Série Virtudes no dia a dia: a Prudência

Você já ouviu esse conselho: tenha prudência!? Essa virtude é uma das mais comuns no dia a dia, principalmente porque ela ajuda a frear os impulsos e agir com cautela diante de situações delicadas.

Quer entender melhor sobre a virtude cardeal da prudência? Segue a leitura deste post.

O que significa prudência?

A palavra prudência tem origem do latim prudentia e significa previsão e sagacidade. O dicionário complementa dizendo que é uma qualidade da pessoa que age de maneira a evitar perigos ou consequências ruins, com precaução, cautela, atenção, sensatez.

Os Santos Padres dizem que a prudência é a mãe de todas as outras virtudes, pois se eu quero saber como agir, tenho que me basear no mundo real, com os pés no chão, ou seja, a prudência indica a medida justa das demais virtudes, sem exagero nem falta.

Assim, a gente percebe que prudência é uma virtude muito importante, útil e presente no cotidiano. Se ela nos ajuda a escolher entre o bem e o mal, então é a companheira certa em qualquer ocasião, seja na vida pessoal, profissional ou nos relacionamentos.

Por sua vez, essa virtude pede inteligência, lógica, memória e vigilância. Ela não é o mesmo que astúcia, porque foca no bem e no amor, não tira proveito das situações, nem age com malícia, como acontece com a astúcia, mas se preocupa com o que é certo. 

A prudência nas Sagradas Escrituras

Na Sagrada Escritura, a prudência aparece como uma propriedade de Deus. O fato importante é que ela vem sempre acompanhada pela sabedoria e juntas fazem parte da natureza divina, logo são dons que habitam no coração de todo batizado.

Em Provérbios 8,12 diz:

“Eu, a Sabedoria, moro com a prudência, e descobri a arte da reflexão. O temor do Senhor odeia o mal. Detesto o orgulho e a soberba, a má conduta e a boca falsa. É meu o conselho e a prudência, são minhas a inteligência e a fortaleza” .

E ainda em Pr. 2,6:

“É o Senhor quem dá a Sabedoria, e de sua boca procedem conhecimento e prudência”.

Em Cristo, a prudência alcança o seu auge porque a medida é dada pelo amor a Deus e ao outro com o mesmo peso e importância.

“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6, 33).

Logo, a Palavra de Deus nos ilumina sobre o quanto a prudência é um dom de Deus que precisa ser invocada em todas as situações da vida.

Práticas prudentes

Papa Francisco, em uma de suas homilias, diz:

“Alguém pode pensar que a prudência seja a virtude ‘alfândega’, que, para não errar, faz parar tudo. Mas não! A prudência é virtude cristã, é virtude de vida; mais, é a virtude do governo”. Entenda melhor!

A partir da seguinte situação: uma discussão em que a raiva toma conta, palavras são ditas, até violência pode acontecer! Que estrago! Já bastam as feridas que as palavras causam quando não são medidas! Será que o relacionamento tem conserto depois disso?

Aí a gente entende o que o Papa quis dizer sobre ‘a virtude do governo’. Saber governar a língua, por exemplo, é uma grande virtude da prudência! Mas para que isso aconteça, a pessoa precisa de alguns instrumentos a fim de não pecar contra a prudência. São eles:

A memória, a razão e o conselho: a memória é o depósito da vida. Nela estão as experiências passadas; a razão é o pé no chão, ela diz se vale a pena o risco; por fim o conselho é a compreensão de que não temos resposta para tudo!

Portanto, antes de se perder nas palavras, observe as experiências passadas (memória); como dizer certas coisas (razão) e se é o momento, o lugar certo (conselho). Isso é prudência. Agora, citamos a língua, mas esse esquema funciona para qualquer situação.

Como alcançar essa santa virtude

Aristóteles diz algo interessante:

“Os jovens são imprudentes pelo simples fato de serem jovens, isto é, não viveram (acertaram e erraram) o suficiente para adquirir a prudência”.

A boa notícia disso é que a prudência, como toda virtude, se alcança com o tempo.

Logo é preciso viver, enfrentar os desafios da vida que vêm ao nosso encontro. No entanto, se quisermos que a prudência faça parte das nossas ações, precisamos da oração e da meditação da Palavra de Deus.

Como rezou Salomão:

“…Dai-me a sabedoria que partilha do vosso trono…” (Sb.9,4).

Rezar e meditar são duas atitudes da vida cristã que nos conectam ao Espírito Santo, o doador de todos os dons. Por fim, que as virtudes cardeais sejam suas companheiras na vida e na lida

O que você faz com seu tempo?

Um dia é caracterizado por 24 horas. Não importa onde você esteja, todo ser humano que habita a Terra tem a mesma quantidade de tempo disponível para executar as suas tarefas. Contudo, não se pode dizer que todos vivam este tempo da mesma maneira.

Talvez você se recorde da famosa série de TV, 24 horas, em que o agente da unidade contra o terrorismo, Jack Bauer, tinha exatamente 24 horas para impedir diversos crimes que ameaçavam a integridade dos cidadãos norte-americanos. 

24 horas para evitar atentados terroristas, ameaças biológicas e ambientais, crimes cibernéticos. Ao passo que além de lidar com essa realidade, ele precisava administrar a própria vida e solucionar dilemas familiares e de relacionamentos. Parece uma loucura, não é mesmo?

Provavelmente você não tenha que enfrentar esses problemas no seu dia a dia e salvar o mundo não seja a missão da sua vida. Mas saber como gerir o próprio tempo é uma habilidade essencial para os dias atuais.

Quer saber como administrar melhor o seu tempo para se dedicar mais à família e aos amigos? Então acompanhe este conteúdo e veja as dicas que separamos para você. 

Como administrar melhor o próprio tempo

Para aprender a gerenciar melhor o tempo é importante ter claro que o problema não está em realizar atividades em excesso, mas, sim, em não vivê-las bem. Saber administrar o tempo de maneira estratégica e inteligente é um importante ativo para a sua produtividade.

A sensação de escassez do tempo surge normalmente quando se realiza atividades sem uma ordem própria, sem uma visão ampla do que é necessário cumprir. Com isso, imprevistos e novas necessidades podem surgir e interferir no andamento daquelas que são mais importantes.

Portanto, para estabelecer uma rotina que te permita viver melhor atividades profissionais e familiares, procure organizar suas tarefas. De maneira simples, estabeleça um dia da semana para organizar os seus compromissos.

Mas atenção! É preciso estar atento e evitar que essa tarefa ganhe mais tempo do que seja realmente necessário. Esta é uma ação simples e prática e você poderá adotá-la de forma que seja mais claro e efetivo para você. 

First things first 

Esse termo em inglês é utilizado para estabelecer prioridades. Um dos grandes vilões da produtividade são as tarefas urgentes, mas não importantes. É preciso estar atento ao grau de importância que essas atividades realmente possuem. Muitas vezes elas podem comprometer o seu tempo em vista de tarefas que irão te proporcionar melhores resultados a longo prazo.

Tenha em mente quais são suas prioridades e organize o seu tempo começando pelas tarefas mais simples. Elas exigirão menos tempo de você e, assim, estará livre para se dedicar às atividades mais complexas. 

Para se organizar, responda essas perguntas a si mesmo:

  • Essa tarefa é realmente necessária ou posso adiá-la?
  • É possível automatizar essa tarefa?
  • Posso delegá-la a outra pessoa?
  • Em caso negativo: Isso precisa ser feito AGORA ou posso adiar?
  • Não posso adiar? Então, faça imediatamente.

Evite ao máximo organizar as suas tarefas apenas mentalmente. Acredite, você pode tornar-se vilão de si mesmo ao agir assim. Procure anotar em um caderno ou até mesmo no celular a lista de tarefas que precisa cumprir. A tecnologia hoje nos fornece diversos recursos para administrar melhor o nosso tempo. Você pode adotar métodos de organização diário ou semanal. 

O importante é que tenha sempre à sua vista aquilo que precisa cumprir. Quando você anota as suas tarefas, consegue visualizar melhor aquilo que está por vir. Então, mesmo que em algum dia você tenha lidado com imprevistos que comprometeram o seu planejamento, você conseguirá se reorganizar remanejando as tarefas dos próximos dias.

Caso tenha dificuldades em lidar com novos aplicativos e recursos tecnológicos, opte por métodos práticos e offlines. Eles podem ser altamente eficazes e práticos também. Uma ferramenta útil para gestão do tempo são os tradicionais Bullet Journal.

Neste modelo, além de anotar as tarefas que precisa cumprir, você poderá se organizar e planejar também com relação a sonhos e projetos futuros. Além de incluir nesta ferramenta elementos que trazem inspiração para a sua vida. 

Espírito Santo, o melhor amigo do tempo 

Não dá para falar de técnicas e ferramentas de gestão do tempo sem falar Nele que deve estar no centro de tudo: Deus!  “Buscai, assim, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6,33).

Iniciar o seu dia na presença de Deus, suplicando o auxílio do Espírito Santo para te orientar e conduzir nas ações que precisa realizar ao longo do dia, com certeza será um importante recurso ao seu favor.

Por isso:

  • Estabeleça um horário para seu momento de oração e organização de tarefas

    Adotar um horário fixo para a organização de suas tarefas e de seu momento de oração, irá contribuir com a sua disciplina. Assim, ainda que em sua rotina diária tenha muitas tarefas a cumprir, você estará mais focado e saberá onde direcionar a sua atenção.

    Você pode organizar suas atividades na noite anterior. Isso permitirá que você compreenda quais são suas principais obrigações ao longo do dia, ao invés de simplesmente ir realizando as tarefas conforme elas forem surgindo.
  • Se afaste das distrações

    Ao realizar tarefas importantes e que demandam uma energia e concentração maior da sua parte, retire notificações, silencie seus aplicativos e se afaste das distrações. Você pode optar ainda por trabalhar com fones de ouvido para eliminar os ruídos externos que te desconcentram.

Para pais e mães com filhos pequenos, sabemos que essa ação pode ser mais desafiante, por isso, descubra uma forma de incluir os pequenos em suas atividades. De modo que eles estejam ocupados enquanto você executa suas tarefas.

  • Tenha paciência com a adaptação de novos processos

    Não se cobre em excesso e entenda que adquirir um novo hábito exige um tempo de adaptação necessária. Procure aproveitar melhor o processo dessa nova jornada, ao invés de se punir quando as coisas não saem conforme o planejado. Entenda a sua realidade e vá inserindo as mudanças de modo gradativo. Com o tempo, você entenderá o que funciona melhor para você e sua realidade.
  • Faça pausas entre as tarefas

Para isso, você pode adotar a técnica Pomodoro. Um método bem conhecido em que te permite dedicar mais tempo e atenção com foco em suas atividades, combinando com intervalos de descanso. 

Nesse sentido, você poderá aproveitar o seu tempo livre para exercer o ócio criativo, favorecendo o lazer e descanso, que também são muito necessários para a sua produtividade.

  • Saiba dizer não

Cuidado com tarefas simples, que podem comprometer suas ações mais importantes. É importante saber dizer não, pois, às vezes, ações que parecem inofensivas podem te desviar totalmente do foco das tarefas que você estava desempenhando. Com isso, você investirá muito mais energia e tempo para se restabelecer.

E se mesmo com essas dicas você precisar de uma ajuda maior para não apenas organizar o seu tempo, como também lidar com outros desafios de sua vida, conte com Nossa Senhora! 

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11 hábitos de um relacionamento saudável

É muito comum encontrarmos atualmente relatos sobre relacionamentos tóxicos e abusivos. Uma consequência própria do tempo em que vivemos, de relações líquidas e descartáveis. Contudo, apesar deste cenário desafiador é possível ainda assim, manter um relacionamento saudável. Sobretudo quando ele está alicerçado em Deus, fonte de todo o Amor e Redenção.

Certamente você já conhece ao menos um comportamento que caracteriza uma relação abusiva. Mas e quanto aos hábitos saudáveis de uma relação? Qual o segredo de casais que conseguem manter a cumplicidade, o companheirismo, a paixão e o fazem perdurar por muitos anos?

Se você deseja se aprofundar neste tema e conhecer os aspectos de um relacionamento saudável, este texto foi feito para você. Separamos 11 hábitos de um relacionamento saudável que irão renovar em você a esperança em relações maduras e repletas de afeto. Quer você esteja comprometido ou não, afinal de contas se faz necessário também conhecer estes hábitos para quando o amor bater à sua porta. 

Hábitos saudáveis: Como criá-los?

Antes de tratar da relação a dois, precisamos falar a respeito da relação mais importante de todas: a de você consigo mesmo. Afinal de contas, é apenas tendo um compromisso com o seu ser inteiro, que você será capaz de se doar completamente para outra pessoa.

Por isso, ao falar de hábitos para um relacionamento saudável devemos pensar e reconhecer a sua importância como parte da rotina pessoal diária. O que isso significa? É preciso pensar nas ações e comportamentos que você realiza de maneira individual.

Talvez você já tenha escutado falar do famoso livro do escritor Charles Duhigg, O poder do hábito. Neste livro, o autor trata do impacto dos hábitos, ou seja, aquelas ações que fazem parte da nossa rotina, muitas vezes assumidas de maneira inconsciente.

De acordo com o dicionário, hábitos são tudo aquilo que realizamos de maneira usual, fazemos ou nos comportamos de maneira frequente. Porém, de acordo com o autor, essas ações que assumimos em nosso dia a dia, são realizadas mais pelo costume do que por uma escolha racional propriamente dita. “A maioria das escolhas que fazemos a cada dia pode parecer fruto de decisões tomadas com bastante consideração, porém não é. Elas são hábitos”. 

Sendo assim, elas podem ser adaptadas de modo que contribuam com resultados mais positivos, de acordo com os nossos objetivos. Diante disso, como podemos introduzir hábitos saudáveis para dentro de uma relação? Que tipo de ações e comportamentos são necessários adotar para que você consiga manter um relacionamento saudável consigo e com seu parceiro(a)?

Veja a seguir os 11 hábitos de um relacionamento saudável que separamos para você!

  •  Seja uma pessoa saudável 

Lembra quando eu disse ali em cima, que não é possível falar de um relacionamento saudável sem antes falar de relacionamento consigo mesmo? Pois bem, ser uma pessoa saudável não se trata apenas de cultivar uma alimentação adequada, praticar exercícios físicos. Isso, sem dúvidas, é algo muito positivo para a sua saúde física, mas a sua saúde mental e espiritual é tão importante quanto. Por isso, invista no seu autoconhecimento e auto cuidado pessoal, entendendo e acolhendo a sua própria história de vida para que isso não gere feridas dentro da relação na qual você se encontra. 

É muito comum observar casais que entram em desentendimentos por questões que muitas vezes são assuntos mal resolvidos do passado, na história de um dos indivíduos. Sabe aqueles famosos gatilhos emocionais, que te fazem recordar de experiências antigas mas que não necessariamente fazem sentido com o contexto presente? Pois então, essas recordações se não forem bem resolvidas, podem gerar complicações na sua relação atual que em nada tem relação com o seu passado. 

  • Cultive o diálogo na relação 


Para manter um relacionamento saudável é muito importante que o casal cultive o diálogo sincero e transparente na relação. Já dizia a canção “o meu melhor amigo é o meu amor”. O seu parceiro(a) precisa ser antes de mais nada o seu grande amigo. 

Aquela pessoa que conhece suas qualidades e defeitos e, mesmo assim, te escolhe diariamente. Com quem você não sinta receio de expressar seus sentimentos mais profundos, ainda que nem sempre cultivem o mesmo ponto de vista. 

Mas é por meio do diálogo honesto e transparente que vocês conseguem restabelecer a comunhão e encontrar apoio mútuo para seguir adiante frente aos desafios. 

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  • Não fale mal um do outro para terceiros

Diante de um conflito ou situação de desacordo entre você e seu parceiro(a) é muito importante lembrar-se que vocês não são inimigos um do outro. Pelo contrário, tendo em vista o bem da relação, precisam se unir para juntos encontrar a solução para o conflito de forma a devolver a harmonia para a relação.

Nesse sentido, é muito importante evitar fazer comentários negativos a respeito do seu(a) parceiro(a) para outras pessoas. Se há algo te incomodando na relação o seu(a) parceiro(a) é o principal interessado em ter conhecimento sobre este fato. É portanto para ele(a) que você deve apresentar os seus incômodos. 

Lembre-se sempre de buscar a cordialidade nesses momentos. Não tenha pressa para esse diálogo, evite alimentar esse tipo de conversa em momentos de raiva em que muitas vezes os pensamentos estão desordenados. Ao contrário, respire fundo, coloque a cabeça no lugar e dialogue procurando também escutar o outro e nunca com uma postura de julgamento. 

  • Comece e termine o dia com pequenas expressões de amor 

Não há como falar de hábitos saudáveis em um relacionamento, sem mencionar o incrível poder dos pequenos gestos. Relação é algo que se constrói no dia a dia, não importa quanto tempo estejam juntos é sempre possível recomeçar. E nada melhor para o recomeço de uma relação do que relembrar a melhor fase de todas: o início, a fase da conquista.

Ao cultivar em sua rotina pequenos hábitos como dizer “eu te amo” ao acordar, não dormir sem antes dar um beijo, realizar pequenas gentilezas e surpresas que agradem a pessoa amada, você contribui para que a sua relação seja fortalecida. 

  •  Celebre as conquistas um do outro 

Prezar pela individualidade um do outro é fundamental dentro de um relacionamento saudável. Nesse sentido, não há nada melhor do que ter ao lado alguém que celebre as suas vitórias junto a ti. Afinal de contas, “há maior alegria em dar do que em receber “ (At 20,35). 

Diante disso, a grande alegria no coração de quem ama é ser feliz fazendo o outro feliz, enxergar a quem se ama conquistando seus objetivos e celebrar suas vitórias como se fossem as suas próprias. 

  • Peça desculpas quando necessário 

Quem cultiva um relacionamento saudável não perde tempo com desentendimentos e é capaz de admitir os próprios erros e se desculpar, em vista de restabelecer a comunhão com a pessoa amada. 

Por isso, não permita que o orgulho faça parte da sua relação. Se você deseja ter um relacionamento saudável, entende que é necessário abaixar-se, cultivar a humildade. Não permita que situações pequenas e mal resolvidas, comprometam a unidade dentro da sua relação. Saiba desculpar-se e acolher o perdão. 

  • Não descuide da vida conjugal 

Na vida matrimonial é muito importante que o casal esteja atento quanto a sua relação de parceria. Isso porque, são eles que permanecerão para sempre unidos mesmo depois que os filhos crescerem e deixarem suas casas. 

Por isso, estabeleça um dia fixo na semana que seja voltada somente para vocês dois. Sem filhos, sem preocupações externas, para que possam escutar um ao outro, descobrir novos lugares e experiências. Manter o hábito desse encontro semanal contribuirá para que a paixão, o cuidado um com o outro, faça sempre parte da sua rotina. Juntos vocês são muito mais fortes.

  • Escute atentamente ao outro 

Em qualquer tipo de relacionamento é preciso saber cultivar a escuta atenta do outro, ou como nos disse o Papa Francisco “escutar com o ouvido do coração”.  Ainda mais, quando tratamos de relações afetivas e conjugais. Por isso, preste atenção e escute atentamente aquilo que o(a) seu(a) parceiro(a) está querendo expressar.

Ao abrir o coração para você, ele(a) deseja ser acolhido(a), amado(a). Nem sempre essa escuta atenta consiste em encontrar soluções para os problemas apresentados. Mas, sobretudo, trata-se de acolhimento, afeto, amparo, carinho e amor. 

  • Saiba respeitar o seu parceiro 

Ainda que nem sempre você concorde com as opiniões ou atitude de seu(a) parceiro(a), depois da escuta atenta se faz necessário sempre exercer o respeito um pelo o outro. Isso significa que para manter o relacionamento saudável entre vocês, atitudes como: xingamentos, agressividades, tom de voz elevado, não devem fazer parte da rotina de vocês como casal. 

  • Há confiança um no outro

A presença da confiança é fundamental para um relacionamento saudável. Quando ela se faz presente na relação, não há espaço para mentiras, dependência emocional, controle excessivo sobre o outro. 

Quem confia sabe deixar o outro livre, porque entende que a relação foi construída à base da lealdade e do respeito mútuo e, diante disso, não há o que temer. 

  • Há comunhão na vivência da espiritualidade 

O casal que deseja viver em harmonia e cultivar um relacionamento saudável, deve olhar sempre para o modelo da Sagrada Família que tem Jesus como o centro da relação. É ali, alicerçados na fé e unidos em Cristo que o casal encontrará a graça e a força necessária capaz de recomeçar e restabelecer a comunhão e a unidade em sua relação. 

Série Virtudes no dia a dia: A Fortaleza

A virtude da fortaleza é companheira em todas as horas. Quem vive sem medo ou não teme os desafios da vida, realidades da sociedade como a violência, insegurança financeira ou enfermidades repentinas e até mesmo a morte?

Pois é! Essas e outras situações nos pedem força, coragem e confiança. E a virtude da fortaleza nos torna aptos a enfrentar provações, qualquer perseguição e vencer até o medo da morte.

Mas também é a virtude que nos capacita quando tomamos decisões exigentes na vida, por exemplo a santidade! Então, será que você precisa dessa graça em sua companhia? Abrace essa virtude e veja como ela é sempre bem-vinda.  

Quem é a virtude da fortaleza

Segundo o Catecismo da Igreja Católica (§ 1808), a fortaleza é a virtude moral que, no meio das dificuldades, assegura a firmeza e a constância na continuidade do bem. Torna firme a decisão de resistir às tentações e de superar os obstáculos na vida moral. 

Ou seja, ela é necessária e está perto da vida humana principalmente através do batismo. É interessante observar que não se trata de força física, apesar de essa ser exemplo de fortaleza, mas está ligada à capacidade de suportar e enfrentar situações.

A fortaleza é também a virtude dos profetas, dos santos e dos mártires, personagens que ajudaram a construir a nossa fé e escreveram a história da Igreja. Recordemos o martírio de Pedro e Paulo, colunas da nossa fé, que testemunham Cristo até a morte.

E hoje ela continua sustentando homens e mulheres que perseveram na caminhada e dão suas vidas pela causa do evangelho. A ONG OPEN DOORS informou que 322 cristãos são mortos por mês no mundo por causa de sua religião, vitima do extremismo islâmico.

Coragem, eu venci o mundo (Jo 16,33) 

Cristo é o modelo de fortaleza. Assim, todo cristão se espelha Nele e tem no Senhor o seu sustento, como diz o salmista:

“O Senhor é minha rocha e fortaleza” (Sl.26).

Quando enfrentou sua missão até o fim, o Senhor nos provou a força de sua decisão em nos salvar.

É claro que não há força sem amor, e, ao mesmo tempo, a força do amor vem acompanhada de outras virtudes, entre elas a ordem e a justiça, que já tratamos em outros textos. Então, quando pedimos a fortaleza é importante amamos a vida e o Senhor da vida!

Mas como amar a vida através da virtude da fortaleza? Ora, essa virtude nos ajuda a enfrentar depressão, o stress, o câncer, o desemprego, os conflitos familiares, as decepções da vida etc. isso é amar a vida! É a fortaleza interior do amor.

E quanto a força de amar o Senhor? Toda luta tem um combate espiritual. Por isso a fortaleza é a arma contra o relativismo da fé, o aborto, as denúncias e calúnias contra a Igreja e o Santo Padre, além de nos manter firme nos propósitos de santidade.

Coloquemos em prática a força

Quantas vezes sentimos as forças desaparecerem diante de decisões que abraçamos! Essa é a hora de clamar pela virtude da fortaleza. Ela é uma ótima companhia no matrimôniona educação dos filhos e no alcance de projetos profissionais.

Mas ainda nos fortalece na busca pelo bem, verdade e justiça. Ela sustenta nossa fidelidade no cumprimento dos nossos deveres como cristãos e como cidadãos. Além de nos fazer promotores da paz com firmeza e coragem em uma sociedade tão desigual.

E se falarmos sobre a rotina: levantar, trabalhar, estudar, cuidar de casa, servir na Igreja, participar de reuniões, cuidar da saúde, enfim! É preciso a fortaleza para manter o ritmo e dar continuidade, todos os dias, à vida e às suas exigências.

Por fim, a virtude da fortaleza produz em nós serenidade e humor para olharmos os contratempos da vida com fé e esperança. Resta-nos dizer sempre:

“Ó meu Deus, criai em mim um coração puro e renovai-me o espírito de firmeza” (Sl.50,12)

Série Virtudes no dia a dia: a justiça

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mt 5, 6).

Esse versículo bíblico é bastante admirado e um refúgio de muitos injustiçados que temem a Deus e esperam em Sua misericórdia.

Mas a Justiça sobre a qual Cristo fala não é um conjunto de teorias, ideologias, ciência ou regras de comportamentos a serem praticadas, porém um modo de vida em que prevalece o direito do próximo como prevalecem os meus direitos.

Já o Catecismo da Igreja Católica define a justiça como a virtude que consiste na vontade constante e firme de dar a Deus e ao próximo o que lhe é devido. Assim, são duas referências: ser justo para com Deus e para com o próximo. 

Agora, na série Virtudes, entenda mais sobre esse tema e renove as práticas justas em sua caminhada.

O que é justiça

O Papa Francisco, em um discurso aos magistrados da Itália, disse:

“A justiça é uma virtude, ou seja, uma veste interior do sujeito: não um traje ocasional ou que se usa para as festas, mas um hábito que se deve vestir sempre, porque reveste e envolve, influenciando não só as opções concretas, mas também as intenções e os propósitos.

E afirmou ainda que é “uma virtude cardeal, porque indica a justa direção e, como um eixo, é ponto de apoio e de junção. Sem justiça toda a vida social permanece travada, como uma porta que já não se abre, ou acaba por chiar e ranger, num movimento lento.

É verdade que todos temos uma noção de justiça, seja no campo jurídico, das relações ou da organização da sociedade, já que ela ordena muitas coisas; dela depende a coexistência dos povos e sua ausência causa graves consequências entre as pessoas.

No entanto, independente das questões teóricas sobre a justiça, ela é como um traje, conforme disse o Papa, que reveste o coração. Quem não tem essa veste, não dá a Deus, a si, nem ao outro o que lhes pertencem. A justiça rege as decisões do coração humano.

A virtude da Justiça nas Sagrada Escritura 

A justiça como a veste interior citada pelo Papa precisa encontrar sua fonte e não há melhor lugar que a Palavra de Deus. São muitos homens que foram elogiados com essa qualidade e alguns deles conhecemos bem:  

  • Glorioso São José, patrono da Sagrada Família: “Por ser José, seu marido, um homem justo, e não querendo expô-la à desonra pública, pretendia anular o casamento secretamente” (Mt. 1,19).
  • João Batista: “Porque Herodes temia João e o protegia, sabendo que ele era um homem justo e santo; e quando o ouvia, ficava perplexo.”(Mc. 6,20).
  • Simeão: “Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, que era justo e piedoso, e que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele” (Lc. 2,25).
  • José de Arimatéia: “Havia um homem chamado José, membro do Conselho, homem bom e justo” (Jo. 23,50)

Nas Sagradas Escrituras, o homem justo era aquele que respeitava a Deus, vivia sob sua Palavra e esperava a justiça plena, o Messias. No entanto, essa vivência não era abstrata, mas a prática do que é certo, principalmente o auxílio ao pobre, a viúva e ao órfão.

A prática do que é justo hoje

Atualmente, a prática da justiça é um grande desafio. Mas para o cristão ela está associada à vivência do amor, logo é uma obrigação que se nos impõe. Amor porque a justiça é prática do bem, do certo, é amar a Deus e ao outro.

Dessa forma, a justiça regula nossa convivência, possibilita o bem comum, defende a dignidade humana e respeita os direitos humanos; ela produz a paz e diminui a guerra; dela brota a verdade, a gratidão e nela a religião encontra força para testemunhar o amor.

Segundo Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida – SP:

“Não se pode construir o castelo da caridade sobre as ruínas da justiça. Pelo contrário, o primeiro passo do amor é a justiça, porque amar é querer o bem do outro.” 

Se é assim, combatemos a mentira, a calúnia, a humilhação e tudo que tira o direito do outro; não aceitamos a violência, nem a exploração do homem pelo homem e principalmente deixamos a pessoa livre para fazer as próprias escolhas. Isso é justiça.

Por fim, a virtude da justiça nos lembra quem somos e como devemos agir no dia a dia ao mesmo tempo em que nos faz promotores de um mundo melhor conforme a vontade de Deus.

Série Virtudes no dia a dia: a ordem

Santo Agostinho diz que a paz é a tranquilidade da ordem. Essa afirmação nos abre inúmeras possibilidades de interpretação, mesmo para quem não acredita em Deus.

Imagine que você está atrasado para um compromisso e não acha a chave do carro em meio a desordem de sua casa. Você perde logo a paz. Assim, a desordem nos desestabiliza, já a ordem nos pacifica.

Mas em um nível espiritual, o que significa a ordem? Que benefício essa virtude tem em nossa vida e nos afazeres cotidianos? Segue essa série e você ficará um especialista não apenas nessa virtude, mas em todas as outras.

Significado da virtude da ordem

Antes de tratarmos sobre a virtude, vamos percorrer um caminho de aprendizagem em torno da palavra ‘ordem’. O dicionário tem várias explicações: disposição ordenada das coisas; regras, leis, comando, hierarquia, tranquilidade, paz, organismo, como a OAB etc.

Se olharmos bem, todas as explicações tratam a ‘ordem’ como algo estruturado, reto. A ordem também pode se referir a disposição de coisas em um lugar qualquer. Por exemplo, onde ficam as chaves dentro de casa? Em um lugar estabelecido para elas.

E para um cristão, o que significa a virtude da ordem? Para responder é preciso estabelecer prioridades. Na vida cristã, a ordem começa quando colocamos Deus em primeiro lugar, ou seja, somos e fazemos tudo a partir desse conceito: Deus é amor e o Senhor da minha vida.

Às vezes, isso implica certa desordem, quando, por exemplo, aos domingos, oriento todos os meus afazeres domésticos e sociais a partir da Santa Missa. A casa, a roupa para lavar ou até o descanso esperam, mas tudo se ordena pela celebração da Eucaristia. 

Faça-se a ordem…

A ordem, apesar de envolver também disciplina e organização, é resultado do seguinte questionamento: quais as prioridades da minha vida? E a resposta cristã nos orienta para Deus, família, trabalho, saúde, amigos, vida, projetos pessoais etc.

De forma que tudo seja ordenado, organizado para esses fins. Se sou de Deus, preciso rezar; se tenho família, dou o melhor para eles; no trabalho, busco crescer e testemunhar bem o meu serviço. Assim, a virtude da ordem planta o amor e suas consequências na vida humana.

Então, realiza-se na vida a experiência de ver a desordem se transformar, porque qualquer pessoa, em qualquer momento da vida, pode praticar essa virtude, basta ordenar sua vida a partir das prioridades, tendo como fonte o próprio Deus.

Por fim, é interessante lembrar que do nada, Deus fez a criação (cf.Gn.1,2). Ele colocou tudo em ordem e ordenado para o bem, com destino e função. Portanto, ordem não significa perfeição logística, mas organização interior em vista de um bem, isso é uma virtude.

Ordene o coração para o bem!

Talvez você esperasse uma lista longa de ordens a fim de praticar essa virtude. Porém, mais do que colocar tudo no devido lugar e manter, a virtude da ordem é a expressão de uma serenidade, uma harmonia consigo e com os objetivos abraçados em vista do bem.

Claro que isso pede disciplina, organização, planejamento e conscientização tanto da graça de Deus, que nos constituiu seus filhos, como das responsabilidades pessoais do dia a dia, porque a virtude da ordem nos conduz à educação do espírito e da vida humana.

Mas uma virtude nunca nos engessa, ela nos conduz, nos orienta e nos liberta. Haverá dias ruins e bons, organizados e desorganizados, no entanto, se há amor de Deus, existe conserto. Então, olhe para Cristo, reveja suas prioridades, tome decisões e as ordene. 

Dia de Finados: como deve ser vivido?

No dia 2 de novembro, a Igreja recorda os fiéis falecidos. Uma data litúrgica, mas com impacto no calendário civil. No Brasil, o Dia de Finados é feriado nacional. Mas, afinal, você sabe qual a importância deste dia e como vivê-lo adequadamente?

Desde o século V, a Igreja possui uma data específica no ano para rezar pelos finados. O dia 2 de novembro é, portanto, um dia a ser santificado, em que se busca a moderação dos hábitos e os cristãos dedicam-se a rezar por aqueles que já partiram. Além disso, as orações não se voltam somente para os fiéis falecidos e conhecidos por todos, mas principalmente por aqueles que ninguém se recorda ou reza.

Se você deseja saber mais sobre o Dia de Finados e como viver bem esta data, fique atento e acompanhe este conteúdo até o fim. 

O Dia de Finados à luz da fé!

Diferente de outras religiões, nessa data não se  “invoca os mortos”, pelo contrário, os cristãos oferecem a Deus súplicas e intercessões, a fim de que estas almas sejam purificadas e, assim, possam restabelecer a sua comunhão com Ele.

Isso acontece porque, depois da morte, não há mais nada que uma pessoa possa fazer para salvar sua alma e se redimir dos pecados cometidos. De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (CIC §1030), “os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do céu”.

Portanto, rezar pelos falecidos é algo importante para que aqueles que já partiram saiam desta etapa de purificação, que é o Purgatório, e vivam o encontro definitivo com o nosso Senhor.

Leia também: O que é a Vida Eterna? 

Semana das Almas: Como obter indulgência plenária

O Dia de Finados é também uma ocasião propícia para se praticar uma das sete obras de misericórdia espirituais que a Igreja nos propõe. Mas não apenas isso, durante a Semana das Almas, como é conhecido os dias entre 1 e 8 de novembro, é possível lucrar indulgência plenária para os fiéis falecidos.

O Catecismo (CIC §1471) nos ensina: 

“A indulgência é a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada; remissão que o fiel devidamente disposto obtém em certas e determinadas condições, pela acção da Igreja, a qual, enquanto dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações de Cristo e dos santos”.

Ela pode ser obtida de maneira parcial ou plenária, e ainda o fiel pode lucrá-las para si mesmo ou aplicá-la aos falecidos. Para isso, é necessário:

  • Confissão
  • Rezar pelo Papa e suas intenções (Pai-Nosso, Ave-Maria e um Glória ao Pai)
  • Participar da Santa Missa e receber a Eucaristia em intenção do sufrágio da alma de uma pessoa
  • Ir ao cemitério e rezar pela alma do falecido

Oração pelos fiéis defuntos

Como você pôde perceber, é muito importante rezar pelos falecidos, mas não apenas no Dia de Finados. Sempre que desejar, você pode voltar o seu olhar e coração a interceder por estas almas.

Reze com fé e confiança esta oração:

Pai santo, Deus eterno e Todo-Poderoso, nós Vos pedimos por (nome do falecido), que chamastes deste mundo. Dai-lhe a felicidade, a luz e a paz. Que ele, tendo passado pela morte, participe do convívio de Vossos santos na luz eterna, como prometestes a Abraão e à sua descendência. Que sua alma nada sofra, e Vos digneis ressuscitá-lo com os Vossos santos no dia da ressurreição e da recompensa. Perdoai-lhe os pecados para que alcance junto a Vós a vida imortal no reino eterno. Por Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém (Rezar Pai-Nosso e Ave-Maria.)

Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno e brilhe para ele a Vossa luz! Amém.

Creio na Vida Eterna

O Dia de Finados e a Festa de Todos os Santos são datas que nos levam a aprofundar a reflexão e o conhecimento sobre a Vida Eterna. Por isso, queremos te apresentar o curso Creio na Vida Eterna.

Dividido em três módulos: Não morro, entro na vida; Oracional e o luto, os alunos serão conduzidos pela Ir. Zélia e o Padre Fernando. Juntos, eles irão esclarecer os principais pontos da nossa fé acerca do chamado à Vida Eterna, além de levar conforto e esperança para os corações. 

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Virtudes no dia a dia: Por que preciso ser virtuoso?

Não é comum a gente elogiar uma pessoa dizendo que ela tem muitas virtudes. Normalmente, falamos que ela é boa, justa, honesta, simpática, agradável ou, para resumir, ‘gente muito boa’.

Isso acontece porque desconhecemos que todas essas qualidades têm sua origem exatamente nas virtudes que de forma geral são qualidades presentes em toda pessoa que pratica o bem, faz o certo, de maneira correta, pensando em si e no outro.

Daí temos o primeiro alerta sobre as virtudes: assim como um atleta se esforça para alcançar uma meta por meio dos exercícios corporais, da mesma forma, para se alcançar certa virtude, é preciso prática, ascese, sacrifício etc. 

como as virtudes são urgentes hoje, em uma sociedade agitada, com pessoas estressadas e ao mesmo tempo carentes de boas condutas! Então, preparamos esta série para nos ajudar a conviver melhor apesar de tantos obstáculos. Confira. 

Significado de virtudes

Segundo Aristóteles, virtude é uma característica própria e definidora do ser humano, cuja realização consuma a excelência ou perfeição deste, e Santo Agostinho reforça que virtude é a disposição para o amor, entendida como a essência e finalidade suprema do espírito humano. 

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, a virtude é:

“Uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si com todas as forças sensíveis e espirituais […]” (CIC §1803).

Sendo assim, virtudes são bons hábitos. Agora, algumas são próprias da natureza humana, ou seja, todas as pessoas possuem; e outras são dons divinos, estão ligadas diretamente a Deus e concedidas por Ele a algumas pessoas em especial. 

Por exemplo, falar a verdade é uma virtude que se adquire com muito esforço, qualquer pessoa pode alcançá-la e estará servindo a Deus ainda que não pratique a religião. Já a caridade é um dom particular, nem todos a têm e ela explica Deus sem muitas palavras.

Mas tanto as virtudes naturais como as sobrenaturais têm sua fonte em Deus, que é o bom por excelência (cf.Mc.10,17). Assim, se alguém deseja a virtude da honestidade, alcança com o exercício, e se outro deseja a paciência, deve suplicar a Deus e se dispor aos testes necessários para esse fim. 

Classificação das virtudes

Acima falamos sobre virtudes naturais e sobrenaturais. É assim que se classificam as virtudes, mas existem outros termos mais conhecidos: virtudes cardeais e virtudes teologais. São diferentes, mas estão interligadas e trabalham juntas para o bem.

Assim, as virtudes naturais ou cardeais são as que se alcançam pela prática, através da disciplina e autodeterminação. Virtudes cardeais porque são centrais, orientadoras, como os quatro pontos cardeais e são elas: a prudência, a temperança, a justiça e a fortaleza.

Já as virtudes sobrenaturais ou teologais foram colocadas dentro de nós através do Batismo. ‘Teo’ significa Deus, então são virtudes divinas, nada menos que a caridade, a fé  e a esperança, mas nem por isso são mais fáceis de serem praticadas.

As virtudes teologais aumentam à medida em que nos aproximamos de Deus e praticamos o Evangelho. O resultado das virtudes teologais é o fortalecimento das virtudes cardeais. As duas virtudes são necessárias, caminham juntas, mas pedem atenções diferentes.

Como praticar a virtude

O Catecismo ainda diz que “pessoa virtuosa é aquela que livremente pratica o bem” (§ 1804). Se as virtudes estão ligadas ao bem, então podemos praticá-las em todas as ações e em todo lugar, ou seja, do nascer ao pôr do sol. 

Por exemplo, as virtudes cardeais estão em constante ação, tanto em benefício pessoal como na prática dos bons costumes. No trabalho, o quanto a fortaleza é útil no contato com outras pessoas, sem falar na justiça que é dar a cada um o que lhe é de direito.

Imagine-se no trânsito, na escola, na rua, no lazer etc., tendo que ser sóbrio, moderado e para isso a temperança é a virtude certa. Por outro lado, não se vive sem a fé, a esperança e a caridade, virtudes próprias do cristianismo e que nos fazem amigos e filhos de Deus.

Ainda mais os pais no dia a dia são os primeiros catequistas de seus filhos e precisam dar exemplo de fé e caridade para que as crianças, sem enxergar, tenham as primeiras luzes sobre quem é Deus e sua importância na vida humana.

Seja conhecido por sua virtude

Virtudes, qualidades e sentimentos dão colorido, força e vida, facilitam o relacionamento entre os humanos e os aproximam da perfeição plena, que é Deus. Talvez ainda não esteja claro quais são as virtudes cardeais e teologais, mas elas serão temas para outros textos.

Por hora, veja algumas oportunidades que existem para a prática das virtudes. Não é possível elencar muitas, porque há uma lista imensa, abaixo são apenas exemplos que acontecem todos os dias:

  • Educação é uma virtude então gestos: deixar alguém passar à sua frente na fila; oferecer um assento etc.; dizer ‘bom dia; com licença, obrigada, por favor etc. são sinais virtuosos;
  • Evitar fofocas é uma virtude rara e que alcança muitas outras como o respeito ao outro; combater fake news ou não aceitar notícias que não sejam de fontes confiáveis;
  • Praticar a gentileza no trânsito: um gesto virtuoso; não julgar o outro pela aparência; cuidar do meio ambiente; preocupar-se com os animais; respeitar o idoso e proteger as crianças;

Você até pode dizer que esses gestos são uma obrigação de cada pessoa. De fato, mas a prática não acontece assim, portanto fazer o bem e perseverar nele é investir em virtudes que, ao final do dia, ajudam a consciência a repousar em paz.

Por fim, que virtudes você tem e quais deseja alcançar? Até o próximo post, você pode observar que pequenos gestos são sinais de virtude em sua vida. 

O que é a vida eterna?

Estamos nos aproximando do dia 02 de novembro, data em que a Igreja recorda os fiéis já falecidos. Uma data, sem dúvidas, repleta de saudades. Entre amigos e familiares que já partiram, fica a memória de vidas que nos marcaram de maneiras distintas. 

Diante da dor da perda, do sentimento de saudade e nostalgia, de sofrimento e esperança, para onde deve se voltar o nosso olhar? O que é a vida eterna que a Igreja nos anuncia e que somos chamados a buscar já nesta terra?

Se você deseja compreender o porque, como cristãos, nós cremos na vida eterna, acompanhe este conteúdo e entenda melhor o que a Igreja nos ensina a este respeito.

Batismo: O selo da vida eterna

Diante de tantas realidades, notícias que nos confrontam diariamente, que triste seria para nós se a vida terminasse aqui, nesta terra.

De fato, isso nos faria questionar qual o sentido de tanto sofrimento, dores e injustiças. Contudo, eis a nossa esperança: Cristo Jesus! Fomos criados pelo Amor para a vida eterna, para a santidade. E o batismo é essa graça que nos introduz nessa nova vida.

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina (CIC §1274): 

“O «selo do Senhor» («dominicus character») (84) é o selo com que o Espírito Santo nos marcou «para o dia da redenção» (Ef 4, 30) (85). «O Batismo é, efetivamente, o selo da vida eterna» (86). O fiel que tiver «guardado o selo» até ao fim, quer dizer, que tiver permanecido fiel às exigências do seu Batismo, poderá partir «marcado pelo sinal da fé» (87), com a fé do seu Batismo, na expectativa da visão bem-aventurada de Deus – consumação da fé – e na esperança da ressurreição”.

Ou seja, se buscarmos com reta intenção de nosso coração, viver este caminho de configuração a Cristo, a morte não será para nós o fim, mas sim o início da plena felicidade: a vida eterna. Ressuscitaremos com Ele que deixou-se consumir de amor e nos amou até o fim. Em Cristo, todo pecado é redimido, nenhum sofrimento é em vão.

 “A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1Cor 15,55). 

Diante disso, o nosso olhar se volta para o céu em gratidão a Deus pelo seu infinito amor, misericórdia e compaixão por cada um de nós. E com isso, o desejo também de corresponder a este amor, para um dia desfrutar da vida eterna, prometida a cada um de nós.

Leia também: O luto de Maria: O que a fez permanecer em pé diante da morte?

Creio na vida eterna 

Para que você possa compreender melhor os aspectos da fé que professamos a respeito da vida eterna, separamos mais alguns trechos do Catecismo que irão elucidar melhor este tema. Acompanhe:

  • O cristão, que une sua própria morte à de Jesus, vê a morte como um caminhar ao seu encontro e uma entrada na Vida Eterna.
  • No entardecer de nossa vida, seremos julgados sobre o amor. 
  • Os que morrem na graça e na amizade de Deus, e que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque o veem “tal como ele é” ( 1Jo 3,2), face a face ( 1Cor 13,12). 
  • A vida, em sua própria realidade e verdade, é o Pai que, pelo Filho e no Espírito Santo, derrama sobre todos, sem exceção, os dons celestes. Graças à sua misericórdia, também nós, os homens, recebemos a promessa indefectível da vida eterna. 

Vida eterna: Caminho de esperança

Como pudemos observar, a vida eterna é um verdadeiro caminho de esperança para nós. Deus deseja dar a todos os homens a graça deste dom gratuito de amor. 

Por isso, não devemos temer a morte. Ao olharmos para a vida dos santos, observamos o quanto eles não temiam a morte, pelo contrário, ansiavam por ela porque sabiam que dessa forma poderiam retornar para Deus que tanto nos ama.

Santa Teresinha é inclusive um exemplo concreto disso. Diante da sua enfermidade, ela não temia a morte, mas ansiava por ela  e reconhecia a morte como um caminho de volta para casa, a morada celeste.

Devemos também cultivar esse anseio em nosso coração. Fazendo de tudo para nos configurarmos a Cristo. Ao passo que também é importante interceder por aqueles que nos precederam no céu. Rezar pelos falecidos é o nosso compromisso de fé, maneira pela qual podemos nos manter em comunhão com eles.

Nós, como Copiosa Redenção, sabemos da grande importância e riqueza que esse tema traz em si e quão necessário se faz o devido aprofundamento. Por isso, estamos oferecendo novamente o curso Creio na Vida Eterna. 

Uma oportunidade para você se aprofundar ainda mais neste tema e deixar-se envolver por esta realidade, tendo um olhar de fé, amor e esperança. Para saber mais sobre o curso, clique AQUI.

O que é ser missionário no século XXI?

O mês missionário é um tempo em que toda a Igreja, espalhada nos quatro cantos do mundo, revigora suas forças para o anúncio do Evangelho a todas as pessoas.

Este ano o Papa Francisco escolheu como tema: Corações ardentes, pés a caminho (Lc 24,13-15), inspirado nos discípulos de Emaús que, através do encontro com Cristo na Palavra e na eucaristia, revigoraram suas forças, levantaram-se e seguiram para Jerusalém.

Da mesma forma precisa caminhar cada cristão, com olhos fixos em Jesus e certos da responsabilidade que o Amor nos impõe de evangelizar. Mas como ser missionário no século XXI diante de tanto relativismo e esfriamento da fé? 

Veja como isso é possível a partir deste post.

O que é o mês missionário

Durante o ano litúrgico, a Igreja nos conduz e propõe diversos temas que são importantes para nossa fé. Por exemplo, em maio, dedicamos atenção à Nossa Senhora; em agosto, às vocações; em setembro, à Palavra e, em outubro, às missões.

Desde 1926 que o Papa Pio XI instituiu o Dia Mundial das Missões para que toda a Igreja tenha consciência do dom de ser missionário, da mais distante capela até os santuários. E para isso convida todo o povo de Deus a refletir e renovar o ardor missionário no coração. 

Uma vez que é no coração de cada batizado que brota a missionariedade, ou seja, o anúncio do Evangelho a partir de uma experiência pessoal, e a própria Igreja, em sua essência, é por natureza missionária. Portanto, a missão integra nossa identidade cristã.

Segundo a Ir. Regina da Costa Pedro, diretora nacional das POM, o mês missionário reforça a experiência central da identidade missionária da Igreja e nos recorda que todos podem colaborar concretamente com o movimento missionário através da oração e da ação.

Missionários e a missão Ad Gentes

Além de sermos filhos de Deus, somos também filhos de um tempo, de um momento histórico, que carrega desafios próprios para a evangelização. E a humanidade hoje necessita mais do que nunca conhecer a mensagem de paz que o Salvador oferece.

E tanto aquela pessoa que vive em um país cristão, como o Brasil, por exemplo, mas principalmente aquele que está além-fronteiras. Ou seja, a missão Ad Gentes necessita conhecer a proposta do evangelho e a dignidade que ela dá a toda pessoa humana.

No entanto, diferente de outros tempos, hoje é preciso compreender o contexto sociocultural em que as pessoas vivem e preparar-se para falar de Jesus Cristo com ardor missionário, mas também através de novos meios de evangelização.

Assim, a missão Ad Gentes preza pelo preparo do missionário para que ele saiba dialogar, respeitar cada pessoa e evangelizar através do testemunho e de ações concretas, entre elas o socorro aos mais necessitados, aqueles que estão à margem da sociedade.

E a Igreja no Brasil tem se dedicado a servir e evangelizar as nações mais pobres nos lugares mais longínquos do mundo. É a chamada Missão Ad Gentes, uma das quatro prioridades do serviço missionário que integra o Programa Missionário Nacional (PMN).

Mensagem do Papa para o mês das missões

Todo ano o Papa Francisco nos sugere uma reflexão no mês missionário. Este ano, ele nos apresenta a experiência dos discípulos de Emaús e diz que é possível perceber a transformação dos discípulos a partir de três ações presentes no Evangelho de Lucas.

  1. Corações ardentes “quando nos explicava as Escrituras”: a Palavra de Deus ilumina e transforma o coração na missão; o Senhor está perto de cada missionário e sabe de suas lutas e dores, é preciso acreditar em Sua presença sempre.
  2. Olhos que “se abriram e O reconheceram” ao partir o pão: Jesus na Eucaristia é o ápice e fonte da missão. E, ao mesmo tempo, o missionário é chamado a partir o pão a exemplo do Mestre com outros irmãos e a acreditar que o milagre acontecerá.
  3. Pés a caminho, com a alegria de proclamar Cristo Ressuscitado: a eterna juventude de uma Igreja sempre em saída. A imagem de pôr os pés ao caminho, diz o Papa, recorda-nos mais uma vez a validade perene da missio ad gentes, a missão confiada pelo Senhor ressuscitado à Igreja: evangelizar toda pessoa e todos os povos, até aos confins da Terra.

Dessa forma, somos convidados a parar, acolher, refletir e responder ao apelo do Senhor que nos chama constantemente para junto de Si e nos envia a fazermos os mesmos com nossos irmãos e irmãs em qualquer lugar onde estivermos.

Ide da Igreja local aos confins do mundo!

No dia 22 de outubro é comemorado o dia mundial das missões! E as Igrejas de todo o mundo fazem suas doações para colaborar com o Papa em seus projetos de missão em quase 1.120 dioceses pobres no mundo. 

Em 2022, a Igreja do Brasil arrecadou mais de 7 milhões em recursos financeiros, que ajudaram centenas de projetos missionários nos países mais necessitados. As Pontifícias Obras Missionárias (POM) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) organizam durante o mês de outubro a Campanha Missionária. 

Assim, as arquidioceses, dioceses e prelazias são convidadas a promover ações locais que animem as comunidades a colaborar com projetos missionários, que atuam nas áreas de assistência social e evangelização, nos países mais carentes do mundo.

Do mais, como disse Dom Pedro Casaldáliga numa poesia orante:

“Se sou batizado, sou missionário, se não sou missionário, não sou cristão”.

Logo, nossa ajuda começa pelo testemunho do nosso batismo e se confirma quando estendemos a mão ao outro.