Alcançando a graça de Deus para os desafios da sua família

A família é o verdadeiro testemunho dos valores cristãos. Logo, Deus chama a família para desenvolver a sua história, dentro de uma perspectiva de fé e devoção. Portanto, os casais devem ser os primeiros a testemunhar a grandeza da vida conjugal e familiar, fundamentada na fidelidade e no compromisso assumido diante de Deus e dos homens. 

Porém, muitos são os desafios que as famílias, atualmente, encontram para estar e seguir em harmonia. Vários fatores têm interferido no relacionamento familiar, gerando barreiras e colocando o diálogo em uma posição cada vez menos em destaque dentro das casas. Atualmente os filhos, e até mesmo os pais, se dedicam horas em frente às telas de celulares, só para estarem conectados às redes sociais. Mas, será que esta conexão também acontece dentro do contexto familiar? 

E como se não bastasse os problemas sociais que vivemos, as famílias enfrentam, diariamente, dificuldade de expressar sentimentos uns aos outros. Além disso, infelizmente, a essência familiar está sendo contestada e a sociedade tem cedido às facilidades do mundo, fazendo com que o casamento perca o seu valor. 

Os desafios da família

Muitos são os desafios! Por isso devemos levar para dentro de nossos lares as influências que vêm de Deus e deixar que o Senhor cuide de nossa casa. Além disso, precisamos permitir que a Sua Palavra reine no meio de nós. Certamente assim teremos discernimento para enfrentar as adversidades da vida familiar.  

Mas, quais são estes desafios? 

1º desafio: Reconsidere aquilo que foi profetizado

“Por fim, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja estimada, tal como acontece entre vós, e para que sejamos livres dos homens perversos e maus; porque nem todos possuem a fé. Mas o Senhor é fiel, e ele há de vos dar forças e vos preservar do mal. Quanto a vós, temos plena certeza no Senhor de que estareis cumprindo e continuareis a cumprir o que vos prescrevemos. Que o Senhor dirija os vossos corações para o amor de Deus e a paciência de Cristo ” (2Tessalonicenses 3,1-5)

Portanto, a busca pelas coisas do alto, para aquilo que vem de Deus, deve partir, inicialmente, da família. Ela é o modelo de fidelidade para as coisas do Senhor. No mundo atual, vivemos uma crise – que vai além dos modelos financeiros. Logo, hoje, as pessoas possuem crise de fé. 

Contudo, confiar naquilo que Deus quer para nós, é reavivar a fé. É confiar os problemas para o Senhor. Afinal, somente Ele trará a solução para aquilo que nos aflige. 

Sendo assim, é necessário que toda a família busque a Deus e siga os preceitos que Ele nos deixou. A luta é diária, mas, seguindo firme e confiantes, teremos grandes bênçãos em muitas famílias. 

2º desafio: Não se conforme com o modelo de vida oferecido pela humanidade atualmente para a família

Não se pode viver como as pessoas deste mundo querem, é necessário que estejamos abertos para aquilo que Deus quer em nossa vida. 

As nossas escolhas são importantes, mas ter um direcionamento, um caminho trilhado e confiado ao Senhor, é algo que certamente trará bons frutos dentro de uma família. 

Logo, quando honramos as vontades do Pai, Ele nos honra diante dos homens, manifestando em nossa vida grandes vitórias. 

3º desafio: Tenha o Senhor como centro da sua família

Quando colocamos Deus como o centro de nossa vida, de nossa casa, nos tornamos um só ao Seu lado. Portanto, devemos, inicialmente, se despojar de tudo aquilo que faz mal em nossa vida, que nos atrasa, tanto na vida espiritual quanto social. 

Priorizar aquilo que vem do Pai, como rezar antes de dormir, de se alimentar, de fazer atividades básicas do dia a dia, é colocá-Lo em prioridade, trazendo-O a fazer parte do seu cotidiano. 

Embora seja uma tarefa árdua, estar continuamente em oração e prosseguir com firmeza nas coisas que provêm de Deus, teremos uma casa abençoada e cheia da Graça do Senhor. 

4º desafio: Enfrente a influência negativa

Tudo que vemos e ouvimos é resultado de fatores que estão ao nosso redor. Logo, somos seres que, a todo momento, estão em constante evolução e com um bombardeio de informações.

Com isso, somos facilmente influenciados pelas redes sociais, pelos veículos de comunicação, que trazem mensagens que nem sempre agregam aos valores familiares.

O consumo excessivo do entretenimento, tem feito com que as pessoas deixem de pensar em situações que ocorrem ao seu redor e que merecem atenção. 

Portanto, é dever de toda família cristã refletir se aquilo que é consumido nas redes sociais, nos televisores, nas músicas, está agregando valor e trazendo reflexões para a vida.

Jamais podemos esquecer que a família é o verdadeiro testemunho dos princípios de Deus, diante de si e para a sociedade. 

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Como viver o luto na vida religiosa?

Luto é o período necessário para a superação da perda de um amigo, familiar ou ente querido. Contudo, não se trata de não mais sentir saudades ou dor. Estamos falando de evoluir o sofrimento demasiado, causado pelo impacto da perda, para um sentimento de saudade, equilibrado. 

Na vida religiosa, essa experiência é vivida de diversas formas. Seja com a perda de um parente, ou de um irmão ou irmã de congregação, do clero, ou mesmo do povo de Deus, ao qual pode apegar-se. 

Além disso, pode acontecer um luto voltado às próprias dores e vivências do cotidiano da vida religiosa. Afinal, é preciso “morrer o homem velho” para ressurgir o religioso ou o sacerdote.  

Preparamos um artigo que ajudará você sacerdote, religioso ou religiosa a viver bem esses momentos de dor na vida com Deus e na missão. Confira! 

O que a ciência fala sobre o luto

Apesar de tudo o que a ciência da psicologia já desenvolveu acerca do luto, sabe-se que não há um padrão determinado de tempo ou intensidade dessa experiência tão dolorosa. Afinal, depende de fatores como nível de relacionamento, maturidade espiritual e psíquica, e compreensão acerca do eterno. Tudo isso influenciará positiva ou negativamente na hora da despedida. 

É possível que se tenha sintomas emocionais como tristeza profunda, perda de interesse, perda de sentido da vida ou um desânimo demasiado. Ou ainda, sintomas físicos como dor de cabeça, falta de apetite, perda da memória, choro constante, medo e demais sintomas similares à ansiedade e pânico. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o luto prolongado como um transtorno mental, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID). Trata-se de uma extensão dos sintomas de luto, após a perda, por um período mínimo de 6 meses em diante. 

A orientação dada pelos especialistas é de que seja feito um acompanhamento com profissionais sempre que o luto tomar proporções maiores, comprometendo a saúde física e mental do indivíduo. 

O luto nas Sagradas Escrituras e na vida dos santos 

Se olharmos para os personagens bíblicos e a história de vida dos santos poderemos encontrar vários sinais de vivência de um profundo luto, em ocasiões diversas. 

Podemos nos lembrar de Davi sofrendo a dor da morte do amigo Jônatas e de Saul, seu pai. “Então Davi apanhou as suas vestes e as rasgou, e todos os homens que o acompanhavam fizeram o mesmo. Lamentaram-se e choraram, jejuaram até à tarde por Saul e por Jônatas, seu filho” (II Sam 1, 11s). 

O próprio Jesus viveu momentos de luto. A Tradição se refere à morte de São José, seu pai, que certamente o marcou profundamente. Assim como, os textos bíblicos registram seu choro de luto com a morte do amigo Lázaro, que o ressuscitara em seguida. 

A santa família Martin, desde os pais, São Luís e Zélia Martin, e sua célebre filha, Santa Teresinha, como toda família, viveram momentos fortes de luto. Por isso podem ser uma referência para os religiosos e sacerdotes que enfrentam esse momento. 

Diante da páscoa definitiva do seu pai, São Luís, a florzinha do Carmelo exclamou: “A morte de papai não me faz o efeito de uma morte, mas de uma verdadeira vida”. Ou seja, sua compreensão acerca da eternidade já era tão alta, que pôde viver um luto de saudade intenso. Mas não de desespero, pois confiava que seu pai tão querido merecia o céu.

Contudo, é preciso aqui considerar o processo natural de maturidade e desenvolvimento espiritual. Santa Teresinha sofreu intensamente a morte de sua mãe. Chegou a dizer-se paralisada diante do caixão, ainda que não tenha chorado muito; tinha 4 anos e meio quando aconteceu, mas  lembrava-se com riqueza de detalhes aquele momento de luto. 

Leia também 5 práticas para uma boa saúde psicológica na vida religiosa

Religiosos e sacerdotes diante da morte

O período da pandemia pôs à prova a fé e a esperança de muitos religiosos e religiosas, em especial dos sacerdotes. Mortes seguidas, muitas vezes de pessoas próximas e da mesma família, impactou fortemente muitas famílias religiosas. 

Aquelas que possuíam idosos, perderam alguns dos irmãos, ou mesmo foram impedidos de viver o tempo de luto com velório e sepultamentos dignos, passaram com fortes traumas por esses momentos. 

No entanto, a vivência religiosa estimula uma visão de eternidade sempre latente. Como a já citada religiosa francesa afirmou diante da morte, “não morro, entro na vida!”.

Essa consciência, atrelada à resignação própria de quem busca conformidade com a vontade de Deus, prepara o coração dos religiosos diante da morte de alguém querido. No entanto, diante dos lutos que a vida exige, como uma mudança de autoridade ou de localidade de missão, ou mesmo o sacrifício de ofertar algo a Deus, não passa longe dessa experiência. 

Obviamente, a sensibilidade de uns entrará em confronto com a sensibilidade de outros. Portanto, pode acontecer que algum religioso sofra com mais intensidade os sintomas de luto, como já falamos em outros artigos, não podemos perder de vista a humanidade de cada religioso ou sacerdote.

Conclusão 

A morte faz tão parte das nossas vidas como o luto. Seja quem parte ou quem fica, a experiência de Cruz e Ressurreição nos coloca numa dinâmica de conformidade com a vontade de Deus.

É importante que autoridades religiosas estejam atentos à necessidade de ajuda profissional, sempre que necessário. 

O tempo do luto precisa ser respeitado, no entanto, é preciso clareza quando a dor passar do limite e começar a afetar a qualidade de vida da pessoa. Fique atento! 

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O que São João Paulo II diz sobre evangelização 

São João Paulo II é um exemplo de evangelizador missionário. Afinal de contas, não é à toa que recebeu o título de Papa Peregrino. O polonês viajou para 129 países e percorreu 1,2 milhões de quilômetros. Sempre levando a santidade para mais pessoas e apresentando a Palavra de Deus em todos os cantos. 

Na encíclica Redemptoris Missio, publicada em 1990, São João Paulo cita Coríntios (9,16) ao dizer que evangelizar é nossa obrigação, e que não devemos nos gloriar por isso. 

Na mesma encíclica, o Papa fala sobre sua dedicação constante à evangelização.  “Desde o início do meu pontificado, decidi caminhar até aos confins da terra para manifestar esta solicitude missionária, e este ‘contacto direto’ com os povos, que ignoram Cristo, convenceu-me ainda mais da urgência de tal ‘atividade’.”

A missão compete a todos os cristãos

Na encíclica Evangelium Vitae, de 1995, São João Paulo II diz que todos nós somos enviados por Deus para anunciar o seu Evangelho. Foi nos dada essa graça de apresentar a Palavra de Deus aos irmãos e de testemunhar a fé e a vida cristã. 

Recebemos o Evangelho da vida e por meio dele fomos transformados e salvos. E, portanto, também recebemos a missão de sermos proclamadores da verdade para todas as nações. “Vós sois o povo adquirido por Deus, para proclamardes as suas obras maravilhosas.” (1 Ped 2, 9)

A evangelização é uma ação global e dinâmica que engloba anúncio, celebração e serviço da caridade. 

“É um ‘ato’ profundamente eclesial, que compromete todos os operários do Evangelho, cada um segundo os seus carismas e o próprio ministério”, afirma São João Paulo II, no documento. 

Não desanime diante das dificuldades

São João Paulo II fala sobre a importância de não permitir que as dificuldades internas e externas nos deixem pessimistas e desanimados. Talvez as dificuldades pareçam insuperáveis. 

“Em alguns países, está proibida a entrada de missionários; noutros, é proibida tanto a evangelização, como a conversão e até mesmo o culto cristão”, cita o Santo na Encíclica de 1990. 

“Há outros lugares, onde os obstáculos são de natureza cultural: a transmissão da mensagem evangélica mostra-se irrelevante ou incompreensível, e a conversão é considerada como abandono do próprio povo e cultura.”, completa.

Seria realmente desanimador, se fosse uma missão puramente humana. Mas, como o próprio São João nos lembra, não é! Devemos nos apegar à confiança que vem pela fé e lembrar que não somos os protagonistas da missão, mas sim o Espírito Santo.

Caminhos para a evangelização

São João Paulo II explica ainda na encíclica Redemptoris Missio quais caminhos a Igreja segue para evangelizar. 

1- Evangelize por meio do testemunho

De acordo com o papa, o homem é mais fiel à experiência do que a doutrina. Ou seja, a melhor forma de evangelizar é por meio de vivências e experiências. 

A própria vida do missionário é fonte de evangelização, assim como a família cristã e a comunidade eclesial. 

2 – Aceite o convite ao Batismo e à conversão 

O propósito de anunciar a Palavra de Deus é a conversão cristã, ou seja, a aceitação sincera a Cristo. 

Os Apóstolos evangelizavam dessa forma. Convidando as pessoas a mudarem suas vidas. Portanto, por meio da fé o chamavam para a conversão e para o Batismo. Assim, conseguiram cumprir sua missão com muito êxito.

São João Paulo II nos diz que todo convertido é certamente um dom oferecido à Igreja, e igualmente é uma responsabilidade, pois é necessário continuar a sua instrução religiosa. Desse modo, se é adulto traz energia nova, o entusiasmo da fé, o desejo de encontrar na própria Igreja o Evangelho vivido.

“Seria para ele uma desilusão se, entrando na comunidade eclesial, encontrasse aí uma vida sem fervor, privada de sinais de renovação. Não podemos pregar a conversão, se nós mesmos não nos convertermos todos os dias”. 

Que possamos levar os ensinamentos de São João Paulo II para toda a vida!

3 – Edifique novas Igrejas 

A meta central é estabelecer comunidades cristãs e construir e fecundar o terreno até que ela possa se tornar uma Igreja. Não se pode entender como verdadeiramente vencida a missão até que isso não seja feito. 

Contudo, São João Paulo II deixa claro que trata-se de um longo e exigente trabalho!

A encíclica é encerrada falando sobre a alegria de ser um missionário. “A característica de qualquer vida missionária autêntica é a alegria interior que vem da fé. Num mundo angustiado e oprimido por tantos problemas, que tende ao pessimismo, o proclamador da « Boa Nova » deve ser um homem que encontrou, em Cristo, a verdadeira esperança.”

O texto foi escrito há mais de 30 anos e ainda assim deve ser usado como inspiração para nós, evangelizadores. Por isso, recomendamos a leitura do documento na íntegra. 

Leia também outros conteúdos sobre evangelização no nosso blog.

7 dicas para vencer a insônia

Um dos principais alertas que o organismo dá de que a saúde psíquica não está bem pode ser a insônia. Noites mal dormidas, ou passadas em claro, envolta em pensamentos e ansiedades que impedem o descanso e, consequentemente, o bem-estar. 

As responsabilidades da vida, preocupações, medos e dificuldades de relacionamento ocupam a mente e dificultam o relaxamento característico do momento de sono. Principalmente, sacerdotes, autoridades, formadores ou reitores, prioras e madres costumam sofrer de insônia, com certa frequência, devido ao alto grau de atribuições que a função exige. 

Para ajudar com essa dificuldade, preparamos 7 dicas práticas que poderão ajudar você a vencer a insônia. Logicamente, há casos em que só a intervenção medicamentosa será eficaz, por isso é necessário um bom acompanhamento médico e terapêutico. 

1 – Procure estabelecer uma rotina 

Assim como boa parte das realidades da vida humana, a rotina é uma boa aliada quando se trata de sono. Manter o padrão de horário para deitar e acordar, respeitando as 8 horas de sono necessárias para a reparação do organismo, é indispensável. 

Não se trata somente de horários, mas de um estilo de vida que estabeleça uma prática corriqueira de preparação para o sono, um ritual. Desse modo, seu organismo se educa e passa a se preparar, também, com a carga hormonal necessária para o descanso. 

2- Busque um quarto completamente escuro 

Luz e escuridão possuem sua importância quando se fala em dormir bem. O uso de luzes no quarto, por menores que sejam, bloqueiam ou dificultam a produção de melatonina, o hormônio do sono. Além disso, a luz no quarto produz cortisol, o hormônio do estresse. 

A melatonina é responsável por reduzir a pressão arterial, os níveis de glicose e a temperatura do corpo, a fim de produzir um sono reparador. Sem isso, o organismo não consegue atingir os níveis de sono necessários para o relaxamento completo.

3 – Evite o uso de telas até 2h antes de dormir

Pelo mesmo motivo citado acima, é necessário evitar o uso de telas antes de dormir. A luz que emana dos dispositivos eletrônicos são responsáveis pela deficiência de melatonina, dificultando, portanto, o relaxamento. 

Muitos se viciaram em “relaxar” utilizando o celular antes de dormir, contudo isso é uma prática condenada pelas sociedades de medicina.  Exatamente, pelo alto índice de cortisol liberado no organismo, pelo estado de atenção e ansiedade e pelo uso da luz próxima ao olho. 

4 – Utilize chás e óleos essenciais para relaxar

Há uma série de chás e óleos essenciais que vêm sendo amplamente estudados para auxiliar o organismo a preparar-se para dormir.

Chás de camomila, erva-cidreira, capim santo, erva-doce são alguns exemplos que, além de serem saborosos, possuem propriedades relaxantes. Os óleos essenciais também têm sido utilizados com ainda mais frequência, em especial o óleo de lavanda.

De acordo com um estudo, o óleo de lavanda tem propriedades anti-inflamatórias, fungicidas, bactericidas, antimicrobianas, antissépticas e analgésicas. Além disso, o óleo também pode exercer efeito antidepressivo, sedativo, antiespasmódico, desintoxicante e hipotensor.  

5 – Tome banho com água morna 

O banho morno relaxa e distenciona os músculos preparando o organismo para o sono. Por isso, um bom banho antes de dormir, com temperatura morna, auxilia no relaxamento. Enquanto o banho gelado desperta e ativa o cérebro, o banho morno relaxa e alivia dores e tensões. 

6 – Não se medique sem prescrição médica

Algo muito comum em quem sofre de insônia é a busca por uma solução rápida e, muitas vezes, sem a devida orientação. Assim, como em qualquer outra doença, não se pode buscar medicações sem prescrição médica. Em especial, no uso de medicações psiquiátricas. 

Por isso, não utilize nenhum tipo de medicação antes que o médico oriente, escute e prescreva, de acordo com a necessidade. 

7 – Utilize ruído branco 

Uma técnica muito conhecida pelas mães mais jovens é o uso do ruído branco para auxiliar no sono. Trata-se de um sinal sonoro que contém todas as frequências na mesma potência. Um exemplo é o chiado da TV quando não está sintonizada, ou mesmo o som do ventilador. 

Há também app com sons de chuva, cachoeira, do mar que ajudam os neurotransmissores ao relaxamento até que se atinja o sono reparador. Vale a pena a experiência. 

Além dessas dicas, é importante que, se os problemas persistirem, buscar, o quanto antes, profissionais adequados como o psiquiatra e o psicólogo, para uma consulta. O importante é que não se demore na condição de insônia para evitar problemas maiores como depressão ou outros transtornos psicológicos. 

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Como dar mais qualidade de vida aos missionários?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualidade de vida é “a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.

Então, a qualidade de vida envolve o bem-estar espiritual, físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e amigos e, também, saúde, lazer, educação, habitação e outras circunstâncias da vida.

Mas quem tem direito à qualidade de vida? Parece uma pergunta sem sentido, porém facilmente esquecemos que toda pessoa humana precisa de vida saudável, conforme citou a OMS, e isso inclui a vida missionária religiosa.

Vamos nos tornar promotores de qualidade de vida para os missionários a partir de algumas dicas e colheremos, não apenas o fruto saboroso da doação de sua vida, como também contribuiremos para que eles vivam mais e melhor.

Qualidade de vida segundo o Evangelho

Quando lemos o evangelho, nos encantamos com a doação total de vida do Mestre. Ele viveu em função de sua missão e alcançou o objetivo totalmente, pagando um preço alto por nossa salvação através de sua paixão, morte e ressurreição.

No entanto, podemos correr o risco de supervalorizar a morte de Cristo em lugar da vida, da ressurreição, como se ele tivesse programado sua morte de Cruz, tão dolorosa para qualquer ser humano.

Porém, a forma como ele morreu foi devido a maldade das autoridades da época, imagine que o próprio Deus jamais gostaria de ver seus filhos na mesma condição. Então, ele não deseja a morte de ninguém, ao contrário, a vida segundo o evangelho é abundante.

Por isso, lutar pela vida é um dever cristão, seja na sociedade, na família ou na Igreja. Mas esse zelo começa com pequenas coisas no dia a dia que podemos praticar frequentemente e produz melhor qualidade de vida. 

Leia também: 5 práticas para uma boa saúde psicológica na vida religiosa – Copiosa Redenção

Algumas dicas para ajudar na qualidade de vida dos missionários

De fato, a vida missionária religiosa é um reflexo da vida de Cristo. É um dom imenso para a Igreja e o povo de Deus, quantas histórias maravilhosas de vida doada, santidade e serviço em favor do povo de Deus, principalmente os mais pobres.

Mas a vida do missionário precisa de cuidados e a maior prova de nossa gratidão é a fraternidade. Vamos zelar por suas vidas através de pequena iniciativas:

#1 Acolhimento fraterno

Cada missionário tem sua história de vida. Você parou para ouvir como se deu sua descoberta vocacional e não apenas o que ele sabe sobre o evangelho, a doutrina ou sua instrução acadêmica? Pois é, isso é acolhimento.

A qualidade de vida envolve acolher a pessoa com sua história e não apenas pelo que ela realiza em nosso favor. Então, convide o missionário para visitar sua família, para um almoço fraterno favoreça sorriso, partilha e amizade. 

Porque conhecemos uma pessoa quando nos aproximamos e ouvimos sua história. O missionário não é apenas um servo, mas um irmão; o próprio Cristo o chama de amigo. E em algum momento da vida ele vai precisar de alguém que o ajude como um irmão.

#2 Respeito ao descanso 

O Papa Francisco diz que a vida é missão, logo a missão não pára nunca. Mas as atividades apostólicas, reuniões, formações de líderes, visitas às comunidades, celebrações, catequese e até afazeres pessoais e domésticos precisam parar.

Para que o missionário tenha qualidade de vida é indispensável valorizar o repouso da mente e do corpo. A mente descansa quando ele pode compartilhar responsabilidades, contar com colaboradores, ou seja, não precisa fazer tudo sozinho (a), nem deve centralizar  atribuições.

Já o corpo tem qualidade de vida quando descansa. E isso não é apenas dormir, mas comer o suficiente e em horários adequados, como também uma alimentação que favoreça a reposição de energias para enfrentar os desafios do campo de missão.

#3 Esporte e lazer

Qualidade de vida está diretamente ligada à prática de esportes e ao lazer. À medida que o corpo se exercita, ocorre a liberação de hormônios que produz satisfação, bem-estar, elimina toxinas e libera a mente de pensamentos negativos e autodepreciativos.

Ou seja, o esporte produz qualidade de vida para todas as áreas da vida humana. Então, o missionário precisa de tempo para o esporte, como também incentivo para isso. É possível retardar problemas de saúde, aliviar o estresse e melhorar a qualidade do sono.

Já o lazer é fundamental para evitar o isolamento social e melhorar o humor. Facilmente o missionário pode absorver os problemas da vida pastoral ou comunitária e, com o tempo, esse acúmulo causa desânimo, irritação e doenças físicas e psíquicas.

O missionário é um irmão no caminho

Se colocarmos em prática essas dicas, contribuímos com a qualidade de vida do irmão (a) que dedica sua vida por amor a Jesus e aos irmãos. Claro que depende também da colaboração do próprio religioso, mas o que você pode fazer para ajudar?

Afinal, o missionário é nosso irmão, somos todos criaturas e filhos de Deus, com sonhos e frustrações, dotados de uma alma infinita e de um corpo limitado e fazemos parte da mesma família, a grande Igreja de Cristo.

Logo, é possível incentivar, colaborar e participar da promoção de qualidade de vida para os missionários religiosos, isso inclui sacerdotes, bispos, diáconos, freiras, irmãos, todos que doam suas vidas pela causa do Reino. 

Continue lendo: Ansiedade na vida religiosa: entenda – Copiosa Redenção

Lar de idosos, casa de repouso e asilo: quais as diferenças?

Seria maravilhoso se todos enxergassem de forma positiva aqueles que já somam 6 ou mais décadas de existência, mas nem sempre é assim. Cuidados, atenção, companhia e muito carinho por vezes faltam aos que um dia deram tudo isso para alguém, inclusive no asilo.

A vida idosa precisa de uma assistência especializada, cuidados personalizados e amparo físico, mental, social e espiritual. É exatamente isso que podemos encontrar num lar de idosos comprometido e de qualidade.

O envelhecimento caminhará melhor quando não fugimos do processo, mas se o aceitarmos como uma chance de descobrir mundos novos em nós. Não se esqueça da verdade que sempre estamos nos preparando para o céu e que melhor vivemos, quanto melhor nos preparamos para isso.

Fomos criados para a eternidade e, para melhor nos guiarmos ainda aqui, neste mundo, precisamos escolher um caminho de transformação para alcançar este fim. A vida nos transforma quando nos colocamos diante dela.

Só encontrará o prazer de viver quem se entrega à própria vida e aos seus momentos de dificuldades, pois não se pode parar o tempo.

Conheça mais sobre o Lar Adelaide Weiss Scarpa, um lugar para chamar de segunda casa.

Descubra o que é um Lar de idosos?

A expressão “lar de idosos” muitas vezes é carregada e atrelada à memória como um lugar sombrio, de solidão, abandono e tristeza. Mas, não deve ser assim! Deve ser um lugar reconhecido como o próprio nome sugere: um lugar para se chamar de lar.

Atualmente, no Brasil, encontramos diversas casas especializadas no cuidado ao idoso e muitas destas contam com uma excelente infraestrutura. Muitas possuem espaços amplos, que garantem o contato com a  natureza e favorecem a saúde física, mental e espiritual.

Com lindos jardins, lugares recônditos com as sombras das árvores e um vento gostoso exaltando a calmaria singular da terceira idade. Tudo tão lindo e, o nosso Lar de idosos, o Lar  Adelaide Weiss Scarpa não é somente lindo em estrutura material. 

Tijolos em cima de tijolos, sombras e jardins belos, espaços arejados e amplos. Nada disso seria o suficiente para acolher bem uma pessoa que está procurando um lugar para chamar de casa. Pessoas precisam de pessoas, e aqui damos o melhor de nós para isso.

Porém, as expressões Lar de idosos, asilo ou casa de repouso ainda trazem insegurança para o maior número de pessoas que estão distantes dessa realidade. Por isso o importante é aproximar-se para constatar que aquela ideia negativa a respeito desses locais pode ser mudada.

Leia mais para saber qual é melhor lar de idosos para você escolher sem medo!

Quais as diferenças entre lar e asilo?

Esses termos, embora remetam à mesma ideia, possuem diferenças entre si e, quando bem compreendidas, trazem respaldo e segurança antes de uma importante decisão: de optar por uma destas realidades.

As principais diferenças são a assistência oferecida. Um lar de idosos precisa atender a todas as suas necessidades, que são muitas. Tenha conhecimento de algumas para que você possa se sentir por dentro e pronto para decidir. Vamos lá?

Atendimento 24 horas. Em casos de saúde mais debilitada, esse serviço exige que seja mais especializado, com a presença permanente ou constante de profissionais capacitados. E não somente isso, mas novamente, de gente que cuida de gente. Trazendo um amor sincero no coração pelo irmão que padece.

Também, em todas as áreas humanas, uma alimentação saudável e balanceada que atenda as necessidades nutricionais do idoso. E ainda, atividades físicas que estimulem e promovam a saúde física e mental, enfim, são muitas obrigações e serviços que um lar do idoso pode oferecer.

Embora se pense que funciona sempre da mesma forma, na prática, o asilo, diferentemente do lar de idosos, pode acolher não somente pessoas da terceira idade, mas também, crianças doentes e outras pessoas em vulnerabilidade social. Já um lar de idosos é uma casa que acolhe pessoas da terceira idade, oferecendo um atendimento personalizado.

Entenda a casa de repouso

A casa de repouso é um lugar de convivência, conforto e cuidado para o idoso. Algumas contam com a prestação de serviços médicos e outras não estão inclusas. Na prática, um lar de idosos também é uma casa de repouso, por isso há uma confusão quanto aos nomes.

Confira este post para entender mais sobre o que é uma casa de repouso!

Porém, apesar de tantas confusões, na verdade, o que mais importa é que deve ser um lugar onde há cuidado, amor e aconchego. Onde há momentos de partilha da fé e espiritualidade. Para garantir que essa fase da vida seja vivida com toda a sua intensidade e sentido, atendendo também todas as necessidades no acolhimento do idoso.

Um lugar que acolhe os idosos não pode ser, em hipótese alguma, um ambiente de relacionamentos frios e indiferentes, mas, antes, a expressão “de lar” deve sempre ser levada a atitudes concretas.

Aprenda a desfrutar

Quem engole tudo, simplesmente não sente o prazer de desfrutar o que come. A pessoa idosa ainda pode e muito contribuir para o mundo e para a realidade onde se encontra. E como ela será capaz de perceber isso?

Ela só precisa de um local e de pessoas que a recordam disso, valorizando a sua existência humana e favorecendo suas capacidades. Seja na sua própria casa, com seus familiares, e, se isso não é mais possível, em um lar de idosos ou asilo.

O que significa realmente qualidade de vida? Muitos respondem isso com a obtenção de realizações pessoais ou sucessos em algum empreendimento, saúde, doença, etc. Mas há algo muito maior do que tudo isso, que é a vida plena. E é isso que todos buscam na verdade, mesmo que não consigam ver. O que muitas vezes as imagens bíblicas mostram como: “uma nova vida”.

Existem muitos caminhos, assim como há muitos lares para os idosos, uns de luxo e outros mais simples. Contudo, o caminho para um lar de dignidade é aquele que considera a vida plena, pois não adianta viver os dias, é preciso vivê-los em plenitude. “O caminho de Cristo ‘leva à vida’; um caminho contrário ‘leva à perdição’” (cf. Catecismo da Igreja Católica, § 1696). 

Nossa missão no Lar Adelaide Weiss Scarpa é, ser bem mais que um asilo, mas oferecer um envelhecimento com dignidade e espiritualidade. Fazer brotar no coração de quem chega ao nosso lar um desejo de amar de novo, de tal forma que se torne uma verdadeira arte de viver.

Desfrute bem o caminho da vida, em qualquer etapa que você esteja dela!

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Existe depressão na vida religiosa?

A depressão na vida religiosa foi muitas vezes compreendida como “falta de fé”, mas isso não é verdade. Recentemente o Papa Francisco disse: “A tristeza, a apatia, o cansaço espiritual acabam dominando a vida das pessoas que estão sobrecarregadas com o ritmo de vida atual”. O Santo Padre demonstrou empatia e realismo ao afirmar que pessoas estão sobrecarregadas em meios aos desafios contemporâneos.

Por isso, preparamos este post para explicar melhor o que significa depressão e como ela pode afetar a vida de todas as pessoas, inclusive os religiosos(as). 

Depressão na vida religiosa? Mas quem é o religioso?

Deus chama toda pessoa humana à vida e à filiação. Esses são os primeiros dons recebidos da generosidade divina. E à medida que a pessoa cresce, ela descobre sua vocação específica, ou seja, a modalidade com a qual testemunhará o amor de Deus para a humanidade.

Embora as vocações específicas sejam bem conhecidas, como: sacerdócio, matrimônio, vida religiosa e o laicato, cada uma delas tem uma beleza e importância imensa para a Igreja e o povo de Deus. 

E, entre elas, existe o chamado à vida religiosa, que se concretiza com a profissão dos conselhos evangélicos e a vida em comunidade. Porém, o religioso(a) escolhido por Deus no meio do Seu povo, é uma pessoa normal, mas com um chamado especial.

E quem é a pessoa normal? A Doutrina Social da Igreja diz que a pessoa humana é criatura de Deus, criada à Sua imagem e semelhança; capaz de Deus e de se relacionar com o outro. Assim, toda pessoa é criatura e logo não é criador; limitado e não ilimitado. 

Parece óbvio, mas essa lucidez nos ajuda a entender o religioso, uma vez que ele continua criatura, limitada e amada pelo Criador, mesmo diante de uma vocação tão sublime. Ou seja, ele sofre, se diverte, cansa, chora, adoece, erra, cai, levanta e serve a todos. 

A depressão na vida religiosa e no mundo

Então, o que é depressão? A depressão é um transtorno psicológico que como características tristeza persistente e falta de interesse em realizar atividades que antes eram consideradas prazerosas.

Apesar da tristeza ser uma emoção normal, na depressão ela é tão forte e dura por tanto tempo, que afeta toda a vida da pessoa, impedindo até a realização de tarefas básicas fundamentais, como dormir ou comer.

Segundo a OMS, a depressão é um problema comum em todo o mundo: estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com ele. E qualquer indivíduo pode sofrer desse mal. Mas seja no mundo ou a depressão na vida religiosa, isso não é culpa de ninguém.

Uma vez que sua causa é formada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. Então, ninguém pode determinar se sofrerá ou não de depressão, porque sua causa terá inúmeros motivos.

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Os santos tiveram depressão

É verdade que a vida religiosa é feita de oferta de si o tempo todo. E quem assiste de fora acha até que no convento não existe lazer, nem se tira férias. Esses pensamentos não ajudam na hora em que o religioso se sente atribulado ou até com sintomas de depressão.

Mas a depressão na vida religiosa não está ligada à fé, nem é possível determinar sua causa apenas olhando para a pessoa. A depressão na vida religiosa, assim como em qualquer ambiente da sociedade, sinaliza que algo não vai bem e precisa de investigação. 

Ora, de forma bem superficial, podemos comparar a depressão a uma febre. Quando estamos com uma infecção, a febre acusa logo, e se algo não vai bem na vida, a depressão se desenvolve e sinaliza que precisamos de ajuda.

Mas a depressão na vida religiosa não é sinal de fraqueza, mas de humanidade. Assim como Santa Teresinha sofreu desse mal e foi curada pelo sorriso de Nossa Senhora, o religioso tem a seu favor a graça divina e o acompanhamento dos irmãos. 

E agora, o que fazer?

Agora, se alguém nos perguntar se existe depressão na vida religiosa, após essas informações, podemos responder com outra pergunta: existem pessoas normais na vida religiosa?

Porque não existe vacina contra a humanidade, ao contrário. O Evangelho nos ensina que o homem é limitado e candidato à salvação, e quanto mais reconhecemos nossa pequenez, mais nos aproximamos de Deus, de nós mesmos e do outro.

Portanto, vamos acolher nossa fragilidade com humildade, e olhar para o outro que sofre com a depressão na vida religiosa, na família, no trabalho ou na clínica com olhar humano, com o olhar de Cristo.

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Como o planejamento espiritual pode ajudar na vida familiar?

Recebemos, ano após ano, testemunho de inúmeras famílias que vivenciam o planejamento espiritual e a vida familiar com comunhão e crescimento espiritual. Pais e filhos rezando juntos as orações de meta, de oferecimento, consagrando-se a Jesus e a Maria. 

A importância da vida familiar para o bom desenvolvimento humano é incontestável. O próprio Jesus desejou uma família para si. Fazendo-se criança, aprendeu com José e Maria acerca da Lei de Deus e da vivência da fé e da oração. 

Desde 2011, que o Planejamento Espiritual tem feito um bem enorme à inúmeras famílias. De alguns anos pra cá, temos inserido os pequeninos na dinâmica de oração, com momentos para serem rezados com a família e outros para que pais ensinem seus filhos. 

É lindo ver crianças tão pequenas rezando a oração de São Miguel ou mesmo o Terço de São José. Se semearmos a fé a dignidade no coração dos nossos pequenos, iremos colher como frutos, uma sociedade mais justa e temente a Deus. 

Confira como o planejamento espiritual auxilia a vida familiar e os benefícios da oração para as crianças.

A oração como base de um casamento sólido 

Um casal que se entregam no sacramento do matrimônio não são somente 2 pessoas cedendo ao desejo e apetites românticos e sexuais. Há ali um chamado de Deus, uma benção elevada à dignidade de sacramento pelo próprio Jesus. 

Ainda no Antigo Testamento, vemos a relação família e oração, claramente. Ainda no Gênesis, Adão e Eva se relacionavam com intimidade com Deus. Mesmo após a queda do pecado original, havia uma relação entre o homem e Deus, como vimos no episódio da oferta de Caim e Abel. 

Noé recebe de Deus a profecia do dilúvio e reserva sua família na Arca. Abraão e Sara recebem do Senhor a profecia do milagre de conceber um filho na velhice. Isaac e Rebecca têm sua história de amor marcada pela Providência Divina que os levou um para o outro. 

Assim, geração após geração, Deus não deixou as famílias que se abriram para sua vontade caminharem na escuridão. Mas conduziu todos para seu Projeto de Amor e Salvação. Após o mistério de morte e ressurreição de Jesus, as comunidades primitivas se mantiveram em comunhão e unidade, pela oração e sob a bênção da Igreja.

Um casamento sólido e perseverante é possível, mesmo diante dos desafios, quando o casal busca viver sua vida em Deus, em comunhão com seus irmãos na fé e buscando um coração reto na presença do Senhor! 

Não obstante os problemas sociais, financeiros e relacionais, os casais dos nossos tempos enfrentam dificuldades em relação à criação dos filhos, devido ao uso descontrolado de smartphones, tablets e TVs. 

Portanto, a evangelização dentro da família, cultivando, desde a infância, a piedade e a vida de oração, é importante para que a casa se mantenha para sempre consagrada a Deus. 

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Planejamento espiritual e vida familiar na infância

O Planejamento Espiritual é fruto da vida missionária e da experiência da Irmã Zélia. Pelos caminhos da missão, a irmã encontrou muitas crianças e famílias que vivenciam juntos os direcionamentos do livro, dia após dia. 

Dentro das direções oferecidas no Planejamento, a família vai encontrar o Planejamento Espiritual para crianças. Com orações mais curtas e direcionamento mais simples, o principal objetivo é motivar pais e filhos à oração juntos como família. 

Esse caminho proporciona o surgimento do hábito  de rezar desde os primeiros anos de vida e ter a vida marcada pelo ritmo da oração. As orações podem ser feitas pela manhã ou à noite, ou ainda distribuídas no meio da rotina da família, de modo que não se perca a harmonia familiar, em detrimento das práticas de oração. 

Tal prática favorece o diálogo, a piedade familiar, a reconciliação, o crescimento na fé e na esperança, a intimidade com Deus e com o outro, a conexão de pais e filhos. Por isso, queremos motivar você e sua família a investir nessa prática que catequiza, forma e aproxima as famílias. 

5 práticas para uma boa saúde psicológica na vida religiosa

Um consagrado é alguém “separado” para o Sagrado, para Deus. Quando alguém faz a oferta de si a Deus está afirmando com sua vida que é todo Dele.  

Esse caminho prevê que seu corpo, sua alma e sua mente direcionarão todos os seus esforços em vista de uma missão, de um estilo de vida. 

No entanto, um risco que se corre é o descuido consigo mesmo, em especial com a saúde psicológica. São os desafios da missão, as relações fraternas, as exigências consigo mesmo para corresponder à evangelização, a busca pela santidade, a renúncia dos afetos e desejos, tudo isso pode ocasionar uma sobrecarga emocional e psíquica. 

Por isso, confira algumas dicas para ajudar você a ter mais saúde e qualidade de vida

1 – Encontre meios de descontração 

A vida religiosa costuma propor uma dinâmica ordinária de oração, apostolado e vida comunitária. Celebração da Missa, Rosário, leitura espiritual, Lectio Divina, atendimentos de oração e confissão, assistência social, educação, formação, busca de donativos, relacionamento com benfeitores.

Porém, em meio a tudo isso, o religioso precisa aprender a descontrair-se, encontrando o que lhe causa prazer. Pode ser a leitura de bons livros, um passeio, a contemplação da natureza, um bom filme, um jogo de tabuleiro, enfim, são muitas as possibilidades. 

O importante é que a mente tenha “canos de escape” para extravasar as tensões, canalizar os medos e fortalecer a alegria e o prazer.

2- Discipline-se para o repouso 

Parece ser contraditório ou paradoxal utilizar o verbo “disciplinar” para o substantivo “repouso”. Porém, para muitos religiosos é necessário criar uma estrutura de disciplina também para o descanso. 

Há uma confusão entre descontrair e descansar o corpo. A descontração favorece o imaginário, a memória, os afetos, as emoções. O repouso, o descanso físico, proporciona bem-estar e qualidade de vida, interferindo fortemente na boa saúde psicológica. 

Muitos, ao fim do dia, passam horas nas redes sociais “descontraindo”, ao invés de dormir um pouco mais e descansar a mente e o corpo. Além dos malefícios do uso das telas para boa qualidade de sono, a falta de disciplina em dormir em um horário para acordar em outro que proporcione uma janela de sono satisfatória compromete a saúde. 

Portanto, é necessário que se estabeleça uma rotina de sono que o religioso durma em média de 7 a 8 horas, como orienta a Fundação Nacional do Sono. 

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3 – Não se descuide da alimentação 

Uma alimentação balanceada, rica em nutrientes, com uma vasta opção de frutas, legumes e vegetais, possibilita boa qualidade de saúde física e psicológica. Já os industrializados, ou uma rotina de alimentos ricos em carboidratos e açúcares comprometem o bom desempenho metabólico. 

Por isso, é indispensável que as comunidades religiosas ofereçam uma alimentação planejada e ajustada às demandas de cada religioso. 

4 – Fortaleça a vida de oração 

Sim, é comprovado pela ciência e pelos mais de 2 mil anos de história da vida consagrada na Igreja que a vida de oração é indispensável para a saúde psicológica. 

É diante de Deus que o ser humano se coloca com sua verdade e seus medos. Por isso, o religioso não pode se descuidar dos seus compromissos espirituais, de uma vida espiritual autêntica e profunda, aos moldes do Carisma ao qual foi chamado. 

É vivendo na intimidade de cada morada, como ensina a Mestra espiritual Santa Teresa de Jesus, que os religiosos encontram o jugo suave e o peso leve do qual Jesus fala nos Evangelhos. 

5 – Peça ajuda profissional, se necessário 

Algo que precisa sair do imaginário dos religiosos é o preconceito com o acompanhamento profissional em vista do psicológico. Ainda há muitos superiores ou mesmo irmãos e membros de Ordens que não lidam bem com a possibilidade de exposição das suas dores e angústias com um profissional. 

No entanto, para a boa saúde psicológica é importante a escolha de bons terapeutas e psiquiatras que orientem, mediquem, quando necessário, e compreendam a vida e a escolha dos religiosos. Por isso, a Congregação para vida consagrada prevê que os superiores escolham bons profissionais, alinhados com a fé e com o espírito da vida consagrada. 

Conclusão 

Se o religioso está sempre atento aos sinais do seu corpo e da sua mente, cria uma rotina que proporciona tempos de oração, descanso e trabalho, provavelmente encontrará realização e sentido de vida. 

Foi pensando em você, que tem dedicado sua vida em servir e cuidar dos outros, que preparamos estas 5 práticas para serem inseridas no seu projeto de vida pessoal, urgentemente. Leia, reflita, aprofunde-se e faça o firme propósito de vivenciá-las.

Qual a importância da saúde emocional na vida religiosa?

A vida religiosa não é uma profissão ou uma carreira. Ser religioso é abraçar o seguimento de Jesus Cristo, por meio de um Carisma Vocacional que abarca um estilo de vida próprio. Portanto, quem se torna religioso volta sua vida inteira para uma consagração de vida. Ou seja, sua história, com feridas e desafios, seu presente com suas lutas e dificuldades, e seu futuro com suas incertezas. Tudo é colocado nas mãos de Deus.

Desse modo, o ser inteiro com sua psique, seu corpo, sua inteligência e vontade, sua afetividade e memória, suas emoções, tudo ingressa na família religiosa. Por isso,  não é incomum que religiosos e sacerdotes vivenciem momentos de depressão e ansiedade, estafa ou síndrome de Burnout. 

Inclusive, santos e santas na história da Igreja tiveram relatado em suas biografias momentos difíceis, com suas emoções profundamente abaladas. Desse modo, fica claro como é importante ter saúde emocional na vida religiosa.  

Entenda melhor aqui conosco como as emoções interferem na vida religiosa, assim como encontre dicas para manter sua saúde emocional. Confira! 

As emoções na vida religiosa 

Assim como é dito sobre os sacerdotes, o religioso é um homem ou uma mulher, escolhidos por Deus, no meio dos demais homens e mulheres. Essa escolha não faz dele uma espécie de santo súbito ou de um super-herói. Suas fraquezas, lutas e desafios humanos continuam latentes, mas devem ser canalizados para a missão e a espiritualidade. 

Amedeo Cencini, sacerdote canossiano e um dos principais nomes quando se refere à psicologia e vida consagrada, costuma usar a expressão “integração”, ou seja, a união entre o eu “ideal” – o santo, o religioso perfeito – e o eu “real – o homem que continua sendo instrumento desse chamado extraordinário. 

Na vida ordinária de uma família, o desequilíbrio emocional causa diversos desafios como desentendimentos, impaciência, incapacidade de relacionamento ou mesmo de trabalho, tristeza e depressão. De igual modo, a vida comunitária das ordens e congregações são fortemente atingidas quando há um irmão, sacerdote ou irmã ficam emocionalmente fragilizados.

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Consequências de não cuidar da saúde emocional

Para deixar isso ainda mais claro, vamos apresentar algumas consequências sentidas na pele por aqueles que não cuidam da sua saúde emocional na vida comunitária e religiosa. 

Uma situação comum no meio comunitário é quando alguém começa a provocar ou a se colocar em situações desagradáveis, como discussões e confusões sem objetivo claro. Quando muitos dizem: “Parece que só quer implicar!”. Na verdade, é necessário que se ligue um pisca-alerta. 

Isso fica ainda mais evidente quando o religioso passa a ter problemas de relacionamento com pessoas ao redor, incluindo irmãos da comunidade, amigos, colegas de apostolado ou até do povo de Deus. O que pode gerar dificuldades interpessoais sem tamanho. 

Além disso, é possível que o religioso passe por momentos de crise emocional, com choros frequentes, sintomas como tremedeiras, sudorese, taquicardia, medo sem causa aparente, sensação de desmaio, tonturas, entre outros. Irritabilidade, falta de paciência, síndrome de perseguição e vitimismo são outras características comuns. 

Como ter saúde emocional no cotidiano comunitário

Portanto, em cada situação da vida cotidiana é necessário, inicialmente, evitar o exagero nas emoções negativas e investir no que é positivo. É comum, sobretudo para pessoas com temperamento mais frio, tenderem a se focar sempre na parte mais difícil das coisas. 

São João Paulo II nos ensina: “Tu te tornas aquilo que contemplas”. Sendo assim, ao invés de nos focarmos no que é negativo é importante contemplarmos o que é bom, positivo, belo e sagrado para manter a saúde emocional.  

Além disso, é importante que se cuide da saúde física, com uma alimentação balanceada e exercícios físicos. A vida sedentária e uma alimentação desregulada influencia diretamente nos hormônios do prazer e bem-estar, gerando desequilíbrios nas emoções. Outra dica importante é: atenção com o uso de redes sociais. 

Há muitos religiosos enfrentando sérios quadros emocionais por questões relacionadas ao vício em redes sociais, ou mesmo insatisfação com a própria vida por contemplar a vida virtual de terceiros e seus exageros, ao invés da vida real, escolhida.  

Desse modo, religiosos e sacerdotes não podem ficar desatentos às suas emoções. Além disso, a qualquer sinal de desequilíbrio é preciso parar, refletir e decidir-se mais uma vez pela saúde física e mental, equilibrando o emocional e recomeçando. Se necessário, busque um acompanhamento e ajuda de profissionais dedicados e com experiência com religiosos.