Irmãos da Itália testemunham o carisma da Copiosa Redenção na JMJ Lisboa

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Lisboa aconteceu entre os dias 01 e 06 de agosto, e reuniu cerca de 800 mil jovens vindos de todos os lugares do mundo para se encontrarem com o Papa Francisco e testemunharem a fé católica.

Os irmãos da Copiosa Redenção, Vinicius Sotocorno, João Paulo Minoru Hirai e  Higor Feitosa Passareli, foram o sinal do carisma da redenção em meio a tantos jovens. “Foi uma experiência muito legal, muitos jovens de diversas nacionalidades que tinham curiosidade sobre o hábito, o carisma e da Congregação”, conta Ir Vinicius. 

Os religiosos participaram do evento juntamente com um grupo de 25 peregrinos da Caltanissetta (Itália) e com a comunidade Aliança de Misericórdia.

Momentos marcantes

A JMJ de Lisboa foi a primeira Jornada de Ir Vinicius e Ir João Paulo. “O que mais me marcou foram os jovens que buscam com fervor uma experiência de Deus e de fraternidade. Jovens que foram muito respeitosos, foram muito alegres e muito participativos”, testemunha Ir João Paulo.

A programação da JMJ contava com momentos de catequeses nas paróquias, shows, feira vocacional, encontros com o Papa Francisco e o auge do evento que foi a Vigília no Parque Tejo, criado para o evento. Participaram da vigília 1,5 milhão de pessoas. “O silêncio na adoração ao Santíssimo durante a vigília. A alegria de partilhar com jovens do mundo inteiro a verdade de que somos um só povo e um só rebanho. De fato, todas as nações adorarão o Senhor. Nessa jornada pude perceber isso”, garante Ir Vinicius.

Além dos eventos centrais da JMJ, os irmãos compartilham do testemunho das famílias portuguesas que os acolheram em suas casas e amizades feitas entre peregrinos. Para Ir João Paulo “quando os pequenos grupos se reuniram foram muito fortes e de profunda experiência de Deus”.

Próxima JMJ

Durante a missa de envio, no domingo (06), o Papa Francisco anunciou o destino do próximo encontro mundial com os jovens. A próxima JMJ será no continente asiático, em Seul, na Coreia do Sul, em  2027.

Leia o Discurso do Papa Francisco durante a Vigília na JMJ Lisboa 2023

Congresso convida sacerdotes e religiosos a refletir sobre saúde mental e emocional na vida consagrada

O VII Congresso Âncora retorna à modalidade presencial, com o objetivo de revolucionar a saúde psíquica, emocional e vocacional dos participantes

O Congresso Âncora chega à sua sétima edição em 2023. Neste ano, o evento volta a ocorrer na modalidade presencial, nos dias 15 e 16 de setembro,  na cidade de Pinhais (PR). Com o tema geral Revolução da Ternura, o Congresso é voltado para o clero, religiosos(as), leigos consagrados, psicólogos, formadores, sacerdotes, seminaristas e interessados no tema.

O termo Revolução da Ternura tem sido frequentemente utilizado pelo Papa Francisco durante estes últimos anos de pontificado. Em muitos discursos e homilias, o Papa costuma instigar os consagrados a serem estes agentes de ternura no mundo. Mas foi o seguinte questionamento do Papa, em uma de suas audiências, que inquietou a equipe do Centro Âncora acerca do tema: “Estou permitindo que o Senhor me ame com a sua ternura, transformando-me em um homem/mulher capaz de amar desta forma?”.

“A vida consagrada exige esse amor terno ao outro, e sabemos que o ato de amar vem da experiência filial com Deus. Se a revolução começa dentro de nós – religiosos, sacerdotes, consagrados – será possível ensinar a todos a diferença do Deus justo que redime o homem daquele que o castiga”, explica a diretora do Centro Âncora e religiosa da Copiosa Redenção, Irmã Adenise Comer.

Programação do Congresso

Com o objetivo de proporcionar aos participantes este reencontro com a ternura de Deus e os impactos positivos que essa experiência tem em sua vida vocacional, bem como na saúde psíquica e emocional, as palestras do Congresso abordarão os seguintes temas: “Ternura é a experiência de sentir-se amado”, “A face oposta da Ternura”, “Mentes vulneráveis”, “A ternura do processo de acolhida”, “A ternura no processo de discernimento e integração” e “A ternura como pedagogia em Francisco de Assis”.

O evento trará especialistas em saúde mental e vida consagrada para aprofundar cada temática, dentre eles: Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba (PR), o médico psiquiatra Dr. Maurício Nasser Ehlke, a médica psiquiatra especialista em psiquiatria e espiritualidade Dra. Tatiane Maiochi Cunha, os psicólogos e sacerdotes Pe. Rosimar José de Lima Dias, Pe. Ronaldo Zacharias  e ainda Frei Sidney Damasio Machado.

Revitalização da vida consagrada

O Centro Âncora é uma casa de acolhida especialmente edificada para amparar sacerdotes e religiosas(os) que apresentam sofrimentos e angústias. O Centro Âncora é constituído por uma equipe técnica transdisciplinar, cujo maior chamado é o ministério da revitalização daqueles que trabalham em prol da Igreja. 

A equipe é formada por diretores espirituais, conselheiros e profissionais de saúde: psicólogos, médicos, psiquiatras, nutricionista, educador físico, enfermeiro, fisioterapeuta, assistente social e religiosas da congregação da Copiosa Redenção.

Dentro desta missão, nasce o primeiro Congresso Âncora em 2013 com o tema Espiritualidade, Psicologia e Psiquiatria. Nesses 10 anos, muitos temas atuais com impactos na vida sacerdotal e consagrada foram tratados e contaram com a presença internacional como Pe. Amadeo Cencini e Pe. Giovanni Cucci, que estiveram no último Congresso Âncora –  O Ser virtual na vida consagrada e sacerdotal.

VII Congresso Âncora

Tema: Revolução da Ternura

Data: 15 e 16 de setembro de 2023

Local: Pinhais (PR)

Inscrições: congressoancora2023.com

Certificado para todos que participarem de todo o Congresso.

A revolução da Vida Consagrada

Revolução é o que podemos dizer das ações de Jesus neste mundo, enviado pelo Pai para refazer a aliança de Deus com a humanidade.

E da mesma forma, a vida consagrada é chamada a viver, promovendo revoluções ternas. Tudo isso partindo do princípio da relação que Jesus estabeleceu com alguns de seus discípulos, chamando-os a empregar toda a sua existência na luta pela santificação da humanidade. E assim como o Pai consagrou Cristo, que por sua vez e pela ação do Espírito Santo consagrou-se ao Pai, em intercessão pela humanidade (cf. Jo 17,19), assim também a vida consagrada se tornar um com o Pai.

O chamado a revolução

São João Paulo II afirmou: “A primeira tarefa da vida consagrada é tornar visíveis as maravilhas que Deus realiza na frágil humanidade das pessoas chamadas. Mais do que com as palavras, elas testemunham essas maravilhas com a linguagem eloquente de uma existência transfigurada, capaz de suscitar a admiração do mundo. A essa admiração dos homens respondem com o anúncio dos prodígios da graça que o Senhor realiza naqueles que ama” (Vita Consecrata, 20).

A vida consagrada “imita mais de perto, e perpetuamente representa na Igreja aquela forma de vida que o Filho de Deus assumiu ao entrar no mundo para cumprir a vontade do Pai” (Lumen Gentium, 44). Logo, uma forma de vida que Ele mesmo propôs aos discípulos que O seguiam. Finalmente, a vida consagrada é chamada a fazer uma revolução evidenciando a elevação do reino de Deus sobre tudo o que é terreno e as suas relações transcendentes. “E revela aos homens a grandeza do poder de Cristo Rei e a potência infinita com que o Espírito Santo maravilhosamente atua na Igreja” (Lumen Gentium, 44).

Assim, a vida consagrada atua como outro Cristo na Terra, na prática da caridade, em ações concretas com os pobres e excluídos, e pela missionariedade a qual é chamada.

As diversas expressões da revolução da vida consagrada

Afinal, de que maneira a vida consagrada corresponde ao chamado de Jesus para ser revolução no mundo?

Bem, vida consagrada é vocação, é chamado, e existem várias modalidades de vida consagrada dentro da Igreja. Existem os monges e monjas, os religiosos e religiosas das ordens, congregações e institutos religiosos; há também os consagrados dos Institutos Seculares; das “Novas Comunidades”; além da Ordem das Virgens Consagradas, restaurada por Paulo VI a partir do Concílio Vaticano II.

E toda forma de vida consagrada constitui um grande tesouro na vida da Igreja, cada uma com um carisma próprio. Além disso, a vida consagrada também é chamada a viver os conselhos evangélicos da pobreza, obediência e castidade, baseados nas palavras e nos exemplos de Jesus Cristo.

Logo, o serviço da vida consagrada na igreja é uma revolução, seja em atividades pastorais nas dioceses e paróquias, em escolas e universidades, nos hospitais, obras assistenciais e afins. E por estarem intimamente unidos a Cristo, Ele se volta inteiramente à vida consagrada, cumulando-a de graças específicas e dons para que possa viver bem e santamente a sua consagração.

Aproveite para ler também:

Revolução da ternura: o chamado da vida consagrada

Como Jesus inspira a revolução que a Vida Consagrada é chamada a ser

Na liberdade de sua entrega a Deus, a Vida Consagrada é chamada a fazer a vontade do Pai, a dar sua vida em favor dos homens e mulheres. Ou seja, a revolução começa na própria vida através do “sim” a Deus para viver essa vocação na vida da Igreja. Algo que parece loucura para muitos, mas que é sabedoria e fonte de santificação para aqueles que receberam este chamado.

E se neste mundo Jesus foi obediente por excelência, é também desta maneira que Ele inspira a revolução que a Vida Consagrada é chamada a ser. Além disso, como Jesus, a Vida Consagrada é chamada a despojar-se de si mesmo, tomando a condição de servo (cf. Fl 2,7-8), abrindo-se a ação do Espírito Santo.

A Vida Consagrada é capaz de promover uma revolução quando orienta toda a sua vida e oferece tudo o que possui para tornar-se um verdadeiro sinal de Cristo no mundo. E, assim, reflete a Trindade ao mundo, para que todos possam sentir o encanto e a saudade da Beleza Divina.

A revolução que a vida consagrada é capaz de promover também acontece quando ela mostra ao mundo que em Deus é possível encontrar sentido para a própria vida; que Ele é a fonte da alegria que não passa; que só Deus pode preencher aquele vazio interior que às vezes sentimos, porque fomos criados por Ele, para o Seu amor, e viveremos inquietos até que experimentemos esse amor.

Compaixão e ternura

Contudo, a revolução que a Vida Consagrada é chamada a ser na sociedade deve ser permeada pela misericórdia, movida por ternura e compaixão.

Em uma de suas audiências, o Papa Francisco disse algumas palavras que cabem muito bem no contexto de revolução que a vida consagrada é chamada a ser. Ele falou: “A ternura de Jesus ajuda-nos a aproximar-nos das feridas do Corpo de Cristo que, hoje, são visíveis nos irmãos despojados, humilhados e escravizados. Precisamos de uma revolução da ternura, que nos torna mais sensíveis diante da obscuridade da vida e das tragédias da humanidade”.

Participe do VII Congresso Âncora e experimente uma revolução na sua vida vocacional!

Qual é a sua revolução?

A palavra revolução tem ganhado espaço entre os cristãos desde que o Papa Francisco nos propôs a “Revolução da Ternura”, da qual muito provavelmente você já ouviu falar.

No entanto, essa palavra também costuma ser muito utilizada pelos jovens que vivem dizendo, aqui e ali, principalmente a respeito de questões sociais: vamos fazer revolução!

Mas, afinal, o que é uma revolução, qual seu significado mais profundo, qual sua ligação com a Igreja? Entenda isso melhor a partir desta reflexão!

O conceito de revolução

Para o termo revolução é possível encontrar nos dicionários e na própria internet uma grande variedade de significados distintos. Portanto, para começarmos a desenrolar este conceito, vamos partir da origem da palavra.

Revolução deriva do latim “revolutio” “revolvere”, e significa “dar voltas” ou “completar voltas”.

Logo, o conceito de revolução começou a ser utilizado no século XVI pela física e astronomia. Porém, era compreendido com o sentido de retornar ao mesmo lugar de que se saiu anteriormente, como acontece com as órbitas dos planetas. Neste sentido, o movimento de translação do planeta Terra ao redor do sol era chamado de revolução. Sendo assim, revolução, era o termo técnico correspondente ao que hoje se denomina “translação”.

Contudo, o conceito de revolução começou a ser empregado como sinônimo de ruptura, de continuidade de transformações, a partir do fato histórico que ficou conhecido como Revolução Francesa. Este evento histórico que aconteceu entre 1789 e 1799, marca o fim da Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea. Ele promoveu importantes transformações políticas, sociais e econômicas na França.

Uma revolução perigosa

Agora que compreendemos que o conceito de revolução implica em realizar mudanças profundas ou radicais, passamos a outro assunto: a revolução das ideologias.

Por ideologia compreende-se um conjunto de ideias que propõe uma revolução, o que poderia ser bom. Poderia! No entanto, em uma visão crítica, ideologia é uma ilusão criada por uma classe para manter a aparente legitimidade de um esquema de dominação. É um conjunto de ideias falsas, ilusórias ou enganadoras que os ideologistas costumam usar para manipular a sociedade como um todo, ou um determinado grupo. Um exemplo disso foi a ideologia nazista disseminada na Alemanha por Adolf Hitler que provocou o Holocausto de milhares de pessoas e a Segunda Guerra Mundial.

Logo, o grande perigo das ideologias é justamente porque se utilizam de falsas “boas” justificativas para convencer a população a respeito de algo. E essas ideias se alastram fortemente pelo mundo porque são bancadas por pessoas “poderosas” e instituições milionárias, e apoiadas por países muito influentes.

Atualmente, países como Estados Unidos, muitos do continente europeu, da América Latina, da África e da Ásia são grandes propagadores da chamada “Cultura de Morte”. O que significa que defendem o aborto e a eutanásia com grandes interesses por traz disso. Por exemplo, a implantação mundial do aborto começou em 1952, quando o megabilionário John Rockefeller III fundou, em Nova York, o Conselho Populacional, com o objetivo de implementar políticas internacionais de controle populacional.

Neste sentido, o Papa Francisco contou, certa vez, que em uma conversa que teve com Bento XVI, na época Papa emérito, ele lhe teria dito: “Esta é a época do pecado contra Deus Criador”. E essas suas palavras foram motivadas, segundo Francisco, justamente por causa da disseminação de ideologias revolucionárias, perigosas, pelo mundo.

A revolução do Papa Francisco na Igreja

O Papa Francisco é o 266º a se sentar na cadeira de Pedro. E desde o início, muitos consideram que o seu pontificado tem causado uma importante revolução na Igreja, no melhor dos sentidos.

E a sua revolução iniciou já quando ele apareceu no balcão do Vaticano pela primeira vez como Papa. Pois a sua primeira atitude foi fazer uma prece por Bento XVI e pedir aos fiéis, que lotaram a praça de São Pedro, que rezassem por ele naquele momento.

Logo, uma das grandes diferenças promovidas pelo Papa Francisco talvez seja o fato de ele promover uma teologia muito mais pastoral e próxima das suas ovelhas, adotando gestos e um linguajar de aproximação. Quem não se recorda do abraço que ele deu em um doente de neurofibromatose, cujo registro fotográfico correu o mundo pela internet?! E quantos se comoveram quando ele afirmou que a Igreja precisa receber os homossexuais de portas abertas, porque Deus não ama o pecado, mas ama o pecador?!

Também, em uma das suas audiências, certa vez chamou a atenção dizendo que é necessária uma revolução da ternura na igreja para não confundirmos redenção com punição.

E, você, qual é a sua revolução?

Muitos de nós, diante de uma situação de injustiça, de maldade, entre outras, sente o desejo de agir, de provocar uma revolução. Contudo, esquecemos que a revolução que queremos e podemos fazer está na Igreja fundada por Jesus Cristo.

Jesus veio a este mundo para fazer uma revolução, transformar o mundo, para abrir o coração dos pecadores e despertar neles o desejo de conversão, o desejo pelo Reino de Deus. Jesus veio a este mundo para quebrar paradigmas. Ele enfrentou impostores e defendeu os mais fracos. Ele pregou o amor, a empatia, a solidariedade, a fraternidade, a misericórdia.

As atitudes de Jesus devem ser um estímulo para todo cristão. Seguindo o seu exemplo, é possível fazer uma revolução, a começar por si mesmo.

Leia também: Quanto vale a vida de um religioso?

Dia mundial do meio ambiente: Dicas do Papa Francisco para o cuidado com a Criação

O Dia Mundial do Meio Ambiente não pode ser apenas um tributo à natureza. Mas um momento de comprometer a humanidade, ou melhor, não apenas uma parcela de pessoas que se preocupam com o futuro do planeta, mas todos com a preservação da natureza.

Assim como fizeram os países que assinaram um acordo histórico de biodiversidade da ONU. O acordo tem por finalidade conservar 30% das áreas de terra e da água disponíveis no planeta até 2030, porque se não cuidarmos do planeta, não teremos casa no futuro!

E o Papa Francisco nos ajuda nesta educação da consciência a respeito desse assunto, através da Carta Encíclica Laudato Si. Segundo ele, a Igreja sempre esteve atenta às mudanças climáticas e à preservação da natureza.

Mas também ele contou com as orientações de diversos estudiosos sobre esse assunto. Contudo, não é apenas a ciência que resolve todos os problemas, é preciso sensibilidade, humanidade, e ele cita São Francisco como belo modelo para cuidar da natureza: 

“Acho que Francisco é o exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade.”  (LS 10)

Então, vamos nos sensibilizar, mas também acolher a proposta educadora do Santo Padre sobre um tema fundamental de quem depende a existência das futuras gerações.

O Dia Mundial do Meio Ambiente – quando e por quê?

Embora a primeira celebração mundial do Meio Ambiente tenha acontecido em 5 de junho de 1974, a data tem sua origem dois anos antes, em 1972, quando a ONU a designou como Dia Mundial do Meio Ambiente, na Conferência em Estocolmo – Suécia.

Justamente este ano (2023) é o 50º aniversário da comemoração. E tem como tema “Combate à poluição plástica” para alertar sobre a crescente produção e descarte indevido de embalagens plásticas que afetam o meio ambiente como um todo, eis o porquê!

E a Costa do Marfim e os Países Baixos são anfitriões da celebração neste ano. Em todo mundo acontecem eventos para conscientizar a população sobre a importância da preservação e uso sustentável do meio ambiente em equilíbrio com as necessidades humanas e combate à pobreza. Eis mais uma motivação para esta comemoração!

Segundo a ONU, mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas a cada ano em todo o mundo e menos de 10% é reciclado. Os microplásticos, pequenas partículas de plástico de até 5 mm de diâmetro, acabam em alimentos, água e ar. O plástico descartado ou queimado prejudica a saúde humana, a biodiversidade e polui todos os ecossistemas.

O Papa Francisco e o Dia Mundial do Meio Ambiente

“O urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar. O Criador não nos abandona, nunca recua no seu projecto de amor, nem Se arrepende de nos ter criado.” (LS 14)

O trato com o Meio Ambiente é um assunto recorrente e urgente! Para tanto, muitos Papas já falaram sobre esse assunto e não seria diferente com o Papa Francisco. Por isso, em 2015, ele lançou a encíclica Laudato Si que significa “Louvado sejas”, uma citação do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis.

Primeiramente, o documento trata do cuidado com o meio ambiente e com todas as pessoas, bem como de questões mais amplas da relação entre Deus, os seres humanos e a Terra. O subtítulo da encíclica, “Sobre o Cuidado da Casa Comum”, reforça esses temas citados. 

E as mudanças climáticas? Elas são um dos temas mais fortes associados à Laudato Si. Mesmo porque a encíclica fala em detalhes sobre a necessidade ética e moral que todos têm de enfrentá-las, porque a ameaça da crise climática se tornou mais grave desde a publicação da carta.

Por isso, de forma resumida, vamos apresentar alguns tópicos da Laudato Si, a partir dos seus seis capítulos, que nos ajudarão a refletir sobre ações concretas em benefício do Dia Mundial do Meio Ambiente.

1. Casa Comum

Já no título do documento, o Papa Francisco apresenta uma ideia forte, chama o planeta de Casa Comum. Ele diz: “recordava-nos que a nossa casa comum se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços” (LS, 1). 

No planeta, habitam os seres humanos e todo o conjunto da criação em profunda relação com o ser humano: “O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos” (LS, 2). 

Portanto, cuidar do planeta é cuidar da casa que abriga nossa existência. Essa é a ideia do Dia Mundial do Meio Ambiente, logo olhemos todo o ecossistema, com sua fauna e flora, como o lugar que precisa de nossa atenção e ação concreta.

2. “O Evangelho da Criação” 

O capítulo dois traz a história da criação do livro do Gênesis, quando Deus presenteia o homem com a terra e tudo o que nela contém, mas orienta sobre o cultivo responsável e a proteção à natureza.

Mas esse presente é mal interpretado e o homem passa a dominar a natureza, manipulá-la e se afasta da relação harmônica com ela. Essa relação precisa de uma nova orientação a fim de que a própria natureza não pareça inimiga do homem que a violou. 

3. “A Raiz Humana da Crise Ecológica” 

O capítulo três explora tendências sociais e ideologias que causaram problemas ambientais. Estes incluem o uso irrefletido da tecnologia, um impulso para manipular e controlar a natureza, uma visão dos seres humanos como separados do meio ambiente, teorias econômicas de foco estreito e relativismo moral.

Logo, é preciso refletir sobre os limites do progresso para que o Dia Mundial do Meio Ambiente produza mudanças de comportamentos, começando pelos responsáveis pelas nações.

4. “Uma Ecologia Integral” 

O quarto capítulo apresenta a principal solução da encíclica para os problemas sociais e ambientais em curso. A ecologia integral afirma que os humanos são parte de um mundo mais amplo e exige “soluções integrais que considerem as interações dos sistemas naturais entre si e com os sistemas sociais” (LS 139). 

Embora o estudo dos ecossistemas esteja bem presente na ciência da ecologia, a ecologia integral expande esse conceito para incluir as dimensões éticas e espirituais de como os seres humanos devem se relacionar uns com os outros e com o mundo natural – com base na cultura, família, comunidade, virtude, religião e respeito pelo bem comum.

5. “Algumas Linhas de Orientação e Ação” 

O quinto capítulo aplica o conceito de ecologia integral à vida política. Pede acordos internacionais para proteger o meio ambiente e ajudar os países de baixa renda; novas políticas nacionais e locais; tomadas de decisão inclusivas e transparentes; e uma economia orientada para o bem de todos.

Há neste capítulo uma grande responsabilidade dos governantes no investimento educacional sobre o meio ambiente. Não basta falar sobre o assunto entre paredes, é preciso que chegue nas escolas, nos lares, no lazer e alcance todas as faixas etárias.

6. “Educação e Espiritualidade Ecológicas” 

Por fim, esse tema conclui a encíclica com aplicações à vida pessoal; recomenda um estilo de vida focado menos no consumismo e mais em valores atemporais e duradouros; propõe educação ambiental, alegria no ambiente de cada um, amor cívico, recepção dos sacramentos.

E principalmente uma “conversão ecológica” na qual o encontro com Jesus leva a uma comunhão mais profunda com Deus, com as outras pessoas e com o mundo natural.

A Laudato Si é um código de ética ambiental

De fato, o Dia Mundial do Meio Ambiente deseja fomentar o trabalho generoso em benefício do planeta e uma comunhão de atitudes pessoais e comunitárias entre os seres humanos em vista do futuro de todos.

E sem dúvida, a Laudato Si nos ajuda a compreender isso. Após várias reflexões, o Papa Francisco termina com a oração pela nossa terra! No entanto, uma oração comprometida com a mudança de atitudes, com a valorização do planeta e com o bem-estar uns dos outros.

Revolução da ternura: o chamado da vida consagrada

Ultimamente, ternura é uma das palavras mais utilizadas pelo Papa Francisco ao falar de Deus, principalmente nas suas catequeses.

Logo, a palavra ternura é um substantivo que indica uma atitude ou atributo de quem é terno. Significa meiguice, afeto, carinho; e é sinônimo de delicadeza, doçura, brandura, suavidade.

Mas por que o Papa escolheu essa palavra para falar do amor de Deus? Porque “ternura”, explica Francisco, traduz muito bem “o afeto que o Senhor sente por nós”. Segundo ele, “o amor de Deus não é um princípio geral abstrato, mas pessoal e concreto, que o Espírito Santo comunica no íntimo de cada um de nós”.

E sendo assim, de acordo com o Sumo Pontífice, a ternura de Deus nos alcança e tem a capacidade de transformar nossos sentimentos e pensamentos.

“Não fecheis os vossos corações” (Salmo 95)

Devido à rotina de trabalho e até mesmo diante das situações difíceis que precisam lidar no atendimento ao povo de Deus, os consagrados, sacerdotes e religiosos acabam endurecendo o seu coração. E é aí que se corre o risco de se esquecer da ternura de Deus.

Mas não apenas isso, o cansaço, as mudanças, a doença (tanto física quanto emocional) também podem aos poucos ir nos afastando da ternura de Deus.

Mas muitos também acabam se fechando porque presumem saber tudo de Deus e acabam se esquecendo de se abrir para o Seu amor. E Deus não gosta, segundo o Papa, daquela religiosidade que explica tudo, mas que tem o coração frio.

Logo, a história de Jó, no Antigo Testamento, é um convite a abrir o coração! Ele, que perde tudo na vida, as riquezas, a família, o filho e a saúde, não se permite afastar do Coração de Deus. Contudo, Jó não aceita uma “caricatura” de Deus, mas eleva o seu grito diante das suas fragilidades até que Deus lhe responda e revele o Seu rosto. E Deus responde aos seus apelos revelando-lhe o amor que se escondia por detrás do seu silêncio.

Já no Novo Testamento, uma das parábolas de Jesus que ilustra perfeitamente bem a ternura de Deus é a do Filho Pródigo. Quando retorna, o filho espera por uma punição, por isso diz ao pai que se contentava em ser tratado como um dos criados. No entanto, ele foi surpreendido pelo abraço do pai. E sobre isso o Papa Francisco explicou: “A ternura é algo maior do que a lógica do mundo”.

Aceitar a ternura para ser capaz de ternura!

O Papa Francisco ensina que “a teologia não pode ser abstrata, se fosse abstrata seria ideologia, pois nasce de um conhecimento existencial, nasce do encontro com o Verbo que se fez carne!

A teologia é chamada a comunicar a concretude do Deus amor. E a ternura é um existencial concreto bom para traduzir em nossos tempos o afeto que o Senhor sente por nós”.

Logo, a teologia da ternura, segundo o Papa, gira em torno de duas coisas: “a beleza de sentir-se amado por Deus e a beleza de sentir que amamos em nome de Deus”. E sobre isso o pontífice ressalta que “quando uma pessoa se sente realmente amada, é levada também a amar”.

Neste sentido, o Papa ainda destaca: “Se Deus é ternura infinita, o ser humano, criado à sua imagem, é também capaz de ternura”. Ele também afirma que “a ternura é o primeiro passo para superar o fechamento em si mesmo e sair do egocentrismo que deturpa a liberdade humana. A ternura de Deus nos leva a entender que o amor é o sentido da vida”.

E de acordo com o Papa, a ternura é capaz de dar à Igreja uma teologia “saborosa” e que “somos chamados a derramar no mundo o amor recebido do Senhor”.  

Além disso, a ternura nos ajuda a viver uma fé consciente, cheia de amor e esperança. Também a dobrar os joelhos, tocados e feridos pelo amor divino.

Leia também: Você está atento aos sinais e dores de um consagrado?

VII Congresso Âncora: Revolução da Ternura

“Estou permitindo que o Senhor me ame com a sua ternura, transformando-me em um homem/mulher capaz de amar desta forma?”, perguntou o Papa em uma de suas audiências. E foi a partir desse questionamento que o Centro Âncora lançou o seu VII Congresso com o tema “Revolução da Ternura”.

Este congresso, que acontece nos dias 15 e 16 de setembro, é destinado a Bispos, Provinciais, Psicólogos, Formadores, Sacerdotes, Religiosos(as), Seminaristas e Leigos Consagrados.

Mas por que é necessária uma Revolução da Ternura? Porque a vida consagrada exige esse amor terno ao outro, e sabemos que o ato de amar vem da experiência filial com Deus. Se a revolução começa dentro de nós – padres, religiosos(as), leigos consagrados, seminaristas – saberemos ensinar a todos a diferença do Deus justo que redime o homem daquele que o castiga.

O Centro Âncora se dedica a cuidar com ternura da vida consagrada a partir das dimensões física, espiritual e psíquica. Portanto, neste Congresso, aprofunde-se no tema da ternura e como ela pode revolucionar a sua saúde e a vivência da sua vocação.

Faça aqui sua inscrição para o VII Congresso Âncora: Revolução da Ternura

Papa aos peregrinos de língua portuguesa: rezai o terço pela paz!

O pontífice na Audiência Geral desta quarta (03/05/2023), pediu aos peregrinos de língua portuguesa, de modo particular, que rezassem o terço pedindo a paz.

O tema desta primeira quarta-feira do mês foi a última Viagem Apostólica do Santo Padre à Hungria. “Os húngaros são muito devotos da Santa Mãe de Deus”, recordou o Pontífice, ainda destacou a devoção dos húngaros pela Santa Mãe de Deus, a quem eles frequentemente se referem como Rainha.

O Papa Francisco dirigiu um apelo particular aos peregrinos de língua portuguesa:

“No início deste mês de maio, recordo o pedido de Nossa Senhora de Fátima aos três pastorinhos: «Rezem o terço todos os dias pela paz no mundo e pelo fim da guerra». Também eu vo-lo peço: rezai o terço pela paz. Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, nos ajude a construir caminhos de encontro e veredas de diálogo, e nos dê a coragem de os percorrer sem demora. Deus vos abençoe!”

O Papa recordou mais de uma vez o início do mês mariano, como também aos peregrinos de língua italiana, convidando-os a renovar sua devoção a Nossa Senhora, Rainha da Paz.

Com informações: Vatican News: 03/05/2023.: Leia a matéria completa clicando aqui

“A vocação de todo ser humano na terra é de fazer a vida prosperar” – diz Papa Francisco no Bahrein

Nesta quinta-feira, 03 de novembro, o Papa Francisco se encontrou com as autoridades, representantes da sociedade civil e o corpo diplomático no Palácio Real Skhir, em Awali, no Bahrein, em sua 39ª Viagem Apostólica Internacional, por ocasião do “Fórum do Bahrein para o Diálogo: Oriente e Ocidente para a Coexistência Humana”.

O Papa foi acolhido por sua Majestade, o rei do Bahrein, pelo Príncipe Herdeiro e o Primeiro Ministro, e três outros filhos do Rei e um neto. Algumas crianças em trajes tradicionais espalharam pétalas de rosa, enquanto o Papa e a família real passaram pela Guarda de Honra, cumprimentando suas respectivas delegações, até chegar o Salão Real, onde foi realizado um breve encontro privado.

No final, a família Real e o Papa saudaram brevemente o Grão Imame de al-Azhar.

O logotipo e lema

O logotipo da viagem é formado pelas bandeiras do Reino do Bahrein e da Santa Sé, representadas de forma estilizada como duas mãos abertas para Deus, simbolizando o compromisso dos povos e nações de se encontrarem num espírito de abertura, sem preconceitos, como irmãos e irmãs.

Além disso, esta é a 39ª Viagem de Francisco em seus 10 anos de pontificado. O lema desta visita é “Paz na terra aos homens de boa vontade” e é inspirado nas palavras cantadas pelos anjos na história do nascimento do Senhor no Evangelho de Lucas.

Com informações do site Vatican News

Papa Francisco se encontrará com jovens de 120 países neste sábado, 24.

Encontro será em Assis onde será projetada uma nova economia fundada na fraternidade

A cidade italiana da Úmbria, famosa em todo o mundo pelos seus filhos Francisco e Clara, acolhe desde quarta-feira pouco mais de mil jovens economistas, provenientes de 120 países que nos últimos dias participaram do evento global Economia de Francisco. Este evento, desejado pelo Papa, é realizado para refundar a economia com um capital de valor inestimável: o da fraternidade.

O Economia de Francisco é um movimento internacional de jovens economistas, engajados em um processo de diálogo incluso, e nasceu após a carta do Pontífice, dirigida em 2019 aos jovens economistas, empreendedores e empresários de todo o mundo. Por conta da pandemia, os dois primeiros encontros aconteceram de forma remota.

Acolhendo os jovens nesta terceira edição, o primeiro de forma presencial, a Irmã Francesca Violato, das Irmãs Franciscanas Elizabetanas de Pádua deu as boas-vindas: “Há um mundo que se derrama em Assis. Um mundo de jovens, apaixonados pela economia. E foi bom”, explica a Irmã.

Jovens encontram o Papa

Nesta sexta-feira (23), os jovens estão percorrendo as pegadas de São Francisco, visitando os lugares onde viveu o santo de Assis.

O Brasil conta com uma representação de 100 jovens, onde apresentam propostas e projetos, na tentativa de responder ao chamado de Francisco para construir outros modelos econômicos que não aposte na exploração da Mãe e Irmã Terra.

Com informações do site Vatican News