Como curar traumas de infância na terceira idade?

Ao recordarmos os primeiros anos de nossas vidas, certamente encontraremos traumas de infância que explicam determinados comportamentos que arrastamos até a terceira idade.

Esses traumas, na maioria das vezes, interferem diretamente na formação da nossa personalidade e na maneira como enxergamos a nós mesmos.

Interferem também na maneira como lidamos com as pessoas e como enxergamos e interpretamos o mundo à nossa volta.

Dessa forma, muitos acreditam que algumas consequências desses traumas são irreversíveis e que já não há esperança de superação. Mas não é bem assim.

Os traumas adquiridos na infância podem e devem ser tratados, independente de qual etapa da vida estejamos.

É bem verdade que na terceira idade desfrutamos de tudo aquilo que plantamos ao longo da nossa vida, mas também é verdade que os fatos passados não definem o agora.

Logo, enquanto temos vida, temos a capacidade e oportunidade de sempre buscar a melhor versão de nós mesmos.

Sendo assim, existem sim possibilidade de curar ou no mínimo superar, na terceira idade, os traumas de infância que parecem determinar o rumo de nossas vidas para sempre.

Confira abaixo alguns traumas de infância e como superá-los na terceira idade.

Traumas de infância que afetam os relacionamentos na terceira idade

Uma das maiores dificuldades que o idoso pode possuir no relacionar-se é o fato de ter experimentado decepções nos relacionamentos com pessoas muito amadas durante a infância.

Abusos sexuais, mentiras, divórcios dos pais, dentre outros acontecimentos, deixam marcas profundas que além de causarem danos psicológicos na criança, desencadeiam outras patologias na terceira idade.

Idosos que apresentam atitudes desordenadas em sua sexualidade ou que têm dificuldade em expor as suas dores emocionais podem ter sido traumatizados em sua infância.

Um trauma psicológico, é uma lesão que precisa ser sanada e, portanto, quanto mais tempo passa para ser tratado, mais profunda se tornará.

Mas com o acompanhamento médico e uma rede de apoio competente, a lesão pode ser  tratada e gerar melhora significativa nos relacionamentos do idoso.

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Traumas de infância relacionados a solidão na terceira idade

É comum vermos muitos idosos que possuem um medo devastador da solidão devido a traumas de infância que não foram resolvidos ao longo da vida.

A experiência de terem sido abandonados quando criança ou tão somente por não terem tido pais presentes pode ter gerado grandes consequências em suas vidas.

Muitas crianças, por exemplo, experimentam a morte precoce de seus pais de forma a fazê-las experimentar um vazio que perdurará ao longo de toda vida.

Diante disso, o medo da solidão é um sentimento compreensível, mas que precisa ser tratado para que não prejudique o dia a dia na terceira idade.

Muitos idosos tendem a sofrer com grandes desconfortos emocionais só em imaginar que algo possa fazê-los reviver o sentimento de abandono.

Assim, sofrem por antecipação, desencadeando um comportamento hipercontrolador, ansioso e muitas vezes até agressivo.

Dessa forma, é preciso identificar a raiz desse medo para que a vida do idoso possa voltar a ter qualidade e maior satisfação.

Uma das melhores maneiras de descobrir a causa desse sentimento de solidão é a terapia.

Assim, com ajuda de um profissional adequado, o idoso pode superar o trauma de infância fazendo uma releitura do passado para enxergar melhor o presente.

Traumas de infância relacionados à saúde física

Alguns traumas de infância da pessoa idosa estão ainda relacionados à saúde física. Isto é, dizem respeito a alguma doença que foi presenciada ou experimentada pela pessoa idosa enquanto criança, que pode ter sido difícil de ser superada.

Dessa maneira, na fase idosa as memórias relacionadas ao enfrentamento dessa doença podem vir à tona gerando medo e insegurança.

É preciso que o idoso, com o apoio de uma pessoa capacitada, enxergue o que de benéfico pode ser extraído de um acontecimento como esse.

Por exemplo, a terapia mental pode ajudar a reconhecer quão forte e resiliente nos tornamos ao ter superado uma situação desafiadora no passado.

Algo ainda mais eficaz é cultivar a espiritualidade, exercitando o dom da fé e percebendo que Deus está conosco em todas as fases de nossas vidas. Ele é quem de fato nos conhece, e, portanto, sabe com detalhes cada passo que devemos dar até chegar à cura que tanto precisamos.

Dessa forma, o idoso pode perceber que uma batalha vencida, a fé, e a experiência de vida o tornaram mais forte e maduro para superar desafios ainda maiores.

Os traumas de infância são extremamente compreensíveis, porém devem ser tratados para que cada vez mais o idoso possa desfrutar de uma saúde física e mental melhor.

Por último, em todo caso, o idoso não deve limitar a sua capacidade de superar os traumas da infância tendo em vista a sua idade avançada. Mas, sim, compreender que é justamente por já ter vivido muito que terá experiência e sabedoria para lidar com mais serenidade com o seu passado.

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3 medos que assolam o coração do idoso

O coração do idoso é chamado a ser povoado por sentimentos nobres como a gratidão, a esperança, a caridade, dentre outros.

Mas infelizmente muitos corações nessa idade podem se deparar com sentimentos ruins como o medo.

Esses medos, na maioria das vezes, são causados pela dificuldade que o idoso possui em lidar com os desafios que a terceira idade traz.

O que se espera do idoso não é uma qualidade de vida semelhante a de alguém mais jovem. Mas, sim, a capacidade de reconhecer o seu valor, apesar de qualquer coisa.

Sendo assim, a terapia é uma grande aliada na busca pela superação de todo sentimento negativo que o idoso possui nessa idade.

Veja abaixo 3 medos que assolam o coração do idoso e como a promoção da saúde mental pode ajudar a superá-los!

1 – Medo da solidão

A solidão, em si, não é um mal. Porém, dependendo da forma como ela é vivida e interpretada, pode trazer medo e incertezas ao coração do idoso.

Por exemplo, há momentos em nossa vida que necessitamos da solidão para fazer desabrochar um nível maior de autoconhecimento e maturidade. Nesse caso, através da solidão nos deparamos com nós mesmos e podemos a partir disso traçar novos caminhos, sonhos e projetos.

Porém, quando ela é causada por um sentimento de abandono e desprezo, os prejuízos que ela traz podem ser difíceis de lidar.

O coração do idoso pode ser acometido pela solidão em sua forma negativa onde o sentimento de abandono e desprezo causam marcas irreparáveis.

Movido, muitas vezes, pela sensação de inutilidade, o coração do idoso sofre por acreditar que já não há mais nada a oferecer a este mundo. Dessa forma, ele se esquece que o seu valor vai além daquilo que produz.

Sendo assim, a terapia atua como um grande instrumento que devolverá ao coração do idoso a capacidade de enxergar que ele não está sozinho.

Assim, promovendo a saúde mental, o idoso consegue estabelecer novos relacionamentos que encherão sua vida de sentido.

2 – Medo das enfermidades

Outro medo muito presente no coração do idoso é o de contrair enfermidades ou o de enfrentá-las.

Muitos idosos nessa fase da vida se deparam com enfermidades ou simplesmente com o medo de adquiri-las.

Sendo assim, a terapia é necessária para ajudá-los a superar e até mesmo evitar algumas doenças próprias da terceira idade. Já se sabe que o Alzheirmer e o Parkinson, por exemplo, embora tenham indícios genéticos, são fortemente influenciados pela qualidade de vida do paciente.

Dessa forma, a promoção da saúde mental é indispensável para garantir ao coração do idoso a tranquilidade diante dessas e outras patologias próprias da terceira idade.

A boa qualidade de vida que o idoso possui já lhe permite uma certa segurança para se evitar aquilo que pode ser evitado, e enfrentar aquilo que não podemos evitar.

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Qualidade de vida para pessoas idosas

Idoso precisa de terapia?

3 – Medo da morte

Esse medo perpassa, se não todos, a maioria dos seres humanos. O medo da morte acompanha muitos idosos ao longo de toda a história da humanidade, já que muitos deles só passam a pensar nele na última fase da vida.

Dessa maneira, já identificamos aqui uma problemática que aumenta a dificuldade que o coração do idoso tem em conceber essa verdade: todos nós morreremos.

É difícil refletir sobre a morte, principalmente quando se acredita que ela é tão iminente como na terceira idade.

Porém, é meditando sobre o que é a morte e o que ela traz consigo que encontramos os ensinamentos que ela tem para nos oferecer.

E como afirma o Papa Francisco nas Meditações Matutina: “viver bem todos os dias como se fosse «o último», e não como se esta vida fosse «uma normalidade» que nunca acaba, poderá ajudar a encontrar-se deveras prontos quando o Senhor chamar.

Incrivelmente, meditar e presenciar a morte de alguém próximo pode nos fazer viver melhor. Pois, é nos aproximando dessa realidade que reconhecemos onde deve estar o nosso coração.

Um versículo bíblico traz para nós um grande ensinamento de onde deve estar a nossa atenção:

“Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam. Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração” (Mateus 6,20-21).

Dessa forma, as palavras de Jesus Cristo nos mostram a transitoriedade desta vida e do quanto devemos vivê-la em plenitude através daquilo que é bom.

Terapia para superar o medo

A terapia e a promoção da saúde mental nos faz enxergar o grande presente que temos hoje em nossas mãos: a vida.

Dessa maneira, nada deve ser maior do que a alegria de estar vivo, mas, sobretudo, de um dia ao nos deparamos com a morte, ter o coração agradecido por ter encontrado a sua melhor versão nesta vida.

Morre bem aquele que soube viver bem.

Portanto, nenhum medo é capaz de assolar o coração de um idoso quando ele reconhece dentro de si mesmo os mecanismos para enfrentar qualquer adversidade.

E, sem dúvidas, a terapia e a saúde mental é um instrumento poderosíssimo para ajudar o idoso a superar os seus medos a cada dia.

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Idoso precisa de terapia?

A terapia tem ganhado bastante espaço em nossa sociedade atual. Contudo, ainda assim tem gerado muitos questionamentos quanto a sua eficácia em determinados grupos especiais, como é o caso da terceira idade.

O benefício da terapia ainda é desconhecido por muitos, pois depende de uma série de fatores para que se possa ver a sua eficácia. Porém, algo que não se pode negar é a necessidade de um acompanhamento integral durante a terceira idade, incluindo a terapia.

Nesse texto, queremos trazer a importância da terapia para a qualidade de vida na terceira idade. Continue lendo!

A realidade que muitos idosos enfrentam

A velhice chega para todos e com ela inúmeros desafios que, quando vividos com acompanhamento adequado, são superados com serenidade e paciência.

As mudanças encontradas na terceira idade são, na maioria das vezes, as grandes responsáveis por gerar no idoso baixa autoestima, sentimento de impotência e inutilidade, sensação de vazio etc.

Porém, esses sentimentos que em algum momento batem à porta da vida de um idoso, precisam ser combatidos.

Isso porque, a longo prazo, os maus sentimentos e pensamentos podem gerar grandes prejuízos à saúde como um todo na terceira etapa da vida.

Dessa forma, aplica-se o conceito: “mente sã, corpo são”, pois a partir do momento que se trabalha a saúde mental como parte fundamental no acompanhamento de um idoso enxerga-se grandes ganhos.

A terapia é uma aliada da saúde do idoso

A qualidade de vida de um idoso, principalmente em sua saúde mental, necessita de um acompanhamento adequado mediante as suas necessidades e desafios encontrados nessa etapa da vida.

É verdade que muitos idosos, de fato, têm uma certa facilidade de sentir-se realizados em tudo o que fazem e vêem as dificuldades vencidas ao longo dos anos como grandes vitórias.

Mas também existem aqueles que arrastam as suas dores por anos e ao chegar na terceira idade sentem-se imersos e incapazes de encontrarem sentido na vida. É nesse momento que a terapia atua como um excelente suporte e aos pouquinhos vai trazendo luz às áreas do ser humano que por algum motivo se encontram enfraquecidas, escuras e vazias.

Dessa maneira, é pela terapia que o idoso é conduzido a perceber suas potencialidades e convidado a ressignificar as suas dores e fraquezas.

Essa prática de levar para a terapia toda a sua verdade é o que garantirá à pessoa idosa uma nova forma de enxergar seu passado, seu presente e futuro.

Ter a terapia como aliada na terceira idade faz muita diferença na busca pela melhor forma de se viver essa etapa da vida.

Para ler depois:

Todo idoso precisa de terapia?

A terapia é um bem muitíssimo necessário, pois atua promovendo autoconfiança, levando o paciente a enxergar que apesar dos percalços é possível encontrar sentido em sua caminhada neste mundo.

Dessa maneira, ela garante à pessoa idosa a tranquilidade para desenvolver bem todas as outras áreas de seu ser. Isso porque o ser humano não é um indivíduo segregado, e tudo o que ele sofre em uma área de corpo reflete em seu ser como um todo.

Desta maneira, vemos que a terapia não é somente para aqueles que apresentam grandes perdas em sua capacidade cognitiva. Contudo, serve para quem deseja alcançar uma melhor versão de si mesmo a cada dia. 

Nesse sentido, a terapia, de fato, é muito importante nesta fase da vida. Como afirma a psicóloga Janice Velada, “(…) O intuito é dar novo sentido à vida por meio de estratégias cognitivas, desmistificando pensamentos distorcidos em relação à velhice”.

Seja de forma preventiva ou remediativa, uma boa terapia trará inúmeros benefícios à pessoa idosa.

A terapia no Lar Adelaide

No Lar Adelaide, mesmo quando não havia um profissional exclusivo diariamente, o planejamento era fornecer aos nossos hóspedes atendimento psicológico através de parcerias com faculdades.

A terapia psicológica aliada às atividades ocupacionais, através de profissionais capacitados como terapeutas e personal sênior, sempre garantiram aos nossos hóspedes o suporte que eles precisavam.

Atualmente, o nosso Lar conta com atendimentos realizados por um profissional da área e garante assim uma melhor comodidade aos nossos hóspedes.

Fomentamos, acima de tudo, o cultivo de uma espiritualidade verdadeira, pois quando um idoso fortalece a sua espiritualidade, sua velhice se torna muito mais tranquila. Nesse sentido, ele consegue encontrar propósito e viver com amor e alegria.

A participação na celebração da Missa, na oração do terço e pessoal são essenciais na busca da saúde mental e do bem-estar como um todo!

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Portanto, é de extrema necessidade que o idoso, ou o seu responsável, possa ficar atento quanto às atitudes e pensamentos que ameacem a saúde mental. Assim como em toda a qualidade de vida do idoso.

Porém, mesmo quando não se tem um diagnóstico que aponte para a necessidade de sessões de terapia, lembremos que os benefícios desta prática valem para qualquer fase da terceira idade.