O Papa João Paulo II, em seu documento Rosarium Virginis Marie, falou da importância do ano do Rosário. Para ele, rezar o Rosário é como uma escola de Nossa Senhora, onde podemos contemplar o rosto de Cristo.
A oração a Nossa Senhora está presente no evangelho de Lucas (1, 28) – lá se dá o início de toda a história da salvação através da Ave-Maria. Rezar a Ave-Maria é meditar o evangelho e alcançar graças, como curas espirituais e físicas.
Poderoso contra os inimigos
Irmã Zélia é um exemplo de fé! Ela busca rezar o Rosário fielmente todos os dias. Para ela, a oração do Rosário ajuda a curar várias feridas da alma e no corpo. A ansiedade é uma delas, pois o Rosário traz um equilíbrio emocional, físico e psicológico – ele trabalha com a paciência da pessoa.
São Luis G. Maria Monfort, um grande propagador da devoção Mariana, diz que o Rosário tem poder de exorcizar mais de 100 espécies de demônios em uma Ave-Maria.
No livro O Rosário: a prece que salvou minha vida, de Immaculée Ilibagiza, traz um testemunho pessoal de sua autora que nos serve de inspiração. Immaculée conta a que ficou presa no banheiro por três meses e lá rezava diariamente o Rosário.
Ao ser liberta, saiu com o Terço na mão, rezando as Ave-Marias, deixando os bandidos sem reação, como múmias. Ela e mais sete mulheres, conseguiram fugir do genocídio da África, onde mais de 1 milhão de pessoas foram mortas.
Seu testemunho reforça para nós que Rosário é uma arma contra os inimigos. Já dizia o Papa João Paulo II, que o Rosário é o chicote com o qual destruímos Satanás. Ele tem o poder de exorcismo, de cura, de libertação, de salvação, pois estamos rezando a palavra de Deus, palavra que salva, cura e liberta. Quem reza o Terço todos os dias, faz um resumo do evangelho, medita-o por inteiro.
O Rosário como suporte espiritual aos vocacionados
Segundo Irmã Zélia, o Rosário é o que traz sentido à sua vida religiosa. “Muitas vezes eu chego muito cansada fisicamente, mas eu pego o terço – rezo. É como se Nossa Senhora tirasse de mim toda a sujeira e me limpasse. Como se ela me desse um banho, igual uma mãe faz com sua criança, restaurando-a com cheiro e roupas limpas. Ela nos coloca a descansar em seu colo de mãe. Eu, às vezes, durmo e quando acordo estou ali segurando o Terço. Sempre digo, quando eu seguro o Terço, estou segurando as mãos de Nossa Senhora. Tenho muito amor pelo Rosário” – conclui Irmã Zélia.
Para muitos, interceder por um amigo ou familiar necessitado é algo comum, faz parte da rotina de oração pessoal. Independente disso, rezar pelo outro é, como diz o Catecismo da Igreja Católica, “próprio de um coração que está em consonância com a misericórdia de Deus” (2635). Elencamos 5 fatos sobre a intercessão para fomentar nossos corações em oração pelos nossos irmãos e irmãs.
1) Só Jesus é o Mediador entre Deus e os homens
A 1ª carta de são Paulo a Timóteo (Cf. I Tm 2,5), afirma que Jesus é o único mediador entre Deus e os homens Cristo é um Corpo, e a Igreja, nós, somos os membros.
Desse modo, não há erro em dizermos que há força e poder na oração de intercessão dos irmãos, dos membros da Igreja. Pois, elevamos como membros do corpo de Cristo nossas preces a Jesus, que leva ao Pai.
Quando pedimos, por exemplo, a intercessão dos santos ou da Virgem Maria, ou mesmo de amigos aqui na terra, é sempre contando com a mediação de Jesus ao Pai, na unidade do Espírito Santo.
2) A intercessão é um combate misterioso
Interceder pelo povo eleito de Deus é atribuir a si um combate que vai além de armas humanas, é um embate espiritual. Além de haver a luta contra os espíritos maus que querem a perdição dos filhos amados de Deus, há por vezes, o combate com o próprio Deus.
Um exemplo desse combate com o Senhor é Abraão – um dos grandes homens do Antigo Testamento – que se coloca entre Iahweh e o seu povo, que está prestes a ser destruído em Sodoma e Gomorra. A partir de sua intimidade com Deus, tem sua intercessão modelada.
“Se porventura houver cinquenta justos na cidade, destruirás também e não pouparás o lugar por causa dos cinquenta justos que estão dentro dela? Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18, 23-25).
3) Pela comunhão dos santos, é possível interceder por aqueles que já partiram
A partir da fé que a Igreja professa na comunhão dos santos, entendemos que os fiéis que já partiram dessa vida e compõem a Igreja Triunfante – que contempla a face de Deus – podem interceder pela vida de cada um daqueles que militam na terra em vista da Salvação eterna e também pelas almas do purgatório.
4) Intercedemos pelos irmãos unidos a oração do próprio Cristo
A oração cristã nos insere no mundo em que Deus e o homem estão unidos, graças à Encarnação do Verbo, morte e ressurreição de Jesus.
Deste modo, aprendemos de Jesus que intercede ao Pai para que os discípulos vivam Sua vontade, sendo instrumentos de amor em meio aos homens. Nossa oração faz parte desse mistério. A vontade da humanidade inteira está unida no mistério do Cristo que ora.
Na intercessão – pela comunhão dos santos – o irmão que se encontra afastado do Senhor pode lucrar a graça da sua conversão graças a Fé.
5) Qualquer prática oracional pode ser de intercessão
A Igreja entende como preces de intercessão quaisquer práticas de piedade que sejam direcionadas pela conversão de alguém, assim como pela saúde do corpo, ou da alma, ou para livrar algum irmão de uma situação de perigo.
Desde as primeiras eras do cristianismo se viu diversas preces e orações feitas pelos irmãos. Portanto, oferecer uma penitência, participar de uma celebração eucarística, a oração do Rosário ou uma novena são devoções que oferecem aos irmãos graças abundantes.
Todos os jovens, em algum momento da vida, passarão pela fase de pensar na sua vocação. Neste momento surgem diversas dúvidas acerca do que fazer. A melhor forma de responder a essas dúvidas é com um bom discernimento vocacional. Segundo o Papa Francisco, para que o jovem católico conheça a vocação a qual é chamado, é preciso passar pelo processo da escuta, do discernimento e da vivência do chamado de Deus.
A quebra do paradigma de que vocação significa ser padre ou freira tem ajudado muitos jovens na hora de discernir e escolher sua vocação profissional e religiosa. Atualmente, é comum vermos profissionais da educação e da psicologia aplicarem testes de aptidão vocacional com o objetivo de ajudar meninos e meninas nas escolhas da vida vocacional.
Nem sempre os resultados saem de acordo com o que a pessoa realmente sente, mas ajuda. Aqui apresentamos a você dois chamados que, se respondidos e vividos com fidelidade, são capazes de transformar o mundo. Confira!
O chamado à vida profissional
Diante do chamado à vida profissional, muitos jovens escolhem a profissão de acordo com o que lhes darão mais satisfação e prazer. Outros optam por profissões que lhes darão melhor retorno financeiro. Tudo isso é comum aos jovens quando se veem diante do vestibular. Mas, para o jovem católico, antes de pensar que a atividade profissional deve ser compreendida como vocação.
O Dicionário Aurélio descreve o significado da palavra vocação como “inclinação que se sente para alguma coisa; Disposição natural do espírito; Inclinação para a vida religiosa” (Cf. Dicionário do Aurélio). Percebemos que a vocação não se caracteriza apenas para atividades religiosas. Portanto, a decisão pela vida profissional, requer do jovem uma inclinação ao que se sente chamado e uma disposição natural para tal atividade.
Ter uma vida profissional equilibrada e satisfatória significa que você discerniu bem suas aptidões. Entretanto, para chegar a esse nível, o jovem precisa passar pelo autoconhecimento. O autoconhecimento faz com que ele perceba, de fato, seus dons e talentos que, somados à atividade profissional, o realiza.
Mas, também é preciso compreender, que esta realização não pode estar centralizada ao que sua profissão dará de retorno financeiro, pois há uma tendência de se ganhar muito, não ser feliz e muito menos, acrescentar mudanças significativas no mundo.
O chamado à vida consagrada
Em se tratando do chamado a vocação à vida consagrada, o Santo Padre, Papa Francisco, nos apresenta na Mensagem para o 55º Dia Mundial de Orações pelas Vocações os passos citados acima “escutar, discernir e viver o chamado” como via de não errar na escolha pela vocação cristã. Esta escolha, é antes de uma resposta nossa, um chamado de Deus.
Pensar na vocação pode gerar medos e incertezas. Mas, certamente, te levará a refletir sobre o que te atrai e o que te fará feliz. Também te fará entrar no mistério da misericórdia de Deus, que resolveu te escolher para ser amigo dele e servir em seu Reino. Ainda dentro deste mistério, o Papa nos diz que se faz necessário não acelerar os passos, pois isso pode comprometer o silêncio interior e a escuta do Deus que chama no silêncio.
Ao descobrir a vocação à vida consagrada, respondê-la e vivê-la, o jovem faz da dimensão profética do seu chamado um sinal de transformação do mundo. Se ele viver fielmente a vocação passa a comunicar ao mundo, em nome de Deus, palavras de conversão, esperança e consolo, diz Francisco.
É por isso que, você, jovem de Deus, deve pensar na sua vocação. Não só pensar, mas acolhê-la e vivê-la, assumindo com alegria a missão que ela traz, vivendo sua vocação profissional e/ou religiosa com todas as suas forças, sendo “Sal da terra e Luz do mundo” (Cf. Mt 5,13). Ajude outros jovens a discernir a vocação. Compartilhe este post!
Ver um amigo, filho ou alguém da família submergir na dependência química é devastador. Para ajudá-lo a sair das drogas, é preciso intervir assim que o problema for percebido. A luta contra essas substâncias é ferrenha e exige muito empenho, tanto do dependente quanto dos que estão à sua volta.
Para você que hoje se pergunta: “De que maneira posso ajudar uma pessoa querida a sair das drogas?”, apresentamos 5 formas que irão te amparar neste árduo processo.
1.Esteja próximo
O diálogo é um instrumento de grande importância e eficácia. Converse muito com o dependente. Porém, não discuta com ele, não dê sermão, não faça julgamentos. Seja acolhedor, mostre-se interessado no seu bem estar e na sua saúde.
É provável que a pessoa coloque-se na defensiva quando você abordar o assunto das drogas pela primeira vez, mas seja persistente, procure sempre uma oportunidade para uma conversa franca. Fale abertamente com ele. Procure respostas para as perguntas:
Como foi que a dependência começou?
Quais drogas estão sendo usadas?
Qual o grau de dependência?
O que o levou ao vício?
Talvez ele não perceba a droga e o álcool como algo destruidor, por isso pesquise e compartilhe com essa pessoa informações científicas sobre os malefícios dessas substâncias para o cérebro, o corpo, a vida social e os relacionamentos. É provável que essas informações chamem a atenção do dependente fazendo com que ele perceba que se encontra num caminho de destruição e, finalmente, decida pedir ajuda.
2.Crie uma rede de apoio
Toda ajuda é bem vinda! Quanto mais essa pessoa estiver cercada daqueles que o amam e querem o seu bem, mais apoio ele terá para seguir firme no seu objetivo de sair das drogas.
Além da família, amigos de infância, da Igreja, da faculdade ou do cursinho, podem ajudá-lo a buscar meios de se divertir e extravasar sua energia com programas que não incluam bebidas e drogas. Essa rede de afetividade o ajudará a manter-se afastado também das “amizades” que alimentam o seu vício.
Neste processo de afastamento das drogas ou da bebida é preciso que o dependente mantenha sua mente constantemente ocupada. O tempo ocioso é uma porta escancarada para o retorno às drogas, principalmente nos momentos de ansiedade causados pela abstinência desses substâncias químicas.
Os momentos de crise de abstinência são os mais difíceis. Seu corpo vai implorar pelas substâncias químicas e ele precisa manter seu foco em sair das drogas. Por isso, quanto mais sua rotina estiver ocupada, mais chances ele tem de superar esses momentos, concentrando-se no seu objetivo. Os estudos, a prática de esportes, o lazer e o trabalho são fundamentais para ajudar neste processo.
4.Procure uma comunidade terapêutica
A dependência química é uma doença de ordem fisiológica, neurológica e psicológica, por isso exige acompanhamento médico. Tratamento com homeopatia e acupuntura também podem potencializar a recuperação do indivíduo.
Uma comunidade terapêutica, ou uma clínica de recuperação, reúne esses tratamentos, por isso pode ser de grande ajuda. A internação não deve ser encarada, no entanto, como um castigo para o dependente, mas como uma oportunidade de recomeço. A clínica de recuperação afasta o dependente do seu ambiente habitual e de pessoas que o influenciam negativamente, oferece o tratamento adequado e a oportunidade de se fortalecer interiormente e emocionalmente para combater o vício.
5.Cultive a espiritualidade como recurso para sair das drogas
A espiritualidade e a religião são imprescindíveis para o reequilíbrio, auxiliando muito no processo de recuperação. As comunidades terapêuticas, além de oferecer o auxílio técnico necessário, como às clínica de recuperação, procuram trabalhar a espiritualidade dos seus internos.
A fé, segundo pesquisas da Harvard e Royal College of Psychiatrists, é fundamental para a recuperação do paciente, seja qual for a doença, pois faz com que a pessoa acredite na sua recuperação. No caso de um dependente químico, a fé ajuda a controlar a ansiedade.
A espiritualidade age como uma força que ocasiona mudanças no interior do ser humano. A pessoa passa a olhar para dentro de si buscando o autoconhecimento, o que estabiliza suas emoções, ajuda-o a encontrar um novo sentido para sua vida e a reconhecer os mistérios que cercam nossa existência.
Por meio da espiritualidade o jovem tem seu encontro com Deus, em quem passa a confiar. Buscar a ajuda divina ajuda o dependente a ter forças para superar as dificuldades do processo de desintoxicação.
Além do tratamento, o que a pessoa precisa neste processo de desintoxicação é de compreensão e amor. Sentir-se amada e querida dará a ela forças para superar os obstáculos que ela encontrará em seu caminho. Portanto, para ajudar uma pessoa a sair das drogas dê a ela atenção e muito amor. Enquanto ela estiver em tratamento procure visitá-la sempre que possível para que ela não se sinta abandonada, mas, sim, amparada.
Não fique distante dos seus amigos ou ente queridos próximos que passam por esse tipo de dificuldade. Ainda que muitas tenham sido as tentativas, saiba porque não perder as esperanças com nosso blog post Usuário de drogas: Por que não podemos desacreditá-lo
São inúmeras as famílias que buscam na Copiosa Redenção um conforto ou amparo na hora em que a droga deixa de ser algo que acontece na família do vizinho ou com o colega de trabalho. No entanto, se torna uma realidade, ainda mais complexa e dolorosa, dentro de suas próprias casas, quando seu filho está usando drogas.
Normalmente, sem as informações necessárias, após a descoberta, o processo que se instala na família aproxima-se do caos e do desespero. O fato é que, sem saber como agir, muitas vezes os familiares e amigos envolvidos na situação acabam contribuindo para o agravamento do problema.
Considerando essa problemática, entrevistamos o assistente social Mauricio Landre, referência no trabalho com dependentes químicos e comunidades terapêuticas. Além de trabalhar diretamente com usuários e dependentes, atua na formação de diversos profissionais da área. Sua contribuição à recuperação e formas de tratamento para dependentes é vasta. Sendo assim, nesta pequena entrevista, Maurício respondeu algumas perguntas que visam auxiliar famílias, que estão sofrendo em decorrência do uso ou abuso de drogas.
1. A partir do momento em que o uso é constatado, qual o próximo passo? Em que momento a ajuda profissional pode e deve começar a fazer parte? Muitas vezes, nessa fase de identificação do uso é comum encontrar a resistência, negação e rebeldia. De que maneira tratar do assunto?
Essa é, talvez, a pergunta mais complexa e importante de ser compreendida para que a ajuda seja efetiva. Em primeiro lugar, temos que diferenciar uso, abuso e dependência. São três estágios progressivos que podem ser interrompidos com a atenção e ações corretas. O uso de drogas hoje, entre os jovens, tem um índice muito alto na experimentação, em torno de 70% (CEBRID). Esse dado já expõe os adolescentes e jovens a uma vulnerabilidade que, dependendo de como as relações afetivas, familiares e sociais se configuram, será determinante para o avanço do uso ou não. Famílias ausentes, rígidas ou passivas demais, com crises e falta de diálogo, são as mais vulneráveis para a evolução do quadro.
No abuso, ou seja, o consumo de uma quantidade de álcool ou droga acima do que o corpo consegue metabolizar, de forma que não altere o funcionamento do cérebro, nas suas habilidades perceptivas, emocionais e cognitivas, implica numa concepção de uso por parte dos jovens que se caracterizam por diversos outros agentes sociais e de autoconhecimento, autocontrole e autoestima.
Quando chega a dependência, não existem alternativas eficazes que não sejam associadas ao tratamento, seja clínico, psicológico e sociofamiliar. Com certeza, a fase do consumo é a mais difícil de obter resultados efetivos, sem mudanças profundas na rotina e visão de mundo.
Outro ponto importante é levarmos em consideração quais tipo de drogas, o contexto onde o jovem usa, os motivos ou objetivos para usar e a relação dele com a droga.
Diante desse quadro, talvez o maior instrumento terapêutico efetivo para qualquer uma dessas fases, seja o de estabelecer um vínculo com a família e pares. No entanto, um vínculo saudável, aberto, franco, honesto e respeitoso, de ambos os lados. Às vezes, a família tentando ajudar acaba prejudicando mais.
Os sinais e sintomas, de que pode haver a presença do uso, configuram-se por mudanças bruscas no comportamento, frequência e rendimento escolar, amizades diferentes e, isso tudo pode passar despercebido se a família não está atenta a esses movimentos.
Finalizando e reforçando, independente de onde a família ou os parentes e amigos identifiquem o uso do adolescente ou jovem, deve-se manter e cuidar para que a relação e os vínculos sejam fortes e confiáveis. Não podemos exigir um comportamento que não temos e que não represente o movimento cultural que o jovem está vivendo. É o caso da maneira de se vestir, uso de tatuagem, gírias e outros modos de expressão de sua identidade, e da presença da mídia, internet e redes sociais na comunicação dessa geração.
2. Muitas pessoas fazem uso de drogas lícitas e ilícitas e não se tornam dependentes da substância. Normalmente quando as famílias descobrem um ente que faz o uso, uma das alternativas propostas é o internamento em clínica ou comunidade terapêutica (CT). O internamento passa a ser válido em que momento?
Existe uma ordem racional e progressiva de uso e de intervenções para quem está consumindo drogas ou álcool, da mesma forma que para qualquer outro tipo de intervenção clinica. Imagine alguém apresentar uma febre alta, entupimento das vias nasais. A intervenção é uma internação imediata? Para quem usa, o melhor caminho é a prevenção, seja através de informação, da educação, do acompanhamento do crescimento, do rendimento escolar e dos amigos. No caso de abuso, uma investigação mais aprofundada junto de uma atenção maior pode ajudar, e, somente na dependência, é que o emprego da internação fará sentido.
3. O que você sugere àquelas pessoas que estão tentando ajudar um dependente que aparentemente não quer ser ajudado? O internamento compulsório (realizado sem a vontade da pessoa dependente) é saudável? Se sim, quando pode e deve acontecer?
A intervenção involuntária é recomendada quando o dependente está colocando sua vida e de membros de sua família e sociedade em alto risco. Ela acontece através do pedido de um familiar ou responsável e é avaliada por um médico capacitado.
A internação compulsória é acionada pelo poder judiciário que, diante de uma infração ou crime, percebendo se tratar de um dependente, oferece um tratamento para o mesmo.
Infelizmente, no Brasil, temos muitos problemas com essas internações, dentre elas, a internação precoce de um adolescente ou jovem que ainda não desenvolveu a dependência; clínicas que só visam o lucro, famílias desgastadas e cansadas, veem em propagandas otimistas uma alternativa que alivia o estresse com a promessa de cura e paz; equipes e profissionais despreparados; locais adaptados inadequadamente para receber os pacientes (parecendo depósitos); uso descontrolado e inadequado de medicações fortes para manejar crises; falta de fiscalização e da participação da família que, muitas vezes, são proibidas de visitá-los. Duvidem disso!
4. Falando em CT, sabemos que você administra uma comunidade que é referência no Brasil e no mundo, e também, que você é considerado um dos mais conceituados especialistas do país nesta abordagem de tratamento e na própria dependência química. Pra quem é a comunidade terapêutica e qual o diferencial dela em relação às outras abordagens? Quais os mitos sobre esta forma de recuperação? E quais os avanços realizados nos últimos anos?
Tenho um posicionamento em relação aos modelos de tratamento de que, se eles existem é porque para algumas pessoas eles são adequados. Não existe um modelo eficaz para tratar todas as pessoas e sim aquele adequado ao perfil e ao comprometimento que se encontra.
A Comunidade Terapêutica (CT) é uma opção eficaz para casos graves de dependência de qualquer tipo, tanto para drogas utilizadas no Brasil como no mundo, que se encontram com uma desorganização biológica, psicológica e social. A comunidade terapêutica auxilia o indivíduo a restabelecer um contato sadio com princípios, valores, cuidados e com vínculos, dentro de uma estrutura de respeito, que utiliza de uma cultura e ambiente propícios para uma mudança gradativa e concreta na maneira de viver e se relacionar. O tratamento em CTs é voluntário, ou seja, o candidato tem que querer se recuperar e, para isso, é importante que conheça o programa e as regras antecipadamente.
Alguns mitos sobre CTs, tanto para alguns profissionais, serviços e familiares quanto para os próprios profissionais e equipes das CTs e seus acolhidos são: a CT é um manicômio que obriga as pessoas a trabalharem e rezarem o tempo todo; a CT institucionaliza o indivíduo; não têm evidências científicas de sua eficácia; na CT todo mundo é igual; se o acolhido não está praticando ou respeitando as regras é porque ele não quer tratamento; a CT só funciona quando a pessoa chega totalmente rendida e manifesta um querer desde o início, dentre muitos outros. Importante lembrar que, de fato, existem muitas CTs e muitos outros serviços despreparados para oferecer um bom tratamento, mas isso não significa que o modelo de CT não funciona. O objetivo maior da CT é a reinserção e reintegração social do indivíduo, baseada na busca e manutenção da abstinência integral.
5. Após um processo de recuperação, um dos maiores fantasmas que assombram os dependentes e as suas famílias é a possibilidade da recaída, que muitas vezes se concretiza. Como lidar com ela?
A recaída acontece, com muita frequência, com todos os tipos de doenças ou transtornos crônicos, seja para quem sofre de diabetes, asma, hipertensão ou dependência de álcool e drogas. O importante é não desistir e tirar algum ensinamento ou informação, seja pelas consequências que ela traz ou pela percepção de mecanismos e resistência a algumas mudanças, cuidados ou detalhes que não foram interiorizados ou valorizados no tratamento. A melhor maneira de tratar a recaída é buscando entender o processo que levou o indivíduo ao retorno do uso.
6. Quais dicas você poderia fornecer aos profissionais da área, familiares e aos dependentes de modo que as dificuldades de reinserção sejam reduzidas?
Hoje, na CT Santa Carlota, Comunidade Terapêutica do Instituto Bairral de Psiquiatria, que coordeno trabalho não somente com os acolhidos, mas com a equipe o tempo todo para que, cada um, como ser humano, encontre e invista em seus potenciais e suas aptidões, fortalecendo a autonomia e a escolha de seus atos e caminhos, através de uma reflexão interna e com seus pares, de forma que garanta qualidade de vida e sucesso na caminhada.
Utilizamos o reforço positivo, a não punição e o amor incondicional, que se manifesta na maneira como todos se relacionam consigo mesmos, com os companheiros e com as necessidades e responsabilidades que temos diante da vida e da sociedade. Somado a isso, utilizamos ferramentas que estão diretamente ligadas ao transtorno: prevenção de recaída, 12 passos, psicoterapia individual e social, projeto de vida, grupos e filmes reflexivos, etapas alcançadas por esforço e mérito.
Talvez a máxima que diferencia e auxilia na construção de uma relação saudável com essa metodologia, e a mais ideal, são duas frases marcantes que repetimos sempre: “Ajuda é para quem precisa e não somente para quem merece” – Afinal, como Cristãos, quem não merece? E a outra é “Nossa equipe é formada por pessoas que gostam de pessoas”.
Os leigos já se questionaram alguma vez sobre isso, principalmente quando vai à missa e o padre ou outro reza pelas vocações. A primeira impressão é que o vocacional religioso está acabando, que futuramente não haverá vocações dentro da comunidade. Entretanto, ser um vocacionado religioso vai além de uma vida celibatária ou mesmo, necessariamente, um sacerdote.
A vivência na causa de Deus e dos irmãos de fé, levando o Evangelho e construindo o seu Reino leva a pessoa a ser um vocacionado religioso. Além disso, a missão de levar o amor de Deus para aqueles que ainda não sentiram é atraente. Há boatos que dizem que vocacionado está morrendo, entretanto essa especulação existe a tempos.
Quando se há uma comunidade viva na fé e que reza pelos seus, no intuito de despertar em jovens e adultos para a vida religiosa, a resposta vem de imediato.
As vocações da Igreja, em especial a religiosa, são uma dádiva divina que sustenta. Ser um religioso é ter uma responsabilidade de levar os irmãos e irmãs para a santificação. A vocação sacerdotal é um exemplo, ela traz a prova do amor e fidelidade de Deus, pois Ele escolhe homens para estar a serviço do seu povo e estes padres podem ser tanto diocesanos quanto religiosos.
Sacerdotes Diocesanos X Religiosos
A diferença entre os dois é mínima: O Sacerdote diocesano é aquele que está incardinado em uma Igreja Particular, ou seja, a uma diocese, onde tem uma área específica e definida para atender, além de depender apenas do seu Bispo.
Já o religioso, que podem ser padres ou não, antes do sacerdócio assumem a vocação religiosa consagrada e realizam votos de pobreza, obediência e castidade. Obedecem a um superior da Ordem Religiosa a qual pertence e pode estar a serviço da sua Congregação em um território da missão mais amplo. Entretanto quando exercer seu sacerdócio dentro de uma determinada diocese, deve seguir as direções do bispo desta localidade.
O acompanhamento Espiritual
O acompanhamento espiritual é necessário para uma correta orientação e de um discernimento para que os vocacionados entendam qual será seu papel para o mundo, que é evangelizar.
Apesar da falta de fé que muitos vivem, nós como irmãos devemos impulsionar aqueles que já não acreditam no amor de Deus. Afinal, a fé é como uma bateria para os seres humanos, ela é capaz de comandar nossa vida, apesar disso o número de homens e mulheres que buscam seguir o caminho de Cristo só aumenta, suas palavras de amor, conforto e suas atitudes, dificilmente alguém não se apaixona.
O Celibato
“Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda” (Mateus 19,12). Esse trecho da bíblia deixou claro a aprovação e o conselho de Jesus sobre o celibato para os sacerdotes e religiosos, esta opção se dá livremente para aquele que deseja seguir a Cristo, é um sinal claro da verdadeira vocação sacerdotal ou religiosa.
Após muita oração e discernimento e você estiver convicto que Deus tem um plano de vida religiosa, entre em contato conosco. Teremos o prazer de recebê-lo em uma de nossas casas.
A juventude é uma fase da vida onde os sentimentos são fortes, alcançar a felicidade e alegria são quesitos obrigatórios. Sendo assim é indispensável que se trilhe caminhos sérios para seu discernimento vocacional.
O caminho para a fase adulta é cheio de sensações e dúvidas. É neste período em que muitos jovens se perdem na busca de um ideal, acreditando que a felicidade está nos prazeres momentâneos como festas noturnas, drogas, bebidas e descartam qualquer possibilidade de encontrá-la dentro da própria igreja.
Os jovens cristãos ainda sofrem atualmente por defenderes valores da família, da castidade e de outras questões que deixaram de ser banalizadas na sociedade. Desse modo, alguns jovens são criticados por aqueles que se dizem amigos.
Entretanto, há uma juventude que acredita na verdadeira alegria está nos pequenos detalhes da vida. Outros creem que a felicidade está na entrega total de sua vida nas mãos de Deus, consagrando-se, ou se tornando um missionário para levar a Palavra de Deus a diversas pessoas.
O jovem quando é chamado para seguir os ensinamentos de Deus, ele primeiro deve entender qual o melhor caminho para a vocação, deve ser seguido. Por este motivo, o discernimento vocacional ajuda identificar se o candidato preenche alguns requisitos específicos para uma determinada função.
Sendo assim, antes de mais nada, é preciso haver um conhecimento entre a comunidade e o candidato. Quando há um interesse em conhecer a fundo sobre os trabalhos realizados por uma instituição religiosa, o candidato deve entrar em contato dizendo suas motivações, antes de iniciar seu caminho vocacional.
Por fim, após este contato, uma equipe entrará em contato para que o jovem venha conversar pessoalmente com um responsável da igreja para começar um acompanhamento vocacional.
Passos para o discernimento Vocacional
Antes de tudo, o jovem deve ter uma vida de oração muito forte. A vocação não é algo que se inventa, mas uma realidade que Deus escolhe. Outro ponto importante, é descobrir o que O Senhor tem para nos falar, para isso é necessário perceber e reconhecer a voz de Deus dentro do nosso coração.
Aos poucos, ele começa a modificar seus desejos, seus pensamentos. A vocação é algo que se leva para a vida, por este motivo é necessário refletir sobre a sua vida, quais suas habilidades e limitações, vocação implica algumas exigências mas você deve saber que sempre contará com a ajuda segura das graças a Deus.
Ficou interessado em realizar um acompanhamento vocacional, entre em contato.
Email: atendimento@copiosaredencao.org.br
Telefone: 042 3226-9737
Orientação Vocacional x Orientação Profissional. Você sabe diferenciá-las?
Diversas fases marcam nossa vida pessoal e espiritual. Cada uma delas traz consigo transformações, sejam físicas ou até psicológicas. A cada etapa surgem novos questionamentos: O que irei fazer da minha vida daqui para frente? Será que sou feliz naquilo que estou exercendo? Qual orientação devo seguir? Sou um profissional de sucesso? Qual é a minha verdadeira vocação?
A partir dessas perguntas, conseguimos adentrar em dois pontos muito comuns na adolescência, na juventude e, por vezes, na vida adulta: a diferença que há entre a orientação vocacional e a profissional.
Apesar de serem duas questões distintas, ambas caminham juntas para uma compreender a outra. Tanto a orientação profissional quanto à vocacional auxilia uma pessoa a identificar suas afinidades e talentos
Vocação é chamado de Deus
A orientação vocacional é um direcionamento que conduz a pessoa ao autoconhecimento. Permite uma compreensão mais aprofundada sobre a missão que Deus tem para cada um dos seus filhos. É um objetivo que não se deve olhar apenas para os resultados, mas para os sinais de fé e amor que Deus tem para nossa vida. A palavra Vocação, vem do latim, e significa “chamado”.
Ainda dentro da igreja, há várias pessoas que não descobriram o que Deus escolheu para suas vidas, por isso alguns pontos são importantes:
Procure ter uma vida de oração profunda e um contato frequente com a Bíblia. Rezar e meditar a Palavra é ter uma conversa íntima com Deus;
Seja participativo dentro da sua comunidade;
Busque orientações com alguém que já viva sua vocação dentro da sua paróquia – padres, leigos consagrados, religiosas, pais e mães. A partilha de experiências traz conhecimento e fortalece sonhos, além de ajudar o vocacionado a entender o que Deus tem para ele. Mas lembre-se: não se deve escolher uma vocação por medo do desafio das outras. Vocação é identidade. A proximidade com o diferente deve despertar no vocacionado a clareza do que é, em detrimento aos desafios.
A orientação profissional parte de uma predisposição psíquica
A escolha da melhor direção profissional não afeta apenas os jovens. Diversos adultos estão a cada dia buscando o melhor para si profissionalmente, já que uma carreira mal escolhida pode trazer problemas futuros, como insucesso profissional, decepção financeira e até estresse.
É neste sentido que voltamos ao início do texto – quando apontamos que ambas as orientações caminham juntas- ainda que possuam definições distintas.
A orientação profissional consiste no entendimento de uma carreira que se deseja seguir, baseada nos seus interesses e disposições humanas, o que exige também o autoconhecimento, e consequentemente acaba auxiliando na solução de conflitos pessoais.
Dúvidas sempre existirão, mas conhecer a profissão que pretende seguir, saber detalhadamente os prós e contras, ajuda a evitar que no futuro se depare com a desilusão. Por isso, uma orientação bem detalhada e de qualidade com profissionais da área escolhida, auxilia na escolha correta daquilo que se gosta fazer.
Ainda está com dúvidas sobre o que você quer para seu futuro? Na internet você encontra diversos testes vocacionais que podem te auxiliar na hora de escolher a sua profissão, mas, lembre-se, conversar com alguém da área que você tenha afinidade para conhecer a fundo, também é válido.
Um feliz envelhecimento e a saúde da pessoa idosa são direitos de todas as pessoas da terceira idade. Atualmente muitas pesquisas, estudos e programas sociais são feitos para garantir que os idosos tenham qualidade de vida.
A realidade é que o mundo está envelhecendo e de maneira muito rápida. O Ministério da Saúde comprova essa afirmação e ainda estima que no Brasil existam, atualmente, cerca de 17,6 milhões de idosos. Além disso, a previsão é de que em 2050 haja 2 bilhões de idosos.
Embora a velhice seja um trunfo e algo a se comemorar, muitas vezes ela vem acompanhada de doenças crônicas que causam sofrimento e, infelizmente, em idades mais avançadas, o tratamento se torna muito sofrido ou inviável.
Portanto, para garantir o bom envelhecimento e a saúde da pessoa idosa, é necessário adotar algumas atitudes. A própria Organização Mundial da Saúde possui algumas medidas que ajudam nessa missão.
Importância de garantir o bom envelhecimento e a saúde da pessoa idosa
O primeiro ponto da necessidade de garantir uma velhice saudável e feliz é que isso contribui para a própria qualidade de vida do idoso. Mas também é benéfico para a família da pessoa idosa e toda a comunidade. Afinal, idosos possuem conhecimentos e características que são muito importantes.
A Organização Mundial da Saúde diz que “o envelhecimento saudável é um processo contínuo de otimização da habilidade funcional e de oportunidades para manter e melhorar a saúde física e mental, promovendo independência e qualidade de vida ao longo da vida”.
Ou seja, uma terceira idade bem e saudável prevê medidas que contribuam com esse processo de envelhecimento. Falando parece que essas medidas estão muito longe da nossa realidade, mas na verdade são atitudes acessíveis que estão disponíveis para todos!
Melhore a mobilidade e a vitalidade
Se movimentar, ter energia e vontade de viver são princípios primordiais para uma velhice saudável e feliz. Portanto, para buscar essas duas características, precisamos incentivar os nossos idosos à prática de exercícios físicos, por exemplo.
Além disso, também é importante investir em alimentos ricos em cálcio, vitaminas e proteínas. Se só a alimentação não bastar, pode ter como opção banhos de sol ou suplementação.
É válido lembrar que tanto a alimentação balanceada quanto a prática regular de exercícios físicos precisam ser orientados por profissionais especializados, senão podem prejudicar mais do que ajudar.
Preocupe-se com a visão e a audição
Muitas pessoas, quando começam a envelhecer, ignoram a perda da visão e da audição, consideram um efeito da velhice. Podem até estar certas, no entanto, com a tecnologia e o desenvolvimento que temos hoje, há métodos que podem prevenir essas condições.
Além disso, a cegueira e a surdez são doenças, frutos da diabetes ou outras infecções, que são tratáveis.
Se queremos garantir o bom envelhecimento e saúde da pessoa idosa, também precisamos estar atentos a essas questões. Pois, com essas funções fundamentais, fica mais fácil ter disposição para viver e curtir a famosa “melhor idade”.
Evite as quedas
Na velhice um tombo pode se tornar algo extremamente prejudicial .Algumas vezes pode resultar até em fraturas graves, onde há casos, inclusive, de idosos que morreram por causa de uma queda.
Por isso, devemos ficar sempre em alerta e evitar tudo aquilo que possa causar uma queda, como tapetes, escadas, móveis soltos caso o idoso acabe por se apoiar neles.
Outra boa maneira de evitar quedas é voltando ao primeiro tópico e fortalecendo a musculatura e o corpo por meio de atividades físicas.
Cuide da saúde mental
Assim como o corpo, a mente de um idoso também precisa ser cuidada e amparada para garantir um envelhecimento saudável. Nesse quesito entram situações como a demência, mas também a ansiedade e a depressão, que são bem comuns na pessoa idosa.
Por serem consideradas comuns em idosos, as doenças mentais acabam por ser confundidas como algo natural da idade vindo a ser ignoradas. É muito importante observar o idoso, se ele costumava ser uma pessoa agitada, ou animada e de repente se tornou cabisbaixo, desanimado, passa mais tempo deitado e dormindo do que em pé, o melhor a se fazer é investigar o motivo da mudança.
Algo que pode contribuir positivamente nessas situações, além da ajuda especializada, é manter o idoso em atividades de seu interesse. Pastoral do Idoso, grupos de atividades ou algumas oficinas, como a de pintura, por exemplo, são boas maneiras de incentivá-los. É importante também o contato social, sendo essencial manter as amizades e os relacionamentos fora do ambiente familiar.
A espiritualidade também importa para o envelhecimento e saúde da pessoa idosa
A espiritualidade raramente é discutida quando se pensa em medidas para garantir o envelhecimento e saúde da pessoa idosa, porém está relacionada, sim.
Quando um idoso fortalece a sua espiritualidade e busca o dom da piedade, ou seja, unido a Deus, sua velhice se torna muito mais tranquila. Ele consegue encontrar propósito e viver com amor e alegria.
Por isso, devemos, sim, incentivar que o idoso pertença a alguma comunidade, participe da missa e receba a Eucaristia. Certamente, isso só lhe fará bem!
Podemos proporcionar ao processo do envelhecer, melhores cuidados com a saúde da pessoa idosa colocando em prática todas essas dicas, observando também suas limitações e particularidades, para então cuidar dela da maneira mais adequada.
Não podemos esquecer de estarmos presentes em sua vida e cuidar com carinho e dedicação, respeitando sua autonomia e suas necessidades.
Um prato colorido, saudável e recheado de alimentos ricos em proteínas, vitaminas, bons carboidratos e minerais é importante em qualquer idade e fase da vida. Porém, a alimentação dos idosos precisa ser ainda mais bem planejada e cuidada.
Afinal de contas, nessa fase da vida é preciso tomar muito mais cuidado com doenças, como diabetes, hipertensão, câncer, osteoporose e outras. Afinal de contas, a alimentação está totalmente relacionada à saúde. Além disso, se alimentar bem é sinônimo de força, bem-estar e qualidade de vida.
A boa notícia é que uma boa alimentação não é difícil de ser colocada em prática, pode, inclusive, ser feita em casa. Basta ter as informações corretas!
Pensando em ajudar nessa missão e oferecer um envelhecimento saudável e feliz, preparamos algumas dicas para ajudar com a alimentação dos idosos. Pegue papel e caneta e tome nota!
Como cuidar da alimentação dos idosos?
Bom, o primeiro passo é entender o que o idoso precisa. Portanto, procure um nutricionista. Esse especialista verificará se falta algum tipo de vitamina no corpo e indicará uma dieta adequada para as particularidades da pessoa.
Além disso, uma alimentação saudável precisa estar aliada a uma vida ativa. Ou seja, incentive o idoso a praticar atividades físicas.
Para alcançar a verdadeira qualidade de vida, é preciso unir a alimentação dos idosos com a prática de atividade física. Isso também contribui para uma velhice mais feliz!
Talvez esse não seja um costume na sua casa, mas fazer um planejamento de compras ajudará a cuidar da alimentação dos idosos e também de toda a sua família.
Além de planejar as compras, programar um cardápio de refeições ajuda a manter a alimentação sempre regulada e saudável. Pois, ao controlar as refeições do dia, você terá sempre uma comida de verdade nas refeições e evitará servir alimentos ultraprocessados, açúcares ou conservantes.
Frutas, verduras e legumes são essenciais na alimentação dos idosos
Em quantas refeições você costuma colocar uma fruta, verdura ou legume? Sabia que elas precisam estar em TODAS? Pois, são ricos em minerais, fibras e vitaminas. Tudo o que o nosso corpo precisa para funcionar bem e ser saudável!
Portanto, não deixe eles de fora da alimentação dos idosos. Procure por uma variedade desses alimentos para não ser enjoativo e poder aproveitar das propriedades de todas.
A combinação mais brasileira de todas é nutritiva, saborosa, saudável e pode ser inserida tranquilamente na alimentação dos idosos. Também é possível usar e abusar das variedades desses alimentos, como alternar entre o feijão-branco ou preto e usar outras leguminosas, como grão-de-bico, soja, ervilha ou lentilha.
Além de saudável e essencial, o arroz e feijão podem ser armazenados na geladeira e consumidos até 3 dias após cozidos. É ótimo para poupar tempo!
Preocupe-se com o ambiente
Pode até parecer que não tem relação, mas o ambiente onde acontecem as refeições está ligado diretamente com a qualidade da alimentação dos idosos.
Por exemplo, se o local é tranquilo, limpo e agradável, isso contribui para a concentração no ato de comer e ajuda que o momento seja mais bem aproveitado e agradável. Ajuda também para que o idoso se sinta satisfeito por mais tempo.
Portanto, na hora das refeições, faça com que o ambiente esteja: limpo, arejado, bem iluminado e confortável. Essa é uma recomendação do Ministério da Saúde.
Cuidado com as bebidas
As bebidas também fazem parte da alimentação dos idosos e precisam de cuidado. O ideal é evitar aquelas muito açucaradas, como refrigerante, suco de caixinha e suco em pó. Geralmente, além do açúcar, elas possuem aromatizantes, corantes e outros aditivos prejudiciais.
Essas bebidas podem atrapalhar no consumo de água e piorar doenças crônicas existentes, também contribuem para o desenvolvimento de obesidade e diabetes. O ideal é beber água e sucos com a própria fruta.
Todas essas dicas são maneiras práticas, acessíveis e corretas de cuidar da alimentação dos idosos. Mas lembre-se de que também é importante cuidar dos excessos, beber bastante água e inserir alimentos ricos em cálcio na rotina dos idosos, como leite e ovos. Eles vão contribuir para fortalecer os ossos.
Colocar em prática essas medidas, fará com que o idoso envelheça com dignidade, qualidade de vida e possa aproveitar a melhor idade da maneira mais positiva possível.
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Você tem prestado atenção no seu parente idoso e na maneira como ele está envelhecendo? Será que ele está precisando de uma ajuda psicológica? É muito comum quem precisa!
O envelhecimento pode ser um momento conturbado, provocando estresses, desânimos, tristezas e ansiedades. É bom estar sempre atento, talvez seja necessária uma ajuda psicológica.
Na realidade, a terceira idade é uma época bastante solitária. Os filhos estão ocupados com a sua própria vida, não há muitos momentos de lazer, o tempo ócio se torna cansativo e tudo o que antes era muito simples, se torna penoso.
Isso por si só já são motivos para ficar em alerta com a saúde dos idosos. No entanto, se somarmos com o restante das dificuldades enfrentadas, como dores, o medo da morte, a falta de amizades, dificuldade de mobilidade e falta de autonomia percebemos o quanto a saúde mental pode estar em risco.
Todas essas mudanças são um alerta de que o idoso precisa de ajuda psicológica, pois nenhuma grande transformação é simples de ser enfrentada sozinho. Em seguida, entenderemos a importância de ter um cuidado especial com a saúde mental e emocional dos idosos.
Importância da ajuda psicológica na terceira idade
Como mencionado anteriormente, o envelhecimento é um processo que provoca muitas mudanças e cada pessoa reage de uma forma diferente a elas.
Alguns idosos podem lidar com a velhice de maneira muito tranquila e feliz, enquanto outros podem sofrer mais ao se perceberem sem tantas responsabilidades e compromissos, com dificuldades para fazer coisas simples.
Nesses casos é sempre importante garantir o cuidado e procurar um especialista para ajudar. Ainda mais quando a saúde mental está completamente relacionada à qualidade de vida e ao bem-estar.
Se o idoso vive a sua velhice com uma boa saúde mental, certamente sua saúde física também vai bem e vice-versa. Está tudo relacionado!
Portanto, é tão importante procurar uma ajuda psicológica assim que perceber sinais de alerta. A seguir, vamos citar alguns desses sinais.
Como identificar se o idoso precisa de ajuda
Muitas vezes, os sinais de que o idoso precisa de ajuda psicológica são perceptíveis no seu comportamento cotidiano.
Além disso, nesses momentos, o que antes era considerado algo essencial, eles deixam de lado. Por exemplo, fazer uma oração ou visitar um vizinho de quem gostam muito.
Na terceira idade, os sinais de ansiedade e depressão são bem parecidos com os da vida de uma pessoa adulta. Porém, os idosos não costumam se queixar de tristeza, eles vão falar que estão com dificuldades para dormir, que estão cansados, com dor física ou problemas de memória.
Os sintomas são facilmente confundidos com a própria velhice ou descontentamento passageiro, algo simples, portanto, não necessitando de grande atenção.
Além disso, conforme o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Alagoas (Ipaseal), num equívoco acreditamos que a tristeza é um aspecto natural da velhice e a ignoramos.
Sinais de alerta
Para não confundir os sintomas ou compreender exatamente o que se sente, citaremos alguns sinais que podem ser um alerta:
Irritabilidade constante – se uma pessoa não costumava se irritar facilmente e de uma hora para a outra isso se torne rotineiro, então, essa é uma bandeira vermelha para possíveis doenças emocionais;
Afastamento – Assim como o exemplo anterior, devemos ficar atentos se o idoso se afastar das suas atividades, dos momentos em família, dos amigos;
Choros e desânimos frequentes – Estar sempre desanimado e chorando não é normal. Esteja atento;
Falta de energia para realizar as atividades – Se o idoso está com uma saúde física de qualidade e costuma ser ativo, então, a falta de energia é algo para ficar de olho;
Mau-humor – um dia ou outro é normal, mas se acontecer diariamente e acompanhado do mau-humor vier a agressividade, procure a ajuda psicológica
Esses são apenas alguns dos sintomas que chamam a atenção para a depressão ou a ansiedade na terceira idade.
Por fim…
Antes de precisar da ajuda psicológica, é possível evitar as doenças emocionais com uma alimentação balanceada, com atividades físicas, insistindo para que o idoso tenha uma vida social ativa, que mantenha conversas, amizades e relacionamentos.
Além disso, ser alguém compreensível, afetuoso e gentil também ajuda muito, tanto a evitar as doenças quanto no enfrentamento delas.
A tarefa de cuidar de um idoso é exigente e cansativa, mas fique atento aos comportamentos e, se notar algo estranho, ofereça a ajuda psicológica.