Existe depressão na vida religiosa?

A depressão na vida religiosa foi muitas vezes compreendida como “falta de fé”, mas isso não é verdade. Recentemente o Papa Francisco disse: “A tristeza, a apatia, o cansaço espiritual acabam dominando a vida das pessoas que estão sobrecarregadas com o ritmo de vida atual”. O Santo Padre demonstrou empatia e realismo ao afirmar que pessoas estão sobrecarregadas em meios aos desafios contemporâneos.

Por isso, preparamos este post para explicar melhor o que significa depressão e como ela pode afetar a vida de todas as pessoas, inclusive os religiosos(as). 

Depressão na vida religiosa? Mas quem é o religioso?

Deus chama toda pessoa humana à vida e à filiação. Esses são os primeiros dons recebidos da generosidade divina. E à medida que a pessoa cresce, ela descobre sua vocação específica, ou seja, a modalidade com a qual testemunhará o amor de Deus para a humanidade.

Embora as vocações específicas sejam bem conhecidas, como: sacerdócio, matrimônio, vida religiosa e o laicato, cada uma delas tem uma beleza e importância imensa para a Igreja e o povo de Deus. 

E, entre elas, existe o chamado à vida religiosa, que se concretiza com a profissão dos conselhos evangélicos e a vida em comunidade. Porém, o religioso(a) escolhido por Deus no meio do Seu povo, é uma pessoa normal, mas com um chamado especial.

E quem é a pessoa normal? A Doutrina Social da Igreja diz que a pessoa humana é criatura de Deus, criada à Sua imagem e semelhança; capaz de Deus e de se relacionar com o outro. Assim, toda pessoa é criatura e logo não é criador; limitado e não ilimitado. 

Parece óbvio, mas essa lucidez nos ajuda a entender o religioso, uma vez que ele continua criatura, limitada e amada pelo Criador, mesmo diante de uma vocação tão sublime. Ou seja, ele sofre, se diverte, cansa, chora, adoece, erra, cai, levanta e serve a todos. 

A depressão na vida religiosa e no mundo

Então, o que é depressão? A depressão é um transtorno psicológico que como características tristeza persistente e falta de interesse em realizar atividades que antes eram consideradas prazerosas.

Apesar da tristeza ser uma emoção normal, na depressão ela é tão forte e dura por tanto tempo, que afeta toda a vida da pessoa, impedindo até a realização de tarefas básicas fundamentais, como dormir ou comer.

Segundo a OMS, a depressão é um problema comum em todo o mundo: estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com ele. E qualquer indivíduo pode sofrer desse mal. Mas seja no mundo ou a depressão na vida religiosa, isso não é culpa de ninguém.

Uma vez que sua causa é formada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. Então, ninguém pode determinar se sofrerá ou não de depressão, porque sua causa terá inúmeros motivos.

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Os santos tiveram depressão

É verdade que a vida religiosa é feita de oferta de si o tempo todo. E quem assiste de fora acha até que no convento não existe lazer, nem se tira férias. Esses pensamentos não ajudam na hora em que o religioso se sente atribulado ou até com sintomas de depressão.

Mas a depressão na vida religiosa não está ligada à fé, nem é possível determinar sua causa apenas olhando para a pessoa. A depressão na vida religiosa, assim como em qualquer ambiente da sociedade, sinaliza que algo não vai bem e precisa de investigação. 

Ora, de forma bem superficial, podemos comparar a depressão a uma febre. Quando estamos com uma infecção, a febre acusa logo, e se algo não vai bem na vida, a depressão se desenvolve e sinaliza que precisamos de ajuda.

Mas a depressão na vida religiosa não é sinal de fraqueza, mas de humanidade. Assim como Santa Teresinha sofreu desse mal e foi curada pelo sorriso de Nossa Senhora, o religioso tem a seu favor a graça divina e o acompanhamento dos irmãos. 

E agora, o que fazer?

Agora, se alguém nos perguntar se existe depressão na vida religiosa, após essas informações, podemos responder com outra pergunta: existem pessoas normais na vida religiosa?

Porque não existe vacina contra a humanidade, ao contrário. O Evangelho nos ensina que o homem é limitado e candidato à salvação, e quanto mais reconhecemos nossa pequenez, mais nos aproximamos de Deus, de nós mesmos e do outro.

Portanto, vamos acolher nossa fragilidade com humildade, e olhar para o outro que sofre com a depressão na vida religiosa, na família, no trabalho ou na clínica com olhar humano, com o olhar de Cristo.

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Como saber qual melhor lar de idosos?

Escolher um lar de idosos para os pais ou avós envelhecerem é uma decisão difícil para a maioria das famílias. Exige atenção e cuidado, é preciso lidar com muitas informações e ter também um olhar crítico para entender se aquele lugar vai, de fato, cuidar e acolher a pessoa idosa como ela merece. 

E todo esse processo, muitas vezes, ainda é vivido com o coração apertado de culpa, como se a decisão de colocar os pais ou avós em uma casa de repouso fosse abandono.

Por isso, antes de tomar essa decisão importante e bater o martelo sobre um lar de idosos, queremos que você leia algumas dicas. 

O que é e para que serve um lar de idosos?

Antes, é preciso contextualizar e explicar qual o objetivo de uma casa de repouso.

Um lar de idosos é uma casa que acolhe pessoas da terceira idade, oferecendo um atendimento personalizado. Além disso, conta com profissionais capacitados e especializados disponíveis 100% do tempo.

Há também refeições balanceadas e controladas por um nutricionista, atividades físicas, momentos de lazer e tempo com a família. Geralmente um lar de idosos faz o que está ao seu alcance para deixar o espaço o mais agradável possível, colocando lembranças de casa, como fotos, oferecendo carinho e amor.

A ideia é que o idoso sinta que está em casa, seguro, bem-cuidado e confortável. Além disso, ele precisa se sentir feliz, amado e livre.

Então, como sei qual o melhor lar de idosos?

Para saber se um lugar é bom o bastante para você hospedar o seu parente idoso, ele precisa garantir tudo o que foi citado anteriormente. Alguns lugares têm programas e atividades diferentes, espaços mais amplos, mais luxo ou simplicidade. Mas o importante mesmo é avaliar como ele trata e acolhe o idoso e se oferece uma equipe qualificada.

Além disso, um bom lar de idosos precisa garantir autonomia e respeito ao idoso, pois isso traz outros benefícios, como a qualidade de vida. 

Observe alguns pontos como:

  • Quem são os profissionais que fazem parte do lar? São formados, qualificados e possuem a sensibilidade necessária?;
  • Avalie a estrutura e se possui segurança, corrimão, iluminação, pisos adequados, barras no banheiro e outros itens importantes;
  • Como são preparados os alimentos? Há uma alimentação balanceada e colorida, suprindo as necessidades dos idosos?;
  • Esse lar pode oferecer atendimento médico se o idoso precisar? Como é a enfermaria?;
  • E as atividades físicas e a fisioterapia? Como é o trabalho dessa instituição nessa área? Os idosos precisam muito se movimentar e se exercitar, especialmente porque nessa idade muitos sofrem com problemas nos ossos ou fraqueza nos músculos;
  • E há preocupação com as atividades de lazer? Os idosos precisam muito de momentos de diversão e descontração que trabalhem a autonomia, a criatividade e o pensamento lógico;
  • Os familiares podem visitar em qualquer momento? Se não, porquê?; 
  • A individualidade do idoso é respeitada?  Inclusive, é importante questionar até se a vida de fé e a religião serão respeitadas e incentivadas;

Muitos outros pontos também são fundamentais nesta pesquisa, como, por exemplo, se o seu familiar tem alguma doença e precisa de um cuidado especial, questione sobre isso. 

Lembre-se que não é abandono

O número de idosos no Brasil aumentou muito nos últimos anos e a tendência é que continue em crescimento. Segundo o IBGE, a proporção de pessoas acima dos 60 anos cresceu de 11,3% para 14,7% entre 2012 e 2021. Portanto, hoje são 31,2 milhões de idosos no país. Enquanto isso, a população jovem diminuiu consideravelmente. 

Com esse aumento tão expressivo é difícil cuidar de todos os idosos sem nenhuma ajuda ou apoio, muitas vezes precisamos ser humildes e aceitar a necessidade de um auxílio. 

Sem falar que, infelizmente, grande parte das pessoas na terceira idade dependem de cuidados especiais, pois possuem doenças e, mais uma vez, podemos não dar conta dessa demanda sozinhos.

Por isso, precisamos procurar o apoio de um lar de idosos. Um espaço confiável e seguro para hospedarmos nossos familiares idosos com a certeza de que serão amados e bem cuidados. Isso não é abandono, é bondade e responsabilidade. 

Portanto, faça sua parte de compreender as necessidades da pessoa idosa e de procurar com sabedoria e atenção um bom lar. Siga as orientações deste artigo e pesquise com paciência, assim certamente você saberá qual o melhor quando encontrar.

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Irmãos da Copiosa Redenção realizam retiro exclusivo para homens

Homens de fé acontece neste final de semana

Os Irmãos da Copiosa Redenção, promovem nos dias 16 a 18 de setembro, na chácara Padre Wilton, no distrito de Uvaia, um retiro voltado para os homens, o “Homens de Fé”.

Em sua segunda edição, o retiro contará com palestras, momentos de oração, espaço de barbearia, roda de gaita e viola, além de outras atividades para descontração e espiritualidade.

Neste ano, os homens poderão levar seus filhos, a partir dos 12 anos completos, para o retiro. Para o Padre Fernando, CR o retiro é um grande momento para vivenciar o chamado de Deus na vida do homem: “Em nossa primeira edição, o Homens de Fé foi extraordinário. Esperamos que neste ano os homens venham novamente participar conosco.” – diz. 

Para fazer a inscrição para o retiro Homens de fé, os interessados devem entrar em contato pelo telefone (42) 9 9908 2925.

Homem de fé também é podcast

Atrelado ao retiro, foi lançado este ano o podcast “Homem de Fé” que aborda diversos temas relacionados ao universo masculino e a espiritualidade. 

A apresentação é do Padre Fernando Bauwelz, CR e acontece as quintas-feiras, sempre às 20h (pelo horário de Brasília), no canal da Copiosa Redenção no youtube. 

Vida de oração e matrimônio: é possível?

A oração é uma via muito importante de intimidade com Deus. Ela nos ajuda a compreender e fazer com que a voz do Senhor ecoe em nosso interior. 

Ter uma vida de oração ativa vai muito além de ser praticada apenas quando se está solteiro. Dentro do sacramento do matrimônio, ela tem um papel muito importante: a de santificar o casal e ser exemplo de fé e fidelidade aos filhos. 

Uma família que vive em oração e entrega a Deus seus planos, seus medos e anseios, está confiando ao Pai aquilo que, perante os homens, parece já não ter solução. É nesta confiança que Deus realiza maravilhas dentro do ambiente familiar. 

Mas ter uma vida de oração dentro do matrimônio é possível?

Não é só possível, como é necessário O matrimônio é uma realidade de Deus no ser humano, então como pode conceder o matrimônio sem vida de oração? 

É necessário ter este entendimento das duas partes, do homem e da mulher, que o casamento é um sacramento. Não é simplesmente uma unidade entre os dois, não é um acordo de viver juntos, mas é um se doando para o outro em Deus. E para entender essa dinâmica de Deus dentro do matrimônio, precisa-se da oração. 

Não há como entender o projeto de Deus, sem que o casal reze. Então, não só é possível, como é vital para o matrimônio.

A dificuldade em manter uma vida de oração

O pouco entendimento do casal, sobre a vontade de Deus, faz muitos deles ainda terem dificuldade em buscar uma vida de oração dentro do relacionamento. 

Quando um casal está namorando, vive-se então um processo de discernimento. Eles se unem um ao outro por quê? Porque procuram no outro uma satisfação, um bem-estar, a felicidade. 

Quando um casal não tem discernimento e a compreensão do que é o matrimônio, dificilmente eles se manterão em unidade para realizar a vontade de Deus. 

É necessário que um casal reze e descubra juntos o grande valor da oração. E assim vão compreender a grande beleza do matrimônio e o designo de Deus em suas vidas. 

Como viver um matrimônio saudável nos dias atuais

Quando se fala de contrato civil, de casamento civil, são outras regras regidas pelo mundo. Mas, quando se fala de matrimônio, não estamos falando simplesmente de um contrato, falamos de uma vocação, da vontade de Deus.

O mundo moderno vai impor aquilo que ele julga ser correto e útil para a sociedade. Mas a pergunta que um cristão deve fazer é: eu quero seguir aquilo que o mundo fala ou eu quero construir o meu matrimônio segundo o que Deus fala, por meio de Jesus Cristo? Aquilo que Jesus revelou na Igreja. 

O que eu quero seguir? Aquilo que Deus fala, aquilo que é saudável, ter uma estrutura familiar ou ser aquilo que o mundo prega e impõe aos casais? Hoje é um tempo muito pertinente para fazer estas perguntas.

O mundo quer educar os filhos. O mundo quer, o mais cedo possível, retirar as crianças de seus pais, para que o mundo eduque. 

Lembre-se: nós não seguimos o mundo, mas seguimos a voz de Cristo

Para viver em santidade, o casal precisa orar junto, visando a sua unidade perante Deus e os homens. As orações não devem ser apenas realizadas de forma pessoal, elas precisam acontecer no casal, em perfeita união de corpo e alma. 

O casal deve reconhecer sua pequenez, enquanto pecadores, e colocar diante de Deus a sua vontade de crescer e buscar a fonte verdadeira do amor e da sabedoria que vem do Senhor.

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Como o planejamento espiritual pode ajudar na vida familiar?

Recebemos, ano após ano, testemunho de inúmeras famílias que vivenciam o planejamento espiritual e a vida familiar com comunhão e crescimento espiritual. Pais e filhos rezando juntos as orações de meta, de oferecimento, consagrando-se a Jesus e a Maria. 

A importância da vida familiar para o bom desenvolvimento humano é incontestável. O próprio Jesus desejou uma família para si. Fazendo-se criança, aprendeu com José e Maria acerca da Lei de Deus e da vivência da fé e da oração. 

Desde 2011, que o Planejamento Espiritual tem feito um bem enorme à inúmeras famílias. De alguns anos pra cá, temos inserido os pequeninos na dinâmica de oração, com momentos para serem rezados com a família e outros para que pais ensinem seus filhos. 

É lindo ver crianças tão pequenas rezando a oração de São Miguel ou mesmo o Terço de São José. Se semearmos a fé a dignidade no coração dos nossos pequenos, iremos colher como frutos, uma sociedade mais justa e temente a Deus. 

Confira como o planejamento espiritual auxilia a vida familiar e os benefícios da oração para as crianças.

A oração como base de um casamento sólido 

Um casal que se entregam no sacramento do matrimônio não são somente 2 pessoas cedendo ao desejo e apetites românticos e sexuais. Há ali um chamado de Deus, uma benção elevada à dignidade de sacramento pelo próprio Jesus. 

Ainda no Antigo Testamento, vemos a relação família e oração, claramente. Ainda no Gênesis, Adão e Eva se relacionavam com intimidade com Deus. Mesmo após a queda do pecado original, havia uma relação entre o homem e Deus, como vimos no episódio da oferta de Caim e Abel. 

Noé recebe de Deus a profecia do dilúvio e reserva sua família na Arca. Abraão e Sara recebem do Senhor a profecia do milagre de conceber um filho na velhice. Isaac e Rebecca têm sua história de amor marcada pela Providência Divina que os levou um para o outro. 

Assim, geração após geração, Deus não deixou as famílias que se abriram para sua vontade caminharem na escuridão. Mas conduziu todos para seu Projeto de Amor e Salvação. Após o mistério de morte e ressurreição de Jesus, as comunidades primitivas se mantiveram em comunhão e unidade, pela oração e sob a bênção da Igreja.

Um casamento sólido e perseverante é possível, mesmo diante dos desafios, quando o casal busca viver sua vida em Deus, em comunhão com seus irmãos na fé e buscando um coração reto na presença do Senhor! 

Não obstante os problemas sociais, financeiros e relacionais, os casais dos nossos tempos enfrentam dificuldades em relação à criação dos filhos, devido ao uso descontrolado de smartphones, tablets e TVs. 

Portanto, a evangelização dentro da família, cultivando, desde a infância, a piedade e a vida de oração, é importante para que a casa se mantenha para sempre consagrada a Deus. 

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Planejamento espiritual e vida familiar na infância

O Planejamento Espiritual é fruto da vida missionária e da experiência da Irmã Zélia. Pelos caminhos da missão, a irmã encontrou muitas crianças e famílias que vivenciam juntos os direcionamentos do livro, dia após dia. 

Dentro das direções oferecidas no Planejamento, a família vai encontrar o Planejamento Espiritual para crianças. Com orações mais curtas e direcionamento mais simples, o principal objetivo é motivar pais e filhos à oração juntos como família. 

Esse caminho proporciona o surgimento do hábito  de rezar desde os primeiros anos de vida e ter a vida marcada pelo ritmo da oração. As orações podem ser feitas pela manhã ou à noite, ou ainda distribuídas no meio da rotina da família, de modo que não se perca a harmonia familiar, em detrimento das práticas de oração. 

Tal prática favorece o diálogo, a piedade familiar, a reconciliação, o crescimento na fé e na esperança, a intimidade com Deus e com o outro, a conexão de pais e filhos. Por isso, queremos motivar você e sua família a investir nessa prática que catequiza, forma e aproxima as famílias. 

Leigos se reúnem para retiro de silêncio em Uvaia

Os leigos consagrados da Copiosa Redenção se reuniram, no final de agosto, na chácara de Uvaia, para um retiro de silêncio onde cada participante foi convidado a viver uma profunda experiência de espiritualidade junto ao carisma da Copiosa Redenção.

Ministrado pela Irmã Neuci, o retiro contou com palestras, orações, dinâmicas e momentos para reflexões, onde os retirantes puderam viver de forma mais intensa o retiro e compreender como é realizado um retiro de silêncio.

Para a Irmã Milene, CR – responsável pelos leigos consagrados da Copiosa Redenção, o retiro foi uma nova proposta de espiritualidade aos leigos e aos vocacionados: “Desejo a todos que participaram que este seja o primeiro de muitos [retiros] e que eles possam a cada dia, experimentar a Copiosa Redenção em suas vidas” – diz.

7 aparições de Nossa Senhora na história

A devoção à Nossa Senhora é algo que se estende pelo mundo inteiro. Às inumeráveis orações dedicadas à mãe de Deus e nossa, alinham-se  muitos testemunhos de graças alcançadas como também reflexões sobre o poder de sua intercessão em favor daqueles que a invocam com fervor e fé. 

Para aumentar a nossa devoção, Nossa Senhora se fez presente em muitos momentos da história, através de suas aparições pelo mundo. Dentro deste fenômeno mariano, mais de 2 mil foram registradas em todo o globo, segundo o website The Miracle Hunter

A primeira aparição da Virgem, segundo o site, é de Nossa Senhora do Pilar de Zaragoza, na Espanha. Ela apareceu ao Apóstolo Santiago – Tiago, o Maior, às margens do rio Ebro, nos anos 40 d.C.

Apesar de muitas aparições em todo o mundo, a Igreja Católica sempre foi prudente diante destes registros. Ao todo, 16 aparições foram aprovadas pelo Vaticano.

A seguir, separamos as 7 principais aparições de Nossa Senhora na história. Confira! 

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa

Na capela das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, Maria apareceu três vezes para a noviça Catarina Labouré. Segundo Labouré, ela foi comissionada pela Virgem Maria, mandada a fazer a medalha da Imaculada Conceição ou “Medalha Milagrosa”, para propagar esta devoção. 

A primeira aparição ocorreu no dia 18 de julho de 1830 e a última foi em 27 de novembro de 1830.

Nossa Senhora de Lourdes

Foi na Gruta de Massabielle, na França, que Nossa Senhora se mostrou 18 vezes para Bernadette Soubirous. Sob o título de “Imaculada Conceição”, ela pediu oração e penitência pela conversão dos pecadores.

Sua primeira aparição aconteceu no dia 11 de fevereiro de 1858 e a sua última aparição foi no dia 16 de julho de 1858.

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Nossa Senhora de Fátima

Sua primeira aparição foi dia 13 de maio de 1917, enquanto Lúcia de Santos e seus dois primos, Francisco e Jacinta Marto, cuidavam das ovelhas, Maria apareceu seis vezes para eles, onde se identificou como “Nossa Senhora do Rosário”. 

Maria pediu, então, para rezar a oração do rosário, solicitou penitência pela conversão dos pecadores e a consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração. 

A sua última aparição se deu no dia 13 de outubro de 1917.

Nossa Senhora da Esperança

No dia 17 de janeiro de 1871, Maria apareceu em uma fazenda para os alunos de uma escola que se localizava em um convento, durante a devastação da Guerra Franco-Prussiana. A mensagem que Maria deixou foi: “rezem meus filhos. Deus os ouvirá em pouco tempo. Meu Filho se deixa mover pela compaixão”. 

Nossa Senhora de Salette

Sua aparição se deu no dia 19 de setembro de 1846, quando Maria teria vindo para Maximin e Melanie, enquanto eles cuidavam de ovelhas, nos Alpes franceses, na montanha de La Salette. 

A sua aparição triste e cheia de lágrimas exigia a conversão e penitência pelos pecados. 

Nossa Senhora de Sião

Apareceu ao judeu Afonso Ratisbonne e com isso converteu-se ao catolicismo. O jovem era muito distante da fé católica e foi no dia 20 de janeiro de 1842, em uma viagem turística a Roma, devido a uma curiosidade artística, entrou na Igreja de Sant’Andrea dele Fratte, junto de seu amigo Bussiéres. Enquanto estava no altar, Nossa Senhora apareceu-lhe e converteu instantaneamente. 

Nossa Senhora de Guadalupe

Conhecida como a Virgem de Guadalupe,  revelou-se no México, em 9 de dezembro de 1531 a um indígena Nahua, chamado Juan Diego Cuauhtlatoatzin. Durante a passagem do sábado para o domingo, Juan estava próximo à colina de Tepeyácac, quando ouviu alguém chamar pelo seu nome. Ali se deparou com uma bela mulher, que se identificou como a Virgem Maria, mãe de Deus. Ela pediu para que levasse ao bispo Juan de Zumárraga uma mensagem, pedindo que fosse construída uma igreja, mas o bispo resistiu às tentativas de Juan. 

Para convencer o membro do clero, Nossa Senhora de Guadalupe teria coletado flores em um local semi-desértico em pleno inverno, e dito a Juan que levasse ao bispo, envolta de seu manto, elaborado em um tecido indígena, próprio dos povos colombianos. 

Ao apresentar a veste diante da autoridade religiosa, contando o que foi orientado pela Virgem de Guadalupe, as flores do tecido foram se derramando no chão e imediatamente uma imagem de Nossa Senhora ficou impressa no manto. O fato surpreendeu a todos, que logo se prostraram diante do manto. 

Uma mensagem de amor

De tantas aparições, é importante refletir as mensagens que Nossa Senhora deixa a seus filhos, seja a continuidade da oração, o convite à conversão e a penitência. 

Maria quer caminhar ao nosso lado para que não percamos de vista seu Filho Jesus. Ela nos conduz à santidade, que o verdadeiro cristão deve seguir, com base no Evangelho do amor, que Cristo nos ensinou.

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Volta Livre Soul movimenta chácara de Uvaia no final de semana

Retiro ocorreu no sábado, 27, e foi promovido pela Copiosa Redenção

A chácara Padre Wilton, no distrito de Uvaia, recebeu no último sábado, 27, o retiro “Volta Livre Soul” que contou com a presença de pouco mais de 250 jovens de Ponta Grossa e região.

Com uma temática semelhante ao que já é vivenciado, tradicionalmente, no carnaval, o ‘volta’ trouxe momentos de espiritualidade, louvor, pregação e animação para os jovens que participaram ativamente ao lado dos membros da Copiosa Redenção.

O retiro contou com a pregação dos religiosos, Irmão Higor, Irmão João Paulo, da Madre Tânia, além do idealizador do Projeto Escolhas, Júlio Borges.

Para a Irmã Nayara, CR o retiro foi uma forma de trazer mais sentido da presença de Deus na vida destes jovens: “Foi sensacional, incrível, obrigada a todos que participaram” – agradece

Veja todas as fotos do retiro acessando: https://abre.ai/fotosvoltalivresoul2022

Comunidade Terapêutica celebra 11 anos de fundação

CT Monsenhor Gabriel Mercol está localizada em Presidente Médici/RO

A Comunidade Terapêutica Monsenhor Gabriel Mercol comemorou, no último dia 26 de agosto, seus 11 anos de fundação.

Com capacidade para acolher cerca de 25 mulheres adultas com transtornos decorrentes do uso de substancias psicoativas, a CT está localizada na cidade de Presidente Médici, no estado de Rondônia.

O aniversário contou com a presença dos Irmãos e das Irmãs da Copiosa Redenção, bem como, das acolhidas e dos colaboradores da comunidade.

Para a Irmã Bruna Veras, CR – religiosa que chegou a menos de um ano da CT, celebrar este aniversário de 11 anos é uma grande alegria: “estar nesta cidade de Presidente Médici, RO, celebrando o aniversário de nossa comunidade é sinônimo de alegria. Esta comunidade é muito querida por todos que aqui vivem, e também, pelo pessoal da nossa região. É muito bom ver os frutos que a Copiosa Redenção traz para este lugar, diariamente, junto as nossas acolhidas, fazendo o processo terapêutico.” – Diz.

Conheça mais sobre a Comunidade acessando aqui.

5 práticas para uma boa saúde psicológica na vida religiosa

Um consagrado é alguém “separado” para o Sagrado, para Deus. Quando alguém faz a oferta de si a Deus está afirmando com sua vida que é todo Dele.  

Esse caminho prevê que seu corpo, sua alma e sua mente direcionarão todos os seus esforços em vista de uma missão, de um estilo de vida. 

No entanto, um risco que se corre é o descuido consigo mesmo, em especial com a saúde psicológica. São os desafios da missão, as relações fraternas, as exigências consigo mesmo para corresponder à evangelização, a busca pela santidade, a renúncia dos afetos e desejos, tudo isso pode ocasionar uma sobrecarga emocional e psíquica. 

Por isso, confira algumas dicas para ajudar você a ter mais saúde e qualidade de vida

1 – Encontre meios de descontração 

A vida religiosa costuma propor uma dinâmica ordinária de oração, apostolado e vida comunitária. Celebração da Missa, Rosário, leitura espiritual, Lectio Divina, atendimentos de oração e confissão, assistência social, educação, formação, busca de donativos, relacionamento com benfeitores.

Porém, em meio a tudo isso, o religioso precisa aprender a descontrair-se, encontrando o que lhe causa prazer. Pode ser a leitura de bons livros, um passeio, a contemplação da natureza, um bom filme, um jogo de tabuleiro, enfim, são muitas as possibilidades. 

O importante é que a mente tenha “canos de escape” para extravasar as tensões, canalizar os medos e fortalecer a alegria e o prazer.

2- Discipline-se para o repouso 

Parece ser contraditório ou paradoxal utilizar o verbo “disciplinar” para o substantivo “repouso”. Porém, para muitos religiosos é necessário criar uma estrutura de disciplina também para o descanso. 

Há uma confusão entre descontrair e descansar o corpo. A descontração favorece o imaginário, a memória, os afetos, as emoções. O repouso, o descanso físico, proporciona bem-estar e qualidade de vida, interferindo fortemente na boa saúde psicológica. 

Muitos, ao fim do dia, passam horas nas redes sociais “descontraindo”, ao invés de dormir um pouco mais e descansar a mente e o corpo. Além dos malefícios do uso das telas para boa qualidade de sono, a falta de disciplina em dormir em um horário para acordar em outro que proporcione uma janela de sono satisfatória compromete a saúde. 

Portanto, é necessário que se estabeleça uma rotina de sono que o religioso durma em média de 7 a 8 horas, como orienta a Fundação Nacional do Sono. 

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3 – Não se descuide da alimentação 

Uma alimentação balanceada, rica em nutrientes, com uma vasta opção de frutas, legumes e vegetais, possibilita boa qualidade de saúde física e psicológica. Já os industrializados, ou uma rotina de alimentos ricos em carboidratos e açúcares comprometem o bom desempenho metabólico. 

Por isso, é indispensável que as comunidades religiosas ofereçam uma alimentação planejada e ajustada às demandas de cada religioso. 

4 – Fortaleça a vida de oração 

Sim, é comprovado pela ciência e pelos mais de 2 mil anos de história da vida consagrada na Igreja que a vida de oração é indispensável para a saúde psicológica. 

É diante de Deus que o ser humano se coloca com sua verdade e seus medos. Por isso, o religioso não pode se descuidar dos seus compromissos espirituais, de uma vida espiritual autêntica e profunda, aos moldes do Carisma ao qual foi chamado. 

É vivendo na intimidade de cada morada, como ensina a Mestra espiritual Santa Teresa de Jesus, que os religiosos encontram o jugo suave e o peso leve do qual Jesus fala nos Evangelhos. 

5 – Peça ajuda profissional, se necessário 

Algo que precisa sair do imaginário dos religiosos é o preconceito com o acompanhamento profissional em vista do psicológico. Ainda há muitos superiores ou mesmo irmãos e membros de Ordens que não lidam bem com a possibilidade de exposição das suas dores e angústias com um profissional. 

No entanto, para a boa saúde psicológica é importante a escolha de bons terapeutas e psiquiatras que orientem, mediquem, quando necessário, e compreendam a vida e a escolha dos religiosos. Por isso, a Congregação para vida consagrada prevê que os superiores escolham bons profissionais, alinhados com a fé e com o espírito da vida consagrada. 

Conclusão 

Se o religioso está sempre atento aos sinais do seu corpo e da sua mente, cria uma rotina que proporciona tempos de oração, descanso e trabalho, provavelmente encontrará realização e sentido de vida. 

Foi pensando em você, que tem dedicado sua vida em servir e cuidar dos outros, que preparamos estas 5 práticas para serem inseridas no seu projeto de vida pessoal, urgentemente. Leia, reflita, aprofunde-se e faça o firme propósito de vivenciá-las.