Por que rezar os salmos?

Rezar os Salmos é uma prática cada vez mais comum entre os cristãos e ela é muito proveitosa para a nossa união com Deus.

Vamos saber o porquê começando por entender o que são os Salmos!

Salmos: a busca pelo caminho, verdade e vida

A palavra Salmo vem do grego Psalmoi, que significa “canções” ou “cânticos”; e do hebraico Tehilim, que se traduz por “louvores”.

E a muitos homens foram atribuídos a autoria dos Salmos: ao rei Davi, que escreveu a maior parte deles; a Salomão, que escreveu os Salmos 72 e 127; a Moisés, que compôs o Salmo 90; entre outros. Outra curiosidade é que os Salmos formam o maior livro da Bíblia e é o primeiro deles a falar claramente do Messias (ou Cristo), seu reinado e do Juízo Final.

Logo, os Salmos procedem da experiência de um povo que, com simplicidade e amor, narram sua amizade com Deus. Todos os aspectos culturais, religiosos, civis e sociais de Israel estão nos Salmos.

Eles foram escritos a partir da perspectiva humana, como um homem buscando o caminho, a verdade e a vida em meio a diversas circunstâncias.

Os 150 Salmos relatam um pouco de tudo: vão das lamentações individuais aos hinos pela vitória; das exaltações ao rei, à proclamação da glória de Deus; revelam as expressões da alegria do povo, bem como dos seus medos e anseios.

São palavras que não apenas passam entre os lábios, mas que brotam do interior do coração. Resultam de um coração emotivo e de um imaginário no qual Deus dá sentido a tudo e a todos.

Vamos então descobrir por que devemos rezar com os Salmos!

# 1. Com os Salmos, nossa alma se deleita em Deus

Quando aprendemos a orar com os Salmos, sabemos responder com nossa vida a totalidade dos ensinamentos bíblicos. Os Salmos nos ensinam a abrir o coração para a verdade de Deus e do Seu amor. E consequentemente aprendemos a amá-Lo ainda mais, ao mesmo tempo em que nos abrimos mais ao Seu amor. E nessa troca de amor, nossa alma se deleita em Deus porque Ele nos dá “de beber das torrentes de vossas delícias” (Salmo 35,9)

# 2. Ajuda para manter o equilíbrio emocional

Os salmistas expressam todos os aspectos da vida humana, suas alegrias e vitórias, bem como suas angústias, dores e tristezas, e como encontraram forças para não desfalecer a fé.

Logo, rezar com as palavras dos Salmos nos ajuda a olhar as nossas dificuldades sobre outra perspectiva, a de Deus. E como consequência nos ajuda a manter o equilíbrio de nossas próprias emoções.  

Os Salmos nos ajudam a reconduzir cada alegria e cada dificuldade para Deus, envoltas na confiança e na esperança, porque crescemos nesta certeza: “O Senhor é meu pastor e nada me faltará” (Salmo 22).

# 3. Rezar com os Salmos molda nossos desejos

Deus chama cada um de nós a um projeto de felicidade, vida em abundância e salvação. E rezar com as palavras dos salmistas nos leva a desejar o que Deus tem a nos oferecer e a vibrar com as graças que Ele nos concede a cada dia.

Logo, eis um grande motivo para criarmos o hábito de rezar com os Salmos porque geralmente desejamos coisas fúteis e nos importamos com o que devemos ignorar. Contudo, os Salmos têm a capacidade de mudar nossos desejos a fim de querer aquilo que Deus quer para nós, ou seja, uma vida de santidade e de prática das virtudes cristãs.

Os Salmos despertam em nós o desejo de sermos agraciados com as bênçãos que Deus nos promete na Sua Palavra.

# 4. Os Salmos nos ajudam a carregar a própria cruz

As aflições pesam no coração, pesam na nossa cruz, mas não podemos parar em nossos próprios problemas e nos fecharmos, pois desta forma não seremos outra coisa senão pessoas ressentidas e amargas.

Portanto, quando rezamos com os Salmos, vendo a aflição do povo de Deus e como superaram seus fardos e encontraram as bênçãos do céu, conseguimos transformar nossas aflições. Cumpre-se aquilo que Jesus nos diz no Evangelho: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei”.

Enfim…

Os Salmos são as mais profundas orações com as quais podemos rezar, ou seja, promovem as mais intensas elevações da alma até Deus e nos faz íntimos Dele. Nos ajudam a ter oração de qualidade e com profundidade. Sem contar que a oração exercita nosso espírito, fortalecendo-o, ao passo que a falta dela torna nosso espírito árido e sem vida.

Portanto, os Salmos são pequenas pílulas nutritivas que devemos ingerir diariamente para nutrir nossa alma e espírito

Somos convidados a ler e meditar cada palavra e cada imagem descrita nos Salmos com muito zelo, disposição e atenção para extrair de cada um deles toda a sua riqueza. 

Como você pôde perceber, rezar com os Salmos pode transformar sua vida e sua união com Deus.

Que tal aprender um pouco mais sobre por que devemos rezar os Salmos com a Irmã Zélia?!

Assista neste vídeo.

Passo a Passo para rezar com os salmos

Os Salmos foram citados pelo Papa Bento XVI como o “‘livro de oração por excelência”. E por considerá-lo assim, ele realizou uma sequência de catequeses nas quais leu e meditou alguns dos Salmos, segundo ele, mais belos e mais queridos à tradição orante da Igreja.

Ainda de acordo com o Papa Bento XVI, os Salmos são uma coleção de 150 orações que a tradição bíblica dá ao povo para que se torne a sua oração e o seu “modo de dirigir-se a Deus e de relacionar-se com Ele”.

O Papa também explica que, no livro dos Salmos, está registrada toda “experiência humana com as suas múltiplas faces, e toda a gama dos sentimentos que acompanham a existência do homem”. Logo, este livro de orações expressa muitos sentimentos, segundo Bento XVI: “alegria e sofrimento, desejo de Deus e percepção da própria indignidade, felicidade e sentido de abandono, confiança em Deus e dolorosa solidão, plenitude de vida e medo de morrer”.

E enquanto orações, os Salmos “são manifestações da alma e da fé, em que todos se podem reconhecer e nas quais se comunica aquela experiência de particular proximidade com Deus à qual cada homem é chamado”.

Então, se Deus nos presenteou com os Salmos como um livro de oração é porque Ele deseja que façamos uso dele, enriquecendo nossa espiritualidade e vida de oração.

Mas como orar com os Salmos? Tire todas as suas dúvidas com este passo a passo!

# Crie uma rotina de orações com os Salmos

Faça seu propósito de orações com os Salmos e mantenha-se perseverante. Ajuda muito criar uma rotina diária para a sua oração com os Salmos, em um horário mais adequado de acordo com as suas atividades e compromissos. Não importa se ao começar ou terminar o dia, o importante é você manter a constância, pois se falhar um dia, pode ter certeza de que a preguiça vai se instaurar. Mas, se por motivo de força maior, você precisou falhar um dia, retome imediatamente o seu propósito para não dar brechas ao inimigo que constantemente procura nos afastar da oração.  

# Reze os Salmos com o corpo

Encontre uma posição confortável e mais adequada para você. O ideal é rezar os Salmos de joelhos, como muitos Salmos nos convidam a fazer, mas se para você não for possível, faça isso em pé ou sentado. Se sentir vontade, levante suas mãos aos céus. Feche seus olhos e repita alguma palavra quando sentir necessidade ou vontade. Enfim, procure agir conforme a inspiração do Espírito Santo.

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# Use a sua voz

Ler em voz alta é uma maneira de direcionarmos a nossa atenção e mantermos a concentração. Por isso, ao rezar com os Salmos, leia em voz alta. Porém, faça isso sem pressa, procure apreciar cada palavra que você lê, saboreando-as.

# Reze os Salmos com devoção

Não se trata de uma simples leitura, mas de uma oração que deve adentrar o profundo do nosso coração. Também não leia por curiosidade, mas para encontrar nos Salmos algo enriquecedor para a sua fé e devoção.

# Reze a sua própria vida com os Salmos

Cada um dos Salmos tem uma história como fio condutor, são a história de um povo em oração, peregrinos em busca de Deus, sedentos por Seu amor. No entanto, muito de suas lutas e de seus lamentos são também os nossos, apesar de vivermos em um tempo totalmente diferente. Por isso, aproveite cada palavra dos Salmos para rezar sua própria vida, suas próprias dores e depositar nas mãos do Senhor suas próprias aflições.

# Tire um versículo para o seu dia

Após ler e meditar um Salmo por inteiro, fazendo dele a sua oração, procure gravar em sua memória uma frase, versículo ou mesmo uma única palavra e repita-a ao longo do dia. Isso ajuda a gravar a Palavra em nossa memória, mas também em nosso coração. Além disso, repetir constantemente um trecho dos Salmos nos introduz ao que Jesus nos convida quando disse: Orai sem cessar.  

# Como começar e terminar a oração dos Salmos de cada dia?

Antes de iniciar a sua oração com os Salmos, trace o Sinal da Cruz e peça o auxílio do Espírito Santo para abrir o seu coração, rezando:

Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Oremos: Ó Deus que instruíste os corações dos vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos da sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Em seguida, faça a leitura e meditação do Salmo do dia. Leia quantas vezes você achar necessário a fim de gravar as palavras em seu coração. Quando concluir a leitura, diga “amém”. Se desejar, continue sua oração com suas próprias palavras, conforme o Espírito Santo inspirar e conclua este momento com o Glória ao Pai, o Pai-Nosso e a Ave-Maria.

Conheça o livro “Rezando os Salmos com Irmã Zélia”

A Irmã Zélia Garcia Ribeiro, da Congregação Copiosa Redenção, está lançando o livro “Rezando os Salmos”. O livro é um roteiro de leitura, meditação e oração dos 150 Salmos, um para cada dia. Logo, ele é um excelente instrumento de apoio para você que pretende aprender a rezar com os Salmos.

Aproveite para aprender com a Irmã Zélia por que devemos rezar os Salmos, no vídeo abaixo:

 Por que ter metas na vida espiritual?

É muito comum observarmos ao final de um ano, pessoas que traçam metas para o novo que se aproxima. Contudo, isso não se aplica apenas nessa fase, como também diante de um desafio profissional ou projeto pessoal. 

Mas e na vida espiritual? É possível ter metas? Qual a sua importância e como elas podem auxiliar no crescimento e maturidade da vida espiritual? Se você tem dúvidas sobre este assunto, acompanhe este texto até o final e saiba mais sobre os benefícios de se ter metas na vida espiritual.

A importância de se ter metas claras e bem definidas

Antes de mais nada, é preciso esclarecer qual é o conceito de metas e a sua importância para a nossa vida. De acordo com o dicionário, chamamos de metas aquilo que se pretende alcançar; objetivo, finalidade. Ou seja, caminha-se sempre em direção a algo.

Por exemplo, imaginemos uma pessoa que tem um grande sonho de comprar a sua casa própria. Para que esse sonho se realize é necessário que essa pessoa estabeleça metas claras e bem definidas. O que seria isso? Nada mais é do que os passos, as etapas necessárias que essa pessoa precisa cumprir, para que alcance seu objetivo final. 

Então, essa pessoa irá traçar um planejamento elencando os pontos mais importantes para que ela consiga comprar sua casa, irá avaliar suas condições financeiras, se precisa de recursos extras, documentos que sejam necessários e assim por diante. Tudo isso tendo em vista o comprometimento dela com aquele objetivo.

Quando traçamos metas para a nossa vida, nós estamos nos comprometendo com o processo. Aquilo que antes era só uma ideia, se torna passo concreto, ativo, com definições de prazos, para que dessa forma tenha-se sempre diante dos olhos o alvo.

O chamado universal à santidade

Antes do Concílio Vaticano II, a Igreja entendia que o chamado à santidade, era voltado apenas para os bispos, padres e religiosos da Igreja. Não imaginava-se que um cristão comum poderia alcançar a santidade. 

Isso mudou completamente a partir do Concílio Vaticano II. No capítulo V da Constituição Dogmática Lumen Gentium, a Igreja orienta e exorta que todos os cristãos, independente do seu estado de vida, sejam chamados à santidade. Por isso, todos na Igreja, quer pertençam à Hierarquia quer por ela sejam pastoreados, são chamados à santidade, segundo a palavra do Apóstolo: «esta é a vontade de Deus, a vossa santificação» (1 Tes 4,3; cf. Ef 1,4).

Como autor da vida, Deus deve ser sempre o centro da nossa vida e decisões. Fomos criados por amor, pelo Amor e para o amor. Quando damos o lugar devido a Deus, como nosso Rei e Senhor, no centro de tudo aquilo que vivemos, reconhecemos que dessa forma todas as coisas cooperam para o nosso bem (cf. Rm 8,8), porque essa é nossa essência e chamado universal. 

Como estabelecer metas para a vida espiritual

O grande sentido de estabelecer metas para a nossa vida espiritual é assumir o compromisso de que desejamos crescer no amor e intimidade com Deus, para chegar ao fim último que é a santidade. É preciso fazer da vida a nossa oração. 

Nesse sentido, as metas surgem como um recurso valioso para nos auxiliar a ter diligência com o trato que assumimos com Deus e conosco mesmos. Como dizia Santa Teresa D’Ávila, “a oração é um trato de amizade com Deus”. 

Para isso, estabelecemos horários, para que esse momento seja bem vivido e com a dedicação necessária. É o momento de encontro com o nosso grande amigo.

Essa experiência, favorece a nossa compreensão de quais são as áreas da nossa vida que requerem uma maior atenção, sobretudo no que diz respeito à nossa conversão pessoal. Buscar ter uma vida de oração é reconhecer e assumir o propósito de unir a nossa vontade pessoal à Vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável. 

Como definir metas para a vida espiritual

Talvez neste momento você esteja se perguntando: mas, afinal, por onde devo começar? Que tipos de metas posso estabelecer? Não se preocupe!

Como o início de todo novo hábito, sabemos que os primeiros passos costumam ser mais desafiantes. Diante disso, queremos te apresentar hoje o Planejamento Espiritual proposto pela Ir. Zélia, religiosa da Copiosa Redenção e que possui um amplo apostolado de cura e libertação pelo Brasil e pelo mundo. 

Como fruto de suas vivências pessoais, como religiosa missionária, há mais de 10 anos a Ir. Zélia teve a inspiração de desenvolver um método próprio de planejamento espiritual para sua vida. Logo, ela percebeu que essa experiência poderia auxiliar outros cristãos, que desejavam crescer na sua vida de oração. 

Inspirada por Deus, Ir. Zélia resolveu então começar a compartilhar com seus filhos espirituais o Planejamento Espiritual que ela adota em sua própria vida. Com didática clara e acessível, o material apresenta recursos importantes para práticas de oração diária e devoções para cada dia do ano, além de contemplar as principais festas e celebrações litúrgicas. 

Portanto, se você deseja dar um novo passo na sua vida de oração e caminho de santidade, não pode perder a oportunidade de conhecer este rico material que irá te acompanhar neste percurso. Nada melhor do que contar com o apoio de quem já trilha esse caminho há mais tempo.

CLIQUE AQUI e conheça mais sobre o novo planejamento espiritual da Ir.Zélia

Copiosa Redenção realiza curso para aprofundamento do estudo e meditação da Palavra de Deus

Curso será ministrado por Ir. Zélia Garcia Ribeiro, CR.

Com o objetivo de contribuir com a formação de pessoas, para que cresçam na intimidade com a Palavra de Deus por meio de uma metodologia de oração que favoreça a meditação e gere o comprometimento com a Palavra, a Copiosa Redenção realiza o curso Rezando com a Palavra de Deus.

A temática do ensino vem ao encontro da reflexão proposta pela Igreja para o mês de setembro, que é dedicado ao estudo e meditação da Palavra de Deus. Durante 30 dias, os alunos inscritos terão a oportunidade de estudar e rezar com os direcionamentos e orientações espirituais propostos por Irmã Zélia, religiosa da Copiosa Redenção, reconhecida internacionalmente por sua missão em vista da evangelização.

Dividido em quatro módulos, os participantes serão introduzidos na reflexão e oração com a Palavra de Deus nos diversos âmbitos da vida, como aplicá-la no dia a dia, na vida profissional, na relação com Deus e também nos afetos. Realizado de modo online, o curso oferece ainda palestras com temas ligados a São José, patrono da Igreja e da Congregação. 

De acordo com a Ir. Zélia, “é  importante que os cristãos tenham uma vida de oração fortalecida, pois assim crescem na intimidade com o Senhor. Estes momentos mais íntimos com Deus, transformam os corações”. A religiosa explica ainda que, por meio da vida de oração, os cristãos têm a oportunidade de elevar os seus pedidos e agradecimentos a Deus, que os retribui por meio de Sua Palavra, concedendo ensinamentos de vida e santidade – um caminho que todo cristão é chamados a percorrer.

Para mais informações sobre o curso e como realizar sua inscrição, clique no banner:

Setembro: Por que celebrar o mês da Bíblia?

Durante o mês de setembro a Igreja Católica no Brasil celebra o mês da Bíblia. Ao longo deste período a Igreja nos convida a conhecer mais a fundo a Palavra de Deus, através de uma leitura meditada e rezada, aplicando-a em nossa vida cotidiana

A origem do mês da Bíblia no Brasil
O mês da Bíblia é um evento específico da Igreja no Brasil. Seu início tem origem com o Domingo da Bíblia, que se deu a partir da 1ª Semana Bíblica Nacional, em 1947. Já no ano de 1971, a Arquidiocese de Belo Horizonte (MG), por ocasião dos cinquenta anos, passou a celebrar o Mês da Bíblia. Cinco anos depois, em 1976, a celebração foi assumida pela Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB), que a estendeu em âmbito nacional.

Por que celebramos o mês da Bíblia em setembro?

Setembro foi escolhido como o mês da Bíblia pelo fato de que em 30 de setembro a Igreja Católica celebra a festa de São Jerônimo, conhecido por ter traduzido a Bíblia para o latim, a famosa ‘Vulgata’ (que significa ‘popular’). Seu trabalho se tornou referência nas traduções da Bíblia até os dias de hoje. Os originais das Sagradas Escrituras estão em três idiomas hebraico, grego e aramaico.

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Qual o objetivo do mês da Bíblia?

Dentre os objetivos em dedicar o mês de setembro à Bíblia estão: o de contribuir para o desenvolvimento das diversas formas de presença das Sagradas Escrituras na ação evangelizadora da Igreja, no Brasil; criar subsídios bíblicos em diversas formas de comunicação; além de facilitar o diálogo criativo e transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades.

O Papa Francisco e a Bíblia

Em diversas ocasiões o Papa Francisco aconselhou os fiéis a levarem consigo o Evangelho de bolso, e lê-lo sempre que possível. “Hoje se pode ler o Evangelho também com muitos instrumentos tecnológicos. Pode-se trazer consigo toda a Bíblia num telefone celular, num tablet. O importante é ler a Palavra de Deus, com todos os meios, e acolhê-la com o coração aberto. E então a boa semente dá fruto!”, explicou o Santo Padre.

Fonte: GaudiumPress

Ternura: fonte de cura e reconciliação na vida consagrada 

Pensar em ternura na vida consagrada é um verdadeiro convite a abrir-se a importantes desafios e até mesmo transformações.

A vida consagrada é chamada a viver o amor – eis o maior desafio! – que é o fundamento e a expressão por excelência de todo cristão. E esse amor é vivido não apenas por meio da vivência dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência e no serviço ao povo de Deus. Mas é precisamente na maneira como se vive esse amor, que deve ser comunicado a todos com ternura. Amor sem ternura, é jardim sem flor, entardecer sem o pôr do sol, livro sem palavras.

Logo, a vida consagrada é um dom divino, uma aliança de amor de Deus com Seu povo, um sinal de Sua ternura e cuidado. Contudo, essa ternura e cuidado de Deus são direcionados ao povo, mas também à própria vida consagrada.

Vamos refletir sobre isso!

Fonte de cura e reconciliação pessoal na vida consagrada

A ternura tem o poder de tornar nossa vida e nossa cruz mais leves. Ela abre nossos olhos para percebermos os sinais da presença de Deus quando não costumamos ver; ela nos permite enxergá-Lo nos rostos em que, por vezes, por mesquinhez, ignoramos.

Mais do que isso, a ternura é fonte de cura e reconciliação com a nossa própria história. Quantas vezes erramos na vivência de nossa vocação? Quantas vezes paramos para refletir e identificamos comportamentos que não são condizentes com a vida consagrada? Quantas vezes somos surpreendidos por situações nas quais fizemos escolhas erradas? Quantas vezes agimos com aspereza e com rudeza diante de alguém? Quantas vezes ferimos a nós mesmos com o pecado?

No entanto, ao identificarmos esses sinais em nossa vida, não devemos agir de outra maneira senão buscando na ternura de Deus a transformação e a cura que precisamos. E é também pela via da ternura que devemos buscar a reconciliação conosco mesmo e com a nossa vocação.

O Papa Francisco escreveu certa vez em seu Twitter: “A ternura é o amor, que se torna próximo e concreto. É um movimento que brota do coração e chega aos olhos, aos ouvidos e às mãos. A ternura é o caminho que percorreram os homens e as mulheres mais corajosos e fortes”.

Logo, o nosso relacionamento com Deus não pode ser vivido com distanciamento, mas sim com muita proximidade. E aqui cabem muito bem as palavras do Papa Francisco em um de seus discursos, em uma de suas viagens apostólicas. Ele afirmou: “Se a música do Evangelho deixar de ser executada na nossa vida e se transformar numa bela partitura do passado, já não conseguirá romper as monotonias asfixiadoras que impedem de animar a esperança, tornando estéreis todos os nossos esforços. Se a música do Evangelho parar de vibrar nas nossas entranhas, perderemos a alegria que brota da compaixão, a ternura que nasce da confiança, a capacidade da reconciliação que encontra a sua fonte no fato de nos sabermos sempre perdoados-enviados”.

Ou seja, a ternura nos permite acolher nossas próprias feridas e a tratá-las no amor e no perdão misericordioso de Deus.

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Fonte de cura e reconciliação na vida comunitária

Quando nos reconhecemos amados, perdoados e acolhidos pela ternura de Jesus, nos tornamos capazes de colocar isso em prática na vida comunitária.

Algo jamais deve escapar de nosso entendimento: Jesus é o pastor que veio para salvar as ovelhas errantes. Ele está sempre à frente do Seu rebanho, guiando, protegendo, conduzindo ao alimento, sempre com mansidão e ternura. É assim que a vida consagrada é chamada a ser na vida da Igreja.

Neste sentido, o Papa Francisco disse em um dos seus discursos sobre a “teologia da ternura”: “Quando o homem se sente deveras amado, sente-se estimulado a amar. Por outro lado, se Deus é ternura infinita, também o homem, criado à sua imagem, é capaz de ternura. Então a ternura, longe de ser apenas sentimentalismo, é o primeiro passo para superar o fechamento em si mesmo, para sair do egocentrismo que deturpa a liberdade humana. A ternura de Deus leva-nos a compreender que o amor é o sentido da vida. Compreendemos assim que a raiz da nossa liberdade nunca é autorreferencial. E sentimo-nos chamados a verter no mundo o amor recebido do Senhor, a decliná-lo na Igreja, na família, na sociedade, a conjugá-lo no servir e no doar-nos. Tudo isto não por dever, mas por amor, por amor daquele pelo qual somos ternamente amados”.

Leia também: Desafios e benefícios da ternura na vida consagrada

Descubra o poder da ternura na vida consagrada

Revolução da Ternura é o tema do 7º Congresso Âncora para a vida consagrada. O evento acontecerá nos dias 15 e 16 de setembro de 2023, em Pinhais – PR e você pode participar de modo presencial ou online.

No 7º Congresso Âncora, você é convidado a descobrir o poder da ternura na vida consagrada em dois dias de programação que vão discutir estes temas: o panorama histórico bíblico da ternura; mentes vulneráveis; a compaixão; a ternura como a experiência de sentir-se amado; a ternura como pedagogia de São Francisco de Assis; a face oposta da ternura; acolhe e acompanhar com ternura; discernir e integrar com ternura.

E se você deseja que mais vidas consagradas da sua comunidade, diocese, instituto, congregação ou seminário participem, o Centro Âncora tem uma promoção para inscrições em grupo: 10 inscrições + 1 grátis.

Aproveite para ler: Congresso convida sacerdotes e religiosos a refletir sobre saúde mental e emocional na vida consagrada