Por que apoiar uma Congregação Religiosa pode ser a melhor decisão para sua vida e sua família

A decisão de apoiar uma congregação religiosa é como plantar uma semente de esperança em um terreno fértil. É um ato de fé que transcende o individual, alcançando dimensões mais profundas de propósito e significado. Entenda melhor sobre isso!

Os impactos que uma decisão tem em nossa vida e na nossa família

A vida é um oceano vasto e imprevisível, onde as decisões são as nossas âncoras e velas.

Portanto, cada escolha que fazemos, por menor que pareça, desenha um novo curso para a nossa jornada. E quando essas escolhas são feitas com sabedoria e fé, elas se transformam em verdadeiras tempestades de bênçãos. E assim é capaz de mudar não apenas a nossa vida, mas também a de todos aqueles que amamos.

No âmbito familiar, as decisões que tomamos reverberam como ondas em um lago.

Quando escolhemos o amor, o perdão, a generosidade e a prática da caridade, criamos um ambiente de paz, harmonia e empatia que se estende por gerações. E assim os filhos aprendem com o nosso exemplo e, consequentemente, a semente da bondade continua a ser plantada.

Quais são os frutos que uma boa decisão pode trazer?

Com certeza, a lista de frutos que uma boa decisão pode trazer é extensa e rica em nuances!

A paz interior, a alegria e a gratidão são apenas o começo. Então, vamos explorar um pouco mais sobre os impactos positivos que as nossas escolhas podem gerar em nossas vidas e nas vidas daqueles ao nosso redor:

Frutos de uma boa decisão para a Alma:

  • Confiança em si mesmo: Ao tomar decisões assertivas e ver seus resultados positivos, a autoconfiança é fortalecida, permitindo que você enfrente novos desafios com mais ousadia.
  • Sentido de propósito: Quando nossas ações estão alinhadas com nossos valores e crenças, encontramos um propósito maior na vida, o que nos motiva a seguir em frente.
  • Liberdade: Ao tomar decisões conscientes, nos libertamos de medos e inseguranças, permitindo que vivamos uma vida mais leve e autêntica.
  • Crescimento espiritual: As boas decisões nos aproximam de nossa essência e nos conectam com Aquele que é maior do que nós mesmos, promovendo um crescimento espiritual contínuo.

Frutos de uma boa decisão para as relações:

  • Fortalecimento dos laços familiares: As decisões que tomamos impactam diretamente nossas relações com as pessoas que amamos, fortalecendo os laços e criando um ambiente mais harmonioso.
  • Impacto positivo no lar: Ao fazer boas escolhas, contribuímos para um lar mais empático, inspirando todos a fazerem o mesmo.
  • Legado: As nossas decisões deixam um legado para as futuras gerações, influenciando positivamente o mundo ao nosso redor.

Portanto, não subestime o poder de suas escolhas. Cada decisão que você toma hoje molda o seu futuro e o futuro daqueles que você ama. Seja um farol de luz, iluminando o caminho para si mesmo e para os outros.

Tome uma boa decisão: seja um Amigo da Redenção

A Copiosa Redenção é uma congregação religiosa formada por Irmãos, Padres, Irmãs e leigos consagrados que levam o amor e a copiosa redenção a todos.

E o principal trabalho pastoral e missionário da Copiosa Redenção é nas Comunidades Terapêuticas que acolhem e auxiliam homens e mulheres dependentes químicos a viver uma vida em recuperação.

Além disso, a Copiosa Redenção administra o Lar Adelaide Weiss Scarpa – uma casa de acolhida para idosos, e o Centro Âncora – uma casa de revitalização da saúde física, mental e espiritual para a vida religiosa.

Portanto, ao se tornar um Amigo da Redenção, você se conecta a uma rede de amor, empatia e compaixão, contribuindo para a transformação de vidas.

Imagine um jardim onde cada flor representa uma vida tocada pela graça divina. Logo, ao regar este jardim com a decisão de ser um Amigo da Redenção, você nutre não apenas as plantas, mas também o próprio solo, tornando-o mais rico e capaz de gerar frutos ainda mais abundantes.

Logo, este será o seu papel como Amigo da Redenção: ao apoiar as obras sociais e pastorais da Copiosa Redenção, você contribui para a construção de um mundo mais acolhedor e empático, onde todos possam experimentar a cura e a redenção.

Baixe o infográfico “Amigo da Redenção” para conhecer nossas Comunidades Terapêuticas

Mas o que é ser um Amigo da Redenção?

Ser um Amigo da Redenção é muito mais do que realizar uma simples doação. É um chamado para participar ativamente da missão de levar o amor redentor de Deus a todos os corações.

Contudo, ao se unir a esta comunidade de fé, você também encontra um refúgio seguro, onde pode compartilhar suas alegrias e desafios, cercado por pessoas que se importam verdadeiramente com o seu bem-estar.

Os benefícios de ser um Amigo da Redenção são inúmeros, tais como:

  • Paz interior: Ao doar parte de si mesmo para uma causa maior, você experimenta uma profunda sensação de paz e realização.
  • Fortalecimento dos laços familiares: Ao envolver sua família neste projeto, você cria um legado de fé, empatia e solidariedade que será transmitido de geração em geração.
  • Crescimento espiritual: Através da participação em retiros espirituais da Copiosa Redenção e das orações da comunidade, você terá a oportunidade de aprofundar sua relação com Deus e com os outros.
  • Proteção espiritual: A Copiosa Redenção se compromete a interceder pelos Amigos da Redenção, oferecendo um escudo de proteção contra as adversidades da vida.
  • Consagrar sua vida a Deus: Como Amigo da Redenção, você ainda tem a opção de se tornar um leigo consagrado; ainda que você seja casado, tanto você quanto seu cônjuge podem realizar esta consagração.

E os frutos positivos que você colherá ao se tornar um Amigo da Redenção são incalculáveis. Entre eles estão:

  • Uma vida mais significativa: Ao fazer a diferença na vida de outras pessoas, você encontra um propósito maior para sua existência.
  • Abundância em todas as áreas da vida: A lei da semeadura é universal: ao semear o bem, você colhe o bem.
  • A bênção de Deus: Ao seguir os ensinamentos de Cristo e servir ao próximo, você se torna um canal da graça divina.

Qual é sua decisão?

A Copiosa Redenção oferece um caminho seguro e inspirador para aqueles que buscam uma vida mais plena e significativa. Ao se tornar um Amigo da Redenção, você se conecta a uma fonte inesgotável de amor, empatia, redenção e esperança.

Então, não perca esta oportunidade de fazer a diferença! Abra seu coração e permita que Deus use você para transformar o mundo.

Junte-se a nós nesta jornada de fé e redenção! Seja um Amigo da Redenção! 

Religiosas da Copiosa Redenção encerram atividades em Campo Mourão

No ano de 2003, a pedido de Dom Mauro Aparecido dos Santos (in memoriam), a Congregação Copiosa Redenção, assumiu a direção do Lar Dom Bosco na Diocese de Campo Mourão (PR). Na época, o espaço era um Lar de acolhida para crianças e adolescentes. Com o passar dos anos, tornou-se uma Comunidade Terapêutica feminina. Após 20 anos de serviço nessa Comunidade, a Congregação discerniu encerrar os trabalhos das religiosas que estavam ali em missão, devido à necessidade de outros projetos da instituição.

A saída oficial das cinco irmãs ocorreu no último dia 01 de fevereiro. Porém, o Lar Dom Bosco continuará aberto e será mantido por uma diretoria de padres e leigos da diocese. Dentro dos diálogos, mesmo com a saída das irmãs, a Copiosa Redenção comprometeu-se em dar assistência ao Plano Terapêutico do Lar Dom Bosco.

Isso significa que o plano terapêutico do Lar Dom Bosco continuará o mesmo aplicado pelas religiosas, uma metodologia específica da Copiosa Redenção. As religiosas irão capacitar os funcionários na metodologia e, perante necessidades, visitar a Comunidade Terapêutica.

Gratidão

A Copiosa Redenção é grata a toda comunidades eclesial e civil pelo acolhimento das irmãs na cidade e diocese de Campo Mourão ao longo desses 20 anos de trabalhos da Congregação. Suplicamos a benção de Deus e a intercessão da Mãe da Divina Graça para este novo tempo no Lar Dom Bosco e também das religiosas da Congregação.

Copiosa Redenção assume Comunidade Terapêutica no Rio Grande do Sul

Serão 800 km de distância que irão separar Murilo Hilgemberg da sua família e namorada. Murilo sairá de Ponta Grossa, no Paraná, para trabalhar na coordenação administrativa da Comunidade Terapêutica (CT) Fazenda do Senhor Jesus, em Ivorá, no Rio Grande do Sul. A Fazenda do Senhor Jesus, foi assumida no início deste ano pelos Irmãos da Copiosa Redenção.

“Estou muito feliz, pois algo faltava em mim e receber este chamado me completa. Assumo esta missão como um chamado divino, mesmo após ter me desligado da comunidade, sempre a comunidade me atraiu, tenho um carinho e posso dizer que amo muito este Carisma”, testemunha o novo colaborador que também já foi seminarista na Congregação. Ele morou 4 anos na Comunidade de Uvaia, onde os irmãos também realizam o trabalho com dependentes químicos. “Ali pude aprender muito sobre sofrimento, dor, tristeza, raiva que a dependência traz ao indivíduo e a família do dependente, mas também aprendi o que é determinação, coragem, força e perseverança, visto que, eles, os dependentes, nos ensinam muito”, relembra.

Comunidade terapêutica masculina

Murilo chegará na Fazenda no início de fevereiro, enquanto isso Padre Luis Cesar de Oliveira, Superior Geral dos Irmãos da Copiosa Redenção, já está no local para o processo de transição da comunidade que gerenciava a casa para os irmãos da Copiosa.

O convite para assumir o espaço que pertence a Arquidiocese de Santa Maria, veio pelo próprio Arcebispo Dom Leomar Brustolin. Agora, essa será a segunda Comunidade Terapêutica da Copiosa aberta que atenderá dependentes do sexo masculino. De acordo com Pe Luis, a diferença desta Comunidade para a de Uvaia é que os irmãos não irão morar dentro da Comunidade, mas sim na casa de missão na cidade de Santa Maria. Porém, irão trabalhar e capacitar a equipe técnica existente, segundo o Programa de Recuperação da Copiosa Redenção.

A Fazenda tem capacidade para acolher 30 homens na faixa etária de 18 a 59 anos, atualmente possui 23 internos vivendo o processo de recuperação. Porém, Pe Luis destaca que a equipe formada é pequena para atender a demanda. Além de um padre e um irmão da Congregação, a equipe contará com o Murilo, um monitor, assistente social, 2 psicólogos e uma secretária. “Estamos abertos para profissionais que desejam ser voluntários, bem como iremos procurar fazer parcerias com a Universidade Federal da região, para estágios dos alunos”, conta Pe Luis.

A Fazenda do Senhor Jesus

São em torno de 16 alqueires de terra que compõe o território da Fazenda do Senhor Bom Jesus. A iniciativa partiu de um sacerdote diocesano, Padre Olinto Cremonese. Os trabalhos iniciaram quando Dom Ivo Lorscheister era arcebispo de Santa Maria e com o suporte das Irmãs do Amor Divino em 1994.

De acordo com Pe Luis, a Fazenda proporciona que os internos produzam muitos alimentos para consumo próprio, além da horta existe a criação de galinhas, ovelhas, porcos e gado. Ainda existe na Fazenda um lago com peixes, parreral de uvas, serraria e padaria. A estrutura é composta por um pavilhão com salas de atendimento e escritório, a Capela, Cozinha e refeitório, salão de esportes e mais 4 casas, sendo que uma casa é destinada aos funcionários da Fazenda e as demais para os internos em tratamento.

Conheça a Fazenda do Senhor Jesus

Programa Terapêutico da Copiosa Redenção

Uma particularidade do Programa Terapêutico da Copiosa Redenção é a personalização. “Não fazemos um programa de grupo, onde todos irão caminhar no mesmo ritmo. O caminho é individual e personalizado, caminhamos com cada pessoa no ritmo dos passos que ela pode dar”, explica Pe Luis

Por isso, a primeira fase do tratamento não possui um tempo definido para terminar, durando em média de 6 a 12 meses e a fase externa de ressocialização tem a duração mais determinada de 12 meses. “Procuramos olhar toda a realidade da pessoa e procurar ajudá-la em todos os âmbitos em que ela está inserida socialmente, não somente no problema da droga”.

Apesar da Comunidade Terapêutica ser coordenada por religiosos que vivênciam a fé católica dentro do ambiente terapêutico, pessoas de qualquer ou nenhuma religião são acolhidas na CT. “Não exigimos que a pessoa reze ou corresponda a espiritualidade para ser amada e acolhida. A espiritualidade é colocada para ela como um presente, como um dom, assim como Deus se fez dom”, afirma o sacerdote. Segundo ele, desta forma a maioria acolhe a espiritualidade através de uma experiência profunda e madura com Deus e consegue perceber a importância desta vivência no processo de sobriedade dentro e fora da CT.

Amigos da redenção

A Fazenda Terapêutica é afiliada a Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (Febract) e recebe recursos do Governo Federal para acolher os 30 residentes. Entretanto, o valor não custeia todas as despesas, principalmente as extras. De acordo com Padre Luis, devido as fortes chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul no ano passado, o painel da placa de energia solar foi atingido por um raio e não está fucionando desde então. Além disso, os irmãos precisarão consertar o carro da instituição e reformar a cozinha, totalizando mais de R$ 20 mil em gastos extras.

Para isso, os irmãos contam com a benfeitoria daqueles que querem se tornar Amigos da Redenção. Colaborações diretas podem ser feitas também via PIX: 03.129.960/0001-44 (CNPJ).

Imagens: Acervo da Comunidade

Como o trabalho voluntário pode evitar a solidão

Há um bom tempo, estudos apontam o quanto o trabalho voluntário é benéfico tanto para a vida de quem decide ser voluntário quanto para aqueles que são alcançados por esse trabalho.

Então, se você pensa em se voluntariar em uma ação, mas tem dúvidas e não sabe qual caminho trilhar, então descubra neste texto o que fazer. Além disso, conheça os benefícios de aderir ao trabalho voluntário! 

Voluntariado: um ato de amor e de cuidado

O trabalho voluntário é um ato de amor e de cuidado, que consiste na doação de tempo, trabalho ou recursos para ajudar o próximo dentro de uma comunidade específica. Logo, é uma atividade que pode ser realizada por pessoas de todas as idades, classes sociais e profissões.

Aliás, o voluntariado pode ser realizado em diversas áreas, como educação, saúde, assistência social, meio ambiente, cultura, esporte, enfim, dentro de diversos saberes.  

E existem muitas organizações que precisam de voluntários para ajudar a desenvolver seus trabalhos, como: ONGs; instituições filantrópicas; hospitais; escolas; centros comunitários e comunidades terapêuticas – como as que são mantidas pela Copiosa Redenção e que você vai conhecer melhor mais adiante.

Antes disso, vamos falar sobre os benefícios do voluntariado. Acompanhe!

Os benefícios do trabalho voluntário

Estudos mostram que o voluntariado é uma atividade que traz diversos benefícios para a vida de quem decide ser voluntário. Logo, o trabalho voluntário pode ajudar a melhorar a satisfação pessoal, o desenvolvimento pessoal, a saúde mental e a rede de relacionamentos. 

Vamos entender como e o porquê!

Satisfação pessoal

Um estudo realizado pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, mostrou que as pessoas que realizam trabalho voluntário relatam ser mais propensas a sentimentos de felicidade e satisfação com a vida.

Além disso, o estudo também mostrou que o voluntariado pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade. E ainda é preciso dizer que o trabalho voluntário é uma forma de realizar-se pessoalmente, pois nos permite ajudar outras pessoas e assim fazemos a diferença no mundo.

O trabalho voluntário promove o desenvolvimento pessoal

Outro estudo realizado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, mostrou que o trabalho voluntário pode ajudar a melhorar as habilidades de comunicação e liderança.

E o estudo também mostrou que o voluntariado ainda pode ajudar a desenvolver a empatia e a compreensão das necessidades dos outros.

Além disso, o trabalho voluntário pode ajudar a desenvolver habilidades e competências pessoais, como liderança, trabalho em equipe, comunicação e organização. Qualidades e características necessárias para qualquer profissão, não é mesmo?!

Saúde mental em dia com o trabalho voluntário

O voluntariado pode ajudar também a reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão, os males do nosso tempo. E quem afirma isso são os pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

Um estudo desenvolvido nesta universidade mostrou que pessoas que realizam trabalho voluntário são menos propensas a sofrer de depressão. Além disso, o voluntariado pode ajudar a melhorar a qualidade do sono e o bem-estar de um modo geral.

Ampliação da rede de relacionamentos

Ainda mais um estudo, desta vez realizado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que o voluntariado pode ajudar a aumentar a rede de relacionamentos.

E o estudo também mostrou que o trabalho voluntário pode ajudar a fortalecer os laços sociais e a sensação de pertencimento a uma comunidade.

Portanto, o voluntariado é uma ótima oportunidade para conhecer pessoas novas e até mesmo fazer amigos.

Evite a solidão com o trabalho voluntário

O voluntariado também pode ser uma boa maneira de evitar a solidão. Isso porque, quando as pessoas se envolvem em atividades voluntárias, elas se conectam com outras pessoas e se sentem parte de uma comunidade. Logo, isso pode ajudar a reduzir o isolamento social e a sensação de solidão.

Aliás, um estudo realizado pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, mostrou justamente que pessoas que realizam trabalho voluntário são menos propensas a relatar sentimentos de solidão e de tristeza.

O estudo também mostrou que o trabalho voluntário pode ajudar a melhorar a autoestima e a autoconfiança. 

A Copiosa Redenção e a sua contribuição para o mundo 

A Copiosa Redenção foi chamada por Deus a socorrer aqueles que são esquecidos pela sociedade: os dependentes químicos. E realiza esse trabalho por meio de diversas casas, chamadas de Comunidades Terapêuticas.

Logo, essas casas são destinadas a atender a homens e mulheres, separadamente, que buscam libertar-se do vício do álcool e outras drogas.

Distribuídas em cidades do sul do País, nos Estados do Paraná e do Rio Grande do Sul, e de Rondônia, na região norte do Brasil, as casas oferecem atendimento psicológico, psiquiátrico e clínico. Contudo, as Comunidades Terapêuticas contam ainda com o trabalho de pedagogos, assistentes sociais, nutricionistas, educador físico, entre outros.

Contudo, dentro do programa de atendimento, os adictos (como são chamados os que são dependentes de alguma droga ilícita ou lícita) recebem ajuda de maneira individual e em grupos terapêuticos.

E além do campo da saúde, cuidam também de sua espiritualidade, participam de grupos de prevenção a recaídas, seminários e atividades extras e recebem a visita de familiares, entre outros.

Ou seja, tudo é pensado para devolver a dignidade a esses filhos de Deus que andavam como ovelhas desgarradas de seu rebanho. 

O trabalho voluntário nas Comunidades Terapêuticas da Copiosa Redenção

Como você pôde perceber, existem muitas oportunidades para o trabalho voluntário nas comunidades terapêuticas da Copiosa Redenção. Atualmente, contamos com muitos voluntários de várias áreas que colaboram com o nosso trabalho terapêutico. E consideramos o voluntariado como um trabalho de extrema importância!

Temos profissionais da área da saúde, como psiquiatra, que oferecem atendimento gratuito dentro da comunidade quinzenalmente ou mensalmente. Temos oficineiros que doam toda semana duas horas do seu tempo e educador físico. Enfim, vários profissionais prestam serviço voluntário através daquilo que é parte de sua profissão.

Contudo, para exercer o trabalho voluntário em nossas casas é preciso cumprir alguns requisitos, que são avaliados em uma entrevista previamente agendada.

A Irmã Elaine Cristina, responsável por uma de nossas casas terapêuticas, explica o processo. Ela conta que o principal objetivo da entrevista, entre outros, é buscar “entender se a pessoa tem condições relacionais para desenvolver seu trabalho dentro da comunidade” junto aos adictos.

Além disso, na entrevista, acerta-se a carga horária, que, pela lei do voluntariado, não pode ultrapassar 4 horas semanais. Passada a entrevista, é assinado um termo que afirma que o trabalho será realizado como voluntariado.

E além dos especialistas citados anteriormente que prestam serviço dentro das Comunidades Terapêuticas, profissionais de outras áreas também são bem-vindos à equipe de voluntários.

Um exemplo de trabalho voluntário que a Irmã Elaine cita como necessário, é para ajudar no cadastramento do programa de nota fiscal gaúcha e nota fiscal Paraná. “É necessário fazer a coleta dessas notas, colocar no sistema; e ainda alguém que ajude a divulgar esse tipo de parcerias com o governo dos Estados para arrecadar fundos”.

E sobre isso, a Irmã destaca que o voluntário “pode prestar esse serviço de dentro de casa mesmo, do seu espaço, sem necessariamente estar dentro da comunidade terapêutica”.

Voluntário, seja bem-vindo!

E, então, você se identificou com a missão da Copiosa Redenção e deseja fazer sua parte para ajudar a recuperar a dignidade de tantas pessoas que sofrem pela dependência química? Então, junte-se a nós por meio do trabalho voluntário!

Conheça AQUI! onde estão nossas casas terapêuticas e entre em contato conosco. Será uma alegria ter você em nosso meio!

Rosa Mística na TV: Comunidade ajuda mulheres a se livrarem de vícios

O trabalho da Comunidade Terapêutica Rosa Mística da Copiosa Redenção foi o tema do primeiro Programa Cidade Entrevista, da cidade de Ponta Grossa (PR). As acolhidas deram entrevista contando o seu testemunho.

Assista a reportagem completa no link abaixo:

Assistir reportagem

5 formas de ajudar um dependente químico

É muito difícil um dependente químico reconhecer que precisa de ajuda, para se chegar a esse momento é um longo processo. No entanto, isso não significa que a família deve ignorar que ele ou ela necessita de ajuda para se libertar do vício. Muito pelo contrário, quanto antes a família conseguir convencer o dependente químico de que precisa de tratamento especializado, melhor.

Contudo, muitas famílias demoram a agir porque muitas vezes não conseguem identificar se de fato o filho ou filha ou outra pessoa da família se tornou um dependente das drogas. Por isso, antes de elencarmos 5 formas para ajudar um dependente químico, vamos entender o que é a dependência e como identificar os seus sinais. Acompanhe!

O que é a dependência química

A dependência química é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas, entre jovens, adultos e até mesmo idosos, homens e mulheres, em todo o mundo. E não existe mais isso da dependência atingir apenas os mais pobres, hoje em dia é possível encontrar dependentes químicos em qualquer nível social.

Logo, a dependência é caracterizada pelo uso descontrolado de uma ou mais substâncias psicoativas, ou seja, drogas que têm a capacidade de alterar o estado mental de uma pessoa.

E as substâncias psicoativas mais comuns que causam dependência são: o álcool, a maconha, a cocaína, o crack, a heroína, inalantes, anfetaminas e benzodiazepínicos.

Aproveite para baixar este infográfico: K9 e seu efeito zumbi

As causas da dependência química

As causas da dependência química são complexas e envolvem fatores biológicos, psicológicos e sociais.

Sendo assim, os fatores biológicos são aqueles que estão relacionados ao funcionamento do cérebro. Eles incluem:

  • Alterações nos neurotransmissores cerebrais: as substâncias psicoativas podem alterar o funcionamento dos neurotransmissores, que são substâncias que transmitem mensagens entre as células nervosas. E essas alterações podem levar à dependência, pois o cérebro passa a precisar da substância para funcionar normalmente.
  • Genética: a genética também pode desempenhar um papel na dependência química. Logo, pessoas com histórico familiar de dependência química têm maior risco de desenvolver a doença.

Já os fatores psicológicos são aqueles relacionados ao estado mental da pessoa, e eles incluem:

  • Transtornos mentais: pessoas com depressão e ansiedade têm maior risco de desenvolver dependência química. Isso porque as substâncias psicoativas podem ser usadas como uma forma de lidar com esses transtornos.
  • Problemas de relacionamento: existem muitas pessoas que passam a usar substâncias psicoativas como uma forma de fuga aos problemas de relacionamento e dor emocional.
  • Estresse: o estresse também pode ser um fator de risco para a dependência química. Neste caso, as drogas podem ser usadas como uma forma de lidar com o estresse e a ansiedade.

E quanto aos fatores sociais, são aqueles que estão relacionados ao ambiente da pessoa. Eles incluem: 

  • Ambiente familiar e social: o que significa que pessoas que crescem em um ambiente familiar ou social onde o uso de drogas é comum, possuem maior risco de desenvolver dependência química.
  • Acesso a substâncias psicoativas: o acesso a substâncias psicoativas também é um fator de risco para a dependência química. Logo, pessoas que têm fácil acesso a essas substâncias têm maior probabilidade de usá-las e se tornar um dependente químico.

Baixe também este infográfico: O efeito da maconha no organismo.

Sintomas de um dependente químico

Os sintomas da dependência química podem variar de acordo com a substância e a gravidade da dependência. No entanto, existem alguns sintomas comuns que podem ser observados em dependentes químicos.

Perda de controle no uso da substância

Logo, isso significa que o dependente químico pode começar a usar a substância com mais frequência do que pretendia. Aliás, o dependente químico também pode começar a usar a substância em situações nas quais não é apropriado, como no trabalho ou na escola.

Necessidade de aumentar a quantidade

Outro sintoma comum é a necessidade de usar a substância em quantidades cada vez maiores para obter o mesmo efeito. E isso ocorre porque o cérebro do dependente químico se adapta facilmente ao uso da substância e passa a precisar de uma quantidade cada vez maior para obter o mesmo efeito.

Abstinência física ou psicológica

Portanto, quando o dependente químico interrompe o uso da substância, ele pode experimentar sintomas de abstinência. E esses sintomas podem variar de acordo com a substância, mas podem incluir: ansiedade, irritabilidade, inquietude, insônia, náusea, vômito, tremores e suor excessivo.

Priorização do uso da substância

O dependente químico pode começar a priorizar o uso da substância em detrimento de outras atividades importantes, como o trabalho, a escola e os relacionamentos pessoais. E, assim, ele começa a faltar ao trabalho ou à escola, a descuidar de seus relacionamentos e a negligenciar sua saúde física e mental.

Mentiras ou ocultação do uso

O dependente químico pode começar a mentir ou ocultar o uso da substância; mentir sobre onde está e o que está fazendo. Além disso, também pode esconder as evidências e vestígios de seu uso.

Outros sintomas que podem ficar evidentes

Mudança de comportamento e humor, problemas legais e financeiros. Além disso, problemas de saúde, como: doenças cardíacas, pulmonares, hepáticas e cerebrais.

5 formas de ajudar um dependente químico

Enfim, se você conhece alguém que é dependente químico, é importante saber como ajudá-lo. Então, veja cinco dicas:

# 1: Evite acusações ao conversar com o dependente químico

As acusações nunca ajudam em nada. Logo, quando a família desconfiar do uso de drogas por parte de alguém, é preciso buscar compreender o que levou ao uso e munir-se de compreensão. E lembre-se, o dependente químico precisa acreditar que você deseja ajudá-lo. Por isso, converse com o dependente químico explicando a sua preocupação, sem julgamentos ou críticas e demonstrando o seu apoio em buscar a libertação.

# 2: Demonstre interesse pelos sentimentos do dependente químico

Procure ouvir o dependente químico com atenção. Contudo, não se trata aqui de uma conversa com ele, mas sim de ficar em silêncio apenas ouvindo. Deixe que ele expresse tudo o que sente e utilize o abraço para demonstrar o seu apoio, carinho e amor. Muitas vezes a linguagem do abraço diz muito mais e de uma maneira muito melhor do que as palavras.

# 3: Ofereça ajuda profissional

A recuperação da dependência química requer ajuda profissional. Por isso, incentive o dependente químico a procurar um tratamento especializado em uma Comunidade Terapêutica que ofereça atendimento médico e psicológico. Sem o tratamento adequado, é impossível deixar o vício.

# 4: Seja um Amigo da Redenção

A Copiosa Redenção é uma família religiosa chamada por Deus para iluminar a vida de milhares de pessoas que vivem na dependência das drogas e em processo de profunda destruição. Logo, ser um Amigo da Redenção é ser sinal da Providência, contribuindo generosamente com o trabalho missionário da Congregação, sendo um evangelizador conosco!

# 5: Seja paciente com o dependente químico

Quando o dependente químico aceita ajuda e passa a fazer o tratamento em uma comunidade terapêutica, não significa que os problemas acabaram. É preciso aprender a lidar com as recaídas! Afinal, infelizmente isso é parte do processo de recuperação. Nestes casos, use palavras positivas, pois o dependente precisa acreditar na sua recuperação e buscar viver um dia de cada vez. Aliás, também a família precisa acreditar nisso e viver da mesma maneira.

Infográfico Codependência: Agir e não reagir, baixe o seu agora mesmo!

Enfim…

É importante lembrar que a dependência química é uma doença, e não uma escolha. E que pessoas dependentes químicas não são fracas ou preguiçosas.

Portanto, se você conhece alguém que é dependente químico, não tarde em oferecer seu apoio e o incentive a procurar ajuda profissional. Quanto antes o tratamento for iniciado, melhor para ele e para os que estão ao seu redor.

Seja um Amigo da Redenção e promova ajuda a quem necessita se livrar da dependência química. Acesse AQUI!

Comunidade Terapêutica Rosa Mística comemora 27 anos de acolhimento a mulheres com dependência química

“Eu entendi que vale a pena a sobriedade, vale a pena ser feliz. Eu passei na Comunidade Terapêutica Rosa Mística por 1 ano e 3 meses e sou muito grata a minha recuperação”, testemunha Célia Maria Pereira, em sobriedade há 13 anos. Esse é um breve testemunho de uma das acolhidas da Comunidade Terapêutica Rosa Mística ao longo de 27 anos de história.

O trabalho da Comunidade Terapêutica (CT) Rosa Mística iniciou no dia 16 dezembro de 1996, em Ponta Grossa (PR). Atualmente a casa, que tem vaga para 37 mulheres, está com 23 acolhidas. Destas, oito são mães com seus bebês, além de uma gestante com previsão para o bebê nascer em janeiro.

Tratamento

O Programa Terapêutico da Copiosa Redenção para as acolhidas na Rosa Mística, tem duração de doze meses, com metas claras de mudança do estilo de vida e reestruturação da identidade.

A metodologia do Programa prevê a atestação da evolução clínica da acolhida através do progresso em um sistema de fases:

  • fase de adaptação;
  • fase de interiorização;
  • fase de reinserção social.

“Compreender a dependência química significa acolher ou admitir que ela faz parte da vida da pessoa e que, como toda doença crônica, ela comporta alterações no estilo de vida e a necessidade de desenvolver estratégias de adaptação às suas exigências”, explica Irmã Fabiane Maria Klein, diretora da CT Rosa Mística há 10 anos.

Maternidade

As mulheres que são gestantes ou mães são acolhidas na Comunidade Terapêutica juntamente com seus filhos. Muitos bebês também sofrem com a depência química devido ao uso de substâncias da mãe durante a gestação. Com isso, existe todo um trabalho de desenvolvimento cognitivo, motor e emocional para minimizar os prejuízos causados pelos entorpecentes.

Além disso, é realizado todo o trabalho de desenvolvimento da maternidade, amamentação, vínculo mãe – bebê, introdução alimentar, estimulação à fala e à motricidade. Acompanhamento de pré-natal, vacinas, puericultura e demais encaminhamentos necessários do serviço social, bolsa família, leite da criança etc. E quando a mãe entre na fase de reinserção, a Comunidade auxilia na inscrição da criança na creche ou escola.

Seja um Amigo da Redenção

A CT é particular, mas também possui vagas sociais em parceria com a Fundação Municipal de Saúde de Ponta Grossa, com o Departamento de Entidades de Apoio e Acolhimento Atuantes em Álcool e Drogas (DEPAD) e com o Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e combate à fome, do Governo Federal.

Entretanto, as necessidades são muitas e a casa precisa e acolhe doações extras de alimentos como carne, frutas, verduras, leite, óleo, material de limpeza. Atualmente também estão em campanha de arrecadação para a reforma dos telhados da casa, que possui muitas goteiras.

Se você deseja colaborar com esse Programa que atende tantas mulheres e crianças, você pode fazer uma colaboração específica via Pix (adm.rosamistica@gmail.com), depósito ou transferência bancária para a Conta Corrente 367-4/ Agência 1757/ Op. 003 – Pia União das Irmãs da Copiosa Redenção.

Mas você também pode ser um benfeitor fixo desta e de outras Comunidades terapêuticas se tornando um Amigo da Redenção. Faça seu cadastro AQUI e doe mensalmente conforme puder. A sua generosidade contribuirá para que mais mulheres recebam tratamento.

Irmãos celebram missa em ação de graças pela fundação da Comunidade Terapêutica Pe Wilton Lopes

Uma Celebração Eucarística bem no início da manhã desta quinta-feira (30), foi a forma escolhida para celebrar o aniversário de fundação da Comunidade Terapêutica (CT) Pe Wilton Lopes. A Missa foi presidida pelo superior do ramo masculino da Copiosa Redenção, Padre Luis Cesar de Oliveira, contou com a participação dos irmãos e dos 19 residentes da CT. Este espaço foi a primeira casa aberta para o trabalho de recuperação de dependentes químicos atendidos pela Copiosa Redenção.

O nome da Comunidade é o mesmo do fundador da Copiosa Redenção, Padre Wilton Lopes, visto que foi ele quem iniciou, em 1989, o trabalho com os primeiros acolhidos na chácara de Uvaia. Naquela época, não existiam Comunidades Terapêuticas e as pessoas que precisavam de tratamento eram internadas em hospitais psiquiátricos.

Com o apoio do bispo diocesano de Ponta Grossa (PR) da época, Dom Geraldo Pelanda, foi adquirido o espaço da Comunidade Terapêutica e a Copiosa Redenção foi pioneira no trabalho de recuperação na região de Ponta Grossa e Curitiba. “É importante destacar que nascemos já em formato de Comunidade Terapêutica, nunca fomos uma casa de acolhida ou albergue, que eram os serviços que existiam na época”, destaca Padre Luis. A fundação do primeiro prédio foi em 1993.

Pioneirismo e visão de futuro

Além do Paraná, a Copiosa Redenção também fundou a primeira Comunidade Terapêutica feminina em Porto Alegre (RS). “Padre Wilton tinha uma visão ampla da dimensão social, nós procuramos também ter essa visão ampla e responder a essas mudanças rápidas da sociedade atual. O cenário hoje da recuperação é bem exigente, mas o formato de Comunidade Terapêutica continua sendo o melhor instrumento de recuperação”, garante Pe Luis.

Padre Luis acredita que para um futuro próximo, a CT continuará sendo esse marco na recuperação de dependentes químicos. De acordo com ele, o grande diferencial do trabalho terapêutico da Copiosa Redenção é a busca por resgatar a dignidade humana de cada acolhido. “Nós, da Copiosa Redenção, procuramos dar uma resposta pessoal a cada indíviduo, porque cada pessoa traz uma particularidade e cada pessoa precisa de uma resposta a altura do seu problema. Acredito que essa personalização da recuperação será mais exigente e necessária nos próximos tempos”, avalia.

Recuperação na Comunidade Terapêutica

Atualmente a CT Pe Wilton é a única casa da Congregação que acolhe homens dependentes de álcool e drogas. O espaço físico possui vagas para 25 residentes. Durante o tratamento os residentes possuem atendimento psiquiátrico e psicológico, participam de grupos terapêuticos, espiritualidade semanal, entre outras atividades.

A triagem para novos residentes acontece de segunda a sexta-feira, das 08h00 às 14h00. Para mais informações, entre em contato AQUI.

Fentanil: como nova onda de overdoses assola EUA e mata quase 300 por dia

Fonte: BBC News Brasil/Nadine Yousif

Cada vez mais americanos morrem por overdose de fentanil, à medida que uma nova onda da epidemia de opioides começa a se espalhar pelas comunidades dos quatro cantos do país.

Há seis anos, Sean morreu de uma overdose acidental por fentanil em Burlington, no Estado de Vermont. Ele tinha 27 anos.

“Cada vez que ouço falar de uma perda devido ao abuso de substâncias, meu coração se parte um pouco mais”, escreveu a mãe dele, Kim Blake, em um blog dedicado ao filho em 2021.

“Mais uma família despedaçada. Sempre de luto pela perda de sonhos e celebrações.” Naquele ano, os Estados Unidos testemunharam um marco sombrio: pela primeira vez, as overdoses mataram mais de 100 mil pessoas em todo o país num único ano.

Dessas mortes, mais de 66% estavam ligadas ao fentanil, um opioide sintético 50 vezes mais poderoso que a heroína.

O fentanil é um produto farmacêutico que pode ser prescrito por médicos para tratar dores intensas.

Mas a droga também é fabricada e vendida por traficantes. A maior parte do fentanil ilegal encontrado nos EUA é traficado a partir do México e usa produtos químicos provenientes da China, de acordo com o Drug Enforcement Administration (DEA), órgão federal encarregado da repressão e do controle de narcóticos

Em 2010, menos de 40 mil pessoas morreram por overdose de drogas em todo o país, e menos de 10% dessas mortes estavam ligadas ao fentanil.

Naquela época, as mortes eram causadas principalmente pelo uso de heroína ou opioides prescritos por profissionais de saúde.

A mudança de cenário é detalhada num estudo divulgado recém-publicado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).

O trabalho examina as tendências nas mortes por overdose no país entre 2010 e 2021, utilizando dados compilados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

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Fentanil é um problema crescente nos EUA

Os dados mostram claramente como o fentanil redefiniu as overdoses nos Estados Unidos na última década.

“O aumento do consumo de fentanil fabricado ilicitamente deu início a uma crise sem precedentes”, escreveram os autores do artigo.

Praticamente todos os cantos dos EUA — do Havaí a Rhode Island — foram tocados pelo fentanil.

O aumento das mortes relacionadas à droga foi observado pela primeira vez em 2015, revelam as estatísticas.

Desde então, o entorpecente se espalhou pelo país e a taxa de mortalidade cresceu de forma acentuada.

“Em 2018, cerca de 80% das overdoses por fentanil aconteceram a leste do rio Mississippi”, disse à BBC Chelsea Shover, professora assistente da UCLA e coautora do estudo.

Mas, em 2019, “o fentanil passa a fazer parte do fornecimento de drogas no oeste dos EUA e, de repente, esta população que estava resguardada também ficou exposta, e as taxas de mortalidade começaram a subir”, segundo a pesquisadora

Na pesquisa recente, os especialistas alertam para outra tendência crescente: as mortes relacionadas ao consumo de fentanil em conjunto com drogas estimulantes, como a cocaína ou a metanfetamina.

Essa tendência é observada em todos os EUA, embora de formas diferentes devido aos padrões de consumo que diferem de região para região.

Os investigadores encontraram, por exemplo, taxas de mortalidade mais elevadas relacionadas ao consumo de fentanil e cocaína em Estados do nordeste dos EUA, como Vermont e Connecticut, onde os estimulantes geralmente são de fácil acesso.

Mas em praticamente todos os cantos do país, da Virgínia à Califórnia, as mortes foram causadas principalmente pelo uso de metanfetaminas e fentanil.

Blake, que também é médica, disse que seu filho usava cocaína esporadicamente, embora o exame toxicológico tenha encontrado apenas fentanil em seu organismo.

Ela aprendeu que muitos misturam diferentes substâncias para obter uma sensação prolongada.

“Não é nenhuma surpresa para mim esse aumento tão grande nas combinações de estimulantes e opioides”, observa Blake.

Quando o fentanil chegou pela primeira vez aos EUA como parte do tráfico, “muitas pessoas não o queriam”, lembra Shover. Mas o opioide sintético tornou-se amplamente disponível porque é mais barato de produzir em comparação com outras drogas.

Ele também é altamente viciante — isso significa que dependentes ficam expostos ao entorpecente e muitas vezes o procuram como uma forma de evitar abstinências dolorosas relacionadas a outras substâncias.

Nos EUA, o estudo identificou que Alasca, Virgínia Ocidental, Rhode Island, Havaí e Califórnia como os Estados com as taxas mais elevadas de mortes por overdose em que há mistura de fentanil e estimulantes.

Esses locais têm taxas historicamente altas de uso de drogas, segundo Shover. Com a chegada do fentanil, esse consumo tornou-se ainda mais letal.

Um problema que atravessa classes sociais

A crise dos opioides tem sido tradicionalmente retratada como um “problema dos brancos”, destaca Shover.

No entanto, o estudo recente revelou que os afro-americanos estão morrendo ao combinar fentanil e estimulantes a taxas mais elevadas, em todas as faixas etárias e limites geográficos.

Para Rasheeda Watts-Pearson, especialista em redução de danos baseada em Ohio, nos EUA, os dados refletem o que é visto na prática.

Ela faz um trabalho de divulgação com a A1 Stigma Free, uma organização fundada há apenas oito meses para combater um aumento notável de mortes por overdose na comunidade afro-americana de Cincinnati.

Como parte do trabalho, Watts-Pearson visita frequentemente barbearias, bares e mercearias para falar com as pessoas sobre os impactos do fentanil.

Ela considera que há falta de conscientização sobre o tema, motivada em parte pelas disparidades históricas de saúde vivenciadas por grupos raciais e étnicos.

Mesmo as campanhas de marketing feitas para conscientizar sobre a crise dos opioides não incluem a experiência dos negros americanos, critica ela.

“Se eu dirigir até a cidade de Avondale agora mesmo, há um outdoor que fala sobre a ‘Crise dos Opioides’, mas na mensagem aparecem duas pessoas brancas”” exemplifica Watts-Pearson.

Ela aponta que as drogas misturadas com fentanil são uma grande barreira para a comunidade. Segundo a ativista, muitas pessoas acabam consumindo o entorpecente sem saber — e desenvolvem uma dependência.

“Os legistas veem pessoas com overdose que morreram por causa de cocaína, crack e vestígios de fentanil”, diz ela.

“Isso está infiltrado na comunidade negra e não há gente suficiente falando sobre o assunto.”

Uma quarta onda

O abuso de fentanil em combinação com outras drogas marca o início de uma “quarta onda” da crise nos EUA, avaliam os pesquisadores.

A primeira onda de overdoses aconteceu no final dos anos 1990, com mortes por opioides com prescrição médica. Em 2010, houve uma segunda onda de overdoses, dessa vez causadas por heroína. E em 2013, surgiu uma terceira onda, graças à proliferação de drogas ilícitas análogas ao fentanil.

Especialistas como a professora Shover alertam que as opções de tratamento para a quarta onda não acompanham a demanda.

“Nosso sistema de tratamento contra dependência geralmente se concentra em uma droga de cada vez”, conta ela.

“Mas a realidade é que muitos usuários usam mais de um tipo de droga.”

Para manter viva a memória de seu filho, Blake decidiu falar abertamente sobre a perda e tenta ajudar outras famílias a passar pela mesma dor.

“Todo mundo tem uma história e, para um pai que perdeu um filho, isso dura para sempre”, diz ela.

Seu filho fez tratamentos contra dependência algumas vezes.

A experiência ensinou à Blake que as opções terapêuticas variam de Estado para Estado e, em muitos casos, o que está disponível não é suficiente.

“O ideal seria que as pessoas recebessem tratamento rapidamente, sempre que quisessem e a longo prazo”, destaca ela.

Blake também sugere a criação de locais para a prevenção de overdose, onde as pessoas pudessem usar drogas com segurança e sob supervisão.

Esses lugares estão amplamente disponíveis no Canadá — que tem a sua própria crise de fentanil — mas existem apenas duas instalações do tipo nos EUA inteiro.

Acima de tudo, Blake apelou à compaixão e à compreensão para aqueles que lutam contra o uso de substâncias.

“A maioria das pessoas com quem converso dizem que seus filhos não queriam morrer.”

Francisco: paremos para levantar aqueles que caem na escravidão das drogas

O abuso e o crescimento do uso de entorpecentes entre adolescentes e jovens e o aumento das vendas de drogas nas “praças digitais” da dark web estão causando um alarme cada vez maior, e o Papa confia sua preocupação a uma mensagem enviada aos participantes do 60º Congresso Internacional de Toxicologistas Forenses, que está sendo realizado em Roma de 27 a 31 de agosto, aos quais Francisco agradece pelo “compromisso, tempo e energia” dedicados à prevenção e ao combate à dependência de drogas.

O perigo das novas substâncias psicoativas

A delicadeza das fases da adolescência e da juventude, somada às fragilidades e inseguranças das sociedades atuais, são fatores – é a indicação de Francisco – que podem levar à busca de novas experiências. Medir-se com o inédito, explorar o desconhecido, o medo de se sentir excluído e a necessidade de se socializar com os coetâneos são elementos de risco, que podem induzir os jovens “a escolhas e comportamentos perigosos, como o uso de substâncias psicoativas e o abuso de álcool, ou à possibilidade de se deparar com situações extremas, tanto virtuais quanto reais”. Na mensagem, o Pontífice aponta para o perigo das novas substâncias psicoativas (NPS) que, além de estarem em rápida expansão, são quimicamente fáceis de serem modificadas, tanto que permitem que o crime organizado escape do controle. “Muitos adolescentes – escrevendo ainda Francisco – abusam das NPS sem conhecer sua periculosidade”, por isso é necessário desenvolver “técnicas de análise”, implementar intervenções de prevenção e “incentivar planos terapêuticos adequados”.

A obsessão com a eficiência e a produtividade

Outro ponto levantado pelo Papa em sua mensagem é a difusão de substâncias dopantes na esfera competitiva e esportiva, que “manifesta a obsessão de obter metas importantes e resultados a todo custo”. Um fenômeno que deve nos fazer refletir, indica ainda Francisco, sobre a sociedade atual “permeada por uma cultura da eficiência e da produtividade, que não admite hesitações e fracassos”. O desejo de estar à altura das expectativas, de dar a si mesmo uma imagem de desempenho e de vencedor, banindo a fragilidade e a fraqueza, torna-se, como adverte o Pontífice, “um obstáculo intransponível para a busca do desenvolvimento humano integral”.

Ouvir o grito dos mais frágeis

O alarme é para a desorientação dos jovens que, em busca de pontos de referência, recorrem às drogas para conter a angústia e a falta de sentido, para superar o cansaço “de ser e de existir”. Por trás dos vícios, lembra Francisco, existem “experiências concretas, histórias de solidão, desigualdade, exclusão, falta de integração”, diante das quais “não podemos ser indiferentes”, e seguindo o exemplo de proximidade oferecido por Jesus, “também nós somos chamados a agir, a parar diante de situações de fragilidade e dor, a saber ouvir o grito de solidão e de angústia, a inclinar-nos para levantar e trazer de volta à vida aqueles que caem na escravidão das drogas”. Portanto, pede o Papa, devemos encorajar os jovens a “buscar razões para viver”, por meio de percursos educativos, terapêuticos e de reabilitação e favorecendo modelos culturais alternativos.

Fonte: www.vaticannews.va