5 orações contra a tristeza e a solidão

Na vida cristã, por muitas vezes nos deparamos com momentos de tristeza e solidão. Algo natural quando olhamos para Aquele a quem somos chamados a abraçar e a nos configurar. Em uma de suas anotações de seu diário espiritual, Santa Faustina chama Jesus de “amigo de um coração solitário”, aquele que é seu porto e paz e que lhe dá serenidade nos momentos de luta e de dúvidas que surgem em seu coração. 

Ainda assim, quando a tristeza e a solidão batem à nossa porta, muitas vezes o que a gente precisa é de alguém que possa nos confortar, consolar em nossas dores e nos acolher neste momento de fragilidade. Portanto, nesses momentos não há amigo mais fiel e presente, pronto para nos acolher do que Jesus. Ele está sempre esperando por nós, se deixando encontrar nas situações mais simples do nosso cotidiano.

Todavia, é importante destacar que diante da tristeza e solidão, não devemos reprimir as nossas emoções e sentimentos. Devemos ser os primeiros a acolher a nossa tristeza e solidão. Contudo, ela pode ser bem vivida e direcionada como oferta para reparação dos pecados, para que a graça de Deus alcance os corações mais necessitados.

Para te auxiliar a renovar a sua esperança e te fortalecer em seus momentos de tristeza e solidão, nós separamos 5 orações para esses momentos. Portanto, reze com fé, busque meditar sobre cada palavra e se abra para escutar aquilo que Deus deseja te revelar no dia de hoje. Ele está contigo em todo momento e deseja te consolar.

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Oração de Santa Teresa contra a tristeza e solidão

Nada te perturbe, nada te espante, tudo passa, Deus não muda. A paciência tudo alcança;
Quem a Deus tem, nada lhe falta: Só Deus basta.

Eleva o pensamento, ao céu sobe, por nada te angusties, nada te perturbe.
A Jesus Cristo segue, com grande entrega. E, venha o que vier, nada te espante.
Vês a glória do mundo? É glória vã; nada tem de estável, tudo passa.

Deseje às coisas celestes, que sempre duram; fiel e rico em promessas, Deus não muda. Ama-o como merece, bondade imensa; confiança e fé viva, mantenha a alma.
Que quem crê espera, tudo alcança. A maldade, a injustiça, o abandono, não ameaçará,
Quem a Deus tem, mesmo que passe por momentos difíceis; Sendo Deus o seu tesouro, nada lhe falta.

Ainda que tudo perca, só Deus basta.

Combata o desânimo com a Couraça De São Patrício 

Levanto-me hoje, pela poderosa força da invocação da Trindade, por crer em Vossas Três Pessoas, para professar a unidade do Criador e da criação. Levanto-me hoje, pela força do nascimento de Cristo e de seu Batismo, pela força de sua crucifixão e de seu sepulcro, pela força de sua ressurreição e ascensão, pela força de sua descida para julgar o mal. 

Levanto-me hoje, pela força do amor dos querubins, em obediência aos anjos a serviço dos arcanjos, na esperança de que a ressurreição encontre recompensa nas orações dos patriarcas, na palavra dos profetas, nas pregações dos apóstolos, na inocência das santas virgens, nas obras de homens de bem. 

Levanto-me hoje, pelo poder do céu: luz do sol, esplendor do fogo, rapidez do raio, velocidade do vento, profundidade dos mares, estabilidade da terra, firmeza da rocha. 

Levanto-me hoje, pela força de Deus que me conduz: poder de Deus que me sustenta,  Sabedoria de Deus que me guia, Olhar de Deus que me guarda, Ouvido de Deus que me escuta, Palavra de Deus que fala por mim, Mão de Deus que me protege, Caminho de Deus estendido diante de mim, Escudo de Deus que me defende, Legiões de Deus para salvar-me das armadilhas do demônio, das tentações dos vícios, de qualquer um que me deseja o mal, distante ou próximo, a sós ou em multidão. 

Eu invoco, neste dia, todos estes poderes entre mim e o malvado, contra impiedosos poderes que se opõe a meu corpo e alma, contra maldições e falsos profetas, contra as leis dos pagãos, contra as falsas leis dos hereges, contra obras e fetiches de idolatria, contra encantamentos de bruxas e feiticeiros, contra qualquer conhecimento corruptor do corpo e da alma. 

Cristo, protege-me hoje contra poções e venenos, contra queimaduras, contra sufocação, contra feridas, de tal forma que possa receber recompensa em abundância.

Cristo comigo

Cristo comigo, Cristo diante de mim, Cristo atrás de mim, Cristo em mim, Cristo à minha direita, Cristo à minha esquerda, Cristo ao descansar, Cristo ao levantar, Cristo no coração de cada um que pensa em mim, Cristo na boca de cada um que fala de mim, Cristo em todo olho que me observa, Cristo em todo ouvido que me escuta.  

Levanto-me hoje, pela poderosa força da invocação da Trindade, por crer em Vossas Três Pessoas, para professar a unidade do Criador e da Criação.  

Vença a solidão unindo-se ao Coração Esmagado de Jesus 

Coração de Jesus, esmagado por causa dos nossos pecados. Coração entristecido e martirizado por tantos crimes e faltas. Coração, vítima de todas as iniqüidades, eu Vos amo com toda a minha alma e acima de todas as coisas.

Eu Vos amo por aqueles que Vos desprezam e Vos abandonam. Eu Vos amo por aqueles que Vos ultrajam e Vos impedem de reinar. Eu Vos amo por aqueles que Vos deixam sozinho na Sagrada Eucaristia. Eu Vos amo pelas almas ingratas que ousam profanar o vosso Sacramento de Amor com seus insultos e sacrilégios. 

Coração de Jesus, perdoai os pecadores: eles não sabem o que fazem! Coração de Jesus, ajudai os que propagam o vosso Nome Santo! Coração de Jesus, ajudai a todos os que sofrem e lutam! Coração de Jesus, fazei que a sociedade se inspire em tudo no vosso Evangelho, única salvaguarda da justiça e da paz! 

Coração de Jesus, que as famílias e as nações proclamem os vossos direitos! Coração de Jesus, reinai na minha Pátria! Coração de Jesus, venha a nós o vosso Reino, pelo Coração Imaculado de Maria! Amém


Reze o Salmo 143 (142) quando a tristeza e a solidão te visitarem

Salmo de Davi. Senhor, ouvi a minha oração; pela vossa fidelidade, escutai a minha súplica, atendei-me em nome de vossa justiça.

Não entreis em juízo com o vosso servo, porque ninguém que viva é justo diante de vós.
O inimigo trama contra a minha vida, ele me prostrou por terra; relegou-me para as trevas com os mortos.

Desfalece-me o espírito dentro de mim, gela-me no peito o coração. Lembro-me dos dias de outrora, penso em tudo aquilo que fizestes, reflito nas obras de vossas mãos. Estendo para vós os braços: minha alma, como terra árida, tem sede de vós.

Apressai-vos em me atender, Senhor, pois estou a ponto de desfalecer.

Não me ocultes a vossa face, para que não me torne como os que descem à sepultura.
Fazei-me sentir, logo, vossa bondade, porque ponho em vós a minha confiança. Mostrai-me o caminho que devo seguir, porque é para vós que se eleva a minha alma.

Livrai-me, Senhor, de meus inimigos, porque é em vós que ponho a minha esperança.
Ensinai-me a fazer vossa vontade, pois sois o meu Deus. Que vosso Espírito de bondade me conduza pelo caminho reto.

Por amor de vosso nome, Senhor, conservai-me a vida; em nome de vossa clemência, livrai minha alma de suas angústias.Pela vossa bondade, destruí meus inimigos e exterminai todos os que me oprimem, pois sou vosso servo.

Renove a sua confiança com o Magnificat de Maria

A minha alma glorifica ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva:  de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.

O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.

Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu Israel seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência
para sempre. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém

Permanecer em pé diante da Cruz junto a Maria



Maria foi aquela que permaneceu de pé diante da Cruz. Em meio às muitas dores que viveu, soube acolher o sofrimento com serenidade, confiante, assim como Santo Agostinho dizia que “Deus não permitiria o mal se não pudesse tirar desse mal um bem infinitamente maior”. Nesse sentido, grandes coisas temos a aprender com Ela sobre como acolher a  tristeza e a solidão.

Pensando nisso, a Copiosa Redenção preparou um e-book exclusivo com 11 orações infalíveis à Nossa Senhora para os seus momentos de dor e aflição. Que grande companhia você terá quando esses momentos surgirem. Certamente, o seu olhar para essas realidades será transformado.

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E se você deseja ir além e contar com um material que te ofereça orações para todas as ocasiões, além dos momentos de tristeza e solidão, certamente, a Coleção de Orações da Copiosa Redenção é o que você está procurando. Confira agora mesmo AQUI.

Irmãos celebram missa em ação de graças pela fundação da Comunidade Terapêutica Pe Wilton Lopes

Uma Celebração Eucarística bem no início da manhã desta quinta-feira (30), foi a forma escolhida para celebrar o aniversário de fundação da Comunidade Terapêutica (CT) Pe Wilton Lopes. A Missa foi presidida pelo superior do ramo masculino da Copiosa Redenção, Padre Luis Cesar de Oliveira, contou com a participação dos irmãos e dos 19 residentes da CT. Este espaço foi a primeira casa aberta para o trabalho de recuperação de dependentes químicos atendidos pela Copiosa Redenção.

O nome da Comunidade é o mesmo do fundador da Copiosa Redenção, Padre Wilton Lopes, visto que foi ele quem iniciou, em 1989, o trabalho com os primeiros acolhidos na chácara de Uvaia. Naquela época, não existiam Comunidades Terapêuticas e as pessoas que precisavam de tratamento eram internadas em hospitais psiquiátricos.

Com o apoio do bispo diocesano de Ponta Grossa (PR) da época, Dom Geraldo Pelanda, foi adquirido o espaço da Comunidade Terapêutica e a Copiosa Redenção foi pioneira no trabalho de recuperação na região de Ponta Grossa e Curitiba. “É importante destacar que nascemos já em formato de Comunidade Terapêutica, nunca fomos uma casa de acolhida ou albergue, que eram os serviços que existiam na época”, destaca Padre Luis. A fundação do primeiro prédio foi em 1993.

Pioneirismo e visão de futuro

Além do Paraná, a Copiosa Redenção também fundou a primeira Comunidade Terapêutica feminina em Porto Alegre (RS). “Padre Wilton tinha uma visão ampla da dimensão social, nós procuramos também ter essa visão ampla e responder a essas mudanças rápidas da sociedade atual. O cenário hoje da recuperação é bem exigente, mas o formato de Comunidade Terapêutica continua sendo o melhor instrumento de recuperação”, garante Pe Luis.

Padre Luis acredita que para um futuro próximo, a CT continuará sendo esse marco na recuperação de dependentes químicos. De acordo com ele, o grande diferencial do trabalho terapêutico da Copiosa Redenção é a busca por resgatar a dignidade humana de cada acolhido. “Nós, da Copiosa Redenção, procuramos dar uma resposta pessoal a cada indíviduo, porque cada pessoa traz uma particularidade e cada pessoa precisa de uma resposta a altura do seu problema. Acredito que essa personalização da recuperação será mais exigente e necessária nos próximos tempos”, avalia.

Recuperação na Comunidade Terapêutica

Atualmente a CT Pe Wilton é a única casa da Congregação que acolhe homens dependentes de álcool e drogas. O espaço físico possui vagas para 25 residentes. Durante o tratamento os residentes possuem atendimento psiquiátrico e psicológico, participam de grupos terapêuticos, espiritualidade semanal, entre outras atividades.

A triagem para novos residentes acontece de segunda a sexta-feira, das 08h00 às 14h00. Para mais informações, entre em contato AQUI.

Adoração: uma prática para vencer a solidão

Quando a solidão bate à sua porta, qual recurso você utiliza para buscar conforto e acolher a si mesmo? Há quem procure praticar atividades físicas, há quem goste de realizar um ato de serviço para outra pessoa. Todos estes são recursos válidos e muito benéficos, mas existe um que pode ser mais poderoso e eficaz do que todos estes: a Adoração!

Dedicar parte do seu tempo para estar na presença de Jesus Eucarístico, prestando-lhe adoração é um instrumento eficaz não apenas para que você possa vencer a solidão, como também para qualquer outra realidade de vida que você se encontre.

“A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que ela experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: ‘Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo’ (Mt 28,20)”. É assim, com essas palavras, que São João Paulo II inicia a sua carta apostólica, ECCLESIA DE EUCHARISTIA.

Por isso, se você deseja saber mais sobre como desfrutar da doce companhia de Jesus, presente no Santíssimo Sacramento, acompanhe este conteúdo e entenda porque a Adoração é um poderoso antídoto contra a solidão. 

Adoração: um encontro com Jesus que te espera

Para quem experimenta da solidão o desejo mais profundo que brota no interior dessa pessoa, é a sede pelo encontro. Ao identificar o vazio interior, fruto dessa solidão, é natural que a pessoa anseie por viver um encontro profundo, capaz de gerar uma conexão genuína capaz de preencher esse vazio.

E qual melhor companhia para saciar esse vazio, senão a presença de Jesus? Assim como nós, Jesus experimentou em sua carne também essa solidão, assim como outras dores tão comuns a nós. Contudo, Ele se entregou inteiramente por cada um de nós e cumpre diariamente a Sua promessa: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20).

É justamente na Sagrada Eucaristia que podemos contemplar a Sua presença viva e real. Portanto, dedicar parte do nosso tempo para adorá-Lo e glorificá-Lo é a maneira mais eficaz de saciar a sede interior que há em cada um de nós. O momento de adoração ao Santíssimo Sacramento é, portanto, ocasião de encontro com Jesus que está ali diariamente esperando por nós. 

Diante Dele, tudo se faz novo. Não há alguém que, por mais aflito que se encontre, que tenha dedicado parte do seu tempo em adoração a Jesus e não tenha saído transformado deste encontro. A Sua Presença é capaz de tudo reordenar e reconstruir. 

É bem verdade que talvez você não saia de uma adoração com todas as respostas e direcionamentos que deseja, mas a certeza de que não está e nunca jamais estará  só é, sem dúvidas, reconfortante. Ao sair de uma adoração, você não apenas terá saciado a solidão do seu coração, como certamente provará de um profundo Amor, o qual irá recarregá-lo. Fortalecendo a sua confiança de que com Ele, tudo é possível. 

“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou no coração humano aquilo que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (1Cor 2,9)


             

Carisma de Adoração Copiosa Redenção 

Foi assim também, em um momento de adoração ao Senhor, que surgiu a Copiosa Redenção. Padre Wilton, nosso fundador, havia acabado de ministrar uma oração de cura e libertação para um grupo de jovens em Vitória/ES, quando viu uma garota se aproximar de Jesus no Santíssimo Sacramento. 

Naquele momento, a jovem depositou diante do altar um pacote de drogas. O momento foi marcante não apenas para ela, como também para o padre Wilton que, naquele momento, escutou em seu coração a voz do Senhor que lhe dizia: “O trabalho que eu quero de você é este: a recuperação de jovens dependentes. Eu os amo e é preciso que alguém anuncie e leve a Minha Redenção à vida deles”. 

Em nosso Carisma, provamos diariamente a graça e a força do encontro com Jesus, presente no Santíssimo Sacramento. Adorar e trabalhar. Orar e agir, esses são os grandes norteadores da nossa missão para levar a Redenção do Senhor aos corações que mais necessitam.

Como bem viver um momento de Adoração

Talvez você não esteja habituado ainda a dedicar parte do seu tempo a adorar Jesus, presente no Santíssimo Sacramento. E, por isso, tenha dúvidas sobre como bem viver este momento, qual deve ser a postura recomendada. Por isso, separamos algumas dicas que irão te auxiliar a aproveitar dos inúmeros benefícios deste encontro íntimo e profundo. 

  • Jesus é seu amigo

Entenda que ao se colocar diante da presença do Senhor, você estará diante do seu melhor amigo. Ele te conhece como ninguém, sabe de todos os anseios, dúvidas e questionamentos do seu coração. Porém, o grande desejo de Seu coração é que você descubra o quanto Ele te ama e tem sonhos incríveis para você. Para que você possa conhecer os planos Dele para ti, é necessário amadurecer a relação entre vocês.

Por isso, ao colocar-se diante da presença Dele, apresente-lhe o seu coração, seus segredos mais íntimos e o vazio que sente por conta dessa solidão. Ainda que Ele já tenha conhecimento sobre tudo isso, Ele deseja te escutar. 

  • Não tenha medo do silêncio 

Com tantos barulhos e excessos de informações ao nosso redor, existem pessoas que se sentem desconfortáveis quando estão diante de outra pessoa em silêncio. Saiba que provar do silêncio na doce companhia de Jesus é experimentar uma profunda intimidade. 

Desfrute deste momento, permita-se sentir o desconforto diante desse silêncio. Logo você poderá observar a paz que é gerada dentro de ti. É somente nesse silêncio que você será capaz de reconhecer a voz do Senhor que deseja falar ao seu coração. 

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Não se preocupe com o tempo 

Há quem diga que não consegue viver momentos de adoração pela falta de tempo, devido a outros compromissos e realidades do dia a dia. Lembre-se que Ele deve ser a grande prioridade de nossas vidas. Se a sua rotina é muito agitada, procure estabelecer um dia fixo na semana para viver este encontro. Tradicionalmente, a Igreja reserva as quintas-feiras como dia votivo para adoração ao Senhor.

Neste dia, é muito comum encontrar paróquias que tenham a presença do Santíssimo Sacramento exposto para adoração. Comece reservando 15 minutos do seu dia para viver este encontro e apresente-se de todo seu coração. Desligue o celular, desconecte-se das distrações e viva inteiramente este momento.

À medida que for amadurecendo esta experiência, naturalmente você passará a dedicar mais tempo da sua rotina, fazendo desta a grande prioridade do seu dia a dia.

Reze orações próprias para momentos de Adoração

Embora o momento de adoração seja muito significativo para um encontro pessoal com Jesus Eucarístico, é muito importante aproveitarmos esta ocasião também para a intercessão. Interceder pelos nossos familiares, por aqueles que não creem em Deus, pelo fim das guerras. 

E, para isso, contar com o auxílio de orações próprias da Igreja para estes momentos pode ser muito benéfico. Pensando nesse contexto, Ir. Zélia preparou um roteiro para 31 dias de adoração a Jesus, presente no Santíssimo Sacramento que poderá te auxiliar em seu momento de oração. Para conferir, basta acessar AQUI.


Se você deseja ainda se tornar um jovem adorador, poderá contar com o auxílio de um material exclusivo que preparamos para você. O Manual do Jovem Adorador, nele você encontrará orientações sobre como adorar Jesus Eucarístico, um roteiro direcionado para uma hora de adoração com os Salmos e ainda a oração ao Santíssimo Sacramento deixada por Santo Afonso de Ligório. Clique AQUI e baixe agora mesmo este rico material preparado para você.

Álcool, sexo, drogas… Quatro santos que superaram seus vícios

A vida destes quatro santos testemunham o fato de que, apesar dos fracassos, pecados e vícios, as pessoas sempre podem mudar radicalmente e se santificar

O vício é uma doença que geralmente se origina de uma dor profunda que é muito difícil de superar. Aqueles que lutam contra o vício nunca devem ser definidos por essa batalha. Há muito mais em cada pessoa do que suas próprias lutas: “Não definimos pessoas com um braço quebrado pelo braço. Da mesma forma, não devemos deixar que os transtornos mentais definam as pessoas que sofrem com eles ou suas famílias”, disse recentemente o bispo John Dolan, de Phoenix, nos Estados Unidos.

Saber que muitos santos tiveram de lidar com vícios e que os superaram graças à sua fé pode nos dar muita esperança. Suas vidas testemunham que os vícios, pecados e fracassos podem ser superados a qualquer momento, e que todos, independentemente de sua origem, são chamados à santidade. Aqui estão quatro santos que superaram seus vícios e fizeram uma notável jornada de conversão. Suas lutas contínuas contra os vícios – em drogas, álcool ou mulheres – e suas conversões podem ser uma fonte de inspiração e um sinal de esperança para aqueles que passam pelas mesmas dificuldades.

SANTA MÔNICA (331-387)

Em suas Confissões, Santo Agostinho conta que sua mãe Mônica, aos 15 anos de idade, muito antes de lhe dar à luz, tinha desenvolvido o hábito de beber vinho. Como ela estava sempre bêbada, um dia sua empregada a chamou de “uma garrafinha suja de puro vinho”. Humilhada, Santa Mônica tomou consciência de seu comportamento vergonhoso. Orando ao Senhor e fortalecendo sua vontade, ela encontrou forças para corrigir seu vício em álcool de uma vez por todas.

SÃO VLADIMIR (958-1015)

A vida de São Vladimir antes de sua conversão é uma das histórias de santos mais surpreendentes. Ele subiu ao trono, tornando-se príncipe de Kiev, depois de assassinar seu irmão. Ele vivenciou a depravação moral, a luxúria e muitos outros vícios. No entanto, após sua conversão à fé cristã, renunciou a suas 800 concubinas e mudou completamente sua vida. Ele permaneceu fielmente casado com apenas uma mulher e substituiu os templos pagãos de seu reino por igrejas.

SÃO BRUNO SERONUMA (1856-1886)

Nascido em Uganda, Bruno Seronuma era filho do governante do reino de Buganda. Antes de se tornar católico, Seronuma era violento e viciado em álcool. Com sua conversão, ele procurou controlar seu temperamento explosivo e suas paixões. Ele procurou renunciar ao seu vício, passando muito tempo em oração e penitência. No final de sua vida, morreu como mártir de sua fé.

BEATO BARTOLO LONGO (1841-1926)

Embora tenha crescido em uma família católica, o italiano Bartolo Longo rejeitou a religião aos 10 anos de idade, quando sua mãe morreu. No decorrer de sua vida, ele se interessou pelas ciências ocultas e acabou se tornando um sacerdote satanista aos 20 anos de idade. Ele experimentou drogas e se tornou viciado. As orações fervorosas de sua família finalmente provocaram sua conversão radical e, desde então, ele dedicou sua vida a ajudar os pobres e a ensinar o poder da oração e do Rosário.

A vida desses santos e beatos pode ser uma verdadeira fonte de inspiração para aqueles que se sentem desanimados e desamparados diante de seus vícios. Eles são um lembrete de que nenhuma vida está quebrada para sempre e que, com nossa vontade, Deus pode transformar tudo!

Fonte: Aleteia

Papa Francisco publica exortação apostólica dedicada a Santa Teresinha do Menino Jesus

Só a confiança e nada mais do que a confiança tem de conduzir-nos ao Amor”. A essas palavras, escritas em setembro de 1896 por Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face, se inspira o título da Exortação Apostólica que o Papa Francisco dedica à santa de Lisieux: “C’est la confiance” (Só a confiança). Palavras que, segundo ele, “sintetizam a genialidade da sua espiritualidade e seriam suficientes para justificar o facto de ter sido declarada Doutora da Igreja” (2).

Uma mensagem que faz parte do tesouro espiritual da Igreja

Francisco explica a escolha de publicar a Exortação neste domingo, 15 de outubro, e não em uma data ligada à vida da Santa conhecida e amada em todo o mundo, mesmo pelos não crentes. O motivo é o desejo de que “a mensagem se situe além das ocorrências e seja assumida como parte do tesouro espiritual da Igreja” (4). A data da publicação cai, porém, na memória de Santa Teresa de Ávila para indicar Santa Teresinha como “fruto maduro” da espiritualidade da grande santa espanhola.

Os reconhecimentos dos Pontífices

O Papa Francisco reconstitui as etapas do reconhecimento do extraordinário valor do testemunho espiritual de Teresinha através das ações dos Pontífices: começando com o Papa Leão XIII, que permitiu que ela entrasse no convento aos 15 anos; passando por Pio XI, que a proclamou santa em 1925 e, em 1927, padroeira das missões; até São João Paulo II, que a declarou Doutora da Igreja em 1997. “Por fim”, lembra Francisco, “tive eu a alegria de canonizar os seus pais Luís e Célia durante o Sínodo da família e, recentemente, dediquei-lhe uma Catequese” (6).

O amor por Jesus de uma alma missionária

Em sua cela, a Santa de Lisieux havia escrito: “Jesus é o meu único amor” (8) e, analisando sua experiência espiritual, o Papa observa que o encontro com Jesus “a chamava para a missão”, tanto que não concebia “a sua consagração a Deus sem a busca do bem dos irmãos”.

Ela havia entrado no Carmelo, de fato, “para salvar as almas” (9). Teresinha expressou assim a sua alma missionária: “Estou certa de que quanto mais o fogo do amor abrasar o meu coração, tanto mais (…) as almas que se aproximarem de mim (pobre pedacito de ferro inútil, se me afastasse do braseiro divino), correrão, ligeiras, ao odor dos perfumes do seu Bem-amado, pois uma alma abrasada de amor não pode ficar inativa” (12).

A atualidade do “caminhito”

Aproximando-se da conclusão, o Papa recorda os principais aspectos do seu “caminhito” e sua atualidade. Em uma época marcada pelo fechamento nos próprios interesses, pelo individualismo e pela obsessão do poder, ela nos mostra a beleza de fazer da vida um dom, indica o valor da simplicidade e da pequenez e o primado absoluto do amor “superando uma lógica legalista e moralista que enche a vida cristã de obrigações e preceitos e congela a alegria do Evangelho” (52). A Exortação se encerra com uma breve oração na qual, entre outras coisas, o Papa invoca:

“Amada Santa Teresinha, 

Ajudai-nos a ter sempre confiança,

Como fizestes vós,

No grande amor que Deus tem por nós,

Para podermos imitar cada dia

O vosso caminhito de santidade”.

Com informações: Vatican News

Solidão x tristeza: quando pode virar doença

A solidão e a tristeza são duas realidades inerentes ao ser humano. Isso significa que naturalmente, em algum momento da vida, o ser humano irá se deparar com elas e precisará confrontá-las. 

Contudo, deve-se ter atenção para quando essas realidades ganham uma proporção além do que é considerado natural. Nesse caso, é preciso observar, a fim de que elas não se transformem em doenças, gerando sofrimentos psíquicos, físicos e emocionais.

Quer entender como lidar melhor com a solidão e tristeza em sua vida? Então, acompanhe este conteúdo e saiba como se prevenir. 

Como lidar com o sofrimento 

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina (CIC §1500 – 1501): 

“A doença e o sofrimento estiveram sempre entre os problemas mais graves que afligem a vida humana. Na doença, o homem experimenta a sua incapacidade, os seus limites, a sua finitude. Qualquer enfermidade pode fazer-nos entrever a morte”.

“A doença pode levar à angústia, ao fechar-se em si mesmo e até, por vezes, ao desespero e à revolta contra Deus. Mas também pode tornar uma pessoa mais amadurecida, ajudá-la a discernir, na sua vida, o que não é essencial para se voltar para o que o é. Muitas vezes, a doença leva à busca de Deus, a um regresso a Ele”.

Nesse sentido, a solidão e a tristeza são duas realidades muito presentes quando se trata de sofrimento. O fato de a pessoa não conseguir se sentir parte de um grupo ou até mesmo incompreendida, faz com que ela se sinta triste e solitária, gerando então o sofrimento.

Porém, assim como a solidão e a tristeza, esse sentimento não deve ser rejeitado. Mas, sim, acolhido para que dessa forma seja transformado em amor. Ou seja, quando vivido em Deus, fonte de toda graça e Redenção, o sofrimento ganha um novo sentido. Se tornando, assim, fonte de amor e fecundidade.

Quando a solidão e a tristeza bater à sua porta, existem algumas atividades que podem te ajudar a lidar melhor com essas realidades:

  • Pratique atividades físicas
  • Saia com os seus amigos
  • Tenha mais contato com a natureza
  • Exercite a gratidão
  • Faça alguma atividade de voluntariado

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A relação entre esperança e sofrimento na vida de uma pessoa religiosa

E quando não sei lidar com a solidão e a tristeza: o que fazer?

O autoconhecimento e a percepção de si próprio contribuem para uma reflexão madura e sincera de si mesmo, para perceber quando algo está ultrapassando a linha do que é considerado natural. 

Ou seja, optar por se isolar em certos momentos para relaxar, ter momentos de diversão e lazer é algo natural e saudável. Porém, quando isso se torna algo habitual e te impede de se relacionar com outras pessoas, se torna uma fuga para evitar os enfrentamentos do cotidiano, deve-se ter atenção.

Os amigos e familiares são os principais aliados nestes momentos. Por serem aqueles mais próximos do convívio pessoal, poderão estar atentos quando algo foge do habitual. 

É, então, momento de reconhecer a importância de recorrer a uma ajuda externa e profissional, antes que essa experiência se transforme em doença. 

Quando a solidão e a tristeza se tornam doença

É bem verdade que nem sempre essa autopercepção chega a tempo de se evitar que a solidão e a tristeza se tornem doenças. Se você está passando por um momento difícil e nesse momento, tem dúvidas sobre o que está enfrentando, fique atento a estes sinais: 

  • Não ter interesse ou prazer em atividades que antes eram divertidas;
  • Ter problemas com sono (dorme-se pouco ou muito);
  • Ter explosões de raiva, mesmo por motivos bobos;
  • Estar sempre cansado, sem razão, com pouca energia ou lento;
  • Ter sentimento de culpa ou de inutilidade;
  • Pensar, com frequência, na morte

Além de identificar esses sentimentos, observe a duração, intensidade e as causas que despertam em ti a solidão e a tristeza. Uma vez se reconhecendo que estão durando mais do que algumas horas ou dias, é preciso procurar ajuda profissional.

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O papel da espiritualidade no tratamento e na prevenção da dependência química

por Igor Precinoti /Aleteia

É importante ficar atento aos principais sinais de dependência química. Segundo publicação da Universidade John Hopkins, estes são os principais sinais:

A dependência química é definida pela Organização Mundial da Saúde como alterações comportamentais, fisiológicas e cognitivas que se desenvolvem após o uso repetido de determinadas substâncias como o fumo, o álcool, medicamentos ou drogas ilícitas. Ou seja, a dependência é um termo que os médicos utilizam para descrever o uso continuado de certas substâncias quando surgem problemas relacionados ao seu uso. 

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), em 2021, divulgou um relatório informando que mais de 36 milhões de pessoas sofreram de transtornos associados ao uso de drogas. Este mesmo relatório informava que, entre 2010 e 2019, o número de pessoas que usam drogas aumentou 22%. Números que pioraram com a pandemia, em um aumento relatado de 42% do uso de cannabis (maconha) e do consumo abusivo (não medicinal) de medicamentos durante aquele período de isolamento social. Ora, a dependência química, como sabemos, gera graves problemas na vida do indivíduo e que podem se estender para os membros da família desse dependente.

Muitas vezes, o problema, em seus estágios iniciais, não é percebido pelo dependente e/ou familiares que confundem o vício com “hábitos sociais normais”, como tomar todas as noites uma latinha de cerveja para relaxar ou, ainda, tomar comprimidos para melhorar a concentração antes de estudar etc. 

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Os sinais da dependência química

Por isso, é importante ficar atento aos principais sinais de dependência química. Segundo publicação da Universidade John Hopkins, estes são os principais sinais: 

  • Necessidade de quantidades cada vez maiores da substância para obter efeito (tolerância).
  • Sintomas (como tremores, febre, dor de cabeça etc.) que ocorrem a pessoa diminuir ou parar de usar a substância (abstinência). 
  • Gastar muito tempo para obter, usar e se recuperar dos efeitos do uso de drogas
  • Afastamento de atividades sociais e/ou recreativas.
  • Uso continuado da substância mesmo que a pessoa esteja ciente dos problemas físicos, psicológicos e familiares ou sociais causados por este uso.

Os fatores que levam alguém a contrair a dependência química são variáveis, incluindo pressões sociais, problemas psiquiátricos, genética, e, ainda, podemos incluir fatores culturais como o acesso facilitado ao álcool e ao cigarro, tais como em situações em que os pais oferecem bebidas alcoólicas aos filhos adolescentes ou fumam na presença de crianças.

Os sintomas da dependência química são muitos e, às vezes, graves. Por isso, os pais, educadores e profissionais de saúde devem ficar atentos a sinais como perda de peso, olhos vermelhos, fadiga constante, mudança de comportamento, ansiedade e insônia. Caso seja confirmado um caso de dependência química, o tratamento há de ser indicado o mais rápido possível.

Existem muitas estratégias para prevenir e combater a dependência química e todas se baseiam sobretudo no acolhimento. Como foi descrito aqui, muitos são os fatores que levam à dependência química e, por isso, o tratamento também é complexo, exigindo uma equipe multiprofissional, formada por psicólogo, médico, assistente social etc. Em algumas situações mais graves, uma internação pode ser necessária. 

Neste contexto de tratamento e prevenção da dependência química, é importante ressaltar a importância da fé e da espiritualidade, tanto na estruturação dos serviços de tratamento como componente auxiliar na terapia. 

Tratamento aliado a espiritualidade

Um estudo publicado, em 2019, pelo Journal of Religion and Health evidenciou que 73% dos programas de tratamento de dependência, nos EUA, incluem um elemento baseado na espiritualidade, como observado nos famosos 12 passos desenvolvidos e popularizados pelos Alcoólicos Anônimos (AA), sendo que os viciados com fé se beneficiam destes elementos apresentando uma cura mais rápida.

E mais: um estudo publicado, em 2018, pelo Journal of Youth and Adolescence com investigadores da Universidade da Virgínia e da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins, ao estudar mais de 27 mil estudantes do Ensino Médio, concluíram que a espiritualidade está relacionada a um menor abuso de substâncias e a uma maior adaptação a situações estressantes.

Desta forma, é fácil concluir que a espiritualidade e a inclusão dos jovens na vida religiosa deve ser uma preocupação dos pais e – ainda mais – considerada um fator de prevenção à dependência química. Em contrapartida, o declínio do número de pessoas que se dizem pertencentes a uma religião, em breve, não será apenas uma preocupação das Igrejas, mas também se tornará uma preocupação de saúde pública.

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Qual a diferença entre solidão e solitude?

A sociedade nunca esteve tão conectada quanto nos tempos atuais. Graças a evolução da tecnologia e as diversas possibilidades de encontro, a comunicação com uma pessoa que está do outro lado do mundo pode ocorrer de maneira instantânea.

Contudo, nunca estivemos tão solitários. Entender a diferença entre solidão e solitude é algo fundamental para os tempos em que vivemos. Sobretudo quando observamos o crescente índice de enfermidades psicológicas. 

É possível desfrutar de momentos a sós de maneira saudável, prazerosa e enriquecedora. Seja para o crescimento do autoconhecimento ou para o desenvolvimento espiritual. 

Se você deseja compreender as diferenças entre solidão e solitude, o conceito de cada uma e como aproveitá-las da melhor forma, acompanhe este conteúdo até o final. 

Entendendo o conceito de solidão 

Em nossa vida como cristãos batizados, não somos chamados a viver sós. Para isso o Senhor nos deu irmãos, para vivermos em comunidade. Contudo, ainda assim algumas pessoas se sentem sós, sentem a ausência de pertencimento com o mundo e com os outros.

Ou seja, mesmo que a pessoa esteja rodeada de outros indivíduos, existe em seu interior uma desconexão que a leva ao isolamento. Por isso, o termo solidão aparece com maior frequência a algo negativo, triste. 

Leia também: Você está atento aos sinais e dores de um consagrado?

O principal aspecto que a caracteriza dessa forma, é o fato de que a solidão está relacionada a algo não voluntário, ou seja, imposto. Podemos observar isso quando a pessoa lida com a perda de um ente querido ou com o término de um relacionamento, por exemplo. 

A ausência da pessoa amada em questão, desperta o sentimento de solidão, que é um vazio e tristeza por não ter mais aquela pessoa com quem se relacionava. Quando alguém é inserido em um novo grupo, seja por realidade de trabalho, estudo ou novas amizades e ali não consegue formar um vínculo afetivo, nota -se também a presença da solidão. 

O que é solitude, afinal?

Em contrapartida, quando nos referimos à solitude, o conceito é visto de maneira positiva e é até mesmo incentivado por diversos especialistas, que se cultive o hábito de momentos de solitude. E por que, isso?

Diferente da solidão, a solitude é um movimento voluntário, intencional. A pessoa de livre e espontânea vontade, opta por se retirar para cultivar momentos de silêncio, para rezar, para descobrir novos interesses, para se conhecer melhor. 

Embora uma pessoa que esteja em estado de solitude viva também o isolamento, quando isso acontece é de uma maneira intencional e consciente. Ela se retira para viver momentos que sejam agradáveis, porém, isso não a impede de sentir prazer e alegria quando está com outras pessoas.

Leia também: Por que algumas pessoas lidam melhor com a solitude?

Como identificar a diferença entre solidão e solitude?

O Papa Francisco em sua exortação apostólica Amoris Laetitia, nos ensina que “o nosso Deus, no seu mistério mais íntimo, não é solidão, mas uma família, dado que tem em Si mesmo paternidade, filiação e a essência da família, que é o amor. Esse amor, na família divina, é o Espírito Santo”. 

Para perceber, então, a diferença entre solidão e solitude e em qual dessas duas realidades você se encontra, é preciso ampliar o olhar e enxergar o todo. Como vimos, a solidão está relacionada à tristeza, mas existem também outros sentimentos que a acompanham.

É preciso estar atento ao quanto o desconforto gerado pela solidão pode estar afetando uma pessoa. Se esse sentimento é acompanhado de angústia, sofrimentos mais profundos, é importante procurar ajuda profissional

Contudo, mesmo que o sentimento seja moderado é possível tirar bom proveito dele e da situação. Explico: ao identificar o desconforto gerado pela solidão, a pessoa pode aproveitar do momento para transformá-la em solitude.

Dessa forma, reconhecendo que há um incômodo diante desse cenário, a pessoa pode sozinha ou com ajuda profissional, compreender as razões desse desconforto. Isso irá contribuir com o seu amadurecimento afetivo e emocional.

Saiba equilibrar as suas emoções

Mesmo que a solitude seja algo positivo, deve-se buscar o justo equilíbrio, para que esse isolamento voluntário não a impeça de construir novas relações. Como ser social, o ser humano precisa do cultivo saudável de relações afetivas. 

Assim, como um sofrimento profundo gerado pela solidão pode desenvolver-se em casos de doenças mentais como ansiedade e depressão, o mesmo pode ocorrer com longos períodos de solitude. 

Leia também: Existe depressão na vida religiosa?

Portanto, aproveite os momentos de solitude para desfrutar do prazer da sua própria companhia, descobrir sobre suas motivações, criar novos projetos, desenvolver a sua espiritualidade. Mas não perca tempo em compartilhar com aqueles que estão ao seu redor sobre os aprendizados dessa experiência. 

Para quem vive a solidão, colocar-se em movimento também pode ser muito positivo. Ao invés de esperar que as pessoas venham até você, seja o primeiro a ir ao encontro do outro e construir vínculos fraternos. 

Por fim, podemos observar que tanto a solidão quanto a solitude podem ser bem proveitosas se buscarmos o justo equilíbrio e o olhar e postura corretos para cada realidade. 

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O que o uso excessivo de drogas e álcool indica sobre saúde mental

O mês de setembro é dedicado para falarmos sobre uma questão muito delicada que é o suicídio, por vezes não anunciado devido ao  medo que o efeito dominó possa ocorrer com outras pessoas que estejam também em situação de fragilidade psíquica. Porém, o assunto é importantíssimo e devemos falar sobre, e para abordarmos essa temática falaremos de saúde mental, que a maioria das pessoas, quando ouvem falar pensam em “Doença Mental”. 

Mas, a saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais. Pessoas mentalmente saudáveis compreendem que ninguém é perfeito, que todos possuem limites e que não se pode ser tudo para todos. Elas vivenciam diariamente uma série de emoções como alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração. São capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida.

A Saúde Mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmonizar seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Qualquer pessoa está sujeita em algum momento da vida a fragilizar-se no quesito Saúde Mental, ou seja, apresentar sintomas depressivos, vontade de não viver mais, tristeza profunda, uso abusivo de álcool e drogas e tantos outros sintomas que sinalizam que a saúde mental não está bem. 

Chegar ao ato de suicidar-se é o resultado de uma saúde mental totalmente fragilizada. É a soma  de  um conjunto de situações que a pessoa tem como  necessidade de aliviar as pressões externas, sendo muitas vezes, cobranças, culpa, remorso, depressão, ansiedade, medo, fracasso, humilhação, etc… enfim, a somatória de um psicológico adoecido, pode levar ao momento mais crítico: o  pensar que o suicídio parece ser a única saída  para seus problemas.

Geralmente as pessoas que estão adoecidas mentalmente apresentam sintomas e pedidos de ajuda que não são verbalizados. É importante estarmos atentos às pessoas que convivem conosco, e sinais como: isolamento, depressão, trazer na fala expressões “quero sumir”, “não aguento mais essa vida”, uso abusivo de drogas e álcool, podem se configurar em um pedido de ajuda.

Este assunto não pode mais ser considerado um tabu em  nossa sociedade, ou considerado uma atitude de fracasso pela pessoa que chegou no auge do adoecimento psíquico. Até porque os índices de suicídio estão cada vez mais altos e afetando uma população cada vez mais jovem de pessoas que não estão conseguindo elaborar seus conflitos e problemas psicológicos e emocionais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% dos casos de suicídios podem ser evitados, desde que haja condições mínimas para oferta de ajuda voluntária ou profissional.

Seja qual for a fase do adoecimento da saúde mental, sempre é possível ser superado.

Quando identificamos estes pedidos de ajuda em alguma pessoa é importante auxiliá-las e buscar um serviço especializado para isto.

Segue abaixo as indicações de atendimento:

SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL, CAPS (CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL),  UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE.
CENTRO DE VALORIZAÇÃO À VIDA – CVV   LIGAÇÃO 188
EMERGÊNCIA –   SAMU 192

Referências

Site: WWW.SAUDE.PR.GOV.BR

SITE: WWW.CVV.ORG.BR

Por Irmã Elaine Cristina de Oliveira, CR

Psicóloga – CRP: 07/27809

Diretora da Comunidade Terapêutica Casa Marta e Maria (RS)

Fentanil: como nova onda de overdoses assola EUA e mata quase 300 por dia

Fonte: BBC News Brasil/Nadine Yousif

Cada vez mais americanos morrem por overdose de fentanil, à medida que uma nova onda da epidemia de opioides começa a se espalhar pelas comunidades dos quatro cantos do país.

Há seis anos, Sean morreu de uma overdose acidental por fentanil em Burlington, no Estado de Vermont. Ele tinha 27 anos.

“Cada vez que ouço falar de uma perda devido ao abuso de substâncias, meu coração se parte um pouco mais”, escreveu a mãe dele, Kim Blake, em um blog dedicado ao filho em 2021.

“Mais uma família despedaçada. Sempre de luto pela perda de sonhos e celebrações.” Naquele ano, os Estados Unidos testemunharam um marco sombrio: pela primeira vez, as overdoses mataram mais de 100 mil pessoas em todo o país num único ano.

Dessas mortes, mais de 66% estavam ligadas ao fentanil, um opioide sintético 50 vezes mais poderoso que a heroína.

O fentanil é um produto farmacêutico que pode ser prescrito por médicos para tratar dores intensas.

Mas a droga também é fabricada e vendida por traficantes. A maior parte do fentanil ilegal encontrado nos EUA é traficado a partir do México e usa produtos químicos provenientes da China, de acordo com o Drug Enforcement Administration (DEA), órgão federal encarregado da repressão e do controle de narcóticos

Em 2010, menos de 40 mil pessoas morreram por overdose de drogas em todo o país, e menos de 10% dessas mortes estavam ligadas ao fentanil.

Naquela época, as mortes eram causadas principalmente pelo uso de heroína ou opioides prescritos por profissionais de saúde.

A mudança de cenário é detalhada num estudo divulgado recém-publicado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).

O trabalho examina as tendências nas mortes por overdose no país entre 2010 e 2021, utilizando dados compilados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

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Fentanil é um problema crescente nos EUA

Os dados mostram claramente como o fentanil redefiniu as overdoses nos Estados Unidos na última década.

“O aumento do consumo de fentanil fabricado ilicitamente deu início a uma crise sem precedentes”, escreveram os autores do artigo.

Praticamente todos os cantos dos EUA — do Havaí a Rhode Island — foram tocados pelo fentanil.

O aumento das mortes relacionadas à droga foi observado pela primeira vez em 2015, revelam as estatísticas.

Desde então, o entorpecente se espalhou pelo país e a taxa de mortalidade cresceu de forma acentuada.

“Em 2018, cerca de 80% das overdoses por fentanil aconteceram a leste do rio Mississippi”, disse à BBC Chelsea Shover, professora assistente da UCLA e coautora do estudo.

Mas, em 2019, “o fentanil passa a fazer parte do fornecimento de drogas no oeste dos EUA e, de repente, esta população que estava resguardada também ficou exposta, e as taxas de mortalidade começaram a subir”, segundo a pesquisadora

Na pesquisa recente, os especialistas alertam para outra tendência crescente: as mortes relacionadas ao consumo de fentanil em conjunto com drogas estimulantes, como a cocaína ou a metanfetamina.

Essa tendência é observada em todos os EUA, embora de formas diferentes devido aos padrões de consumo que diferem de região para região.

Os investigadores encontraram, por exemplo, taxas de mortalidade mais elevadas relacionadas ao consumo de fentanil e cocaína em Estados do nordeste dos EUA, como Vermont e Connecticut, onde os estimulantes geralmente são de fácil acesso.

Mas em praticamente todos os cantos do país, da Virgínia à Califórnia, as mortes foram causadas principalmente pelo uso de metanfetaminas e fentanil.

Blake, que também é médica, disse que seu filho usava cocaína esporadicamente, embora o exame toxicológico tenha encontrado apenas fentanil em seu organismo.

Ela aprendeu que muitos misturam diferentes substâncias para obter uma sensação prolongada.

“Não é nenhuma surpresa para mim esse aumento tão grande nas combinações de estimulantes e opioides”, observa Blake.

Quando o fentanil chegou pela primeira vez aos EUA como parte do tráfico, “muitas pessoas não o queriam”, lembra Shover. Mas o opioide sintético tornou-se amplamente disponível porque é mais barato de produzir em comparação com outras drogas.

Ele também é altamente viciante — isso significa que dependentes ficam expostos ao entorpecente e muitas vezes o procuram como uma forma de evitar abstinências dolorosas relacionadas a outras substâncias.

Nos EUA, o estudo identificou que Alasca, Virgínia Ocidental, Rhode Island, Havaí e Califórnia como os Estados com as taxas mais elevadas de mortes por overdose em que há mistura de fentanil e estimulantes.

Esses locais têm taxas historicamente altas de uso de drogas, segundo Shover. Com a chegada do fentanil, esse consumo tornou-se ainda mais letal.

Um problema que atravessa classes sociais

A crise dos opioides tem sido tradicionalmente retratada como um “problema dos brancos”, destaca Shover.

No entanto, o estudo recente revelou que os afro-americanos estão morrendo ao combinar fentanil e estimulantes a taxas mais elevadas, em todas as faixas etárias e limites geográficos.

Para Rasheeda Watts-Pearson, especialista em redução de danos baseada em Ohio, nos EUA, os dados refletem o que é visto na prática.

Ela faz um trabalho de divulgação com a A1 Stigma Free, uma organização fundada há apenas oito meses para combater um aumento notável de mortes por overdose na comunidade afro-americana de Cincinnati.

Como parte do trabalho, Watts-Pearson visita frequentemente barbearias, bares e mercearias para falar com as pessoas sobre os impactos do fentanil.

Ela considera que há falta de conscientização sobre o tema, motivada em parte pelas disparidades históricas de saúde vivenciadas por grupos raciais e étnicos.

Mesmo as campanhas de marketing feitas para conscientizar sobre a crise dos opioides não incluem a experiência dos negros americanos, critica ela.

“Se eu dirigir até a cidade de Avondale agora mesmo, há um outdoor que fala sobre a ‘Crise dos Opioides’, mas na mensagem aparecem duas pessoas brancas”” exemplifica Watts-Pearson.

Ela aponta que as drogas misturadas com fentanil são uma grande barreira para a comunidade. Segundo a ativista, muitas pessoas acabam consumindo o entorpecente sem saber — e desenvolvem uma dependência.

“Os legistas veem pessoas com overdose que morreram por causa de cocaína, crack e vestígios de fentanil”, diz ela.

“Isso está infiltrado na comunidade negra e não há gente suficiente falando sobre o assunto.”

Uma quarta onda

O abuso de fentanil em combinação com outras drogas marca o início de uma “quarta onda” da crise nos EUA, avaliam os pesquisadores.

A primeira onda de overdoses aconteceu no final dos anos 1990, com mortes por opioides com prescrição médica. Em 2010, houve uma segunda onda de overdoses, dessa vez causadas por heroína. E em 2013, surgiu uma terceira onda, graças à proliferação de drogas ilícitas análogas ao fentanil.

Especialistas como a professora Shover alertam que as opções de tratamento para a quarta onda não acompanham a demanda.

“Nosso sistema de tratamento contra dependência geralmente se concentra em uma droga de cada vez”, conta ela.

“Mas a realidade é que muitos usuários usam mais de um tipo de droga.”

Para manter viva a memória de seu filho, Blake decidiu falar abertamente sobre a perda e tenta ajudar outras famílias a passar pela mesma dor.

“Todo mundo tem uma história e, para um pai que perdeu um filho, isso dura para sempre”, diz ela.

Seu filho fez tratamentos contra dependência algumas vezes.

A experiência ensinou à Blake que as opções terapêuticas variam de Estado para Estado e, em muitos casos, o que está disponível não é suficiente.

“O ideal seria que as pessoas recebessem tratamento rapidamente, sempre que quisessem e a longo prazo”, destaca ela.

Blake também sugere a criação de locais para a prevenção de overdose, onde as pessoas pudessem usar drogas com segurança e sob supervisão.

Esses lugares estão amplamente disponíveis no Canadá — que tem a sua própria crise de fentanil — mas existem apenas duas instalações do tipo nos EUA inteiro.

Acima de tudo, Blake apelou à compaixão e à compreensão para aqueles que lutam contra o uso de substâncias.

“A maioria das pessoas com quem converso dizem que seus filhos não queriam morrer.”