Como restaurar o seu casamento à luz da fé

O casamento, sacramento instituído por Deus, é um chamado à santidade, à felicidade e à construção de um amor duradouro. No entanto, como toda relação humana, o matrimônio está sujeito a desafios e crises e pode enfrentar tempestades. Mas não se desespere! A fé nos oferece uma bússola e um farol para guiar os casais em busca da restauração. Além disso, a oração e a disposição para mudar podem ser poderosas ferramentas para restaurar o amor e reconstruir um casamento sólido e duradouro

O casamento: uma rosa a ser cultivada

A fé em Deus nos proporciona uma perspectiva única sobre o casamento. O Catecismo da Igreja Católica nos lembra que o matrimônio é uma comunidade de vida e de amor constituída pelo homem e pela mulher, unidos pelo sacramento do matrimônio (cf. nº 1601). É um caminho de santificação mútua, onde o amor conjugal se torna um reflexo do amor de Cristo pela Igreja. É um dom precioso que exige cuidado e cultivo constantes. Como uma planta, o amor matrimonial precisa ser regado com atenção, carinho e palavras de afeto.

Ao reconhecer o casamento como um dom sagrado, compreendemos que os desafios que enfrentamos não são o fim. Mas, sim, oportunidades para aprofundar nossa fé e fortalecer nosso amor. Logo, a oração nos conecta com a fonte do próprio Amor e nos permite encontrar a força para perdoar, amar e sermos amados.

A importância da mudança para restaurar o casamento

A restauração do casamento muitas vezes exige uma profunda mudança de hábitos e comportamentos. Portanto, é preciso estar disposto a reconhecer as próprias falhas, a pedir e a dar perdão e a buscar a reconciliação.

Neste sentido, é importante não ter medo de mudar e de começar de novo. O Papa Francisco nos recorda que a própria Palavra de Deus está repleta de histórias de amor e de crises familiares. E por isso a Palavra deve ser companheira das famílias que estão em crise ou imersas em tribulações. Isso porque ela tem a capacidade de nos mostrar “a meta do caminho, quando Deus ‘enxugar todas as lágrimas dos seus olhos, e não haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor’ (Ap 21, 4)” (Amoris Laetitia, 22).  

O Perdão: a chave para a libertação

O perdão é um ato de amor que liberta tanto aquele que perdoa quanto aquele que é perdoado. Sendo assim, é fundamental para a cura das feridas e para a reconstrução da confiança.

Jesus nos ensinou a importância do perdão incondicional e ilimitado neste seu diálogo com o apóstolo Pedro: “Senhor, quantas vezes devo per­doar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?”. Respondeu Jesus: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18,21-22).

O poder da Oração no casamento

A oração também é uma arma poderosa para restaurar o casamento. Ao recorrer a Deus, encontramos conforto, esperança e a força para enfrentar as dificuldades.

Mais do que isso, a oração é a nossa conversa íntima com Deus. E, ao orar juntos, o casal tem a oportunidade de experimentar a força da unidade e do Amor divino. E, desse modo, a oração ajuda o casal a superar as dificuldades, a encontrar a paz interior e a fortalecer a fé em Deus. Portanto, como diz o autor bíblico: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Is 55,6).

Então, enquanto suplica a Deus pelo seu casamento, peça ao Espírito Santo que renove o amor em seu coração. E mais, que conceda ao casal sabedoria para resolver os conflitos, guiando vocês por um caminho de reconciliação e felicidade.

No entanto, marido e mulher são convidados não apenas a rezar pelo seu matrimônio, mas também pelos filhos, para que todos possam viver em unidade e amor.

Família: o bem precioso da humanidade

A família é a célula fundamental da sociedade e o lugar onde se aprende a amar. Ela é o um santuário da vida e do amor, onde os valores morais e espirituais são transmitidos de geração em geração.

Logo, o Papa São João Paulo II, na Encíclica Familiaris Consortio, nos recorda que o matrimônio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade. Portanto, ressalta: “Queridos por Deus com a própria criação, o matrimônio e a família estão interiormente ordenados a complementarem-se em Cristo”.

Desse modo, São João Paulo II destaca que toda família tem necessidade da Graça de Deus. E isso para que os cônjuges possam ser “curados das feridas do pecado e conduzidos ao seu ‘princípio’, isto é, ao conhecimento pleno e à realização integral do desígnio de Deus” (Familiaris Consortio, 3) em suas vidas.

Contudo, ao buscar a restauração do casamento, é importante envolver a família e a comunidade eclesial. O apoio e a intercessão dos outros podem ser de grande ajuda nesse processo.

Restaurar o casamento: dicas práticas

Certamente você já compreendeu que a restauração do casamento exige uma mudança profunda em nossos hábitos e comportamentos. Mas talvez esteja se perguntando: como isso é possível? Então, separamos algumas dicas simples e práticas que podem te ajudar, acompanhe!

  • Comunique-se de forma aberta e honesta: A comunicação é o alicerce de qualquer relacionamento e mais ainda quando se trata do casamento. Portanto, é preciso aprender a expressar nossos sentimentos, necessidades e expectativas de forma clara e respeitosa, sempre evitando acusações e julgamentos.
  • Cultive a intimidade: A intimidade não se limita ao aspecto físico, mas abrange a esfera emocional, espiritual e intelectual. Mas é preciso dedicar tempo para se conhecerem melhor, compartilhar sonhos e projetos, e fortalecer a conexão espiritual.
  • Perdoar: O perdão é essencial para a cura e a reconciliação. Logo, perdoar não significa aceitar o erro, mas sim liberar o outro e a si mesmo do peso do ressentimento.
  • Busque ajuda profissional: Um terapeuta de casais pode oferecer ferramentas e estratégias para superar os desafios e construir um relacionamento mais saudável.

Enfim, restaurar um casamento é uma jornada desafiadora, mas também profundamente gratificante. Logo, ao confiar em Deus, mudar nossos hábitos, perdoar e buscar ajuda, podemos reconstruir o amor para ser mais forte e duradouro.

Então, lembre-se: o casamento é um dom precioso que merece ser cuidado e cultivado todos os dias. E aproveite para assistir as pregações da Irmã Zélia sobre oração e casamento.

Mulher, reze em seu lar e converta sua família (PARTE 1)

Mulher, reze em seu lar e converta sua família (PARTE 2)

3 sinais de que o seu casamento está em crise

Casamento em crise é tão comum quanto os próprios casamentos. Isso porque estima-se que todo casal, em algum momento da vida, passa por momentos críticos em sua relação. Logo, isso demonstra que essa é uma realidade que afeta pessoas de diferentes realidades e contextos.

Contudo, as causas das crises conjugais são complexas e variadas. E elas são como tempestades: agitam as águas calmas da rotina e podem gerar medo e insegurança. Mas, assim como as tempestades purificam o ar e trazem a chuva necessária para a terra, as crises também podem fortalecer o amor e a união entre um casal.

Logo, é importante reconhecer os sinais de um casamento em crise a fim de fazer algo para reverter a situação. Portanto, abaixo, você encontrará três indicadores importantes, acompanhados de dicas práticas para superar esses desafios e construir um relacionamento ainda mais forte e maduro. Acompanhe!

1º sinal de um casamento em crise: comunicação deficiente

A comunicação é a base de qualquer relacionamento saudável. Logo, quando os esposos não se comunicam de forma eficaz, surgem mal-entendidos, ressentimentos, mágoas e frustrações. E tudo isso contribuiu para um casamento em crise.

  • Sinais de uma comunicação deficiente: dificuldade em se expressar abertamente, discussões frequentes, falta de diálogo construtivo, conversas superficiais e evasivas.
  • Dica para reverter esta situação: reservem um tempo para conversar de forma honesta e respeitosa, sem interrupções ou julgamentos. Escutem com atenção um ao outro e busquem entender as necessidades e sentimentos de cada um.

2º sinal de um casamento em crise: distanciamento emocional

O distanciamento emocional no casamento é um problema sério, que pode levar ao desgaste da relação e até mesmo ao fim do relacionamento. E isso é caracterizado por uma diminuição da conexão emocional entre os parceiros, o que pode se manifestar de diversas maneiras, como:

  • Sinais de um distanciamento emocional: falta de interesse em atividades conjuntas, diminuição do afeto e da intimidade física, redução das demonstrações de carinho, como abraços, beijos e palavras de amor e sentimento de solidão mesmo na presença do outro.
  • Dica para reverter esta situação: invistam no tempo de qualidade juntos, resgatando hobbies e atividades que vocês apreciam em comum. Além disso, procurem demonstrar afeto um ao outro com palavras e gestos carinhosos, como provavelmente acontecia no início do relacionamento. E busquem se conectar emocionalmente através de conversas profundas e escuta atenta e participativa, o que recria a proximidade.

3º sinal de um casamento em crise: rotina monótona

A rotina monótona no casamento é um problema comum que pode afetar a felicidade e a conexão entre os esposos. Logo, é caracterizada por uma repetição constante de atividades e comportamentos, o que pode levar ao tédio, ao desinteresse e à falta de entusiasmo na relação. Então, observe:

  • Sinais de uma rotina monótona: perda do interesse em realizar atividades juntos, como sair para jantar, viajar ou fazer hobbies em comum. A sensação de que a vida a dois está estagnada. Desmotivação para realizar atividades juntos e realizar as tarefas diárias sem entusiasmo ou interesse, como se estivesse em um modo automático.
  • Dica para reverter esta situação: quebrem a rotina! Experimentem novas atividades juntos, explorem novos lugares e hobbies. Busquem criar novas memórias e experiências que fortaleçam a união e o entusiasmo no relacionamento. E aqui vale usar da criatividade, pois explorar novos lugares costuma gastar muito dinheiro, mas não precisa ser assim. Atividades ao ar livre, como um piquenique no parque, pode ser divertido e custar pouco.

A fé como aliada na superação da crise

A fé em Deus e a vivência da religiosidade podem ser ferramentas poderosas para superar as crises conjugais. Logo, a oração em família, a intercessão um pelo outro e a participação nos sacramentos como a Eucaristia podem fortalecer a união. Tudo isso auxilia a trazer esperança e paz e inspirar o casal a buscar o perdão, a reconciliação e o crescimento mútuo.

Portanto, lembre-se: as crises conjugais são oportunidades de crescimento e aprendizado. Logo, enfrentá-las juntos, com diálogo honesto, amor, empatia e fé, pode fortalecer o seu casamento e construir uma relação ainda mais profunda e significativa.

Dicas extras

  • Busquem ajuda profissional de um terapeuta familiar ou de um sacerdote. Isso pode ser extremamente útil para ajudar o casal a lidar com os desafios da crise conjugal.
  • Participar de grupos de apoio para casais também pode ser uma fonte de aprendizado, troca de experiências e fortalecimento da fé.
  • Na sua paróquia, procurem se engajar na Pastoral Familiar. Isso é excelente opção para recordar na própria vida a sacralidade da família e fortalecer o desejo de santificação do lar.
  • Procurem ler livros e artigos sobre relacionamento. Isso também pode trazer insights valiosos para superar as dificuldades e construir um casamento mais feliz e duradouro.

Enfim, acredite no poder do amor, da fé e do compromisso para superar qualquer obstáculo. Com perseverança, diálogo e união, você e seu cônjuge podem transformar a crise em uma oportunidade de fortalecer o amor e construir um futuro ainda mais feliz juntos.

Aproveite para ler:

Como perdoar?

Irmã Zélia lança Planejamento Espiritual para Crianças

A Irmã Zélia Garcia, com 25 anos de dedicação à vida religiosa, acaba de lançar o tão aguardado Planejamento Espiritual para Crianças. A iniciativa é fruto de décadas de trabalho missionário, durante as quais ela observou de perto os impactos profundos que os retiros espirituais têm nas vidas das crianças.

Em seu depoimento, a irmã compartilhou: “Ao longo dos anos de missão, tive a graça de enxergar os frutos dos retiros, que são as crianças. Creio que isso me motivou a fazer o Planejamento Espiritual das Crianças. Tenho muitos testemunhos de crianças que cresceram rezando e se aprofundaram na intimidade com Jesus. Nestes meus 25 anos de profissão religiosa, deixo este presente para vocês pais e acredito que, através de sua fidelidade, poderão evangelizar outras crianças.”

Conheça o Planejamento Espiritual para crianças

O Planejamento Espiritual para Crianças foi desenvolvido como um recurso para guiar os pequenos na jornada de fé desde cedo, ajudando-os a cultivar uma relação profunda com Jesus.

Segundo a Irmã Zélia, a oração tem o poder de transformar vidas, e ela espera que, através deste planejamento, muitas outras crianças poderão experimentar essa transformação. “Deus o abençoe. Estarei todos os dias rezando por você e pedindo ao céu graças especiais,” conclui Irmã Zélia, reforçando seu compromisso com a evangelização das novas gerações.

O livro contém 36 páginas, onde estão distribuídas a “oração da criança”, “oração para o primeiro dia do ano”, orações, metas e exercícios espirituais para cada mês do ano. Além do livro especial para as crianças, a loja virtual da Copiosa Redenção também disponibilizou um kit com o planejamento para adultos, para as crianças e o postal de Santa Teresinha do Menino Jesus, a santa de devoção do Planejamento em 2025.

CLIQUE AQUI para conhecer o Kit do Planejamento Espiritual 2025

O lançamento desse planejamento marca uma nova etapa na missão da irmã, oferecendo um presente valioso para as famílias que desejam nutrir a fé de seus filhos desde a infância.

A missão do leigo na igreja

Chamados a ser Sal da Terra e Luz do Mundo, essa é a missão indispensável do leigo na vida da Igreja!

E o mês de agosto para a igreja é dedicado às vocações. Sendo que, anualmente, no quarto domingo do mês, dentro do Tempo Comum, em um dia especial para a Igreja, comemora-se a vocação dos leigos.

Contudo, mais do que uma mera comemoração, este domingo serve como um poderoso chamado à ação. Mais que isso, é um convite para que cada fiel batizado reflita sobre sua missão fundamental na construção do Reino de Deus.

Quem são os Leigos na Igreja Católica?

Engana-se quem pensa que a Igreja se resume apenas a sacerdotes, freiras e monges. Na verdade, a maioria dos membros da comunidade cristã é composta por leigos, homens e mulheres que, batizados em Cristo, são chamados a viver sua fé no mundo secular.

Ou seja, os leigos são a grande maioria dos fiéis da Igreja Católica e, embora não sejam clérigos, eles têm uma missão fundamental na Igreja e no mundo. E como já citamos, o leigo é chamado a ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14), levando a mensagem de Cristo a todos os ambientes da sociedade.

Batizados em Cristo, compartilhando da Sua missão

O batismo não é apenas um rito de passagem, mas sim um evento transformador que configura o cristão em Cristo Sacerdote, Profeta e Rei. E isso significa que, mesmo não sendo ordenados sacerdotes, os leigos participam da tripla missão de Cristo sendo chamados a:

Ser sacerdotes: oferecer a Deus seus próprios sacrifícios espirituais, através da oração, adoração, participação ativa na liturgia e testemunho de vida cristã.

Ser profetas: anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo ao mundo, seja através da palavra, seja pelo exemplo. E isso se concretiza na catequese, evangelização, defesa da fé e promoção da justiça social.

Ser reis: servir a Cristo como reis, construindo o Reino de Deus na terra. Logo, isso se manifesta no exercício da caridade, na luta pela justiça e na promoção da paz.

Leigo: uma missão ampla e diversa

Na família: construir lares acolhedores e amorosos, onde os valores do Evangelho sejam vividos e transmitidos às novas gerações. A Igreja convida o leigo a tornar o seu lar uma Igreja Doméstica, onde os membros da família se reúnem para aprofundar a fé em Jesus Cristo através da oração, da leitura da Bíblia, na prática do amor, do perdão, da caridade e dando testemunho de fé.

Trabalho: o trabalho, além de ser um meio de prover o sustento, é também uma oportunidade de servir ao próximo e construir o Reino de Deus. Logo, o leigo na Igreja Católica tem a missão de dar bom testemunho em seu ambiente de trabalho, iluminando-o com a luz de Cristo. Portanto, é dever do leigo ser honesto, justo e ético em sua profissão, buscando sempre o bem comum.

Comunidade: o leigo é chamado a participar ativamente da vida da comunidade, se engajando nas diversas pastorais ou movimentos. Além disso, pode ser voluntário em ações sociais, realizar visitas a orfanatos, aos doentes, aos presidiários, levando o conforto da Palavra e o amor misericordioso de Jesus.

Política: engajar-se na política para construir uma sociedade mais justa e fraterna, inspirada pelos princípios da Doutrina Social da Igreja é também uma missão que o leigo pode abraçar. Dessa forma, é convidado a participar de debates e fóruns políticos, lutando contra a corrupção, a desigualdade social e a pobreza. Além disso, defendendo os direitos humanos e o meio ambiente – obra da Criação Divina.

Cultura: levar a mensagem do Evangelho ao mundo da cultura, através da arte, da música, da literatura e da comunicação. Além disso, o leigo deve incentivar o promover a produção de obras culturais que refletem os valores do Evangelho, usando a cultura como ferramenta de evangelização e promoção da fé.

Documentos da Igreja que reforçam a Vocação dos Leigos

Ao longo da história, a Igreja Católica tem dedicado grande atenção à vocação e missão dos leigos. Sendo assim, diversos documentos foram publicados ao longo do tempo, reconhecendo sua importância e oferecendo diretrizes para o seu pleno exercício. E entre eles estão:

Concílio Vaticano II: a Constituição Dogmática Lumen Gentium reconhece a dignidade e a missão dos leigos na Igreja (cf. LG 31-38).

Exortação Apostólica Christifideles Laici: o Papa João Paulo II dedica este documento à vocação e missão dos leigos no mundo contemporâneo.

Documento de Aparecida: a Conferência de Aparecida destaca a importância da participação dos leigos na evangelização e na missionariedade. E sobre isso afirma:  “Necessitamos nos fazer discípulos dóceis, para aprender d’Ele, em seu seguimento, a dignidade e a plenitude de vida. E necessitamos, ao mesmo tempo, que o zelo missionário nos consuma para levar ao coração da cultura de nosso tempo aquele sentido unitário e completo da vida humana que nem a ciência, nem a política, nem a economia nem os meios de comunicação poderão proporcionar”.

Um chamado à Santidade no cotidiano

A missão do leigo não se resume a tarefas específicas ou cargos nas pastorais e movimentos. Mas trata-se também de um chamado à santidade no dia a dia, de transformar cada momento e ação em um testemunho do amor de Deus para todos.

É ao viverem sua fé com autenticidade e entusiasmo que os leigos se tornam sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14), transformando realidades e construindo um mundo novo, mais justo, fraterno e permeado pela luz do Evangelho.

Portanto, o quarto domingo do mês vocacional, em agosto, é um convite à celebração e à reflexão. É um dia para que cada leigo se reconheça como parte ativa e essencial da Igreja, com uma missão única e insubstituível.

Que esta reflexão seja um impulso para que todos os batizados assumam com entusiasmo sua vocação e contribuam para a construção do Reino de Deus.

Você sabia que a Copiosa Redenção tem Leigos Consagrados? Descubra AQUI!

Dom Bruno toma posse como novo bispo de Ponta Grossa (PR)

Um momento nunca antes vivido na Diocese. Em 98 anos de história, os diocesanos jamais tinham acompanhado a passagem do pastoreio de um bispo para outro. A Santa Missa com Rito de Tomada de Posse Canônica de Dom Bruno Elizeu Versari como sexto bispo da Diocese de Ponta Grossa aconteceu às 10 horas de sábado (10), na Catedral Sant’Ana.

Um momento importante também para a Copiosa Redenção, visto que a Congregação é de direito diocesano reconhecida na diocese de Ponta Grossa, cidade aonde foi fundada em 1989.

Ao receber das mãos de Dom Sergio Arthur Braschi o báculo e tomar posse da cátedra do bispo, Dom Bruno foi considerado oficialmente o novo bispo. “Em primeiro lugar quero agradecer imensamente a Dom Sergio que por 21 anos esteve à frente, como um bom pastor, conduzindo o Povo de Deus desta Diocese. Muito obrigada, Dom Sergio! Deus o conserve com saúde para, na medida do possível, continue servindo ao Senhor e sendo um farol na missão evangelizadora”, destacou o novo bispo, em suas primeiras palavras.     

O arcebispo metropolitano de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, presidiu o Rito de Posse, e o novo bispo, a Santa Missa. Entre os concelebrantes principais, o administrador apostólico, Dom Sergio Arthur Braschi. Acompanharam a celebração, Murilo Sebastião Ramos Krieger, terceiro bispo de Ponta Grossa (1991-1997), hoje bispo emérito de São Salvador (BA), e de outros 16 arcebispos/ bispos – dentre eles o presidente do Regional Sul 2, Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina – e do abade do Mosteiro da Ressurreição, Dom André Martins.

Dom Bruno se dirigiu a todos eles, agradecendo a presença e também às irmãs (os), cunhadas (os), sobrinhos, autoridades, veículos de comunicação e aos paroquianos das diferentes comunidades de Campo Mourão, que vieram. “Só tenho a agradecer às pessoas de Campo Mourão, aonde vivi por sete anos meu ministério episcopal”, destacou, fazendo referência aos padres, diáconos, religiosos e seminaristas. A prefeita Elizabeth Schimidt recebeu uma deferência especial e, por meio desse cumprimento, Dom Bruno saudou prefeitos, vereadores, deputados e demais representantes de poderes constituídos.  

“Nestes dais, estamos acompanhando as Olimpíadas de Paris. Uma das modalidades marcantes pelo espírito de equipe no atletismo, é a corrida do bastão. O primeiro corre, dá o melhor de si, passa o bastão para o outro, que também corre, dá o melhor de si, passa o bastão para o outro e assim até a meta final. O resultado é fruto do esforço da equipe”, comparou o bispo. Ao lembrando o centenário que a Diocese está prestes a comemorar, Dom Bruno fez memória aos bispos que estiveram à frente dele na missão evangelizadora, citando um por um dos epíscopes de Ponta Grossa.

Celebração     

Como primeiro ato de posse, Dom Bruno Elizeu Versari foi recebido e acolhido pelo pároco da catedral e pelos presbíteros membros do colégio de consultores, junto à porta principal da igreja. Padre Antonio Ivan de Campos lhe entregou a cruz do Senhor. A cruz era a do primeiro bispo de Ponta Grossa, Dom Antônio Mazzarotto. O bispo eleito aspergiu com a água benta a si e aos que se encontram próximos, recordando o compromisso batismal do cristão. Em seguida, Dom Bruno se dirigiu ao sacrário para um momento de oração pessoal. Ele foi acompanhado por Dom Sergio Arthur e por Dom Peruzzo.  

O ato de posse canônica foi manifestado por meio da leitura da Bula Papal diante dos presbíteros membros do Colégio de Consultores, da entrega do báculo, símbolo do pastoreio, e da cátedra, lugar de onde o bispo presidirá o governo pastoral da diocese. O báculo, insígnia usada pelos bispos, foi entregue a Dom Bruno pelas mãos de Dom Sergio Arthur Braschi. O báculo também pertenceu Dom Antonio e manifesta a sucessão apostólica. Depois, houve a apresentação e leitura das letras apostólicas pelo chanceler da Diocese, padre Athanagildo Vaz Neto.  

Dom José Antônio Peruzzo e Dom Sergio Arthur conduziram o novo bispo à cátedra de Ponta Grossa e lhe entregam o báculo pastoral. Na sequência, Dom Bruno recebeu a saudação dos presbíteros membros do Colégio de Consultores, dos representantes dos diáconos, de alguns religiosos e leigos.

Bispos     

Estiveram em Ponta Grossa para a posse canônica os arcebispos de Londrina, Dom Geremias Steinmetz, e de Maringá, Severino Clasen, e Anuar Battisti (emérito); e os bispos Reginei José Modolo (auxiliar de Curitiba), Dom Celso Antônio Marchiori (São José dos Pinhais), Dom Edmar Peron (Paranaguá), Dom Walter Jorge Pinto (União da Vitória), Amilton Manuel da Silva (Guarapuava), Mário Spaki (Paranavaí), Marcos José dos Santos (Cornélio Procópio), Antôno Braz Benevente (Jacarezinho), Aparecido Donizete de Souza (auxiliar de Cascavel), Edgar Xavier Ert (Palmas/Francisco Beltrão), João Carlos Seneme (Toledo) e Meron Mazur (Prudentópolis).

Com informações e imagem: Diocese de Ponta Grossa

Planejamento Espiritual 2025: ano dedicado a Santa Teresinha

O Planejamento Espiritual 2025 foi lançado em live da Irmã Zélia com a cantora Adriana Arydes. Durante o lançamento, Irmã Zélia, anunciou que a santa que irá interceder por aqueles que fizerem o Planejamento no próximo ano será Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face.

Para Irmã Zélia, Santa Teresinha é uma grande amiga e intercessora de sua vocação. “Em 2025 eu completo 25 anos de vida religiosa, e foi por meio de Santa Teresinha que minha vocação foi confirmada, por isso não poderia deixar de homenagear ela nesse ano jubilar para mim. Além dissso, também vamos completar ano que vem 20 anos de realização do retiro de Santa Teresinha em Presidente Prudente (SP), uma grande benção”, destaca a religiosa.

Kit devocional

Para favorecer que o Planejamento Espiritual chegue na casa dos fiéis a tempo de 2025 começar, as vendas do livro começaram mais cedo neste ano. Somente na Loja Virtual da Copiosa Redenção você irá encontrar o kit devocional do livro do Planejamento Espiritual + cartão postal de Santa Teresinha.

O kit é exclusivo e também com edição limitada, por isso aproveite para adquirir logo o seu!

Planejamento Espiritual: o que é e como utilizar no seu dia a dia

Conheça esse precioso auxílio para o crescimento na intimidade com Deus escrito todos os anos pela irmã Zélia

Em meados de 2011, Deus começou a inspirar a Irmã Zélia, religiosa da Copiosa Redenção, com amplo apostolado de cura e libertação pelo Brasil e pelo mundo, a um caminho de planejamento espiritual. Estava surgindo o Planejamento Espiritual. 

Se nos preocupamos em planejar nosso trabalho, nossos estudos, vida financeira, viagens e demais realidades, por que não precisaríamos planejar a vida de oração?

Em meio a correria da rotina cotidiana, sobretudo das famílias, escola, atividades profissionais, aniversários, festas, demandas, crises, tudo pode tirar a família da centralidade que é Deus. Mas, se estabelecer um planejamento, com datas e horários pré-estabelecidos, é mais difícil cair no esquecimento ou perder a prioridade. 

Deus precisa ser o centro das nossas vidas, das nossas ações, e dos nossos planejamentos. Quando dou a Ele o lugar de Rei e Senhor da minha vida, todas as outras coisas se encaminham de modo seguro e abençoado. 

Crescimento na intimidade com Deus 

As Sagradas Escrituras possui diversos trechos, com inúmeros personagens bíblicos que testemunharam uma vida de oração desde antes da Encarnação de Jesus Cristo. 

Já no livro do Gênesis, vemos uma passagem no qual o autor sagrado relata o diálogo de intimidade de Adão e o Criador. O primeiro homem tinha uma relação tão próxima com o Pai que distinguia os passos de Deus que vinha caminhar e ter com ele no jardim. 

Oração é isso: intimidade, relação, diálogo. Possuir intimidade com Deus é possuir uma rotina que gira em torno do seu encontro diário com Ele, em um diálogo de amizade, como dizia a grande Mestra da vida espiritual, Santa Teresa de Jesus. 

Os patriarcas e profetas de Deus, reis de Israel e demais homens e mulheres da história Bíblica dão testemunho de uma vida de oração. O próprio livro dos salmos está repleto de orações erguidas pelo povo de Deus por séculos. 

O próprio Jesus, o Filho de Deus, buscava momentos de deserto e solidão para, em diálogo íntimo com o Pai, manter uma vida de oração e comunhão com a Vontade Divina. 

“Feitas muitas vezes na solidão, no segredo, a oração de Jesus implica uma adesão amorosa à vontade do Pai até a cruz e uma confiança absoluta de ser ouvido. Jesus ensina seus discípulos a orar com um coração purificado, uma fé viva, e perseverante, uma audácia filial.”.

(Catecismo da Igreja Católica 2620-2621)

O que é Planejamento Espiritual?

“O Planejamento Espiritual foi desenvolvido a partir da minha vivência diária tanto na Copiosa Redenção, como nas missões que realizo e nos meus momentos com o Senhor”, diz Irmã Zélia 

Há mais de 10 anos, a Irmã Zélia tem desenvolvido um método próprio de planejamento espiritual para sua vida pessoal. Inspirada por Deus, iniciou o compartilhamento desse material, com objetivo de favorecer o crescimento na vida de oração dos seus filhos e filhas espirituais. 

Com uma didática clara e sistemática, a irmã Zélia direciona práticas de oração e devoção para cada dia do ano, para o mês, nas principais festas e celebrações litúrgicas que vão desde a vivência sacramental, até o diálogo íntimo e diário com o Senhor. 

Você também conta com direcionamentos de filmes e livros espirituais que favorecerão esse caminho de oração. O ano começa com orações específicas para meia noite do primeiro dia do ano, sendo conduzido a consagrá-lo a Deus. 

A agenda de missão da Irmã Zélia fica disponibilizada no planejamento e as datas do Cerco do Rosário para que você possa vivenciar, na unidade da intercessão, esses momentos fortes de ação de Deus. 

Em unidade com a Igreja 

Uma das grandes preocupações da Irmã Zélia ao elaborar todo o Planejamento é mantê-lo em comunhão com a Doutrina da Igreja, sua Tradição e a espiritualidade do Carisma Copiosa Redenção. 

Como dito, todo material é fruto da sua própria vivência pessoal, missionária e comunitária. 

O próprio catecismo da Igreja motiva as práticas devocionais e espirituais como vias seguras de santificação. 

“É preciso se lembrar de Deus com mais frequência do que se respira.’ Mas não se pode orar ‘sempre’, se não se reza em certos momentos, por decisão própria: são os tempos fortes da oração cristã, em intensidade e duração.”.

(CIC 2697)

As orações dispostas no Planejamento nascem nos principais manuais de espiritualidade e das biografias de beatos e santos reconhecidos pela Igreja. Orações que estiveram nos lábios de homens e mulheres de Deus que, por séculos, buscaram ardorosamente uma vida de intimidade com o Senhor. 

Conheça mais da autora Irmã Zélia – uma missionária da Redenção do Senhor

 

Como utilizar o Planejamento Espiritual no cotidiano 

A rotina dos participantes do Planejamento Espiritual da irmã Zélia tem uma programação diária para cada mês, com as Orações de revestimento. São orações que devem ser realizadas antes de todas as orações de metas. O (a) fiel pode optar por rezar apenas uma delas antes de iniciar as orações do dia.

As orações de meta são específicas para cada mês, que tem como objetivo fortalecer a vontade e a súplica a Deus pelas metas escolhidas no planejamento. Um exemplo são os direcionamentos do mês de maio: 

  • ORAÇÃO DE META
  • Escolher um horário, fidelizá-lo e rezar o Rosário (4 terços) acompanhado da Ladainha de Nossa Senhora por 31 dias;
  • Rezar, no dia 22 de maio, a oração de Santa Rita

Ao término de cada mês, você conta com um espaço para anotações das inspirações que o Espírito Santo foi lhe dando ao longo do mês. 

Para os casados e com filhos, você pode realizar com as crianças o Planejamento Espiritual infantil. Com orações mais curtas e adaptadas para o mundo infantil, os meninos e meninas poderão vivenciar essa experiência rica com seus pais. 

Principais desafios para ser fiel

Tal qual às dinâmicas da vida humana, a vida de oração também possui altos e baixos. É comum que comecemos o ano com inúmeras metas e objetivos e com o passar do tempo vamos esmorecendo e caindo na infidelidade e na inconstância. 

Vale a pena lembrar que a constância é um atributo unicamente Divino. Só Deus é o constante, aquele que permanece imutável em meio a tudo que acontece. Uns mais outros menos, o caminho do ser humano na vida interior e de santidade será sempre um caminho de recomeço. 

“Santo não é aquele que nunca cai, mas aquele que recomeça sempre.”

São João Paulo II

Ter um planejamento espiritual é um instrumento forte contra as nossas infidelidades, pois nos motiva a caminhar, inclusive unidos em oração uns pelos outros. 

A oração também precisa estar atrelada à sua vida, seja nos momentos de Cruz ou de ressurreição. Há pessoas que só rezam na provação, enquanto há aquelas que só conseguem rezar quando tudo anda bem. 

Jesus nos ensina a rezar em todas as circunstâncias, pois nada nos separará do amor de Deus. Por isso, em meio aos desafios, os membros do Planejamento Espiritual são motivados a pedir oração aos demais irmãos e retomar o caminho de onde parou, sempre. 

O reconhecimento dos pecados e a retomada da caminhada são indispensáveis para viver a fidelidade. Ser fiel não é cumprir as práticas irrepreensivelmente, mas ter a confiança de que, mesmo nas nossas fraquezas e limites, Deus nos ama e nos quer na sua Presença. 

Mais do que orações, uma vida de oração

Algo que precisa ficar claro é que o Planejamento espiritual não é um manual de orações, mas um instrumento de transformação de vida. Os santos e a tradição da Igreja nos revelam que o Senhor não quer de nós palavras abundantes, mas uma vida imersa na sua Presença. 

O ritmo da vida de quem faz o Planejamento Espiritual deixa de ser o ativismo e passa a ser a confiança e o abandono à Providência Divina que cuida dos seus amados, mesmo enquanto dormem (Sl 126, 2). 

Não é a quantidade de Rosários que determinará o derramamento da graça sobre sua vida, mas a busca de amar a Deus em todas as situações, reconhecendo-O como Senhor e Rei de sua vida. 

Onde encontro o Planejamento Espiritual

Anualmente, o Planejamento Espiritual entra em vigor sempre no último trimestre do ano, já em preparação para o ano seguinte. Com ampla divulgação no site, nas redes sociais e nos eventos por onde Irmã Zélia passa. 

O livro está sempre disponível na loja da Copiosa Redenção podendo ser facilmente adquirido, sendo enviado para a residência dos interessados. 

Toda a renda arrecadada com a venda do curso e dos livros do Planejamento Espiritual é destinada às obras de evangelização e recuperação de dependentes químicos nas comunidades da Copiosa Redenção. Atualmente, são 6 casas de recuperação e inúmeros eventos e meios de anúncio do Evangelho promovido pela Congregação. 

Acesse agora mesmo nossa Loja e encontre esse e outros produtos que podem colaborar com sua espiritualidade. 

Por que as freiras e os irmãos da Copiosa usam hábito

Grande parte das comunidades religiosas adotam o hábito como norma, quando o assunto é a vestimenta dos membros. E com a Congregação da Copiosa Redenção, não é diferente!

As vestes são o símbolo externo de pertença a Deus. Mas não existe uma, mas vários modelos e cores de vestes para distinguir os milhares de religiosos e religiosas em todo o mundo.

Contudo, hoje, é sobre o hábito das freiras e dos irmãos da Copiosa Redenção que vamos aprender!

Como foi criado o hábito da Copiosa Redenção

Existem duas versões que fundamentam as raízes históricas do hábito das religiosas da Copiosa Redenção que se complementam.

O padre Wilton de Moraes, ao planejar a fundação da Congregação, já pensava também em como deveria ser o hábito que as suas religiosas usariam. Então, quando recebeu a visita da Irmã Maria Moreira da Motta Santos, que na época era professora, ela vestia-se com uma saia azul e uma camisa branca. Dessa forma, ele contou que certa vez, em um retiro, essa foi a inspiração que ele teve para definir as vestes religiosas. Logo, essa professora viúva foi uma das primeiras candidatas a entrar para a Congregação.

Leia também: O que é uma vocação adulta?

A outra versão sustenta ou acrescenta que as cores do hábito das religiosas da Copiosa Redenção são azul e branco por causa das vestes de Nossa Senhora Imaculada Conceição.

O que é plenamente justificável porque a Congregação Copiosa Redenção foi fundada em 8 de dezembro de 1989 – no dia da Imaculada.

Além disso, o padre Wilton nos seus últimos tempos de vida, com sua saúde já bem debilitada, teve uma crise de choro. E ele dizia a então Madre Superiora da Congregação que não era para as Irmãs deixarem de usar o hábito por nada. E ele repetia isso constantemente.

Quanto aos irmãos da Copiosa Redenção, o padre Wilton fundou em 1997. Logo, o hábito dos irmãos religiosos é obrigatório e segue as mesmas cores das religiosas: o azul e o branco.

Além disso, assim como as irmãs, também os irmãos devem estar com o hábito nos momentos de orações comunitárias na Capela e nas Adorações Eucarísticas.

Aproveite para ler também: Como ser um padre da Copiosa Redenção?

O que o hábito representa para os irmãos e irmãs da Copiosa Redenção

Segundo as Constituições da Congregação da Copiosa Redenção:

  •  O “hábito tem um significado de uma liberdade sempre mais profunda diante de Deus e do mundo”;
  • É “sinal de consagração total a Deus”;
  • É “uma profecia evangélica neste mundo marcado pela imagem do corpo, pelo sexo, pela moda e pelo dinheiro”;
  • O hábito da Congregação “é sinal de pertença”, e identifica o religioso ou religiosa no mundo com o Carisma e o Trabalho Pastoral da Congregação;
  • “Representa em si mesmo um sinal de pobreza, mas não de miséria ou deleixo”.

O hábito e as etapas formativas das irmãs na Congregação

Ainda segundo as constituições e estatutos, as irmãs usam o hábito próprio da Congregação, observando a sua unidade. E quando for necessário adotar alguma diversidade em razão de clima ou das regiões de Missão, caberá ao Conselho Geral determinar a devida adaptação.

Logo, um candidato ou candidata à vida religiosa na Copiosa Redenção, ao iniciar seu processo formativo, também passa a usar o hábito, sendo que cada etapa possui suas características. Então vejamos!

Aspirantado e o hábito religioso

Fase de adaptação que favorece o conhecimento da vida religiosa.

Hábito próprio: saia azul marinho, camisa branca e colete azul marinho ou branco, calçado preto e a medalha de Nossa Senhora Maria Mãe da Divina Graça. Nas solenidades, usa-se somente o branco (colete ou blusa).

Postulantado e sua veste

Divide-se em duas fases: Identificação e Internalização.

Hábito próprio: saia cinza, camisa branca e colete cinza ou branco, calçado preto e a medalha de Maria Mãe da Divina Graça. Nas solenidades usa-se somente o branco (colete ou blusa).

O hábito para o Noviciado

Compreende duas fases: Fase da Configuração (Noviciado Canônico) e Fase de Inserção Apostólica.

Hábito próprio: saia cinza, camisa branca, colete cinza ou branco, véu branco, calçado preto e a Medalha de Maria Mãe da Divina Graça. Nas solenidades usa-se somente o branco (colete ou blusa), usa-se o hábito oficial.

Juniorato: etapa em que a religiosa recebe a cruz

Etapa que compreende 3 fases: Fase da Imersão, Fase da Individuação, Fase da Revitalização.

Hábito próprio: saia azul royal, camisa branca, colete azul ou branco, véu branco, calçado preto e a Cruz de Cristo Sacerdote. Nas solenidades usa-se somente o branco (colete ou blusa), usa-se o hábito oficial.

Contudo, no dia da profissão temporária, a irmã receberá a cruz tradicional da Congregação. A cruz escolhida para fazer parte do hábito possui uma relação importante com a teologia de São João. É o Cristo crucificado, mas não despojado de suas vestes. A Carta aos Hebreus nos apresenta Cristo Sacerdote e Pontífice, ponte que liga a terra ao céu (Hb 8). Ao mesmo tempo, a cruz apresenta Cristo Eucarístico: oferta e sacerdote, aquele que oferece a si mesmo como vítima de expiação dos pecados (Hb 10).

Sendo assim, possui duas dimensões do Mistério da Fé: a crucificação e a ressurreição. Mostra o brilho de Cristo ressuscitado através do brilho da cruz. E pode-se, através dela, contemplar a ressurreição. Sobre Ele está também a presença do Espírito Santo, por obra do qual o milagre Eucarístico acontece. E há ainda uma coroa real sobre Jesus, não uma coroa de espinhos, o que nos remete à realeza da qual somos revestidos através do Batismo. Cristo Rei e Sacerdote, que nos faz, pelo Batismo, participar de sua realidade Divina.

Irmãs professas e o seu hábito

As irmãs que já emitiram os votos perpétuos também têm hábito próprio, que consiste em: saia azul royal, camisa branca, colete azul ou branco, véu branco, calçado preto, a Cruz de Cristo Sacerdote e a aliança. Nas solenidades usa-se somente o branco (colete ou blusa), usa-se o hábito oficial.

No dia da profissão perpétua, a irmã recebe a aliança tradicional da Congregação. E como parte do hábito, a aliança tem seu sentido mais profundo no amor esponsal da Igreja por seu Esposo Jesus Cristo, como afirma o texto do Apocalipse: “Vem, vou mostrar-te a Esposa, a mulher do Cordeiro” (Ap 21,20).  Logo, o amor esponsal é um sinal da união mística entre a pessoa e Cristo. E assim a aliança se torna símbolo da profunda intimidade entre Cristo e sua Igreja, e entre Ele e cada uma das irmãs. A aliança tradicional da Congregação traz em relevo os cachos de uva, que simbolizam, conforme descrição do fundador Pe. Wilton, a irmã como uva que será amassada para que o Eterno Sacerdote celebre a única Missa da sua vida, no dia da sua chegada ao céu.

Tire um tempinho para ler: Como ser uma freira na Copiosa Redenção

O hábito para os irmãos na Copiosa Redenção

Semelhante ao caminho das irmãs, os irmãos também passam por um longo tempo formativo até se tornarem sacerdotes.

Logo, essas etapas compreendem: o Aspirantado, o Postulantado, o Noviciado, o Juniorato e, por fim, a Ordenação Sacerdotal.

E é no último ano de Postulando que o jovem se prepara para receber o hábito religioso.

Enfim…

O hábito também serve como marca distintiva da Copiosa Redenção, unindo seus membros sob um mesmo ideal e missão. É um símbolo de comunhão com a comunidade e com a tradição da Congregação.

Como ser um padre da Copiosa Redenção?

A vocação sacerdotal  é um chamado de Deus. O padre da Copiosa Redenção é, portanto, um vocacionado. Desse modo, é Jesus quem escolhe o rumo dos seus, pois assim como diz em João 15,16: “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda.” 

Ser um sacerdote requer muito discernimento e preparação. Além disso, o sacerdócio é um peso imponderável da Redenção, onde se há felicidade pessoal e eterna do homem para seus irmãos.

Portanto, um padre da Copiosa Redenção passa por algumas etapas, antes de chegar ao sacramento do sacerdócio, são eles:

Aspirantado

É o ano inicial em que o vocacionado conhece a comunidade e se torna conhecido por ela. Por isso, recebe as formações necessárias sobre como se ter uma boa vida comunitária, de fé e costumes religiosos. Portanto, o jovem permanecesse por 1 ano ou – se julgar necessário – no máximo 2 anos.

Postulantado

Além dos estudos acadêmicos de filosofia, esses jovens passam por formações próprias da Congregação, que são formações humanas, espirituais e aprendem o trabalho com os dependentes químicos, além da adoração ao Santíssimo Sacramento. O vocacionado permanecesse nesta etapa por quatro anos. No último ano de Postulando, o jovem se prepara para receber o hábito religioso, onde dali parte para a Itália e realiza o ano canônico de noviciado.

Noviciado do padre da Copiosa Redenção

Neste período o vocacionado segue para a cidade de Mossomelli, na Itália, onde faz sua experiência vocacional. No segundo ano, volta ao Brasil para a cidade de Presidente Médici, em Rondônia. É nesta cidade que acontece o conhecimento da vida pastoral. No final deste processo, faz os votos de pobreza, castidade e obediência, seguindo a regra de vida da comunidade.

Juniorato

No Juniorato, o religioso recém professado deve viver as promessas simples que são renovadas anualmente e fazer os estudos teológicos para poder chegar ao sacerdócio. Se for a vocação do religioso e a intenção da comunidade, esse pode se tornar sacerdote. Por fim vem a ordenação diaconal e depois sacerdotal.

Qual o significado do hábito religioso?

Ao longo dos milênios, o hábito religioso permeou a história da humanidade, moldando culturas, crenças e valores. E desde os primórdios das civilizações, a busca por significado e conexão com algo maior, tem moldado diversas práticas e tradições que continuarão a influenciar a vida de milhões de pessoas em todo o mundo.

Mas qual o verdadeiro significado do hábito no contexto da vida religiosa? E o que o torna tão relevante? Neste blog post, embarcaremos em uma jornada para desvendar o mistério do hábito religioso, explorando seus diversos aspectos e seu impacto na vida religiosa.

E, então, você está preparado? Não deixe de ler até o fim!

Aspectos fundamentais do hábito religioso

No cerne da experiência religiosa, encontramos fé e crença, elementos que servem como base para a construção de uma visão de mundo e um modo de vida. Logo, através de ritos e práticas, a fé se manifesta de forma tangível, conectando o indivíduo com o transcendente e com a sua comunidade religiosa.

É justamente o senso de comunidade e pertencimento, um aspecto fundamental do hábito religioso. E no ambiente religioso, compartilhar com outros indivíduos crenças, valores e até mesmo o uso do hábito gera laços de apoio mútuo, conforto e identidade. Dessa forma, através da fé, as pessoas encontram um grupo com o qual se identificam e se sentem acolhidas.

Portanto, na busca por significado e propósito, a religião oferece respostas a questionamentos existenciais sobre a vida, a morte, o universo e nosso lugar nele. Logo, a religião fornece um norte, uma estrutura que ajuda a vida consagrada a navegar pelas complexidades da vida e encontrar sentido em suas experiências.

O hábito religioso na vida religiosa

A veste religiosa transcende a mera vestimenta; representa um sinal visível da profunda jornada espiritual empreendida por homens e mulheres que dedicam suas vidas à fé.

Logo, na vida religiosa, o hábito assume um papel multifacetado, entrelaçando-se com os pilares da vida consagrada: fé, comunidade e transformação. Vamos entender isso melhor!

#Um sinal de consagração e fé

O hábito religioso é, antes de tudo, um símbolo de consagração, uma marca externa que proclama a entrega total de si mesmo a Deus (cf. Código de Direito Canônico 669). Sendo assim, ao vestir o hábito, o religioso ou religiosa se despoja da identidade secular e abraça uma nova vida, pautada pelos valores evangélicos e pela obediência aos votos de pobreza, castidade e obediência.

#Hábito religioso: comunhão e identidade

Mais do que um mero símbolo individual, o hábito religioso também representa a comunhão com a comunidade à qual o religioso pertence. Logo, ele é considerado como um emblema da identidade de um determinado instituto religioso, unindo seus membros sob um mesmo ideal e missão.

#Testemunho de pobreza

O hábito religioso, em sua simplicidade e modéstia, torna-se um testemunho vivo da pobreza evangélica, um lembrete constante do desapego aos bens materiais e da adesão a uma vida austera e despojada. É um chamado à humildade, à compaixão e à solidariedade com os mais necessitados.

#Diversidade e tradição no hábito religioso

A Igreja Católica reconhece a riqueza da diversidade no que se refere ao hábito religioso das diferentes Ordens e Congregações religiosas. E cada hábito possui suas cores, seus simbolismos e sua história, que refletem a espiritualidade e a tradição específica de cada instituto.

Além disso, dentro do mesmo Instituto ou Congregação, as cores do hábito religioso podem mudar a fim de identificar a etapa de formação em que o religioso ou religiosa se encontra.

#Hábito religioso: adaptação e discernimento

Embora o uso do hábito seja obrigatório para religiosos e religiosas dentro da maioria das Ordens e Congregações religiosas, a Igreja também reconhece a importância da adaptação em situações excepcionais.

Neste sentido, a Igreja afirma: “O hábito religioso, como sinal de consagração, seja simples e modesto, simultaneamente pobre e condigno”. Além disso, “consentâneo com as exigências da saúde e acomodado às condições de tempo e lugar e às necessidades do ministério. O hábito, masculino ou feminino, que não estiver em harmonia com estas normas, deve ser mudado” (Decreto Perfectae Caritatis, sobre a conveniente renovação da vida religiosa).

 Logo, o discernimento e o bom senso devem nortear as decisões sobre o uso do hábito em cada contexto.

#Hábito religioso: um selo de identidade

O hábito religioso também se torna um selo de identidade, um símbolo que o distingue no mundo secular e o conecta a uma comunidade de fé. É um lembrete constante da vocação à qual ele foi chamado e da missão que deve cumprir no mundo.

Hábito religioso: mais do que aparência

É fundamental ressaltar que o hábito religioso não possui um valor mágico ou intrínseco. Sua importância reside no testemunho de vida que o acompanha. Ou seja, o verdadeiro significado do hábito reside na coerência entre a vestimenta externa e a vida interior do religioso, marcada pela fé, pelo compromisso com os valores evangélicos e pela entrega à missão da comunidade.

O hábito religioso não apenas simboliza a consagração, mas também funciona como um lembrete constante da jornada de transformação pela qual o religioso ou religiosa passa. E ao vestir o hábito, ele ou ela se compromete a perseguir a santidade, a desenvolver suas virtudes e a buscar uma vida cada vez mais próxima de Deus.

O Concílio de Trento afirma: “Embora o hábito não faça o monge, é necessário que os clérigos sempre usem uma veste adequada à sua própria Ordem”. Ou seja, ainda que o hábito religioso não seja a causa da vida religiosa, ele ajuda o religioso ou religiosa a tornarem-se quem são na vida da Igreja.

Enfim…

As normas sobre o uso do hábito religioso podem variar de acordo com cada instituto religioso.

E o mais importante é que o hábito seja usado com discernimento, respeito e coerência com a vida religiosa.