O que é o purgatório?

O purgatório, um termo que evoca imagens de sofrimento e purificação, é um conceito central na teologia católica. Mas afinal, o que é o purgatório? E quem o habita?

Se você também já fez esses questionamentos, esse texto é para você! Então, continue sua leitura conosco!

Purgatório: o que é?

A palavra “purgatório” tem suas raízes no latim. Ela deriva do verbo “purgare”, que significa “purificar” ou “limpar”. O sufixo “-tório” indica um lugar ou estado relacionado à ação expressa pelo verbo. Portanto, purgatório significa, literalmente, “lugar de purificação”.

Podemos definir o purgatório como um estado intermediário entre a vida terrena e a vida eterna. Trata-se de um lugar de transição onde as almas daqueles que morrem na graça de Deus, mas não totalmente purificadas, completam sua preparação para a visão beatífica de Deus.

Logo, a Igreja Católica define o purgatório como um estado de purificação, um fogo que consome as impurezas remanescentes da alma, permitindo-lhe alcançar a santidade necessária para entrar na alegria do Céu.

E esta doutrina encontra fundamento no Catecismo da Igreja Católica, que afirma: “A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados” (CIC, §1031).  

Contudo, a doutrina do purgatório, como é compreendida pela Igreja Católica, desenvolveu-se gradualmente ao longo dos séculos, a partir de interpretações bíblicas e da reflexão teológica. Sendo assim, a doutrina do purgatório é baseada em textos bíblicos que falam sobre a purificação e a santidade.

Logo, é importante ressaltar que a palavra “purgatório” não aparece explicitamente na Bíblia. E o conceito de purgatório, como um lugar físico, foi se solidificando entre os séculos XII e XIII.  

E, afinal, quem habita o purgatório?

O purgatório não é um lugar de castigo eterno, como o inferno. Tampouco é o céu, onde se encontra a plena felicidade e visão de Deus. Como já dito, é um estado intermediário de purificação.

Mas não são todos os que morrem que vão para o purgatório. Apenas aqueles que morrem na amizade de Deus, isto é, em estado de graça santificante, mas que ainda carregam consigo as marcas do pecado venial. Estes, embora seguros de sua salvação eterna, precisam passar por um processo de purificação para que suas almas se tornem totalmente conformes à santidade de Deus.

A imagem do fogo é frequentemente utilizada para descrever o purgatório. No entanto, este fogo não é um castigo, mas sim um instrumento de purificação. É um fogo de amor que consome tudo aquilo que impede a alma de se unir plenamente a Deus. É como um ourives que, através do fogo, purifica o ouro, removendo todas as impurezas.

Uma jornada interior, um estado de esperança

O purgatório pode ser entendido também como uma jornada interior, um processo de transformação que continua mesmo após a morte. É um tempo de purificação e de crescimento espiritual, um momento em que a alma se despoja de tudo aquilo que a impede de amar a Deus de forma plena e incondicional.

A doutrina do purgatório nos convida à esperança e à oração. A Igreja, ao longo dos séculos, sempre incentivou os fiéis a oferecer sufrágios pelas almas do purgatório.

Portanto, as indulgências, as missas, as orações e as boas obras são meios eficazes para aliviar os sofrimentos das almas que se encontram neste estado intermediário e acelerar sua purificação.

Purgatório: a beleza da misericórdia divina

O purgatório não é uma punição divina, mas sim um ato de misericórdia. Portanto, a doutrina do purgatório revela a beleza da misericórdia divina. Deus, em Sua infinita bondade e amor, oferece a todas as almas a possibilidade de se purificar e alcançar a salvação.

E mesmo aqueles que não alcançaram a perfeição nesta vida terrena, podem, através do purgatório, preparar-se para a vida eterna.

Em última análise, o purgatório é um mistério da fé. É um convite à reflexão sobre a nossa própria vida e sobre a nossa relação com Deus. Portanto, é um chamado à conversão e à santidade. Logo, ao meditarmos sobre este tema, somos levados a compreender a profundidade do amor de Deus e a importância da nossa própria purificação.

O purgatório nos ensina que a vida espiritual é um processo contínuo. Mas não se trata apenas de evitar o pecado, mas de buscar a santidade a cada dia. Portanto, é um caminho de purificação e de crescimento, um caminho que nos leva mais perto de Deus.

Ao contemplarmos o mistério do purgatório, somos convidados a intensificar a nossa vida de oração e a buscar a santidade em todas as nossas ações.

A Igreja não revela o tempo que cada alma permanece no purgatório, esse tempo varia de acordo com a gravidade dos pecados e a disposição da alma para se purificar.

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Que a esperança na ressurreição e na vida eterna nos acompanhe sempre. Que a intercessão dos santos e de todas as almas do purgatório nos fortaleça em nossa jornada espiritual!

Como transformar sofrimento em paz interior

A paz interior, um refúgio silencioso no turbilhão da vida, é o desejo mais profundo do ser humano. Afinal, em meio às tempestades da existência, buscamos um porto seguro, um lugar onde a alma possa descansar e se renovar.

Logo, a paz interior é a serena melodia que ecoa dentro de nós, mesmo quando o mundo exterior ruge com intensidade. É o farol que nos guia através das noites mais escuras, a esperança que floresce no coração mais adormecido.

Mas como encontrar esse oásis de tranquilidade quando somos confrontados com o sofrimento? Como transformar o sofrimento em paz interior? Continue sua leitura para descobrir!

O sentido do sofrimento humano

O sofrimento, por sua vez, é um visitante indesejado, mas inevitável na jornada humana. Ou seja, o sofrimento, em sua essência, é parte integrante da experiência humana.

Ele nos molda, nos testa e, paradoxalmente, nos aproxima da nossa essência. Além disso, nos faz crescer e nos conecta com a nossa própria vulnerabilidade. É como uma tempestade que, ao passar, deixa o solo mais fértil para que novas sementes possam brotar.

E é nas profundezas do sofrimento que encontramos a oportunidade de transcender, de nos conectar com algo maior do que nós mesmos.

Portanto, ao invés de resistir ao sofrimento, podemos aprender a acolhê-lo, a observá-lo com compaixão e a extrair dele os aprendizados que ele nos oferece, a começar por encontrar a paz interior.

E como encontrar paz diante de dias difíceis?

Como transformar a dor em força? Essa é uma questão que todos querem decifrar. E a resposta reside na nossa capacidade de acolher o que sentimos, sem julgamento.

Logo, é sobre honrar cada lágrima, cada suspiro, cada emoção que surge. É sobre permitir que a dor flua,dando a ela um lugar.

Contudo, a paz interior não é a ausência de sofrimento, mas sim a capacidade de encontrar serenidade e de permanecer em paz, mesmo em meio às adversidades.

Logo, é a habilidade de cultivar um coração aberto e compassivo, de aceitar o que está fora do nosso controle e de focar no que podemos transformar.

É como uma luz que brilha no nosso próprio interior, iluminando o caminho mesmo nos momentos mais escuros.

Como encontrar paz interior?

Para encontrar a paz interior, podemos recorrer a diversas práticas, como a meditação, contemplar a natureza, inspirar-se com a arte e nos dedicarmos à oração.

Essas práticas nos ajudam a nos conectarmos com nossa essência, a silenciar a mente e a cultivar a presença plena.

E ao nos conectarmos com Aquele que é maior do que nós mesmos, encontramos um sentido mais profundo para a vida e somos capazes de transcender o sofrimento.

Aproveite para ler: O luto de Maria: O que a fez permanecer em pé diante da morte?

Oração: a mais poderosa ferramenta para a paz interior

A oração, em particular, é uma poderosa ferramenta para encontrar a paz interior. Através da oração, podemos expressar nossos sentimentos, nossos medos e nossas angústias. Podemos pedir orientação, força e proteção. E, acima de tudo, podemos cultivar uma relação mais profunda com o divino redentor.

Portanto, a oração é um diálogo íntimo com Deus, nosso Pai e Criador, é uma oportunidade de nos conectarmos com uma fonte de amor e sabedoria infinita, que nos oferece conforto e orientação.

Para te auxiliar nessa jornada em direção à paz interior, te convidamos a baixar o ebook “Oração pessoal – guia de oração para iniciantes”. Nele, você encontrará diversas ferramentas práticas e inspiradoras para aprofundar sua prática de oração e cultivar uma conexão mais profunda com sua espiritualidade.

Mas lembre-se: a paz interior é uma jornada, não um destino. É um caminho que percorremos a cada dia, a cada momento. Logo, com paciência, persistência e abertura de coração, podemos transformar o sofrimento em uma oportunidade de crescimento e encontrar a paz que tanto buscamos. Ao cultivar a paz interior, você não apenas transforma sua própria vida, mas também inspira aqueles ao seu redor.

Que a luz da paz interior ilumine seu caminho e que você possa encontrar a serenidade que tanto deseja. Que a paz seja a sua constante companheira!

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 7 versículos bíblicos para rezar pelo seu matrimônio

Rezar pelo seu matrimônio é cultivar um jardim sagrado, onde o amor floresce e os sonhos de Deus para a família se realizam. E mais do que isso, é nutrir a chama do amor que une duas almas, fortalecendo os laços sagrados estabelecidos diante de Deus.

No coração da Igreja Católica, o matrimônio é um sacramento, é um sinal visível da graça de Deus que une um homem e uma mulher em uma aliança indissolúvel. É um caminho de santificação mútua, um reflexo do amor de Cristo pela Igreja.

Logo, nesse jardim Deus planta a semente do amor, da fidelidade e da vida.

As origens divinas do matrimônio

No livro do Gênesis, encontramos a primeira narrativa sobre a união matrimonial. Ou seja, o matrimônio não é uma criação humana, mas um projeto divino e ele foi instituído por Deus no Jardim do Éden, como parte de Seu plano original para a humanidade.

Portanto, Deus, ao ver que “não é bom que o homem esteja só” (cf. Gn 2,18), criou a mulher como companheira ideal. Portanto, Deus criou o homem e a mulher para se amarem, se completarem e se multiplicarem, formando famílias e construindo a sociedade.

Além disso, o matrimônio é um reflexo do amor de Deus pela humanidade.

E na tradição católica, o matrimônio é mais do que um contrato social. Ele  é elevado à dignidade de sacramento, o que lhe confere uma nova dimensão e um caráter sagrado. Portanto, o matrimônio é um sinal visível e eficaz da graça de Deus. E através do sacramento do matrimônio, o casal recebe a graça de Deus para viver o amor conjugal de forma plena e duradoura.

Por que é importante você rezar pelo seu matrimônio

O matrimônio, um dos mais belos e sagrados laços estabelecidos entre duas pessoas, merece ser nutrido e cuidado com carinho. E qual a melhor forma de fazer isso senão através da oração?

Portanto, rezar pelo seu matrimônio é fazer um investimento nele. E ao dedicar tempo para buscar a Deus juntos, você estará construindo uma base sólida para um casamento feliz e duradouro.

Neste sentido, a oração não é apenas uma prática religiosa, mas uma expressão do amor que você sente por seu cônjuge e por Deus.

Portanto, é importante que você reze pelo seu matrimônio por esses motivos:

Fortalecimento da união: A oração conjunta fortalece os laços entre o casal, criando um espaço sagrado de conexão e intimidade. Ao buscarem a Deus juntos, os cônjuges se aproximam cada vez mais um do outro.

Proteção divina: A vida conjugal é marcada por desafios e tentações. E através da oração, o casal invoca a proteção de Deus, que os ajuda a superar as dificuldades e a resistir às forças que tentam desfazer a união.

Renovação do amor: A rotina e os problemas do dia a dia cotidiano podem abafar a chama do amor. Mas a oração reaviva esse amor, ajudando o casal a redescobrir a paixão e o romantismo que os uniu.

Guia espiritual: Deus oferece sabedoria e direção para os casais que buscam Sua vontade. A oração é um canal para receber essa orientação divina e tomar decisões importantes com base nos valores cristãos.

Graça para o perdão: O perdão é essencial para um casamento saudável. A oração nos ajuda a cultivar o perdão e a superar os ressentimentos.

Exemplo para os filhos: Ao verem seus pais orando juntos, os filhos aprendem a importância da fé e da espiritualidade em suas próprias vidas.

Versículos bíblicos para você meditar e rezar pelo seu matrimônio

  1. Gênesis 2,24: “Por isso o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.” Este versículo expressa a beleza da união conjugal, na qual duas pessoas se tornam um só ser.
  2. Efésios 5,22: “As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador. Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos”. Este versículo nos convida a enxergar o casamento como um reflexo da relação entre Cristo e a Igreja. A submissão da mulher ao marido não é uma imposição, mas um ato de amor e respeito, espelhando a submissão da Igreja a Cristo. É um chamado à unidade, à cooperação e à construção de um lar baseado nos princípios bíblicos.
  3. Efésios 5,25: “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.” Convida os maridos a amarem suas esposas de forma sacrificial, assim como Cristo amou a Igreja.
  4. Colossenses 3,19: “Mulheres, sede submissas a vossos maridos, porque assim convém, no Senhor. Maridos, amai as vossas mulheres e não sejais ásperos com elas.” Enfatiza a importância da ternura e da gentileza no relacionamento conjugal.
  5. 1 Pedro 3,1-4: “Vós, também, ó mulheres, sede submissas aos vossos maridos. Se alguns não obedecem à palavra, serão conquistados, mesmo sem a palavra da pregação, pelo simples procedimento de suas mulheres, ao observarem vossa vida casta e reservada. Não seja o vosso adorno o que aparece externamente: cabelos trançados, ornamentos de ouro, vestidos elegantes; mas tende aquele ornato interior e oculto do coração, a pureza incorruptível de um espírito suave e pacífico, o que é tão precioso aos olhos de Deus”.O apóstolo Pedro exorta as mulheres a serem submissas a seus maridos, não apenas por obediência, mas como um testemunho silencioso que pode levar seus maridos incrédulos à fé, através da pureza, da reverência e da beleza interior que adorna o coração.
  6. 1 Pedro 3,7: ” Do mesmo modo vós, ó maridos, com­portai-vos sabiamente no vosso convívio com as vossas mulheres, pois são de um sexo mais fraco. Porquanto elas são herdeiras, com o mesmo direito que vós outros, da graça que dá a vida. Tratai-as com todo o respeito, para que nada se oponha às vossas orações.” Este versículo destaca a importância de tratar a esposa com respeito e consideração.
  7. Romanos 12,10: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com afeto fraternal, preferindo-vos mutuamente.” Nos convida a cultivar o amor fraternal no casamento, colocando as necessidades do cônjuge acima das nossas.
  8. 1 Coríntios 13,4-7: “O amor é paciente, é benigno; o amor não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não é rude, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” Descreve o amor como a força que une e fortalece o casamento.  
  9. Mateus 19,6: “Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu.” Reafirma a indissolubilidade do matrimônio, como um dom sagrado de Deus.

 Enfim…

Ao meditar nesses versículos e rezar pelo seu matrimônio, os casais podem encontrar inspiração e força para superar os desafios da vida a dois e construir uma família cada vez mais forte e feliz.

Mas que tal dedicar um tempo para rezar pelos casais que você conhece? A oração é um poderoso instrumento de transformação e pode fortalecer os laços de amor e união em todos os relacionamentos.

Que a bênção de Deus esteja sempre sobre os lares cristãos!

O luto de Maria: O que a fez permanecer em pé diante da morte?

Falar de luto no tempo pascal parece contraditório. Entretanto sabemos que o fruto da alegria da ressurreição precisou passar pelo luto dos discípulos de Jesus e também de sua mãe, a virgem Maria.

A única certeza que temos na vida é que um dia iremos morrer. Por mais que saibamos disso, quando chega a morte de um ente querido, nunca estamos preparados. Pois ela vem sem avisar e entramos nesse tempo “pós-morte” chamado luto.

O objetivo deste conteúdo é falar sobre o luto e, com o olhar da fé e a intercessão da Virgem Maria, passar por esse momento em pé diante da cruz (cf Jo. 19, 27). 

O luto na vida humana

O sofrimento é inerente à vida humana, e o luto é um grande sofrimento. Cada pessoa tende a vivê-lo de diferentes formas. Segundo a psicologia, o processo de luto e a sua intensidade varia conforme o vínculo e o significado que aquela pessoa que nos deixou tinha em nossa vida.

O luto se manifesta por meio de uma série de reações que envolvem respostas emocionais (sentimentos de tristeza, culpa, raiva, autocensura, ansiedade, saudade). Cognitivas (pensamentos de descrença, confusão, preocupação) e comportamentais (distúrbios do sono, do apetite, isolamento social, agitação, choro, evitação de lembranças). 

Essas reações são naturais da nossa condição humana e, consequentemente, precisam de atenção. Diante do luto, muitas vezes é necessário um acompanhamento psicológico para lidar com a dor da ausência. 

A psicologia dá algumas dicas de como superar o luto, mas e a fé católica como pode ajudar o crente a viver a dor da sua perda? 

Maria e o luto

Recentemente, passamos pelo tríduo pascal, vivenciamos a dor da paixão do Senhor e a permanência da Virgem Maria em pé diante do seu Filho crucificado. As sagradas escrituras não narram um descontrole emocional de Maria. Vale lembrar que naquela época, também não havia calmantes para aliviar a dor de uma mãe que perde um filho.

No entanto, o Evangelho de São João diz apenas que Maria estava lá. São João Paulo II ao comentar esse trecho bíblico diz: “Ela, que é imaculada, no Calvário “conhece” no seu próprio ser o sofrimento do pecado, que o Filho assume sobre si mesmo, para salvar os homens.”

Ainda nas cenas do Filme Paixão de Cristo, é possível perceber as lágrimas e o sofrimento estampados no rosto de Nossa Senhora. Porém, ela vivia tudo isso em um profundo silêncio.

O papa Bento XVI, na Encíclica Spe Salvi, escreve como acredita que a Virgem Maria tenha vivido o seu luto:

“A espada da dor trespassou o vosso coração. Tinha morrido a esperança? Ficou o mundo definitivamente sem luz, a vida sem objetivo? Naquela hora, provavelmente, no vosso íntimo tereis ouvido novamente a palavra com que o anjo tinha respondido ao vosso temor no instante da anunciação: « Não temas, Maria! » (Lc 1,30). 
Quantas vezes o Senhor, o vosso Filho, dissera a mesma coisa aos seus discípulos: Não temais! Na noite do Gólgota, Vós ouvistes outra vez esta palavra. Aos seus discípulos, antes da hora da traição, Ele tinha dito: « Tende confiança! Eu venci o mundo » (Jo 16,33). « Não se turve o vosso coração, nem se atemorize » (Jo 14,27). « Não temas, Maria! » Na hora de Nazaré, o anjo também Vos tinha dito: « O seu reinado não terá fim » (Lc 1,33). Teria talvez terminado antes de começar? Não; junto da cruz, na base da palavra mesma de Jesus, Vós tornastes-Vos mãe dos crentes. Nesta fé que, inclusive na escuridão do Sábado Santo, era certeza da esperança, caminhastes para a manhã de Páscoa.”

A partir dessas palavras de Bento XVI, podemos afirmar que o consolo para o luto de Maria veio do fazer memória das palavras de Deus a ela e isso renovou a sua fé de que nem tudo estava perdido, havia esperança e ainda não tinha acabado. Pois, como disse Santo Ambrósio, padre da Igreja:

“Não devemos chorar a morte, que é a causa de salvação universal”

O que vem após a morte e o luto

Certamente a manhã de Páscoa, que chega com a notícia do sepulcro vazio, faz Maria sorrir e agradecer ao Pai por mais uma vez ser fiel às suas promessas. 

Com a ressurreição, tanto Maria quanto os apóstolos começam a entender o que vem após a morte e o sofrimento do luto: uma nova vida, a vida eterna.

Mas o que é viver eternamente? O Papa Bento XVI, ao falar sobre a vida eterna, apresenta o grande mistério que a envolve, visto que está intimamente ligada ao desejo mais profundo do ser humano. A fé que sustenta e consola o cristão, a mesma fé que consolou a Virgem Maria, é a fé e a esperança na vida eterna. 

A vida eterna seria então a “verdadeira vida”, a vida em abundância que Jesus prometeu que nos daria. “De certo modo, desejamos a própria vida, a vida verdadeira, que depois não seja tocada sequer pela morte; mas, ao mesmo tempo, não conhecemos aquilo para que nos sentimos impelidos”, diz o Papa.

“Por um lado, não queremos morrer; sobretudo quem nos ama não quer que morramos. Mas, por outro, também não desejamos continuar a existir ilimitadamente, nem a terra foi criada com esta perspectiva. Então, o que é que queremos na realidade? Este paradoxo da nossa própria conduta suscita uma questão mais profunda: o que é, na verdade, a « vida »? E o que significa realmente « eternidade »? Há momentos em que de repente temos a sua percepção: sim, isto seria precisamente a « vida » verdadeira, assim deveria ser. Em comparação, aquilo que no dia-a-dia chamamos « vida », na verdade não o é”.

A palavra  vida eterna  procura dar um nome a esta desconhecida realidade conhecida.

Conhecer para crer

Vimos o grande paradoxo e mistério que envolve a morte, o luto e a fé na vida eterna. Entretanto, é necessário conhecer e aprofundar a doutrina católica que é o que firma a nossa fé sobre a rocha.

Diante da dor do luto e da necessidade dos fiéis conhecerem mais sobre a profissão de fé católica, a Copiosa Redenção lançou o curso “Creio na Vida Eterna”. Assim,  todo católico que queira compreender o que acontece após a morte e o que a Igreja ensina sobre céu, purgatório e inferno poderá aprofundar esse conteúdo.

As aulas serão dadas por Pe Fernando Bauwelz  juntamente com a Irmã Zélia, que ensinará a interceder pelas almas dos falecidos. O Curso é também um auxílio para que aqueles que vivem a dor do luto possam encontrar sentido no sofrimento intercedendo pelas almas. 

Se você conhece alguém que precise renovar a sua fé na vida eterna, compartilhe esse conteúdo.

Eu quero fazer o curso!

Que a Virgem Maria, a Mãe da Esperança, nos console e nos guie no caminho até à vida eterna!

 5 motivos para rezar a Novena das Rosas com a Copiosa Redenção

A Novena das Rosas é uma devoção profundamente arraigada no coração dos católicos, especialmente daqueles que buscam a intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus.

Essa novena, repleta de fé e esperança, promete a seus devotos uma chuva de graças, pois o desejo da pequena santa era de cobrir o mundo de rosas. E isso é símbolo do amor de Deus e da sua própria vida entregue ao Senhor.

E quando falamos da Copiosa Redenção, a devoção a Santa Teresinha se torna ainda mais especial. 

Então, vamos juntos descobrir como surgiu a Novena das Rosas de Santa Teresinha, por que a devoção a essa Santa é tão especial para a Copiosa Redenção e conhecer 5 motivos para você rezar conosco esta novena.

Afinal, como surgiu a Novena das Rosas

A história da Novena das Rosas teve início com a própria vida de Santa Teresinha, uma jovem carmelita francesa que, apesar de sua curta existência, deixou um legado de amor e devoção a Deus.

Em seus escritos e cartas, Santa Teresinha revelou sua profunda fé e seu desejo de ajudar as almas a se aproximarem de Deus. E após sua morte, muitos fieis começaram a relatar milagres e graças recebidas por sua intercessão.

Então, foi a partir dessas experiências que nasceu a devoção à Santa das Rosas e, consequentemente, a Novena das Rosas.

A Copiosa Redenção e Santa Teresinha

Fundada em 1989 pelo Padre Wilton Moraes, a Copiosa Redenção tem como missão principal acolher e acompanhar, com amor e compaixão, pessoas que sofrem com o uso das drogas e outras dependências.

E seu carisma, um dom especial de Deus, encontra seu centro na adoração ao Santíssimo Sacramento. É nesse momento de profunda intimidade com Jesus Cristo que os membros da Congregação renovam suas forças e encontram a inspiração para servir aos mais necessitados.

Logo, a figura de Santa Teresinha do Menino Jesus é uma referência na espiritualidade da Copiosa Redenção. Sua “pequena via do amor”, marcada pela simplicidade e confiança em Deus, encontra eco nos corações dos membros da Congregação. A Igreja a reconheceu como Padroeira das Missões, e na Copiosa Redenção ela é invocada como patrona da formação.

Isso porque a devoção a Teresinha esteve profundamente marcada na vida do nosso fundador Padre Wilton. Certa vez, ao contemplar a imagem da Santa, ele experimentou um profundo amor e encontrou nela uma companheira em sua missão.

Portanto, a intercessão de Santa Teresinha é invocada para que os religiosos e religiosas da Copiosa Redenção possam seguir seus passos, vivendo uma vida marcada pelo amor e pela entrega total a Deus. Por isso, a Congregação propaga e convida a todos a rezar a Novena das Rosas, acreditando que essa prática fortalece a fé e aproxima os corações devotos de Deus.

E mais: Santa Teresinha é a santa de devoção do Planejamento Espiritual 2025 da Irmã Zélia.

5 motivos para rezar a Novena das Rosas com a Copiosa Redenção

  1. Experiência da Misericórdia Divina: A Novena das Rosas é um convite para experimentar a misericórdia infinita de Deus. E através da intercessão de Santa Teresinha, todos nós podemos alcançar graças inimagináveis e sentir a presença amorosa de Deus em suas vidas.
  2. Fortalecimento da Fé: Rezar a Novena da Rosas fortalece a fé e a esperança. Ao meditar nos mistérios da vida de Santa Teresinha e nos ensinamentos da Igreja, temos a oportunidade de aprofundar a nossa relação com Deus e encontrar forças para enfrentar os desafios da vida.
  3. União com a Comunidade: A Novena da Rosas é um momento de união com a comunidade da Copiosa Redenção e com todos os devotos de Santa Teresinha ao redor do mundo. Portanto, rezar em conjunto fortalece os laços de fraternidade e nos faz sentir parte de uma grande família espiritual.
  4. Desenvolvimento da Vida Interior: A Novena das Rosas nos convida a uma profunda vida interior. Sendo assim, através da oração, da meditação e da contemplação, podemos cultivar virtudes como a fé, a esperança, a caridade e a confiança em Deus.
  5. Experiência da Pequena Via: Santa Teresinha nos ensinou a “Pequena Via” do amor, que consiste em fazer as pequenas coisas com grande amor. E rezar a Novena das Rosas nos ajuda a colocar em prática esse ensinamento, transformando nosso dia a dia em um ato de amor a Deus e ao próximo.

Enfim, rezar a Novena das Rosas com a Copiosa Redenção é uma experiência profundamente espiritual que nos conecta com a tradição da Igreja e nos aproxima de Deus. Além disso, ao recorrer à intercessão de Santa Teresinha, podemos experimentar a força da oração e a beleza da vida consagrada a Deus.

Como rezar a Novena das Rosas com a Copiosa Redenção

O Grupo Sentinelas da Adoração, da Copiosa Redenção, estará conduzindo a Novena das Rosas de Santa Teresinha.

E este momento intenso de oração e súplica está acontecendo pelo Instagram da Copiosa Redenção. A Novena das Rosas começou no dia 22 e irá até 30 de setembro, e você é nosso convidado especial.

Então, se você ainda não segue a página da Copiosa Redenção no Instagram, este é o momento para começar a seguir. Acesse AQUI e participe conosco da Novena das Rosas.  

Como restaurar o seu casamento à luz da fé

O casamento, sacramento instituído por Deus, é um chamado à santidade, à felicidade e à construção de um amor duradouro. No entanto, como toda relação humana, o matrimônio está sujeito a desafios e crises e pode enfrentar tempestades. Mas não se desespere! A fé nos oferece uma bússola e um farol para guiar os casais em busca da restauração. Além disso, a oração e a disposição para mudar podem ser poderosas ferramentas para restaurar o amor e reconstruir um casamento sólido e duradouro

O casamento: uma rosa a ser cultivada

A fé em Deus nos proporciona uma perspectiva única sobre o casamento. O Catecismo da Igreja Católica nos lembra que o matrimônio é uma comunidade de vida e de amor constituída pelo homem e pela mulher, unidos pelo sacramento do matrimônio (cf. nº 1601). É um caminho de santificação mútua, onde o amor conjugal se torna um reflexo do amor de Cristo pela Igreja. É um dom precioso que exige cuidado e cultivo constantes. Como uma planta, o amor matrimonial precisa ser regado com atenção, carinho e palavras de afeto.

Ao reconhecer o casamento como um dom sagrado, compreendemos que os desafios que enfrentamos não são o fim. Mas, sim, oportunidades para aprofundar nossa fé e fortalecer nosso amor. Logo, a oração nos conecta com a fonte do próprio Amor e nos permite encontrar a força para perdoar, amar e sermos amados.

A importância da mudança para restaurar o casamento

A restauração do casamento muitas vezes exige uma profunda mudança de hábitos e comportamentos. Portanto, é preciso estar disposto a reconhecer as próprias falhas, a pedir e a dar perdão e a buscar a reconciliação.

Neste sentido, é importante não ter medo de mudar e de começar de novo. O Papa Francisco nos recorda que a própria Palavra de Deus está repleta de histórias de amor e de crises familiares. E por isso a Palavra deve ser companheira das famílias que estão em crise ou imersas em tribulações. Isso porque ela tem a capacidade de nos mostrar “a meta do caminho, quando Deus ‘enxugar todas as lágrimas dos seus olhos, e não haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor’ (Ap 21, 4)” (Amoris Laetitia, 22).  

O Perdão: a chave para a libertação

O perdão é um ato de amor que liberta tanto aquele que perdoa quanto aquele que é perdoado. Sendo assim, é fundamental para a cura das feridas e para a reconstrução da confiança.

Jesus nos ensinou a importância do perdão incondicional e ilimitado neste seu diálogo com o apóstolo Pedro: “Senhor, quantas vezes devo per­doar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?”. Respondeu Jesus: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18,21-22).

O poder da Oração no casamento

A oração também é uma arma poderosa para restaurar o casamento. Ao recorrer a Deus, encontramos conforto, esperança e a força para enfrentar as dificuldades.

Mais do que isso, a oração é a nossa conversa íntima com Deus. E, ao orar juntos, o casal tem a oportunidade de experimentar a força da unidade e do Amor divino. E, desse modo, a oração ajuda o casal a superar as dificuldades, a encontrar a paz interior e a fortalecer a fé em Deus. Portanto, como diz o autor bíblico: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Is 55,6).

Então, enquanto suplica a Deus pelo seu casamento, peça ao Espírito Santo que renove o amor em seu coração. E mais, que conceda ao casal sabedoria para resolver os conflitos, guiando vocês por um caminho de reconciliação e felicidade.

No entanto, marido e mulher são convidados não apenas a rezar pelo seu matrimônio, mas também pelos filhos, para que todos possam viver em unidade e amor.

Família: o bem precioso da humanidade

A família é a célula fundamental da sociedade e o lugar onde se aprende a amar. Ela é o um santuário da vida e do amor, onde os valores morais e espirituais são transmitidos de geração em geração.

Logo, o Papa São João Paulo II, na Encíclica Familiaris Consortio, nos recorda que o matrimônio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade. Portanto, ressalta: “Queridos por Deus com a própria criação, o matrimônio e a família estão interiormente ordenados a complementarem-se em Cristo”.

Desse modo, São João Paulo II destaca que toda família tem necessidade da Graça de Deus. E isso para que os cônjuges possam ser “curados das feridas do pecado e conduzidos ao seu ‘princípio’, isto é, ao conhecimento pleno e à realização integral do desígnio de Deus” (Familiaris Consortio, 3) em suas vidas.

Contudo, ao buscar a restauração do casamento, é importante envolver a família e a comunidade eclesial. O apoio e a intercessão dos outros podem ser de grande ajuda nesse processo.

Restaurar o casamento: dicas práticas

Certamente você já compreendeu que a restauração do casamento exige uma mudança profunda em nossos hábitos e comportamentos. Mas talvez esteja se perguntando: como isso é possível? Então, separamos algumas dicas simples e práticas que podem te ajudar, acompanhe!

  • Comunique-se de forma aberta e honesta: A comunicação é o alicerce de qualquer relacionamento e mais ainda quando se trata do casamento. Portanto, é preciso aprender a expressar nossos sentimentos, necessidades e expectativas de forma clara e respeitosa, sempre evitando acusações e julgamentos.
  • Cultive a intimidade: A intimidade não se limita ao aspecto físico, mas abrange a esfera emocional, espiritual e intelectual. Mas é preciso dedicar tempo para se conhecerem melhor, compartilhar sonhos e projetos, e fortalecer a conexão espiritual.
  • Perdoar: O perdão é essencial para a cura e a reconciliação. Logo, perdoar não significa aceitar o erro, mas sim liberar o outro e a si mesmo do peso do ressentimento.
  • Busque ajuda profissional: Um terapeuta de casais pode oferecer ferramentas e estratégias para superar os desafios e construir um relacionamento mais saudável.

Enfim, restaurar um casamento é uma jornada desafiadora, mas também profundamente gratificante. Logo, ao confiar em Deus, mudar nossos hábitos, perdoar e buscar ajuda, podemos reconstruir o amor para ser mais forte e duradouro.

Então, lembre-se: o casamento é um dom precioso que merece ser cuidado e cultivado todos os dias. E aproveite para assistir as pregações da Irmã Zélia sobre oração e casamento.

Mulher, reze em seu lar e converta sua família (PARTE 1)

Mulher, reze em seu lar e converta sua família (PARTE 2)

3 sinais de que o seu casamento está em crise

Casamento em crise é tão comum quanto os próprios casamentos. Isso porque estima-se que todo casal, em algum momento da vida, passa por momentos críticos em sua relação. Logo, isso demonstra que essa é uma realidade que afeta pessoas de diferentes realidades e contextos.

Contudo, as causas das crises conjugais são complexas e variadas. E elas são como tempestades: agitam as águas calmas da rotina e podem gerar medo e insegurança. Mas, assim como as tempestades purificam o ar e trazem a chuva necessária para a terra, as crises também podem fortalecer o amor e a união entre um casal.

Logo, é importante reconhecer os sinais de um casamento em crise a fim de fazer algo para reverter a situação. Portanto, abaixo, você encontrará três indicadores importantes, acompanhados de dicas práticas para superar esses desafios e construir um relacionamento ainda mais forte e maduro. Acompanhe!

1º sinal de um casamento em crise: comunicação deficiente

A comunicação é a base de qualquer relacionamento saudável. Logo, quando os esposos não se comunicam de forma eficaz, surgem mal-entendidos, ressentimentos, mágoas e frustrações. E tudo isso contribuiu para um casamento em crise.

  • Sinais de uma comunicação deficiente: dificuldade em se expressar abertamente, discussões frequentes, falta de diálogo construtivo, conversas superficiais e evasivas.
  • Dica para reverter esta situação: reservem um tempo para conversar de forma honesta e respeitosa, sem interrupções ou julgamentos. Escutem com atenção um ao outro e busquem entender as necessidades e sentimentos de cada um.

2º sinal de um casamento em crise: distanciamento emocional

O distanciamento emocional no casamento é um problema sério, que pode levar ao desgaste da relação e até mesmo ao fim do relacionamento. E isso é caracterizado por uma diminuição da conexão emocional entre os parceiros, o que pode se manifestar de diversas maneiras, como:

  • Sinais de um distanciamento emocional: falta de interesse em atividades conjuntas, diminuição do afeto e da intimidade física, redução das demonstrações de carinho, como abraços, beijos e palavras de amor e sentimento de solidão mesmo na presença do outro.
  • Dica para reverter esta situação: invistam no tempo de qualidade juntos, resgatando hobbies e atividades que vocês apreciam em comum. Além disso, procurem demonstrar afeto um ao outro com palavras e gestos carinhosos, como provavelmente acontecia no início do relacionamento. E busquem se conectar emocionalmente através de conversas profundas e escuta atenta e participativa, o que recria a proximidade.

3º sinal de um casamento em crise: rotina monótona

A rotina monótona no casamento é um problema comum que pode afetar a felicidade e a conexão entre os esposos. Logo, é caracterizada por uma repetição constante de atividades e comportamentos, o que pode levar ao tédio, ao desinteresse e à falta de entusiasmo na relação. Então, observe:

  • Sinais de uma rotina monótona: perda do interesse em realizar atividades juntos, como sair para jantar, viajar ou fazer hobbies em comum. A sensação de que a vida a dois está estagnada. Desmotivação para realizar atividades juntos e realizar as tarefas diárias sem entusiasmo ou interesse, como se estivesse em um modo automático.
  • Dica para reverter esta situação: quebrem a rotina! Experimentem novas atividades juntos, explorem novos lugares e hobbies. Busquem criar novas memórias e experiências que fortaleçam a união e o entusiasmo no relacionamento. E aqui vale usar da criatividade, pois explorar novos lugares costuma gastar muito dinheiro, mas não precisa ser assim. Atividades ao ar livre, como um piquenique no parque, pode ser divertido e custar pouco.

A fé como aliada na superação da crise

A fé em Deus e a vivência da religiosidade podem ser ferramentas poderosas para superar as crises conjugais. Logo, a oração em família, a intercessão um pelo outro e a participação nos sacramentos como a Eucaristia podem fortalecer a união. Tudo isso auxilia a trazer esperança e paz e inspirar o casal a buscar o perdão, a reconciliação e o crescimento mútuo.

Portanto, lembre-se: as crises conjugais são oportunidades de crescimento e aprendizado. Logo, enfrentá-las juntos, com diálogo honesto, amor, empatia e fé, pode fortalecer o seu casamento e construir uma relação ainda mais profunda e significativa.

Dicas extras

  • Busquem ajuda profissional de um terapeuta familiar ou de um sacerdote. Isso pode ser extremamente útil para ajudar o casal a lidar com os desafios da crise conjugal.
  • Participar de grupos de apoio para casais também pode ser uma fonte de aprendizado, troca de experiências e fortalecimento da fé.
  • Na sua paróquia, procurem se engajar na Pastoral Familiar. Isso é excelente opção para recordar na própria vida a sacralidade da família e fortalecer o desejo de santificação do lar.
  • Procurem ler livros e artigos sobre relacionamento. Isso também pode trazer insights valiosos para superar as dificuldades e construir um casamento mais feliz e duradouro.

Enfim, acredite no poder do amor, da fé e do compromisso para superar qualquer obstáculo. Com perseverança, diálogo e união, você e seu cônjuge podem transformar a crise em uma oportunidade de fortalecer o amor e construir um futuro ainda mais feliz juntos.

Aproveite para ler:

Como perdoar?

A missão do leigo na igreja

Chamados a ser Sal da Terra e Luz do Mundo, essa é a missão indispensável do leigo na vida da Igreja!

E o mês de agosto para a igreja é dedicado às vocações. Sendo que, anualmente, no quarto domingo do mês, dentro do Tempo Comum, em um dia especial para a Igreja, comemora-se a vocação dos leigos.

Contudo, mais do que uma mera comemoração, este domingo serve como um poderoso chamado à ação. Mais que isso, é um convite para que cada fiel batizado reflita sobre sua missão fundamental na construção do Reino de Deus.

Quem são os Leigos na Igreja Católica?

Engana-se quem pensa que a Igreja se resume apenas a sacerdotes, freiras e monges. Na verdade, a maioria dos membros da comunidade cristã é composta por leigos, homens e mulheres que, batizados em Cristo, são chamados a viver sua fé no mundo secular.

Ou seja, os leigos são a grande maioria dos fiéis da Igreja Católica e, embora não sejam clérigos, eles têm uma missão fundamental na Igreja e no mundo. E como já citamos, o leigo é chamado a ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14), levando a mensagem de Cristo a todos os ambientes da sociedade.

Batizados em Cristo, compartilhando da Sua missão

O batismo não é apenas um rito de passagem, mas sim um evento transformador que configura o cristão em Cristo Sacerdote, Profeta e Rei. E isso significa que, mesmo não sendo ordenados sacerdotes, os leigos participam da tripla missão de Cristo sendo chamados a:

Ser sacerdotes: oferecer a Deus seus próprios sacrifícios espirituais, através da oração, adoração, participação ativa na liturgia e testemunho de vida cristã.

Ser profetas: anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo ao mundo, seja através da palavra, seja pelo exemplo. E isso se concretiza na catequese, evangelização, defesa da fé e promoção da justiça social.

Ser reis: servir a Cristo como reis, construindo o Reino de Deus na terra. Logo, isso se manifesta no exercício da caridade, na luta pela justiça e na promoção da paz.

Leigo: uma missão ampla e diversa

Na família: construir lares acolhedores e amorosos, onde os valores do Evangelho sejam vividos e transmitidos às novas gerações. A Igreja convida o leigo a tornar o seu lar uma Igreja Doméstica, onde os membros da família se reúnem para aprofundar a fé em Jesus Cristo através da oração, da leitura da Bíblia, na prática do amor, do perdão, da caridade e dando testemunho de fé.

Trabalho: o trabalho, além de ser um meio de prover o sustento, é também uma oportunidade de servir ao próximo e construir o Reino de Deus. Logo, o leigo na Igreja Católica tem a missão de dar bom testemunho em seu ambiente de trabalho, iluminando-o com a luz de Cristo. Portanto, é dever do leigo ser honesto, justo e ético em sua profissão, buscando sempre o bem comum.

Comunidade: o leigo é chamado a participar ativamente da vida da comunidade, se engajando nas diversas pastorais ou movimentos. Além disso, pode ser voluntário em ações sociais, realizar visitas a orfanatos, aos doentes, aos presidiários, levando o conforto da Palavra e o amor misericordioso de Jesus.

Política: engajar-se na política para construir uma sociedade mais justa e fraterna, inspirada pelos princípios da Doutrina Social da Igreja é também uma missão que o leigo pode abraçar. Dessa forma, é convidado a participar de debates e fóruns políticos, lutando contra a corrupção, a desigualdade social e a pobreza. Além disso, defendendo os direitos humanos e o meio ambiente – obra da Criação Divina.

Cultura: levar a mensagem do Evangelho ao mundo da cultura, através da arte, da música, da literatura e da comunicação. Além disso, o leigo deve incentivar o promover a produção de obras culturais que refletem os valores do Evangelho, usando a cultura como ferramenta de evangelização e promoção da fé.

Documentos da Igreja que reforçam a Vocação dos Leigos

Ao longo da história, a Igreja Católica tem dedicado grande atenção à vocação e missão dos leigos. Sendo assim, diversos documentos foram publicados ao longo do tempo, reconhecendo sua importância e oferecendo diretrizes para o seu pleno exercício. E entre eles estão:

Concílio Vaticano II: a Constituição Dogmática Lumen Gentium reconhece a dignidade e a missão dos leigos na Igreja (cf. LG 31-38).

Exortação Apostólica Christifideles Laici: o Papa João Paulo II dedica este documento à vocação e missão dos leigos no mundo contemporâneo.

Documento de Aparecida: a Conferência de Aparecida destaca a importância da participação dos leigos na evangelização e na missionariedade. E sobre isso afirma:  “Necessitamos nos fazer discípulos dóceis, para aprender d’Ele, em seu seguimento, a dignidade e a plenitude de vida. E necessitamos, ao mesmo tempo, que o zelo missionário nos consuma para levar ao coração da cultura de nosso tempo aquele sentido unitário e completo da vida humana que nem a ciência, nem a política, nem a economia nem os meios de comunicação poderão proporcionar”.

Um chamado à Santidade no cotidiano

A missão do leigo não se resume a tarefas específicas ou cargos nas pastorais e movimentos. Mas trata-se também de um chamado à santidade no dia a dia, de transformar cada momento e ação em um testemunho do amor de Deus para todos.

É ao viverem sua fé com autenticidade e entusiasmo que os leigos se tornam sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14), transformando realidades e construindo um mundo novo, mais justo, fraterno e permeado pela luz do Evangelho.

Portanto, o quarto domingo do mês vocacional, em agosto, é um convite à celebração e à reflexão. É um dia para que cada leigo se reconheça como parte ativa e essencial da Igreja, com uma missão única e insubstituível.

Que esta reflexão seja um impulso para que todos os batizados assumam com entusiasmo sua vocação e contribuam para a construção do Reino de Deus.

Você sabia que a Copiosa Redenção tem Leigos Consagrados? Descubra AQUI!

Matrimônio: por que você deve acreditar que “o que Deus uniu o homem não separa”?

O matrimônio, sacramento instituído por Deus, é um dos maiores tesouros da humanidade, além de ser é um dos mais belos e profundos mistérios da fé cristã. É uma vocação à santidade, um caminho de amor e de crescimento espiritual para o casal.

Mas, diante dos desafios da vida moderna, muitos questionam a perenidade do matrimônio e a validade da afirmação de Jesus: “O que Deus uniu, o homem não separe” (Mt 19,6). Contudo, justamente essa afirmação de Jesus expressa a beleza e a profundidade desse mistério, e nos convida a refletir sobre o significado do casamento à luz da fé.

O matrimônio como projeto de Deus

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que o matrimônio é uma realidade instituída por Deus desde a criação. Deus criou o homem e a mulher para se amarem e se completarem, formando uma só carne (Gn 2,24). Logo, o amor conjugal é uma imagem do amor de Cristo pela Igreja, um amor fiel, indissolúvel e fecundo.

A Encíclica Familiaris Consortio do Papa São João Paulo II aprofunda essa compreensão, afirmando que o matrimônio é uma comunidade de vida e de amor, fundada pelo Criador, e destinada a perdurar por toda a vida. Sendo assim, diz São João Paulo II, “é assumida pela caridade nupcial de Cristo, sustentada e enriquecida pela sua força redentora” (Familiaris Consortio, nº 13).

Já o Papa Francisco, por sua vez, na Encíclica Amoris Laetitia, nos convida a redescobrir a beleza e a alegria do amor conjugal, e a construir famílias fortes e resilientes. “O bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja”, diz Francisco no documento.

E o Papa ainda afirma: “A indissolubilidade do matrimónio (“o que Deus uniu não o separe o homem” Mt 19,6) não se deve entender primariamente como ‘jugo’ imposto aos homens, mas como um “dom” concedido às pessoas unidas em matrimônio” (Amoris Laetitia, 62).

Ou seja, a indissolubilidade do matrimônio é um dom de Deus e uma garantia de amor eterno. Jesus Cristo, ao reafirmar a indissolubilidade do matrimônio, elevou a união conjugal à dignidade de sacramento, tornando-a um sinal da aliança entre Deus e o seu povo.

Mais uma vez citando a Encíclica Familiaris Consortio, nela São João Paulo II nos lembra que o matrimônio é uma realidade objetiva, fundada na lei natural e divinamente instituída, e não uma mera criação cultural.

O poder da oração na vida do casal

A oração é o alimento da alma e o pilar fundamental que nos impulsiona a viver a nossa fé. E no contexto do matrimônio, a oração é um pilar fundamental para fortalecer a união do casal e superar os desafios da vida a dois.

Ao rezar juntos, os cônjuges se unem a Deus e fortalecem os laços que os unem. E mais que isso, ao orar juntos, os cônjuges se aproximam de Deus e experimentam a força do seu amor.

Sendo assim, a oração os ajuda a superar as dificuldades, a perdoarem-se mutuamente e pedir perdão, a agradecer e a amar cada vez mais.

Logo, a oração familiar é um momento especial para compartilhar a fé, os sonhos e as esperanças. É um espaço sagrado no qual os pais podem educar seus filhos na fé e transmitir os valores do Evangelho.

A Encíclica Amoris Laetitia nos convida a redescobrir a beleza da oração em família, como um momento privilegiado de encontro com Deus e de fortalecimento dos laços afetivos.

Por que acreditar que “o que Deus uniu, o homem não separa”?

  • O matrimônio é um sacramento: ao receber o sacramento do matrimônio, o casal recebe a graça de Deus para viver seu amor de forma fiel e indissolúvel.
  • O amor conjugal é um dom de Deus: o amor que une um casal é um dom precioso, um fruto do Espírito Santo. É um amor que transcende os sentimentos e as emoções, e que se fundamenta na vontade de Deus.
  • A família é a célula da sociedade: a família é o primeiro lugar onde aprendemos a amar, a perdoar e a viver em comunidade. É fundamental para a construção de uma sociedade mais empática e fraterna.
  • Cristo nos deu o exemplo: o amor de Cristo pela Igreja é o modelo perfeito para o amor conjugal. É um amor incondicional, sacrificial e pleno de misericórdia.

Os desafios do matrimônio e a graça de Deus

É importante reconhecer que o matrimônio é um caminho exigente e repleto de desafios, marcado por alegrias e dificuldades. Logo, as crises e as tentações fazem parte da vida de todo casal.

No entanto, a graça de Deus está sempre presente para fortalecer o casal e ajudá-los a superar as dificuldades. Ao confiar em Deus e buscar o seu auxílio, os cônjuges podem encontrar a força necessária para perseverar em seu amor.

Logo, a comunidade cristã desempenha um papel fundamental no apoio aos casais. Ou seja, a paróquia, os grupos de oração e os movimentos familiares são espaços que os cônjuges podem encontrar acolhida, amizade e orientação espiritual.

E ao compartilhar suas experiências e desafios com outros casais da igreja, é possível encontrar novas perspectivas e fortalecer a fé.

Além disso, o acompanhamento espiritual é fundamental para ajudar os casais a viverem a sua vocação matrimonial. Um sacerdote, um conselheiro familiar ou um grupo de casais podem oferecer orientação e apoio em momentos de crise.

Leia também: 5 conselhos bíblicos para encontrar amizades verdadeiras

Conselhos da Irmã Zélia para o seu matrimônio

Acreditar que “o que Deus uniu, o homem não separa” é um ato de fé. É confiar que o amor de Deus é mais forte que qualquer dificuldade e que, com a sua graça, é possível construir um matrimônio saudável, feliz e duradouro.

Ao escolher o matrimônio, o casal se entrega a um projeto de vida a dois, um projeto de amor e de felicidade. É um caminho que exige compromisso, renúncia e um constante esforço para crescer juntos. Mas é também um caminho que pode nos levar à plenitude e à santidade.

Aproveite para assistir a esses dois vídeos da Irmã Zélia, religiosa da Copiosa Redenção, para extrair conselhos para a vivência do seu matrimônio:

Mulher, reze em seu lar e converta sua família (PARTE 1)

Mulher, reze em seu lar e converta sua família (PARTE 2)

Que Nossa Senhora, Mãe da Divina Graça e modelo perfeito de esposa e mãe, interceda por todos os casais, para que possam viver seu amor com fidelidade e alegria.

Pratique o perdão no casamento

O perdão no casamento é essencial, já que a vida do casal é uma jornada repleta de alegrias, desafios e, inevitavelmente, momentos de desentendimento. Então, nesse contexto, o perdão emerge como um pilar fundamental para a construção de um relacionamento sólido, duradouro e feliz.

É através do perdão que superamos as feridas, reconquistamos a confiança e aprofundamos o amor. No entanto, perdoar nem sempre é fácil. O perdão no casamento, exige humildade, empatia e a disposição de deixar de lado o ressentimento.

Neste texto, refletiremos sobre a importância do perdão no casamento, como praticá-lo e como viver a máxima do Evangelho sobre a reconciliação.

O perdão como um Dom de Deus

O perdão não é apenas uma virtude humana, mas um dom divino. Portanto, a capacidade de perdoar e ser perdoado é um reflexo do amor de Deus e um testemunho da nossa fé.

Ao perdoarmos nossos cônjuges, imitamos a misericórdia de Deus, que sempre está pronto a nos perdoar. Como afirma o Catecismo da Igreja Católica, o perdão é uma dimensão essencial da vida cristã, pois nos liberta do ressentimento e nos permite experimentar a verdadeira paz interior. “O perdão é uma força que ressuscita para uma nova vida e infunde a coragem para olhar o futuro com esperança” (CIC 2838).

Jesus, em seu sermão da montanha, nos convida a perdoar aos nossos irmãos “setenta vezes sete” (Mt 18,22). Mas o perdão não é apenas um conselho e, sim, um mandamento divino que se aplica a todas as nossas relações, especialmente no âmbito familiar. Ao perdoar, imitamos a misericórdia divina e abrimos espaço para que o amor de Deus transforme nossos corações.

O perdão no casamento como um ato de amor

O perdão não é apenas uma virtude cristã, mas é também uma necessidade humana. Ao perdoar, libertamos não apenas a outra pessoa, mas também a nós mesmos do peso do ressentimento.

Logo, o perdão é um dom do Espírito Santo que nos permite seguir os passos de Cristo, que nos amou até o fim e nos perdoou infinitamente.

E o perdão no casamento se torna ainda mais essencial. Afinal, as diferenças de personalidade, as expectativas não correspondidas e as dificuldades da vida cotidiana podem gerar conflitos e feridas. Portanto, o perdão é a cola que une os pedaços quebrados, restaurando a confiança e o amor.

A importância do perdão no casamento

O perdão é fundamental para a saúde do casamento por diversas razões:

Restaura a confiança: quando perdoamos, reconstruímos a confiança que pode ter sido abalada por uma ofensa.

Promove a unidade: o perdão rompe as barreiras que separam os cônjuges e fortalece a união do casal.

Liberta o coração: o perdão alivia o peso do ressentimento e permite que o amor flua livremente.

Reflete o amor de Deus: ao perdoar, testemunhamos o amor de Deus para o mundo.

Como praticar o perdão no casamento

Inicialmente, é preciso dizer que perdoar não significa esquecer, mas sim decidir não permitir que o passado determine o presente e o futuro do relacionamento. E é claro que praticar o perdão no casamento não é tarefa fácil. Mas é um caminho que vale a pena percorrer, com confiança em Deus. Contudo, algumas dicas podem ajudar nesse processo:

  • Perceba a dor do outro: coloque-se no lugar do seu cônjuge e tente entender a dor que ele está sentindo.
  • Reconheça a necessidade de perdoar: o primeiro passo para ter o perdão no casamento é admitir que a raiva, o ressentimento e a mágoa estão prejudicando o relacionamento.
  • Peça perdão: se você foi o causador da ofensa, peça perdão com sinceridade e arrependimento.
  • Comunique-se com sinceridade: expresse seus sentimentos de forma clara e respeitosa, evitando acusações e julgamentos.
  • Agradeça: agradeça ao seu cônjuge por ter a coragem de perdoar ou de pedir perdão
  • Orem juntos: a oração é uma poderosa ferramenta para fortalecer o perdão e a reconciliação. Aliás, a oração é um poderoso instrumento para a cura das feridas e o fortalecimento do amor. Ore sempre pelos seus e pelo seu cônjuge, pedindo a intercessão de Maria Santíssima.

Dormir reconciliados: um desafio para os casais

A expressão “dormir reconciliados” é um antigo costume que nos lembra da importância de resolver os conflitos antes de ir dormir. Logo, ao seguir essa prática, os casais demonstram seu compromisso com a unidade e fortalecem seus laços afetivos.

A Encíclica Amoris Laetitia nos convida a cultivar a cultura do encontro no casamento, buscando sempre o diálogo e a reconciliação. O Papa Francisco nos lembra que o perdão é um processo contínuo que exige humildade, paciência e perseverança. Além disso, ele afirma que “para se poder perdoar, precisamos de passar pela experiência libertadora de nos compreendermos e perdoarmos a nós mesmos. Quantas vezes os nossos erros ou o olhar crítico das pessoas que amamos nos fizeram perder o amor a nós próprios; isto acaba por nos levar a acautelar-nos dos outros, esquivando-nos do seu afeto, enchendo-nos de suspeitas nas relações interpessoais” (Amoris Laetitia, 105).

Portanto, é preciso deixar de lado os ressentimentos para que haja perdão no casamento. E aquele “perdão fundado numa atitude positiva que procura compreender a fraqueza alheia e encontrar desculpas para a outra pessoa, como Jesus que diz: ‘Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem’ (Lc 23, 34)” (Amoris Laetitia, 105).

Enfim…

O perdão é um ato de amor que transforma vidas. Ao praticar o perdão no casamento, os cônjuges não apenas fortalecem sua união, mas também testemunham o amor de Deus para o mundo.

Além disso, o perdão no casamento é um caminho para a santidade e a felicidade do casal. Ao praticar o perdão, os casais experimentam a paz interior, fortalecem a sua fé e aprofundam o seu amor.

Portanto, faça uma reflexão no seu íntimo sobre estas questões:

  • Como tenho lidado com as ofensas no meu casamento?
  • Quais são os obstáculos que eu enfrento para perdoar?
  • Como a oração pode me ajudar a praticar o perdão no casamento?
  • Quais atitudes posso adotar para dormir reconciliado com meu cônjuge?

Que a Nossa Senhora, Mãe da Divina Graça, interceda por todos os casais, para que possam viver o sacramento do matrimônio em sua plenitude, perdoando sempre que necessário!

Aproveite para ler também: O maior inimigo do amor