O poder da oração dos Salmos

Tem crescido muito entre os católicos a consciência do poder da oração dos Salmos, e isso não é à toa, visto que o livro dos Salmos é um dos mais consultados e lidos da Bíblia Sagrada em todo o mundo.

Logo, devemos recitar a oração dos Salmos porque, neles, Deus nos fala e nos faz falar com Ele. Sobre isso, o Papa Bento XVI, em uma de suas catequeses, afirmou:

“O cristão, rezando os Salmos, reza ao Pai em Cristo e com Cristo, assumindo esses cantos em uma perspectiva nova, que tem no mistério pascal a sua última chave interpretativa. O horizonte do orante abre-se, assim, a realidades inesperadas, cada Salmo adquire uma luz nova em Cristo e o Saltério pode brilhar em toda a sua infinita riqueza”.

E retornando a tempos ainda mais remotos, extraímos das palavras de Santo Agostinho uma linda reflexão sobre a oração dos Salmos. Ele dizia: “Quando te invoquei, ó meu Deus ao ler os Salmos de Davi, cânticos de fé, hinos de piedade, contrastante com qualquer sentimento de orgulho, eu, novato ainda no caminho do teu verdadeiro amor (…) quantas exclamações me inspirava a leitura desses salmos, e como eles me inflamavam no teu Amor! Desejava ardentemente recitá-los, se possível para todo o mundo, a fim de rebater o orgulho do gênero humano. E, no entanto, são cantados no mundo inteiro, e nada pode furtar-se ao teu calor” (Confissões IX, 4,8).

O que há de especial nesta oração?

Muitos teólogos consideram que vários salmos possuem teor profético e messiânicos, pois referem-se a vinda do Cristo. 

Antes disso, os Salmos são reflexo do contexto maior de uma fé que nasce da história e ao mesmo tempo constrói história. E o fio condutor é o Deus libertador que ouve o clamor do Seu povo e que se torna presente, dando eficácia à sua luta pela liberdade e vida (cf. Ex 3,7-8).

Sendo assim, os Salmos manifestam a fé que os pobres e oprimidos têm no seu Deus Criador e Libertador. 

Logo, a palavra Salmo vem do hebraico psalmus, que significa louvores, e essa característica faz da oração dos Salmos muito especial.

Mas isso não é tudo, os Salmos exprimem também as lamentações de um povo, seus cânticos de penitência e de reconhecimento de um Deus que nunca os abandona. E a própria introdução bíblica os identifica como poemas didáticos e de súplicas ardentes.

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Por que rezar os salmos?

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Quem escreveu a oração dos Salmos?

Quanto à autoria dos Salmos, a maioria deles é atribuída ao rei Davi, que teria escrito pelo menos 74 deles. Os demais autores seriam Moisés, Etã, Asafe, Rei Salomão, além de outros nomes. Há também alguns que são de autoria desconhecida, porém, importa saber que todos têm como fonte o Espírito Santo de Deus. 

Logo, o livro de Salmos é uma coletânea de vários textos escritos ao longo de vários séculos. Inicialmente eles foram transmitidos de uma pessoa para outra através da tradição oral. E a sua escrita aconteceu, sobretudo, através do movimento de recolhimento das tradições israelitas, iniciado no exílio babilônico pelo profeta Ezequiel (séculos VII-VI antes de Cristo). 

Os autores do Novo Testamento, para dar embasamento aos seus escritos, costumavam citar trechos do Antigo Testamento, um dos mais citados é o livro dos Salmos. 

O próprio Jesus rezava a oração dos Salmos!

Jesus costumava rezar com os Salmos, pois o centro de sua vida foi a oração, e é por meio dela que Ele estava com o Pai e conhecia a Sua vontade. 

Desde criança Jesus aprendeu a recitar a oração dos Salmos que eram lidos nas sinagogas e nas casas. Naquela época a oração dos Salmos não acontecia apenas como os lábios, mas com o corpo todo. Isso se dava por meio de procissões, prostração, genuflexão, estender as mãos, com o canto, colocando a cabeça entre os joelhos, etc.  

Porém, as suas atitudes de Jesus deram um significado pleno e conferiram ainda mais eficácia a essas orações. 

Sendo assim, depois de Jesus a oração dos Salmos se tornou a oração daqueles que estavam comprometidos com Cristo para a edificação do Reino de Deus. 

A oração dos Salmos é a alma cristã

Os salmos são uma fonte poderosa de oração que nos põe em intimidade com Deus. E eles servem para diversos momentos da nossa vida. Confira a listinha abaixo!

Para acalmar o coração: Salmo 02, 27, 40 e 76

Para combater a ansiedade: Salmo 36, 94, 120 e 138

Na angústia, tristeza ou solidão: Salmo 03, 04, 12 e 142

Por uma situação que precisa ser resolvida com urgência: Salmo 06

Pedindo proteção contra injustiça, mentiras e calúnia: Salmo 09

Para despertar a confiança: Salmo 10 e 61

Segurança interior e eliminar as dúvidas: Salmo 16

Ação de graças: Salmo 20, 106 e 117

Serenidade: Salmo 24

Para destruir os medos: Salmo 27

Libertação dos perigos: 114 e 139

Após um grande perigo: Salmo 29

Na aflição: Salmo 30

Na doença: Salmo 40

Grito de aflição e de confiança: Salmo 55

Buscando refúgio: Salmo 56

Para ter esperança: Salmo 76 e 129

Na alegria: Salmo 83

Na tribulação: Salmo 85 e 140

Contra todos os perigos: Salmo 90

Louvor: 95, 98, 99, 103, 134, 135, 148 e 150

Canto de vitória: Salmo 107 e 143

Para ter confiança: Salmo 124

Pedindo bênçãos divinas: Salmo 127

Abandono em Deus: Salmo 130

Irmãos da Itália testemunham o carisma da Copiosa Redenção na JMJ Lisboa

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Lisboa aconteceu entre os dias 01 e 06 de agosto, e reuniu cerca de 800 mil jovens vindos de todos os lugares do mundo para se encontrarem com o Papa Francisco e testemunharem a fé católica.

Os irmãos da Copiosa Redenção, Vinicius Sotocorno, João Paulo Minoru Hirai e  Higor Feitosa Passareli, foram o sinal do carisma da redenção em meio a tantos jovens. “Foi uma experiência muito legal, muitos jovens de diversas nacionalidades que tinham curiosidade sobre o hábito, o carisma e da Congregação”, conta Ir Vinicius. 

Os religiosos participaram do evento juntamente com um grupo de 25 peregrinos da Caltanissetta (Itália) e com a comunidade Aliança de Misericórdia.

Momentos marcantes

A JMJ de Lisboa foi a primeira Jornada de Ir Vinicius e Ir João Paulo. “O que mais me marcou foram os jovens que buscam com fervor uma experiência de Deus e de fraternidade. Jovens que foram muito respeitosos, foram muito alegres e muito participativos”, testemunha Ir João Paulo.

A programação da JMJ contava com momentos de catequeses nas paróquias, shows, feira vocacional, encontros com o Papa Francisco e o auge do evento que foi a Vigília no Parque Tejo, criado para o evento. Participaram da vigília 1,5 milhão de pessoas. “O silêncio na adoração ao Santíssimo durante a vigília. A alegria de partilhar com jovens do mundo inteiro a verdade de que somos um só povo e um só rebanho. De fato, todas as nações adorarão o Senhor. Nessa jornada pude perceber isso”, garante Ir Vinicius.

Além dos eventos centrais da JMJ, os irmãos compartilham do testemunho das famílias portuguesas que os acolheram em suas casas e amizades feitas entre peregrinos. Para Ir João Paulo “quando os pequenos grupos se reuniram foram muito fortes e de profunda experiência de Deus”.

Próxima JMJ

Durante a missa de envio, no domingo (06), o Papa Francisco anunciou o destino do próximo encontro mundial com os jovens. A próxima JMJ será no continente asiático, em Seul, na Coreia do Sul, em  2027.

Leia o Discurso do Papa Francisco durante a Vigília na JMJ Lisboa 2023

Fundador – Padre Wilton Moraes Lopes. Conheça a sua história de vida!

O Padre Wilton Moraes Lopes, fundador da Copiosa Redenção, celebra seus 67 anos de vida no dia 27 de abril. Nascido na cidade de Tesouro, no estado do Mato Grosso, ele é o primogênito de uma família de cinco filhos.

Desde jovem, Padre Wilton já demonstrava sua dedicação à espiritualidade e à Igreja, tendo estudado em um colégio de padres  onde teve contato diário com pregações e orações. Foi lá que sua devoção à Virgem Maria se fortaleceu ainda mais, tornando-se um padre Redentorista.

Após ingressar no seminário, Padre Wilton dedicou-se intensamente aos estudos e à música. Em 09 de julho de 1983, foi ordenado sacerdote na cidade de Rondonópolis/MT.

Padre Wilton tornou-se um exemplo de dedicação e amor ao serviço de Deus e da comunidade. Fundou a Copiosa Redenção, uma instituição religiosa cujo carisma é a adoração e recuperação dos dependentes de álcool e drogas, com ações que promovem a qualidade de vida de pessoas e famílias, no âmbito da prevenção, recuperação e inclusão social, buscando ajudar aqueles que mais precisam

Para Padre Wilton, a vocação é um processo de fé que pode desabrochar através da oração e da experiência de amor. Sua vida é um testemunho dessa experiência, e sua oferta a Igreja e a Copiosa Redenção é um exemplo para todos aqueles que buscam descobrir a sua vocação na Igreja.

Em todos estes anos, Padre Wilton sempre diz sobre a importância de rezar para o surgimento de novas vocações religiosas. Para ele, a oração é vital para o crescimento e a descoberta de Jesus Cristo na vida dos irmãos: 

               “ é um processo de fé, na qual a vocação é um momento que pode desabrochar o chamado de Cristo; com a oração acontece o chamado e a sua experiência de amor.” – Pe. Wilton

Neste dia em que celebra seus 67 anos de vida, desejamos ao Padre Wilton muitas bênçãos e que sua vida seja sempre uma inspiração para todos aqueles que buscam seguir a vocação religiosa e se dedicar ao amor de Cristo.

Súplica à Santíssima Virgem do Rosário de Pompéia

“Nossa mãe Maria sempre quer caminhar conosco, estar próxima, nos ajudar com a sua intercessão e o seu amor”, disse Leão XIV em seu primeiro discurso.

Para se rezar no dia 08 de Maio e no primeiro Domingo de Outubro, ao meio-dia na Itália e (pelos fusos horários) às oito horas da manhã no Brasil.

Súplica aprovada pela sagrada Congregação dos Ritos. O Papa Leão XIII concedeu Indulgência de 07 anos e 07 quarentenas a quem, ao menos com coração contrito, a rezar devotamente no dia 08 de Maio ou no primeiro domingo de Outubro (Rescrito de 18 de Julho de 1887). Estas Indulgências foram confirmadas “in perpetuo” e declaradas aplicáveis às almas do Purgatório, por S. Pio X (Rescrito de 28 de Novembro de 1903).

Em nome do Pai ✟, do Filho ✟ e do Espírito Santo ✟. Amém.

I – Ó Augusta Rainha das Vitórias, ó Virgem Soberana do Paraíso, a cujo nome poderoso exultam os céus e estremecem de terror os abismos. Ó Rainha gloriosa do Santíssimo Rosário, todos nós, vossos filhos ditosos, que a vossa bondade escolheu neste século para levantar-vos um templo em Pompeia, aqui estamos prostrados aos vossos pés, neste soleníssimo dia, da festa de vossos novos triunfos, na terra dos ídolos e dos demônios, com lágrimas vos tributamos os afetos do nosso coração e, com a confiança de filhos, vos expomos as nossas misérias. Ah! Desse vosso trono de clemência, onde vos sentais como Rainha, volvei, ó Maria, vosso olhar piedoso para nós, para as nossas famílias, para o Brasil, para a América, para a Europa, e para toda a Igreja; tende compaixão das angústias em que nos achamos e dos trabalhos que amarguram nossas vidas. Vede ó Mãe, quantos perigos nos rodeiam a alma e o corpo; quantas calamidades e aflições nos oprimem! Ó Mãe, suspendei o braço da justiça do vosso Filho irritado e vencei com a clemência o coração dos pecadores: também eles são nossos irmãos e vossos filhos, custaram sangue ao amável Jesus, e dolorosos golpes ao vosso sensibilíssimo Coração. Hoje, mostrai a todos quem sois vós: Rainha da paz e do perdão.

Salve Rainha…

II – É verdade, é verdade que nós somos os primeiros, se bem que vossos filhos, a crucificar novamente a Jesus em nossos corações, com nossos pecados, e ferimos de novo o vosso Coração. Sim, confessamos que merecemos os mais duros castigos. Mas lembrai-vos que sobre o Gólgota recolhestes as últimas gotas daquele Divino Sangue e o último testamento do Redentor moribundo.

E aquele Testamento de um Deus, selado com o Sangue de um Homem-Deus, vos declarava Mãe nossa, Mãe dos pecadores: Vós, portanto, como nossa Mãe, sede nossa advogada, a nossa Esperança. E nós, gemendo, estendemos para Vós nossas mãos suplicantes clamando: misericórdia.

Tende piedade, ó boa Mãe, tende piedade de nós, das nossas almas, das nossas famílias, dos nossos parentes, dos nossos amigos, dos nossos irmãos falecidos, e, principalmente, dos nossos inimigos, e de todos aqueles que se dizem cristãos e, contudo, dilaceram o amável Coração do vosso Filho. Piedade, ó sim, Piedade imploramos hoje, para as nações extraviadas, para todo o Brasil, para toda a América, para toda a Europa, para todo o mundo, a fim de que, arrependido, volte ao vosso Coração. Misericórdia.

Salve Rainha…

III – Que vos custa, ó Maria, ouvir-nos? Que vos custa salvar-nos? Não colocou Jesus em vossas mãos todos os tesouros das suas graças, das suas misericórdias? Vós, como minha Rainha, vos sentais coroada à direita do vosso Filho, coberta de glória imortal, sobre todos os coros dos Anjos. O Vosso domínio abrange os céus e a terra, e todas as criaturas que nela habitam estão a vós sujeitas. O vosso domínio se estende até o inferno, e só vós nos podeis arrancar das mãos de Satanás, ó Maria. Vós sois onipotente por graça; vós, portanto, podeis nos salvar. E se dizeis que não nos quereis ajudar, porque somos filhos ingratos e indignos da vossa proteção, dizei ao menos a quem devemos recorrer para nos livrarmos de tantos flagelos. Ah! Não! O vosso Coração de Mãe não poderá ver vossos filhos perdidos. O Menino que vemos em vosso colo, a Coroa mística que contemplamos em vossa mão, nos inspiram confiança de que seremos ouvidos. E nós confiamos plenamente em vós, nos prostramo-nos a vossos pés, lançamo-nos como débeis crianças aos braços da mais terna das mães, e hoje mesmo, sim, hoje mesmo, esperamos obter de vós as graças desejadas.

Salve Rainha…

PEÇAMOS A BÊNÇÃO A MARIA

Agora vos pedimos uma última graça, ó Rainha, que não nos podeis negar neste dia soleníssimo. Concedei a todos nós o vosso constante amor e, de um modo especial, a vossa bênção maternal. Não, nós não nos levantaremos hoje de vossos pés, não nos afastaremos de vós enquanto não nos abençoardes. Abençoai, ó Maria, neste momento, o Sumo Pontífice. Aos primitivos louros da vossa Coroa, aos antigos triunfos do vosso Rosário, pelos quais sois chamada Rainha das Vitórias. Ah, acrescentai ainda este, ó Mãe: concedei à Religião o triunfo, e à sociedade humana, a paz. Abençoai o nosso (Arce)Bispo, os sacerdotes, e particularmente todos aqueles que zelam pela honra do Vosso Santuário. Abençoai, enfim, todos os Associados ao vosso templo em Pompeia, e todos aqueles que cultivam e promovem a devoção do vosso Santíssimo Rosário.

Ó Rosário bendito de Maria, doce Cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos Anjos; Torre de salvação nos assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio comum, nós nunca mais vos deixaremos. Vós sereis o nosso conforto na hora da agonia, a Vós, o último ósculo da vida se extingue. E a última palavra de nossos lábios moribundos será o vosso suave nome, ó Rainha do Rosário do Vale de Pompeia, ó nossa querida Mãe, ó refúgio único dos pecadores, ó soberana Consoladora dos aflitos. Sede por toda parte bendita, hoje e sempre, na terra e no Céu. Assim seja.

Ave Maria…

DEPOIS DO ROSÁRIO

Salve Rainha…

V/ Permiti que vos louve ó Virgem Sagrada.

R/ Dai-me força contra vossos inimigos.

V/ Rogai por nós Rainha do Sacratíssimo Rosário.

R/ Para que sejamos dignos das promessas do Cristo.

Oremos. Ó Deus, cujo Filho Unigênito, com sua vida, morte e ressurreição, nos comprou os prêmios da vida eterna, concedei-nos, vo-lo pedimos, que recordando estes mistérios do Sacratíssimo Rosário da Bem-Aventurada Virgem Maria, imitemos o que contêm e alcancemos o que prometem. Pelo mesmo Cristo Senhor Nosso. Amem.

PARA GANHAR AS INDULGÊNCIAS

Recomendamo-vos Senhor, a Igreja Vossa Esposa, o Sumo Pontífice, que é seu chefe visível, a exaltação e o triunfo da Igreja Católica, a extirpação da heresia e da idolatria, a paz entre os soberanos católicos, a conversão dos pecadores, todos os nossos parentes, amigos e inimigos, nossos benfeitores espirituais e temporais, todos os que se recomendaram às nossas orações, e especialmente os associados ao Santuário de Pompeia, e tudo em Sufrágio das almas santas do Purgatório.

1 Pai Nosso, Ave Maria e Glória, segundo a intenção do Sumo-Pontífice.

Nossa Senhora do Rosário de Pompéia,

Que fazeis florescer a virtude,

Que curais os enfermos,

Que consolais os aflitos,

Que socorreis eficazmente aqueles que vos invocam nos perigos,

Manancial inexaurível de graças e de bens para todos aqueles que vos invocam. Orai por nós.

Fonte: Comunidade Mel de Deus

Habemus Papam: Bem-vindo Papa Leão XIV

No segundo dia do Conclave, no quarto escrutínio, a fumaça branca começou a sair da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina anunciando para todo o mundo: foi eleito o 267º papa. Com júbilo o povo católico acolhe o novo sucessor de Pedro: bem-vindo Papa Leão XIV!

Eram 18 horas e 07 minutos, no horário de Roma, e no Brasil 13 horas e 07 minutos, em que junto com a fumaça branca, o badalar dos sinos da Basílica de São Pedro confirmaram de que “Habemus Papam”. A eleição do novo Pontífice ocorreu no dia da Súplica de Nossa Senhora de Pompéia.

Biografia

Robert Prevost nasceu em Chicago em 14 de setembro de 1955. Ele completou seus estudos secundários no seminário menor da Ordem de Santo Agostinho em 1973. Prevost obteve o título de Bacharel em Ciências em matemática na Universidade Villanova em 1977. 

Decidindo tornar-se padre, Prevost ingressou na Ordem de Santo Agostinho em setembro de 1977. Ele fez seus primeiros votos na ordem em setembro de 1978 e seus votos solenes em agosto de 1981. No ano seguinte, ele recebeu o título de Mestre em Divindade da Catholic Theological Union em Chicago. 

Sacerdócio

Prevost foi ordenado sacerdote pelo Arcebispo Jean Jadot para os Agostinianos em Roma em 19 de junho de 1982. [ 8 ] Obteve a Licenciatura em Direito Canônico em 1984 e o Doutorado em Direito Canônico em 1987 pelo Pontifício Colégio de São Tomás de Aquino em Roma. [ 5 ] [ 9 ]

Prevost ingressou na missão agostiniana no Peru em 1985 e serviu como chanceler da Prélatura Territorial de Chulucanas de 1985 a 1986.

Em 1988, Prevost retornou ao Peru, onde passou os dez anos seguintes à frente do seminário agostiniano em Trujillo . Ele também lecionou direito canônico no seminário diocesano e atuou como prefeito de estudos. Prevost atuou como juiz do tribunal eclesiástico regional e membro do Colégio de Consultores de Trujillo. Ele também liderou uma congregação nos arredores da cidade. 

Liderança agostiniana

Em 1998, Prevost foi eleito provincial da Província Agostiniana de Chicago e retornou aos Estados Unidos para assumir esse cargo em 8 de março de 1999. 

Em 2000, Prevost permitiu que o Padre James Ray, um padre agostiniano, residisse no Convento de St. John Stone, em Chicago. Ray estava suspenso do ministério público desde 1991 devido a acusações credíveis de abuso sexual de menores. Embora o priorado fosse próximo de uma escola primária católica, Prevost não notificou a administração da escola sobre Ray. Os agostinianos observaram que Ray recebeu um monitor enquanto estava em St. John Stone. Ray foi transferido para uma residência diferente em 2002, quando a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA adotou regras mais rígidas para lidar com padres acusados ​​de abusar de menores.

Em 2001, Prevost foi eleito para um mandato de seis anos como Prior Geral dos Agostinianos. Foi eleito para um segundo mandato de seis anos em 2007. De 2013 a 2014, Prevost atuou como diretor de formação no Convento de Santo Agostinho, em Chicago, bem como primeiro conselheiro e vigário provincial da província de Nossa Senhora do Bom Conselho, que abrange o centro-oeste dos Estados Unidos. 

Bispo de Chiclayo

Em 3 de novembro de 2014, o Papa Francisco nomeou Prevost como administrador apostólico da Diocese de Chiclayo e bispo titular de Sufar . Ele recebeu sua consagração episcopal em 12 de dezembro de 2014, na Catedral de Santa Maria em Chiclayo. Em 26 de setembro de 2015, foi nomeado bispo de Chiclayo.

Em 13 de julho de 2019, Prevost foi nomeado membro da Congregação para o Clero em Roma, embora inicialmente tenha declarado que apenas os humildes são elegíveis. Em 15 de abril de 2020, foi nomeado administrador apostólico de Callao , no Peru. Em 21 de novembro de 2020, Francisco o nomeou membro da Congregação para os Bispos . 

Na Conferência Episcopal do Peru , Prevost serviu no conselho permanente para o mandato de 2018 a 2020. [ 18 ] Ele foi eleito em 2019 como presidente da Comissão de Educação e Cultura. Ele também foi membro da liderança da Caritas Peru. Prevost teve uma audiência privada com Francisco em 1º de março de 2021, [ 19 ] alimentando especulações sobre uma nova designação em Chicago ou Roma. [ 20 ]

Dicastério para Bispos

Em 30 de janeiro de 2023, Francisco nomeou Prevost prefeito do Dicastério para os Bispos com o título de arcebispo-bispo emérito de Chiclayo. No consistório de 30 de setembro, Francisco o cardeal-diácono da Igreja de Santa Mônica dos Agostinianos em Roma. 

Em 6 de fevereiro de 2025, Francisco promoveu Prevost a cardeal-bispo, designando-o para a Diocese Suburbicariana de Albano, na Província de Roma.

Com informações: Vatican News e Wikipédia.

Copiosa Redenção lança identidade visual do Projeto Social Padre Wilton

A Copiosa Redenção lançou oficialmente a identidade visual do Projeto Social Padre Wilton – Um Gesto de Amor Concreto, iniciativa que desde sua origem tem transformado silenciosamente a vida de crianças, adolescentes e famílias marcadas pela dependência química. O lançamento marca um novo momento na história do Projeto, que passa a ser apresentado ao público com identidade própria e campanha de mobilização solidária.

Nascido como uma extensão natural das ações já desenvolvidas pelas comunidades terapêuticas da Congregação, o Projeto oferece acompanhamento pós-tratamento, suporte emocional, atividades educativas e culturais, oficinas com crianças, terapia familiar e encaminhamentos sociais. Agora, com identidade visual própria e presença nos meios institucionais, o Projeto Social Padre Wilton busca ampliar seu alcance e engajar novos parceiros e benfeitores.

“Nossos trabalhos estão concentrados atualmente em Ponta Grossa, porém existe o desejo de ampliarmos para outras cidades e estados”, explica a coordenadora do Projeto, Irmã Elenir da Silva Ferreira. Inspirado no legado do fundador da Congregação, Padre Wilton Lopes, o projeto reflete seu modo de cuidar dos mais vulneráveis e acreditar na restauração integral do ser humano. A frase do sacerdote — “Não existe milagre sem processo” — tornou-se um lema não apenas para o tratamento das dependências, mas também para a caminhada das famílias atendidas.

Assista aqui o vídeo que conta a história do Projeto

A marca do Projeto

“O conceito estabelecido para a construção visual da marca Padre Wilton, foi com base no que o próprio fundador deixou como desejo para esse projeto, que ele fosse o colo de Deus, o abraço misericordioso do Pai para todos, sem exclusão de ninguém”, explica Irmã Daniely Santos, religiosa da Copiosa Redenção, responsável pela criação da identidade visual.

Houve, também, a preocupação de trazer elementos que representassem a personalidade da marca, como acessível, confiável e persistente na acolhida do ser humano.

Dentre os elementos escolhidos para compor o logotipo, está a cruz, símbolo forte para a Copiosa Redenção, o coração como o sinal de gesto concreto e a porta aberta para todos, demonstrando assim o que o próprio fundador expressava.

Símbolos:

A marca

Como colaborar com o Projeto social

A nova fase do projeto também inicia um novo tempo na campanha “Amigos da Redenção”, convidando a sociedade a participar como colaboradora dessa missão. A Campanha que já existia como forma de contribuir com o trabalho das comunidades terapêuticas da Congregação, agora terá toda sua arrecadação destinada para os trabalhos do Projeto Social Padre Wilton. 

Por meio de doações recorrentes ou pontuais, os Amigos da Redenção ajudam a manter oficinas terapêuticas, atendimentos psicológicos, atendimentos de psicomotricidade infantil, atividades de formação e ações de reinserção social.

De acordo com a assistente social do Projeto, Celine Carvalho, o trabalho exercido visa  ampliar o olhar para a singularidade de cada atendido. “Promovemos um olhar de sensibilização às múltiplas demandas da Dependência Química, concedendo um suporte emocional e social ao adicto e seus familiares, promovendo a inclusão social para contribuir no processo de reabilitação biopsicossocial”, enfatiza Celine.

Clique AQUI para contribuir com o Projeto

A Campanha Amigos da Redenção também ganhou uma nova identidade visual, complementando a missão do Projeto Social.

Nova identidade da campanha:

Com o lançamento da nova identidade visual, a Copiosa Redenção reforça seu compromisso com os pequenos, os feridos e os invisíveis — como tanto insistia o Papa Francisco. E agora, convida a todos para fazer parte desse gesto de amor que transforma.


Mais informações:

📍https://padrewiltonprojetosocial.copiosaredencao.org.br/
📞 (42) 3226-1144 / (42) 9 9955-0157 

📧 projetope.wilton@artecopiosagmail.com

📲 Instagram: @copiosa.redencao

Conclave: “Que seja eleito o Papa que a Igreja e a humanidade precisam”

A Missa Pro Eligendo Romano Pontifice, celebrada na manhã desta quarta-feira, 7 de maio, na Basílica de São Pedro, marca o início do processo de eleição do novo Papa. Presidida pelo Cardeal Decano, dom Giovanni Battista Re, e concelebrada pelos membros do Colégio Cardinalício, o rito solene reuniu milhares de fiéis, que já vivem a expectativa pela escolha do Sucessor de Pedro. Em sua homilia, o Decano exortou os presentes à oração confiante, à escuta atenta do Espírito Santo e ao cultivo da comunhão fraterna:

“Nos Atos dos Apóstolos, lê-se que, após a ascensão de Cristo ao céu e enquanto aguardavam o dia de Pentecostes, todos perseveravam unidos em oração com Maria, a Mãe de Jesus (cf. At 1,14). É exatamente isso o que nós também estamos fazendo, a poucas horas do início do Conclave, sob o olhar da Virgem Maria, colocada ao lado do altar nesta Basílica que se ergue sobre o túmulo do Apóstolo Pedro.”

Invocar o Espírito Santo: atitude justa e necessária

De forma serena e, ao mesmo tempo, precisa, o cardeal Re expressou o sentimento comum da Igreja neste momento decisivo: “Sentimos unido a nós todo o povo de Deus, com seu sentido de fé, de amor ao Papa e de espera confiante.” E acrescentou:

“Estamos aqui para invocar a ajuda do Espírito Santo, para implorar sua luz e sua força, a fim de que seja eleito o Papa de que a Igreja e a humanidade precisam neste momento tão difícil e complexo da história.”

O Decano destacou o peso espiritual do momento e a gravidade da responsabilidade confiada aos cardeais eleitores: “Rezar, invocando o Espírito Santo, é a única atitude justa e necessária, enquanto os Cardeais eleitores se preparam para um ato de máxima responsabilidade humana e eclesial e para uma escolha de excepcional importância; um ato humano pelo qual se deve deixar de lado qualquer consideração pessoal, tendo na mente e no coração apenas o Deus de Jesus Cristo e o bem da Igreja e da humanidade.”

Amor: distintivo da fé cristã

Ao refletir sobre o Evangelho proclamado na liturgia, o cardeal concentrou sua meditação na mensagem central da Última Ceia: “Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 15,13), e destacou que este ensinamento de Jesus é o verdadeiro distintivo da fé cristã:

“O amor que Jesus revela não conhece limites e deve caracterizar os pensamentos e ações de todos os seus discípulos, que devem sempre demonstrar amor autêntico em seu comportamento e empenhar-se na construção de uma nova civilização — aquela que Paulo VI chamou de ‘civilização do amor’. O amor é a única força capaz de mudar o mundo.”

Comunhão e fidelidade ao evangelho

Referindo-se à qualidade fundamental dos pastores — o amor até a entrega total de si mesmos — o Decano afirmou que, nos textos litúrgicos da celebração eucarística, lê-se o convite ao amor fraterno, à ajuda recíproca e ao empenho em favor da comunhão eclesial e da fraternidade humana universal. E completou:

“Entre as tarefas de cada Sucessor de Pedro está a de promover a comunhão: comunhão de todos os cristãos com Cristo, dos bispos com o Papa, e entre os próprios bispos. Não uma comunhão autorreferencial, mas totalmente orientada para a união entre as pessoas, os povos e as culturas — sempre com o objetivo de que a Igreja seja ‘casa e escola de comunhão’. Além disso, há um forte apelo à manutenção da unidade da Igreja, conforme o caminho indicado por Cristo aos Apóstolos. A unidade da Igreja, desejada por Cristo, não significa uniformidade, mas uma comunhão sólida e profunda na diversidade, desde que se mantenha a plena fidelidade ao Evangelho.”

Ato de fé e responsabilidade

“A eleição do novo Papa não é uma simples sucessão de pessoas, mas é sempre o Apóstolo Pedro que retorna”, afirmou Re, reiterando que o Papa “é a rocha sobre a qual a Igreja é edificada” (cf. Mt 16,18).  Referindo-se ao local onde os cardeais expressarão seu voto, o Decano destacou que “os cardeais eleitores expressarão seu voto na Capela Sistina, onde, como diz a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, ‘tudo concorre para avivar a consciência da presença de Deus, diante do qual deverá cada um apresentar-se um dia para ser julgado’.” E evocou as palavras do Papa São João Paulo II no Tríptico Romano:

“Nas horas da grande decisão através do voto, a imagem imponente de Cristo Juiz, pintada por Michelangelo, lembrará a cada um a grande responsabilidade de colocar as ‘chaves supremas’ nas mãos certas.”

O mundo de hoje espera muito da Igreja

Ao concluir sua homilia, dom Giovanni Battista Re fez um apelo confiante à oração de toda a Igreja:

“Oremos para que Deus conceda à Igreja o Papa que melhor saiba despertar as consciências de todos e as energias morais e espirituais na sociedade atual, caracterizada por um grande progresso tecnológico, mas que tende a esquecer Deus. O mundo de hoje espera muito da Igreja para a salvaguarda daqueles valores fundamentais — humanos e espirituais — sem os quais a convivência humana nem será melhor nem beneficiará as gerações futuras. Que a Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, nos auxilie com sua materna intercessão, para que o Espírito Santo ilumine as mentes dos cardeais eleitores e os torne concordes na eleição do Papa de que o nosso tempo necessita.”

Fonte: Vatican News
Crédito imagem: Vatican Media

Encontro das Comunidades Terapêuticas da Copiosa Redenção acontece em Ponta Grossa

No último domingo, 04 de maio, teve início o XIV Encontro das Comunidades Terapêuticas (CT’s) da Copiosa Redenção, um momento anual de formação, troca de experiências e fortalecimento do carisma do acolhimento aos dependentes químicos. O encontro acontece na Comunidade Terapêutica Padre Wilton, localizada na Chácara de Uvaia, em Ponta Grossa (PR), reunindo as equipes das CTs da Congregação, os superiores gerais, membros do Projeto Social Padre Wilton e colaboradores das comunidades de Campo Mourão (PR) e São Sepé (RS), que recebem assessoria metodológica da Copiosa Redenção.

Sob a coordenação de Irmã Fabiane Maria Klein, o encontro deste ano tem como destaque a presença da psiquiatra Dra. Alessandra Diehl, que abordará temas fundamentais como sexualidade, políticas sobre drogas, novas substâncias psicoativas e estratégias de tratamento. Também contribuirão com reflexões espirituais o Padre Valdecir e Madre Tânia, destacando a dimensão espiritual como parte essencial da recuperação.

Programação

O objetivo principal do encontro é capacitar as equipes, alinhar metodologias e reforçar o compromisso com a missão evangelizadora e restauradora da Copiosa Redenção. “É um momento de alinharmos e avaliarmos a aplicabilidade da nossa metodologia nas diversas culturas em que estamos inseridos, além de nos atualizarmos nas políticas públicas dentro desse universo da dependência química”, explica irmã Fabiane.

Durante os três dias de encontro, os religiosos e funcionários que atuam nas CTs participaram de formações sobre a espiritualidade nas Comunidades Terapêuticas, arte como descanso, sexualidade e gênero, diferenças entre dependentes químicos homens e mulheres e o presente e futuro das Comunidades Terapêuticas.

Comunidades da Copiosa Redenção

Atualmente, a Congregação mantém cinco Comunidades Terapêuticas ativas: duas masculinas — Uvaia (PR) e Santa Maria (RS) — e três femininas — Marta e Maria (Porto Alegre), Rosa Mística (RS) e uma unidade em Rondônia. Além disso, presta assessoria às CTs de Campo Mourão e São Sepé, conduzidas atualmente por leigos. Juntas, essas comunidades acolhem dezenas de pessoas em processo de recuperação, incluindo atendimentos na fase externa e ações do Projeto Social Padre Wilton.

O encontro se estenderá até terça-feira (06) e segue como um importante espaço de partilha, estudo e renovação da missão de amor e esperança que guia a Copiosa Redenção no cuidado com os dependentes químicos.

Congresso Âncora mobiliza a Igreja na prevenção do suicídio e no resgate do sentido da vida

Nos dias 2 e 3 de maio de 2025, o Centro Âncora realizou, na FAE Business School em Curitiba, a oitava edição do Congresso Âncora, reunindo cerca de 120 participantes de diversas regiões do Brasil e do exterior. Com o tema “Acolher e Cuidar: a missão da Igreja na prevenção do suicídio”, o evento foi marcado por momentos de espiritualidade, escuta, reflexão e partilha, aprofundando o papel da Igreja e das comunidades no cuidado da vida e na superação do sofrimento.

Cada dia do congresso foi iniciado com a celebração da Santa Missa. A abertura contou com uma fala tocante da Irmã Adenise Somer, que representou a equipe organizadora, destacando a urgência de criar um novo modelo de acolhimento, especialmente no contexto da vida consagrada. “O Congresso é uma forma de ampliar a nossa missão na formação humana da vida religiosa”, destacou.

O Pe. Ildefonso, coordenador da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) no Paraná, presidiu a celebração eucarística de abertura e partilhou o testemunho real de superação de um sacerdote que enfrentou grave depressão e encontrou, na fé e no cuidado integral, a possibilidade de reconstruir sua vocação e sua vida.

Durante os dois dias, os participantes acompanharam conferências que trataram com profundidade temas como o sentido da vida, dor emocional, espiritualidade, culpa, luto, maturidade humana e o papel da vida comunitária na prevenção ao suicídio. Foram destaques:

  • Pe. Lício Vale – “Suícidio: conhecer, acolher e prevenir.”
  • Carlos Grzybowski – “Quando a dor se torna insuportável.”
  • Irmã Silvia Maia – “Acolher as próprias sombras, nutrir a vida e resgatar a mística.”
  • Dr. Cloves Antonio Amorim – “Culpa e luto.”
  • Dr. Maurício Nasser Ehlke – “A ciência como luz em meio à escuridão.”
  • Frei Sidney Damásio – “Vida fraterna como prevenção ao suicídio.”
  • Judith Dipp – “Reencontrando o sentido e promovendo a prevenção do suicídio na vida religiosa.”
  • Ziza Fernandes – “A maturidade humana que vence o medo de viver.”

Aprofundamento da missão

Um dos muitos testemunhos que marcaram o Congresso foi o da noviça Maria de Lurdes Nogueira Santos, da Ordem Terceira da Bem-Aventurada Virgem do Carmo, que participou pela primeira vez e se comprometeu a estar presente nas próximas edições. “Todos os palestrantes foram maravilhosos e bem claros em cada tema que trouxeram para o encontro, momentos de muitas reflexões individuais para cada participante”, afirmou. Ela destacou, especialmente, um trecho da palestra da Dra. Judith Dipp:

“Tudo o que através da quietes tem uma dor. O caminho tem que ser sempre para dentro, para fora, pra frente e para cima. O passado é uma roupa que não nos serve mais. A graça acontece hoje. Comunidade é organismo vivo. Ação permanente e fluir incessante, uma dança no mesmo ritmo ditado pelo Espírito Santo.”

Para Maria de Lurdes, essas palavras se tornaram um verdadeiro poema de vida. Além de religiosa, atua como terapeuta holística e massoterapeuta, e pretende levar essas reflexões às pessoas que atende em sua missão diária.

Durante o evento também foram gravados podcasts com os palestrantes, aprofundando os temas abordados e suas experiências de atuação. Essa série será lançada em breve pelo Centro Âncora e estará disponível gratuitamente nas plataformas digitais.

O VIII Congresso Âncora foi um espaço de profunda escuta, cuidado e compromisso com a vida, com grande participação do público presente, que contribuiu com perguntas, partilhas e vivências.

Acompanhe os próximos passos do Centro Âncora:

Instagram: @ancorarevitalizacao

Youtube/ancorarevitalizacao 

Juntos, seguimos promovendo caminhos de esperança!

A ciência como luz em meio à escuridão

O papel da ciência na compreensão do suicídio — primeira palestra do segundo dia do VIII Congresso Âncora

Na primeira palestra do segundo dia do VIII Congresso Âncora, o Dr. Maurício Nasser Ehlke, representante do Centro Âncora de Revitalização, apresentou uma análise profunda sobre o suicídio como um problema de saúde pública global. 

Ele destacou como a ciência contribui significativamente para a identificação de causas, riscos e formas de prevenção, fornecendo uma base sólida para compreender essa questão de maneira mais abrangente.

Para começar, o palestrante trouxe dados alarmantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), revelando que 703 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano. Além disso, apontou que 90% dos casos estão relacionados a transtornos mentais, reforçando a necessidade de investir em estratégias de cuidado psicológico e psiquiátrico.

Psiquiatria e psicologia: diagnóstico e terapia

Além disso, Dr. Ehlke abordou como a psiquiatria e a psicologia desempenham um papel crucial na prevenção do suicídio. A identificação de transtornos como depressão e bipolaridade é essencial para possibilitar um tratamento eficaz. Ele também enfatizou fatores de risco como desesperança, impulsividade e isolamento, que podem aumentar a vulnerabilidade de um indivíduo.

Outro ponto importante foi a relevância de terapias psicológicas bem estruturadas, destacando a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) como uma das abordagens mais eficazes na redução da ideação suicida e na promoção da resiliência emocional.

Neurociência: o impacto do cérebro no comportamento suicida

Em seguida, a palestra explorou a contribuição da neurociência para o entendimento do suicídio. Pesquisas revelam que alterações nos neurotransmissores, como a serotonina, podem estar diretamente ligadas a transtornos psiquiátricos e ao aumento do risco de suicídio.

Além disso, imagens cerebrais avançadas têm permitido identificar padrões de ideação suicida, oferecendo um olhar mais preciso sobre os mecanismos biológicos envolvidos no processo. A busca por marcadores biológicos de risco também foi discutida como um caminho promissor para aprimorar métodos de diagnóstico e intervenção precoce.

Genética: predisposição ao suicídio e influência ambiental

Outro tópico relevante abordado pelo palestrante foi o papel da genética no comportamento suicida. Estudos sugerem que há uma predisposição genética, evidenciando que certos indivíduos podem ter uma maior vulnerabilidade ao suicídio devido à interação entre genes e ambiente.

A genômica, por sua vez, tem ajudado na identificação de pessoas em risco, permitindo abordagens mais direcionadas na prevenção do suicídio.

Sociologia e antropologia: fatores sociais e culturais

A palestra também enfatizou como aspectos sociais e culturais influenciam os índices de suicídio. Questões como pobreza, violência e exclusão social foram apontadas como fatores que aumentam significativamente a vulnerabilidade de determinados grupos.

Além disso, valores culturais e percepções sobre saúde mental impactam a forma como diferentes sociedades lidam com o tema. O palestrante destacou a necessidade de uma abordagem sensível para atender populações vulneráveis, incluindo indígenas, idosos e a comunidade LGBTQIA+, que enfrentam desafios específicos na prevenção ao suicídio.

Epidemiologia: mapas populacionais e políticas públicas

Outro aspecto essencial abordado na palestra foi o papel da epidemiologia, ciência que estuda padrões populacionais e regiões de risco. Essa análise permite a formulação de políticas públicas eficazes, contribuindo para prevenir surtos locais e direcionar recursos para onde são mais necessários.

Tecnologia e prevenção: inteligência artificial no auxílio à saúde mental

Por fim, Dr. Maurício discutiu como a tecnologia tem sido utilizada na prevenção do suicídio. Aplicações inovadoras, como algoritmos de redes sociais para detectar comportamentos de risco, podem ajudar a identificar indivíduos em situação de vulnerabilidade.

Além disso, plataformas digitais de apoio psicológico e atendimento emergencial online foram apresentadas como recursos valiosos para oferecer suporte imediato e reduzir riscos em momentos críticos.

Conclusão: A ciência como pilar fundamental na prevenção do suicídio

Encerrando sua apresentação, Dr. Ehlke enfatizou que os avanços científicos têm sido essenciais para ampliar o entendimento sobre o suicídio, tornando possível desenvolver estratégias de prevenção mais eficazes.

Ele destacou a necessidade de reduzir o estigma em torno do tema e investir continuamente em saúde mental, garantindo que pessoas em sofrimento tenham acesso a suporte adequado. Além disso, reforçou que a união entre diferentes áreas do conhecimento é indispensável para promover ações concretas, fortalecendo redes de apoio e salvando vidas.

Após a palestra, os participantes foram convidados a desfrutar de um coffee break, um momento especial para registros fotográficos, trocas de experiências e o fortalecimento de novas conexões.

Um diálogo que virou partilha: Frei Sidney no podcast do Congresso Âncora

Na manhã deste sábado (03), tivemos o privilégio de receber o Frei Sidney Damasio para a gravação de um episódio especial do nosso podcast, abordando o tema central de sua palestra e outras reflexões sobre sua missão.

Logo após a gravação, convidamos o Frei para o que seria uma breve entrevista com três perguntas que se transformou em uma partilha profunda, sensível e necessária — daquelas que nos tiram do automático e nos lembram do valor da escuta verdadeira.

Iniciamos nossa conversa falando sobre a importância de eventos como o Congresso Âncora, com o tema: “Acolher e cuidar: a missão da Igreja na prevenção do suicídio”

Frei Sidney abriu o diálogo dizendo que “desde que cheguei ontem, senti o desejo de saudar a irmã Adenise e destacar a importância de tratarmos de um tema como este. O suicídio ainda é um tabu. Por muitos motivos, existe o receio de que falar sobre isso possa incentivar a prática — e, por isso, o silêncio ainda prevalece.

Mas o silêncio também nos impede de prevenir. A experiência do suicídio não é trágica apenas para quem a vive diretamente, mas também para todos que estavam em relação com essa pessoa. O que fica é um rastro de dor, culpa e negação.É uma situação complexa, que atinge profundamente o entorno.

Por isso, falar sobre o tema é fundamental: nos ajuda a compreender suas origens e, principalmente, nos permite identificar sinais e oferecer ajuda.Quando evitamos o assunto, corremos o risco de construir ambientes que, sem perceber, favorecem esse tipo de desfecho.

Perguntamos ao Frei sobre o papel das comunidades religiosas nesse contexto. 

Frei Sidney, embora ressalte que não há uma relação direta de causa e efeito entre vida comunitária e suicídio, acredita que uma fraternidade sadia — onde há espaço para acolher, escutar e apoiar — pode ser um verdadeiro abrigo em meio às dores silenciosas. O suicídio é sempre consequência de um sofrimento insuportável. A recusa à vida parece, naquele momento, menos dolorosa do que continuar vivendo. Por isso, precisamos estar atentos aos sinais e sermos presença de esperança.

Ao falarmos sobre campanhas como o Setembro Amarelo, Frei Sidney pontuou algo essencial: mais do que estatísticas e alarmes, precisamos resgatar o sentido da vida. “O sentido não se dá, ele se descobre”, lembrou ele, citando uma das falas ouvidas durante o Congresso. Em um mundo cada vez mais utilitarista, onde pessoas são valorizadas apenas pelo que produzem, ele nos convida a redescobrir o valor do ser — não apenas do fazer.

Por fim, conhecemos um pouco mais da trajetória do Frei Sidney.  Ele é doutor em Teologia Espiritual, com formação em psicopedagogia, arte sacra e simbologia franciscana, ele hoje atua como professor e pregador de retiros. Sua caminhada une espiritualidade, psicologia e arte como caminhos complementares para cuidar da alma e iluminar o sentido da existência.

Mais do que conversar sobre o episódio de seu podcast, esta conversa foi um convite à escuta, à empatia e ao cuidado. Que possamos, como Igreja e sociedade, continuar criando espaços onde a vida seja sempre valorizada — em toda sua fragilidade, beleza e complexidade.

Em breve, os episódios completos do podcast com Frei Sidney Damásio estarão no ar. Uma conversa profunda, necessária e repleta de partilhas que tocam o coração e nos ajudam a refletir sobre acolhimento, fraternidade e sentido da vida.

Lembramos que gravamos com todos os palestrantes do VIII Congresso.

Acompanhe, assista e compartilhe. Essa é uma escuta que pode transformar — e, quem sabe, até salvar — vidas.

Segundo dia do Congresso Âncora começa com alegria, santa missa e a memória viva do início da missão

Uma manhã marcada por fé, partilha e o reencontro com o sentido mais profundo da missão.

O segundo dia do VIII Congresso Âncora começou com grande alegria, acolhimento fraterno e o desejo renovado de mergulhar na escuta e no cuidado interior. Logo no início da manhã, os participantes foram convidados a participar da Santa Missa, presidida pelo padre Clayton Adriano Delinski Ferreira, que levou a assembleia a uma experiência profunda de oração e intimidade com Deus.

Durante a homilia, o sacerdote convidou todos a se deixarem encontrar por Jesus:

“Mostra-nos o Pai e ajuda-nos a entender quem o Pai é para nós e quem nós somos. Hoje, que nós possamos, por meio de Jesus, saciar o nosso coração com a plenitude — daquilo que completa, daquilo que revela não só Deus para nós, mas quem nós somos. O projeto da nossa vida, o sentido da nossa existência. O propósito que temos: fazer com que o dom da nossa vida também busque servir, completar não só a nossa história, mas também alcançar o outro. O homem é feito para o caminho. Jesus é o caminho. Quantas vezes escolhemos uma vida sem rumo? Mas Ele se apresenta: ‘Sou o caminho’ — para quem está no atalho. ‘Sou a verdade’ — para quem vive a confusão. E para a plenitude da sua vida, é preciso fazer o processo comigo. Caminhe comigo. Caminhe orientado na verdade, e o teu coração encontrará completude, plenitude, o Pai. O que nos basta. Porque o Pai é o que nos faz viver o projeto que Deus espera de todos nós.”

Logo após a missa, a Irmã Adenise foi chamada ao palco para fazer memória da origem do Congresso. Sua partilha trouxe à tona a beleza dos pequenos começos e a fidelidade ao chamado de Deus:

“Só contextualizando um pouco como surgiu o Congresso. Às vezes a gente pensa: ‘Nossa, tem um Congresso, depois outro…’, mas como é que surgiu esse evento?

Primeiro surgiu o Âncora — o Centro de Revitalização. Iniciamos um trabalho com sacerdotes e religiosos. Eu pediria para o Maurício, a Ivana e o Vicente se colocarem em pé… Acho que são vocês que estão aqui, né? Então, esses são os membros que fazem parte desde o início da fundação.

E nós começamos de uma forma muito… caminhando. Sentindo a necessidade dos sacerdotes. Mas não tínhamos um projeto, não tínhamos uma realidade financeira que nos sustentasse… Fomos tentando, de forma experimental mesmo. E o Maurício… parecia que ele sabia tudo!

Caminhando com essa realidade do Âncora, sempre sentimos a necessidade de fazer os Congressos — algo que ampliasse a formação que era dada ali, inicialmente, só para quem fazia o processo no Âncora.

O Congresso surgiu como uma forma de apresentar o Centro Âncora para a Igreja. Pensamos: ‘O que a gente vai fazer?’ — ‘Vamos fazer um Congresso!’ Mas não pensamos exatamente em como seria… E de repente, ele aconteceu.

Padre, foi lá na casa de vocês que começou! Foi lá no salão de vocês que fizemos o primeiro Congresso, com 60 pessoas. Foi muito bom.

E daí foi seguindo, a cada dois anos, procurando trabalhar temas que fluem durante o processo no Âncora. As pessoas trazem suas dúvidas, e a partir da escuta da realidade, nós trazemos os temas para o Congresso, convidando pessoas que fazem e não fazem parte do nosso dia a dia, mas que podem colaborar.

Então essa é um pouquinho da história da nossa casa. E mais uma vez eu agradeço toda essa equipe que caminha na fidelidade. E às novas que foram chegando também… Porque estamos chegando neste momento!

Um bom encontro para cada um de nós no dia de hoje. Muito obrigada!

Com palavras cheias de verdade, a Irmã Adenise tocou os corações ao recordar que o Congresso nasceu da escuta e da coragem de confiar. O público respondeu com aplausos emocionados, reconhecendo a fidelidade do caminho.

Lembramos que em breve, os podcasts com os principais momentos do Congresso estarão disponíveis. Assista, compartilhe e leve essa missão ainda mais longe!

Palestrantes do VIII Congresso Âncora gravam podcasts e compartilham suas experiências sobre prevenção ao suicídio

Os palestrantes do VIII Congresso Âncora participaram da gravação de podcasts exclusivos, explorando os temas de suas palestras e abordando questões fundamentais sobre a prevenção ao suicídio.

Para conhecer melhor a perspectiva desses profissionais, conversamos com eles sobre a importância do congresso e sobre suas atuações na área atualmente.

Nesta breve entrevista, a assessoria de comunicação do evento, após a gravação do podcast,  conversou com o Dr. Cloves Amorim,  que é psicólogo, professor e pesquisador, referência em luto, suicídio e cuidados paliativos,

Qual é a importância de um congresso como este, promovido pelo Centro Âncora, que traz o suicídio para o centro do debate?

É fundamental que a gente fale sobre esses temas difíceis que, em geral, são evitados. O silêncio em torno do suicídio só contribui para aumentar o sofrimento das pessoas. Precisamos falar sobre isso nos congressos, mas com responsabilidade. Não podemos tratar o suicídio de forma leviana, como se fosse uma saída para quem sofre. Essa iniciativa do Centro Âncora é fantástica porque traz essa temática para um debate responsável e consciente.

Como o senhor atua hoje como psicólogo? Qual é o foco do seu trabalho?

Meu trabalho é focado em terapia, especialmente atendendo casais e famílias. Acredito que as relações mais próximas e íntimas são determinantes na saúde emocional das pessoas. Os conflitos familiares são muitas vezes mais visíveis e impactantes do que questões individuais, e quando não tratados, geram muito sofrimento e adoecimento.

Ainda há um mito sobre falar de prevenção ao suicídio? Como equilibrar a necessidade de abordar o tema com a responsabilidade que ele exige?

Sim, ainda existe um mito. É preciso falar, mas de maneira responsável. Por exemplo, muitos acreditam que a mídia não deve divulgar números sobre suicídio, e eu entendo esse cuidado. As estatísticas são relevantes para profissionais da saúde, mas não para o público em geral. O que realmente importa é divulgar fatores de risco, medidas de prevenção e incentivar as pessoas a procurarem ajuda.”

Campanhas como o Setembro Amarelo são eficazes nesse processo de prevenção?

Sim, essas campanhas são muito positivas. Elas incentivam as pessoas a buscarem apoio e proporcionam um suporte essencial. Tenho acompanhado a forma como essas campanhas vêm sendo divulgadas e percebo que elas têm sido focadas na prevenção. Isso já salvou inúmeras vidas, porque pessoas que estavam desistindo encontram nessas iniciativas um incentivo para buscar ajuda.

Os podcasts gravados no congresso aprofundam os temas das palestras e exploram questões essenciais sobre prevenção ao suicídio e saúde mental. Neles, os palestrantes ampliam as discussões e apresentam diferentes perspectivas sobre suas áreas de atuação e os desafios enfrentados na sociedade.

Ficou curioso para saber mais? Então, acompanhe nossas redes! Em breve, o podcast com o Dr. Cloves e os demais palestrantes estarão no ar em breve, trazendo debates enriquecedores e informações essenciais sobre o tema. Não perca!