“A vocação de todo ser humano na terra é de fazer a vida prosperar” – diz Papa Francisco no Bahrein

Nesta quinta-feira, 03 de novembro, o Papa Francisco se encontrou com as autoridades, representantes da sociedade civil e o corpo diplomático no Palácio Real Skhir, em Awali, no Bahrein, em sua 39ª Viagem Apostólica Internacional, por ocasião do “Fórum do Bahrein para o Diálogo: Oriente e Ocidente para a Coexistência Humana”.

O Papa foi acolhido por sua Majestade, o rei do Bahrein, pelo Príncipe Herdeiro e o Primeiro Ministro, e três outros filhos do Rei e um neto. Algumas crianças em trajes tradicionais espalharam pétalas de rosa, enquanto o Papa e a família real passaram pela Guarda de Honra, cumprimentando suas respectivas delegações, até chegar o Salão Real, onde foi realizado um breve encontro privado.

No final, a família Real e o Papa saudaram brevemente o Grão Imame de al-Azhar.

O logotipo e lema

O logotipo da viagem é formado pelas bandeiras do Reino do Bahrein e da Santa Sé, representadas de forma estilizada como duas mãos abertas para Deus, simbolizando o compromisso dos povos e nações de se encontrarem num espírito de abertura, sem preconceitos, como irmãos e irmãs.

Além disso, esta é a 39ª Viagem de Francisco em seus 10 anos de pontificado. O lema desta visita é “Paz na terra aos homens de boa vontade” e é inspirado nas palavras cantadas pelos anjos na história do nascimento do Senhor no Evangelho de Lucas.

Com informações do site Vatican News

Alcançando a graça de Deus para os desafios da sua família

A família é o verdadeiro testemunho dos valores cristãos. Logo, Deus chama a família para desenvolver a sua história, dentro de uma perspectiva de fé e devoção. Portanto, os casais devem ser os primeiros a testemunhar a grandeza da vida conjugal e familiar, fundamentada na fidelidade e no compromisso assumido diante de Deus e dos homens. 

Porém, muitos são os desafios que as famílias, atualmente, encontram para estar e seguir em harmonia. Vários fatores têm interferido no relacionamento familiar, gerando barreiras e colocando o diálogo em uma posição cada vez menos em destaque dentro das casas. Atualmente os filhos, e até mesmo os pais, se dedicam horas em frente às telas de celulares, só para estarem conectados às redes sociais. Mas, será que esta conexão também acontece dentro do contexto familiar? 

E como se não bastasse os problemas sociais que vivemos, as famílias enfrentam, diariamente, dificuldade de expressar sentimentos uns aos outros. Além disso, infelizmente, a essência familiar está sendo contestada e a sociedade tem cedido às facilidades do mundo, fazendo com que o casamento perca o seu valor. 

Os desafios da família

Muitos são os desafios! Por isso devemos levar para dentro de nossos lares as influências que vêm de Deus e deixar que o Senhor cuide de nossa casa. Além disso, precisamos permitir que a Sua Palavra reine no meio de nós. Certamente assim teremos discernimento para enfrentar as adversidades da vida familiar.  

Mas, quais são estes desafios? 

1º desafio: Reconsidere aquilo que foi profetizado

“Por fim, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja estimada, tal como acontece entre vós, e para que sejamos livres dos homens perversos e maus; porque nem todos possuem a fé. Mas o Senhor é fiel, e ele há de vos dar forças e vos preservar do mal. Quanto a vós, temos plena certeza no Senhor de que estareis cumprindo e continuareis a cumprir o que vos prescrevemos. Que o Senhor dirija os vossos corações para o amor de Deus e a paciência de Cristo ” (2Tessalonicenses 3,1-5)

Portanto, a busca pelas coisas do alto, para aquilo que vem de Deus, deve partir, inicialmente, da família. Ela é o modelo de fidelidade para as coisas do Senhor. No mundo atual, vivemos uma crise – que vai além dos modelos financeiros. Logo, hoje, as pessoas possuem crise de fé. 

Contudo, confiar naquilo que Deus quer para nós, é reavivar a fé. É confiar os problemas para o Senhor. Afinal, somente Ele trará a solução para aquilo que nos aflige. 

Sendo assim, é necessário que toda a família busque a Deus e siga os preceitos que Ele nos deixou. A luta é diária, mas, seguindo firme e confiantes, teremos grandes bênçãos em muitas famílias. 

2º desafio: Não se conforme com o modelo de vida oferecido pela humanidade atualmente para a família

Não se pode viver como as pessoas deste mundo querem, é necessário que estejamos abertos para aquilo que Deus quer em nossa vida. 

As nossas escolhas são importantes, mas ter um direcionamento, um caminho trilhado e confiado ao Senhor, é algo que certamente trará bons frutos dentro de uma família. 

Logo, quando honramos as vontades do Pai, Ele nos honra diante dos homens, manifestando em nossa vida grandes vitórias. 

3º desafio: Tenha o Senhor como centro da sua família

Quando colocamos Deus como o centro de nossa vida, de nossa casa, nos tornamos um só ao Seu lado. Portanto, devemos, inicialmente, se despojar de tudo aquilo que faz mal em nossa vida, que nos atrasa, tanto na vida espiritual quanto social. 

Priorizar aquilo que vem do Pai, como rezar antes de dormir, de se alimentar, de fazer atividades básicas do dia a dia, é colocá-Lo em prioridade, trazendo-O a fazer parte do seu cotidiano. 

Embora seja uma tarefa árdua, estar continuamente em oração e prosseguir com firmeza nas coisas que provêm de Deus, teremos uma casa abençoada e cheia da Graça do Senhor. 

4º desafio: Enfrente a influência negativa

Tudo que vemos e ouvimos é resultado de fatores que estão ao nosso redor. Logo, somos seres que, a todo momento, estão em constante evolução e com um bombardeio de informações.

Com isso, somos facilmente influenciados pelas redes sociais, pelos veículos de comunicação, que trazem mensagens que nem sempre agregam aos valores familiares.

O consumo excessivo do entretenimento, tem feito com que as pessoas deixem de pensar em situações que ocorrem ao seu redor e que merecem atenção. 

Portanto, é dever de toda família cristã refletir se aquilo que é consumido nas redes sociais, nos televisores, nas músicas, está agregando valor e trazendo reflexões para a vida.

Jamais podemos esquecer que a família é o verdadeiro testemunho dos princípios de Deus, diante de si e para a sociedade. 

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Como viver o luto na vida religiosa?

Luto é o período necessário para a superação da perda de um amigo, familiar ou ente querido. Contudo, não se trata de não mais sentir saudades ou dor. Estamos falando de evoluir o sofrimento demasiado, causado pelo impacto da perda, para um sentimento de saudade, equilibrado. 

Na vida religiosa, essa experiência é vivida de diversas formas. Seja com a perda de um parente, ou de um irmão ou irmã de congregação, do clero, ou mesmo do povo de Deus, ao qual pode apegar-se. 

Além disso, pode acontecer um luto voltado às próprias dores e vivências do cotidiano da vida religiosa. Afinal, é preciso “morrer o homem velho” para ressurgir o religioso ou o sacerdote.  

Preparamos um artigo que ajudará você sacerdote, religioso ou religiosa a viver bem esses momentos de dor na vida com Deus e na missão. Confira! 

O que a ciência fala sobre o luto

Apesar de tudo o que a ciência da psicologia já desenvolveu acerca do luto, sabe-se que não há um padrão determinado de tempo ou intensidade dessa experiência tão dolorosa. Afinal, depende de fatores como nível de relacionamento, maturidade espiritual e psíquica, e compreensão acerca do eterno. Tudo isso influenciará positiva ou negativamente na hora da despedida. 

É possível que se tenha sintomas emocionais como tristeza profunda, perda de interesse, perda de sentido da vida ou um desânimo demasiado. Ou ainda, sintomas físicos como dor de cabeça, falta de apetite, perda da memória, choro constante, medo e demais sintomas similares à ansiedade e pânico. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o luto prolongado como um transtorno mental, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID). Trata-se de uma extensão dos sintomas de luto, após a perda, por um período mínimo de 6 meses em diante. 

A orientação dada pelos especialistas é de que seja feito um acompanhamento com profissionais sempre que o luto tomar proporções maiores, comprometendo a saúde física e mental do indivíduo. 

O luto nas Sagradas Escrituras e na vida dos santos 

Se olharmos para os personagens bíblicos e a história de vida dos santos poderemos encontrar vários sinais de vivência de um profundo luto, em ocasiões diversas. 

Podemos nos lembrar de Davi sofrendo a dor da morte do amigo Jônatas e de Saul, seu pai. “Então Davi apanhou as suas vestes e as rasgou, e todos os homens que o acompanhavam fizeram o mesmo. Lamentaram-se e choraram, jejuaram até à tarde por Saul e por Jônatas, seu filho” (II Sam 1, 11s). 

O próprio Jesus viveu momentos de luto. A Tradição se refere à morte de São José, seu pai, que certamente o marcou profundamente. Assim como, os textos bíblicos registram seu choro de luto com a morte do amigo Lázaro, que o ressuscitara em seguida. 

A santa família Martin, desde os pais, São Luís e Zélia Martin, e sua célebre filha, Santa Teresinha, como toda família, viveram momentos fortes de luto. Por isso podem ser uma referência para os religiosos e sacerdotes que enfrentam esse momento. 

Diante da páscoa definitiva do seu pai, São Luís, a florzinha do Carmelo exclamou: “A morte de papai não me faz o efeito de uma morte, mas de uma verdadeira vida”. Ou seja, sua compreensão acerca da eternidade já era tão alta, que pôde viver um luto de saudade intenso. Mas não de desespero, pois confiava que seu pai tão querido merecia o céu.

Contudo, é preciso aqui considerar o processo natural de maturidade e desenvolvimento espiritual. Santa Teresinha sofreu intensamente a morte de sua mãe. Chegou a dizer-se paralisada diante do caixão, ainda que não tenha chorado muito; tinha 4 anos e meio quando aconteceu, mas  lembrava-se com riqueza de detalhes aquele momento de luto. 

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Religiosos e sacerdotes diante da morte

O período da pandemia pôs à prova a fé e a esperança de muitos religiosos e religiosas, em especial dos sacerdotes. Mortes seguidas, muitas vezes de pessoas próximas e da mesma família, impactou fortemente muitas famílias religiosas. 

Aquelas que possuíam idosos, perderam alguns dos irmãos, ou mesmo foram impedidos de viver o tempo de luto com velório e sepultamentos dignos, passaram com fortes traumas por esses momentos. 

No entanto, a vivência religiosa estimula uma visão de eternidade sempre latente. Como a já citada religiosa francesa afirmou diante da morte, “não morro, entro na vida!”.

Essa consciência, atrelada à resignação própria de quem busca conformidade com a vontade de Deus, prepara o coração dos religiosos diante da morte de alguém querido. No entanto, diante dos lutos que a vida exige, como uma mudança de autoridade ou de localidade de missão, ou mesmo o sacrifício de ofertar algo a Deus, não passa longe dessa experiência. 

Obviamente, a sensibilidade de uns entrará em confronto com a sensibilidade de outros. Portanto, pode acontecer que algum religioso sofra com mais intensidade os sintomas de luto, como já falamos em outros artigos, não podemos perder de vista a humanidade de cada religioso ou sacerdote.

Conclusão 

A morte faz tão parte das nossas vidas como o luto. Seja quem parte ou quem fica, a experiência de Cruz e Ressurreição nos coloca numa dinâmica de conformidade com a vontade de Deus.

É importante que autoridades religiosas estejam atentos à necessidade de ajuda profissional, sempre que necessário. 

O tempo do luto precisa ser respeitado, no entanto, é preciso clareza quando a dor passar do limite e começar a afetar a qualidade de vida da pessoa. Fique atento! 

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Jesus pode revolucionar sua vida

Por Júlio Borges

© Artisplendore

Por que, afinal, Jesus é tão revolucionário?

Mais do que andar com os pobres, Jesus dizia que era Deus, e isso era uma blasfêmia para os fariseus. E, claro, as palavras Dele continuam ofendendo muita gente até hoje, porque o que Ele diz é muito forte, afinal, Jesus diz que é o Único caminho até Deus. Mas, isso é a mais pura verdade. Ele também denuncia que eu e você somos maus, somos pecadores no íntimo, nós caímos, estamos afastados de Deus, condenados à morte e precisamos de um resgatador. E foi por isso que Ele se entregou e nos substituiu naquela Cruz. (João 3, 16-21) 

Olha, é difícil para muita gente, mas reconhecer Suas palavras implica em renúncia, arrependimento e tristeza pelas mazelas do meu coração diante de Deus, mas também em alegria profunda e gratidão por reconhecer que meus pecados foram perdoados quando Jesus me substituiu naquela Cruz.

Jesus não veio derrubar o regime opressor de Roma como um revolucionário popular que os discípulos estavam esperando naquela época. Não! Ele também não veio ensinar ética e moral, mas veio sim eliminar o poder do pecado sobre nós, nos salvar de uma eterna separação de Deus e um dia nos ressuscitar como Ele ressuscitou. Essa é a mensagem mais importante que Ele anunciou quando se tornou homem e viveu entre nós.

Quer uma coisa mais subversiva ainda? Ele prometeu voltar e Ele fará justiça sobre os homens julgando toda a humanidade. Por isso os que choram são bem-aventurados, porque serão consolados, e os pobres de espírito são felizes, porque deles é o Reino dos céus! (cf. Mateus 5,3-11) 

Que Deus por Sua graça permita que essa revolução aconteça em nossos corações, pois, se acham que Jesus era subversivo e revolucionário, que Ele seja assim nas nossas vidas, nos tornando cada dia mais santo e próximo a Ele.

Cuidar de idosos é a nossa missão

Os anos passam e arrastam consigo nossa força física, e quando muito, nossa saúde  mental. Não é raro encontrarmos idosos que não se movimentam mais com tanta agilidade, ou não reconhecem mais seus familiares.

No entanto, a dignidade da vida humana não se encerra na sua potencialidade física ou mental. Estar vivo é uma manifestação da vontade de Deus e, ao mesmo tempo, nos mostra a limitação e fragilidade inerentes à vida do homem. 

Cuidar dos idosos é uma missão que não pertence somente à família, mas à sociedade como um todo, à Igreja. Em um dos seus ciclos de catequese desse ano, o Papa Francisco voltou-se à importância da velhice na vida do ser humano e ressaltou: “os idosos são ou podem se tornar mestres da ternura. (…) E quanto precisamos, neste mundo habituado à guerra, de uma verdadeira revolução da ternura.”.

Esse chamado despertou na Copiosa Redenção a missão de cuidar dos idosos com zelo e amor, sendo expressão do rosto de amor de Deus para cada um dos nossos hóspedes. Entenda por que cuidar dos idosos é uma missão de todos e como vivê-la na prática do dia a dia. 

A Terceira Idade e seus desafios 

Tudo começou com sintomas de pânico. Um medo estranho de ficar só, mania de perseguição e falta de ar. Em pouco tempo, Maria José, uma idosa de 70 anos, solteira, piedosa e sempre presente nos eventos da família, foi perdendo sua autonomia. Ela que, depois da sua aposentadoria passou a passear, frequentar mais a Igreja, enchia a família de presentes e não deixava uma semana sequer de visitar familiares e amigos. 

O primeiro diagnóstico foi depressão e ansiedade. Mas não demorou muito para que o verdadeiro diagnóstico, Alzheimer. Por nunca ter se casado, e não ter nenhum filho, coube a uma sobrinha os cuidados com ela. Sempre de personalidade forte, Maria foi perdendo a lucidez paulatinamente, a ponto das lembranças do passado, sempre mais distante, tomaram conta do seu presente de modo irremediável. 

Os cuidados com Maria, atualmente, vão desde a higiene pessoal, como alimentá-la com comida pastosa e na boca, tudo na cama. Seu corpo não possui mais capacidade motora para caminhar, ou capacidade para desenvolver conversas maiores ou que conecte ideias. 

No entanto, a família tem se revezado nos cuidados, tão exigentes, pois não encontram na região um instituto capaz de desenvolver com atenção afetiva essa missão. Afinal, Maria José merece, no entardecer da vida, estar rodeada de atenção, dignidade, esperança e fé, transmitida pelos seus.  

Chamados por Deus à caridade com os idosos  

O LAR ADELAIDE WEISS SCARPA, pertence à Fundação Weiss Scarpa e é administrado pelas Irmãs da Copiosa Redenção. A congregação conhece desde sua fundação os desafios da Terceira Idade já que suas cofundadoras –  Maria Moreira da Motta Santos, Ruth Marina da Silveira e Ione Strozzi – ingressaram na Família religiosa já com idade avançada. 

Desse modo, fomos chamados por Deus desde nossa gênese à caridade para com os desafios enfrentados com os mais velhos. Desse modo, buscamos dar, por meio de uma estrutura física saudável, um lugar tranquilo, agradável e seguro.

A casa tem capacidade para atender aproximadamente 35 (trinta e cinco) idosos com atendimento médico, equipe de enfermagem, nutrição, terapia ocupacional e fisioterapia. A finalidade do Lar é dar atendimento integral e qualidade de vida para pessoas idosas a partir de 60 anos, preservando a interação com a família.

Conclusão 

A missão do Lar Adelaide Scarpa é oferecer não somente qualidade de vida, mas ser suporte de fé e espiritualidade para os nossos hóspedes. Com a prática de momentos de oração, Missa, a convivência dos religiosos e o trato dócil com os idosos, levamos a experiência de Jesus aos seus corações cansados das lutas da vida. 

Com o Papa Francisco, queremos testemunhar ao mundo que “os avós e os idosos não são sobras de vida, desperdícios para jogar fora. Mas são aqueles preciosos pedaços de pão deixados na mesa da nossa vida, que ainda nos podem nutrir com uma fragrância que perdemos, ‘a fragrância da memória’.”

Procure nosso Lar, será um prazer receber você e sua família!