Copiosa Redenção assume Comunidade Terapêutica no Rio Grande do Sul

Serão 800 km de distância que irão separar Murilo Hilgemberg da sua família e namorada. Murilo sairá de Ponta Grossa, no Paraná, para trabalhar na coordenação administrativa da Comunidade Terapêutica (CT) Fazenda do Senhor Jesus, em Ivorá, no Rio Grande do Sul. A Fazenda do Senhor Jesus, foi assumida no início deste ano pelos Irmãos da Copiosa Redenção.

“Estou muito feliz, pois algo faltava em mim e receber este chamado me completa. Assumo esta missão como um chamado divino, mesmo após ter me desligado da comunidade, sempre a comunidade me atraiu, tenho um carinho e posso dizer que amo muito este Carisma”, testemunha o novo colaborador que também já foi seminarista na Congregação. Ele morou 4 anos na Comunidade de Uvaia, onde os irmãos também realizam o trabalho com dependentes químicos. “Ali pude aprender muito sobre sofrimento, dor, tristeza, raiva que a dependência traz ao indivíduo e a família do dependente, mas também aprendi o que é determinação, coragem, força e perseverança, visto que, eles, os dependentes, nos ensinam muito”, relembra.

Comunidade terapêutica masculina

Murilo chegará na Fazenda no início de fevereiro, enquanto isso Padre Luis Cesar de Oliveira, Superior Geral dos Irmãos da Copiosa Redenção, já está no local para o processo de transição da comunidade que gerenciava a casa para os irmãos da Copiosa.

O convite para assumir o espaço que pertence a Arquidiocese de Santa Maria, veio pelo próprio Arcebispo Dom Leomar Brustolin. Agora, essa será a segunda Comunidade Terapêutica da Copiosa aberta que atenderá dependentes do sexo masculino. De acordo com Pe Luis, a diferença desta Comunidade para a de Uvaia é que os irmãos não irão morar dentro da Comunidade, mas sim na casa de missão na cidade de Santa Maria. Porém, irão trabalhar e capacitar a equipe técnica existente, segundo o Programa de Recuperação da Copiosa Redenção.

A Fazenda tem capacidade para acolher 30 homens na faixa etária de 18 a 59 anos, atualmente possui 23 internos vivendo o processo de recuperação. Porém, Pe Luis destaca que a equipe formada é pequena para atender a demanda. Além de um padre e um irmão da Congregação, a equipe contará com o Murilo, um monitor, assistente social, 2 psicólogos e uma secretária. “Estamos abertos para profissionais que desejam ser voluntários, bem como iremos procurar fazer parcerias com a Universidade Federal da região, para estágios dos alunos”, conta Pe Luis.

A Fazenda do Senhor Jesus

São em torno de 16 alqueires de terra que compõe o território da Fazenda do Senhor Bom Jesus. A iniciativa partiu de um sacerdote diocesano, Padre Olinto Cremonese. Os trabalhos iniciaram quando Dom Ivo Lorscheister era arcebispo de Santa Maria e com o suporte das Irmãs do Amor Divino em 1994.

De acordo com Pe Luis, a Fazenda proporciona que os internos produzam muitos alimentos para consumo próprio, além da horta existe a criação de galinhas, ovelhas, porcos e gado. Ainda existe na Fazenda um lago com peixes, parreral de uvas, serraria e padaria. A estrutura é composta por um pavilhão com salas de atendimento e escritório, a Capela, Cozinha e refeitório, salão de esportes e mais 4 casas, sendo que uma casa é destinada aos funcionários da Fazenda e as demais para os internos em tratamento.

Conheça a Fazenda do Senhor Jesus

Programa Terapêutico da Copiosa Redenção

Uma particularidade do Programa Terapêutico da Copiosa Redenção é a personalização. “Não fazemos um programa de grupo, onde todos irão caminhar no mesmo ritmo. O caminho é individual e personalizado, caminhamos com cada pessoa no ritmo dos passos que ela pode dar”, explica Pe Luis

Por isso, a primeira fase do tratamento não possui um tempo definido para terminar, durando em média de 6 a 12 meses e a fase externa de ressocialização tem a duração mais determinada de 12 meses. “Procuramos olhar toda a realidade da pessoa e procurar ajudá-la em todos os âmbitos em que ela está inserida socialmente, não somente no problema da droga”.

Apesar da Comunidade Terapêutica ser coordenada por religiosos que vivênciam a fé católica dentro do ambiente terapêutico, pessoas de qualquer ou nenhuma religião são acolhidas na CT. “Não exigimos que a pessoa reze ou corresponda a espiritualidade para ser amada e acolhida. A espiritualidade é colocada para ela como um presente, como um dom, assim como Deus se fez dom”, afirma o sacerdote. Segundo ele, desta forma a maioria acolhe a espiritualidade através de uma experiência profunda e madura com Deus e consegue perceber a importância desta vivência no processo de sobriedade dentro e fora da CT.

Amigos da redenção

A Fazenda Terapêutica é afiliada a Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (Febract) e recebe recursos do Governo Federal para acolher os 30 residentes. Entretanto, o valor não custeia todas as despesas, principalmente as extras. De acordo com Padre Luis, devido as fortes chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul no ano passado, o painel da placa de energia solar foi atingido por um raio e não está fucionando desde então. Além disso, os irmãos precisarão consertar o carro da instituição e reformar a cozinha, totalizando mais de R$ 20 mil em gastos extras.

Para isso, os irmãos contam com a benfeitoria daqueles que querem se tornar Amigos da Redenção. Colaborações diretas podem ser feitas também via PIX: 03.129.960/0001-44 (CNPJ).

Imagens: Acervo da Comunidade

Rosa Mística na TV: Comunidade ajuda mulheres a se livrarem de vícios

O trabalho da Comunidade Terapêutica Rosa Mística da Copiosa Redenção foi o tema do primeiro Programa Cidade Entrevista, da cidade de Ponta Grossa (PR). As acolhidas deram entrevista contando o seu testemunho.

Assista a reportagem completa no link abaixo:

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Por que o Tempo Comum tem este nome?

Em nosso cotidiano católico, assim podemos dizer, celebramos e vivemos o Evangelho por meio do Ano Litúrgico. Esse período é dividido em tempos , que duram semanas ou meses e são representados por diferentes núcleos , nos quais somos convidados a refletir sobre os acontecimentos apresentados na Sagrada Escritura.

Desde o primeiro domingo do Advento de 2023 , estamos vivendo em nossa Igreja o ano litúrgico B , que promove a leitura do Evangelho de São Marcos  e relata, com muita riqueza, a presença de Jesus Cristo,  apresentado como Filho de Deus. Suas palavras e atos revelam sua condição divina. Seus milagres atestam que o Reino de Deus chegou.

Ao longo desse tempo, somos convidados a refletir sobre a urgência da mensagem de Cristo. São Marcos nos mostra um Jesus em constante movimento, realizando curas e ensinando multidões. Ele nos desafia a não perder tempo quando se trata de acolher o Reino em nossas vidas. 

Assim, já vivemos o Advento, o Ciclo do Natal, e vamos celebrar a Quaresma, a Páscoa de Nosso Senhor, Pentecostes, Santíssima Trindade e o Corpus Christi . O período restante, sem essas solenidades, chamamos de Tempo Comum , porque a liturgia apresenta neste período a vida pública de Jesus, o cotidiano de sua missão. Este é um tempo de Acolhimento da Palavra de Deus.

Este tempo é dividido em duas partes:

  • A primeira inicia sempre após a Festa do Batismo de Jesus e acaba no dia antes da Quarta-feira de Cinzas;
  • A segunda parte passa a ser vivida na segunda-feira após Pentecostes e vai até o sábado anterior ao 1º Domingo do Advento.

Este período de 34 semanas é o mais longo do Ano Litúrgico , contando a vida de Jesus no dia a dia, sua missão, seus milagres e o discipulado dos apóstolos,  e terminando com a Solenidade de Cristo Rei.

“No Ano Litúrgico, além da comemoração, vivemos na atualidade, no dia-a-dia de nossa vida, todos os aspectos da salvação operada por Cristo. A celebração dos acontecimentos da Salvação é atualizada, tornada presente na vida atual dos batizados”, nos ensina o Cardeal Orani Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro.

Quais são as características deste tempo?

A cor que os celebrantes vestem nesse tempo é o verde , que simboliza a esperança na vinda do reino de Deus. Durante o Tempo Comum, acompanhamos Jesus em sua vida pública e percorrendo Israel até chegar em Jerusalém e ser aclamado como Rei. O uso das flores é comum , diferente do que acontece no Tempo da Quaresma quando elas são retiradas como sinal de penitência.

Oportunidade de caminhar com Cristo

Este período litúrgico é a vida em seu dia a dia. Se pararmos para pensar na vida de Jesus, conseguimos ver que Ele andou muito , conversou com as pessoas, parou ao longo do caminho, se alimentou, descansou e até participou de reuniões como qualquer pessoa.

Então, Cristo teve necessidades, compromissos e responsabilidades, porém com o coração unido ao Pai e à sua missão de anunciar o Reino de Deus para todas as pessoas.

Dessa forma, viver o Tempo Comum é caminhar com o coração unido a Cristo dentro do nosso cotidiano, lembrando que o Senhor fez o seu caminho , abençoou a estrada dos pais, dos filhos, dos idosos e agora somos nós quem percorremos essa estrada com Sua vitória divina.

Portanto, assim como rezamos na Oração Eucarística número 5 nas missas: “Caminhamos na estrada de Jesus” . Fazemos tudo para todos; pratiquemos o Evangelho nas mínimas coisas e vivamos o tempo com suas graças e desafios próprios.

Fonte: Portal A12

Campanha Janeiro Branco alerta para saúde mental e emocional 

Programa visa a prevenir doenças decorrentes do estresse

Criar uma cultura de cuidado emocional, proporcionando informações e apoio para indivíduos, famílias, instituições e comunidades em geral, é a proposta da campanha Janeiro Branco, que visa a alertar para os cuidados com a saúde mental e emocional da população a partir da prevenção de doenças decorrentes do estresse, como ansiedade, depressão e pânico. 

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) lembra que também entram no rol transtornos de humor, esquizofrenia e transtorno bipolar que, muitas vezes, fazem com que as pessoas se tornem impossibilitadas (temporária ou permanentemente) de exercer suas funções laborais. A concessão de benefícios, no entanto, está sujeita a critérios específicos.  

O benefício por incapacidade temporária, antigo auxílio-doença, é concedido a pessoas que estão temporariamente incapacitadas para o trabalho em razão de doença mental. Já o benefício por incapacidade permanente, antiga aposentadoria por invalidez, é concedido a pessoas permanentemente incapacitadas para o trabalho por causa de doença mental. 

Para solicitar o benefício ao INSS, é preciso agendar a perícia médica no aplicativo, no site ou pelo telefone 135. No dia do atendimento, é necessário apresentar documentos médicos (atestados, relatórios, exames) e documentos pessoais. É importante ressaltar que o perito médico é quem irá avaliar se o trabalhador tem direito ao benefício. 

Caso o benefício seja concedido, o trabalhador receberá uma carta de concessão de começa a receber na agência bancária em que o INSS depositar o valor. Após receber o primeiro pagamento, o beneficiário pode alterar a agência bancária de recebimento. 

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Cuidados com a saúde mental 

O INSS destaca que um dos primeiros passos para cuidar da saúde mental é ter cautela com as expectativas. É importante estabelecer metas tangíveis, com prazos mais curtos, ou metas divididas em etapas. Também não é necessário esperar uma época específica, como dezembro ou janeiro, para traçar planos ou avaliar o percurso. 

“Criar metas que impliquem mudanças de vida, rotina ou hábitos, sem o devido planejamento ou sem considerar as possibilidades reais e os recursos necessários, pode torná-las inatingíveis, gerando frustração e, consequentemente sofrimento emocional”. 

O instituto alerta ainda que ter uma atitude de autocobrança exagerada nesta época do ano pode dificultar o reconhecimento dos esforços e conquistas ao longo dos meses subsequentes. “O ideal é que o exercício de auto-observação seja cotidiano e realizado com generosidade e auto-acolhimento”. 

“É natural que os acontecimentos, por vezes, não ocorram como esperado ou que as prioridades mudem no meio do caminho. Nesse caso, é fundamental reconhecer as qualidades, habilidades e recursos internos para lidar com as adversidades e, se necessário, ‘reprogramar a rota’”. 

Outra boa estratégia é manter consciência sobre os sentimentos. “Identificar as emoções é fundamental para fazer mudanças em direção ao bem-estar, já que elas têm a função de comunicar sobre os gostos e necessidades individuais. Assim, ao reconhecer as emoções e o fluxo de pensamentos que as acompanham, é possível determinar de forma mais consciente o modo de agir e lidar com situações diversas”. 

“Dê atenção ao momento presente. Pensar constantemente em coisas que já aconteceram ou poderão acontecer é grande desencadeador de angústia. Portanto, é importante focar nas ações possíveis, naquilo que está no controle e aproveitar as experiências atuais.” 

Fonte: Agência Brasil

Vaticano divulga as intenções de oração do Papa Francisco para 2024

Mensalmente o Pontífice exorta aos fiéis do mundo inteiro para que rezem por uma determinada intenção.

 Rede Mundial de Oração do Papa divulgou a lista de intenções de oração do Santo Padre para cada um dos meses do ano de 2024. O guia serve como um caminho de oração e reflexão ao longo do ano.

Mensalmente o Pontífice exorta aos fiéis do mundo inteiro para que rezem por uma determinada intenção. O pedido do Papa normalmente é acompanhado por um vídeo no qual são apresentadas as razões pelas quais aquela intenção específica foi escolhida.

Celebrando o dom da diversidade na Igreja, no mês de janeiro Francisco pede orações “para que o Espírito Santo ajude a reconhecer o dom dos diferentes carismas nas comunidades cristãs e a descobrir a riqueza das diferentes tradições rituais no seio da Igreja Católica”.

Já em fevereiro, o pontífice convida os católicos para que rezem pelos doentes terminais e suas famílias, para que possam sempre receber os cuidados e o acompanhamento necessários, tanto do ponto de vista médico como humano.

O mês de março será dedicado a rezar pelos novos mártires, “para que aqueles que em várias partes do mundo arriscam as suas vidas pelo Evangelho contagiem a Igreja com a sua coragem e o seu impulso missionário”.

A intenção de oração do Papa para o mês de abril é pelas mulheres, para que “sejam reconhecidas em cada cultura a dignidade das mulheres e a sua riqueza, e cessem as discriminações de que são vítimas em várias partes do mundo”.

Em maio, Francisco convida os fiéis a rezarem pela formação de religiosas, religiosos e seminaristas, para que “cresçam na sua caminhada vocacional através de uma formação humana, pastoral, espiritual e comunitária, que os leve a serem testemunhas credíveis do Evangelho”.

No mês de junho, as orações devem se voltar aos “migrantes que fogem da guerra ou da fome, forçados a viagens cheias de perigo e violência”, para que eles “encontrem acolhimento e novas oportunidades de vida nos Países que os recebem”.

A pastoral dos enfermos é recordada no mês de julho. O Papa exorta “para que o sacramento da unção dos doentes dê àqueles que o recebem e aos que lhes são mais próximos a força do Senhor, e se torne cada vez mais para todos um sinal visível de compaixão e esperança”.

Em agosto, o Santo Padre convida os fiéis a rezarem pelos líderes políticos, para que “estejam ao serviço do seu povo, trabalhando pelo desenvolvimento humano integral e pelo bem comum, cuidando daqueles que perderam o emprego e dando prioridade aos mais pobres”.

Para o mês de setembro, o Pontífice exorta “para que cada um de nós escute com o coração o grito da Terra e das vítimas das catástrofes naturais e das mudanças climáticas, comprometendo-nos pessoalmente a cuidar do mundo que habitamos”.

Já em outubro, Francisco faz um convite aos católicos para que rezem pela Igreja, para que “continue apoiando por todos os meios um estilo de vida sinodal, sob o signo da corresponsabilidade, promovendo a participação, a comunhão e a missão compartilhada entre sacerdotes, religiosos e leigos”.

Novembro é o mês dedicado às orações nas intenções dos “pais que choram a morte de um filho ou filha”, para que “encontrem apoio na comunidade e obtenham do Espírito consolador a paz do coração”.

Por fim, no mês de dezembro, o Papa Francisco pede orações para “que este Jubileu nos fortaleça na Fé, nos ajude a reconhecer Cristo ressuscitado no meio das nossas vidas e nos transforme em peregrinos da esperança cristã”. (EPC)

Fonte e imagem: GaudiumPress

Irmãos promovem virada de ano em Adoração ao Santíssimo Sacramento

No próximo dia 31 de dezembro os Irmãos da Copiosa Redenção promovem o tradicional evento da Virada de Ano em Adoração ao Santíssimo Sacramento, na chácara de Uvaia (PR).

A programação inicia com a Santa Missa, às 20h00, jantar e por volta das 23h30 inicia a Adoração a Jesus Eucarístico. “O Carisma da Copiosa Redenção é a Adoração ao Santíssimo Sacramento. Cremos que iniciar o ano na presença do Senhor, bem como agradecer o ano que passou é a melhor maneira de se passar uma Virada. Estar diante de Jesus Sacramentado é a certeza de que muitas bençãos são derramadas pela graça de Deus”, garante Irmão Diogo.

Os religiosos esperam cerca de 250 pessoas para Missa, Jantar e Adoração. Os ingressos para o jantar estão disponíveis para venda, o valor por pessoa é de R$ 50,00.

Garanta o seu ingresso pelo WhatsApp, clicando AQUI!

Como chegar:

Comunidade Padre Wilton Moraes Lopes / Chácara de Uvaia – Ponta Grossa/PR
BR 373 Km 186,2 – Conchas Velhas

Festas de final de ano: fique atento aos dias de preceito

Disposição de datas permite diferentes combinações de participação nas celebrações dos domingos e das Solenidades do Natal e de Santa Maria, Mãe de Deus

Com a aproximação do fim do ano, os fiéis católicos se preparam para participar das celebrações ligadas a este tempo, como o Natal, em 25 de dezembro, e Santa Maria, Mãe de Deus, em 1º de janeiro. Contudo, o ano de 2023 carrega uma particularidade na forma como cada um poderá participar da liturgia, por conta dos dias da semana.

Membro do clero da diocese de Lorena (SP), o padre Rafael Beck lembra que, nos 10 mandamentos, a Igreja convida todos a guardarem os domingos e festas. Ele cita também o Código de Direito Canônico, que registra a obrigatoriedade do cumprimento de domingos e dias de festa no Cânon 1247. “Ou seja, além das missas dominicais, os católicos devem observar e santificar outras datas festivas e solenes, contempladas no calendário litúrgico, como o Natal do Senhor, por exemplo”, explica.

Celebrações na véspera

O Código de Direito Canônico indica também, no Cânon 1248, que para cumprir o preceito, deve-se participar da celebração no dia festivo ou na tarde do dia anterior. Desta forma, as Missas celebradas a partir da tarde de sábado já contam com a liturgia do domingo, por exemplo, ampliando as possibilidades de participação dos fiéis.

Da mesma maneira, as Solenidades como o Natal e Santa Maria, Mãe de Deus, podem ter suas vésperas celebradas no dia antecedente. Neste ano, contudo, há uma particularidade: ambas as Solenidades cairão em uma segunda-feira.

Isso significa que a véspera do Natal e a véspera da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, serão celebradas no domingo. Mas, se o domingo tem o seu próprio preceito e sua própria liturgia, como os fiéis poderão conciliar todas as celebrações deste tempo?

O padre Rafael Beck explica que as Missas a partir da tarde de sábado, 23, e na manhã de domingo, 24, serão do 4º domingo do Advento. Já as Missas a partir da tarde de domingo, 24 (antes ou depois das primeiras vésperas), e na segunda-feira, 25, serão do Natal do Senhor, com seus quatro formulários: Missa da Vigília, Missa da Noite (conhecida também como Missa do Galo), Missa da Aurora e Missa do Dia.

“Os católicos, para cumprirem o preceito, que extrapola o sentido jurídico de obrigação, mas realmente possui um sentido espiritual profundo, devem participar de ao menos duas Missas: do 4º domingo do Advento e do Natal do Senhor”, afirma o sacerdote.

Possíveis combinações

Sendo assim, o fiel poderá, de acordo com suas possibilidades, combinar sua participação nas duas liturgias. É possível, por exemplo, participar de duas Missas no domingo, desde que sejam contempladas as duas liturgias; ou participar no sábado, 23, à noite da Missa ligada ao preceito do 4º domingo do Advento, e na segunda-feira, 25, da celebração relacionada ao preceito do Natal.

“Embora o Natal seja uma data de encontros e reencontros com familiares e amigos, temos a possibilidade de viver tudo isso sem deixar de priorizar a reunião litúrgica na qual, enquanto comunidade cristã, proclamamos a primazia de Cristo em nossa existência”, exprime o padre Rafael Beck.

Da mesma forma, na virada do ano, os fiéis precisarão conciliar os preceitos do domingo, 31 de dezembro – em que será celebrada a Festa da Sagrada Família –, e da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, celebrada na segunda-feira, 1º de janeiro. Sendo assim, o preceito dominical pode ser cumprido a partir da tarde de sábado, 30, e na manhã de domingo, 31, enquanto a participação na liturgia solene pode ser garantida a partir da tarde do domingo, 31, e na segunda-feira, 1º de janeiro.

Confira, no infográfico a seguir, a distribuição das celebrações ao longo dos dias e horários:

Notícia via Portal Canção Nova

A Igreja e a bênção dos casais em situação irregular e do mesmo sexo

Na última segunda-feira (18), o Dicastério para a Doutrina da fé publicou um documento que fala sobre a bênção de casais em situação irregular e de parceiros do mesmo sexo. A notícia colocou em ebulição todo o orbe católico, inflamado pelas manchetes sensacionalistas, que procuram tirar audiência do assunto. Diante disso, fizemos uma entrevista com o Pe. Dr. José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco, doutor em Teologia Moral.

Aleteia: Padre, o Documento publicado hoje tem causado reações polarizadas, qual seria, afinal, a finalidade desse tipo de pronunciamento do Magistério em si?

Pe. José Eduardo: Como o próprio Card. Fernández, Prefeito do Dicastério, salientou logo na introdução, o documento é apresentado sob a tipologia de Declaração, que é o tipo mais simples de documentos magisteriais. Diferentemente de uma Instrução, que teria caráter mais normativo, uma Declaração é apenas uma manifestação do Magistério acerca de um tema controverso, mas não com a força de uma definição.

Aleteia: Qual seria o objetivo dessa Declaração?

Pe. José Eduardo: Como o próprio nome indica, “Fiducia supplicans”, “a Confiança Suplicante” com a qual o povo de Deus pede aos seus ministros, especialmente os sacerdotes, uma oração, uma invocação, uma bênção, uma ajuda para uma situação de suas vidas é o tema de fundo do texto, que pretende responder se esse tipo de auxílio pode ser dado a pessoas que não estão em condições moralmente regulares.

Aleteia: Então, o documento não altera a doutrina da Igreja em relação ao matrimônio?

Pe. José Eduardo: De modo algum, se lermos atentamente o texto do documento, e não as notícias veiculadas pela mídia, veremos que o Dicastério para a Doutrina da Fé faz exatamente o contrário: “trata-se de evitar reconhecer-se como matrimônio algo que não o é”, pois o matrimônio é “uma união exclusiva, estável e indissolúvel entre um homem e uma mulher, naturalmente aberta à geração de filhos”… “Esta convicção é fundada sobre a perene doutrina católica do matrimônio. Somente neste contexto as relações sexuais encontram o seu sentido natural, adequado e plenamente humano. A doutrina da Igreja, sob esse ponto, permanece firme” (n. 4).

O n. 4 do documento é claro e contundente, chegando a dizer que “são inadmissíveis ritos e orações que possam criar confusão entre aquilo que é constitutivo do matrimônio”. Portanto, não há nisso nenhuma ambiguidade. Pelo contrário, o Magistério apenas reafirma a sua posição perene.

Aleteia: Isso significa que o documento não traz nenhuma novidade?

Pe. José Eduardo: A Declaração apresenta uma evolução na compreensão teológica das “bênçãos” e, neste sentido, abre uma nova perspectiva. Sem excluir que uma bênção nunca “pode oferecer uma forma de legitimação moral a uma união que se presuma um matrimônio ou a uma práxis sexual extramatrimonial”, o documento afirma que “se deve evitar o risco de reduzir o sentido das bênçãos apenas a este ponto de vista, porque nos levaria a pretender, para uma simples bênção, as mesmas condições morais que se requerem para a recepção dos sacramentos” (nn. 11-12). Deste modo, o Dicastério deixa claro que está excluída qualquer concepção sacramental (matrimônio, confissão, eucaristia etc) relativamente a esses casos. Em outras palavras, é doutrina comum da Igreja que uma pessoa em pecado grave possa receber uma bênção.

Aleteia: Mas abençoar uma pessoa que está claramente em pecado grave não pode ser um escândalo para os outros fiéis? E isso não seria espiritualmente inútil?

Pe. José Eduardo: O Documento concretiza as circunstâncias em que tais “bênçãos” possam eventualmente acontecer: nunca dentro de uma celebração litúrgica, nunca dentro ou no contexto da celebração de algum sacramento (n. 24), nunca com um formulário litúrgico (nn. 32 e 35), sempre de forma privada (n. 40), sob o juízo cautelar do sacerdote ad casum (n.40), e sempre como uma oração espontânea pelos que pedem a bênção (n. 33), acompanhada de uma súplica para que façam a vontade de Deus (n. 20) e como meio de lhes pregar o querigma, a fim de que se convertam (n. 44).

A Declaração, ainda, afirma que “esta bênção nunca será dada no contexto de ritos de união civil e outros que estejam relacionais com esses. Nem com as vestes nupciais, os gestos ou as palavras próprios de um matrimônio. O mesmo vale quando a bênção é solicitada por uma dupla do mesmo sexo” (n. 39).

Em outras palavras, a Declaração apenas diz que nós, padres, em situações muito restritivas, podemos rezar por pessoais que estejam nessa situação. E isso, francamente, não me parece uma grande novidade. A novidade se dá na explicitação do alcance não litúrgico de uma simples bênção.

Aleteia: Mas, estando essas pessoas em pecado mortal, a tal bênção não seria inútil?

Pe. José Eduardo: A Igreja sempre ensinou que aqueles que estão em pecado mortal não estão em estado de graça habitual, mas podem receber aquilo que chamamos de graça atual, ou seja, um impulso sobrenatural que dispõe o homem ao arrependimento, à conversão e à recuperação da graça santificante. Neste sentido, rezamos pela conversão dos pecadores e podemos dar-lhes a bênção como um estímulo a que se aproximem mais do Senhor (Catecismo da Igreja Católica, n. 2000).

Aleteia: Portanto, a Igreja não estaria aprovando essas uniões nem incentivando as pessoas a assumir um estilo de vida contraditório com o matrimônio?

Pe. José Eduardo: Exatamente. Trata-se, na verdade, do contrário: a Igreja estende o seu braço materno na direção de todos os homens, fazendo o máximo que pode ser feito sem ferir os mandamentos de Deus. Não podendo dar os sacramentos nem podendo confirmar as escolhas intrinsecamente ilícitas dos seus filhos, a Igreja intercede por eles, invocando a bênção divina para que possam progredir no seu processo de conversão.

Aleteia: Esse documento tem a aprovação do Papa Francisco?

Pe. José Eduardo: Sim. Pertence aos documentos publicados ex audientia Sanctissimi, ou seja, são documentos do magistério papal, embora não sejam emanados diretamente por ele.

Aleteia: Como um fiel que vive a castidade pode entender que a Igreja abençoe pessoas que estão vivendo em situação oposta à que eles vivem, às vezes com muito sacrifício?

Pe. José Eduardo: A Declaração cita, no n. 27, um lindo texto do Santo Padre, em que ele faz uma breve teologia da bênção. Ali, ele afirma, no fundo, que Deus não desiste de nós, ainda quando estamos em pecado. Essa atitude é muito afinada com a eclesiologia do Papa Francisco, em que a Igreja sai ao encontro dos homens e das mulheres que estão do lado de fora, procurando cativá-los para que, progressivamente, adiram ao Evangelho. Creio que qualquer pessoa que esteja lutando para viver a conversão diária possa facilmente entender que outros precisem de um impulso para chegar ao seu mesmo nível de formação da consciência, ao seu mesmo comprometimento com a vida moral cristã.

Entrevista publicada originalmente no Portal Aleteia

Comunidade Terapêutica Rosa Mística comemora 27 anos de acolhimento a mulheres com dependência química

“Eu entendi que vale a pena a sobriedade, vale a pena ser feliz. Eu passei na Comunidade Terapêutica Rosa Mística por 1 ano e 3 meses e sou muito grata a minha recuperação”, testemunha Célia Maria Pereira, em sobriedade há 13 anos. Esse é um breve testemunho de uma das acolhidas da Comunidade Terapêutica Rosa Mística ao longo de 27 anos de história.

O trabalho da Comunidade Terapêutica (CT) Rosa Mística iniciou no dia 16 dezembro de 1996, em Ponta Grossa (PR). Atualmente a casa, que tem vaga para 37 mulheres, está com 23 acolhidas. Destas, oito são mães com seus bebês, além de uma gestante com previsão para o bebê nascer em janeiro.

Tratamento

O Programa Terapêutico da Copiosa Redenção para as acolhidas na Rosa Mística, tem duração de doze meses, com metas claras de mudança do estilo de vida e reestruturação da identidade.

A metodologia do Programa prevê a atestação da evolução clínica da acolhida através do progresso em um sistema de fases:

  • fase de adaptação;
  • fase de interiorização;
  • fase de reinserção social.

“Compreender a dependência química significa acolher ou admitir que ela faz parte da vida da pessoa e que, como toda doença crônica, ela comporta alterações no estilo de vida e a necessidade de desenvolver estratégias de adaptação às suas exigências”, explica Irmã Fabiane Maria Klein, diretora da CT Rosa Mística há 10 anos.

Maternidade

As mulheres que são gestantes ou mães são acolhidas na Comunidade Terapêutica juntamente com seus filhos. Muitos bebês também sofrem com a depência química devido ao uso de substâncias da mãe durante a gestação. Com isso, existe todo um trabalho de desenvolvimento cognitivo, motor e emocional para minimizar os prejuízos causados pelos entorpecentes.

Além disso, é realizado todo o trabalho de desenvolvimento da maternidade, amamentação, vínculo mãe – bebê, introdução alimentar, estimulação à fala e à motricidade. Acompanhamento de pré-natal, vacinas, puericultura e demais encaminhamentos necessários do serviço social, bolsa família, leite da criança etc. E quando a mãe entre na fase de reinserção, a Comunidade auxilia na inscrição da criança na creche ou escola.

Seja um Amigo da Redenção

A CT é particular, mas também possui vagas sociais em parceria com a Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa, com o Departamento de Entidades de Apoio e Acolhimento Atuantes em Álcool e Drogas (DEPAD) e com o Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e combate à fome, do Governo Federal.

Entretanto, as necessidades são muitas e a casa precisa e acolhe doações extras de alimentos como carne, frutas, verduras, leite, óleo, material de limpeza. Atualmente também estão em campanha de arrecadação para a reforma dos telhados da casa, que possui muitas goteiras.

Se você deseja colaborar com esse Programa que atende tantas mulheres e crianças, você pode fazer uma colaboração específica via Pix (adm.rosamistica@gmail.com), depósito ou transferência bancária para a Conta Corrente 367-4/ Agência 1757/ Op. 003 – Pia União das Irmãs da Copiosa Redenção.

Mas você também pode ser um benfeitor fixo desta e de outras Comunidades terapêuticas se tornando um Amigo da Redenção. Faça seu cadastro AQUI e doe mensalmente conforme puder. A sua generosidade contribuirá para que mais mulheres recebam tratamento.

Papa Francisco encerra ciclo de catequeses sobre a Paixão pela Evangelização

Na última quarta-feira (13/12), na Audiência Geral, realizada na Sala Paulo VI, o Papa Francisco comentou o milagre de Jesus, que restaura a fala e a audição a um surdo-mudo, concluindo a sequência das suas meditações sobre a paixão pela evangelização. É a trigésima catequese sobre o tema.

 “Ora, apresentaram-lhe um surdo-mudo, rogando-lhe que lhe impusesse a mão. Jesus tomou-o à parte dentre o povo, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e tocou-lhe a língua com saliva. E levantou os olhos ao céu, deu um suspiro e disse-lhe: “Éfeta!”, que quer dizer “abre-te!” No mesmo instante, os ouvidos se lhe abriram, a prisão da língua se lhe desfez e ele falava perfeitamente (Mc 7,33-35)”.

O Papa lembrou que na Bíblia a mudez e a surdez indicam “fechamento aos chamados de Deus”; existe uma surdez física, mas que “na Bíblia quem é surdo à Palavra de Deus é mudo, porque não comunica a Palavra de Deus”.

O convite do Mestre para abrir-se é dirigido aos seus discípulos em aramaico, mas repete-o aos discípulos de todos os tempos, e também a cada um de nós “que recebemos a effatá do Espírito no Batismo”.

“Abre-te”, diz Jesus a cada crente e à sua Igreja: abre-te porque a mensagem do Evangelho precisa de ti para ser testemunhada e anunciada! E isto também nos faz pensar na atitude do cristão: o cristão deve estar aberto à Palavra de Deus e ao serviço do próximo. Os cristãos fechados sempre terminam mal, porque não são cristãos, são ideólogos, ideólogos do fechamento. O cristão deve estar aberto ao anúncio da Palavra, ao acolhimento dos irmãos. E, por isso, este ‘effatá’, essa ‘abre-te’, é um convite a todos nós”, disse o Pontífice.

Depois de recordar que o Evangelho estende a vocação missionária a cada cristão, o Papa convidou-nos a perguntar-nos: “amo verdadeiramente o Senhor, a ponto de o querer anunciar? Desejo tornar-me sua testemunha ou contento-me com ser seu discípulo? Tomo a peito as pessoas que encontro, levo-as a Jesus na oração? Desejo fazer algo para que a alegria do Evangelho, que transformou a minha vida, torne a vida deles mais bela?”

Confira a Cateque na íntegra AQUI.

Com informações Vatican.va e Gaudium Press