicou: “A Adoração deve nos fazer sempre lembrar de que a Obra da Copiosa Redenção nasceu diante do Santíssimo Sacramento. Adorando, estamos testemunhando isso ao mundo e, em segundo lugar, adorando, estamos agradecendo a Jesus pela Copiosa Redenção que é um Presente brotado do Coração d’Ele.”

Alguns dos principais feitos de Padre Wilton

  • Fundou o Instituto Secular, em 1987;
  • Iniciou as atividades de recuperação dos dependentes químicos em 1988;
  • Fundou a Congregação das Irmãs da Copiosa Redenção Filhas de Maria Mãe da Divina Graça, em 1989;
  • Em 1997 fundou os Irmãos da Copiosa Redenção;
  • Escreveu diversos livros sobre fé e espiritualidade;
  • Pregou retiros por todo o Brasil e fez inúmeros atendimentos ao povo de Deus;
  • Foi considerado um grande pregador falando muito do amor pela cruz;
  • Tinha grande devoção, respeito e amor pelas almas do purgatório, por isso toda segunda-feira às 06h ele celebrava a Santa Missa em intercessão pelas almas.

A frágil saúde de Padre Wilton

O sacerdote lutava a anos com alguns problemas de saúde. Aliás, desde muito jovem lutava contra a diabetes tipo 1. Contudo, a doença agravou o seu quadro clínico em 2015, quando precisou ser internado às pressas pelo risco de uma parada dos rins.

Em 2017, sofreu o primeiro Acidente Vascular Cerebral (AVC), que comprometeu a sua fala. E naquele mesmo ano, ele sofreu ainda mais dois AVCs. Em 2018, devido a uma queda, precisou operar às pressas e colocar uma prótese no fêmur. E desde então precisou se locomover usando cadeira de rodas, pois não se sentia seguro para andar.

Logo, o ano seguinte (2019) não foi nada fácil para Padre Wilton. Ele teve duas embolias pulmonares e exames demonstraram que ele teve inúmeros micros AVCs. E com o início da Pandemia da Covid-19, Padre Wilton passou a viver recluso na Casa Geral, com pouquíssimas visitas e poucas saídas. Nesse tempo, seu quadro de saúde ficou estabilizado.

Porém, em janeiro de 2023 ele profetizou a algumas Irmãs que um tempo de profunda purificação na Congregação começaria. Mas essa purificação seria sofrida na sua própria carne. Em seguida, sua saúde começou a ficar cada vez mais debilitada. E de fato 2023 foi um ano de muitos dias de internamento.

A páscoa definitiva do Padre Wilton

Em janeiro de 2024, Padre Wilton passou dias hospitalizado na UTI até que no dia 29 de fevereiro os médicos sinalizaram que não havia mais recursos, pois os antibióticos já não faziam mais efeito devido a infecção pulmonar.

Contudo, os seus últimos dias foram de muitas visitas de amigos e membros da família Copiosa Redenção. E apesar de sua profunda agonia, santas missas foram celebradas no seu quarto para que ele recebesse Jesus Eucarísticos todos os dias. Além disso, um dia antes do seu falecimento, houve até mesmo um momento de Adoração a Jesus Eucarístico no seu quarto.

E foi com o coração entristecido, mas reconfortado pela certeza da vida eterna na glória de Deus, que a família Copiosa Redenção recebeu a notícia da páscoa definitiva do Padre Wilton. O sacerdote faleceu em 4 de março de 2024, aos 67 anos, deixando um legado de fé, amor e serviço ao próximo.

Entretanto, sua obra continua viva na Copiosa Redenção e continuará dando muitos frutos na vida da Igreja. A Congregação hoje conta com centenas de membros em todo o Brasil e na Itália.

Assim, a história de Padre Wilton e da Copiosa Redenção são um exemplo de como o carisma da adoração a Jesus Eucarístico e do serviço ao próximo podem ser vividos de forma fecunda e missionária na Igreja. Sua vida e obra inspiram milhares de pessoas a amar a cruz. Além disso, destacam a importância do silêncio interior e da perseverança. Ele dizia: “Não me ajoelho diante da santidade de ninguém, mas daqueles que perseverarem até o fim”.

Você tem um testemunho sobre o Padre Wilton para contar? Então deixe seu depoimento AQUI!

Curitiba receberá as Relíquias de Santa Terezinha do Menino Jesus

Curitiba receberá as Relíquias de Santa Terezinha. Mais de 70 cidades brasileiras estão na programação, dentre elas, a capital paranaense. A Urna chegará no próximo dia 25 de março, no Carmelo Nossa Senhora da Assunção e São José, bairro Guabirotuba.

É a quarta vez que a urna com as relíquias de primeiro grau vêm ao Brasil. As relíquias são um fêmur e ossos do pé da santa da pequena via. As relíquias expressam a dimensão missionária da santa que “tinha o desejo de percorrer a terra e anunciar Jesus Cristo”, informou a Ordem dos Freis Carmelitas Descalços no Brasil a ACI Digital.

A peregrinação das relíquias de Santa Teresinha ao Brasil foi um pedido da Ordem dos Freis Carmelitas Descalços no Brasil a basílica de Santa Teresinha em Lisieux, na França. Segundo os carmelitas, “o itinerário” da peregrinação “”foi organizado a partir da presença do Carmelo Descalço no Brasil”, em “lugares de referência” onde “os frades, as monjas e os carmelitas seculares” estão presentes. Foram acrescentados outros lugares para que os fiéis participem, seja por proximidade ou comodidade deles.

A visita das relíquias da santa francesa ao Brasil ocorre no marco de dois jubileus, a celebração dos 150 anos do nascimento de santa Teresinha, que foi comemorado em janeiro de 2023, e pela celebração dos 100 anos da sua canonização, que ocorrerá em 2025, segundo os carmelitas.

Estas relíquias de santa Teresinha “estiveram no Brasil pela primeira vez nos anos de 1997 e 1998, percorrendo diversas cidades de todo o país”, relataram os carmelitas.

“No ano de 2022, ela esteve no Brasil percorrendo apenas algumas cidades do Estado de São Paulo. Dessa vez, ela a Peregrinação ocorrerá novamente por todo o Brasil, nas cidades onde há a presença dos frades, monjas e seculares carmelitas”.

O relicário que leva o fêmur e os ossos do pé de santa Teresinha foi uma doação de brasileiros ao Carmelo de Lisieux. Segundo a Ordem dos Freis Carmelitas Descalços no Brasil, na verdade “há dois relicários doados pelo Brasil”

“O primeiro foi em 1922, numa campanha de arrecadação organizada pelo jesuíta Herni Rubillon. Este relicário, conhecido como “Relicário do Brasil” permanece no Carmelo de Lisieux e é usado apenas internamente. O segundo relicário, chamado de “Relicário do Centenário”, também doação do povo brasileiro, é utilizado para as peregrinações intercontinentais”, contaram.

Para acompanhar a programação da peregrinação é só acessar o Instagram dos carmelistas: @soucarmeloocd, @carmelobrasil e @floresdocarmelo.

Santa Terezinha do Menino Jesus

Marie-Françoise-Thérèse Martin conhecida como santa Teresa de Lisieux ou Teresinha do Menino Jesus é uma das santas mais populares do Brasil. Ela nasceu no dia 2 de janeiro de 1873, em Alençon, na França e foi a filha mais nova dos santos Luís e Zélia Martin que também eram muito tementes a Deus. Eles tiveram oito filhos antes de Teresa: Quatro morreram ainda pequenos e as outras quatro: Maria, Paulina, Leônia e Celina também foram freiras como a santa.

Aos 15 anos, Teresinha entrou no Mosteiro das Carmelitas, em Lisieux com a autorização do papa Leão XIII. Sua grande experiência com Deus desde pequena, relatado em seus diários, intitulado: “História de uma alma” trouxe ensinamentos sobre a “infância espiritual” ou “pequena via” que se baseavam na confiança amorosa em Deus que é Pai. Teresinha acreditava que seu caminho em direção a Deus era ser como criança, e assim O buscava nesta via de abaixamento que transbordava na vida fraterna e no amar sem medidas.

Santa Teresinha morreu aos 24 anos em 30 de setembro de 1897. Foi beatificada em 1923 e canonizada em 17 de maio de 1925 pelo papa Pio XI que falando sobre a nova santa disse: “esta menina tão sincera, que floresceu no jardim fechado do Carmelo, tendo acrescentado ao seu nome o do Menino Jesus, exprimiu vivamente em si a sua imagem; portanto, é preciso dizer que quem venera Teresa venera e louva o exemplo divino, que ela copiou em si”.

Em 19 de outubro de 1997, no domingo missionário, Teresa de Lisieux foi proclamada doutora da Igreja pelo papa são João Paulo II, devido os seus escritos autobiográficos.

“Entre os “Doutores da Igreja” Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face é a mais jovem, mas o seu caminho espiritual é tão maduro e ousado, as intuições de fé presentes nos seus escritos são tão vastas e profundas, que merecem que ela seja colocada entre os grandes mestres do espírito”, disse o papa são João Paulo II na época.

Em 2023 foi comemorado os 150 anos do nascimento da santa e 100 anos da sua beatificação. E para celebrar esta ocasião, o papa Francisco, devoto da santa, escreveu no dia 15 de outubro deste ano a Exortação Apostólica C’est la Confiance sobre a confiança no amor misericordioso de Deus.

“Século e meio depois do seu nascimento, Teresa está mais viva do que nunca no meio da Igreja em caminho, no coração do Povo de Deus. Está a peregrinar conosco, fazendo o bem sobre a terra, como tanto desejou. O sinal mais belo da sua vitalidade espiritual são as inúmeras «rosas» que vai espalhando, isto é, as graças que Deus nos concede pela sua intercessão cheia de amor, para nos sustentar no percurso da vida”, escreveu papa Francisco na Exortação Apostólica dedicada a Teresinha.

Fonte: Arquidiocese de Curitiba

A PASSAGEM

A PÁSCOA É A PASSAGEM DA MORTE PARA A VIDA

Como você já sabe, Páscoa significa passagem. Para nós cristãos, e também para os judeus, essa palavra – Páscoa – significa muito mais. Para eles, a libertação dos trabalhos penosos do Egito e a ratificação da Aliança feita entre Abraão e Deus. Para nós, além daquela aliança no deserto, a configuração da
Nova e Eterna Aliança entre Deus e o homem em Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus.

“A Páscoa se reveste do sentido maior da salvação. Mas também se reveste de vários outros sentidos: o
amor até as últimas consequências, o perdão, a doação de si e tantos outros que o Espírito possa nos inspirar.”

Talvez, mesmo após termos vivido tantas Páscoas, ainda haja alguma para mudar, algo para se deixar transformar por Jesus. A Páscoa se reveste do sentido maior da salvação. Mas também se reveste de vários outros sentidos: o amor até as últimas consequências, o perdão, a doação de si e tantos outros que
o Espírito possa nos inspirar.

“Você já fez a sua Páscoa? Você já fez a Páscoa do seu irmão?”

O desafio da Quaresma é, refletindo nas realidades da “Passagem”, vivê-las hoje em nossa
vida. Poder fazer o nosso irmão “passar” da droga para a vida, do abandono para o aconchego,
do isolamento para a partilha, da discórdia para o perdão, da fome e sede de justiça para uma vida
em plenitude. A Páscoa é a passagem da morte para a vida. Você já fez a sua Páscoa? Você já fez a
Páscoa do seu irmão?