7 motivos para você rezar pelas almas do purgatório

As almas do purgatório, em sua jornada de purificação, anseiam por nossas orações. Logo, a prática de rezar por aqueles que já deixaram este mundo, mas ainda não alcançaram a plena comunhão com Deus, é uma expressão profunda de nossa fé e caridade cristã.

Então, descubra por que esta prática é tão importante, não apenas no Dia de Finados, e como ela pode enriquecer sua vida espiritual!

# 1º motivo para você rezar pelas almas do purgatório: A Lei da Comunhão dos Santos

A Igreja nos ensina que formamos um único corpo místico em Cristo. Trata-se da Lei da Comunhão dos Santos, um dos pilares da fé católica que expressa a profunda união existente entre todos os membros da Igreja, vivos e falecidos.

Portanto, Cristo é a cabeça e todos os batizados são os membros. E essa união é mais profunda do que qualquer laço humano, pois é fundada no sacramento do Batismo e fortalecida pela Eucaristia.

E nesta união todos podem compartilhar seus bens espirituais. O que significa que os santos no céu intercedem por nós, e nós podemos interceder pelos que ainda estão em processo de purificação. E essa interconexão espiritual nos une em um só amor.

Sendo assim, a Comunhão dos Santos nos permite também compartilhar nossos méritos espirituais, como as boas obras e os sacramentos, com os outros membros da Igreja. Da mesma forma, podemos nos beneficiar dos méritos dos outros, especialmente dos santos e mártires.

# 2º motivo para você rezar pelas almas do purgatório: Misericórdia e Compaixão

O segundo motivo para rezarmos pelas almas do purgatório está profundamente enraizado na essência da fé cristã: a misericórdia e a compaixão. Logo, ao oferecermos nossas orações por aqueles que ainda estão em processo de purificação, estamos expressando esses dois valores fundamentais de maneira concreta e tangível.

A doutrina da Igreja nos ensina que Deus é infinitamente misericordioso. Ele deseja a salvação de todos os seus filhos e oferece a cada um a oportunidade de se arrepender e ser perdoado.

Ao rezar pelas almas do purgatório, manifestamos nossa compaixão pelos nossos irmãos e irmãs que ainda sofrem as consequências do pecado. É um ato de misericórdia que nos aproxima de Deus, que é rico em misericórdia.

Além disso, ao rezarmos pelas almas do purgatório, estamos imitando a misericórdia de Deus. Estamos reconhecendo que essas almas, embora tenham sido perdoadas de seus pecados mortais, ainda precisam ser purificadas para entrarem na alegria do céu.

Portanto, ao estender nossa misericórdia às almas do purgatório, estamos colaborando com a obra da salvação e participando da misericórdia divina.

A oração pelas almas do purgatório é, portanto, um ato de profunda espiritualidade que nos aproxima de Deus e de nossos irmãos. É uma expressão concreta do amor cristão, que nos convida a ir além de nós mesmos e a nos preocupar com o bem-estar dos outros, mesmo aqueles que já partiram desta vida.

# 3º motivo: Acelerando a Purificação

O terceiro motivo para rezar pelas almas do purgatório está diretamente ligado ao próprio conceito do estado intermediário: a purificação. Logo, ao oferecermos nossas orações, estamos, em certo sentido, acelerando esse processo.

Nossas orações, unidas à oração da Igreja, criam uma corrente de amor e de intercessão que pode aliviar o sofrimento das almas do purgatório e acelerar sua purificação.

Como vimos anteriormente, todos os membros da Igreja estão unidos em um só corpo místico. Os méritos adquiridos pelos vivos, através das boas obras, da penitência e da oração, podem ser oferecidos em sufrágio pelas almas do purgatório, contribuindo para a sua purificação.

Ao rezarmos pelos defuntos, estamos, em última instância, pedindo a Deus que tenha misericórdia deles e os liberte mais rapidamente do purgatório. A oração é um canal através do qual a misericórdia divina pode se manifestar de forma mais eficaz.

Podemos comparar a purificação das almas do purgatório à purificação de um metal precioso. O metal, embora valioso, precisa ser refinado para eliminar as impurezas e revelar todo o seu brilho. Neste caso, a oração é como o calor do fogo que acelera o processo de purificação, permitindo que o metal alcance sua forma mais pura, ou seja, que a alma se santifique.

# 4º motivo para você rezar pelas almas do purgatório: Fortalecer a Fé

Rezar pelas almas do purgatório não é apenas um ato de caridade, mas também um profundo exercício de fé. Ao nos dedicarmos a essa prática, estamos fortalecendo nossa própria crença em diversos aspectos, como:

A realidade da vida eterna e a ressurreição dos mortos: Ao reconhecer a existência do purgatório, reafirmamos nossa crença na vida eterna e na imortalidade da alma. Essa prática nos ajuda a transcender o materialismo e a focar nas realidades espirituais. Além disso, a doutrina do purgatório está intimamente ligada à crença na ressurreição dos mortos. E ao rezar pelos defuntos, estamos expressando nossa esperança na vida futura e na reunião com nossos entes queridos no céu.

A importância da oração: Rezar pelas almas do purgatório nos lembra do poder da oração e da importância de mantermos uma vida de oração. Logo, ao nos dedicarmos a essa prática, estamos fortalecendo nossa relação pessoal com Deus. E ao experimentar a resposta às nossas orações, nossa fé se fortalece e nossa confiança em Deus aumenta.

Portanto, ao nos dedicarmos a essa prática, estamos não apenas ajudando as almas do purgatório, mas também enriquecendo nossa própria vida espiritual.

# 5º motivo: Alegria dos Santos

O quinto motivo para rezarmos pelas almas do purgatório reside na profunda alegria que experimentamos ao participar da salvação de nossos irmãos e irmãs.  Como todos os membros da Igreja, vivos e falecidos, formam um único corpo místico em Cristo, a alegria de um membro é a alegria de todos.

Os santos no céu se alegram conosco quando nossos pedidos de intercessão feitos a eles são atendidos. E quanto rezarmos pelas almas do purgatório, estamos respondendo ao chamado dos santos para ajudar aqueles que ainda estão em processo de purificação.

Então, ao ajudar as almas do purgatório a alcançar a plena comunhão com Deus, estamos contribuindo para a felicidade da Igreja triunfante, estamos contribuindo para a felicidade dos santos no céu.

Ainda, podemos comparar a alegria dos santos ao júbilo de uma família quando um de seus membros se casa. A família inteira se alegra com a felicidade do casal, e essa alegria se espalha por todos os membros. Da mesma forma, a Igreja se alegra quando uma alma do purgatório é libertada e se une aos santos no céu.

# 6º motivo para você rezar pelas almas do purgatório: Gratidão

Rezar pelas almas do purgatório é também uma expressão de profunda gratidão. Ao oferecermos nossas orações e boas obras em sufrágio pelos defuntos, estamos reconhecendo o valor daqueles que nos precederam na fé e que, de alguma forma, contribuíram para a nossa própria santificação.

E mais, ao realizarmos boas obras em sufrágio pelos falecidos, estamos oferecendo a Deus um presente em nome deles. E esta é uma forma concreta de expressar nossa gratidão por tudo o que recebemos.

A missa é o sacrifício eucarístico por excelência, e ao participarmos da missa e oferecermos a comunhão pelas almas do purgatório, estamos oferecendo a Deus o mais sublime dos presentes.

Também o Rosário, que é uma poderosa oração mariana, pode ser oferecido pelos falecidos. Ao rezar o rosário, estamos pedindo a intercessão de Maria Santíssima em favor das almas do purgatório.

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# 7º motivo para você rezar pelas almas: preparação para a própria morte

Rezar pelas almas do purgatório é uma prática que não apenas beneficia os falecidos, mas também nos prepara para a nossa própria morte.

Ao nos dedicarmos a essa devoção, estamos cultivando uma série de atitudes e disposições que nos ajudarão a enfrentar a morte com serenidade e esperança.

Ao rezar pelas almas do purgatório, somos constantemente lembrados da nossa própria finitude. E essa consciência nos ajuda a viver cada dia com mais intensidade e a dar prioridade às coisas que realmente importam.

Além disso, a oração pelos defuntos nos ajuda a fortalecer nosso relacionamento com Deus e a confiar em sua Providência.

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O que é o purgatório?

O purgatório, um termo que evoca imagens de sofrimento e purificação, é um conceito central na teologia católica. Mas afinal, o que é o purgatório? E quem o habita?

Se você também já fez esses questionamentos, esse texto é para você! Então, continue sua leitura conosco!

Purgatório: o que é?

A palavra “purgatório” tem suas raízes no latim. Ela deriva do verbo “purgare”, que significa “purificar” ou “limpar”. O sufixo “-tório” indica um lugar ou estado relacionado à ação expressa pelo verbo. Portanto, purgatório significa, literalmente, “lugar de purificação”.

Podemos definir o purgatório como um estado intermediário entre a vida terrena e a vida eterna. Trata-se de um lugar de transição onde as almas daqueles que morrem na graça de Deus, mas não totalmente purificadas, completam sua preparação para a visão beatífica de Deus.

Logo, a Igreja Católica define o purgatório como um estado de purificação, um fogo que consome as impurezas remanescentes da alma, permitindo-lhe alcançar a santidade necessária para entrar na alegria do Céu.

E esta doutrina encontra fundamento no Catecismo da Igreja Católica, que afirma: “A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados” (CIC, §1031).  

Contudo, a doutrina do purgatório, como é compreendida pela Igreja Católica, desenvolveu-se gradualmente ao longo dos séculos, a partir de interpretações bíblicas e da reflexão teológica. Sendo assim, a doutrina do purgatório é baseada em textos bíblicos que falam sobre a purificação e a santidade.

Logo, é importante ressaltar que a palavra “purgatório” não aparece explicitamente na Bíblia. E o conceito de purgatório, como um lugar físico, foi se solidificando entre os séculos XII e XIII.  

E, afinal, quem habita o purgatório?

O purgatório não é um lugar de castigo eterno, como o inferno. Tampouco é o céu, onde se encontra a plena felicidade e visão de Deus. Como já dito, é um estado intermediário de purificação.

Mas não são todos os que morrem que vão para o purgatório. Apenas aqueles que morrem na amizade de Deus, isto é, em estado de graça santificante, mas que ainda carregam consigo as marcas do pecado venial. Estes, embora seguros de sua salvação eterna, precisam passar por um processo de purificação para que suas almas se tornem totalmente conformes à santidade de Deus.

A imagem do fogo é frequentemente utilizada para descrever o purgatório. No entanto, este fogo não é um castigo, mas sim um instrumento de purificação. É um fogo de amor que consome tudo aquilo que impede a alma de se unir plenamente a Deus. É como um ourives que, através do fogo, purifica o ouro, removendo todas as impurezas.

Uma jornada interior, um estado de esperança

O purgatório pode ser entendido também como uma jornada interior, um processo de transformação que continua mesmo após a morte. É um tempo de purificação e de crescimento espiritual, um momento em que a alma se despoja de tudo aquilo que a impede de amar a Deus de forma plena e incondicional.

A doutrina do purgatório nos convida à esperança e à oração. A Igreja, ao longo dos séculos, sempre incentivou os fiéis a oferecer sufrágios pelas almas do purgatório.

Portanto, as indulgências, as missas, as orações e as boas obras são meios eficazes para aliviar os sofrimentos das almas que se encontram neste estado intermediário e acelerar sua purificação.

Purgatório: a beleza da misericórdia divina

O purgatório não é uma punição divina, mas sim um ato de misericórdia. Portanto, a doutrina do purgatório revela a beleza da misericórdia divina. Deus, em Sua infinita bondade e amor, oferece a todas as almas a possibilidade de se purificar e alcançar a salvação.

E mesmo aqueles que não alcançaram a perfeição nesta vida terrena, podem, através do purgatório, preparar-se para a vida eterna.

Em última análise, o purgatório é um mistério da fé. É um convite à reflexão sobre a nossa própria vida e sobre a nossa relação com Deus. Portanto, é um chamado à conversão e à santidade. Logo, ao meditarmos sobre este tema, somos levados a compreender a profundidade do amor de Deus e a importância da nossa própria purificação.

O purgatório nos ensina que a vida espiritual é um processo contínuo. Mas não se trata apenas de evitar o pecado, mas de buscar a santidade a cada dia. Portanto, é um caminho de purificação e de crescimento, um caminho que nos leva mais perto de Deus.

Ao contemplarmos o mistério do purgatório, somos convidados a intensificar a nossa vida de oração e a buscar a santidade em todas as nossas ações.

A Igreja não revela o tempo que cada alma permanece no purgatório, esse tempo varia de acordo com a gravidade dos pecados e a disposição da alma para se purificar.

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Que a esperança na ressurreição e na vida eterna nos acompanhe sempre. Que a intercessão dos santos e de todas as almas do purgatório nos fortaleça em nossa jornada espiritual!

Como transformar sofrimento em paz interior

A paz interior, um refúgio silencioso no turbilhão da vida, é o desejo mais profundo do ser humano. Afinal, em meio às tempestades da existência, buscamos um porto seguro, um lugar onde a alma possa descansar e se renovar.

Logo, a paz interior é a serena melodia que ecoa dentro de nós, mesmo quando o mundo exterior ruge com intensidade. É o farol que nos guia através das noites mais escuras, a esperança que floresce no coração mais adormecido.

Mas como encontrar esse oásis de tranquilidade quando somos confrontados com o sofrimento? Como transformar o sofrimento em paz interior? Continue sua leitura para descobrir!

O sentido do sofrimento humano

O sofrimento, por sua vez, é um visitante indesejado, mas inevitável na jornada humana. Ou seja, o sofrimento, em sua essência, é parte integrante da experiência humana.

Ele nos molda, nos testa e, paradoxalmente, nos aproxima da nossa essência. Além disso, nos faz crescer e nos conecta com a nossa própria vulnerabilidade. É como uma tempestade que, ao passar, deixa o solo mais fértil para que novas sementes possam brotar.

E é nas profundezas do sofrimento que encontramos a oportunidade de transcender, de nos conectar com algo maior do que nós mesmos.

Portanto, ao invés de resistir ao sofrimento, podemos aprender a acolhê-lo, a observá-lo com compaixão e a extrair dele os aprendizados que ele nos oferece, a começar por encontrar a paz interior.

E como encontrar paz diante de dias difíceis?

Como transformar a dor em força? Essa é uma questão que todos querem decifrar. E a resposta reside na nossa capacidade de acolher o que sentimos, sem julgamento.

Logo, é sobre honrar cada lágrima, cada suspiro, cada emoção que surge. É sobre permitir que a dor flua,dando a ela um lugar.

Contudo, a paz interior não é a ausência de sofrimento, mas sim a capacidade de encontrar serenidade e de permanecer em paz, mesmo em meio às adversidades.

Logo, é a habilidade de cultivar um coração aberto e compassivo, de aceitar o que está fora do nosso controle e de focar no que podemos transformar.

É como uma luz que brilha no nosso próprio interior, iluminando o caminho mesmo nos momentos mais escuros.

Como encontrar paz interior?

Para encontrar a paz interior, podemos recorrer a diversas práticas, como a meditação, contemplar a natureza, inspirar-se com a arte e nos dedicarmos à oração.

Essas práticas nos ajudam a nos conectarmos com nossa essência, a silenciar a mente e a cultivar a presença plena.

E ao nos conectarmos com Aquele que é maior do que nós mesmos, encontramos um sentido mais profundo para a vida e somos capazes de transcender o sofrimento.

Aproveite para ler: O luto de Maria: O que a fez permanecer em pé diante da morte?

Oração: a mais poderosa ferramenta para a paz interior

A oração, em particular, é uma poderosa ferramenta para encontrar a paz interior. Através da oração, podemos expressar nossos sentimentos, nossos medos e nossas angústias. Podemos pedir orientação, força e proteção. E, acima de tudo, podemos cultivar uma relação mais profunda com o divino redentor.

Portanto, a oração é um diálogo íntimo com Deus, nosso Pai e Criador, é uma oportunidade de nos conectarmos com uma fonte de amor e sabedoria infinita, que nos oferece conforto e orientação.

Para te auxiliar nessa jornada em direção à paz interior, te convidamos a baixar o ebook “Oração pessoal – guia de oração para iniciantes”. Nele, você encontrará diversas ferramentas práticas e inspiradoras para aprofundar sua prática de oração e cultivar uma conexão mais profunda com sua espiritualidade.

Mas lembre-se: a paz interior é uma jornada, não um destino. É um caminho que percorremos a cada dia, a cada momento. Logo, com paciência, persistência e abertura de coração, podemos transformar o sofrimento em uma oportunidade de crescimento e encontrar a paz que tanto buscamos. Ao cultivar a paz interior, você não apenas transforma sua própria vida, mas também inspira aqueles ao seu redor.

Que a luz da paz interior ilumine seu caminho e que você possa encontrar a serenidade que tanto deseja. Que a paz seja a sua constante companheira!

Baixe aqui o ebook “Oração pessoal – guia de oração para iniciantes”, e comece sua jornada!

O luto de Maria: O que a fez permanecer em pé diante da morte?

Falar de luto no tempo pascal parece contraditório. Entretanto sabemos que o fruto da alegria da ressurreição precisou passar pelo luto dos discípulos de Jesus e também de sua mãe, a virgem Maria.

A única certeza que temos na vida é que um dia iremos morrer. Por mais que saibamos disso, quando chega a morte de um ente querido, nunca estamos preparados. Pois ela vem sem avisar e entramos nesse tempo “pós-morte” chamado luto.

O objetivo deste conteúdo é falar sobre o luto e, com o olhar da fé e a intercessão da Virgem Maria, passar por esse momento em pé diante da cruz (cf Jo. 19, 27). 

O luto na vida humana

O sofrimento é inerente à vida humana, e o luto é um grande sofrimento. Cada pessoa tende a vivê-lo de diferentes formas. Segundo a psicologia, o processo de luto e a sua intensidade varia conforme o vínculo e o significado que aquela pessoa que nos deixou tinha em nossa vida.

O luto se manifesta por meio de uma série de reações que envolvem respostas emocionais (sentimentos de tristeza, culpa, raiva, autocensura, ansiedade, saudade). Cognitivas (pensamentos de descrença, confusão, preocupação) e comportamentais (distúrbios do sono, do apetite, isolamento social, agitação, choro, evitação de lembranças). 

Essas reações são naturais da nossa condição humana e, consequentemente, precisam de atenção. Diante do luto, muitas vezes é necessário um acompanhamento psicológico para lidar com a dor da ausência. 

A psicologia dá algumas dicas de como superar o luto, mas e a fé católica como pode ajudar o crente a viver a dor da sua perda? 

Maria e o luto

Recentemente, passamos pelo tríduo pascal, vivenciamos a dor da paixão do Senhor e a permanência da Virgem Maria em pé diante do seu Filho crucificado. As sagradas escrituras não narram um descontrole emocional de Maria. Vale lembrar que naquela época, também não havia calmantes para aliviar a dor de uma mãe que perde um filho.

No entanto, o Evangelho de São João diz apenas que Maria estava lá. São João Paulo II ao comentar esse trecho bíblico diz: “Ela, que é imaculada, no Calvário “conhece” no seu próprio ser o sofrimento do pecado, que o Filho assume sobre si mesmo, para salvar os homens.”

Ainda nas cenas do Filme Paixão de Cristo, é possível perceber as lágrimas e o sofrimento estampados no rosto de Nossa Senhora. Porém, ela vivia tudo isso em um profundo silêncio.

O papa Bento XVI, na Encíclica Spe Salvi, escreve como acredita que a Virgem Maria tenha vivido o seu luto:

“A espada da dor trespassou o vosso coração. Tinha morrido a esperança? Ficou o mundo definitivamente sem luz, a vida sem objetivo? Naquela hora, provavelmente, no vosso íntimo tereis ouvido novamente a palavra com que o anjo tinha respondido ao vosso temor no instante da anunciação: « Não temas, Maria! » (Lc 1,30). 
Quantas vezes o Senhor, o vosso Filho, dissera a mesma coisa aos seus discípulos: Não temais! Na noite do Gólgota, Vós ouvistes outra vez esta palavra. Aos seus discípulos, antes da hora da traição, Ele tinha dito: « Tende confiança! Eu venci o mundo » (Jo 16,33). « Não se turve o vosso coração, nem se atemorize » (Jo 14,27). « Não temas, Maria! » Na hora de Nazaré, o anjo também Vos tinha dito: « O seu reinado não terá fim » (Lc 1,33). Teria talvez terminado antes de começar? Não; junto da cruz, na base da palavra mesma de Jesus, Vós tornastes-Vos mãe dos crentes. Nesta fé que, inclusive na escuridão do Sábado Santo, era certeza da esperança, caminhastes para a manhã de Páscoa.”

A partir dessas palavras de Bento XVI, podemos afirmar que o consolo para o luto de Maria veio do fazer memória das palavras de Deus a ela e isso renovou a sua fé de que nem tudo estava perdido, havia esperança e ainda não tinha acabado. Pois, como disse Santo Ambrósio, padre da Igreja:

“Não devemos chorar a morte, que é a causa de salvação universal”

O que vem após a morte e o luto

Certamente a manhã de Páscoa, que chega com a notícia do sepulcro vazio, faz Maria sorrir e agradecer ao Pai por mais uma vez ser fiel às suas promessas. 

Com a ressurreição, tanto Maria quanto os apóstolos começam a entender o que vem após a morte e o sofrimento do luto: uma nova vida, a vida eterna.

Mas o que é viver eternamente? O Papa Bento XVI, ao falar sobre a vida eterna, apresenta o grande mistério que a envolve, visto que está intimamente ligada ao desejo mais profundo do ser humano. A fé que sustenta e consola o cristão, a mesma fé que consolou a Virgem Maria, é a fé e a esperança na vida eterna. 

A vida eterna seria então a “verdadeira vida”, a vida em abundância que Jesus prometeu que nos daria. “De certo modo, desejamos a própria vida, a vida verdadeira, que depois não seja tocada sequer pela morte; mas, ao mesmo tempo, não conhecemos aquilo para que nos sentimos impelidos”, diz o Papa.

“Por um lado, não queremos morrer; sobretudo quem nos ama não quer que morramos. Mas, por outro, também não desejamos continuar a existir ilimitadamente, nem a terra foi criada com esta perspectiva. Então, o que é que queremos na realidade? Este paradoxo da nossa própria conduta suscita uma questão mais profunda: o que é, na verdade, a « vida »? E o que significa realmente « eternidade »? Há momentos em que de repente temos a sua percepção: sim, isto seria precisamente a « vida » verdadeira, assim deveria ser. Em comparação, aquilo que no dia-a-dia chamamos « vida », na verdade não o é”.

A palavra  vida eterna  procura dar um nome a esta desconhecida realidade conhecida.

Conhecer para crer

Vimos o grande paradoxo e mistério que envolve a morte, o luto e a fé na vida eterna. Entretanto, é necessário conhecer e aprofundar a doutrina católica que é o que firma a nossa fé sobre a rocha.

Diante da dor do luto e da necessidade dos fiéis conhecerem mais sobre a profissão de fé católica, a Copiosa Redenção lançou o curso “Creio na Vida Eterna”. Assim,  todo católico que queira compreender o que acontece após a morte e o que a Igreja ensina sobre céu, purgatório e inferno poderá aprofundar esse conteúdo.

As aulas serão dadas por Pe Fernando Bauwelz  juntamente com a Irmã Zélia, que ensinará a interceder pelas almas dos falecidos. O Curso é também um auxílio para que aqueles que vivem a dor do luto possam encontrar sentido no sofrimento intercedendo pelas almas. 

Se você conhece alguém que precise renovar a sua fé na vida eterna, compartilhe esse conteúdo.

Eu quero fazer o curso!

Que a Virgem Maria, a Mãe da Esperança, nos console e nos guie no caminho até à vida eterna!

Como restaurar o seu casamento à luz da fé

O casamento, sacramento instituído por Deus, é um chamado à santidade, à felicidade e à construção de um amor duradouro. No entanto, como toda relação humana, o matrimônio está sujeito a desafios e crises e pode enfrentar tempestades. Mas não se desespere! A fé nos oferece uma bússola e um farol para guiar os casais em busca da restauração. Além disso, a oração e a disposição para mudar podem ser poderosas ferramentas para restaurar o amor e reconstruir um casamento sólido e duradouro

O casamento: uma rosa a ser cultivada

A fé em Deus nos proporciona uma perspectiva única sobre o casamento. O Catecismo da Igreja Católica nos lembra que o matrimônio é uma comunidade de vida e de amor constituída pelo homem e pela mulher, unidos pelo sacramento do matrimônio (cf. nº 1601). É um caminho de santificação mútua, onde o amor conjugal se torna um reflexo do amor de Cristo pela Igreja. É um dom precioso que exige cuidado e cultivo constantes. Como uma planta, o amor matrimonial precisa ser regado com atenção, carinho e palavras de afeto.

Ao reconhecer o casamento como um dom sagrado, compreendemos que os desafios que enfrentamos não são o fim. Mas, sim, oportunidades para aprofundar nossa fé e fortalecer nosso amor. Logo, a oração nos conecta com a fonte do próprio Amor e nos permite encontrar a força para perdoar, amar e sermos amados.

A importância da mudança para restaurar o casamento

A restauração do casamento muitas vezes exige uma profunda mudança de hábitos e comportamentos. Portanto, é preciso estar disposto a reconhecer as próprias falhas, a pedir e a dar perdão e a buscar a reconciliação.

Neste sentido, é importante não ter medo de mudar e de começar de novo. O Papa Francisco nos recorda que a própria Palavra de Deus está repleta de histórias de amor e de crises familiares. E por isso a Palavra deve ser companheira das famílias que estão em crise ou imersas em tribulações. Isso porque ela tem a capacidade de nos mostrar “a meta do caminho, quando Deus ‘enxugar todas as lágrimas dos seus olhos, e não haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor’ (Ap 21, 4)” (Amoris Laetitia, 22).  

O Perdão: a chave para a libertação

O perdão é um ato de amor que liberta tanto aquele que perdoa quanto aquele que é perdoado. Sendo assim, é fundamental para a cura das feridas e para a reconstrução da confiança.

Jesus nos ensinou a importância do perdão incondicional e ilimitado neste seu diálogo com o apóstolo Pedro: “Senhor, quantas vezes devo per­doar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?”. Respondeu Jesus: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18,21-22).

O poder da Oração no casamento

A oração também é uma arma poderosa para restaurar o casamento. Ao recorrer a Deus, encontramos conforto, esperança e a força para enfrentar as dificuldades.

Mais do que isso, a oração é a nossa conversa íntima com Deus. E, ao orar juntos, o casal tem a oportunidade de experimentar a força da unidade e do Amor divino. E, desse modo, a oração ajuda o casal a superar as dificuldades, a encontrar a paz interior e a fortalecer a fé em Deus. Portanto, como diz o autor bíblico: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Is 55,6).

Então, enquanto suplica a Deus pelo seu casamento, peça ao Espírito Santo que renove o amor em seu coração. E mais, que conceda ao casal sabedoria para resolver os conflitos, guiando vocês por um caminho de reconciliação e felicidade.

No entanto, marido e mulher são convidados não apenas a rezar pelo seu matrimônio, mas também pelos filhos, para que todos possam viver em unidade e amor.

Família: o bem precioso da humanidade

A família é a célula fundamental da sociedade e o lugar onde se aprende a amar. Ela é o um santuário da vida e do amor, onde os valores morais e espirituais são transmitidos de geração em geração.

Logo, o Papa São João Paulo II, na Encíclica Familiaris Consortio, nos recorda que o matrimônio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade. Portanto, ressalta: “Queridos por Deus com a própria criação, o matrimônio e a família estão interiormente ordenados a complementarem-se em Cristo”.

Desse modo, São João Paulo II destaca que toda família tem necessidade da Graça de Deus. E isso para que os cônjuges possam ser “curados das feridas do pecado e conduzidos ao seu ‘princípio’, isto é, ao conhecimento pleno e à realização integral do desígnio de Deus” (Familiaris Consortio, 3) em suas vidas.

Contudo, ao buscar a restauração do casamento, é importante envolver a família e a comunidade eclesial. O apoio e a intercessão dos outros podem ser de grande ajuda nesse processo.

Restaurar o casamento: dicas práticas

Certamente você já compreendeu que a restauração do casamento exige uma mudança profunda em nossos hábitos e comportamentos. Mas talvez esteja se perguntando: como isso é possível? Então, separamos algumas dicas simples e práticas que podem te ajudar, acompanhe!

  • Comunique-se de forma aberta e honesta: A comunicação é o alicerce de qualquer relacionamento e mais ainda quando se trata do casamento. Portanto, é preciso aprender a expressar nossos sentimentos, necessidades e expectativas de forma clara e respeitosa, sempre evitando acusações e julgamentos.
  • Cultive a intimidade: A intimidade não se limita ao aspecto físico, mas abrange a esfera emocional, espiritual e intelectual. Mas é preciso dedicar tempo para se conhecerem melhor, compartilhar sonhos e projetos, e fortalecer a conexão espiritual.
  • Perdoar: O perdão é essencial para a cura e a reconciliação. Logo, perdoar não significa aceitar o erro, mas sim liberar o outro e a si mesmo do peso do ressentimento.
  • Busque ajuda profissional: Um terapeuta de casais pode oferecer ferramentas e estratégias para superar os desafios e construir um relacionamento mais saudável.

Enfim, restaurar um casamento é uma jornada desafiadora, mas também profundamente gratificante. Logo, ao confiar em Deus, mudar nossos hábitos, perdoar e buscar ajuda, podemos reconstruir o amor para ser mais forte e duradouro.

Então, lembre-se: o casamento é um dom precioso que merece ser cuidado e cultivado todos os dias. E aproveite para assistir as pregações da Irmã Zélia sobre oração e casamento.

Mulher, reze em seu lar e converta sua família (PARTE 1)

Mulher, reze em seu lar e converta sua família (PARTE 2)

Planejamento Espiritual: o que é e como utilizar no seu dia a dia

Conheça esse precioso auxílio para o crescimento na intimidade com Deus escrito todos os anos pela irmã Zélia

Em meados de 2011, Deus começou a inspirar a Irmã Zélia, religiosa da Copiosa Redenção, com amplo apostolado de cura e libertação pelo Brasil e pelo mundo, a um caminho de planejamento espiritual. Estava surgindo o Planejamento Espiritual. 

Se nos preocupamos em planejar nosso trabalho, nossos estudos, vida financeira, viagens e demais realidades, por que não precisaríamos planejar a vida de oração?

Em meio a correria da rotina cotidiana, sobretudo das famílias, escola, atividades profissionais, aniversários, festas, demandas, crises, tudo pode tirar a família da centralidade que é Deus. Mas, se estabelecer um planejamento, com datas e horários pré-estabelecidos, é mais difícil cair no esquecimento ou perder a prioridade. 

Deus precisa ser o centro das nossas vidas, das nossas ações, e dos nossos planejamentos. Quando dou a Ele o lugar de Rei e Senhor da minha vida, todas as outras coisas se encaminham de modo seguro e abençoado. 

Crescimento na intimidade com Deus 

As Sagradas Escrituras possui diversos trechos, com inúmeros personagens bíblicos que testemunharam uma vida de oração desde antes da Encarnação de Jesus Cristo. 

Já no livro do Gênesis, vemos uma passagem no qual o autor sagrado relata o diálogo de intimidade de Adão e o Criador. O primeiro homem tinha uma relação tão próxima com o Pai que distinguia os passos de Deus que vinha caminhar e ter com ele no jardim. 

Oração é isso: intimidade, relação, diálogo. Possuir intimidade com Deus é possuir uma rotina que gira em torno do seu encontro diário com Ele, em um diálogo de amizade, como dizia a grande Mestra da vida espiritual, Santa Teresa de Jesus. 

Os patriarcas e profetas de Deus, reis de Israel e demais homens e mulheres da história Bíblica dão testemunho de uma vida de oração. O próprio livro dos salmos está repleto de orações erguidas pelo povo de Deus por séculos. 

O próprio Jesus, o Filho de Deus, buscava momentos de deserto e solidão para, em diálogo íntimo com o Pai, manter uma vida de oração e comunhão com a Vontade Divina. 

“Feitas muitas vezes na solidão, no segredo, a oração de Jesus implica uma adesão amorosa à vontade do Pai até a cruz e uma confiança absoluta de ser ouvido. Jesus ensina seus discípulos a orar com um coração purificado, uma fé viva, e perseverante, uma audácia filial.”.

(Catecismo da Igreja Católica 2620-2621)

O que é Planejamento Espiritual?

“O Planejamento Espiritual foi desenvolvido a partir da minha vivência diária tanto na Copiosa Redenção, como nas missões que realizo e nos meus momentos com o Senhor”, diz Irmã Zélia 

Há mais de 10 anos, a Irmã Zélia tem desenvolvido um método próprio de planejamento espiritual para sua vida pessoal. Inspirada por Deus, iniciou o compartilhamento desse material, com objetivo de favorecer o crescimento na vida de oração dos seus filhos e filhas espirituais. 

Com uma didática clara e sistemática, a irmã Zélia direciona práticas de oração e devoção para cada dia do ano, para o mês, nas principais festas e celebrações litúrgicas que vão desde a vivência sacramental, até o diálogo íntimo e diário com o Senhor. 

Você também conta com direcionamentos de filmes e livros espirituais que favorecerão esse caminho de oração. O ano começa com orações específicas para meia noite do primeiro dia do ano, sendo conduzido a consagrá-lo a Deus. 

A agenda de missão da Irmã Zélia fica disponibilizada no planejamento e as datas do Cerco do Rosário para que você possa vivenciar, na unidade da intercessão, esses momentos fortes de ação de Deus. 

Em unidade com a Igreja 

Uma das grandes preocupações da Irmã Zélia ao elaborar todo o Planejamento é mantê-lo em comunhão com a Doutrina da Igreja, sua Tradição e a espiritualidade do Carisma Copiosa Redenção. 

Como dito, todo material é fruto da sua própria vivência pessoal, missionária e comunitária. 

O próprio catecismo da Igreja motiva as práticas devocionais e espirituais como vias seguras de santificação. 

“É preciso se lembrar de Deus com mais frequência do que se respira.’ Mas não se pode orar ‘sempre’, se não se reza em certos momentos, por decisão própria: são os tempos fortes da oração cristã, em intensidade e duração.”.

(CIC 2697)

As orações dispostas no Planejamento nascem nos principais manuais de espiritualidade e das biografias de beatos e santos reconhecidos pela Igreja. Orações que estiveram nos lábios de homens e mulheres de Deus que, por séculos, buscaram ardorosamente uma vida de intimidade com o Senhor. 

Conheça mais da autora Irmã Zélia – uma missionária da Redenção do Senhor

 

Como utilizar o Planejamento Espiritual no cotidiano 

A rotina dos participantes do Planejamento Espiritual da irmã Zélia tem uma programação diária para cada mês, com as Orações de revestimento. São orações que devem ser realizadas antes de todas as orações de metas. O (a) fiel pode optar por rezar apenas uma delas antes de iniciar as orações do dia.

As orações de meta são específicas para cada mês, que tem como objetivo fortalecer a vontade e a súplica a Deus pelas metas escolhidas no planejamento. Um exemplo são os direcionamentos do mês de maio: 

  • ORAÇÃO DE META
  • Escolher um horário, fidelizá-lo e rezar o Rosário (4 terços) acompanhado da Ladainha de Nossa Senhora por 31 dias;
  • Rezar, no dia 22 de maio, a oração de Santa Rita

Ao término de cada mês, você conta com um espaço para anotações das inspirações que o Espírito Santo foi lhe dando ao longo do mês. 

Para os casados e com filhos, você pode realizar com as crianças o Planejamento Espiritual infantil. Com orações mais curtas e adaptadas para o mundo infantil, os meninos e meninas poderão vivenciar essa experiência rica com seus pais. 

Principais desafios para ser fiel

Tal qual às dinâmicas da vida humana, a vida de oração também possui altos e baixos. É comum que comecemos o ano com inúmeras metas e objetivos e com o passar do tempo vamos esmorecendo e caindo na infidelidade e na inconstância. 

Vale a pena lembrar que a constância é um atributo unicamente Divino. Só Deus é o constante, aquele que permanece imutável em meio a tudo que acontece. Uns mais outros menos, o caminho do ser humano na vida interior e de santidade será sempre um caminho de recomeço. 

“Santo não é aquele que nunca cai, mas aquele que recomeça sempre.”

São João Paulo II

Ter um planejamento espiritual é um instrumento forte contra as nossas infidelidades, pois nos motiva a caminhar, inclusive unidos em oração uns pelos outros. 

A oração também precisa estar atrelada à sua vida, seja nos momentos de Cruz ou de ressurreição. Há pessoas que só rezam na provação, enquanto há aquelas que só conseguem rezar quando tudo anda bem. 

Jesus nos ensina a rezar em todas as circunstâncias, pois nada nos separará do amor de Deus. Por isso, em meio aos desafios, os membros do Planejamento Espiritual são motivados a pedir oração aos demais irmãos e retomar o caminho de onde parou, sempre. 

O reconhecimento dos pecados e a retomada da caminhada são indispensáveis para viver a fidelidade. Ser fiel não é cumprir as práticas irrepreensivelmente, mas ter a confiança de que, mesmo nas nossas fraquezas e limites, Deus nos ama e nos quer na sua Presença. 

Mais do que orações, uma vida de oração

Algo que precisa ficar claro é que o Planejamento espiritual não é um manual de orações, mas um instrumento de transformação de vida. Os santos e a tradição da Igreja nos revelam que o Senhor não quer de nós palavras abundantes, mas uma vida imersa na sua Presença. 

O ritmo da vida de quem faz o Planejamento Espiritual deixa de ser o ativismo e passa a ser a confiança e o abandono à Providência Divina que cuida dos seus amados, mesmo enquanto dormem (Sl 126, 2). 

Não é a quantidade de Rosários que determinará o derramamento da graça sobre sua vida, mas a busca de amar a Deus em todas as situações, reconhecendo-O como Senhor e Rei de sua vida. 

Onde encontro o Planejamento Espiritual

Anualmente, o Planejamento Espiritual entra em vigor sempre no último trimestre do ano, já em preparação para o ano seguinte. Com ampla divulgação no site, nas redes sociais e nos eventos por onde Irmã Zélia passa. 

O livro está sempre disponível na loja da Copiosa Redenção podendo ser facilmente adquirido, sendo enviado para a residência dos interessados. 

Toda a renda arrecadada com a venda do curso e dos livros do Planejamento Espiritual é destinada às obras de evangelização e recuperação de dependentes químicos nas comunidades da Copiosa Redenção. Atualmente, são 6 casas de recuperação e inúmeros eventos e meios de anúncio do Evangelho promovido pela Congregação. 

Acesse agora mesmo nossa Loja e encontre esse e outros produtos que podem colaborar com sua espiritualidade. 

O que é a vida eterna?

Estamos nos aproximando do dia 02 de novembro, data em que a Igreja recorda os fiéis já falecidos. Uma data, sem dúvidas, repleta de saudades. Entre amigos e familiares que já partiram, fica a memória de vidas que nos marcaram de maneiras distintas. 

Diante da dor da perda, do sentimento de saudade e nostalgia, de sofrimento e esperança, para onde deve se voltar o nosso olhar? O que é a vida eterna que a Igreja nos anuncia e que somos chamados a buscar já nesta terra?

Se você deseja compreender o porque, como cristãos, nós cremos na vida eterna, acompanhe este conteúdo e entenda melhor o que a Igreja nos ensina a este respeito.

Batismo: O selo da vida eterna

Diante de tantas realidades, notícias que nos confrontam diariamente, que triste seria para nós se a vida terminasse aqui, nesta terra.

De fato, isso nos faria questionar qual o sentido de tanto sofrimento, dores e injustiças. Contudo, eis a nossa esperança: Cristo Jesus! Fomos criados pelo Amor para a vida eterna, para a santidade. E o batismo é essa graça que nos introduz nessa nova vida.

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina (CIC §1274): 

“O «selo do Senhor» («dominicus character») (84) é o selo com que o Espírito Santo nos marcou «para o dia da redenção» (Ef 4, 30) (85). «O Batismo é, efetivamente, o selo da vida eterna» (86). O fiel que tiver «guardado o selo» até ao fim, quer dizer, que tiver permanecido fiel às exigências do seu Batismo, poderá partir «marcado pelo sinal da fé» (87), com a fé do seu Batismo, na expectativa da visão bem-aventurada de Deus – consumação da fé – e na esperança da ressurreição”.

Ou seja, se buscarmos com reta intenção de nosso coração, viver este caminho de configuração a Cristo, a morte não será para nós o fim, mas sim o início da plena felicidade: a vida eterna. Ressuscitaremos com Ele que deixou-se consumir de amor e nos amou até o fim. Em Cristo, todo pecado é redimido, nenhum sofrimento é em vão.

 “A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1Cor 15,55). 

Diante disso, o nosso olhar se volta para o céu em gratidão a Deus pelo seu infinito amor, misericórdia e compaixão por cada um de nós. E com isso, o desejo também de corresponder a este amor, para um dia desfrutar da vida eterna, prometida a cada um de nós.

Leia também: O luto de Maria: O que a fez permanecer em pé diante da morte?

Creio na vida eterna 

Para que você possa compreender melhor os aspectos da fé que professamos a respeito da vida eterna, separamos mais alguns trechos do Catecismo que irão elucidar melhor este tema. Acompanhe:

  • O cristão, que une sua própria morte à de Jesus, vê a morte como um caminhar ao seu encontro e uma entrada na Vida Eterna.
  • No entardecer de nossa vida, seremos julgados sobre o amor. 
  • Os que morrem na graça e na amizade de Deus, e que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque o veem “tal como ele é” ( 1Jo 3,2), face a face ( 1Cor 13,12). 
  • A vida, em sua própria realidade e verdade, é o Pai que, pelo Filho e no Espírito Santo, derrama sobre todos, sem exceção, os dons celestes. Graças à sua misericórdia, também nós, os homens, recebemos a promessa indefectível da vida eterna. 

Vida eterna: Caminho de esperança

Como pudemos observar, a vida eterna é um verdadeiro caminho de esperança para nós. Deus deseja dar a todos os homens a graça deste dom gratuito de amor. 

Por isso, não devemos temer a morte. Ao olharmos para a vida dos santos, observamos o quanto eles não temiam a morte, pelo contrário, ansiavam por ela porque sabiam que dessa forma poderiam retornar para Deus que tanto nos ama.

Santa Teresinha é inclusive um exemplo concreto disso. Diante da sua enfermidade, ela não temia a morte, mas ansiava por ela  e reconhecia a morte como um caminho de volta para casa, a morada celeste.

Devemos também cultivar esse anseio em nosso coração. Fazendo de tudo para nos configurarmos a Cristo. Ao passo que também é importante interceder por aqueles que nos precederam no céu. Rezar pelos falecidos é o nosso compromisso de fé, maneira pela qual podemos nos manter em comunhão com eles.

Nós, como Copiosa Redenção, sabemos da grande importância e riqueza que esse tema traz em si e quão necessário se faz o devido aprofundamento. Por isso, estamos oferecendo novamente o curso Creio na Vida Eterna. 

Uma oportunidade para você se aprofundar ainda mais neste tema e deixar-se envolver por esta realidade, tendo um olhar de fé, amor e esperança. Para saber mais sobre o curso, clique AQUI.

Conheça a devoção ao cordão de Santa Filomena

A devoção do Cordão de Santa Filomena nasceu espontâneamente em consequência das inúmeras graças obtidas por sua intercessão.

O reconhecimento do cordão como um sacramental por parte da Igreja, se deu pelo então Papa Leão XIII, que também era um grande devoto da jovem Santa. Ao aprovar o uso deste cordão, ele concedeu indulgências a todos os que o usarem:

1. No dia em que o Cordão é colocado pela primeira vez.
2. No dia 25 de Maio, aniversário da abertura do túmulo de Santa Filomena – catacumbas de Santa Priscila.
3. No dia 10 de Agosto, que é a sua festa.
4. No dia 15 de Dezembro, aniversário da aprovação do Cordão pela Santa Sé.
5. No momento da morte, nas condições ordinárias.

Com exceção deste último, para lucrar as indulgências plenárias com o Cordão, é preciso confessar-se, comungar e visitar alguma igreja, onde se rezará pelas intenções do Santo Papa.

Material do cordão

O Cordão é constituido por um entrançado de fios de linho, lã ou algodão, brancos e vermelhos, com dois nós numa das extremidades, simbolizando a virgindade e o martírio da jovem Filomena. Na outra extremidade há mais três nós, que representam a Santíssima Trindade e as chagas de Cristo.

Usa-se sob a roupa como se fosse um cinto ou no pulso, exatamente como uma pulseira. Pode-se também colocá-lo debaixo do travesseiro, ou guardá-lo na bolsa. Porém, o ideal é que ele esteja em contato com o corpo.

Oração diária dos portadores do Cordão:

“Santa Filomena, Virgem e Mártir, rogai por nós para que, por meio de vossa poderosa intercessão, possamos obter a pureza de alma e de coração, que conduz ao perfeito amor de Deus. Amém.”

Como adquirir o cordão

Qualquer pessoa pode produzir o seu próprio cordão, contanto que ele seja abençoado por um sacerdote seguindo o rito romano. Na edição do Planejamento Espiritual 2024, Irmã Zélia traz uma oração a Santa Filomena para ser rezada junto com as metas diárias. Por isso, você encontra o Kit do Livro, com o cordão e um postal com a imagem da jovem mártir em nossa loja virtual.

Clique no banner e adquira o seu!

Fonte: https://www.nospassosdemaria.com.br/SantaFilomena/SantaFilomena-Cordao.html

Imagem: Divulgação

Como ser fiel ao seu Planejamento Espiritual

O Planejamento Espiritual da Irmã Zélia, religiosa da Copiosa Redenção, pode ser um forte aliado para a sua união e intimidade com Deus. Certamente é isso o que você procura, não é mesmo?!

Contudo, sabemos bem que não basta adquirir o Planejamento Espiritual, rezar alguns dias com ele e de repente esquecê-lo numa gaveta qualquer. É preciso manter-se perseverante porque é o esforço pessoal e a entrega à oração que vão transformar a sua vida e a sua relação com o Senhor.

Mas nós também queremos te ajudar neste caminho, por isso trazemos algumas dicas de como se manter fiel ao seu Planejamento Espiritual. Contudo, antes disso, vamos refletir um pouco sobre a força da oração!

Planejamento Espiritual: um instrumento de oração

O Catecismo ensina que “a oração é a vida do coração novo”, ou seja, daquele que experimentou o amor de Jesus e deseja ser transformado por Ele. E que a oração “deve animar-nos a todo o momento” (Catecismo, 2697).

Orar é falar com Deus! Sim, a oração é uma conversa entre dois amigos, é um “apelo recíproco entre Deus e o homem” (CIC § 2591) e, mais que isso, “é o encontro entre a sede de Deus e a nossa” (CIC §2560).

Logo, a oração nos aproxima de Deus, e é justamente aí que está a sua importância para a nossa vida e espiritualidade. E neste diálogo íntimo com o Senhor, podemos contar tudo a Ele, as nossas dificuldades, as nossas tristezas, as nossas dores, mas também as nossas alegrias. Afinal, como diz a Palavra de Deus: “Em tudo dai graças ao Senhor” (1Ts 5,16-18).

Neste sentido, Santa Teresinha do Menino Jesus já dizia: “Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado para o céu, é um grito de gratidão e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio da alegria”.

Além disso, a oração nos fortalece e nos ajuda a enfrentar as batalhas espirituais e os desafios da vida. E quando se trata de batalhas, todos nós enfrentamos uma a todo momento, não é mesmo? Mais um motivo para não relaxarmos com o Planejamento Espiritual, certo?! Sem contar que a Bíblia também diz que “a oração do justo tem grande eficácia” (Tiago 5,16). 

Dicas para ser fiel ao seu Planejamento Espiritual

Agora que já meditamos sobre o valor e a importância da oração, passamos às dicas práticas que ajudarão na fidelidade ao seu Planejamento Espiritual.

Portanto, tome nota e mantenha-se perseverante!

Dica 1: Peça o auxílio do Espírito Santo

É o Espírito Santo que nos conduz ao Pai e é Dele que recebemos os dons divinos: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus. Além dos frutos de “amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio” (Gálatas 5, 22-23).

É também o Espírito Santo que nos dá disposição para reconhecer Jesus como o Nosso Rei e Senhor, e que fecunda em nós uma vida santa.

Por outro lado, sem o Espírito Santo facilmente vacilamos e nos tornamos como um copo sem água: seco, sem nada a oferecer a nós mesmos, aos outros e a Deus.

Portanto, para perseverar no Planejamento Espiritual, peça sempre a ajuda do Espírito Santo.

Dica 2: Peça a Deus a graça da humildade para seguir o Planejamento Espiritual

O Catecismo nos diz: “A humildade é o fundamento da oração” (Catecismo, 2559). Sendo assim, para conseguir se manter perseverante, é preciso se despir do orgulho e da vontade própria. As palavras devem brotar das profundezas do coração. “Das profundezas a ti clamo, ó Senhor” (Salmo 130).

O Catecismo também diz: “A oração cristã é uma relação de aliança entre Deus e o homem em Cristo. É ação de Deus e do homem; jorra do Espírito Santo e de nós, toda orientada para o Pai, em união com a vontade humana do Filho de Deus feito homem” (Catecismo, 2564).

Dica 3: Defina um local para orar com o Planejamento Espiritual

O Planejamento Espiritual exige comprometimento e, quando nos comprometemos com algo ou alguém, não podemos fazer de qualquer jeito.

Logo, nada de rezar no ônibus, no carro ou onde der. Reze no seu oratório, em casa, e se não tiver um, estabeleça um local da sua casa para ser o seu cantinho de oração.

Mas rezar no ônibus não é válido? Claro que é, mas aqui estamos falando do Planejamento Espiritual e não de uma oração rápida. Uma comparação: a oração rápida é um lanchinho que sacia brevemente, enquanto a oração com o Planejamento Espiritual é uma refeição completa e nutritiva que dá vivacidade à alma. Deu para entender a diferença?

Dica 3: Estabeleça um horário fixo para o Planejamento Espiritual

Para se manter perseverante, é preciso organização. Além disso, você precisa entender que a oração deve fazer parte das tuas prioridades.

Então, defina um horário fixo para você rezar com o Planejamento Espiritual todos os dias. Mas por que fixo, não pode variar? O ideal é que isso não aconteça. Quem nunca se confundiu com os dias da semana? Hoje é terça ou quarta-feira? Então, o que pode acontecer, é: hoje devo rezar em qual horário mesmo, é de manhã ou à noite?

Claro que pode haver exceções devido a imprevistos. Então, nestes casos, procure fazer o seu momento com o Planejamento Espiritual no horário possível, mas no dia seguinte volte a cumprir o horário reservado para isso. Assim fica mais fácil se manter fiel.

Dica 4: Não dê espaço para a falta de vontade

Não é porque desejamos ser fiéis na oração e que compreendemos o seu valor e importância que todos os dias vamos nos sentir dispostos a orar.

É muito comum que o desejo pela oração desapareça do nosso interior, e isso é uma luta espiritual. Contudo, essa luta só pode ser vencida justamente com a oração.

Então, não dê espaço para a preguiça e a falta de vontade e diga a ela que você é mais forte!

Dica 5: Ao fazer seu Planejamento Espiritual, determine um propósito

Não devemos orar por orar, ou então rezar somente porque estamos enfrentando um problema, seja de saúde, financeiro ou por qualquer outro motivo. Se for assim, logo que a solução estiver resolvida tendemos a relaxar e acabar deixando de lado o Planejamento Espiritual.

Portanto, claro que você pode colocar intenções para as tuas orações diárias, mas defina também um propósito. Um propósito é algo que se busca alcançar, e o propósito de todo cristão deve ser a santidade. Mas obviamente você pode determinar outros propósitos também, por exemplo, saber imitar as virtudes de Nossa Senhora.

Enfim, também aqui você pode, e deve, pedir o auxílio do Espírito Santo. Afinal, Ele conhece os desejos de Deus para você e pode ajudar tanto a definir quais devem ser os seus propósitos quanto a alcançá-los.

Ainda não conhece ou não adquiriu o Planejamento Espiritual 2024?

O Planejamento Espiritual é um livro de orações para cada mês do ano a fim de ajudar os católicos a determinarem metas e propósitos para sua vida espiritual, desejando o desenvolvimento e o amadurecimento da fé.

Trata-se de um método desenvolvido pela Irmã Zélia, inicialmente para si mesma, mas depois, por inspiração de Deus, ela resolveu compartilhar com todos.

O Planejamento Espiritual 2024 já foi lançado e já está sendo vendido. Ainda não comprou o seu? Clique no banner e adquira o seu!

Como rezar com a Palavra de Deus

 A Bíblia contém a Palavra de Deus, que é sempre atual e eficaz. Alguém disse: “O que aconteceria se usássemos a Bíblia como usamos o nosso celular?. Se a tivéssemos sempre conosco; se voltássemos quando a esquecemos, se a abríssemos várias vezes por dia; se lêssemos as mensagens de Deus contidas na Bíblia como lemos as mensagens em nosso celular. Claramente a comparação é paradoxal, mas faz refletir”.

Assim se pronunciou o Papa Francisco no primeiro domingo da Quaresma de 2017. E de fato sua mensagem deve nos levar a refletir sobre o quanto damos demasiada importância a coisas supérfluas, quando na verdade é para a Palavra de Deus que devemos dar toda importância.

Mas certamente se você está nesta leitura, é porque deseja ter mais intimidade com a Palavra de Deus e deseja orar com ela. E a nossa intenção é ajudar com isso! Porém, antes de ensinar você a rezar com a Palavra de Deus, vamos saber um pouco mais sobre esse livro sagrado!

Curiosidades sobre a Palavra de Deus

A palavra Bíblia vem do grego biblíon e significa “livros”. Logo, a Palavra de Deus é formada por um conjunto de livros que denominamos Bíblia.

A bíblia católica possui 73 livros, sendo 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. E outra curiosidade: foi em torno do ano 100 depois de Cristo que os judeus definiram os critérios para estabelecer quais são os livros sagrados. Os critérios eram estes: o livro deveria ter sido escrito em hebraico, a “língua sagrada”, no território de Israel e não poderia entrar em contradição com a Lei de Moisés.

Contudo, antes de Cristo, já existia a Bíblia traduzida para o grego, destinada aos judeus que não entendiam o hebraico das Escrituras. Essa Bíblia continha livros escritos em grego mais os livros de Ester e Daniel.

E a Igreja Católica, nos primeiros séculos, precisou decidir-se, diante dessa dualidade, quais livros fariam parte do chamado “cânon” da Bíblia. Logo, depois de realizar diversos Concílios, e, certamente, guiada pelo Espírito Santo, essa decisão foi tomada.

Sendo assim, a Palavra de Deus foi escrita durante um período de aproximadamente 1600 anos. E estima-se que se passaram cerca de 400 anos entre o último livro escrito do Antigo Testamento e o primeiro livro do Novo Testamento.

A Palavra de Deus já foi traduzida para mais de 1500 idiomas e dialetos. E a autoria dos livros sagrados é atribuída a mais de 40 pessoas, sendo que os que mais escreveram foram Moisés e Paulo.

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 O poder da oração dos Salmos
Passo a Passo para rezar com os salmos

A Palavra de Deus é viva, eficaz (Hebreus 4,12)

São João Paulo II disse em uma de suas homilias: “Devemos estar abertos e disponíveis à Palavra de Deus, para fazer que a nossa vida quotidiana — a nível pessoal, familiar e profissional — esteja sempre em perfeita sintonia e em harmoniosa coerência com a mensagem de Jesus, com o ensinamento da Igreja e com os exemplos dos Santos”.

E São Francisco de Assis dizia: “Ler a Sagrada Escritura significa pedir o conselho de Cristo”. Já o Papa Bento XVI afirmou: “A Sagrada Escritura é um diálogo permanente entre Deus e o homem, um diálogo progressivo no qual Deus se mostra cada vez mais perto, no qual podemos conhecer sempre melhor a sua face, a sua voz e o seu ser; e o homem aprende a aceitar que conhece Deus, a falar com Deus”. Por isso é tão importante rezar com a Palavra de Deus.

E neste sentido, a Igreja, como Mãe, nos propõe o método da Lectio Divina, ou seja, da leitura orante da Palavra de Deus como um roteiro de oração.

A Lectio Divina surgiu por volta do ano 1500 e propõe que façamos a leitura, meditação, oração e contemplação da Palavra de Deus, buscando crescer na amizade com Ele. Vamos conhecer então os passos da Lectio Divina.

# Passo 1: a leitura

O primeiro passo para rezar com a Palavra de Deus é escolher um trecho e fazer a leitura. Porém, não é qualquer leitura. Aqui o recomendado é ler e reler muitas vezes o trecho escolhido a fim de assimilá-lo por completo. Mesmo que você já conheça esse trecho bíblico, leia muitas vezes e você vai perceber que a Palavra de Deus é constantemente nova e atual, viva e eficaz, e sempre tem algo novo a dizer. Nesta leitura, procure observar os personagens que fazem parte do texto, o que eles dizem e o que representam.

# Passo 2: a meditação

O segundo passo para rezar com a Palavra de Deus é a meditação. Aqui você deve interiorizar a Palavra. Certamente durante o passo da leitura, alguma palavra ou frase irá chamar mais a atenção, então procure repeti-la em sua mente diversas vezes e procure entender o que Deus está querendo dizer a partir disso. Reflita sobre o que este trecho bíblico diz para a sua vida.

# Passo 3: a oração

Depois da meditação, o terceiro passo é propriamente a oração. Aqui você vai iniciar um diálogo sincero com Deus. Esta oração é a sua resposta a Ele, pedindo que ajude a praticar o que a Palavra trouxe como orientação. Logo, as palavras desse diálogo/oração nascem daquilo que você leu e meditou.

# Passo 3: a contemplação

A contemplação é o último passo da Lectio Divina. Trata-se de permanecer em silêncio, na presença de Deus e saborear aquilo que você experimenta em seu íntimo nesse momento. Pode ser que seja um sentimento de paz ou de profundo amor. Neste momento, é Deus quem age no interior do nosso coração, transformando e renovando nossas forças. Perceba o que Deus quer de você e quais frutos você pode oferecer a Ele com a sua vida.