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DISCERNIMENTO: O SER PRUDENTE

01 de março de 2024

DISCERNIMENTO: O SER PRUDENTE

São Tomás de Aquino, grande teólogo da Igreja, aborda o discernimento no quadro da
virtude da prudência. Mas o que queria dizer São Tomás comparando ou definindo discernimento dentro
desse aspecto da prudência? O discernimento seria uma capacidade de prudência, ou seja, ser prudente
no falar, no analisar a realidade para expressar o discernimento verdadeiro daquilo que eu contemplo,
cuidando para interpretar corretamente e santamente os acontecimentos.

Quando procuramos num dicionário a palavra discernimento, encontramos que prudência
significa juízo, ter critério, ter inteligência para discriminar, separar, apreciar. Quando somos chamados
a compreender a grande riqueza do discernimento percebemos que tudo isto é instrumento
extremamente necessário em nossa vida comunitária, em nossa vida na Copiosa Redenção. Frequentemente é preciso discernir, colocar a nossa vida, trabalhos e realidades em discernimento confrontando-os com o nosso carisma, com a vontade de Deus no coração da Igreja.
Discernimento é assim a capacidade de apreciar, de ter critério. É uma capacidade também no bom sentido de julgar; julgar o nosso agir, as nossas atividades, se elas realmente expressam ou realizam a vontade de Deus para as nossas vidas, nossas comunidades e para toda família da Copiosa Redenção.

Na primeira carta de São João, capítulo 4, versículo 1, diz o apóstolo: “Caríssimos, não deis fé
a qualquer espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas se
levantaram no mundo”
. São João queria dizer com esta palavra que devemos ter uma capacidade
crítica diante de tantas informações, ideias, leituras e livros. Mesmo os teólogos correm o grande risco de
não ter, às vezes, discernimento e, consequentemente, engolir todas as informações passadas sem este
critério de que fala São João. Critério para examinarmos se os espíritos são de Deus, se aquilo que me é dado é de Deus.

Portanto, para fazer um bom discernimento temos que ter uma consciência madura, consciência de discernimento. Mas o que é necessário para alcançá-la? Precisamos de uma conversão do coração, uma conversão da mente, baseada em critérios claros e definidos, alicerçados por valores evangélicos. Aquele que tem consciência amadurecida é uma pessoa que cresceu, não é mais criança em suas atitudes, ideias e pensamentos. Podemos perceber a infantilidade de uma pessoa quando, em seus critérios, não for provida de valores éticos, maduros e por isso mesmo terá dificuldade em fazer um discernimento mais profundo.


Também temos que cuidar com as ideologias de hoje, pois há muitos anti-valores, muito egoísmo e
idolatrias diversas, mas a Sagrada escritura nos exorta, pela carta de Filipenses no capítulo I, versículos 9
e 10: “Peço, na minha oração, que a vossa caridade se enriqueça cada vez mais de compreensão e critérios com que possais discernir o que é mais perfeito e vos torneis puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo”

São Tomás de Aquino, grande teólogo da Igreja, aborda o discernimento no quadro davirtude da prudência. Mas o que queria dizer São Tomás comparando ou definindo discernimento dentrodesse aspecto da prudência? O discernimento seria uma capacidade de prudência, ou seja, […]