Planejamento Espiritual: o que é e como utilizar no seu dia a dia

Conheça esse precioso auxílio para o crescimento na intimidade com Deus escrito todos os anos pela irmã Zélia

Em meados de 2011, Deus começou a inspirar a Irmã Zélia, religiosa da Copiosa Redenção, com amplo apostolado de cura e libertação pelo Brasil e pelo mundo, a um caminho de planejamento espiritual. Estava surgindo o Planejamento Espiritual. 

Se nos preocupamos em planejar nosso trabalho, nossos estudos, vida financeira, viagens e demais realidades, por que não precisaríamos planejar a vida de oração?

Em meio a correria da rotina cotidiana, sobretudo das famílias, escola, atividades profissionais, aniversários, festas, demandas, crises, tudo pode tirar a família da centralidade que é Deus. Mas, se estabelecer um planejamento, com datas e horários pré-estabelecidos, é mais difícil cair no esquecimento ou perder a prioridade. 

Deus precisa ser o centro das nossas vidas, das nossas ações, e dos nossos planejamentos. Quando dou a Ele o lugar de Rei e Senhor da minha vida, todas as outras coisas se encaminham de modo seguro e abençoado. 

Crescimento na intimidade com Deus 

As Sagradas Escrituras possui diversos trechos, com inúmeros personagens bíblicos que testemunharam uma vida de oração desde antes da Encarnação de Jesus Cristo. 

Já no livro do Gênesis, vemos uma passagem no qual o autor sagrado relata o diálogo de intimidade de Adão e o Criador. O primeiro homem tinha uma relação tão próxima com o Pai que distinguia os passos de Deus que vinha caminhar e ter com ele no jardim. 

Oração é isso: intimidade, relação, diálogo. Possuir intimidade com Deus é possuir uma rotina que gira em torno do seu encontro diário com Ele, em um diálogo de amizade, como dizia a grande Mestra da vida espiritual, Santa Teresa de Jesus. 

Os patriarcas e profetas de Deus, reis de Israel e demais homens e mulheres da história Bíblica dão testemunho de uma vida de oração. O próprio livro dos salmos está repleto de orações erguidas pelo povo de Deus por séculos. 

O próprio Jesus, o Filho de Deus, buscava momentos de deserto e solidão para, em diálogo íntimo com o Pai, manter uma vida de oração e comunhão com a Vontade Divina. 

“Feitas muitas vezes na solidão, no segredo, a oração de Jesus implica uma adesão amorosa à vontade do Pai até a cruz e uma confiança absoluta de ser ouvido. Jesus ensina seus discípulos a orar com um coração purificado, uma fé viva, e perseverante, uma audácia filial.”.

(Catecismo da Igreja Católica 2620-2621)

O que é Planejamento Espiritual?

“O Planejamento Espiritual foi desenvolvido a partir da minha vivência diária tanto na Copiosa Redenção, como nas missões que realizo e nos meus momentos com o Senhor”, diz Irmã Zélia 

Há mais de 10 anos, a Irmã Zélia tem desenvolvido um método próprio de planejamento espiritual para sua vida pessoal. Inspirada por Deus, iniciou o compartilhamento desse material, com objetivo de favorecer o crescimento na vida de oração dos seus filhos e filhas espirituais. 

Com uma didática clara e sistemática, a irmã Zélia direciona práticas de oração e devoção para cada dia do ano, para o mês, nas principais festas e celebrações litúrgicas que vão desde a vivência sacramental, até o diálogo íntimo e diário com o Senhor. 

Você também conta com direcionamentos de filmes e livros espirituais que favorecerão esse caminho de oração. O ano começa com orações específicas para meia noite do primeiro dia do ano, sendo conduzido a consagrá-lo a Deus. 

A agenda de missão da Irmã Zélia fica disponibilizada no planejamento e as datas do Cerco do Rosário para que você possa vivenciar, na unidade da intercessão, esses momentos fortes de ação de Deus. 

Em unidade com a Igreja 

Uma das grandes preocupações da Irmã Zélia ao elaborar todo o Planejamento é mantê-lo em comunhão com a Doutrina da Igreja, sua Tradição e a espiritualidade do Carisma Copiosa Redenção. 

Como dito, todo material é fruto da sua própria vivência pessoal, missionária e comunitária. 

O próprio catecismo da Igreja motiva as práticas devocionais e espirituais como vias seguras de santificação. 

“É preciso se lembrar de Deus com mais frequência do que se respira.’ Mas não se pode orar ‘sempre’, se não se reza em certos momentos, por decisão própria: são os tempos fortes da oração cristã, em intensidade e duração.”.

(CIC 2697)

As orações dispostas no Planejamento nascem nos principais manuais de espiritualidade e das biografias de beatos e santos reconhecidos pela Igreja. Orações que estiveram nos lábios de homens e mulheres de Deus que, por séculos, buscaram ardorosamente uma vida de intimidade com o Senhor. 

Conheça mais da autora Irmã Zélia – uma missionária da Redenção do Senhor

 

Como utilizar o Planejamento Espiritual no cotidiano 

A rotina dos participantes do Planejamento Espiritual da irmã Zélia tem uma programação diária para cada mês, com as Orações de revestimento. São orações que devem ser realizadas antes de todas as orações de metas. O (a) fiel pode optar por rezar apenas uma delas antes de iniciar as orações do dia.

As orações de meta são específicas para cada mês, que tem como objetivo fortalecer a vontade e a súplica a Deus pelas metas escolhidas no planejamento. Um exemplo são os direcionamentos do mês de maio: 

  • ORAÇÃO DE META
  • Escolher um horário, fidelizá-lo e rezar o Rosário (4 terços) acompanhado da Ladainha de Nossa Senhora por 31 dias;
  • Rezar, no dia 22 de maio, a oração de Santa Rita

Ao término de cada mês, você conta com um espaço para anotações das inspirações que o Espírito Santo foi lhe dando ao longo do mês. 

Para os casados e com filhos, você pode realizar com as crianças o Planejamento Espiritual infantil. Com orações mais curtas e adaptadas para o mundo infantil, os meninos e meninas poderão vivenciar essa experiência rica com seus pais. 

Principais desafios para ser fiel

Tal qual às dinâmicas da vida humana, a vida de oração também possui altos e baixos. É comum que comecemos o ano com inúmeras metas e objetivos e com o passar do tempo vamos esmorecendo e caindo na infidelidade e na inconstância. 

Vale a pena lembrar que a constância é um atributo unicamente Divino. Só Deus é o constante, aquele que permanece imutável em meio a tudo que acontece. Uns mais outros menos, o caminho do ser humano na vida interior e de santidade será sempre um caminho de recomeço. 

“Santo não é aquele que nunca cai, mas aquele que recomeça sempre.”

São João Paulo II

Ter um planejamento espiritual é um instrumento forte contra as nossas infidelidades, pois nos motiva a caminhar, inclusive unidos em oração uns pelos outros. 

A oração também precisa estar atrelada à sua vida, seja nos momentos de Cruz ou de ressurreição. Há pessoas que só rezam na provação, enquanto há aquelas que só conseguem rezar quando tudo anda bem. 

Jesus nos ensina a rezar em todas as circunstâncias, pois nada nos separará do amor de Deus. Por isso, em meio aos desafios, os membros do Planejamento Espiritual são motivados a pedir oração aos demais irmãos e retomar o caminho de onde parou, sempre. 

O reconhecimento dos pecados e a retomada da caminhada são indispensáveis para viver a fidelidade. Ser fiel não é cumprir as práticas irrepreensivelmente, mas ter a confiança de que, mesmo nas nossas fraquezas e limites, Deus nos ama e nos quer na sua Presença. 

Mais do que orações, uma vida de oração

Algo que precisa ficar claro é que o Planejamento espiritual não é um manual de orações, mas um instrumento de transformação de vida. Os santos e a tradição da Igreja nos revelam que o Senhor não quer de nós palavras abundantes, mas uma vida imersa na sua Presença. 

O ritmo da vida de quem faz o Planejamento Espiritual deixa de ser o ativismo e passa a ser a confiança e o abandono à Providência Divina que cuida dos seus amados, mesmo enquanto dormem (Sl 126, 2). 

Não é a quantidade de Rosários que determinará o derramamento da graça sobre sua vida, mas a busca de amar a Deus em todas as situações, reconhecendo-O como Senhor e Rei de sua vida. 

Onde encontro o Planejamento Espiritual

Anualmente, o Planejamento Espiritual entra em vigor sempre no último trimestre do ano, já em preparação para o ano seguinte. Com ampla divulgação no site, nas redes sociais e nos eventos por onde Irmã Zélia passa. 

O livro está sempre disponível na loja da Copiosa Redenção podendo ser facilmente adquirido, sendo enviado para a residência dos interessados. 

Toda a renda arrecadada com a venda do curso e dos livros do Planejamento Espiritual é destinada às obras de evangelização e recuperação de dependentes químicos nas comunidades da Copiosa Redenção. Atualmente, são 6 casas de recuperação e inúmeros eventos e meios de anúncio do Evangelho promovido pela Congregação. 

Acesse agora mesmo nossa Loja e encontre esse e outros produtos que podem colaborar com sua espiritualidade. 

Comunidade Terapêutica enfrenta desafios após inundações no RS

A Comunidade Terapêutica Marta e Maria está localizada em Porto Alegre desde 1995, e encontra-se em uma situação desafiadora após as recentes inundações que assolaram o Rio Grande do Sul. A Irmã Elaine Cristina, responsável pela casa, relata os momentos de crise e a Providência Divina que têm sustentado a instituição durante esse período difícil.

“Estamos ainda no meio de uma grande crise aqui no Rio Grande do Sul. Um colapso geral e Deus foi muito providente conosco, muito cuidadoso. Conseguimos evacuar de nossa casa com segurança no domingo (05) pela manhã com a ajuda de voluntários”, compartilha a irmã Elaine.

Após a evacuação, a Comunidade encontrou apoio inesperado da Pacto Adolescentes, uma instituição que encerrou suas atividades recentemente. “Eles encerraram as atividades e a casa estava fechada, mas toda mobiliada com toda a estrutura montada. Foi uma Divina Providência eles nos oferecerem bem no momento de crise. Tínhamos uma outra pessoa nos oferecendo ajuda também, porém era em outra cidade”, explica.

Atualmente, a Comunidade Terapêutica Marta e Maria está abrigada nesse espaço providencial, juntamente com as acolhidas e voluntários que se uniram em solidariedade. “Hoje nós estamos aqui numa estrutura com quatro irmãs e 13 acolhidas”, relata a irmã Elaine. Além das acolhidas, a comunidade acolheu também a família da cozinheira da Comunidade Terapêutica, Dona Cecília, que se uniu a eles em meio à crise.

Alimentar a Esperança

A fé tem sido uma fonte de força neste momento desafiador. “Graças a Deus do lado tem uma capela dedicada à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que faz parte da Paróquia São José. Fizemos contato com o padre e pedimos a chave para a gente poder também nos fortalecer espiritualmente em adoração ao Santíssimo presente no Sacrário”, compartilha a Irmã Elaine.

No entanto, a situação continua crítica, com escassez de recursos básicos. “Hoje tá sendo um dia mais estressante. Já de manhã, estamos sem água”, lamenta ela. “O prefeito já havia avisado ontem na TV que nós passaríamos alguns dias mais difíceis sem água e em alguns lugares sem energia.”

Apesar das dificuldades, a solidariedade da comunidade tem sido notável. “Muitas pessoas estão contribuindo financeiramente e é isso que tem nos sustentado nesse momento, ainda não conseguimos receber doações físicas, porque o nível da água ainda não baixou e não sabemos ao certo o que teremos que repor materialmente”, destaca a irmã Elaine que acredita que os dois carros da instituição terão danos irreversíveis.

Enquanto aguardam o recuo das águas para avaliar os danos, a comunidade permanece unida e confiante, enfrentando os desafios com resiliência e fé.

Para ajudar: INSERIR O PIX E A CONTA AQUI. O MELHOR SERIA UM CARD.

A importância do perdão para a saúde mental

Com este post, encerramos a série de conteúdos sobre o perdão. E nada melhor do que fecharmos com chave de ouro, unindo perdão à saúde mental! A relação entre esses dois aspectos fundamentais da vida humana é profunda e muitas vezes ignorada.

Perdoar, embora seja um ato pessoal e desafiador, desempenha um papel significativo na promoção da saúde mental e no processo de cura emocional. E devido a correria da vida e da missão pastoral, muitos acabam negligenciando o ato de perdoar até que sua ausência reflete na mente e no corpo.

Mas preparamos um conteúdo que nos ajudará a refletir e ao mesmo tempo colocar em prática ações que nos ajudarão a cuidar da mente a partir do perdão. Confira!

O que significa saúde mental?

Esse conceito é óbvio, porém vale a pena relembrar. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde): saúde mental é a síntese da totalidade do bem-estar de uma pessoa envolvendo seus diversos aspectos: físico, biológico, afetivo, social, econômico, ambiental, intelectual, cultural, moral. 

Como nos ensina a Doutrina da Igreja Católica, o ser humano é uma unidade – mente, corpo e alma. E por causa dessa unidade que se manifesta no dinamismo do íntimo do ser, todas as dimensões se conectam, se ligam e se expressam através do corpo.

Portanto, o cuidado com a saúde mental é indispensável! Disso depende a qualidade da nossa vida: nossos pensamentos, preocupações, hierarquia de valores, escolhas, relacionamento com os outros, estilo de vida, virtudes e atitudes diante dos desafios. 

Por isso o ditado popular está correto “quando a mente não pensa, o corpo padece”, ou seja, quando a mente está doente, estamos em estado de enfermidade. E isso não é a vontade de Deus para a humanidade, muitos menos para nós, seus filhos.

Fatores que afetam a saúde mental

O ser humano é filho do tempo em que vive e das relações que estabelece. Por mais que a gente não deseje que os problemas nos afetem, isso é inevitável porque não temos o controle sobre as situações da vida, sem contar que vivemos sob fortes tensões, exigências, padrões estabelecidos, violência, carências diversas etc.

Há ainda outros fatores sociais, culturais e modernos que influenciam positiva ou negativamente em nosso jeito de agir, pensar e responder às demandas da vida. Tudo isso reflete na saúde mental. Mas somos mais que as circunstâncias que nos envolvem. 

Viktor Frankl, médico psiquiatra, observando as atitudes dos prisioneiros no campo de concentração de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial, viu que a maioria entrava com as mesmas condições físicas, mas o processo de definhamento era muito diferente entre eles. 

Ele concluiu, então, que tudo dependia da “preservação mental” e da capacidade de dar sentido à própria vida naquela situação. A saúde mental, portanto, está intimamente relacionada à nossa capacidade de dar sentido para as nossas experiências, ou seja, para tudo aquilo que fazemos, sofremos, buscamos, temos e sonhamos. 

Como o perdão influencia no bem-estar mental

Falemos agora sobre o perdão e sua contribuição para a saúde mental. Não há como definir o perdão, mas podemos caracterizá-lo: perdoar envolve a liberação de ressentimentos; é um processo muitas vezes longo; uma decisão em benefício de si e do outro etc.

Perdoar, todavia, não significa aprovar ou esquecer o que aconteceu, mas sim libertar-se do peso emocional que esses sentimentos negativos causam. Ao perdoar alguém, por exemplo, não significa absolver a pessoa de suas ações, mas é uma maneira de a pessoa não ficar presa a situações, raivas, tormentos que prejudicam a saúde mental.

Por outro lado, a pessoa que perdoa é sempre alguém ferido e ao mesmo tempo maduro e capaz de seguir com um novo olhar sobre si e sobre as situações que o envolvem. O perdão não é simples, mas é um ato poderoso de cura que resulta em uma profunda paz interior.

Mas quem opta pelo perdão e faz o caminho para alcançá-lo ganha na loteria sem ter jogado, ou seja, recebe um presente inesperado: a liberdade emocional, espiritual e relacional porque se abre para o outro e começa um processo de restauração na história pessoal.

Perdoar para alcançar a saúde da mente e do corpo

Sem dúvida, perdoar não é um ato tão simples; e aqui não falamos de faltas leves, mas de problemas que ferem a natureza humana, como traição, violência física ou verbal etc. Por isso perdoar, na maioria das situações, é um processo longo e árduo. 

Mas aqui entra a capacidade de escolher o caminho certo à luz da Palavra de Deus que fala sobre perdoar até alcançar a cura plena: setenta vezes sete. Por isso, pensando na sua saúde mental, reunimos algumas dicas que ajudam nesse processo:

  • O perdão é uma escolha pessoal e está mais relacionado à sua atitude do que às mudanças externas;
  • Não é necessário esquecer o que aconteceu, mas sim se desprender da humilhação constante que a situação provoca dentro de você;
  • Reflita sobre o valor do perdão e reze para alcançar essa graça, pois essas duas ações modificam os pensamentos e encaminham para a cura interior;
  • Reconheça os sintomas negativos ligados a experiências ruins, como raiva, vergonha e tristeza, mas busque repensar a situação para criar um novo caminho emocional;
  • Procure ajuda de alguém para conversar, de preferência uma pessoa que não tenha relação com a situação vivida a fim de não influenciar nos seus sentimentos.
  • Por fim, perdoar regula a produção do hormônio cortisol e evita respostas emocionais impulsivas e irritadas, afetando positivamente a saúde mental.

“Quem tem a vontade, tem a metade!” (provérbio popular)

Com esses conteúdos, encerramos a série sobre o perdão com votos de que a decisão de perdoar se fortaleça, torne-se um processo e chegue à conclusão no tempo de Deus! Caso faltem as forças no caminho, entregue-se à misericórdia de Deus e tente novamente!

Tempo pascal e perdão

Na Quinta-feira Santa pela manhã, quando as dioceses celebram com o bispo a Missa dos santos óleos, termina o tempo da Quaresma e, ao entardecer do mesmo dia, inicia-se o Tríduo Pascal. Com ele, começamos o Tempo Pascal, o período que celebramos fortemente a ressurreição do Senhor.

Mas o que o Tempo Pascal tem a ver com o perdão? Será que a Quaresma não é suficiente para trabalharmos esse tema em nossas vidas? Por que falar sobre o perdão durante as festas pascais? Encontre essas respostas neste post que preparamos. 

Qual o significado do Tempo Pascal?

O Tempo Pascal é um momento privilegiado! Ele nos lembra, durante cinquenta dias, que Jesus Ressuscitou, Ele é a razão de nossa vida, o conteúdo de toda nossa fé, o motivo pelo qual os sacramentos existem e a Igreja é incansável na evangelização!

Dessa forma, a cada domingo, somos conduzidos ao encontro do Senhor vivo e encaminhados para partirmos em missão com a força do Espírito Santo, que se derrama sobre nós em Pentecostes, momento litúrgico que encerra o Tempo Pascal.

É interessante observarmos a liturgia da Palavra neste tempo. Ela é única; os textos são tirados dos quatro Evangelhos, mostrando as aparições do Senhor aos seus discípulos. Essas passagens são lidas apenas no Tempo Pascal, por isso devemos acompanhar com atenção e renovarmos nossas forças junto ao Senhor ressuscitado.

Por fim, a vivência do Tempo Pascal nos impulsiona ao anúncio da boa-nova. Mas qual o conteúdo dessa novidade? O Filho de Deus, que resumiu sua mensagem em apenas dois mandamentos: amar a Deus e ao próximo como a si mesmo. Aqui encontramos o primeiro sinal de que a Páscoa é também a festa da reconciliação entre Deus e a humanidade.

Perdão e Tempo Pascal caminham juntos!

Dom Gil Antônio Moreira, Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, explicou com clareza o motivo pelo qual o Tempo Pascal está tão ligado ao perdão: 

“Páscoa é festa do perdão de Deus a nós, que somos frágeis, mas reconhecemos humildemente nossas faltas e queremos ter oportunidade de recomeçar.

Páscoa é festa do perdão aos irmãos que nos ofenderam e querem se reconciliar conosco para tudo reiniciar, como se nada tivesse acontecido. E isto é possível, pois o Senhor nos ensinou que é preciso perdoar 70 vezes 7.

Páscoa é festa do amor que se instala num coração que sabe perdoar, mesmo quando alguém nos ofende e ainda não se mostra arrependido, pois Páscoa é a festa que germina na mente que não paga o mal com o mal, mas responde o mal com o bem.”

Ou seja, quem experimenta a ressurreição do Senhor em sua vida, sente-se totalmente amado, e quem é amado assim, transborda amor e perdão, duas graças derramadas sobre nós através da Páscoa do Senhor. Amor e perdão são sinais do Ressuscitado em nós.

Quem ama o Senhor, vive uma constante Páscoa

O Tempo Pascal é, portanto, a festa da reconciliação de Deus conosco! E ela acontece de forma concreta, não houve um desejo de Deus em nos amar e perdoar, ao contrário, Ele nos amou e nos perdoou totalmente através de sua paixão, morte e ressurreição.

Esse gesto do Senhor nos garante a nova vida, o novo caminho, a possibilidade de começarmos e recomeçarmos a partir do amor e do perdão, e o Evangelho nos mostra todos os exemplos de vida nova através dos inúmeros testemunhos relatados.

Então, como viver segundo o Tempo Pascal? Veja algumas dicas simples:

#1 Aceitando o amor de Deus em primeira pessoa, ou seja: Deus me amou e me ama. Essa verdade é motivo de alegria, força e ânimo para seguir. O amor do Senhor ressuscitado nos devolve a autoestima, cura nossa vida e nos liberta das escravidões.

#2 Oferecendo o amor de Deus ao outro: a partir do amor do Senhor ressuscitado em mim, sou capaz de amar, perdoar e deixar o outro livre! Não há ressurreição sem libertação plena, logo, o perdão vem como uma decisão consciente de que Deus é maior que toda ofensa que sofremos.

#3 Colocando-se a serviço: os apóstolos tornaram-se ministros da paz após as inúmeras vezes que o Senhor Ressuscitado apareceu para eles. Da mesma forma, à medida que tomamos consciência da presença viva do Senhor, vamos, também, nos tornando anunciadores da paz, transportes de alegria, instrumentos de Deus para a vida do outro.

Parecem simples essas dicas? Na verdade, elas estão presentes na vida de quem crê no ressuscitado. E ao mesmo tempo são sinais de quem acolheu o perdão de Deus na vida e é capaz de testemunhá-la para o outro. 

5 sinais de que está na hora de sair da casa dos pais

Deixar o ninho familiar e iniciar a vida independente dos pais são passos muito importantes e definitivos na jornada de um jovem. E justamente por isso é natural que essa decisão traga consigo um misto de emoções, desde a empolgação pela independência e autonomia até a insegurança e o medo do desconhecido e das responsabilidades que surgem a partir disso.

Mas como saber se realmente chegou o momento de dar esse passo? É isso que vamos ajudar a desvendar aqui. Então, leia até o fim!

Sair da casa dos pais: 5 sinais que podem indicar que está na hora  

# 1. Você sente que precisa amadurecer sua identidade?

Sim, sair da casa dos pais pode ser um passo crucial para o amadurecimento da identidade. Isso porque, ao se deparar com os desafios e responsabilidades dessa nova fase da vida que se inicia, você é obrigado a desenvolver novas habilidades, tomar decisões importantes e descobrir quem você realmente é.

Logo, ao sair da casa dos pais, você tem a liberdade de tomar suas próprias decisões e criar sua própria rotina. Isso leva a um processo de autoconhecimento, onde você aprende a lidar com seus erros e acertos, desenvolvendo sua autoconfiança e senso de responsabilidade.

Além disso, sair da casa dos pais e lidar com as responsabilidades da vida adulta leva a um processo de amadurecimento emocional. Você aprende a lidar com frustrações, tomar decisões difíceis e cuidar de si mesmo, tornando-se mais maduro e responsável.

# 2. Você se sente pronto para assumir responsabilidades?

Sair da casa dos pais significa cuidar desde tarefas domésticas até as contas e a organização da casa. Portanto, se você se sente preparado para assumir essas responsabilidades, pode ser um sinal de que está maduro o suficiente para sair da casa dos pais.

Se sentir pronto para assumir responsabilidades é um processo individual e complexo. Não existe uma resposta única para essa pergunta, pois depende de vários fatores, como sua idade, maturidade, situação financeira e apoio familiar.

Para ajudar a refletir sobre sua própria situação, faça esta pergunta: sou capaz de me organizar e cumprir prazos e obrigações? Sei lidar com frustrações e tomar decisões responsáveis?

Leia também: 5 dicas para tomar a decisão certa

# 3. Você tem um plano de vida definido para sair da casa dos pais?

Antes de tomar a decisão de sair da casa dos pais, é importante ter um plano de vida definido. Isso é crucial para uma transição suave e bem-sucedida para a vida adulta.

Sem um plano, você pode se deparar com dificuldades inesperadas e frustrações que podem atrasar seus objetivos e prejudicar seu bem-estar. Logo, isso inclui saber onde você vai morar, como vai se sustentar e quais são seus objetivos profissionais e pessoais.

Para definir seu plano de vida, é preciso refletir sobre alguns pontos: seus objetivos, aspirações, que carreira deseja seguir e suas metas de desenvolvimento.

# 4. Sair da casa dos pais: você está pronto para responder à sua vocação?      

Para alguns jovens, o chamado à vida religiosa ou ao matrimônio pode ser um sinal de que está na hora de sair da casa dos pais. Contudo, responder à sua vocação, seja para a vida religiosa ou para o matrimônio, é uma decisão profunda e pessoal que exige discernimento, maturidade e compromisso. Ao sair da casa dos pais, você se depara com a oportunidade de explorar sua individualidade, seja na vida religiosa ou no casamento, e construir sua própria vida. Mas se depara também com a responsabilidade de tomar decisões importantes sobre seu futuro.

Logo, para discernir a vocação é preciso alguns pontos:

·         Aprender a se comunicar de forma eficaz, resolver conflitos e construir um relacionamento saudável, seja com o(a) esposo(a) ou com os irmãos religiosos;

·         Compreender os desafios e responsabilidades de cada estado de vida; prestar atenção aos seus sentimentos e intuições;

·         Buscar a orientação de um diretor espiritual – padre ou religioso(a) –  que possa ajudar a discernir seu chamado e quais os primeiros passos para esta nova vida.

Não existe uma fórmula mágica para discernir sua vocação. Entretanto, o importante é buscar a vontade de Deus para sua vida com um coração aberto e sincero. Ao sair da casa dos pais, você embarca em uma jornada de descobertas e crescimento. Então, responda à sua vocação com responsabilidade, sabedoria e amor, construindo uma vida autêntica e significativa.

# 5. Ao sair da casa dos pais, você se sente preparado para os desafios da vida adulta?

Morar sozinho, construir uma nova família ou viver numa comunidade religiosa não é fácil. É preciso estar preparado para lidar com os desafios próprios que cada condição de vida vai lhe apresentar.

Desta forma, ao sair da casa dos pais, a sensação de estar pronto para os desafios da vida adulta pode ser complexa e varia de pessoa para pessoa. E é natural sentir uma mistura de empolgação, com ansiedade pelas responsabilidades e incertezas que a nova fase trará.

Por isso, é importante poder contar com o apoio de familiares e amigos. E não deixe de procurar ajuda quando for necessário.

Aproveite para ler: 7 sinais físicos, psíquicos e espirituais de uma boa escolha

Sair da casa dos pais: lidando com o medo do novo

É natural sentir medo do desconhecido. No entanto, é importante lembrar que o medo não deve ser um impeditivo para você seguir seus sonhos e objetivos. Enfrente seus medos com confiança e busque o apoio de familiares, amigos e diretor espiritual.

Contudo, ao tomar a decisão de sair da casa dos pais, é fundamental refletir sobre seus motivos, seus objetivos e seus sentimentos. A oração também é um importante instrumento de discernimento, então peça a Deus que guie e mostre o melhor caminho a seguir.

Lembre-se que a decisão de sair da casa dos pais é muito pessoal. Não existe uma idade certa para fazer isso. O importante é estar preparado para os desafios dessa nova fase e seguir seus sonhos e objetivos.

Aprenda a rezar com a Irmã Zélia.
Baixe gratuitamente o ebook Oração Pessoal: Guia para iniciantes

Curitiba receberá as Relíquias de Santa Terezinha do Menino Jesus

Curitiba receberá as Relíquias de Santa Terezinha. Mais de 70 cidades brasileiras estão na programação, dentre elas, a capital paranaense. A Urna chegará no próximo dia 25 de março, no Carmelo Nossa Senhora da Assunção e São José, bairro Guabirotuba.

É a quarta vez que a urna com as relíquias de primeiro grau vêm ao Brasil. As relíquias são um fêmur e ossos do pé da santa da pequena via. As relíquias expressam a dimensão missionária da santa que “tinha o desejo de percorrer a terra e anunciar Jesus Cristo”, informou a Ordem dos Freis Carmelitas Descalços no Brasil a ACI Digital.

A peregrinação das relíquias de Santa Teresinha ao Brasil foi um pedido da Ordem dos Freis Carmelitas Descalços no Brasil a basílica de Santa Teresinha em Lisieux, na França. Segundo os carmelitas, “o itinerário” da peregrinação “”foi organizado a partir da presença do Carmelo Descalço no Brasil”, em “lugares de referência” onde “os frades, as monjas e os carmelitas seculares” estão presentes. Foram acrescentados outros lugares para que os fiéis participem, seja por proximidade ou comodidade deles.

A visita das relíquias da santa francesa ao Brasil ocorre no marco de dois jubileus, a celebração dos 150 anos do nascimento de santa Teresinha, que foi comemorado em janeiro de 2023, e pela celebração dos 100 anos da sua canonização, que ocorrerá em 2025, segundo os carmelitas.

Estas relíquias de santa Teresinha “estiveram no Brasil pela primeira vez nos anos de 1997 e 1998, percorrendo diversas cidades de todo o país”, relataram os carmelitas.

“No ano de 2022, ela esteve no Brasil percorrendo apenas algumas cidades do Estado de São Paulo. Dessa vez, ela a Peregrinação ocorrerá novamente por todo o Brasil, nas cidades onde há a presença dos frades, monjas e seculares carmelitas”.

O relicário que leva o fêmur e os ossos do pé de santa Teresinha foi uma doação de brasileiros ao Carmelo de Lisieux. Segundo a Ordem dos Freis Carmelitas Descalços no Brasil, na verdade “há dois relicários doados pelo Brasil”

“O primeiro foi em 1922, numa campanha de arrecadação organizada pelo jesuíta Herni Rubillon. Este relicário, conhecido como “Relicário do Brasil” permanece no Carmelo de Lisieux e é usado apenas internamente. O segundo relicário, chamado de “Relicário do Centenário”, também doação do povo brasileiro, é utilizado para as peregrinações intercontinentais”, contaram.

Para acompanhar a programação da peregrinação é só acessar o Instagram dos carmelistas: @soucarmeloocd, @carmelobrasil e @floresdocarmelo.

Santa Terezinha do Menino Jesus

Marie-Françoise-Thérèse Martin conhecida como santa Teresa de Lisieux ou Teresinha do Menino Jesus é uma das santas mais populares do Brasil. Ela nasceu no dia 2 de janeiro de 1873, em Alençon, na França e foi a filha mais nova dos santos Luís e Zélia Martin que também eram muito tementes a Deus. Eles tiveram oito filhos antes de Teresa: Quatro morreram ainda pequenos e as outras quatro: Maria, Paulina, Leônia e Celina também foram freiras como a santa.

Aos 15 anos, Teresinha entrou no Mosteiro das Carmelitas, em Lisieux com a autorização do papa Leão XIII. Sua grande experiência com Deus desde pequena, relatado em seus diários, intitulado: “História de uma alma” trouxe ensinamentos sobre a “infância espiritual” ou “pequena via” que se baseavam na confiança amorosa em Deus que é Pai. Teresinha acreditava que seu caminho em direção a Deus era ser como criança, e assim O buscava nesta via de abaixamento que transbordava na vida fraterna e no amar sem medidas.

Santa Teresinha morreu aos 24 anos em 30 de setembro de 1897. Foi beatificada em 1923 e canonizada em 17 de maio de 1925 pelo papa Pio XI que falando sobre a nova santa disse: “esta menina tão sincera, que floresceu no jardim fechado do Carmelo, tendo acrescentado ao seu nome o do Menino Jesus, exprimiu vivamente em si a sua imagem; portanto, é preciso dizer que quem venera Teresa venera e louva o exemplo divino, que ela copiou em si”.

Em 19 de outubro de 1997, no domingo missionário, Teresa de Lisieux foi proclamada doutora da Igreja pelo papa são João Paulo II, devido os seus escritos autobiográficos.

“Entre os “Doutores da Igreja” Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face é a mais jovem, mas o seu caminho espiritual é tão maduro e ousado, as intuições de fé presentes nos seus escritos são tão vastas e profundas, que merecem que ela seja colocada entre os grandes mestres do espírito”, disse o papa são João Paulo II na época.

Em 2023 foi comemorado os 150 anos do nascimento da santa e 100 anos da sua beatificação. E para celebrar esta ocasião, o papa Francisco, devoto da santa, escreveu no dia 15 de outubro deste ano a Exortação Apostólica C’est la Confiance sobre a confiança no amor misericordioso de Deus.

“Século e meio depois do seu nascimento, Teresa está mais viva do que nunca no meio da Igreja em caminho, no coração do Povo de Deus. Está a peregrinar conosco, fazendo o bem sobre a terra, como tanto desejou. O sinal mais belo da sua vitalidade espiritual são as inúmeras «rosas» que vai espalhando, isto é, as graças que Deus nos concede pela sua intercessão cheia de amor, para nos sustentar no percurso da vida”, escreveu papa Francisco na Exortação Apostólica dedicada a Teresinha.

Fonte: Arquidiocese de Curitiba

Dom Sérgio: “Pe. Wilton testemunha para nós a ressurreição da vida”

A última missa de corpo presente de Padre Wilton na Catedral foi presidida por Dom Sérgio Braschi, bispo da Diocese de Ponta Grossa (PR) no início da noite de segunda-feira, dia 04. O Evangelho proclamado foi João 11,1-46, que narra a ressurreição de Lázaro.

“Diante do mistério da morte, quando nós encontramos diante do corpo de uma pessoa querida, que está ali objeto de nossa homenagem, nós, que somos de Cristo, devemos renovar a fé na ressurreição. Nós sabemos que a vida humana é essa, ela passa por um declínio e chega a morte, mas esse não é o ponto final, pois nós sabemos que a ressurreição é que o nos espera, fazermos parte da família de Deus pelo mistério pascal”, afirmou Dom Sérgio no início de sua homília.

Ao mencionar o Evangelho, o Bispo mencionou que, assim como Lázaro testemunhou a ressureição dos mortos, da mesma forma a páscoa de “Padre Wilton testemunha para nós que a ressurreição da vida é para nunca mais morrer”.

Missão que continua

Durante todo o dia muita gente chegou peregrinando até a Catedral e continua ao longo desta terça-feira, dia 05, na chácara de Uvaia. “São pessoas de todas as classes sociais, desde os mais pobres da periferia, até os de classe social mais elevada”, salienta Dom Sérgio.

O pastor da Diocese em que nasceu a fundação das Irmãs da Copiosa Redenção, lembrou que a fundação começou na casa do então bispo, Dom Geraldo Pelanda, destacando a unidade de Padre Wilton com a pessoa do bispo. “Ele vai interceder por nós como fundador, mas também como membro da nossa diocese”, acredita o bispo.

“Queremos agradecer a Deus tudo o que ele deixou como fundação, certamente continuará a interceder no céu para que a Copiosa Redenção continue a servir a Igreja com abundantes vocações. Queremos fazer a nossa ação de graças como Igreja Diocesana, pela vida e presença de Pe. Wilton Moraes Lopes”, finalizou o bispo.

Sepultamento

Desde às 21h o corpo está sendo velado na Chácara de Uvaia, onde está localizado o Seminário da Congregação, a última missa de corpo presente será às 16h, presidida também por Dom Sérgio e às 18h será o sepultamento, também na Chácara de Uvaia.

Como perdoar?

Você já parou para pensar sobre a importância do perdão? Escolher perdoar é uma decisão difícil, mas que tem o poder de encerrar ciclos ruins em nossas vidas.

A importância do perdão 

Perdoar pode ser uma das tarefas mais árduas que enfrentamos em nossas vidas. As cicatrizes emocionais deixadas por transgressões passadas muitas vezes parecem insuperáveis, e a simples ideia de perdoar pode parecer inatingível.

No entanto, é importante entender que o perdão não é apenas uma virtude, mas também um processo que pode trazer cura e libertação tanto para quem perdoa quanto para quem é perdoado.

Por isso, perdoar é muito importante porque nos livra da raiva, rancor, tristeza e outros sentimentos desagradáveis.

Ao realizar o ato de perdoar, tem-se uma oportunidade de se libertar das amarras que trazem peso negativo para nossas vidas. 

A dificuldade do perdão 

A dificuldade em perdoar muitas vezes surge da profunda dor e mágoa que carregamos em nossos corações.

Sentimentos como raiva, ressentimento e desejo de vingança podem obscurecer nossa capacidade de enxergar além do dano que nos foi causado. No entanto, é importante reconhecer que o perdão não significa ignorar a gravidade do que aconteceu.

O Caminho psicológico para o perdão

Do ponto de vista psicológico, perdoar envolve um processo de aceitação, compreensão e reconstrução.

Reconhecer e expressar nossas emoções, compreender as motivações por trás das ações que nos feriram e reconstruir nossa autoestima e confiança são passos essenciais no processo de perdão.

A terapia e o aconselhamento podem fornecer um espaço seguro para explorar esses sentimentos e trabalhar em direção à cura interior.

O perdão na perspectiva espiritual 

Do ponto de vista espiritual, o perdão é um princípio fundamental em muitas tradições religiosas, incluindo o cristianismo.

No Catecismo da Igreja Católica, o perdão é descrito como um ato de amor e reconciliação, que reflete a própria natureza de Deus. Jesus Cristo ensinou sobre a importância do perdão, exemplificando-o em sua vida e ministério terreno.

A Palavra de Deus sobre perdão

A Bíblia está repleta de passagens que destacam a importância do perdão e suas profundas ramificações espirituais.

Por exemplo, em Mateus 6,14-15, Jesus diz: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai perdoará as vossas ofensas.”

Por isso, o perdão não apenas nos liberta das correntes do ressentimento, mas também abre as portas para a graça e a misericórdia.

O poder transformador do perdão

Em última análise, o perdão é um ato de amor-próprio e de libertação. Ele nos permite romper as correntes do passado e abraçar um futuro de paz e plenitude.

Ao buscar compreender os fundamentos psicológicos e espirituais do perdão, podemos embarcar em uma jornada de cura e transformação interior, encontrando o verdadeiro significado da liberdade e da reconciliação.

Que possamos, portanto, abrir nossos corações para o poder transformador do perdão, seguindo os ensinamentos do Catecismo e da Palavra de Deus, e, assim, experienciar a verdadeira liberdade que vem através do perdão.

E quais são os benefícios do perdão?

Você já deve ter ouvido a frase “perdoar faz bem”, não é? E ela é verdadeira. E sabe por quê?

Quando dizemos “perdoar faz bem”, estamos destacando o impacto positivo que o perdão pode ter em nossas vidas. O ato de perdoar não só beneficia a pessoa que está sendo perdoada, mas também aquele que oferece o perdão.

Perdoar libera sentimentos negativos, como raiva, ressentimento e mágoa, que podem consumir nossa energia e prejudicar nossa saúde mental e emocional.

Assim, o perdão promove uma sensação de alívio, paz interior e liberdade, permitindo que nos libertemos do peso do passado e sigamos em frente com nossas vidas de forma mais leve e positiva.

Portanto, encare esse processo de frente e lembre-se: buscar ajuda é fundamental. Não é necessário conhecer todas as estradas sozinho; em vez disso, você pode sempre procurar apoio para navegar por elas da maneira mais eficaz.

Jovem, descubra o seu caminho de felicidade

Qual  o caminho para a felicidade? Existe uma rota certa para ser feliz? Esses são questionamentos comuns a muitos de nós, principalmente durante a juventude, quando temos no coração o anseio por uma vida de realizações.

Porém, talvez o que você não sabe, é que sim, existe um caminho para a felicidade, e descobri-lo não é tão difícil assim.

Existe um caminho, e o caminho é Deus!

De Deus recebemos o sopro da vida e, como Pai amoroso que é, Ele nos deu também como dom, ou seja, como presente, uma vocação.

Seguir essa vocação é dizer sim aos planos de Deus e encontrar a felicidade para a qual desde o princípio Ele nos criou. Por quê? Primeiramente, porque fora de Deus não há alegria verdadeira, pois fomos criados por Ele e para Ele. Por isso nosso interior anseia tanto por Deus.

Segundo, porque é na nossa vocação que nos realizamos como pessoa e damos sentido à nossa existência. Quantos por aí que não souberam discernir sua vocação e hoje vivem um vazio interior, não encontram sentido para a própria vida!

Não foi sem entendimento que Santa Gianna Bereta Mola afirmou: “De seguir direito nossa vocação depende nossa felicidade terrena e eterna”. E quão profundas são essas palavras!

Vocação: caminho de felicidade e de serviço

Viver a vocação é dar uma resposta verdadeira e concreta aos nossos anseios de transformar o mundo. Sim, transformar o mundo é possível!

Você já parou para pensar que não se vive uma vocação para si mesmo, mas para os outros. O padre não vive o sacerdócio para si, mas para cuidar do povo de Deus, para transformar a realidade do pecado em perdão, alegria e misericórdia.

Igualmente, uma religiosa não vive sua vocação em função de si mesma, mas na doação de si, e procura, com o seu trabalho, transformar a realidade das pessoas através da evangelização e do serviço.

Por isso, certa vez o Papa Francisco afirmou: “Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno”.

E como é lindo se deparar com uma religiosa ou um sacerdote que, com alegria, dão tudo de si em vista de transformar a dor dos que estão à sua volta.

Logo, dizer sim aos planos de Deus é entrar no caminho da felicidade pelo serviço!

Contudo, dizer sim a Deus não é algo que conseguimos fazer de um dia para outro, afinal precisamos primeiramente descobrir nossa vocação.

E para isso existem alguns passos que são dados no caminho do discernimento vocacional. Que tal um itinerário para ajudar você?

Estude a Palavra de Deus

Se a Palavra de Deus é luz para os nossos passos, isso significa que no processo de discernimento vocacional, em busca da felicidade, é indispensável ter os olhos fixos nela.

Mas não basta ouvir a Palavra apenas aos domingos na Santa Missa, como muitos pensam. É preciso ter intimidade com a Palavra, gravá-la no coração, fazer com que ela enraíze na mente.

Com a Palavra, rezamos melhor, transformamos nosso interior, quebramos nosso orgulho e autossuficiência, damos espaço para Deus agir em nós e treinamos nosso ouvido para a voz de Deus.

Se você quer criar o hábito de estudar a Palavra de Deus, comece pelos Salmos. Leia um por dia, meditando em seu coração cada versículo e se permitindo orar com suas próprias palavras a partir do que o Salmo ecoou em seu interior.

BAIXE AQUI: Estudo bíblico para jovens vocacionados

Intensifique a vida sacramental

O Catecismo da Igreja nos ensina que os Sacramentos são sinais sensíveis e eficazes da graça de Deus em nosso meio (cf. CIC 1131).

Além disso, é por meio dos sacramentos que a vida divina nos alcança, eles dão vida à nossa fé, nos ajudam a crescer espiritualmente, nos trazem cura e fortalecem nossa missão.

Logo, os sacramentos são necessários para a nossa salvação, porque conferem a nós as graças sacramentais, como o perdão dos pecados, a adoção de filhos de Deus, a conformação a Cristo Senhor e a pertença à Igreja.

Por isso, para descobrir o seu caminho para a felicidade, ou seja, a sua vocação, procure viver intensamente os sacramentos. Com que frequência? O máximo que você puder! Se conseguir, vá à Missa não apenas aos domingos, tente ir também ao longo da semana para ter seu encontro com Jesus Eucarístico.

E quanto a confissão? Bom, isso é algo muito particular. A Igreja pede que nos confessemos pelo menos em preparação para a Páscoa. Porém, quanto mais nos aproximamos de Deus e experimentamos Seu amor, mais enxergamos nossa própria miséria e o quanto necessitamos da Sua misericórdia. E se tem um local onde acontece o encontro da nossa miséria com a misericórdia de Deus por excelência é o confessionário!

Portanto, não desperdice as ocasiões que Deus o chamar para este encontro. Como ele chama? Você vai sentir em teu interior!

Procure Direção Espiritual

Poder contar com a ajuda de um diretor espiritual no caminho do discernimento vocacional é uma graça de Deus.

Geralmente este papel é ocupado por um sacerdote, que pode ser o seu pároco ou vigário, ou ainda algum outro sacerdote que você conheça e tenha confiança.

Contudo, é possível também que você encontre uma direção espiritual na vida religiosa, ou com algum leigo(a) – maduro em sua fé e que tem uma relação de muita proximidade com Deus.

Enfim, a direção espiritual será a voz de Deus, ajudando a discernir o plano do Senhor para a sua vida de felicidade e como você vai realizá-lo.

Alimente sua devoção à Nossa Senhora e aos santos

A Virgem Maria fez de sua vida uma entrega total aos planos de Deus. Por isso ela é nossa aliada no processo de discernimento vocacional. Sendo assim, peça sua intercessão para descobrir o lugar da sua felicidade!

A exemplo de Nossa Senhora, muitos cristãos também decidiram dar seu sim a Deus e tiveram uma vida de felicidade a partir de uma entrega a serviço da Igreja. E nessa entrega, viveram intensamente os conselhos evangélicos, tiveram uma vida de santidade e, por isso, foram inscritos no livro dos santos.  

Por isso, se você tem um santo ou santa de devoção, procure conhecer seu testemunho de vida, a história de sua vocação. Isso certamente ajudará você no discernimento da sua própria vocação e na vivência das virtudes. Além disso, fortalecerá a sua fé e a sua entrega ao Senhor.  

Mas, caso ainda não tenha a amizade de um santo ou santa, que tal começar a fazer uma pesquisa. Assim, além de contar com a ajuda deles no discernimento da sua vocação, você ainda vai ganhar alguns amigos e amigas intercessores.

Conheça as diversas vocações

Certamente você já deve ter ouvido um sacerdote ou uma religiosa falar que a nossa Igreja é rica de vocações. E como descobrir a própria vocação sem conhecer quais são as vocações da Igreja?

Sendo assim, para descobrir seu caminho de felicidade, é preciso buscar informações sobre cada uma das vocações: sacerdócio, vida religiosa, matrimonial, leigo e leigo consagrado. 

Para saber um pouco mais sobre cada vocação, converse com o seu pároco ou com um amigo(a) religioso ou religiosa. É possível também fazer uma visita pessoalmente a congregações religiosas, seminários e comunidades de vida e aliança. Se não for possível pessoalmente, procure o site, faça contato por e-mail ou telefone.

Este contato é importante porque cada congregação ou comunidade religiosa possui seu próprio carisma, que é um dom que Deus concede particularmente à congregação por meio do seu fundador. E é por meio de uma aproximação que você vai descobrir o carisma e como ele é colocado em prática na vida religiosa.

Enfim, como você pôde perceber, o caminho da felicidade não é secreto e muito menos é destinado a poucos. Longe de ser isso, é para todos que decidem viver segundo os planos de Deus.

Então, que tal começar hoje mesmo a colocar em prática este itinerário para dar seu sim a Deus plenamente?!

Aproveite a Quaresma para perdoar!

A Quaresma é um tempo de profunda oração. Como, então, intensificar essa prática de espiritualidade para se preparar para aprender a perdoar? Vejamos!

A Quaresma oferece uma oportunidade singular para contemplar o perdão e seus significados mais profundos e como este tempo sagrado nos convida a buscar reconciliação interior. 

A essência do perdão

Para viver bem o tempo da Quaresma e intensificar a espiritualidade, é necessário nutrir uma verdadeira vida de oração. Por isso, o perdão é um dos pilares centrais da experiência humana e espiritual.

É um caminho para deixar de lado ressentimentos, mágoas e angústias. Mais do que um simples gesto de reconciliação com os outros, o perdão é um ato de libertação pessoal, uma escolha consciente de deixar para trás o peso do passado e abrir caminho para a cura e a renovação.

Cada pequeno pedido de perdão sincero vem também acompanhado da graça de Deus. Deus está sempre a oferecer-nos inúmeras possibilidades de conversão e de graça. 

Perdoar e se deixar perdoar 

Às vezes, perdoar pode parecer uma tarefa difícil, não é mesmo? Porém, a experiência do perdão transforma as nossas vidas. No entanto, é fundamental compreender que o perdão é a ferramenta mais poderosa que possuímos em nossas mãos frágeis para alcançarmos a serenidade do coração e a paz interior tão almejadas.

Ao deixarmos para trás o ressentimento, a raiva, a violência e o impulso de vingança, estamos dando passos importantes e essenciais para construir uma sociedade onde possamos viver como verdadeiros irmãos e irmãs, transcendendo assim os ciclos de violência que nos circulam.

É importante ressaltar que a vinda de Jesus representa mais do que uma simples promessa de salvação individual. Ele veio para nos oferecer uma vida plena e abundante, permeada pela presença amorosa e transformadora de Deus.

Quando permitimos que Jesus habite em nosso meio, nossa existência se converte em um espaço de fraternidade, justiça, paz e dignidade para todos os seres humanos, independentemente de suas diferenças e origens.

A presença de Jesus é o catalisador que impulsiona a construção de uma comunidade baseada nos valores do amor, da compaixão e da solidariedade, onde cada indivíduo é reconhecido em sua essência divina e valorizado em sua singularidade.

A Quaresma como tempo propício para o perdão 

Durante os quarenta dias da Quaresma, somos convidados a mergulhar profundamente em nós mesmos, confrontar nossas fraquezas e buscar a verdadeira reconciliação com Deus, conosco e com os outros.

Assim, este período de penitência e reflexão oferece um ambiente propício para examinar nossos relacionamentos, reconhecer nossas faltas e buscar o perdão genuíno. Portanto, a Quaresma é, por excelência, o tempo propício à conversão e reconciliação com Deus.

Por que a Quaresma?

Porque é um tempo de despojamento e humildade, no qual somos convidados a seguir os passos de Jesus Cristo, que, por amor, sacrificou-se pela humanidade.

É também um momento para reconhecer nossas próprias imperfeições e a necessidade constante de perdão e transformação.

Cultivando o perdão 

À medida que embarcamos nesse percurso comum rumo à Páscoa, que possamos abraçar plenamente o espírito do perdão. Que possamos abrir nossos corações para a graça redentora do amor divino e permitir que o perdão floresça em nossas vidas.

Por isso, devemos aproveitar este tempo para intensificar nossa vida de oração e nossa espiritualidade, para nos prepararmos da melhor forma para a Páscoa do Senhor.

Que a Quaresma não seja apenas um período de renúncia externa, mas também uma oportunidade para cultivar a paz interior, a reconciliação e a compaixão.

E que tratemos de realizar pequenos gestos de respeito, de escuta, de diálogo, de silêncio, de afeto, de acolhida, de integração, que criam espaços onde se respira a fraternidade.