Pedir ajuda não é fraqueza

Ao longo da história, a fraqueza foi frequentemente, e de maneira equivocada, associada a conceitos negativos como incompetência, incapacidade e vulnerabilidade. Logo, isso levou ao surgimento do estereótipo de que pedir ajuda é um sinal de fraqueza. No entanto, essa ideia é totalmente errônea e hoje vamos ajudar a entender isso. 

Realmente, o que é fraqueza?

A fraqueza, na verdade, é uma característica humana inerente. O que significa que todos nós demonstramos sinais de fraqueza em algum momento da vida e por algum motivo. Logo, podemos ser fracos fisicamente, emocionalmente, mentalmente ou espiritualmente.

Vamos entender isso melhor!

Fraqueza física é a falta de força muscular ou resistência. E ela pode ser causada por fatores genéticos, doenças, lesões ou envelhecimento.

Já a fraqueza emocional é a falta de estabilidade emocional ou resistência ao estresse. Logo, pode ser causada por fatores como traumas, experiências negativas ou transtornos psicológicos, como ansiedade, depressão e burnout.

E a fraqueza mental é a falta de clareza mental ou capacidade de concentração. Ela pode ser causada por fatores como poucas horas de sono devido à insônia, estresse ou até mesmo consumo de drogas ou álcool.

Por outro lado, a fraqueza espiritual é a falta de conexão com algo maior do que você mesmo. E isso pode ser causado por fatores como a perda ou o esfriamento de fé, crises existenciais, crises vocacionais ou falta de propósito na vida.

Contudo, a fraqueza não é algo a ser temido ou rejeitado. Pelo contrário, ela deve ser vista por nós como uma oportunidade de crescimento e desenvolvimento. E quando reconhecemos nossas fraquezas, temos a chance de superá-las.

Pedir ajuda não é fraqueza, é sinal de força e coragem!

Podemos aprender com nossas fraquezas e nos tornarmos pessoas mais fortes. Aliás, pedir ajuda é uma forma de reconhecer nossas fraquezas e buscar o apoio de outras pessoas.

Pessoas que pedem ajuda são, na verdade, pessoas fortes que tiveram a coragem de admitir que precisam de ajuda e deram passos em busca dessa ajuda. Elas são humildes o suficiente para reconhecer que não podem fazer tudo sozinhas.

Ao pedir ajuda, estamos demonstrando que somos capazes de reconhecer nossos limites e que precisamos de apoio para superar um momento de fraqueza. Aliás, pedir ajuda é um sinal de inteligência emocional e de maturidade.

Além disso, pedir ajuda nos motiva a superar desafios e a alcançar nossos objetivos. Quando temos o apoio de outras pessoas, nos sentimos mais confiantes e motivados para seguir em frente.

A fraqueza humana na Bíblia

A Bíblia Sagrada é uma fonte de inspiração e orientação para pessoas de todas as idades e culturas. Ela nos conta a história de homens e mulheres que, assim como nós, passaram por momentos de fraqueza, mas encontraram apoio e superaram seus desafios.

Moisés, por exemplo, foi chamado por Deus para liderar o povo hebreu para fora do Egito. No entanto, ele se sentiu inadequado para a tarefa e tentou recusá-la. Foi somente com o apoio de sua esposa, Zípora, e de seu irmão, Arão, que Moisés encontrou coragem para assumir seu papel.

Davi, outro grande líder bíblico, também enfrentou momentos de fraqueza. Ele foi perseguido pelo rei Saul e teve que se esconder por muitos anos. No entanto, ele sempre encontrou apoio em Deus, que o fortaleceu e o ajudou a superar seus desafios.

Ester, uma jovem judia que foi escolhida para ser rainha da Pérsia, também passou por um momento de fraqueza. Ela foi confrontada com uma situação perigosa, pois seu povo estava ameaçado de ser exterminado. No entanto, ela encontrou apoio em seu primo Mordecai, que a ajudou a tomar uma decisão corajosa que salvou o povo judeu.

E ainda tem Jesus, o próprio filho de Deus, que também enfrentou momentos de fraqueza.  Jesus encontrou apoio em Deus, que o fortaleceu e o ajudou a seguir em frente. Talvez este seja o momento que melhor retrate isso: “Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim rezou: ‘Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia, não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres’” (Mateus 26,39).

Portanto, se você está passando por dificuldades, não tenha medo de pedir ajuda. É um sinal de força, não de fraqueza.

Esse conteúdo também pode te ajudar: Saúde mental: 5 dicas para um 2024 mais leve!

 Não se esconda, peça ajuda!

Se você é padre, religioso ou religiosa e está passando por um momento de dificuldade, saiba que existem muitas pessoas que podem ajudar a superar essa fase, como psicólogos, psiquiatras, além do seu superior ou diretor espiritual.

E que bom seria poder encontrar essa ajuda num único lugar, não é mesmo?

Pois saiba que você tem tudo isso no Centro Âncora!

O Centro Âncora é um centro de revitalização da vida religiosa, que oferece apoio a padre, religioso ou religiosa que estão passando por dificuldades.

Logo, o Centro Âncora oferece serviços de psicoterapia, atividades físicas, além do apoio com uma nutricionista, porque entendemos a importância que a alimentação tem para a revitalização do corpo e da mente.

Então, se você vem passando por um momento difícil e se sente fraco, não é hora de se esconder, mas sim de buscar ajuda para fortalecer seu corpo, sua mente, sua fé e seu espírito.

Fale com o seu superior e peça para conhecer melhor o Centro Âncora.

Aproveite para ler:
Olhar que cura: o papel da Capela no Centro  Âncora
Centro Âncora: Quem é o ancorino?

Copiosa Redenção inicia tríduo de aniversário dos 34 anos de Congregação

Na próxima sexta-feira, 08 de dezembro, a Copiosa Redenção completa 34 anos de fundação. Para celebrar o aniversário, inicia amanhã (05/12) um Tríduo com a missa às 19h, na Casa Geral Mãe da Divina Graça, com um momento de adoração e intercessão pelas novas vocações com a presença de toda a comunidade religiosa.

A programação do Tríduo acontece em Ponta Grossa (PR), sede das casas gerais das Irmãs e dos Irmãos. Na quarta-feira (06/12), além da missa haverá os primeiros votos e a renovação de votos dos leigos consagrados. A quinta-feira (07/12) também será marcada pela profissão dos primeiros votos de duas irmãs. No dia da Imaculada Conceição, sexta-feira (08/12) será celebrado com grande alegria o aniversário de fundação da Congregação e o Jubileu de Prata dos 25 anos de votos das religiosas Irmã Neuci, Irmã Maria Madalena, Irmã Luiza e Irmã Zeneide Salomão.

Além das profissão de primeiros votos, as junioristas também renovam seus votos e as irmãs com votos pérpetuos renovam interiormente o seu compromisso com Deus e com a Congregação. Nas demais localidades em que a Congregação está presente o dia 08 também será celebrado com muito júbilo em ação de graças pela fundação da Copiosa Redenção.

Celebre conosco a redenção

A programação em Ponta Grossa é aberta a todos àqueles que desejam celebrar o aniversário e o Carisma da Copiosa Redenção. Confira abaixo toda a programação do Tríduo de aniversário:

1º dia do Tríduo

  • 05 de dezembro (terça-feira), às 19h. Local: Casa Geral Mãe da Divina Graça

2º dia do Tríduo

  • 06 de dezembro (quarta-feira), às 19h. Local: Casa Geral Mãe da Divina Graça

3º dia do Tríduo

  • 07 de dezembro (quinta-feira), às 18h30. Local: Chácara de Uvaia

Aniversário de fundação e Jubileu de Prata

  • 08 de dezembro, às 10h. Local: Chácara de Uvaia

Psicologia  e espiritualidade: Complementares no tratamento da saúde emocional

Você já pensou que psicologia e espiritualidade podem ser aliadas no tratamento de saúde?

Tem se tornado cada vez mais comum em todo o mundo sacerdotes, religiosos e religiosas enfrentarem problemas de saúde emocional, como transtorno de ansiedade e depressão. E nesses casos, unir psicologia e espiritualidade é o caminho para se libertar desse sofrimento ou aprender a lidar com ele.

Vamos entender como isso funciona!

Os desafios da saúde emocional da vida consagrada

Talvez o maior desafio da atualidade para a vida consagrada seja o sacerdote, religioso ou religiosa compreenderem que não são pessoas imunes às doenças emocionais. E somado a isso, quando se encontra em sofrimento, pedir ajuda.

Neste sentido, Vicente Gomes de Melo Filho, Psicólogo Clínico no Centro Âncora, conta que, como qualquer pessoa da sociedade, a vida consagrada demonstra resistência quando o assunto é a saúde emocional. Essas dificuldades, ele aponta, estão “em falar de si, de aceitar que precisa de ajuda, de entrar em terapia e de usar medicamento, caso necessário”.

Mas no caso específico de sacerdotes, religiosos ou religiosas, existem ainda outros agravantes. De acordo com Vicente, são eles: “resistência em aceitar a sua limitação, o medo de ser um contra testemunho, só porque tem um sofrimento psíquico ou físico, quando não um sentimento de não ter mais vocação”. E ainda explica: “É como se ele ou ela devesse dar testemunhos através do não adoecimento”.

Neste sentido, afirma Vicente: “custa mais aos religiosos e sacerdotes aceitar que também são vulneráveis como qualquer ser humano e que, portanto, necessitam de cuidado”.

E esse cuidado não é algo que desmereça ou diminua a vocação. Pelo contrário, pode dar vivacidade, já que muitas vezes a depressão e ansiedade roubam a alegria da vida consagrada. E é neste sentido, para recuperar a autoestima, a ternura e a alegria, que psicologia e espiritualidade trabalham juntas. 

Psicologia e espiritualidade no Centro Âncora

O Centro Âncora foi criado com o propósito de ajudar exclusivamente sacerdotes, religiosos e religiosas a cuidarem da sua saúde emocional e espiritual. É o ambiente no qual a vida consagrada encontra todas as condições necessárias para passar por um processo de revitalização de sua saúde, bem como encontrar oportunidade de se dedicar a seu crescimento espiritual.

Vicente conta que, para isso, existe dentro do Centro Âncora toda uma estrutura de celebrações litúrgicas, inclusive com retiro mensal, condizentes com o ritmo da essência da vida religiosa. Além disso, a vida consagrada também tem a oportunidade de fazer um acompanhamento espiritual a cada 15 dias, pelo menos. E Vicente afirma: “É comum eles (ou elas) relatarem que, durante o processo, resgataram a sua vida de oração!”.

E unindo psicologia e espiritualidade, os ancorinos – que são aqueles que estão passando por um processo de revitalização – recebem atendimento em psicoterapia individual e em grupo.

“O atendimento individual busca abrir um espaço significativo onde o sujeito possa entrar em contato consigo mesmo, recontando a sua história e se localizando melhor dentro dela, de modo a planejar possíveis movimentos no sentido de melhorar as suas relações consigo e com o seu entorno”, explica o psicólogo do Centro.

E sobre a terapia em grupo, Vicente explica que isso “amplia todo esse atendimento, refletindo temas nestes níveis, além de variadas dinâmicas que possibilitam uma partilha também em níveis mais profundos”.

Leia também: A revitalização da vida consagrada no Centro Âncora

Psicologia e espiritualidade para tratar doenças de ordem psíquica ou física

O Psicólogo Clínico conta ainda que os profissionais de saúde, psicólogos e psiquiatras do Centro Âncora procuram sempre na história do paciente as razões de seu adoecimento. E considera: “Uma enfermidade é sempre uma enfermidade!”

Portanto, de acordo com Vicente, uma doença “pode ser de ordem psíquica, que reflete no físico; ou de ordem física, que reflete no psíquico”.

No entanto, ao deixar de lado o preconceito por sofrer de uma doença emocional e ao buscar unir psicologia e espiritualidade, a vida consagrada pode encarar seu sofrimento de uma forma sobrenatural.

Neste sentido, explica Vicente, “o aspecto sobrenatural está na forma como a pessoa encara essa enfermidade”. Ele conta que há, entre aqueles que buscam tratamento, aqueles que “crescem muito espiritualmente”, mediante uma “ampliação de consciência”, junto com uma “desidentificação” da doença. E isso “leva a pessoa a obter uma cura, quando a cura é possível, ou a enfrentar o fato de não ter cura e de ter que conviver com a cronicidade da mesma”.  

De fato, o psicólogo ressalta que “o adoecimento em todos os níveis é um fator que nos coloca frente ao limite da vida”. E isso por si só, segundo ele, “pode ajudar a pessoa a se conectar mais com os aspectos transcendentes de sua fé, agora pela própria experiência”. Mas ele esclarece que esse caráter transcendente/sobrenatural ao próprio sofrimento “é sempre a própria pessoa que vai dar”. E que “o profissional a ajudará a colocar cada coisa em seu lugar”.

Enfim…

Psicologia e espiritualidade podem ser dois importantes e necessários aliados na revitalização da vida consagrada em sofrimento. E quanto antes essa ajuda é solicitada, antes se recupera não apenas a saúde, como também a alegria da vocação e da espiritualidade.

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Congresso Âncora incentiva novos cuidados para a saúde da vida consagrada

Em dois dias de evento, os participantes foram convidados a olharem e agirem com ternura para consigo mesmos.

Nos dias 15 e 16 de setembro aconteceu a sétima edição do Congresso Âncora, com o tema Revolução da Ternura. O Congresso voltado para o clero, religiosos (as), leigos consagrados, psicólogos, formadores, sacerdotes, seminaristas e profissionais interessados no tema, contou com aproximadamente 130 participantes, divididos entre as modalidades presencial e online.

Temas como “a face oposta da ternura”, “compaixão”, “mentes vulneráveis” e várias mesas redondas fizeram parte da programação do evento. “O Congresso foi muito positivo pois ele abordou questões importantíssimas para nossa vida religiosa, humana e afetiva, dando pistas para a nossa caminhada”, testemunha o sacerdote salesiano e participante do evento, Pe Vinícius de Paula.

Para o sacerdote a metodologia com que o tema foi tratado pelos palestrantes e a possibilidade de perguntas dos participantes colaborou para uma boa reflexão do tema. “Nossa igreja precisa abrir novos horizontes, precisa ser expressão da ternura humana, se não nós nunca vamos conseguir nos sentir queridos uns aos outros. Que esse Congresso traga novos ares para nossa mãe Igreja. Parabéns Centro  Âncora, parabéns a toda equipe”, desejou o sacerdote.

A experiência da ternura consigo mesmo

“Foi uma experiência incrível e transformadora, tocou num aspecto tão importante da vida religiosa: a ternura. Normalmente os religiosos são voltados ao cuidado do outro e neste congresso eles puderam perceber a importância de ter um olhar compassivo de amor e ternura também para consigo mesmo”, opina a psiquiatra e palestrante Dra. Tatiane Maiochi Cunha.

Dra Tatiane já teve a oportunidade de participar das edições anteriores do Congresso e acredita que eventos como este são de suma importância para  a Igreja, pois trazem conhecimento, ciência e novas perspectivas de cuidados para os religiosos.

Além da Dra.Tatiane, o VII Congresso Âncora contou com a presença de Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo de Curitiba (PR), o médico psiquiatra Dr. Maurício Nasser Ehlke, os psicólogos e sacerdotes Pe. Rosimar José de Lima Dias, Pe. Ronaldo Zacharias e ainda Frei Sidney Damasio Machado. A próxima edição do Congresso está prevista para 2025.

Confira os principais momentos do evento:

Ternura: fonte de cura e reconciliação na vida consagrada 

Pensar em ternura na vida consagrada é um verdadeiro convite a abrir-se a importantes desafios e até mesmo transformações.

A vida consagrada é chamada a viver o amor – eis o maior desafio! – que é o fundamento e a expressão por excelência de todo cristão. E esse amor é vivido não apenas por meio da vivência dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência e no serviço ao povo de Deus. Mas é precisamente na maneira como se vive esse amor, que deve ser comunicado a todos com ternura. Amor sem ternura, é jardim sem flor, entardecer sem o pôr do sol, livro sem palavras.

Logo, a vida consagrada é um dom divino, uma aliança de amor de Deus com Seu povo, um sinal de Sua ternura e cuidado. Contudo, essa ternura e cuidado de Deus são direcionados ao povo, mas também à própria vida consagrada.

Vamos refletir sobre isso!

Fonte de cura e reconciliação pessoal na vida consagrada

A ternura tem o poder de tornar nossa vida e nossa cruz mais leves. Ela abre nossos olhos para percebermos os sinais da presença de Deus quando não costumamos ver; ela nos permite enxergá-Lo nos rostos em que, por vezes, por mesquinhez, ignoramos.

Mais do que isso, a ternura é fonte de cura e reconciliação com a nossa própria história. Quantas vezes erramos na vivência de nossa vocação? Quantas vezes paramos para refletir e identificamos comportamentos que não são condizentes com a vida consagrada? Quantas vezes somos surpreendidos por situações nas quais fizemos escolhas erradas? Quantas vezes agimos com aspereza e com rudeza diante de alguém? Quantas vezes ferimos a nós mesmos com o pecado?

No entanto, ao identificarmos esses sinais em nossa vida, não devemos agir de outra maneira senão buscando na ternura de Deus a transformação e a cura que precisamos. E é também pela via da ternura que devemos buscar a reconciliação conosco mesmo e com a nossa vocação.

O Papa Francisco escreveu certa vez em seu Twitter: “A ternura é o amor, que se torna próximo e concreto. É um movimento que brota do coração e chega aos olhos, aos ouvidos e às mãos. A ternura é o caminho que percorreram os homens e as mulheres mais corajosos e fortes”.

Logo, o nosso relacionamento com Deus não pode ser vivido com distanciamento, mas sim com muita proximidade. E aqui cabem muito bem as palavras do Papa Francisco em um de seus discursos, em uma de suas viagens apostólicas. Ele afirmou: “Se a música do Evangelho deixar de ser executada na nossa vida e se transformar numa bela partitura do passado, já não conseguirá romper as monotonias asfixiadoras que impedem de animar a esperança, tornando estéreis todos os nossos esforços. Se a música do Evangelho parar de vibrar nas nossas entranhas, perderemos a alegria que brota da compaixão, a ternura que nasce da confiança, a capacidade da reconciliação que encontra a sua fonte no fato de nos sabermos sempre perdoados-enviados”.

Ou seja, a ternura nos permite acolher nossas próprias feridas e a tratá-las no amor e no perdão misericordioso de Deus.

Leia também: Revolução x Ternura: o poder transformador da empatia

Fonte de cura e reconciliação na vida comunitária

Quando nos reconhecemos amados, perdoados e acolhidos pela ternura de Jesus, nos tornamos capazes de colocar isso em prática na vida comunitária.

Algo jamais deve escapar de nosso entendimento: Jesus é o pastor que veio para salvar as ovelhas errantes. Ele está sempre à frente do Seu rebanho, guiando, protegendo, conduzindo ao alimento, sempre com mansidão e ternura. É assim que a vida consagrada é chamada a ser na vida da Igreja.

Neste sentido, o Papa Francisco disse em um dos seus discursos sobre a “teologia da ternura”: “Quando o homem se sente deveras amado, sente-se estimulado a amar. Por outro lado, se Deus é ternura infinita, também o homem, criado à sua imagem, é capaz de ternura. Então a ternura, longe de ser apenas sentimentalismo, é o primeiro passo para superar o fechamento em si mesmo, para sair do egocentrismo que deturpa a liberdade humana. A ternura de Deus leva-nos a compreender que o amor é o sentido da vida. Compreendemos assim que a raiz da nossa liberdade nunca é autorreferencial. E sentimo-nos chamados a verter no mundo o amor recebido do Senhor, a decliná-lo na Igreja, na família, na sociedade, a conjugá-lo no servir e no doar-nos. Tudo isto não por dever, mas por amor, por amor daquele pelo qual somos ternamente amados”.

Leia também: Desafios e benefícios da ternura na vida consagrada

Descubra o poder da ternura na vida consagrada

Revolução da Ternura é o tema do 7º Congresso Âncora para a vida consagrada. O evento acontecerá nos dias 15 e 16 de setembro de 2023, em Pinhais – PR e você pode participar de modo presencial ou online.

No 7º Congresso Âncora, você é convidado a descobrir o poder da ternura na vida consagrada em dois dias de programação que vão discutir estes temas: o panorama histórico bíblico da ternura; mentes vulneráveis; a compaixão; a ternura como a experiência de sentir-se amado; a ternura como pedagogia de São Francisco de Assis; a face oposta da ternura; acolhe e acompanhar com ternura; discernir e integrar com ternura.

E se você deseja que mais vidas consagradas da sua comunidade, diocese, instituto, congregação ou seminário participem, o Centro Âncora tem uma promoção para inscrições em grupo: 10 inscrições + 1 grátis.

Aproveite para ler: Congresso convida sacerdotes e religiosos a refletir sobre saúde mental e emocional na vida consagrada

Desafios e benefícios da ternura na vida consagrada

Ternura na vida consagrada. Você provavelmente já se deparou com o Papa Francisco falando sobre esse tema, afinal, tem sido recorrente em suas homilias, discursos, encíclicas e exortações.  

No entanto, nem sempre sabemos como colocar em prática a ternura na vida consagrada. E muitos ainda se questionam se de fato isso faz diferença na vivência da vocação e no serviço ao Reino de Deus.

Mas não importa quais são as suas dúvidas, porque aqui vamos dar algumas pistas que certamente ajudarão a sair da teoria e passar para a prática. Portanto, continue sua leitura!

O que é ternura?

Vamos começar por compreender o que é a ternura. Muitos de nós compreendemos a ternura como um dos sentimentos mais belos que o ser humano é capaz de sentir. Ele está diretamente relacionado à bondade e à compaixão, ou seja, algo que Jesus demonstrou em toda a sua vida pública.

Logo, a ternura é capaz de causar em nós uma sensação de conforto, carinho e amor, que nos faz sentirmos bem conosco mesmo, com os que estão ao nosso redor e até mesmo com Deus.

Além disso, a ternura é também uma maneira de expressarmos amor, gentileza, carinho, aceitação, acolhimento, cuidado etc., essa lista pode ser numerosa. Logo, a ternura na vida consagrada nos leva a estabelecer relações afetuosas e de confiança.

Por isso é tão importante reconhecermos a necessidade da ternura na vida consagrada.

Leia também:

Revolução da ternura: o chamado da vida consagrada 

Você já experimentou a ternura na vida consagrada?

Será que você, particularmente, já foi alvo da ternura por parte de alguém? Alguma vez você foi visitar alguma família que, mesmo sendo a mais humilde, financeiramente falando, ofereceu um cafezinho passado na hora, um biscoitinho, uma fatia de bolo como sinal de acolhida? Ou mesmo que essa família não tivesse nada a oferecer para comer, mas todos trataram você com atenção e com um carinho que se manifestava no olhar?

Alguma vez você já encontrou alguém que nem conhece direito, seja na igreja ou em outro ambiente, mas olhou com alegria e deu um grande abraço?

Tudo isso são manifestações de ternura!

E as pessoas agem assim porque reconhecem na vida consagrada a presença de Deus e sentem por ela um amor que é movido pelo amor divino. Logo, a ternura de que você foi alvo tem como fonte o próprio Deus.

Por outro lado, a vida consagrada é convidada a derrubar todos os muros que levantou em torno de si para evitar sentimentos como a ternura de Deus, baseado no conceito de que fé não é sentimentalismo. E de fato não o é. Porém, o Papa Francisco nos recorda que a ternura é o antídoto ao medo em relação a Deus, porque “no amor não há temor” (1Jo 4,18), porque a confiança vence o medo. Portanto, sentir-nos amados significa aprender a confiar em Deus, a dizer-lhe, como Ele quer: ‘Jesus, confio em ti’”. 

Agir com ternura na vida consagrada

Ser alvo da ternura, seja das pessoas e muito mais do próprio Deus, é algo muito bom e transformador. Há quem testemunhe que a ternura pode nos proporcionar curas interiores.

Além disso, o Papa Francisco nos ensina que “a ternura é o primeiro passo para superar o fechamento de si mesmo e sair do egocentrismo que deturpa a liberdade humana”. E que “a ternura de Deus nos leva a entender que o amor é o sentido da vida”.

No entanto, não podemos apenas experimentar a ternura, mas precisamos ser ternura para o outro. E “se Deus é ternura infinita, o ser humano, criado à sua imagem, é também capaz de ternura”, nos recorda o Sumo Pontífice.

E na concepção do Papa, ser capaz de ternura é “derramar no mundo o amor recebido do Senhor”.

Logo, a ternura na vida consagrada é a capacidade de mostrar ao outro que o aceitamos como ele é, que o amamos porque vemos nele a pessoa do próprio Cristo. Um benefício para o outro, mas também para nós, já que, quando agimos com ternura, nos permitimos crescer em todos os aspectos de nossa vida.

Sem contar que, quando somos ternos com alguém, também nos sentimos envolvidos pela ternura.

Leia também: A revolução da Vida Consagrada

Gestos concretos de ternura na vida consagrada

Talvez o grande desafio para muitos seja saber como agir com ternura na vida consagrada. E isso é normal, já que o cotidiano da vida consagrada é cheio de adversidades, sem contar as grandes demandas do trabalho pastoral.

Além disso, contrário ao que hoje nos convida o Papa Francisco, ou seja, à revolução da ternura, muitos religiosos, no seu tempo de estudo e preparação, foram orientados a não criar vínculos com o povo de Deus. E como resultado disso muitos, acabam buscando meios de se manterem insensíveis ou distantes das ovelhas do rebanho do Senhor.

Por isso, vamos listar alguns exemplos práticos de como praticar a ternura na vida consagrada. São gestos muito simples, você pode se surpreender, mas podem causar uma transformação na vida das pessoas. Acompanhe!

  • Cumprimentar a todos com alegria, mesmo quando a dor consome por dentro;
  • Agradecer a todos por qualquer gesto;
  • Usar sempre palavras brandas, mesmo quando é necessário corrigir alguém;
  • Ouvir sempre com atenção aquele que precisa conversar, ainda que sejam assuntos desinteressantes a você;
  • Cumprimentar as pessoas com um abraço sincero;
  • Conversar com as pessoas olhando fixamente em seus olhos;

Essas são apenas algumas pistas, mas, certamente, o Espírito Santo de Deus pode indicar a você muitas outras atitudes de ternura na vida consagrada.

O primeiro passo é abrir-se a essa experiência e desejar colocar a ternura em prática, e não faltarão oportunidades para isso.

Aproveite para ler: Revolução x Ternura: o poder transformador da empatia

Revolução x Ternura: o poder transformador da empatia

Revolução e Ternura são duas palavras que podem soar totalmente opostas aos nossos ouvidos, à princípio. Sim, à princípio, pois se assim o fosse, não seriam termos tão presentes nas palavras do Papa Francisco. Aliás, há um certo tempo, o Papa Francisco vem propondo a toda a Igreja de maneira especial a vida consagrada, uma Revolução da Ternura, o que certamente não passou despercebido da sua atenção.

Por isso, cabe a nós ponderarmos sobre essa temática, tendo em vista o que somos e o que podemos ser, onde estamos e para onde vamos, sempre a partir da perspectiva da nossa vocação.  

Portanto, hoje te convidamos a uma reflexão para descobrir a força dessas palavras e o seu poder transformador!

Revolução x Ternura: antagonistas e complementares

Antes de entendermos como essas duas palavras funcionam juntas e como aliadas dentro da vida consagrada e na vida da Igreja, precisamos compreendê-las no seu sentido mais puro. Para isso, vamos observá-las uma a uma!

Devido a eventos históricos e políticos, como a Revolução Francesa, por exemplo, talvez as primeiras ideias que venham à sua mente quando escuta a palavra “revolução” seja: “revolta” ou “política”. Contudo, diferentemente do que muitos pensam, o significado de revolução não acaba nisso. Revolução significa também uma grande transformação, uma mudança visível, de modo contínuo e progressivo.

Por isso, o processo de conversão a que somos convidados por Cristo a viver no mundo enquanto cristãos, traz a mensagem do evangelho quando Ele vem nos dizer: “Portanto, sede santos, assim como vosso Pai Celeste é santo” (Mt 5, 48), esse é um chamado à revolução!

Já “ternura” é a qualidade de quem é terno, afetuoso, e é sinônimo de doçura, brandura, delicadeza, amorosidade, amabilidade, gentileza, bondade, suavidade, compaixão, entre outras. Sendo assim, o que o Papa Francisco nos propõe com a Revolução da Ternura é sermos servos que promovem uma revolução na própria vida, bem como estimulam o povo de Deus a vivê-la. Contudo, sempre a partir da empatia. Sim, porque todas as palavras que são sinônimas de ternura, como também o próprio significado de ternura, cabem bem e se expressam nesta única palavra: empatia.

Portanto, apesar de numa primeira impressão sentirmos que Revolução x Ternura nos parece ser termos opostos, na verdade, podem perfeitamente ser complementares. Contudo, trata-se de uma revolução espiritual e totalmente desarmada.

Leia também: Revolução da ternura: o chamado da vida consagrada

Revolução x Ternura: por onde começar isso?

Segundo o Papa Francisco, a Revolução da Ternura começa por uma pergunta que cada um deve fazer a si mesmo: “Estou permitindo que o Senhor me ame com a Sua ternura, transformando-me em um homem/mulher capaz de amar desta forma?”.

Ou seja, a Revolução x Ternura compreende abertura de coração e ação: me abrir para a ternura de Deus e amar com essa mesma ternura, cuja fonte é o coração do próprio Deus.

Contudo, engana-se aquele que pensa que Revolução x Ternura é um convite ao sentimentalismo ou à irracionalidade. Mas é sim um convite à construção da nossa própria humanidade a partir do “amor de Deus derramado nos nossos corações” (Rm 5,5).

Ao falar da ternura de Deus, o Papa Francisco se refere ao amor de Deus por nós, que é especialmente evidenciado no Natal, “Deus feito tenro” que vem a nós. Por isso, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, ele afirma: “Na sua encarnação, o Filho de Deus convidou-nos à revolução da ternura” (EG, 88).

Refere-se também ao “Deus que perdoa sempre”: “Cada ser humano é objeto da ternura infinita do Senhor, e Ele mesmo habita na sua vida” (EG, 274).

 Além disso, o Papa Francisco deixa claro também que diz respeito à ternura como uma atitude humana, em resposta à ternura de Deus.

Como você pôde perceber, temos muito o que meditar sobre a Revolução x Ternura no exercício de nossa vocação na Igreja.

Leia também:

A revolução da Vida Consagrada

Qual é a sua revolução?

Revolução da Ternura: VII Congresso Âncora

O Centro Âncora é formado por uma equipe técnica transdisciplinar, cujo maior chamado é o ministério da revitalização daqueles que trabalham em prol da Igreja. E uma das formas de promovermos esse cuidado é por meio de Congressos, como um serviço à Igreja para a reflexão e o aprofundamento no cuidado da vida religiosa.

Por isso, nos dias 15 e 16 de setembro de 2023, acontecerá o VII Congresso Âncora, que tem como tema “Revolução da Ternura”. Por meio deste evento, você é convidado a descobrir o poder da ternura na vida consagrada. Serão dois dias para aprofundar como a ternura pode revolucionar a saúde da vida consagrada nas dioceses, institutos, congregações e seminários. Por que este tema? Deixamos que o Papa Francisco nos responda: Porque “a ternura é algo maior do que a lógica do mundo”; e também porque “é necessária uma revolução da ternura!”.

Portanto, o VII Congresso Âncora vai trabalhar assuntos como: A ternura do processo de acolhida; a ternura no processo de discernimento e integração; a Ternura como pedagogia de São Francisco de Assis; a face oposta da ternura e muito mais. Estão conosco diversos conferencistas, entre eles Dom José Antônio Peruzzo, atual Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba, Pe. Ronaldo Zacharias, Frei Sidney Damasio Machado, além de médicos psiquiatra e outros.

Faça sua inscrição para o VII Congresso Âncora “Revolução da Ternura”, clicando no banner:

Congresso convida sacerdotes e religiosos a refletir sobre saúde mental e emocional na vida consagrada

O VII Congresso Âncora retorna à modalidade presencial, com o objetivo de revolucionar a saúde psíquica, emocional e vocacional dos participantes

O Congresso Âncora chega à sua sétima edição em 2023. Neste ano, o evento volta a ocorrer na modalidade presencial, nos dias 15 e 16 de setembro,  na cidade de Pinhais (PR). Com o tema geral Revolução da Ternura, o Congresso é voltado para o clero, religiosos(as), leigos consagrados, psicólogos, formadores, sacerdotes, seminaristas e interessados no tema.

O termo Revolução da Ternura tem sido frequentemente utilizado pelo Papa Francisco durante estes últimos anos de pontificado. Em muitos discursos e homilias, o Papa costuma instigar os consagrados a serem estes agentes de ternura no mundo. Mas foi o seguinte questionamento do Papa, em uma de suas audiências, que inquietou a equipe do Centro Âncora acerca do tema: “Estou permitindo que o Senhor me ame com a sua ternura, transformando-me em um homem/mulher capaz de amar desta forma?”.

“A vida consagrada exige esse amor terno ao outro, e sabemos que o ato de amar vem da experiência filial com Deus. Se a revolução começa dentro de nós – religiosos, sacerdotes, consagrados – será possível ensinar a todos a diferença do Deus justo que redime o homem daquele que o castiga”, explica a diretora do Centro Âncora e religiosa da Copiosa Redenção, Irmã Adenise Comer.

Programação do Congresso

Com o objetivo de proporcionar aos participantes este reencontro com a ternura de Deus e os impactos positivos que essa experiência tem em sua vida vocacional, bem como na saúde psíquica e emocional, as palestras do Congresso abordarão os seguintes temas: “Ternura é a experiência de sentir-se amado”, “A face oposta da Ternura”, “Mentes vulneráveis”, “A ternura do processo de acolhida”, “A ternura no processo de discernimento e integração” e “A ternura como pedagogia em Francisco de Assis”.

O evento trará especialistas em saúde mental e vida consagrada para aprofundar cada temática, dentre eles: Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba (PR), o médico psiquiatra Dr. Maurício Nasser Ehlke, a médica psiquiatra especialista em psiquiatria e espiritualidade Dra. Tatiane Maiochi Cunha, os psicólogos e sacerdotes Pe. Rosimar José de Lima Dias, Pe. Ronaldo Zacharias  e ainda Frei Sidney Damasio Machado.

Revitalização da vida consagrada

O Centro Âncora é uma casa de acolhida especialmente edificada para amparar sacerdotes e religiosas(os) que apresentam sofrimentos e angústias. O Centro Âncora é constituído por uma equipe técnica transdisciplinar, cujo maior chamado é o ministério da revitalização daqueles que trabalham em prol da Igreja. 

A equipe é formada por diretores espirituais, conselheiros e profissionais de saúde: psicólogos, médicos, psiquiatras, nutricionista, educador físico, enfermeiro, fisioterapeuta, assistente social e religiosas da congregação da Copiosa Redenção.

Dentro desta missão, nasce o primeiro Congresso Âncora em 2013 com o tema Espiritualidade, Psicologia e Psiquiatria. Nesses 10 anos, muitos temas atuais com impactos na vida sacerdotal e consagrada foram tratados e contaram com a presença internacional como Pe. Amadeo Cencini e Pe. Giovanni Cucci, que estiveram no último Congresso Âncora –  O Ser virtual na vida consagrada e sacerdotal.

VII Congresso Âncora

Tema: Revolução da Ternura

Data: 15 e 16 de setembro de 2023

Local: Pinhais (PR)

Inscrições: congressoancora2023.com

Certificado para todos que participarem de todo o Congresso.

A revolução da Vida Consagrada

Revolução é o que podemos dizer das ações de Jesus neste mundo, enviado pelo Pai para refazer a aliança de Deus com a humanidade.

E da mesma forma, a vida consagrada é chamada a viver, promovendo revoluções ternas. Tudo isso partindo do princípio da relação que Jesus estabeleceu com alguns de seus discípulos, chamando-os a empregar toda a sua existência na luta pela santificação da humanidade. E assim como o Pai consagrou Cristo, que por sua vez e pela ação do Espírito Santo consagrou-se ao Pai, em intercessão pela humanidade (cf. Jo 17,19), assim também a vida consagrada se tornar um com o Pai.

O chamado a revolução

São João Paulo II afirmou: “A primeira tarefa da vida consagrada é tornar visíveis as maravilhas que Deus realiza na frágil humanidade das pessoas chamadas. Mais do que com as palavras, elas testemunham essas maravilhas com a linguagem eloquente de uma existência transfigurada, capaz de suscitar a admiração do mundo. A essa admiração dos homens respondem com o anúncio dos prodígios da graça que o Senhor realiza naqueles que ama” (Vita Consecrata, 20).

A vida consagrada “imita mais de perto, e perpetuamente representa na Igreja aquela forma de vida que o Filho de Deus assumiu ao entrar no mundo para cumprir a vontade do Pai” (Lumen Gentium, 44). Logo, uma forma de vida que Ele mesmo propôs aos discípulos que O seguiam. Finalmente, a vida consagrada é chamada a fazer uma revolução evidenciando a elevação do reino de Deus sobre tudo o que é terreno e as suas relações transcendentes. “E revela aos homens a grandeza do poder de Cristo Rei e a potência infinita com que o Espírito Santo maravilhosamente atua na Igreja” (Lumen Gentium, 44).

Assim, a vida consagrada atua como outro Cristo na Terra, na prática da caridade, em ações concretas com os pobres e excluídos, e pela missionariedade a qual é chamada.

As diversas expressões da revolução da vida consagrada

Afinal, de que maneira a vida consagrada corresponde ao chamado de Jesus para ser revolução no mundo?

Bem, vida consagrada é vocação, é chamado, e existem várias modalidades de vida consagrada dentro da Igreja. Existem os monges e monjas, os religiosos e religiosas das ordens, congregações e institutos religiosos; há também os consagrados dos Institutos Seculares; das “Novas Comunidades”; além da Ordem das Virgens Consagradas, restaurada por Paulo VI a partir do Concílio Vaticano II.

E toda forma de vida consagrada constitui um grande tesouro na vida da Igreja, cada uma com um carisma próprio. Além disso, a vida consagrada também é chamada a viver os conselhos evangélicos da pobreza, obediência e castidade, baseados nas palavras e nos exemplos de Jesus Cristo.

Logo, o serviço da vida consagrada na igreja é uma revolução, seja em atividades pastorais nas dioceses e paróquias, em escolas e universidades, nos hospitais, obras assistenciais e afins. E por estarem intimamente unidos a Cristo, Ele se volta inteiramente à vida consagrada, cumulando-a de graças específicas e dons para que possa viver bem e santamente a sua consagração.

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Revolução da ternura: o chamado da vida consagrada

Como Jesus inspira a revolução que a Vida Consagrada é chamada a ser

Na liberdade de sua entrega a Deus, a Vida Consagrada é chamada a fazer a vontade do Pai, a dar sua vida em favor dos homens e mulheres. Ou seja, a revolução começa na própria vida através do “sim” a Deus para viver essa vocação na vida da Igreja. Algo que parece loucura para muitos, mas que é sabedoria e fonte de santificação para aqueles que receberam este chamado.

E se neste mundo Jesus foi obediente por excelência, é também desta maneira que Ele inspira a revolução que a Vida Consagrada é chamada a ser. Além disso, como Jesus, a Vida Consagrada é chamada a despojar-se de si mesmo, tomando a condição de servo (cf. Fl 2,7-8), abrindo-se a ação do Espírito Santo.

A Vida Consagrada é capaz de promover uma revolução quando orienta toda a sua vida e oferece tudo o que possui para tornar-se um verdadeiro sinal de Cristo no mundo. E, assim, reflete a Trindade ao mundo, para que todos possam sentir o encanto e a saudade da Beleza Divina.

A revolução que a vida consagrada é capaz de promover também acontece quando ela mostra ao mundo que em Deus é possível encontrar sentido para a própria vida; que Ele é a fonte da alegria que não passa; que só Deus pode preencher aquele vazio interior que às vezes sentimos, porque fomos criados por Ele, para o Seu amor, e viveremos inquietos até que experimentemos esse amor.

Compaixão e ternura

Contudo, a revolução que a Vida Consagrada é chamada a ser na sociedade deve ser permeada pela misericórdia, movida por ternura e compaixão.

Em uma de suas audiências, o Papa Francisco disse algumas palavras que cabem muito bem no contexto de revolução que a vida consagrada é chamada a ser. Ele falou: “A ternura de Jesus ajuda-nos a aproximar-nos das feridas do Corpo de Cristo que, hoje, são visíveis nos irmãos despojados, humilhados e escravizados. Precisamos de uma revolução da ternura, que nos torna mais sensíveis diante da obscuridade da vida e das tragédias da humanidade”.

Participe do VII Congresso Âncora e experimente uma revolução na sua vida vocacional!

A Eucaristia na Copiosa Redenção:  homens e mulheres adoradores

Você é jovem e é apaixonado por Jesus no Santíssimo Sacramento da Eucaristia? Ama passar um tempo diante de Jesus Eucarístico em adoração? Seu coração anseia pela santidade? Você tem o desejo de transformar o mundo ao seu redor? Deseja dedicar sua vida a Deus?

Então você precisa descobrir a Congregação Copiosa Redenção!

Uma congregação que surgiu diante de Jesus no Santíssimo Sacramento da Eucaristia

A Copiosa Redenção é uma congregação religiosa formada por homens e mulheres adoradores! Inclusive, a nossa história teve início a partir de um momento de adoração, quando o nosso fundador, Padre Wilton Moraes Lopes, conduzia um momento de cura e libertação para jovens.

Ali, diante de Jesus Eucarístico, o Senhor lançou a semente no coração do Padre Wilton de uma nova obra na Igreja, cujo carisma é a recuperação de jovens dependentes, além da adoração.

Mas por que Copiosa Redenção?

Ao revelar ao padre Wilton que a nova congregação se dedicaria à recuperação de jovens dependentes, Jesus falou ao coração deste sacerdote redentorista: “Eu os amo e é preciso que alguém anuncie e leve a minha redenção à vida deles”.

A palavra “redenção” remete ao resgate do gênero humano realizado pelo gesto de extremo amor de Jesus ao se doar na cruz pelo perdão dos nossos pecados. Já a palavra “copiosa” é sinônimo de extensa, numerosa, rica, farta, assim como é o amor e a redenção de Jesus por cada um de nós, pecadores.

E por levar redenção aos jovens, compreende-se levar a eles o amor redentor de Jesus, bem como a Sua misericórdia, a Sua acolhida; é olhar os jovens, espiritualmente sujos por seus pecados, e ter compaixão, empatia e desejar ajudá-los a recuperar suas vidas e se libertar da escravidão a que estão submetidos. Logo, ser parte da Copiosa Redenção é levar a redenção a quem precisa!

E a Palavra de Deus confirma: “Pois no Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção” (Salmo 129,7).

Leia também: Copiosa Redenção: Uma vocação para homens e mulheres

A Eucaristia é o nosso sustento

Na Eucaristia, Jesus, o próprio Amor, se doa a cada um de nós; ela é a concretização do Seu amor. Mas o amor quer ser amado, anseia pelo nosso amor. E sabe aquele desejo que você sente de estar na presença Dele? Esse desejo nasce primeiro no Coração do próprio Jesus!

E tendo a Copiosa Redenção nascido diante de Jesus no Sacramento da Eucaristia, a adoração é parte fundamental de nossas vidas. Aliás, nosso fundador diz que o ato de adorar Jesus no Sacramento da Eucaristia “rasga nosso ser diante daquela fonte do Amor”.

Por isso, todos os dias, as religiosas ou religiosos têm seu momento de adoração a Jesus no Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Ali, encontram refúgio, revigoram suas forças, crescem na intimidade com Jesus, se deixam transformar por Ele, fortalecem sua vocação e se preparam para a missão de levar a todos a redenção.

Eucaristia: o sacramento dos sacramentos

O Catecismo da Igreja nos ensina: “a Eucaristia ocupa um lugar único, como ‘sacramento dos sacramentos’: todos os outros sacramentos estão ordenados para este, como para o seu fim” (Catecismo, 1211);

Neste sacramento, instituído pelo próprio Jesus na Sua última ceia com os discípulos, está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo. Na Eucaristia, “se encontra o cume, ao mesmo tempo, da ação pela qual Deus, em Cristo, santifica o mundo, e do culto que no Espírito Santo os homens prestam a Cristo e, por Ele, ao Pai” (Catecismo, 1325).

Mas você sabia que este sacramento tem vários nomes? Conforme o Catecismo da Igreja (nº 1328 e 1329), chama-se:

Eucaristia porque é ação de graças a Deus. As palavras «eucharistein» (Lc 22, 19; 1 Cor 11, 24) e «eulogein» (Mt 26, 26; Mc 14, 22) lembram as bênçãos judaicas que proclamam – sobretudo durante a refeição – as obras de Deus: a criação, a redenção e a santificação”.

Ceia do Senhor porque se trata da ceia que o Senhor comeu com os discípulos na véspera da sua paixão e da antecipação do banquete nupcial do Cordeiro na Jerusalém celeste”.

“Fração do Pão porque este rito, próprio da refeição dos judeus, foi utilizado por Jesus quando abençoava e distribuía o pão como chefe de família, sobretudo quando da última ceia. É por este gesto que os discípulos O reconheceram depois da sua ressurreição e é com esta expressão que os primeiros cristãos designaram as suas assembleias eucarísticas. Querem com isso significar que todos os que comem do único pão partido, Cristo, entram em comunhão com Ele e formam um só corpo n’Ele”.

“Assembleia eucarística («sýnaxis»), porque a Eucaristia é celebrada em assembleia de fiéis, expressão visível da Igreja”.

Que tal uma vida diante de Jesus no Sacramento da Eucaristia?!

Se o Espírito Santo falou alto em teu coração depois de ler este conteúdo, não o deixe sem uma resposta!

A Copiosa Redenção acolhe seus vocacionados em comunidades específicas, sendo uma voltada para o ramo masculino e outra feminino.

Venha ser sinal da Copiosa Redenção no mundo! Venha ser um adorador!

Para você ler: Vocacional Copiosa Redenção: vamos conhecer!