O que é ser missionário no século XXI?

O mês missionário é um tempo em que toda a Igreja, espalhada nos quatro cantos do mundo, revigora suas forças para o anúncio do Evangelho a todas as pessoas.

Este ano o Papa Francisco escolheu como tema: Corações ardentes, pés a caminho (Lc 24,13-15), inspirado nos discípulos de Emaús que, através do encontro com Cristo na Palavra e na eucaristia, revigoraram suas forças, levantaram-se e seguiram para Jerusalém.

Da mesma forma precisa caminhar cada cristão, com olhos fixos em Jesus e certos da responsabilidade que o Amor nos impõe de evangelizar. Mas como ser missionário no século XXI diante de tanto relativismo e esfriamento da fé? 

Veja como isso é possível a partir deste post.

O que é o mês missionário

Durante o ano litúrgico, a Igreja nos conduz e propõe diversos temas que são importantes para nossa fé. Por exemplo, em maio, dedicamos atenção à Nossa Senhora; em agosto, às vocações; em setembro, à Palavra e, em outubro, às missões.

Desde 1926 que o Papa Pio XI instituiu o Dia Mundial das Missões para que toda a Igreja tenha consciência do dom de ser missionário, da mais distante capela até os santuários. E para isso convida todo o povo de Deus a refletir e renovar o ardor missionário no coração. 

Uma vez que é no coração de cada batizado que brota a missionariedade, ou seja, o anúncio do Evangelho a partir de uma experiência pessoal, e a própria Igreja, em sua essência, é por natureza missionária. Portanto, a missão integra nossa identidade cristã.

Segundo a Ir. Regina da Costa Pedro, diretora nacional das POM, o mês missionário reforça a experiência central da identidade missionária da Igreja e nos recorda que todos podem colaborar concretamente com o movimento missionário através da oração e da ação.

Missionários e a missão Ad Gentes

Além de sermos filhos de Deus, somos também filhos de um tempo, de um momento histórico, que carrega desafios próprios para a evangelização. E a humanidade hoje necessita mais do que nunca conhecer a mensagem de paz que o Salvador oferece.

E tanto aquela pessoa que vive em um país cristão, como o Brasil, por exemplo, mas principalmente aquele que está além-fronteiras. Ou seja, a missão Ad Gentes necessita conhecer a proposta do evangelho e a dignidade que ela dá a toda pessoa humana.

No entanto, diferente de outros tempos, hoje é preciso compreender o contexto sociocultural em que as pessoas vivem e preparar-se para falar de Jesus Cristo com ardor missionário, mas também através de novos meios de evangelização.

Assim, a missão Ad Gentes preza pelo preparo do missionário para que ele saiba dialogar, respeitar cada pessoa e evangelizar através do testemunho e de ações concretas, entre elas o socorro aos mais necessitados, aqueles que estão à margem da sociedade.

E a Igreja no Brasil tem se dedicado a servir e evangelizar as nações mais pobres nos lugares mais longínquos do mundo. É a chamada Missão Ad Gentes, uma das quatro prioridades do serviço missionário que integra o Programa Missionário Nacional (PMN).

Mensagem do Papa para o mês das missões

Todo ano o Papa Francisco nos sugere uma reflexão no mês missionário. Este ano, ele nos apresenta a experiência dos discípulos de Emaús e diz que é possível perceber a transformação dos discípulos a partir de três ações presentes no Evangelho de Lucas.

  1. Corações ardentes “quando nos explicava as Escrituras”: a Palavra de Deus ilumina e transforma o coração na missão; o Senhor está perto de cada missionário e sabe de suas lutas e dores, é preciso acreditar em Sua presença sempre.
  2. Olhos que “se abriram e O reconheceram” ao partir o pão: Jesus na Eucaristia é o ápice e fonte da missão. E, ao mesmo tempo, o missionário é chamado a partir o pão a exemplo do Mestre com outros irmãos e a acreditar que o milagre acontecerá.
  3. Pés a caminho, com a alegria de proclamar Cristo Ressuscitado: a eterna juventude de uma Igreja sempre em saída. A imagem de pôr os pés ao caminho, diz o Papa, recorda-nos mais uma vez a validade perene da missio ad gentes, a missão confiada pelo Senhor ressuscitado à Igreja: evangelizar toda pessoa e todos os povos, até aos confins da Terra.

Dessa forma, somos convidados a parar, acolher, refletir e responder ao apelo do Senhor que nos chama constantemente para junto de Si e nos envia a fazermos os mesmos com nossos irmãos e irmãs em qualquer lugar onde estivermos.

Ide da Igreja local aos confins do mundo!

No dia 22 de outubro é comemorado o dia mundial das missões! E as Igrejas de todo o mundo fazem suas doações para colaborar com o Papa em seus projetos de missão em quase 1.120 dioceses pobres no mundo. 

Em 2022, a Igreja do Brasil arrecadou mais de 7 milhões em recursos financeiros, que ajudaram centenas de projetos missionários nos países mais necessitados. As Pontifícias Obras Missionárias (POM) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) organizam durante o mês de outubro a Campanha Missionária. 

Assim, as arquidioceses, dioceses e prelazias são convidadas a promover ações locais que animem as comunidades a colaborar com projetos missionários, que atuam nas áreas de assistência social e evangelização, nos países mais carentes do mundo.

Do mais, como disse Dom Pedro Casaldáliga numa poesia orante:

“Se sou batizado, sou missionário, se não sou missionário, não sou cristão”.

Logo, nossa ajuda começa pelo testemunho do nosso batismo e se confirma quando estendemos a mão ao outro.

Inaugurado monumento gigante em honra a Nossa Senhora Aparecida

Localizada em Aparecida, SP, a estátua tem 50 metros de altura e está entre os maiores monumentos religiosos do país e do mundo

Às vésperas do dia em que a Igreja celebra a padroeira do Brasil, os devotos ganharam um presentão: foi inaugurada a primeira fase do monumento gigante em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Aparecida, SP.

A escultura é feita em aço, pesa 400 toneladas e tem 50 metros de altura. Esse tamanho coloca o monumento na lista das maiores imagens religiosas do Brasil e do mundo (clique aqui para conhecer outros monumentos católicos gigantes).

A estátua teve custo estimado em R$ 10 milhões e está situada no bairro Itaguaçu, a 3 km do Santuário Nacional de Aparecida. O local, certamente, vai se tornar mais um ponto turístico da cidade, que recebe milhões de visitantes todos os anos.

O monumento foi idealizado pelo escultor Gilmar Pinna, mas ainda não está concluído. “Ainda vamos colocar um mapa gigante do Brasil, segurado por dois braços de Deus. Cada braço terá 19 metros e a escultura terá, no total, 50 metros também, além de 60 toneladas”, afirmou o escultor. A previsão é que os trabalhos desta segunda fase da obra levem mais um ano.

Atraso na obra

A estátua em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, anunciada em 2017, foi alvo de brigas na Justiça. Uma associação de ateus e agnósticos conseguiu que as obras do monumento fossem suspensas. A associação alegava que a prefeitura não poderia investir dinheiro público para beneficiar penas uma religião.

Após vários recursos judiciais, o município obteve autorização para retomar os trabalhos de montagem da estátua gigante em 2022. A imagem foi inaugurada no dia 7 de outubro de 2023 com uma missa.

“Toda guerra é uma derrota”: o Papa reage ao conflito Hamas-Israel

Papa Francisco fez um apelo enfático pelo fim do conflito que eclodiu neste fim de semana entre o grupo terrorista Hamas e o Estado de Israel. Ele falou da situação após rezar o Ângelus do meio-dia deste domingo, 8, com os fiéis presentes na Praça de São Pedro:

“Expresso a minha proximidade às famílias das vítimas, rezo por elas e por todos aqueles que vivem horas de terror e angústia. Por favor, parem com os ataques e as armas! E que se entenda que o terrorismo e a guerra não levam a nenhuma solução, apenas à morte e ao sofrimento de muitas pessoas inocentes”.

O papa reforçou o apelo pela paz destacando que ela não será obtida mediante a guerra:

“A guerra é uma derrota! Toda guerra é uma derrota! Rezemos para que haja paz em Israel e na Palestina”.

Francisco observou que outubro é o mês do rosário e exortou os fiéis a recorrerem a Maria na súplica pela paz:

“Não nos cansemos de invocar, por intercessão de Maria, o dom da paz sobre os numerosos países do mundo marcados por guerras e conflitos; e continuemos a recordar a querida Ucrânia, que todos os dias sofre tanto, tão martirizada”.

Um novo cardeal em ação pela paz na Terra Santa

O Papa Francisco acaba de criar cardeal o Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa. Promotor do diálogo inter-religioso, ele é o primeiro patriarca de Jerusalém a ingressar no colégio cardinalício. A respeito do motivo da sua nomeação, o agora novo cardeal comentou:

“Conhecendo o estilo do Papa Francisco, acredito que Jerusalém, além de ser o coração do mundo, é também um lugar periférico. É um lugar da periferia onde há um conflito contínuo, onde as tensões religiosas estão na ordem do dia, onde existem desigualdades sociais e econômicas muito significativas. Ele quis dar voz e atenção a esse fenômeno”.

Fonte: Aleteia

O papel da espiritualidade no tratamento e na prevenção da dependência química

por Igor Precinoti /Aleteia

É importante ficar atento aos principais sinais de dependência química. Segundo publicação da Universidade John Hopkins, estes são os principais sinais:

A dependência química é definida pela Organização Mundial da Saúde como alterações comportamentais, fisiológicas e cognitivas que se desenvolvem após o uso repetido de determinadas substâncias como o fumo, o álcool, medicamentos ou drogas ilícitas. Ou seja, a dependência é um termo que os médicos utilizam para descrever o uso continuado de certas substâncias quando surgem problemas relacionados ao seu uso. 

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), em 2021, divulgou um relatório informando que mais de 36 milhões de pessoas sofreram de transtornos associados ao uso de drogas. Este mesmo relatório informava que, entre 2010 e 2019, o número de pessoas que usam drogas aumentou 22%. Números que pioraram com a pandemia, em um aumento relatado de 42% do uso de cannabis (maconha) e do consumo abusivo (não medicinal) de medicamentos durante aquele período de isolamento social. Ora, a dependência química, como sabemos, gera graves problemas na vida do indivíduo e que podem se estender para os membros da família desse dependente.

Muitas vezes, o problema, em seus estágios iniciais, não é percebido pelo dependente e/ou familiares que confundem o vício com “hábitos sociais normais”, como tomar todas as noites uma latinha de cerveja para relaxar ou, ainda, tomar comprimidos para melhorar a concentração antes de estudar etc. 

Leia também: Meu filho está usando drogas! E agora?

Os sinais da dependência química

Por isso, é importante ficar atento aos principais sinais de dependência química. Segundo publicação da Universidade John Hopkins, estes são os principais sinais: 

  • Necessidade de quantidades cada vez maiores da substância para obter efeito (tolerância).
  • Sintomas (como tremores, febre, dor de cabeça etc.) que ocorrem a pessoa diminuir ou parar de usar a substância (abstinência). 
  • Gastar muito tempo para obter, usar e se recuperar dos efeitos do uso de drogas
  • Afastamento de atividades sociais e/ou recreativas.
  • Uso continuado da substância mesmo que a pessoa esteja ciente dos problemas físicos, psicológicos e familiares ou sociais causados por este uso.

Os fatores que levam alguém a contrair a dependência química são variáveis, incluindo pressões sociais, problemas psiquiátricos, genética, e, ainda, podemos incluir fatores culturais como o acesso facilitado ao álcool e ao cigarro, tais como em situações em que os pais oferecem bebidas alcoólicas aos filhos adolescentes ou fumam na presença de crianças.

Os sintomas da dependência química são muitos e, às vezes, graves. Por isso, os pais, educadores e profissionais de saúde devem ficar atentos a sinais como perda de peso, olhos vermelhos, fadiga constante, mudança de comportamento, ansiedade e insônia. Caso seja confirmado um caso de dependência química, o tratamento há de ser indicado o mais rápido possível.

Existem muitas estratégias para prevenir e combater a dependência química e todas se baseiam sobretudo no acolhimento. Como foi descrito aqui, muitos são os fatores que levam à dependência química e, por isso, o tratamento também é complexo, exigindo uma equipe multiprofissional, formada por psicólogo, médico, assistente social etc. Em algumas situações mais graves, uma internação pode ser necessária. 

Neste contexto de tratamento e prevenção da dependência química, é importante ressaltar a importância da fé e da espiritualidade, tanto na estruturação dos serviços de tratamento como componente auxiliar na terapia. 

Tratamento aliado a espiritualidade

Um estudo publicado, em 2019, pelo Journal of Religion and Health evidenciou que 73% dos programas de tratamento de dependência, nos EUA, incluem um elemento baseado na espiritualidade, como observado nos famosos 12 passos desenvolvidos e popularizados pelos Alcoólicos Anônimos (AA), sendo que os viciados com fé se beneficiam destes elementos apresentando uma cura mais rápida.

E mais: um estudo publicado, em 2018, pelo Journal of Youth and Adolescence com investigadores da Universidade da Virgínia e da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins, ao estudar mais de 27 mil estudantes do Ensino Médio, concluíram que a espiritualidade está relacionada a um menor abuso de substâncias e a uma maior adaptação a situações estressantes.

Desta forma, é fácil concluir que a espiritualidade e a inclusão dos jovens na vida religiosa deve ser uma preocupação dos pais e – ainda mais – considerada um fator de prevenção à dependência química. Em contrapartida, o declínio do número de pessoas que se dizem pertencentes a uma religião, em breve, não será apenas uma preocupação das Igrejas, mas também se tornará uma preocupação de saúde pública.

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Sínodo da Sinodalidade – 2021 a 2024: o que você precisa saber como católico

Sinodalidade não é apenas uma palavra em alta entre os bispos, mas a atitude de uma Igreja a caminhoem saída, como nos pede o Papa Francisco desde o início do seu pontificado.

Mas você sabe o que isso significa? Em 10 de outubro de 2021, o Santo Padre convocou o Sínodo da Sinodalidade com o tema: “Por uma Igreja sinodal: Comunhão, Participação e Missão”.

A intenção dele é que toda a Igreja reflita sobre se estamos caminhando juntos e como fazemos isso. Para tanto, é preciso que todo o povo de Deus – bispos, sacerdotes, religiosos, leigos, homens, mulheres, adultos, jovens – participe desta conversa. 

Já imaginamos que esse diálogo não é fácil e nem rápido. Por isso, são três anos de atividades (2021 a 2024), com diversas fases, em lugares diferentes. 

Entre elas, de 04 até 29 de outubro, em Roma, será a primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária, quando os bispos e outros participantes se reúnem para recolher os frutos dos processos de escuta. Agora, veja neste post o quanto esse assunto é importante! 

O que é o Sínodo da Sinodalidade

“O caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio” (Papa Francisco).

A palavra sínodo vem do grego e significa comunhão. Logo, o desejo do Espírito é que caminhemos juntos, tendo Cristo como nosso referencial.

a Igreja Católica, ao longo de sua história, deu passos de aprendizagem sobre a sinodalidade. Foi principalmente no Concílio Vaticano II que ela percebeu com clareza que o melhor jeito de ser e de caminhar, para bem cumprir a sua missão, é o “jeito sinodal”. 

No entanto, essa missão exige preparação e conversão de todos ao projeto de Deus, para vivermos como Jesus e o Pai, em comunhão. O Documento Preparatório (DP) do Sínodo diz que esse caminho é ao mesmo tempo um dom e uma tarefa…mas o Espírito Santo nos guia.

Sendo assim, a sinodalidade permite que todo o povo de Deus caminhe junto, escutando o Espírito e a Palavra, para participar na missão da Igreja e na comunhão que o Senhor deseja para nós. E percorrer juntos este caminho é a melhor forma de testemunhar Cristo.

Objetivos da sinodalidade

A Igreja reconhece que a sinodalidade é parte essencial de sua verdadeira natureza. A comunhão explica-se nos Concílios ecuménicos, nos Sínodos dos Bispos, nos Sínodos diocesanos e nos conselhos diocesanos e paroquiais que marcam a história. 

Mas diante das constantes mudanças, o Sínodo não pode se limitar a documentos, nem reuniões. Por isso, que o DP faz questão de ressaltar que a sinodalidade não é um slogan, mas um estilo, uma forma de ser pela qual a Igreja vive no mundo.

Logo, o objetivo deste Processo Sinodal não é proporcionar uma experiência temporária ou única de sinodalidade, mas proporcionar uma oportunidade para todo o Povo de Deus discernir em conjunto como progredir no caminho para ser uma Igreja mais sinodal a longo prazo (DP 1.3).

Dessa forma, o atual Sínodo tem como meta escutar, com todo o Povo de Deus, o que o Espírito Santo está a dizer à Igreja, sem preocupar-se em apenas produzir um documento, mas fazer florescer a esperança, a confiança e tecer relações novas e mais profundas (DP 32)

Tema do Sínodo

O tema do Sínodo é “Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão”. Essas três dimensões do tema estão profundamente ligadas; são pilares que sustentam a sinodalidade, sem hierarquia entre elas, ao contrário, elas se enriquecem e se orientam.

Para melhor compreensão, o Documento Preparatório esclarece bem o significado: 

#Comunhão

A comunhão que partilhamos encontra as suas raízes mais profundas no amor e na unidade da Trindade. Juntos, somos inspirados pela escuta da Palavra de Deus, através da Tradição viva da Igreja, e com base no sensus fidei que partilhamos. Todos temos um papel a desempenhar no discernimento e na vivência do chamamento que Deus faz ao seu povo.

#Participação

Um chamamento ao envolvimento de todos os que pertencem ao Povo de Deus – leigos, consagrados e ministros ordenados – para se empenharem no exercício de uma escuta profunda e respeitosa uns dos outros. Esta escuta cria espaço para ouvirmos juntos o Espírito Santo e guia as nossas aspirações para a Igreja do Terceiro Milênio. 

#Missão

Este Processo Sinodal tem uma dimensão profundamente missionária. Empenha-se em deixar que a Igreja testemunhe melhor o Evangelho, especialmente com aqueles que vivem nas periferias existenciais do nosso mundo. 

Deste modo, a sinodalidade é um caminho pelo qual a Igreja pode cumprir mais frutuosamente a sua missão de evangelização no mundo, como fermento ao serviço da vinha do Reino de Deus.

Os passos do Sínodo

A sinodalidade não é um sonho, porém um caminho a percorrer, com passos concretos, que têm ações bem definidas, em vários momentos ao longo de três anos. Lembremos sempre que exige o esforço de cada um de nós que amamos Jesus e a sua Igreja.

A primeira fase do Processo Sinodal é uma fase de escuta nas Igrejas locais. Após a celebração de abertura, que aconteceu em Roma, no sábado, 9 de outubro de 2021, começou a fase diocesana em 17 de outubro de 2021. 

Grande parte da riqueza desta fase de escuta veio de discussões entre paróquias, movimentos laicais, escolas e universidades, congregações religiosas, comunidades cristãs de bairro, ação social, movimentos ecumenicos e inter-religiosos e de outros grupos.

Após a fase diocesana, as Conferências Episcopais e os Sínodos das Igrejas Orientais são chamados a discernir e elaborar uma síntese mais ampla através de uma Reunião Pré-Sinodal da sua responsabilidade. Estas sínteses serão então base para a primeira edição do Instrumentum Laboris, que será publicado pela Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos.

Começa então a fase continental

Este Instrumentum Laboris inicial será o “documento de trabalho” para as sete reuniões continentais: África (SECAM), Oceânia (FCBCO), Ásia (FABC), Médio Oriente (CPCO), América Latina (CELAM), Europa (CCEE) e América do Norte (USCCB e CCCB). 

Estas sete reuniões internacionais produzirão, por sua vez, sete Documentos Finais que servirão de base para o segundo Instrumentum Laboris que será utilizado na Assembleia do Sínodo dos Bispos em outubro de 2023.

A Assembleia do Sínodo dos Bispos

Os bispos e os auditores estarão reunidos com o Papa Francisco na Assembleia do Sínodo dos Bispos em Roma, em outubro de 2023, para falarem e escutarem uns aos outros, com base no Processo Sinodal que teve início a nível local. 

O objetivo do Sínodo dos Bispos não é o de ofuscar a Conferência Episcopal/Sínodo das Igrejas Orientais e as fases continentais, mas o de discernir a nível universal a voz do Espírito Santo que falou em toda a Igreja.

A fase de implementação

Uma vez que este Sínodo visa promover um novo estilo de viver a comunhão, participação e missão da Igreja, a fase de implementação será fundamental para percorrermos juntos o caminho da sinodalidade. 

A esperança é que a experiência do Processo Sinodal dê origem a uma nova primavera para a escuta, o discernimento, o diálogo e a tomada de decisões, de modo que todo o Povo de Deus possa caminhar sob a orientação do Espírito Santo.

Rezemos como Igreja

Por fim, Sinodalidade é esforço e busca coletiva no desejo de aprendermos constantemente a “caminhar juntos” como irmãos e filhos de Deus. É um jeito de ser Igreja em que cada pessoa é importante, tem voz, é ouvida, capacitada e envolvida na realização da missão.

Segundo o diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa (padre Frédéric Fornos)

“… o Papa Francisco nos convida a rezar para que ‘a escuta e o diálogo’ sejam o ‘estilo de vida em todos os níveis’ da Igreja, pois é uma graça…” 

E essa escuta começa pela oração, logo todos precisamos rezar porque os frutos da sinodalidade alimentará todos nós e fortalecerá nossa alma para caminharmos melhor diante dos desafios dos tempos atuais.

Façamos juntos a oração pelo Sínodo:

Aqui estamos, diante de Vós, Espírito Santo: estamos todos reunidos no vosso nome. Vinde a nós, assisti-nos, descei aos nossos corações. 

Ensinai-nos o que devemos fazer, mostrai-nos o caminho a seguir, todos juntos. Não permitais que a justiça seja lesada por nós pecadores, que a ignorância nos desvie do caminho, nem as simpatias humanas nos torne parciais, para que sejamos um em Vós e nunca nos separemos da verdade. 

Nós Vo-lo pedimos a Vós que, sempre e em toda a parte, agis em comunhão com o Pai e o Filho pelos séculos dos séculos. Amém.

O Papa e as crianças de todo o mundo juntos no dia 06 de novembro

Cinco crianças, representando os cinco continentes, acompanharam o Papa Francisco durante a oração do Angelus deste domingo (01). Diante dos muitos fiéis que as observavam, o Papa anunciou uma iniciativa que será realizada na tarde de 6 de novembro, na Sala Paulo VI, com o tema: “Aprendamos com as crianças”, um evento organizado pelo Dicastério para a Cultura e a Educação.

“Um encontro para manifestar o sonho de todos nós: voltar a ter sentimentos puros como as crianças. Porque aquele que é puro como uma criança pertence ao Reino de Deus. As crianças nos ensinam a clareza dos relacionamentos, o acolhimento espontâneo de estranhos e o respeito por toda a Criação. Queridas crianças e todos vocês, estou esperando para aprender com vocês também”, disse Francisco. 

As crianças que acompanharam o Pontífice são: Pamela, de 7 anos, que veio da Síria; Grigoryi, também de 7 anos, que veio da Ucrânia, o país devastado pela guerra, que está no coração do Papa. Alessio, de 10 anos, proveniente de Benin; Alejandro, de 7 anos, da Guatemala e, por fim, Tomas, de 9 anos, da Austrália.

Eles representam mais de 6.000 meninos e meninas de várias partes do mundo. A iniciativa também será promovida pela comunidade de Sant’Egidio, pela Cooperativa Auxilium e pela Federação Giuoco Calcio.

Fonte: Vatican News

Filme “Som da Liberdade” lidera bilheterias no Brasil

Longa com temática cristã desbancou produção que estava há duas semanas no topo do ranking das melhores bilheterias

exemplo do que aconteceu nos Estados Unidos e em vários outros países por onde passou, o filme “Som da Liberdade” (Sound of Freedom) tem sido sucesso nos cinemas brasileiros.

Na primeira semana em cartaz, o drama se consagrou como líder de bilheterias. Segundo a empresa Comscore, a produção cristã arrecadou R$ 5,77 milhões nos cinemas brasileiros no fim de semana de estreia (de 21 a 24 de setembro), tendo sido visto por 242 mil pessoas entre quinta-feira e domingo. A informação é do jornal O Globo.

“Som da Liberdade” ficou à frente de “A Freira 2”, que há duas semanas estava no topo do ranking das melhores bilheterias. O estreante “Os Mercenários 4” foi o terceiro filme mais assistido no período.

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No Instagram, a Paris Filmes, distribuidora do drama no Brasil, comemorou: “Grande sucesso mundial agora também é o FILME NÚMERO 1 nas bilheterias brasileiras! Essa é uma história que está IMPACTANDO vidas. Ainda não assistiu? Então corra para o cinema mais próximo! Não perca a chance de TESTEMUNHAR o filme mais POLÊMICO do ANO!”

O filme

“Som da Liberdade” narra a história de Tim Ballard (Jim Caviezel), um agente federal que resgata um menino de um bando de traficantes, mas descobre que a irmã dele continua refém da quadrilha. Ele, então, resolve salvá-la, deixa o trabalho e se arrisca na selva colombiana, comprometendo a própria vida para salvar a da criança.

A história se baseia no caso real de Timothy Ballard, que, junto com outros colegas, optou por renunciar ao emprego para fundar a Operation Underground Railroad (O.U.R.), que atua em parceria com forças especiais. Desde 2013, esta organização opera em vários países com o específico objetivo de resgatar crianças da escravidão e da exploração sexual.

Assista ao trailer:

Fonte: Aleteia

Imagem: Divulgação

Conheça a devoção ao cordão de Santa Filomena

A devoção do Cordão de Santa Filomena nasceu espontâneamente em consequência das inúmeras graças obtidas por sua intercessão.

O reconhecimento do cordão como um sacramental por parte da Igreja, se deu pelo então Papa Leão XIII, que também era um grande devoto da jovem Santa. Ao aprovar o uso deste cordão, ele concedeu indulgências a todos os que o usarem:

1. No dia em que o Cordão é colocado pela primeira vez.
2. No dia 25 de Maio, aniversário da abertura do túmulo de Santa Filomena – catacumbas de Santa Priscila.
3. No dia 10 de Agosto, que é a sua festa.
4. No dia 15 de Dezembro, aniversário da aprovação do Cordão pela Santa Sé.
5. No momento da morte, nas condições ordinárias.

Com exceção deste último, para lucrar as indulgências plenárias com o Cordão, é preciso confessar-se, comungar e visitar alguma igreja, onde se rezará pelas intenções do Santo Papa.

Material do cordão

O Cordão é constituido por um entrançado de fios de linho, lã ou algodão, brancos e vermelhos, com dois nós numa das extremidades, simbolizando a virgindade e o martírio da jovem Filomena. Na outra extremidade há mais três nós, que representam a Santíssima Trindade e as chagas de Cristo.

Usa-se sob a roupa como se fosse um cinto ou no pulso, exatamente como uma pulseira. Pode-se também colocá-lo debaixo do travesseiro, ou guardá-lo na bolsa. Porém, o ideal é que ele esteja em contato com o corpo.

Oração diária dos portadores do Cordão:

“Santa Filomena, Virgem e Mártir, rogai por nós para que, por meio de vossa poderosa intercessão, possamos obter a pureza de alma e de coração, que conduz ao perfeito amor de Deus. Amém.”

Como adquirir o cordão

Qualquer pessoa pode produzir o seu próprio cordão, contanto que ele seja abençoado por um sacerdote seguindo o rito romano. Na edição do Planejamento Espiritual 2024, Irmã Zélia traz uma oração a Santa Filomena para ser rezada junto com as metas diárias. Por isso, você encontra o Kit do Livro, com o cordão e um postal com a imagem da jovem mártir em nossa loja virtual.

Clique no banner e adquira o seu!

Fonte: https://www.nospassosdemaria.com.br/SantaFilomena/SantaFilomena-Cordao.html

Imagem: Divulgação

O que o uso excessivo de drogas e álcool indica sobre saúde mental

O mês de setembro é dedicado para falarmos sobre uma questão muito delicada que é o suicídio, por vezes não anunciado devido ao  medo que o efeito dominó possa ocorrer com outras pessoas que estejam também em situação de fragilidade psíquica. Porém, o assunto é importantíssimo e devemos falar sobre, e para abordarmos essa temática falaremos de saúde mental, que a maioria das pessoas, quando ouvem falar pensam em “Doença Mental”. 

Mas, a saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais. Pessoas mentalmente saudáveis compreendem que ninguém é perfeito, que todos possuem limites e que não se pode ser tudo para todos. Elas vivenciam diariamente uma série de emoções como alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração. São capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida.

A Saúde Mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmonizar seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Qualquer pessoa está sujeita em algum momento da vida a fragilizar-se no quesito Saúde Mental, ou seja, apresentar sintomas depressivos, vontade de não viver mais, tristeza profunda, uso abusivo de álcool e drogas e tantos outros sintomas que sinalizam que a saúde mental não está bem. 

Chegar ao ato de suicidar-se é o resultado de uma saúde mental totalmente fragilizada. É a soma  de  um conjunto de situações que a pessoa tem como  necessidade de aliviar as pressões externas, sendo muitas vezes, cobranças, culpa, remorso, depressão, ansiedade, medo, fracasso, humilhação, etc… enfim, a somatória de um psicológico adoecido, pode levar ao momento mais crítico: o  pensar que o suicídio parece ser a única saída  para seus problemas.

Geralmente as pessoas que estão adoecidas mentalmente apresentam sintomas e pedidos de ajuda que não são verbalizados. É importante estarmos atentos às pessoas que convivem conosco, e sinais como: isolamento, depressão, trazer na fala expressões “quero sumir”, “não aguento mais essa vida”, uso abusivo de drogas e álcool, podem se configurar em um pedido de ajuda.

Este assunto não pode mais ser considerado um tabu em  nossa sociedade, ou considerado uma atitude de fracasso pela pessoa que chegou no auge do adoecimento psíquico. Até porque os índices de suicídio estão cada vez mais altos e afetando uma população cada vez mais jovem de pessoas que não estão conseguindo elaborar seus conflitos e problemas psicológicos e emocionais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% dos casos de suicídios podem ser evitados, desde que haja condições mínimas para oferta de ajuda voluntária ou profissional.

Seja qual for a fase do adoecimento da saúde mental, sempre é possível ser superado.

Quando identificamos estes pedidos de ajuda em alguma pessoa é importante auxiliá-las e buscar um serviço especializado para isto.

Segue abaixo as indicações de atendimento:

SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL, CAPS (CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL),  UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE.
CENTRO DE VALORIZAÇÃO À VIDA – CVV   LIGAÇÃO 188
EMERGÊNCIA –   SAMU 192

Referências

Site: WWW.SAUDE.PR.GOV.BR

SITE: WWW.CVV.ORG.BR

Por Irmã Elaine Cristina de Oliveira, CR

Psicóloga – CRP: 07/27809

Diretora da Comunidade Terapêutica Casa Marta e Maria (RS)

Legalização do aborto: O que você precisa saber como católico

A legalização do aborto não é um assunto fácil de se discutir, mas não é difícil de se posicionar quando se defende a vida desde sua concepção. E o direito à vida é um princípio constitucional que não se pode negar a ninguém.

Por isso, além da fé cristã – e todas as igrejas que fazem parte da Confederação das Igrejas Cristãs, CONIC, são a favor da vida – há uma legislação constitucional que assegura a vida, e  para ser modificada é preciso mexer no texto da carta magna do País.

Então, em virtude da votação pela legalização do aborto, que ocorrerá no próximo dia 22 de setembro, trouxemos neste post a posição da Igreja, da CNBB, um pequeno percurso dos trabalhos sobre esse assunto e algumas notícias que envolvem esse tema.

Acima de tudo, a vida é um dom indiscutível, e como disse um sábio sacerdote:

“Valemos o sangue de um Deus!”

Logo temos todos os motivos para não desconsiderar esse assunto, mas defendermos a vida como um presente inalienável.

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Entenda a legalização do aborto

Antes de qualquer posicionamento, o aborto ou o abortamento é a interrupção precoce de uma gestação antes que o feto seja capaz de sobreviver fora do corpo da mãe. Ele pode ser provocado ou espontâneo, mas, em qualquer caso, é motivo de dor para uma mulher.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) existem alguns critérios para que o fim de uma gestação seja considerado um aborto, como: a interrupção antes das 22 semanas de gestação e estando o feto, geralmente, com peso inferior a 500g, incapaz de viver fora do útero materno. 

Em caso de aborto espontâneo, sem intenção de acontecer, os casos mais comuns acontecem em cerca de 10 a 25% das gestações, às vezes a mulher nem sabe que está grávida, as causas são inúmeras e não favorecem o desenvolvimento do feto.

Agora, no Brasil, o aborto provocado é crime previsto pelo código penal Art. 124:

Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.

No entanto, a legislação prevê três situações em que o aborto pode acontecer: gravidez decorrente de estupro, risco à vida da mulher e anencefalia do feto.

Legalização do aborto – o que a Igreja diz?

Santo Ireneu, bispo católico, já exclamava:

“A glória de Deus é o homem vivo; e a vida do homem é a visão de Deus”.

Ou seja, nós somos a obra prima da criação de Deus e objetos da sua bondade, nascemos para refletir a sua glória.

Logo, a Igreja Católica é clara sobre a defesa da vida humana e contra a legalização do aborto: 

“A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida” (CIC §2270).

A Doutrina da Igreja também esclarece que o aborto espontâneo não gera consequências morais porque não aconteceu por ato de vontade da pessoa, diferente do aborto provocado, quando já há a “alma espiritual”, um ser humano criado a imagem de Criador. 

Por fim, o Código de Direito Canônico também se posiciona sobre o aborto:

“Os fetos abortivos, se tiverem vivos, sejam batizados, enquanto possível” (Cân. 871), e reforça: “Quem provocar aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão “latae sententiae’” (Cân. §1398).

“O aborto é um crime. É tirar a vida de um para salvar outro. É o que faz a máfia”

Em todo o seu Pontificado, o Papa Francisco se posicionou abertamente sobre o direito do nascituro. Chegou a compará-los aos idosos, aos enfermos e até aos migrantes em alto mar em busca da vida! Para dizer que em todos esses casos, eles merecem viver!

“Não se deve esperar que a Igreja altere a sua posição sobre esta questão. A propósito, quero ser completamente honesto. Este não é um assunto sujeito a supostas reformas ou ‘modernizações’”, disse o Papa.

Como também, repetiu várias vezes que o problema do aborto:

“Não é um problema religioso: nós não somos contra o aborto devido à religião. Não. É um problema humano”. E explica: “O aborto é um homicídio, quem faz um aborto, mata…” 

Por fim, o pontífice fez questão de citar a ciência e orientou que se investiguem os livros médicos para se certificar de que, na terceira semana de gestação, o feto já está formado, com todos os órgãos, há um DNA, e merece respeito, vida e dignidade.

Portanto, a legalização do aborto é uma violação da fé e da ciência que prova a vida desde a sua concepção.

Legalização de um crime!

O Supremo Tribunal Federal (STF), no próximo dia 22 de setembro, começa a julgar uma ação que pede a ampla descriminalização do aborto realizado até 12 semanas de gestação, apresentada em 2017 pelo PSOL e o Instituto Anis. 

A relatora do caso e atual presidente do STF, Rosa Weber, colocou em pauta esse assunto para julgamento no plenário virtual, em que os ministros depositam seu voto eletronicamente por escrito, num prazo de seis dias úteis.

Em vista de sua aposentadoria, no dia 02 de outubro, quando ela completa 75 anos, não seria possível levar a ação ao plenário físico a tempo para que os ministros debatam seus votos. 

O mais interessante é que esse assunto não está em canal aberto! Quase não se divulga o que está prestes a acontecer para os próximos milênios no Brasil, é fácil de concluir que a legalização do aborto está acontecendo sem o conhecimento do povo brasileiro.

Breve percurso sobre a descriminação do aborto

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) acionou o STF em março de 2017 para que a Corte se manifestasse sobre a descriminalização do aborto, sob os seguintes pretextos:

  • Os artigos 124 e 126 do Código de Processo Penal (CPP), que tratam do crime de aborto, violam direitos fundamentais das mulheres;
  • A criminalização do aborto fere os seguintes princípios: dignidade da pessoa humana, da cidadania e da promoção do bem de todas as pessoas, sem qualquer forma de discriminação; 
  • A criminalização do aborto e a consequente imposição da gravidez compulsória compromete a dignidade da pessoa humana e a cidadania das mulheres; 
  • A criminalização afeta desproporcionalmente mulheres negras e indígenas, pobres, de baixa escolaridade e que vivem distante de centros urbanos, onde os métodos para a realização de um aborto são mais inseguros do que aqueles utilizados por mulheres ricas.

Em 3 e 6 de agosto de 2018, foram realizadas audiências públicas sobre a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 442. Nelas, se destacaram três discussões: 

  • Competência ou não do STF para julgar a descriminalização do aborto, 
  • Compatibilidade da descriminalização do aborto com o Pacto de San José da Costa Rica, que concede proteção do direito à vida, no artigo 4º, do qual o Brasil é signatário;
  • Credibilidade dos dados sobre número de abortos no Brasil.

Em 2018, às vésperas da eleição presidencial, o STF abriu as portas para uma audiência pública, onde ouviu 54 representantes de diversos setores da sociedade a respeito do tema, sendo 17 contrários e 37 favoráveis à legalização.

Desde então, há uma grande expectativa do movimento feminista para que a ADPF seja votada, e Rosa Weber decidiu fazê-lo no simbólico mês de setembro, já que 28 é o Dia da Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto na América Latina e Caribe.

Posicionamento da CNBB sobre o aborto

Recentemente, o assessor jurídico civil da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o advogado Hugo Cysneiros Oliveira falou sobre três dos princípios que baseiam a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 442 do Supremo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Para Hugo, a ação “sequer deveria ser conhecida” e o debate sobre o tema deve acontecer no Congresso Nacional:

“O Parlamento foi omisso em relação ao tema do aborto” e o STF “ao resolver enfrentar esse assunto e literalmente legislar, inovar, modificar as normas existentes e produzir outras normas, ultrapassa os seus limites”.

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota, na quinta-feira, 14 de setembro, sobre o pedido de inclusão em pauta da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442 no Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação pede a possibilidade de descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. No texto, os bispos reafirmam o posicionamento contrário ao pedido feito na ADPF:

“Jamais aceitaremos quaisquer iniciativas que pretendam apoiar e promover o aborto”.

E os bispos reforçam:

“O fundamento dos direitos humanos é que o ser humano nunca seja tomado como meio, mas sempre como fim”.

Como também recordam a posição “em defesa da integridade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde sempre!

“É o Senhor quem dá a vida e a tira…” I Sm.2,6

Não é apenas a Igreja Católica que se posiciona a favor da vida e contra a legalização do aborto, mas há outras entidades civis que citam as consequências físicas e principalmente psicológicas na vida da mulher, como também defendem o direito do nascituro.

Se perguntarmos a cada ser humano se ele optaria por nascer ou morrer, a resposta seria a favor da vida. Sendo assim, há uma responsabilidade ética, moral, cidadã e cristã sobre cada um nós que acordamos todos os dias sobre esse assunto.

Dessa forma, levantemos a bandeira da vida, principalmente por quem não pode se defender!

E para que sua defesa tenha mais consistência, selecionamos alguns documentários e filmes sobre esse tema:

O filme que a indústria do aborto não quer que você veja

Uma trágica história sobre aborto e arrependimento | Especial de Natal da Brasil Paralelo

Legalização do aborto: você é a favor ou contra? | Mude Minha Ideia | Quebrando o Tabu

Ela defendia o aborto… até ver um de perto | A história de Abby Johnson