Qual a diferença entre cansaço e depressão?

Chega um momento na vida religiosa e vocacional no qual o cansaço bate à porta e não se sabe o que fazer para recuperar o vigor da oferta dada enquanto jovem. As emoções não são as mesmas, o impulso missionário enfraquece, cansaço e a depressão parecem se aproximar cada vez mais.

Obviamente, em poucos casos, a depressão começa de forma repentina. Boa parte das vezes tem início com episódios de cansaço, tristeza, vazio de sentido, fragilidade emocional. 

Para saber diferenciar o que é cansaço e o que é depressão preparamos um blog post com algumas dicas para que você possa identificá-los. As nossas dicas podem ajudar os religiosos que enfrentam esses desafios. Além disso, pode auxiliar reitores e formadores na orientação de melhores formas de intervir antes que os quadros se compliquem. Confira! 

O cansaço da vida ordinária e seus alertas

A vida missionária e comunitária costuma ser intensa, repleta de altos e baixos e cheia de momentos fortes de emoção e tensão. Muitas vezes os religiosos chegam à exaustão na sua oferta de vida e nas necessidades do povo de Deus. 

Espelhando-se nas biografias dos santos, nos quais se vê uma entrega de vida até o último suspiro, como São João Maria Vianney, Santa Teresa de Calcutá e São João Bosco. Eram muitas horas de apostolado, quase nenhuma de descanso.

São João Maria Vianney disse certa vez que todas as noites acontecia um milagre. Ele se deitava exausto ao extremo e, em poucas horas de sono, o Senhor o restabelecia. 

No entanto, também quis a Providência de Deus fazer com que os santos experimentassem momentos nos quais tocavam os limites de sua humanidade, seja pela enfermidade ou pelo cansaço. 

O cansaço cotidiano é algo normal e comum, inclusive, na vida secular. No entanto, é preciso perceber-se acerca do nível do cansaço e se ele passa ou não com algumas horas de sono a mais e momentos de lazer. 

O cansaço ligado a um processo depressivo não costuma passar com descanso. Além disso, é um cansaço que é bem menos físico, do que mental. É um cansaço da alma, pode-se dizer assim. 

O cansaço no limite da exaustão é anunciado pela diminuição do rendimento nas atividades apostólicas. O prazer de servir se esvai e surge uma sensação de que tudo é muito complicado e difícil. Diante desses sinais, é preciso atenção para que esse cansaço não se torne uma depressão.

Quando cansaço e depressão se encontram 

Os sintomas que mostram o início de um processo depressivo se assemelham muito ao cansaço extremo. A falta de motivação e disposição para realizar tarefas corriqueiras, um cansaço constante e a energia limitada sinalizam o início da depressão. 

Tudo começa em baixa intensidade, no entanto, sem o devido tratamento terapêutico, cresce e se torna um sofrimento sem tamanho. 

Além disso, há outros sintomas bem comuns como: falta de sentido, tristeza excessiva e constante, irritabilidade, dores musculares e alterações no corpo, perda de apetite, ou compulsão alimentar, falta de concentração, sentimentos de morte ou suicídio. 

Por isso, diante da identificação de sintomas de um cansaço que começa a fugir do controle é preciso que o religioso recue. Não é preciso sair do ambiente religioso, mas a diminuição da rotina, o planejamento de descanso frequente, o acompanhamento terapêutico evitam casos patológicos mais sérios. 

Se, no entanto, o religioso percebe sinais de depressão, é importante a busca de uma comunidade terapêutica, a escuta de profissionais experientes que entendem a vida religiosa e sacerdotal para se chegar, o quanto antes, a um diagnóstico preciso e um protocolo de atendimento assertivo. 

Aprofunde-se sobre cansaço, conhecendo O que é Síndrome de Burnout

5 sinais de que você precisa cuidar da sua saúde mental

É inegável que vivemos um tempo intenso e de muitos desafios. Um desses desafios é cuidar da saúde mental em meio à enxurrada de informações negativas que chegam até nós. 

Além disso, a vida comunitária se tornou ainda mais complexa com o isolamento, em especial para os religiosos idosos e com comorbidades. A realidade missionária ficou mais restrita devido às determinações sanitárias, necessárias para o combate à pandemia. 

Estamos falando de um tempo de muitas crises vocacionais e gatilhos de ansiedade, pânico ou demais transtornos que assolaram nossas comunidades. 

Por isso, preparamos para você 5 sinais de que você precisa dar atenção e cuidar da sua saúde mental. Confira.

#1 Buscar por isolamento da convivência comunitária 

A vida dentro de um ambiente religioso costuma ser, em sua maioria, em comunidade. Seja o sacerdote que vive em meio às ações paroquiais ou o religioso que vive nos centros comunitários de seus institutos.

Com o aumento do estresse, da ansiedade, a sobrecarga de trabalho ou mesmo as crises humanas ou vocacionais, a tendência é a busca pelo isolamento. 

O religioso não quer mais conviver com a comunidade, quer momentos de solidão e distanciamento. Quer está só. Esse é um sinal de que é preciso cuidar da saúde mental. 

#2 Mudança no apetite 

Algo que evidencia a necessidade de cuidados com a saúde mental é a mudança no apetite. Se o religioso ou sacerdote costuma ter uma boa relação com a comida, passa por um tempo de fastio ou, ao contrário, de compulsão alimentar. 

Devido às tensões anteriores, ou busca refúgio no prazer de comer, ou fecha-se completamente ao alimento. 

A esse sinal as autoridades ou os irmãos de comunidade precisam estar atentos, pois a saúde mental, provavelmente, está comprometida. 

#3 É sinal de que precisa cuidar da saúde mental: a insônia 

Insônias esporádicas, diante de problemas ou dificuldades, são comuns. No entanto, se há falta de sono recorrente, necessidade de intervenções medicamentosas ou outros, certamente a saúde mental já se encontra comprometida em nível avançado. 

A mental está tão sobrecarregada de preocupações e tensões que não consegue o relaxamento necessário para que o corpo obtenha repouso e descanso necessário. 

Isso gera um cansaço ainda mais constante, irritação, mal humor e outros efeitos como taquicardia e falta de fôlego pela falta de sono. 

Descubra 7 dicas para vencer a insônia. Leia agora mesmo!

#4 Sinais físicos como cefaléia constante, tremores musculares e dores 

O corpo também dá sinais concretos que é preciso cuidar da saúde mental. Dores de cabeça frequentes, tremores musculares ou outras dores são alguns desses sinais. 

É bem comum, por exemplo, um tremor nas pálpebras, dores nas articulações e dormências na cabeça. São sinais de um organismo que está sofrendo por uma saúde mental não cuidada. 

Nessas ocasiões, muitas vezes, o sono noturno não resolve, os poucos momentos de descanso também não. É necessário um cuidado profissional, com terapeutas, nutricionistas, psiquiatra, que façam um trabalho conjunto e restabeleçam a saúde mental. 

#5 Falta de paciência ou irritação

Quando as situações cotidianas, que antes não eram tão pesadas, tornam-se difíceis e insuportáveis, a impaciência e irritação se tornam rotina. Logo, há um sinal claro de que é preciso considerar. 

Existe uma dificuldade de relaxar e lidar com as realidades de forma leve. Por isso, é preciso um caminho de cuidado e atenção para que isso não se torne algo mais sério no final. 

A saúde mental, tal qual a saúde física, precisa de atenção e de cuidados. Procurar especialistas não é algo humilhante, mas é algo necessário quando se perde o controle dos próprios limites. 

Por isso, busque ajuda! Só assim, será possível recuperar a qualidade de vida necessária para dar a Deus uma oferta generosa e fecunda. 

7 sinais de alerta para o mau uso das redes sociais

Existem 3 tipos de relação com as redes sociais no meio religioso. Primeiro, os que acham que as redes sociais vieram para aproximar as pessoas e facilitar a evangelização. Em seguida, os que não têm nenhuma familiaridade com as mídias. Por fim, os que fazem mau uso das redes sociais, por meio de atitudes que prejudicam sua saúde psíquica, assim como sua vivência religiosa. 

Assim como qualquer outra ferramenta de comunicação social, as redes sociais podem oferecer risco para a dinâmica da vida religiosa. No entanto, o cinema, a música, e a televisão, também podem afetar de maneira negativa ou positivamente a vida comunitária. 

Tudo depende do que se vê, quando se vê e como se vê. Afinal, o instrumento em si não pode ser mau ou bom, mas o uso que eu faço dele, sim! 

Há na realidade religiosa problemas de caráter pessoal como que atingem o aspecto comunitário. As redes sociais impactam essas duas dimensões, pois, na maioria das vezes, é na dimensão comunitária que se identifica os principais alertas para o mau uso das redes.

Logo, definimos 7 sinais que precisam ser observados pelas autoridades e pelos próprios religiosos que apontam para o mau uso das mídias digitais no cotidiano. 

1 – Fuga da convivência comunitária

Um dos sinais de alerta quanto ao mau uso das redes sociais é a fuga da convivência comunitária. Isso mesmo! O religioso que tem passado muito tempo nas redes sociais costuma aos poucos distanciar-se do cotidiano da comunidade. 

Além disso, nas refeições costuma estar sempre online, assim como nos momentos de lazer. Chega ao ponto de estar nas redes sociais inclusive nos momentos de espiritualidade e, até, durante a Celebração Eucarística. Nitidamente, isso caracteriza para o religioso o mau uso dessas tecnologias. 

2 – Amizades prioritariamente digitais

Um religioso que não alimenta seus relacionamentos fraternos com os irmãos da comunidade, possui dificuldade de manter-se na vida religiosa. Afinal, são os irmãos que compõem sua dinâmica de oferta e de apostolado diário.

Quando um religioso tem mais relacionamentos digitais do que reais, comunitários, cotidianos, sinaliza o mau uso das redes. O digital precisa fortalecer os laços reais, não suprimi-los. Portanto, quando se tem um caminho sinuoso de relacionamento fraterno, não se consegue perseverar nos caminhos da religião. 

3 – Diminuição da produtividade no ambiente apostólico

É comprovado cientificamente que as redes sociais podem possuir força de vício tanto quanto as drogas ilícitas. A isso se atribui os estímulos neurais causados pelo uso ininterrupto dos smartphones

Desse modo, o uso das redes sociais impactam na produtividade dos trabalhos apostólicos. Esse tipo de vício, apreendem o tempo que deveria ser dispensado para o apostolado e a missão, desperdiçando-os nas distrações das redes. 

4 – Se demora muitas nas redes na hora de dormir

Outro efeito do mau uso das redes sociais está na hora do descanso. Se o trabalho é afetado, o descanso não fica atrás. Ao contrário, muito tempo se gasta na hora que deveria ser para o relaxamento. 

O estímulo das luzes da tela e das redes sociais deixa a mente ativa e ansiosa de modo que o descanso perde sua qualidade e acaba afetando a qualidade de vida de cada religioso. 

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5 – Relacionamentos com perfis fakes 

As mídias sociais promovem o relacionamento com perfis fakes, que acabam tirando o religioso do seu chamado à castidade, por exemplo. 

Há religiosos que podem estar em relacionamentos fakes sem ter essa consciência. Portanto, é necessário vigilância e relacionamentos com pessoas reais a fim de suprir essa realidade. 

O religioso necessita ter o coração antenado no seu chamado, em amar o povo ao qual Deus lhe confiou, e servir por meio do seu apostolado. Desviar esse olhar do olhar de Cristo é perder-se no seu próprio caminho. 

6 – Busca desenfreada por notícias e entretenimento

O oceano de informações que as redes sociais oferecem deixam muitos viciados na busca intensa por notícias e entretenimento. Para a vida religiosa, isso pode se tornar incompatível dado que é necessário um filtro seguro na fonte dessas informações, assim como um espaço de tempo saudável com a vida comunitária. 

A busca desenfreada, e até ansiosa, por notícias desencadeia síndromes e neuroses como pânico, ansiedade generalizada, depressão, entre outros. 

7 – Distanciamento de leituras sadias e espirituais

O uso exagerado das redes sociais distancia os religiosos de leituras mais profundas e espirituais. É comprovado que o hábito de leituras mais densas é prejudicado pelas leituras superficiais e curtas como os textos das redes sociais. 

Portanto, quanto mais rede social, menos livros próprios da vida religiosa. Se você não consegue mais ler os livros próprios da vida consagrada, é um sinal de que tem utilizado exageradamente as redes sociais. 

O que a Bíblia fala sobre saúde emocional?

Como estaria um homem que perde tudo o que tem, fica com seu corpo coberto de feridas, tem seus filhos e filhas mortos? Certamente, você diria que seria improvável manter o mínimo de saúde emocional em uma situação semelhante. Mas se olharmos o que a Bíblia fala sobre saúde emocional veremos o contrário!

Lendo o Livro de Jó, é possível encontrar um homem que passa por grandes sofrimentos, mas se recusa a maldizer a Deus e as circunstâncias da vida. Ao contrário, Jó mantém sua fé e esperança Naquele que pode salvá-lo. 

Você pode pensar que não, mas a Bíblia traz diversas dicas para se alcançar a saúde emocional. Confira. 

A saúde emocional de Davi 

A Sagrada Escritura retrata a história da Salvação do homem, desde sua criação até a segunda vinda do Senhor. Nela vemos uma carta de Amor do Pai que não desiste dos seus filhos, mas os salva em todas as suas dores e sofrimentos. 

Já na história de Davi, podemos ver a saúde emocional do rei que enfrentou diversos conflitos e desafios, inclusive de relacionamento. Sabemos que, enquanto estava em sua família, Davi era o menor de sua casa, aquele que nem o pai acreditava. Mas, uma vez eleito por Deus para sua missão, deixou-se ungir e disse sim ao projeto do Pai. 

Além disso, Davi não se deixou abater pela tensão e pela ameaça do gigante Golias. Mas, munido de fé e esperança, fez memória dos feitos do Senhor e confiou em sua Bondade, dizendo : “Deus que me livrou das garras do leão e do urso me livrará das mãos desse filisteu” (Cf. I Sm 17, 1-54). 

Ou seja, a saúde emocional de Davi está fundamentada na proteção de Deus quando percebeu a ameaça que enfrentaria na luta com Golias e não em sua pequenez. Desse modo, ele se apoiou no que lhe garantiria mais chances de vitória: a força de Deus.  

Muitas vezes, diante das crises e dificuldades vocacionais, corremos o risco de nos declarar fracassados e incompetentes. Contudo, a Bíblia nos ensina a ter sempre diante dos olhos a fé no Deus que nos chama e capacita, assim como a memória de tudo o que já ocorreu em nossa vida. 

O que a bíblia fala sobre saúde emocional e o pecado

O pecado não é somente uma marca na alma, mas atinge o homem como um todo. A psique e as emoções são abaladas, a ponto de desnortear as motivações e o controle emocional da pessoa. 

Vemos isso claramente na trajetória de Davi quando caiu no pecado de adultério e assasinato. Confira os trechos bíblicos. 

“Uma tarde, Davi, levantando-se da cama, passeava pelo terraço de seu palácio. Do alto do terraço avistou uma mulher que se banhava e que era muito formosa.* Informando-se Davi a respeito dela, disseram-lhe: “É Betsabeia, filha de Elião, mulher de Urias, o hiteu”. Então, Davi mandou mensageiros para a trazerem. Ela veio e Davi dormiu com ela. (…) E vendo que concebera, mandou dizer a Davi: “Estou grávida”. (…) Davi escreve uma carta a Joab, enviando-a por Urias. Dizia na carta: “Coloca Urias na frente, onde o combate for mais renhido e desam­parai-o para que ele seja ferido e morra”. Joab, que sitiava a cidade, pôs Urias no lugar onde sabia que estavam os mais valorosos guerreiros. Saíram os assediados contra Joab e tombaram alguns dos homens de Davi, morreu, também Urias, o hiteu.” (II Sm 11, 2-17). 

Após cometer tais atrocidades, Davi ouve o anúncio do profeta Natã que ressalta a ferida do coração de Deus diante do pecado do rei. A saúde emocional de Davi se desenrola a partir de um sincero pedido de perdão a Deus, essa súplica tornou-se um dos salmos penitenciais mais belos da tradição bíblica: 

“Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade. E conforme a imensidade de vossa misericórdia, apagai a minha iniquidade. 4.Lavai-me totalmente de minha falta, e purificai-me de meu pecado. 5.Eu reconheço a minha iniquidade, diante de mim está sempre o meu pecado.” (Salmo 50, 2-5) 

Jesus, modelo de ser humano 

A Bíblia nos apresenta, de modo perfeito, o Filho de Deus encarnado como modelo de ser humano. Afinal, em seu mistério de amor, é 100% Deus e 100% homem; em nosso meio, santifica e diviniza a vida humana, inclusive suas emoções. 

São diversos os momentos nos quais vemos um homem inteiro e equilibrado em suas emoções. Basta lembrarmos de alguns dos trechos abaixos: 

“Nisso, surgiu uma grande tormenta e lançava as ondas dentro da barca, de modo que ela já se enchia de água. 38.Jesus achava-se na popa, dormindo sobre um travesseiro. Eles acordaram-no e disseram-lhe: “Mestre, não te importa que pereçamos?”. 39.E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: “Silêncio! Cala-te!”. E cessou o vento e seguiu-se grande bonança. 40.Ele disse-lhes: “Como sois medrosos! Ainda não tendes fé?”.” (Mc 4, 37 – 40)

Com a passagem da tempestade acalmada, percebemos que Jesus não deixa suas emoções serem abaladas pelas circunstâncias ao seu redor. Suas emoções são ordenadas e balizadas a partir da sua fé e consciência no poder do Pai que submete a criação. 

Talvez você se questione: “Mas ele era Deus!”. Tem razão! Mas seu testemunho nos questiona acerca da nossa saúde emocional. Se há em nós uma fé expectante e dinâmica, certamente as emoções são ordenadas. 

“Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: “És tu o rei dos judeus?” 34.Jesus respondeu: “Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim?” (…) Perguntou-lhe então Pilatos: “És, portanto, rei?” Respondeu Jesus: “Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz”.(Jo 18, 33 – 37)

Saiba mais sobre Como fortalecer sua saúde física, mental e espiritual 

O Senhor de suas emoções e o que a Bíblia fala sobre saúde emocional

Aqui estamos em um dos momentos mais dramáticos da vida de Jesus. Trata-se de seu interrogatório diante de Pôncio Pilatos. Jesus sabia de seu fim iminente. Sabia que todos os que o conheciam, e nos quais confiava, o haviam abandonado. 

Era Jesus e o homem que o podia  condenar. Mas o Senhor, com sua emoção nas mãos, não se deixa ludibriar, nem enganar pelo medo da morte e da dor. Jesus é inteiro ao afirmar-se ser quem de fato é, o Filho de Deus. 

Quando somos abatidos nas emoções, perdemos a consciência da Verdade e buscamos o caminho mais fácil de fugirmos da dor. Porém, Jesus nos mostra que o equilíbrio das emoções nos garante tranquilidade e serenidade, mesmo em meio aos momentos mais difíceis. 

Os momentos nos quais nos dedicamos à leitura e espiritualidade com a Bíblia nos edificam imensamente se lidas na ótica da realidade cotidiana. Portanto, se carecemos de saúde emocional, podemos  – contemplando os homens e mulheres das escrituras – encontrar o que a Bíblia fala sobre saúde emocional e modelos nos quais nos espelhamos. 

3 condições indispensáveis para ter qualidade de vida

Ter qualidade de vida é mais do que não estar com o organismo doente. Estamos falando de condições necessárias para que o ser humano se desenvolva de forma saudável, tenha uma estrutura básica para sobrevivência e esteja com a saúde mental em equilíbrio.

Na vida consagrada, não obstante os sacrifícios e ofertas que compõem a vida cristã, as comunidades e paróquias precisam oferecer aos seus sacerdotes e religiosos condições de qualidade de vida. 

A ausência dessas oportunidades oferecem risco à saúde mental, física e, ainda mais, vocacional dos religiosos. 

Selecionamos 3 condições indispensáveis para se ter qualidade de vida. Confira, avalie e reflita sobre como favorecê-las. 

#1 Ambiente tranquilo, higiênico e sadio para vivência

O ambiente no qual o religioso vive precisa favorecer higiene, tranquilidade e saúde. Por isso, é necessário uma reflexão acerca das condições de saúde de cada um. 

Um ambiente frio para alguém com saúde debilitada devido a alergias e problemas pulmonares não é interessante. Além do aspecto estrutural e climático, é importante um ambiente tranquilo, longe de conflitos. 

Sabemos que os desafios comunitários são muitos, mas, quando se trata de manter a qualidade de vida da comunidade, é importante um discernimento e uma sabedoria sobre como manter a paz e a concórdia para todos. 

Além disso, o ambiente físico também precisa ser trabalhado de modo a gerar tranquilidade e vivência espiritual. Boa parte das casas religiosas são decoradas com imagens e ícones. No entanto, é preciso que haja harmonia nas cores e na quantidade de informações. É comprovada que algumas cores mais pesadas afetam a psique gerando ansiedade e irritabilidade. 

#2 Um trabalho apostólico desprovido de exigências 

A vida apostólica de uma comunidade religiosa é intensa. Por isso mesmo, é fundamental diminuir o peso das exigências desnecessárias e trabalhar com a noção de limites pessoais. 

Não podemos cobrar exaustão dos religiosos, senão a qualidade do trabalho apostólico fica comprometido, em especial, a qualidade de vida dos irmãos e irmãs. 

É preciso que as autoridades tenham consciência de sua missão como pais e mães espirituais e zelem pelos seus filhos nesse quesito. 

#3 Prática de exercícios físicos 

O Ministério da Saúde deixa evidente que: “além dos benefícios físicos, existem vantagens da atividade física para o emocional e para a imunidade, sendo esses dois benefícios especialmente valiosos durante a pandemia”. 

Apesar de benéfica, é necessário aliar os exercícios a outros hábitos como alimentação balanceada, rica em nutrientes, para que se tenha efeito esperado para saúde. Por isso, é 

Levando em consideração as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde orienta que as pessoas devem praticar 150 minutos semanais de atividade física moderada ou pelo menos 75 minutos de atividade física de maior intensidade por semana.

Na vida religiosa, algumas congregações inseriram em suas realidade cotidianas momentos comunitários para prática de esportes, como futebol, vôlei e outros. Apesar de ser uma iniciativa louvável é importante que todos os religiosos envolvidos passem por uma avaliação física para identificar possíveis problemas de saúde que inviabilizem a prática.  

O que é Síndrome de Burnout

Quando falamos de serviços comuns a sacerdotes e religiosos, como: apostolados, serviços administrativos, formação de casas ou seminários e direção espiritual, se não são integrados para a promoção de uma vida saudável, podem causar a Síndrome de Burnout.

Burnout, vem do inglês: “burn” quer dizer queima e “out” exterior. Segundo o Ministério da Saúde, a Síndrome de Burnout pode acontecer quando o profissional planeja ou é indicado para trabalhos muito difíceis e, por algum motivo, não se sinta capaz de cumprir.

Amplamente conhecido no ambiente corporativo, os sintomas de Burnout, no ambiente religioso, podem ser  confundidos com crises vocacionais. Desse modo, religiosos, superiores, seminaristas, sacerdotes, priores estão suscetíveis aos mesmos sintomas da síndrome. 

A origem desse transtorno está no excesso de trabalho. Obviamente, a oferta de vida e o desejo pelo anúncio do Evangelho expõem muitos a uma rotina desgastante. Além disso, conflitos interpessoais – em especial com autoridades – ou serviços incompatíveis com a própria personalidade e aptidões podem ocasionar a Síndrome de Burnout. 

Entenda melhor os sintomas e possíveis consequências do não tratamento adequado.

Como saber se estou com Burnout?

O desânimo ao começar mais um dia de trabalho ou mesmo uma dor de cabeça constante podem configurar sintomas de Burnout. Além disso, segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas da Síndrome de Burnout são: 

  • Cansaço excessivo, físico e mental;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Alterações no apetite;
  • Insônia;
  • Dificuldades de concentração;
  • Sentimentos de fracasso e insegurança;
  • Negatividade constante;
  • Sentimentos de derrota e desesperança;
  • Sentimentos de incompetência;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Isolamento;
  • Fadiga;
  • Pressão alta;
  • Dores musculares;
  • Problemas gastrointestinais;
  • Alteração nos batimentos cardíacos.

Tais sintomas são sinais de alerta, que podem ser constantes ou esporádicos. Contudo, sem a devida atenção e tratamento, podem agravar-se. Sem um bom tratamento terapêutico, o Burnout pode avançar e transformar-se em depressão.

Infelizmente, tem se tornado cada vez mais frequente o quadro de depressão entre religiosos ou sacerdotes. Boa parte deles são provenientes de uma Síndrome de Burnout não identificada. 

Como tratar 

Em se tratando de um ambiente religioso, obviamente o caminho sempre começa com uma boa partilha com as autoridades que, em espírito de caridade fraterna e evangélica, serão suportes para quem sofre. 

É necessário o afastamento das atividades apostólicas e, sobretudo, um período de férias da vida comunitária. Desse modo, o tratamento seguirá com um processo terapêutico e,  dependendo do quadro, com psiquiatra. 

Em geral, não é necessário uso de medicações, porém o médico psiquiatra fará a avaliação adequada. 

É de suma importância que superiores, reitores ou demais autoridades, estejam atentos ao bem estar dos seus subordinados. De modo que, a qualquer suspeita, se tomem as medidas necessárias, para evitar transtornos e demais enfermidades ou até crises vocacionais que culminem no afastamento do religioso. 

Saiba como manter a saúde espiritual, mental, física e emocional. Acesse aqui 

5 dicas para lidar com a ansiedade na vida consagrada

Momentos de ansiedade, seja por motivos desafiantes ou mesmo de celebração, fazem parte do cotidiano. Na vida religiosa e sacerdotal não é diferente. Além disso, muitas são as realidades difíceis que a missão expõe, seja pelas dores do mundo ou pelas dificuldades enfrentadas. 

Por conta da pandemia, saímos de uma vida de intensa atividade apostólica e pastoral. Foi necessário fechar as portas das igrejas, parar com os eventos e manter as comunidades reclusas, gerando uma rotina nunca vivida antes por tanto tempo. Logo, a ansiedade passou a ser um vilão ainda mais presente na vida religiosa. 

Além disso, a falta de presença na realidade e a busca exagerada do que ainda não faz parte do presente tendem a adoecer homens e mulheres. Logo depois do período mais crítico da pandemia, falou-se muito de uma epidemia de ansiedade e depressão. 

Por isso, tem se tornado cada vez mais comum religiosos e sacerdotes sofrerem com transtornos de ansiedade, depressão e outras patologias. Confira 5 dicas para administrar da melhor forma possível as ansiedades da vida.

Concentre-se no presente 

A vida do ansioso tende a perder sua qualidade, sobretudo quando surgem sintomas fisiológicos como taquicardia, sudorese, falta de ar, tonturas e outros. Uma das formas de lutar contra isso é focar-se na realidade, no presente.

Santa Teresinha do Menino Jesus, em sua pequena via, orienta: “Só temos o hoje para amar!”. Essa prática traz uma imersão na realidade que possibilita a fuga de distrações ou ansiedades exageradas. 

Alguns terapeutas orientam que, no momento de crise, deve-se focar em um objeto e tentar descrevê-lo em detalhes, como forma de desfocar-se da ansiedade. 

Portanto, a dica inicial é: procure concentrar-se no presente, na realidade, no que está ao seu redor.

Busque profissionais adequados 

Como dito acima, todos nós convivemos com momentos de ansiedade e tensão. O importante aqui é ficarmos atentos aos nossos limites e, em especial, aos sintomas ditos acima. 

Ao surgirem, ainda que de modo sutil, é importante buscar por profissionais capacitados, como psicólogos e/ou psiquiatras, que acompanhem de perto o caso. 

Contudo, um alerta importante da Congregação para Vida Consagrada é que se busque a orientação de profissionais que sejam alinhados aos valores e princípios da fé e da vida religiosa.

Pratique exercício físico

Já é uma unanimidade na ciência os benefícios da prática de exercício físico para a saúde mental. E quando se refere à ansiedade isso também se aplica, afinal as atividades físicas aumentam a liberação de neurotransmissores como a endorfina, a serotonina e a noradrenalina. 

Quando liberadas no organismo, aumentam a sensação de bem-estar, por agirem diretamente no sistema nervoso central, aliviando a depressão e neutralizando os níveis de ansiedade. 

Qualidade de sono e alimentação

Outras duas realidades importantes sobre a vida saudável que influenciam diretamente nos transtornos de ansiedade são o sono e a alimentação. 

Uma alimentação rica em frutas, verduras e proteínas favorecem a produção dos neurotransmissores e possibilitam uma desinflamação metabólica, necessária para o bem-estar. Ao contrário, alimentos ricos em carboidratos e gorduras saturadas aumentam os níveis de inflamação no organismo. 

Por sua vez, o sono é outro aliado da saúde mental, pois sem o descanso necessário, o corpo não consegue encontrar um nível adequado de esforço e repouso. Mantendo, assim, a pessoa envolvida em níveis de tensão e estresse contínuos. 

Vida espiritual sempre em 1º lugar  

Para qualquer cristão, independentemente de sua condição, a espiritualidade lhe confere um bem-estar necessário. Isso é tão verdade, que cientistas já investigam os efeitos da espiritualidade como benefício para a saúde mental. 

Logo, os religiosos não estão fora dessa dimensão, muito pelo contrário, ainda que sua vida esteja marcada por práticas religiosas, a vida de oração não pode ser negligenciada. 

Obviamente, em momentos de ansiedade e depressão, nem sempre será fácil a oração da Liturgia das Horas, do Rosário ou mesmo horas de adoração ao Santíssimo Sacramento. Porém, a oração como olhar lançado ao céu não pode ficar esquecido. Será Daquele que chamou cada uma das vocações que virá o socorro necessário.

Desse modo, seguindo cada uma dessas dicas é possível combater os malefícios da ansiedade.  O que precisa ser feito o quanto antes!

Lar Adelaide Weiss Scarpa: qualidade de vida para pessoas idosas

A velhice para quem está vivo é algo concreto, vai acontecer. A única questão é se a qualidade de vida para pessoas idosas será uma consequência ou não. 

E, atualmente, a estimativa é que a vida seja cada vez mais longa, ainda que, infelizmente, isso não signifique que seja saudável também. Em 2019, o Brasil possuía 28 milhões de pessoas acima dos 60 anos, mas, segundo o IBGE, este número deve dobrar nos próximos anos.

Porém, infelizmente, alguns idosos não chegam nessa idade com qualidade de vida, bem-estar ou saúde física e mental. Por isso, para muitas pessoas essa época da vida pode parecer assustadora. O número de idosos em vulnerabilidade ou com doenças crônicas é grande.

No entanto, a vida dos idosos é valiosa e a velhice pode ser uma época maravilhosa, feliz e cheia de bons momentos, sem doenças ou tristezas. Portanto, precisamos encontrar as melhores maneiras de garantir a qualidade de vida para pessoas idosas. 

Qualidade de vida para pessoas idosas

O primeiro passo para garantir qualidade de vida para pessoas idosas é entender o seu conceito. 

O médico geriatra e diretor científico da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Renato Bandeira de Mello, define a qualidade de vida sendo  algo subjetivo e que depende da percepção do indivíduo sobre o que é felicidade.

Ou seja, possuir qualidade de vida está relacionado ao que gera alegria. Portanto, em termos gerais, pode ser uma atividade física, viver bons momentos, ter amigos, ficar com a família, ir para a igreja, ter vida de oração e pertencer a uma comunidade ou a algum lugar. Geralmente, na velhice, a qualidade de vida está associada a uma vida ativa. 

Na maioria das vezes, subestimamos a importância da autonomia, mas ela também está altamente ligada ao sentimento de bem-estar e realização pessoal. Logo, também contribui profundamente para a qualidade de vida.

Velhice feliz e saudável 

Geralmente a velhice é relacionada a momentos difíceis, dores, sofrimentos e abandono. Em algumas realidades, os idosos são vistos como quem já viveu tudo, aproveitou a vida e são quase como um material a ser descartado. 

O Papa Francisco em uma catequese sobre a velhice falou sobre essa cultura do descartável e ressaltou que os idosos são uma benção para a sociedade: “não nos esqueçamos que tanto na cultura familiar quanto na social, os idosos são como as raízes da árvore: eles têm toda a história ali, e os jovens são como flores e frutos”, comparou.

“Tudo o que há de bonito numa sociedade está relacionado às raízes dos idosos.”, concluiu o Santo Padre.

Portanto, precisamos nadar contra a maré e defender a qualidade de vida para pessoas idosas. A velhice feliz e saudável é possível e pode ser uma realidade. Mas como fazemos isso?

Um idoso bem-assistido e bem-acolhido é um idoso feliz

Ser amado, acolhido e ter suas vontades respeitadas integralmente são princípios básicos para a qualidade de vida na terceira idade, mas, na maioria das vezes, só é possível oferecer e garantir isso em um lugar específico, preparado e equipado. 

Estar em um local que respeita as particularidades de cada um, que promove atividades de lazer e oferece a cada idoso a experiência de passar pelo imenso mar de amor e misericórdia de Deus, certamente são maneiras de fazer com que a pessoa idosa tenha qualidade de vida.

Imagina esses princípios, aliado ainda a profissionais responsáveis e qualificados, ambientes exclusivos e totalmente preparados para atender as necessidades do idoso e claro, pessoas amorosas, gentis, preocupadas e com o coração cheio do amor de Deus. 

Lar Adelaide Weiss Scarpa oferece qualidade de vida para pessoas idosas

O Lar Adelaide Weiss Scarpa acolhe idosos acima de 60 anos e oferece a calmaria de envelhecer com amor, alegria e a misericórdia de Deus. Todos os hóspedes – como são carinhosamente chamados os idosos – são respeitados e queridos. 

O propósito do Lar é ser uma casa pensada e planejada para receber pessoas idosas. E para que eles se sintam verdadeiramente em casa, os familiares são incentivados a trazer sempre fotos e objetos pessoais dos idosos para decorar o quarto. 

Há muitos valores e princípios no Lar Adelaide, questões que acreditamos contribuir imensamente para a qualidade de vida do idoso e para uma velhice feliz e tranquila. 

Trabalhamos constantemente para oferecer o melhor para eles, para fazer com que se sintam amados e queridos. Assim como realizamos atitudes concretas para isso e para contribuir com a saúde física deles, como atividades físicas e alimentação balanceada. 

Aqui, com toda certeza, o seu familiar idoso terá qualidade de vida garantida! Entre em contato e agende uma visita.

Quando é hora de optar por casa de repouso?

Colocar um idoso, especialmente aqueles próximos de nós, em uma casa de repouso não tende a ser uma decisão fácil. Principalmente porque, em muitos casos, há o sentimento de que se está abandonando essa pessoa. No entanto, essa pode ser a melhor decisão considerando o bem-estar e a qualidade de vida da pessoa idosa. 

Afinal de contas, quando um familiar querido atinge a terceira idade, as exigências de cuidado e atenção triplicam e é necessária uma dedicação muito maior para eles. Algo que em casa podemos acabar falhando. 

Portanto, essa pode ser a hora de recorrer a uma casa de repouso sem culpa, lembrando sempre de procurar com responsabilidade. 

Há lugares que cuidam e acolhem os idosos com o mesmo amor que eles teriam em casa, mas além do carinho e respeito, eles também terão um atendimento profissional, com médicos, fisioterapia, alimentação adequada e a possibilidade de conviver e construir relacionamentos com outras pessoas da mesma idade. 

Mesmo sabendo disso e de que pode ser a melhor solução, você ainda não sabe se é a hora certa? Tudo bem, podemos chegar a uma conclusão até o final do texto. Continue a leitura! 

O que é uma casa de repouso?

Antes de começar a avaliar todas as questões, precisamos desmistificar de vez a ideia de que casa de repouso é um lugar de abandono. 

A casa de repouso é um lugar de convivência, conforto e cuidado para o idoso. Geralmente, as famílias procuram esses locais quando não conseguem mais atender todas as necessidades dos idosos em casa. 

Esses locais servem para oferecer o melhor para o idoso durante sua estada. A maioria tem médicos, espaços de recreação, atividades de lazer, exercícios físicos, nutricionistas, enfermeiros, espaços confortáveis, bonitos e aconchegantes. 

A família investe um valor, mas tem a certeza de que seu familiar está sendo bem cuidado e sabe que pode visitar sempre que quiser.

CONHEÇA O LAR ADELAIDE 

O primeiro passo é avaliar a sanidade

Avaliar a sanidade da pessoa idosa pode ajudar de algumas maneiras. A primeira é observar se você pode manter ele em casa com segurança, pois se a pessoa tiver sã é mais fácil de cuidar. Além disso, você sentirá que pode confiar que ele não fará nada que o coloque em risco, por exemplo.

Por outro lado, uma pessoa consciente e sã pode ajudá-lo a tomar essa decisão. Compartilhe com ele sua ideia de uma casa de repouso, pergunte a opinião dele, apresente as opções e benefícios. E não esqueça de deixar claro que isso não será abandono, que você irá visitá-lo regularmente. 

Leia mais: Será que meu parente idoso precisa de ajuda psicológica? (texto ainda sem publicação, por isso está sem link)

No começo, a ideia pode até assustar e fazê-lo ficar na defensiva, mas com o tempo, paciência e as palavras certas, ele mesmo pode perceber que essa é a melhor opção.

A casa de repouso oferece aquilo que o idoso precisa 

Ainda que a saúde mental do seu familiar idoso esteja em ótimas condições, ele pode precisar de outros cuidados, como uma alimentação balanceada, controle dos remédios, exercício físico personalizado, atendimento médico regular. 

Enfim, necessidades que em casa pode ser difícil de atender adequadamente por conta das outras obrigações. Portanto, esses sinais também são importantes na hora de observar se é a hora de optar por uma casa de repouso.

Esses lugares são totalmente dedicados para atender essas necessidades, os idosos serão bem cuidados e amados. Os remédios são dados por enfermeiros e cuidadores que terão atenção máxima aos horários. 

Além disso, há fisioterapeutas, médicos, nutricionistas à disposição! 

Um cuidador de idoso não é mais o suficiente

Outro ponto que você pode colocar em questionamento nessa situação é “mas um cuidador de idoso não seria o suficiente?”. O cuidador poderia se ocupar com os remédios, acompanhar na fisioterapia e nas consultas médicas, ajudar nas necessidades básicas ou essenciais, cuidar da alimentação e enfim. 

Nesse tópico, a decisão deve ser considerada baseada nas necessidades do idoso e na particularidade de cada um. Observar onde você mais precisa de ajuda. 

Porém, veja bem, ao optar por um cuidador que atenda da mesma maneira que uma casa de repouso por 24 horas, vai precisar de, pelo menos, 4 pessoas. Também é necessário considerar os outros investimentos que ainda precisam partir de você, como profissionais da saúde, remédios, academia, atividades de lazer. 

Se você avaliou com bastante responsabilidade esses três pontos, chegou a uma conclusão e está perto de decidir se é a hora certa de optar por uma casa de repouso. 

Leia mais: Como garantir o envelhecimento e saúde da pessoa idosa?

Porém, lembre-se de tirar os pesos de seus ombros ao pensar que se está abandonando seu familiar idoso. Esse é um dos passos essenciais da tomada de decisão. Se você escolher com amor, atenção e bom-senso, certamente fará o melhor para o seu familiar idoso. Além disso, faça visitas às casas de repouso e observe com atenção como eles cuidam dos seus hóspedes.

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Liderança: Como trabalhar com jovens na Igreja Católica

Em julho de 2013, na sua primeira viagem apostólica, o papa Francisco falou à juventude do mundo reunida no Rio de Janeiro para Jornada Mundial da Juventude daquele ano: “A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo. É a janela e, por isso, nos impõe grandes desafios”.

Contudo, quando se trata de jovens, nem sempre nossas paróquias estão prontas para irem ao seu encontro, evangelizá-los e cativá-los como irmãos para a vida da comunidade. 

É importante repensar os meios de atração, formação e convivência com a juventude, sobretudo por parte dos líderes de pastoral e movimentos eclesiais. Por isso, selecionamos algumas ações práticas que poderão possibilitar um relacionamento saudável e fecundo com os jovens. 

1 – Cative pela amizade

Em outubro de 2018, a Igreja realizou o Sínodo dos jovens. Na ocasião, o Papa Francisco resumiu as ações que deveriam mover tal reunião em 4 verbos: “acolher, proteger, promover, integrar”. Quando falamos de trabalhar com jovens, falamos de relacionamento. O jovem só escuta a quem ele se relaciona.

Por isso, cativar a juventude pela amizade passa por esse acolhimento, proteção, promoção e integração necessária em cada ação que seja feita com esses irmãos. Um exemplo prático é treinar a Pastoral da acolhida para refinar o atendimento aos jovens, não de modo mecânico, mas com um sorriso transbordante e sincero.

Além disso, incluí-lo em ações sociais e confiar na sua capacidade e responsabilidade são formas de integrá-los.

2 – Não mude sua linguagem ou jeito de ser

Jovem gosta de espontaneidade, e muitas vezes os responsáveis pela evangelização da juventude tende a usar gírias, roupas descoladas e trejeitos joviais para forçar uma relação com esse público. O rapaz e a moça que chegam na Igreja querem encontrá-la como Mãe, como pastor, como irmão, como amigo.

Isso não significa ser um igual em termos de estilo de vida. Fale do seu modo, mas fale com verdade, com paixão e, sobretudo, com responsabilidade, pois ali você está sendo um rosto de Cristo para aquele irmão. 

3 – Possibilite canais de interação com a juventude

É preciso ouvir a juventude! Segundo o documento final do Sínodo, os jovens, de fato, querem ser “ouvidos, reconhecidos, acompanhados” e desejam que sua voz seja “considerada interessante e útil no campo social e eclesial”. E a Igreja precisa abrir canais de relacionamento no universo em que os jovens estão.

As redes sociais são excelentes meios para isso, sobretudo se utilizadas de modo estratégico. Fazer aulas catequéticas pelo youtube, promover fóruns online, cursos à distância e relacionar-se com os perfis dos jovens estimula a participação deles na comunidade. 

4 – Utilize como recursos pastorais a arte, o esporte e a música

Os jovens se sentem atraídos pelo belo, pelo desafiador, pelo verdadeiro, e isso se expressa muito bem na arte e no esporte. Shows de evangelização, peças de teatro, sarais, luaus e iniciativas desse tipo têm o poder de atrair a juventude.

Promover esses eventos é um meio de tocar o coração do jovem com a mensagem de evangelização, o grande anúncio capaz de mudar a vida de qualquer pessoa, Deus o ama!

É importante reforçar que a característica mais importante dessas ferramentas é um relacionamento sincero e apaixonado pela juventude. O jovem é atraído pelo amor e pela verdade. Portante, seja você mesmo ao lidar com o jovem  com dom Bosco aprendamos: “Basta que sejais jovens para que os ame!”.