Como rezar com a Palavra de Deus

 A Bíblia contém a Palavra de Deus, que é sempre atual e eficaz. Alguém disse: “O que aconteceria se usássemos a Bíblia como usamos o nosso celular?. Se a tivéssemos sempre conosco; se voltássemos quando a esquecemos, se a abríssemos várias vezes por dia; se lêssemos as mensagens de Deus contidas na Bíblia como lemos as mensagens em nosso celular. Claramente a comparação é paradoxal, mas faz refletir”.

Assim se pronunciou o Papa Francisco no primeiro domingo da Quaresma de 2017. E de fato sua mensagem deve nos levar a refletir sobre o quanto damos demasiada importância a coisas supérfluas, quando na verdade é para a Palavra de Deus que devemos dar toda importância.

Mas certamente se você está nesta leitura, é porque deseja ter mais intimidade com a Palavra de Deus e deseja orar com ela. E a nossa intenção é ajudar com isso! Porém, antes de ensinar você a rezar com a Palavra de Deus, vamos saber um pouco mais sobre esse livro sagrado!

Curiosidades sobre a Palavra de Deus

A palavra Bíblia vem do grego biblíon e significa “livros”. Logo, a Palavra de Deus é formada por um conjunto de livros que denominamos Bíblia.

A bíblia católica possui 73 livros, sendo 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. E outra curiosidade: foi em torno do ano 100 depois de Cristo que os judeus definiram os critérios para estabelecer quais são os livros sagrados. Os critérios eram estes: o livro deveria ter sido escrito em hebraico, a “língua sagrada”, no território de Israel e não poderia entrar em contradição com a Lei de Moisés.

Contudo, antes de Cristo, já existia a Bíblia traduzida para o grego, destinada aos judeus que não entendiam o hebraico das Escrituras. Essa Bíblia continha livros escritos em grego mais os livros de Ester e Daniel.

E a Igreja Católica, nos primeiros séculos, precisou decidir-se, diante dessa dualidade, quais livros fariam parte do chamado “cânon” da Bíblia. Logo, depois de realizar diversos Concílios, e, certamente, guiada pelo Espírito Santo, essa decisão foi tomada.

Sendo assim, a Palavra de Deus foi escrita durante um período de aproximadamente 1600 anos. E estima-se que se passaram cerca de 400 anos entre o último livro escrito do Antigo Testamento e o primeiro livro do Novo Testamento.

A Palavra de Deus já foi traduzida para mais de 1500 idiomas e dialetos. E a autoria dos livros sagrados é atribuída a mais de 40 pessoas, sendo que os que mais escreveram foram Moisés e Paulo.

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Passo a Passo para rezar com os salmos

A Palavra de Deus é viva, eficaz (Hebreus 4,12)

São João Paulo II disse em uma de suas homilias: “Devemos estar abertos e disponíveis à Palavra de Deus, para fazer que a nossa vida quotidiana — a nível pessoal, familiar e profissional — esteja sempre em perfeita sintonia e em harmoniosa coerência com a mensagem de Jesus, com o ensinamento da Igreja e com os exemplos dos Santos”.

E São Francisco de Assis dizia: “Ler a Sagrada Escritura significa pedir o conselho de Cristo”. Já o Papa Bento XVI afirmou: “A Sagrada Escritura é um diálogo permanente entre Deus e o homem, um diálogo progressivo no qual Deus se mostra cada vez mais perto, no qual podemos conhecer sempre melhor a sua face, a sua voz e o seu ser; e o homem aprende a aceitar que conhece Deus, a falar com Deus”. Por isso é tão importante rezar com a Palavra de Deus.

E neste sentido, a Igreja, como Mãe, nos propõe o método da Lectio Divina, ou seja, da leitura orante da Palavra de Deus como um roteiro de oração.

A Lectio Divina surgiu por volta do ano 1500 e propõe que façamos a leitura, meditação, oração e contemplação da Palavra de Deus, buscando crescer na amizade com Ele. Vamos conhecer então os passos da Lectio Divina.

# Passo 1: a leitura

O primeiro passo para rezar com a Palavra de Deus é escolher um trecho e fazer a leitura. Porém, não é qualquer leitura. Aqui o recomendado é ler e reler muitas vezes o trecho escolhido a fim de assimilá-lo por completo. Mesmo que você já conheça esse trecho bíblico, leia muitas vezes e você vai perceber que a Palavra de Deus é constantemente nova e atual, viva e eficaz, e sempre tem algo novo a dizer. Nesta leitura, procure observar os personagens que fazem parte do texto, o que eles dizem e o que representam.

# Passo 2: a meditação

O segundo passo para rezar com a Palavra de Deus é a meditação. Aqui você deve interiorizar a Palavra. Certamente durante o passo da leitura, alguma palavra ou frase irá chamar mais a atenção, então procure repeti-la em sua mente diversas vezes e procure entender o que Deus está querendo dizer a partir disso. Reflita sobre o que este trecho bíblico diz para a sua vida.

# Passo 3: a oração

Depois da meditação, o terceiro passo é propriamente a oração. Aqui você vai iniciar um diálogo sincero com Deus. Esta oração é a sua resposta a Ele, pedindo que ajude a praticar o que a Palavra trouxe como orientação. Logo, as palavras desse diálogo/oração nascem daquilo que você leu e meditou.

# Passo 3: a contemplação

A contemplação é o último passo da Lectio Divina. Trata-se de permanecer em silêncio, na presença de Deus e saborear aquilo que você experimenta em seu íntimo nesse momento. Pode ser que seja um sentimento de paz ou de profundo amor. Neste momento, é Deus quem age no interior do nosso coração, transformando e renovando nossas forças. Perceba o que Deus quer de você e quais frutos você pode oferecer a Ele com a sua vida. 

10 curiosidades que você precisa saber sobre a Bíblia

A Bíblia Sagrada é um dos livros mais conhecidos do mundo. Além de ocupar, há mais de 50 anos, o primeiro lugar entre os livros mais lidos, com mais de 3,9 bilhões de cópias espalhadas por todo o mundo e traduzida para mais de 3 mil idiomas e dialetos.

Com certeza, essa popularidade se deve à experiência que ela comunica, o encontro com uma pessoa fundamental na vida cristã: Jesus Cristo. Ele é centro de toda Palavra, isso faz do Evangelho o coração da Bíblia, e da pessoa humana o objeto do infinito amor de Deus.

Não é à toa que a Igreja dedica um mês inteiro à Palavra de Deus! Ela é fundamental em nossa vida, porque narra o caminho do encontro de Deus-Trindade com o ser humano e detalha toda nossa salvação e nos aponta conselhos essenciais para vivermos como filhos de Deus.

Então, renovemos o nosso compromisso com a Palavra e aumentemos nosso conhecimento a partir de informações práticas e fundamentais sobre a Bíblia. Confira!

Por que setembro é o mês da Bíblia?

Todo o mês de setembro é dedicado à Bíblia, mas o dia da comemoração acontece em 30 de setembro.  Essa data está ligada à festa litúrgica de São Jerônimo, cujo nome verdadeiro era Eusebius Sophronius Hieronymus, o Padroeiro dos biblistas. 

São Jerônimo nasceu em Strídon, provavelmente no ano de  347, e faleceu em Belém, a 30 de setembro de 419 ou 420. Sua contribuição foi imensa: ele traduziu a Bíblia do grego e do hebraico para o latim, e essa tradução possibilitou a leitura da Palavra por mais pessoas.

Logo, é impossível estudar a Bíblia sem considerar a obra de São Jerônimo, porque ele foi totalmente fiel ao texto original. Foram mais de 40 anos de vida dedicados a este trabalho de tradução, que favoreceu a compreensão da Palavra de Deus tanto para a Igreja como para muitos intelectuais da época.

Se falar sobre a Bíblia é agradável, ler a Palavra é ainda melhor porque entramos em contato com Deus diretamente! Mas existem algumas informações interessantes que nos ajudam bastante nessa leitura e selecionamos 10 para você neste post.  

10 curiosidades sobre a Bíblia:

#1 A Bíblia Sagrada é um conjunto de livros escritos por homens ao longo da história.

Mas homens inspirados pelo Espírito Santo e, por isso, considera-se o próprio Deus como autor das Escrituras (Catecismo da Igreja Católica §105).

#2 Como foram vários os autores da Sagrada Escritura, não há uma única data!

Porém, acredita-se que o Antigo Testamento tenha sido escrito até duzentos anos antes de Cristo e que o Novo Testamento, a partir da segunda metade do primeiro século depois de Cristo.

#3 A palavra Bíblia vem do termo grego “os livros”.

Ao todo, a Bíblia contém 73 livros, sendo 46 no Antigo Testamento e 26 no Novo. Sua estrutura é organizada por capítulos (números maiores) e versículos (números menores).

#4 Os livros da Bíblia estão divididos em quatro partes.

O Pentateuco, os livros Históricos, os livros Sapienciais e os livros Proféticos. Já os livros do Novo Testamento estão divididos em três partes: cinco livros históricos, com os Evangelhos e os Atos dos Apóstolos; vinte e uma cartas dos Apóstolos e um livro profético: o Apocalipse.

#5 O Pentateuco (penta significa ‘cinco’) são os cinco primeiros livros da Bíblia.

São eles: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Os antigos judeus chamaram estes livros de Torá, que significa Instrução, a Lei, e a Torá é a base da religião judaica.

#6 A Bíblia foi escrita em três idiomas

Ao contrário do que algumas pessoas imaginam, a Bíblia não foi escrita numa única língua, mas em três línguas diferentes: aramaico, o hebraico e o grego. 

#7 No Século IV, a Bíblia foi totalmente traduzida para o latim, língua usada na Igreja.

A tradução foi feita por São Jerônimo, a pedido do Papa Dâmaso. Esse trabalho aproximou ainda mais a Palavra da Igreja e do povo de Deus.

#8 A Bíblia foi o primeiro livro impresso da história, em 1456.

E sua primeira edição foi feita a partir da tradução de São Jerônimo. É conhecida como a Bíblia de 42 linhas e está dividida apenas em capítulos. Os versículos foram introduzidos apenas em 1527. 

#9 O Evangelho de Jesus foi transmitido primeiro de forma oral.

Apenas anos depois da Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão do Senhor surgiram os primeiros escritos. Acredita-se que o primeiro Evangelho escrito foi o de Marcos, entre os anos 65 e 75 D.C.

#10 O Catecismo da Igreja Católica (§112-114) orienta a leitura da Bíblia sob três critérios:

Prestar atenção ao conteúdo e à unidade da Escritura inteira, ler a Escritura dentro da Tradição viva da Igreja e estar atento à analogia da fé.

Por fim, a Igreja também ensina que a leitura e a interpretação da Sagrada Escritura precisam do auxílio do Espírito Santo, uma vez que Ele também foi o inspirador dos autores sagrados (cf. Catecismo da Igreja Católica, §111).

E assim, como a Bíblia emociona e converte até hoje, ela continua a missão de anunciar a boa-nova a todos que dela se aproximam.

Oração e Planejamento: o que eles têm em comum?

Planejamento, metas, são realidades comuns quando falamos de vida profissional e até mesmo de vida pessoal. São recursos valiosos que nos ajudam a alcançar algum objetivo específico. 

Mas e quando falamos de oração? É possível que haja alguma semelhança na vida de oração do cristão com os diferentes tipos de planejamento que podemos desenvolver? 

Acredite, se você nunca pensou que oração e planejamento tem algo em comum, leia este texto até o final e descubra como essas duas realidades são muito mais similares do que você imagina.

Por que ter um planejamento para a oração? 

Se você deseja crescer na intimidade com Deus e Sua Palavra, saiba que deve dedicar tempo e atenção não apenas para se relacionar com o Senhor, mas sobretudo para que possa estudar, refletir e aprender. Além de aprofundar os seus conhecimentos pessoais a respeito da fé que professa. 

Diante de tantas realidades que o cristão é chamado a viver no seu cotidiano, sabemos que pode ser desafiante estabelecer momentos para se dedicar a vida de oração. Afinal, há sempre muitas coisas para se revolver ou que demandam respostas e ações concretas de sua parte. 

Justamente por isso, contar com um planejamento espiritual pode favorecer que a sua vida de oração se torne mais organizada, não importa quão dinâmica seja a realidade que vive. É sempre possível encaixar prazos para que você se dedique a esses momentos de diálogo e intimidade com o Senhor. 

Lembre-se que o encontro com o Senhor e Sua Palavra deve ser a grande prioridade de sua vida como católico. Santo Agostinho nos ensina que fomos criados pelo Senhor e inquieto está o nosso coração enquanto não repousamos Nele. 

Por isso, não permita que essa realidade fique de lado, esquecida ou seja negligenciada em meio a tantos compromissos que você tenha em seu dia a dia. Tenha certeza de que quanto mais você se dedicar a esses momentos de encontro com o Pai, muito melhor poderá lidar com os desafios que se apresentarem a ti. 

Como conciliar oração e planejamento?

Para que o seu dia seja vivido da melhor forma e você consiga honrar com todos os compromissos que necessita, é muito importante contar com um planejamento simples que determine os horários, locais e atividades que você irá desempenhar ao longo do seu dia.

Se faz necessário que os momentos de oração também façam parte da sua programação. Nesse sentido, ao planejar suas atividades, determine um tempo de qualidade para estar diante da presença do Senhor. 

Muito se fala ultimamente sobre as linguagens de amor e tempo de qualidade é, inclusive, uma das cinco formas pelas quais as pessoas costumam expressar o seu amor ao outro.

Então, nada melhor do que reservar o melhor tempo do seu dia para Aquele que é a fonte de todo o amor!

À medida que você cresce no amor e intimidade com o Senhor, o próprio Espírito te impele a avançar para águas mais profundas e mergulhar no amor misericordioso do Pai, que se relaciona contigo. 

Nesse sentido, é natural que seja despertado em seu coração o desejo de conhecer profundamente a Palavra de Deus, a vida dos santos, o que nos ensina a Igreja sobre tantas áreas da vida e do saber. 

Por isso, conciliar oração e planejamento irá contribuir para a sua vida afetiva, humana e espiritual. De maneira que cada realidade de sua vida seja conduzida e direcionada a partir da escuta de Deus, daquilo que Ele te revela em oração para cada necessidade que se apresente. 

Como desenvolver um planejamento espiritual

Se oração e planejamento são realidades novas para você, é natural que se tenha uma certa dificuldade de adaptação para incluir esses recursos no seu dia a dia. 

Nada melhor, então, do que contar com o auxílio dos irmãos de fé, que trilham esse caminho a mais tempo e podem contribuir com as suas experiências a partir daquilo que já aprenderam e desenvolveram ao longo dos anos. 

Ou seja, não é necessário desbravar esse caminho de maneira solitária. Se você deseja restabelecer a centralidade de Deus em sua vida e contar com um planejamento espiritual para a sua vida de oração, saiba que já existe esse material disponível e acessível para você. 

Com direcionamentos de livros e filmes que favorecem o caminho da oração, além de contar com orações específicas para cada momento do ano, Ir. Zélia, religiosa da Copiosa Redenção, vem compartilhando nos últimos anos o planejamento espiritual, fruto de sua vivência diária como religiosa e suas missões pelo Brasil. 

Há mais de dez anos, a religiosa conta com esse valioso recurso que a auxilia em seu caminho próprio, fruto de um coração que anseia pela santidade. E agora, ela compartilha também esse material com todos aqueles que se interessam em ter uma vida de oração ordenada, com metas que favoreçam o crescimento e amadurecimento na fé.

Quer saber como ter acesso a esse material e alargar o seu coração para essa experiência de oração? CLIQUE AQUI. 

Setembro amarelo: conheça a campanha de prevenção ao suicídio

Setembro Amarelo é a marca da campanha de conscientização sobre a prevenção ao suicídio. Durante todo o mês, acontecem diversas iniciativas com objetivo de chamar a atenção da população para a importância deste tema. 

Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), desde 2014, em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Brasil realiza essa campanha de conscientização e incentiva informações relacionadas à prevenção ao suicídio no país.

Em 2023, o tema é “Se precisar, peça ajuda!”. Vale lembrar que a campanha acontece durante todo o ano, mas especialmente em setembro, no dia 10, quando é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao suicídio. 

É urgente que nos atualizemos sobre esse assunto e estejamos atentos às pessoas ao nosso redor e aos sinais que apontam para essa realidade! Confira o que preparamos.

Setembro amarelo – Dia mundial de combate e prevenção ao suicídio

Em setembro de 1994, nos Estados Unidos, o jovem de 17 anos, Mike Emme, cometeu suicídio. Ele tinha um Mustang 68 amarelo e, no dia do seu velório, seus pais e amigos distribuíram cartões amarrados em fitas amarelas com frases de apoio para pessoas que talvez estivessem enfrentando problemas emocionais. 

A iniciativa se espalhou e a cor passou a representar a campanha setembro amarelo. Assim, em 2013, Antônio Geraldo da Silva, presidente da ABP, colocou no calendário nacional a campanha internacional setembro amarelo. E, desde 2014, são muitos os parceiros que divulgam e trabalham no Brasil com essa campanha a favor da vida. 

Mas é preciso investir e insistir nesse assunto, porque, infelizmente, o estigma social e a falta de consciência continuam como principais barreiras para quem precisa de ajuda. E existe muita desinformação sobre os problemas com relação à saúde mental em todo lugar.

Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, sabe-se que praticamente 100% dos casos de suicídio estão relacionados às doenças mentais, a maioria não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Logo, muitos casos seriam evitados se estes pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.

Entenda os motivos da campanha setembro amarelo

Ainda segundo a OMS, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo. Mas também existem situações subnotificados, que aumentam os casos para mais de 1 milhão. 

No Brasil, a estimativa é de 14 mil casos por ano, ou seja, em média trinta e oito suicídios por dia. Entre 2010 e 2019, o país registrou em torno de 112.230 mil mortes por suicídio.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 2019, 10,2% das pessoas com 18 anos ou mais receberam o diagnóstico de depressão. Veja as porcentagens:

  • Estados do sul e sudeste com 15,2% e 11,5%, respectivamente, de adultos com diagnóstico confirmado de depressão; 
  • No centro-oeste (10,4%), nordeste (6,9%) e norte (5%).

A depressão é uma das grandes causas do suícidio e está entre as ações do setembro amarelo, porque afeta a saúde da pessoa como um todo. E não apenas de quem tem uma vida secular, mas dos religiosos e sacerdotes também.

No Brasil, entre 2017 e 2018, quase 20 sacerdotes tiraram a própria vida. Há estudos sobre esta realidade por parte de alguns especialistas, como também acompanhamentos específicos para prevenir essa dor dentro da Igreja e da vida religiosa.

Dessa forma, as estatísticas falam o quanto é necessária a campanha setembro amarelo, como também outras iniciativas que ajudem a enxergar e socorrer pessoas que passam por essa dor invisível e letal.

O trabalho é o primeiro local para tratar sobre o suicídio

De acordo com especialistas, o suicídio de trabalhadores e a saúde mental no ambiente de trabalho são pontos a serem discutidos. Isso porque estresse no trabalho, pressão constante, assédio, carga de trabalho alta e falta de apoio emocional contribuem negativamente para a saúde mental.

Apesar da campanha setembro amarelo não se concentrar nessa categoria da sociedade, o ambiente de trabalho é um local importante para falar questões relacionadas ao tema e assim reduzir o preconceito associado à saúde mental, promovendo soluções e apoio para aqueles que lutam contra pensamentos suicidas.

Só em 2019, foram notificados 13 mil suicídios no Brasil, sendo 12 mil casos em população de 14 a 65 anos. No entanto, 10 mil casos correspondem às pessoas em atividade de trabalho, sendo 77% dos suicídios entre homens.

Sem falar que os suicídios e tentativas de suicídio têm efeito dominó, ou seja, afetam diretamente o indivíduo, as famílias, as comunidades e a sociedade. Portanto, abordar o suicídio em locais de trabalho é uma forma de prevenção que alcança um público grande e exposto a problemas constantemente.

Ações de prevenção ao suicídio

O objetivo geral da campanha setembro amarelo é aumentar a conscientização sobre a prevenção do suicídio em todo o mundo. Os objetivos incluem promover a colaboração entre partes interessadas e a autocapacitação para lidar com a automutilação e o suicídio por meio de ações preventivas.

Claro que lidar com a prevenção é um trabalho longo e muitas vezes ignorado porque não se veem os resultados de imediato, mas é possível salvar uma vida mesmo assim. 

Para isso, veja as iniciativas que são implementadas: 

  • Capacitação de profissionais de saúde e outros atores relevantes para falar sobre o assunto e lidar com situações concretas; 
  • Divulgar mensagens positivas e informativas voltadas para a população em geral e grupos de risco, como jovens; 
  • Promover a discussão aberta sobre saúde mental em casa, na escola, no local de trabalho etc. 
  • Incentivar pessoas que já passaram pelo drama do suicídio para compartilharem suas histórias com profissionais e pessoas interessadas.
  • Restringir o acesso a meios para o suicídio, como armas de fogo, pesticidas etc. através de políticas públicas de saúde mental e educativas; 
  • Redução do álcool e a cobertura responsável da mídia sobre o suicídio.

precisar, peça ajuda!

A campanha setembro amarelo deste ano tem como tema: Se precisar, peça ajuda! Há uma súplica tanto de quem tem pensamentos suicidas como das famílias em geral. E existem diversos materiais gratuitos, como também o atendimento por telefone realizado de forma sigilosa. 

Onde pedir ajuda:

O Centro de Valorização da Vida (CVV)  é uma associação sem fins lucrativos que oferece apoio emocional e busca prevenir casos de suicídio. Caso precise de ajuda ou conheça alguém que precise, ligue para o 188 ou acesse o site cvv.org.br. 

Tanto o chat da página quanto o telefone ficam disponíveis para contato 24 horas todos os dias da semana, e o serviço é sigiloso e gratuito.

O site da ABP traz também todo o material explicativo sobre a campanha e temas que precisam de esclarecimento na sociedade que ajudam na prevenção do suicídio:

Acesse aqui o Site da ABP

Há outras atitudes que todos podemos abraçar: a empatia, a compaixão e a oração. Se a humanidade está doente, todos nós somos afetados por essa enfermidade. 

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O poder da oração dos Salmos

Tem crescido muito entre os católicos a consciência do poder da oração dos Salmos, e isso não é à toa, visto que o livro dos Salmos é um dos mais consultados e lidos da Bíblia Sagrada em todo o mundo.

Logo, devemos recitar a oração dos Salmos porque, neles, Deus nos fala e nos faz falar com Ele. Sobre isso, o Papa Bento XVI, em uma de suas catequeses, afirmou:

“O cristão, rezando os Salmos, reza ao Pai em Cristo e com Cristo, assumindo esses cantos em uma perspectiva nova, que tem no mistério pascal a sua última chave interpretativa. O horizonte do orante abre-se, assim, a realidades inesperadas, cada Salmo adquire uma luz nova em Cristo e o Saltério pode brilhar em toda a sua infinita riqueza”.

E retornando a tempos ainda mais remotos, extraímos das palavras de Santo Agostinho uma linda reflexão sobre a oração dos Salmos. Ele dizia: “Quando te invoquei, ó meu Deus ao ler os Salmos de Davi, cânticos de fé, hinos de piedade, contrastante com qualquer sentimento de orgulho, eu, novato ainda no caminho do teu verdadeiro amor (…) quantas exclamações me inspirava a leitura desses salmos, e como eles me inflamavam no teu Amor! Desejava ardentemente recitá-los, se possível para todo o mundo, a fim de rebater o orgulho do gênero humano. E, no entanto, são cantados no mundo inteiro, e nada pode furtar-se ao teu calor” (Confissões IX, 4,8).

O que há de especial nesta oração?

Muitos teólogos consideram que vários salmos possuem teor profético e messiânicos, pois referem-se a vinda do Cristo. 

Antes disso, os Salmos são reflexo do contexto maior de uma fé que nasce da história e ao mesmo tempo constrói história. E o fio condutor é o Deus libertador que ouve o clamor do Seu povo e que se torna presente, dando eficácia à sua luta pela liberdade e vida (cf. Ex 3,7-8).

Sendo assim, os Salmos manifestam a fé que os pobres e oprimidos têm no seu Deus Criador e Libertador. 

Logo, a palavra Salmo vem do hebraico psalmus, que significa louvores, e essa característica faz da oração dos Salmos muito especial.

Mas isso não é tudo, os Salmos exprimem também as lamentações de um povo, seus cânticos de penitência e de reconhecimento de um Deus que nunca os abandona. E a própria introdução bíblica os identifica como poemas didáticos e de súplicas ardentes.

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Por que rezar os salmos?

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Quem escreveu a oração dos Salmos?

Quanto à autoria dos Salmos, a maioria deles é atribuída ao rei Davi, que teria escrito pelo menos 74 deles. Os demais autores seriam Moisés, Etã, Asafe, Rei Salomão, além de outros nomes. Há também alguns que são de autoria desconhecida, porém, importa saber que todos têm como fonte o Espírito Santo de Deus. 

Logo, o livro de Salmos é uma coletânea de vários textos escritos ao longo de vários séculos. Inicialmente eles foram transmitidos de uma pessoa para outra através da tradição oral. E a sua escrita aconteceu, sobretudo, através do movimento de recolhimento das tradições israelitas, iniciado no exílio babilônico pelo profeta Ezequiel (séculos VII-VI antes de Cristo). 

Os autores do Novo Testamento, para dar embasamento aos seus escritos, costumavam citar trechos do Antigo Testamento, um dos mais citados é o livro dos Salmos. 

O próprio Jesus rezava a oração dos Salmos!

Jesus costumava rezar com os Salmos, pois o centro de sua vida foi a oração, e é por meio dela que Ele estava com o Pai e conhecia a Sua vontade. 

Desde criança Jesus aprendeu a recitar a oração dos Salmos que eram lidos nas sinagogas e nas casas. Naquela época a oração dos Salmos não acontecia apenas como os lábios, mas com o corpo todo. Isso se dava por meio de procissões, prostração, genuflexão, estender as mãos, com o canto, colocando a cabeça entre os joelhos, etc.  

Porém, as suas atitudes de Jesus deram um significado pleno e conferiram ainda mais eficácia a essas orações. 

Sendo assim, depois de Jesus a oração dos Salmos se tornou a oração daqueles que estavam comprometidos com Cristo para a edificação do Reino de Deus. 

A oração dos Salmos é a alma cristã

Os salmos são uma fonte poderosa de oração que nos põe em intimidade com Deus. E eles servem para diversos momentos da nossa vida. Confira a listinha abaixo!

Para acalmar o coração: Salmo 02, 27, 40 e 76

Para combater a ansiedade: Salmo 36, 94, 120 e 138

Na angústia, tristeza ou solidão: Salmo 03, 04, 12 e 142

Por uma situação que precisa ser resolvida com urgência: Salmo 06

Pedindo proteção contra injustiça, mentiras e calúnia: Salmo 09

Para despertar a confiança: Salmo 10 e 61

Segurança interior e eliminar as dúvidas: Salmo 16

Ação de graças: Salmo 20, 106 e 117

Serenidade: Salmo 24

Para destruir os medos: Salmo 27

Libertação dos perigos: 114 e 139

Após um grande perigo: Salmo 29

Na aflição: Salmo 30

Na doença: Salmo 40

Grito de aflição e de confiança: Salmo 55

Buscando refúgio: Salmo 56

Para ter esperança: Salmo 76 e 129

Na alegria: Salmo 83

Na tribulação: Salmo 85 e 140

Contra todos os perigos: Salmo 90

Louvor: 95, 98, 99, 103, 134, 135, 148 e 150

Canto de vitória: Salmo 107 e 143

Para ter confiança: Salmo 124

Pedindo bênçãos divinas: Salmo 127

Abandono em Deus: Salmo 130

Por que rezar os salmos?

Rezar os Salmos é uma prática cada vez mais comum entre os cristãos e ela é muito proveitosa para a nossa união com Deus.

Vamos saber o porquê começando por entender o que são os Salmos!

Salmos: a busca pelo caminho, verdade e vida

A palavra Salmo vem do grego Psalmoi, que significa “canções” ou “cânticos”; e do hebraico Tehilim, que se traduz por “louvores”.

E a muitos homens foram atribuídos a autoria dos Salmos: ao rei Davi, que escreveu a maior parte deles; a Salomão, que escreveu os Salmos 72 e 127; a Moisés, que compôs o Salmo 90; entre outros. Outra curiosidade é que os Salmos formam o maior livro da Bíblia e é o primeiro deles a falar claramente do Messias (ou Cristo), seu reinado e do Juízo Final.

Logo, os Salmos procedem da experiência de um povo que, com simplicidade e amor, narram sua amizade com Deus. Todos os aspectos culturais, religiosos, civis e sociais de Israel estão nos Salmos.

Eles foram escritos a partir da perspectiva humana, como um homem buscando o caminho, a verdade e a vida em meio a diversas circunstâncias.

Os 150 Salmos relatam um pouco de tudo: vão das lamentações individuais aos hinos pela vitória; das exaltações ao rei, à proclamação da glória de Deus; revelam as expressões da alegria do povo, bem como dos seus medos e anseios.

São palavras que não apenas passam entre os lábios, mas que brotam do interior do coração. Resultam de um coração emotivo e de um imaginário no qual Deus dá sentido a tudo e a todos.

Vamos então descobrir por que devemos rezar com os Salmos!

# 1. Com os Salmos, nossa alma se deleita em Deus

Quando aprendemos a orar com os Salmos, sabemos responder com nossa vida a totalidade dos ensinamentos bíblicos. Os Salmos nos ensinam a abrir o coração para a verdade de Deus e do Seu amor. E consequentemente aprendemos a amá-Lo ainda mais, ao mesmo tempo em que nos abrimos mais ao Seu amor. E nessa troca de amor, nossa alma se deleita em Deus porque Ele nos dá “de beber das torrentes de vossas delícias” (Salmo 35,9)

# 2. Ajuda para manter o equilíbrio emocional

Os salmistas expressam todos os aspectos da vida humana, suas alegrias e vitórias, bem como suas angústias, dores e tristezas, e como encontraram forças para não desfalecer a fé.

Logo, rezar com as palavras dos Salmos nos ajuda a olhar as nossas dificuldades sobre outra perspectiva, a de Deus. E como consequência nos ajuda a manter o equilíbrio de nossas próprias emoções.  

Os Salmos nos ajudam a reconduzir cada alegria e cada dificuldade para Deus, envoltas na confiança e na esperança, porque crescemos nesta certeza: “O Senhor é meu pastor e nada me faltará” (Salmo 22).

# 3. Rezar com os Salmos molda nossos desejos

Deus chama cada um de nós a um projeto de felicidade, vida em abundância e salvação. E rezar com as palavras dos salmistas nos leva a desejar o que Deus tem a nos oferecer e a vibrar com as graças que Ele nos concede a cada dia.

Logo, eis um grande motivo para criarmos o hábito de rezar com os Salmos porque geralmente desejamos coisas fúteis e nos importamos com o que devemos ignorar. Contudo, os Salmos têm a capacidade de mudar nossos desejos a fim de querer aquilo que Deus quer para nós, ou seja, uma vida de santidade e de prática das virtudes cristãs.

Os Salmos despertam em nós o desejo de sermos agraciados com as bênçãos que Deus nos promete na Sua Palavra.

# 4. Os Salmos nos ajudam a carregar a própria cruz

As aflições pesam no coração, pesam na nossa cruz, mas não podemos parar em nossos próprios problemas e nos fecharmos, pois desta forma não seremos outra coisa senão pessoas ressentidas e amargas.

Portanto, quando rezamos com os Salmos, vendo a aflição do povo de Deus e como superaram seus fardos e encontraram as bênçãos do céu, conseguimos transformar nossas aflições. Cumpre-se aquilo que Jesus nos diz no Evangelho: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei”.

Enfim…

Os Salmos são as mais profundas orações com as quais podemos rezar, ou seja, promovem as mais intensas elevações da alma até Deus e nos faz íntimos Dele. Nos ajudam a ter oração de qualidade e com profundidade. Sem contar que a oração exercita nosso espírito, fortalecendo-o, ao passo que a falta dela torna nosso espírito árido e sem vida.

Portanto, os Salmos são pequenas pílulas nutritivas que devemos ingerir diariamente para nutrir nossa alma e espírito

Somos convidados a ler e meditar cada palavra e cada imagem descrita nos Salmos com muito zelo, disposição e atenção para extrair de cada um deles toda a sua riqueza. 

Como você pôde perceber, rezar com os Salmos pode transformar sua vida e sua união com Deus.

Que tal aprender um pouco mais sobre por que devemos rezar os Salmos com a Irmã Zélia?!

Assista neste vídeo.

 Por que ter metas na vida espiritual?

É muito comum observarmos ao final de um ano, pessoas que traçam metas para o novo que se aproxima. Contudo, isso não se aplica apenas nessa fase, como também diante de um desafio profissional ou projeto pessoal. 

Mas e na vida espiritual? É possível ter metas? Qual a sua importância e como elas podem auxiliar no crescimento e maturidade da vida espiritual? Se você tem dúvidas sobre este assunto, acompanhe este texto até o final e saiba mais sobre os benefícios de se ter metas na vida espiritual.

A importância de se ter metas claras e bem definidas

Antes de mais nada, é preciso esclarecer qual é o conceito de metas e a sua importância para a nossa vida. De acordo com o dicionário, chamamos de metas aquilo que se pretende alcançar; objetivo, finalidade. Ou seja, caminha-se sempre em direção a algo.

Por exemplo, imaginemos uma pessoa que tem um grande sonho de comprar a sua casa própria. Para que esse sonho se realize é necessário que essa pessoa estabeleça metas claras e bem definidas. O que seria isso? Nada mais é do que os passos, as etapas necessárias que essa pessoa precisa cumprir, para que alcance seu objetivo final. 

Então, essa pessoa irá traçar um planejamento elencando os pontos mais importantes para que ela consiga comprar sua casa, irá avaliar suas condições financeiras, se precisa de recursos extras, documentos que sejam necessários e assim por diante. Tudo isso tendo em vista o comprometimento dela com aquele objetivo.

Quando traçamos metas para a nossa vida, nós estamos nos comprometendo com o processo. Aquilo que antes era só uma ideia, se torna passo concreto, ativo, com definições de prazos, para que dessa forma tenha-se sempre diante dos olhos o alvo.

O chamado universal à santidade

Antes do Concílio Vaticano II, a Igreja entendia que o chamado à santidade, era voltado apenas para os bispos, padres e religiosos da Igreja. Não imaginava-se que um cristão comum poderia alcançar a santidade. 

Isso mudou completamente a partir do Concílio Vaticano II. No capítulo V da Constituição Dogmática Lumen Gentium, a Igreja orienta e exorta que todos os cristãos, independente do seu estado de vida, sejam chamados à santidade. Por isso, todos na Igreja, quer pertençam à Hierarquia quer por ela sejam pastoreados, são chamados à santidade, segundo a palavra do Apóstolo: «esta é a vontade de Deus, a vossa santificação» (1 Tes 4,3; cf. Ef 1,4).

Como autor da vida, Deus deve ser sempre o centro da nossa vida e decisões. Fomos criados por amor, pelo Amor e para o amor. Quando damos o lugar devido a Deus, como nosso Rei e Senhor, no centro de tudo aquilo que vivemos, reconhecemos que dessa forma todas as coisas cooperam para o nosso bem (cf. Rm 8,8), porque essa é nossa essência e chamado universal. 

Como estabelecer metas para a vida espiritual

O grande sentido de estabelecer metas para a nossa vida espiritual é assumir o compromisso de que desejamos crescer no amor e intimidade com Deus, para chegar ao fim último que é a santidade. É preciso fazer da vida a nossa oração. 

Nesse sentido, as metas surgem como um recurso valioso para nos auxiliar a ter diligência com o trato que assumimos com Deus e conosco mesmos. Como dizia Santa Teresa D’Ávila, “a oração é um trato de amizade com Deus”. 

Para isso, estabelecemos horários, para que esse momento seja bem vivido e com a dedicação necessária. É o momento de encontro com o nosso grande amigo.

Essa experiência, favorece a nossa compreensão de quais são as áreas da nossa vida que requerem uma maior atenção, sobretudo no que diz respeito à nossa conversão pessoal. Buscar ter uma vida de oração é reconhecer e assumir o propósito de unir a nossa vontade pessoal à Vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável. 

Como definir metas para a vida espiritual

Talvez neste momento você esteja se perguntando: mas, afinal, por onde devo começar? Que tipos de metas posso estabelecer? Não se preocupe!

Como o início de todo novo hábito, sabemos que os primeiros passos costumam ser mais desafiantes. Diante disso, queremos te apresentar hoje o Planejamento Espiritual proposto pela Ir. Zélia, religiosa da Copiosa Redenção e que possui um amplo apostolado de cura e libertação pelo Brasil e pelo mundo. 

Como fruto de suas vivências pessoais, como religiosa missionária, há mais de 10 anos a Ir. Zélia teve a inspiração de desenvolver um método próprio de planejamento espiritual para sua vida. Logo, ela percebeu que essa experiência poderia auxiliar outros cristãos, que desejavam crescer na sua vida de oração. 

Inspirada por Deus, Ir. Zélia resolveu então começar a compartilhar com seus filhos espirituais o Planejamento Espiritual que ela adota em sua própria vida. Com didática clara e acessível, o material apresenta recursos importantes para práticas de oração diária e devoções para cada dia do ano, além de contemplar as principais festas e celebrações litúrgicas. 

Portanto, se você deseja dar um novo passo na sua vida de oração e caminho de santidade, não pode perder a oportunidade de conhecer este rico material que irá te acompanhar neste percurso. Nada melhor do que contar com o apoio de quem já trilha esse caminho há mais tempo.

CLIQUE AQUI e conheça mais sobre o novo planejamento espiritual da Ir.Zélia

Teatro, uma potência evangelizadora

O teatro é uma arte milenar porque existe há mais tempo do que podemos imaginar. Nos rituais primitivos da humanidade,  há mais de 30 mil anos, os povos já utilizavam a encenação como uma maneira de contar histórias. 

E a Igreja acompanha a história da humanidade. Não há como entender o próprio Evangelho sem recursos visuais, entre eles o teatro, uma expressão artística completa, que sensibiliza os corações mais frios e capta as atenções mais dispersas.

Por isso, São João Paulo II fala com propriedade sobre o artista já que ele mesmo encenou muitas vezes na juventude, inclusive em um época de muita dor e desilusão:

“De fato, a sociedade tem necessidade de artistas, da mesma forma que precisa de cientistas, técnicos, trabalhadores, especialistas, testemunhas da fé, professores, pais e mães, que garantam o crescimento da pessoa e o progresso da comunidade, através daquela forma sublime de arte que é a ‘arte de educar’. No vasto panorama cultural de cada nação, os artistas têm o seu lugar específico.”

Se é assim como diz o Papa, o ator, então, tem um lugar especial no coração da humanidade através do teatro. É sobre essa arte universal e o seu poder de conquistar que vamos tratar agora!

A importância do teatro para a sociedade

Historiadores, antropólogos e estudiosos defendem que o teatro surgiu com a própria humanidade. Encenações de dança, colheita, morte, cultos a deuses eram contadas por meio da encenação e assim as pessoas guardavam a fé e a cultura do seu povo.

Mas o termo teatro e todas as suas ideias remetem ao Século IV, na Grécia Antiga. A própria palavra ‘teatro’ vem do grego e significa lugar onde se vê um espetáculo. Quem nunca ouviu o termo: tragédias gregas e tantas histórias incríveis de espetáculos antigos?

De fato, isso só prova que o teatro acompanhou a formação do ser humano, transmitiu sentimentos, realidades da vida, cultura, educação, fé e ajudou muitos a conhecerem a si mesmos para exercerem o papel de ator ou atrizes e emocionarem uma plateia.

O teatro exerce uma força incrível sobre quem o apresenta e quem o assiste. Ele é o lugar da criatividade, imaginação e desenvolvimento de potencialidades, além de proporcionar diversão, educação e consciência social. Essa arte tem um poder transformador!

Teatro na vida cristã

Assim como o teatro está associado à vida humana também está unido à fé, porque é impossível separar o ser humano do transcendente, principalmente no princípio. E o teatro é anterior à própria escrita, quando essa nasceu, era privilégio de quem tinha recursos financeiros.

Assim, vale a pena lembrar duas colocações fortes sobre a arte, no qual o teatro está inserido, para destacar seu valor na vida cristã. 

Papa Bento XVI disse: 

“[…] o Cristianismo, desde as suas origens, compreendeu bem o valor das artes e utilizou sabiamente as suas multiformes linguagens para comunicar a sua imutável mensagem de salvação […]”  

Papa Paulo VI: 

“Nós temos necessidade de vós – disse ele –. O nosso ministério precisa da vossa colaboração.Porque, como sabeis, o Nosso ministério é pregar e tornar acessível e compreensível, aliás comovedor, o mundo do espírito, do invisível, do inefável, de Deus. E nesta operação… vós sois mestres. É a vossa profissão, a vossa missão; e a vossa arte é extrair do céu do espírito os seus tesouros e revesti-los de palavras, de cores, de formas de acessibilidade” (Insegnamenti II, [1964], 313). 

Logo, foi através do teatro que muitos se aproximaram de Deus. De reis a pobres, não importa a condição social, mas essa arte sempre esteve presente com o poder de convencer e cativar os corações para a vida de Cristo.

Uma arte evangelizadora poderosa

Dito isso sobre o teatro, podemos nos imaginar diante de uma cena! Assistir a alguém representar uma personagem, com convencimento, é um dom, e quando a mensagem é verdadeira como o Evangelho, alcança o coração de quem interpreta e de quem presencia.

Também existem pessoas que são visuais, precisam ver para entender, e o teatro faz isso! A encenação é a expressão do corpo, da oratória, da memória e da espiritualidade, tudo junto, circulando no mesmo ambiente, em benefício das pessoas.

E se recordarmos as vias sacras encenadas na Semana Santa! Quantas pessoas se emocionam como se estivessem dentro da cena, isso porque, muitas vezes, quem atua o faz de boa vontade, sem qualquer intenção de se tornar um profissional.

O teatro, então, é uma das formas de expressar a fé e promover o encontro da pessoa com a presença misteriosa de Deus. Por isso, é um veículo de evangelização importante, atrai com facilidade e consegue comunicar a boa nova.

Prestigie a quarta arte universal!

Atualmente, há 11 tipos de artes: música, dança, pintura, escultura, teatro, literatura, cinema, fotografia, história em quadrinhos (HQ), jogos eletrônicos e arte digital. E todas elas servem à humanidade em contextos e assuntos diversos.

Não é possível viver sem a arte! Ela se explica com gestos, canto, expressões, imagens, pinturas etc. Assim, procure o teatro como forma de entrar em contato com o divino, já que Deus é o primeiro e maior artista de todos. 

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Copiosa Redenção: Uma vocação para homens e mulheres

Deus nos convida a ser propagadores de seu amor – seja no falar, no viver. De alguma maneira Ele nos chama a ser instrumento de fé e de esperança para nossos irmãos. A vocação que cada um traz é um exemplo. Nosso primeiro chamado é dar a vida para o irmão, devemos ser solidários e humanos, pois Cristo, ao se oferecer na Cruz, morreu para dar a salvação a todos nós. Assim como diz na Palavra:

 “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a própria vida por aqueles que ama”.

(Jo 15,13)  

 Ser Cristo vivo na vida do irmão! É através deste propósito que Deus tem um chamado para nós – viver para Ele e com Ele. Ao ecoar em nossos ouvidos, Deus chama seus filhos a entregar-se por inteiro. E ao transformar nossa inquietude em algo concreto, descobrindo as maravilhas d’Ele, os vocacionados se tornam verdadeiros pais: que acolhem, abraçam e escutam os que mais necessitam. Um papel de grande responsabilidade, pois se tornar pais espirituais, é mostrar que a vida com Deus é perfeita. E que apesar dos desafios, Ele ajuda a caminhar e a vencer cada obstáculo.

Vocacional Copiosa Redenção

A Copiosa Redenção acolhe seus vocacionados em comunidades específicas. Uma voltada para o ramo masculino e outro feminino. O processo de discernimento de cada um pode durar até dois anos, dentro do aspirantado, primeiro local que o vocacionado é acolhido dentro da Congregação. Há uma pequena diferença entre os vocacionados homens, pois estes podem, no decorrer de sua caminhada, se tornar apenas irmãos – sendo livre a escolha para tornar-se sacerdote. 

Quer tirar todas as suas dúvidas sobre vocação, vida religiosa e sacerdotal? Participe do Vocacional Aberto da Copiosa Redenção. Será no próximo domingo, dia 27, via Google Meet. Clique no link abaixo e inscreva-se gratuitamente!

Jovens: perguntas sobre vocação religiosa

Ainda hoje o seguimento radical a Jesus Cristo atrai jovens do mundo inteiro para a vida religiosa. A vivência dos conselhos evangélicos pressupõe uma experiência profunda com o Mestre que continua a chamar “Segue-me Tu!” (Mt 9, 9).

Quando se sente inquietado por Deus, o jovem tende a ficar cheio de dúvidas e medos. Portanto, pensando no seu futuro e em como acontece a vida religiosa. Trouxemos algumas perguntas bem concretas que podem esclarecer esses questionamentos. 

Como os jovens sabem que têm vocação para a vida religiosa? 

O discernimento vocacional é um processo que deve acontecer em oração, caminhando em busca de maturidade humana, intelectual e espiritual, abrindo-se ao autoconhecimento, direção espiritual e conhecimento da congregação.

Inicialmente, acontece o chamado espiritual: os jovens sentem quando Jesus chama para uma vivência mais próxima. Desse modo, busca um lugar para viver esse chamado, geralmente encontrando uma congregação religiosa.

Adiante a identificação a essa ordem tende a se estreitar e amadurecer, culminando na decisão pelo seguimento de Jesus nesse Carisma.

Porém, nesse caminho é importante contar com a proximidade de um religioso mais experiente ou um sacerdote para direção espiritual e acompanhamento vocacional para auxiliá-lo. 

Por que existem tantas congregações religiosas no mundo? 

Os institutos religiosos são basicamente um grupo de pessoas que vivenciam um carisma particular de seguimento a pessoa de Jesus Cristo, pelos votos de pobreza, obediência e castidade. Essa variedade de congregações correspondem a variedade de dons do Espírito Santo (I Cor 12, 4).

Os denominados “carismas fundacionais” são formas de expressar um aspecto da missão de Jesus Cristo a partir de um estilo de vida, espiritualidade e apostolados próprios. Portanto, a Igreja enxerga nessa multiplicidade parte da riqueza espiritual de sua história. Eles são suscitados pelo Espírito Santo de acordo com a necessidade da humanidade. São uma resposta do amor de Deus.

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A vida religiosa supõe o voto de castidade? 

Sim. No que tange às congregações religiosas – uma das formas de vida consagrada na Igreja – o voto de castidade é obrigatório, juntamente com o voto de pobreza e obediência.

Porém existem as ordens terceiras, sociedades de vida apostólicas, movimentos eclesiais e novas comunidades – outras modalidades de vida consagrada – que não possuem o voto de castidade como obrigatório, tendo em vista que muitos dos membros dessas vocações são casados. 

Quanto tempo os jovens vivem para tornar-se um religioso?

Varia de congregação para congregação. Porém, no Código de direito Canônico é pedido como tempo obrigatório o tempo de formação, intitulado Noviciado, que deve ser antecedido de um tempo de preparação, e seguido por um tempo apostólico mais intenso antes da profissão dos primeiros votos.

Depois de sucessivas renovações de consagração, também variável de instituto para instituto, o membro professará seus compromissos perpétuos. 

TIRE DÚVIDAS AO VIVO

No próximo domingo, dia 27 de agosto de 2023, teremos o vocacional aberto online. A participação é gratuita e terá momentos de explicação sobre cada vocação e você poderá tirar suas dúvidas ao vivo.

INSCREVA-SE CLICANDO AQUI