


O que não podemos esquecer da dimensão pascal da vida religiosa e sacerdotal
A dimensão pascal da vida religiosa e sacerdotal é algo que deve estar sempre presente no cotidiano. Contudo, a agenda de compromissos sempre cheia pode, por vezes, dificultar o sacerdote ou religioso de realizá-lo em sua vida.
São João Paulo II, afirmou que “a vida consagrada, profundamente arraigada nos exemplos e ensinamentos de Cristo Senhor, é um dom de Deus Pai à sua Igreja, por meio do Espírito” (Exortação Apostólica Vita Consecrata).
Logo, sabemos que a história da Igreja é repleta de homens e mulheres que responderam o chamado do Espírito e tomaram o caminho do seguimento de Cristo. Ainda que hoje o número de vocações na Igreja tenha diminuído. Porém, este seguimento, se não for decididamente moldado à imitação de Cristo, certamente será falho em algum momento.
Sendo assim, fazemos aqui uma reflexão sobre a dimensão pascal da vida religiosa e sacerdotal trazendo alguns lembretes extraídos da reflexão de São João Paulo II. Por isso, continue a leitura!
A dimensão pascal da vida religiosa: o Tabor e o Calvário
O Monte Tabor e o Monte Calvário são palco de grande sofrimento de Jesus, episódios que São João Paulo II estimula a que todo sacerdote e religioso procure adentrar profundamente.
No Tabor, “os olhos dos apóstolos fixam-se em Jesus, que pensa na Cruz (cf. Lc 9,43-45). Nesta, o seu amor virginal pelo Pai e por todos os homens atingirá a máxima expressão; a sua pobreza chegará ao despojamento total; a sua obediência irá até ao dom da vida” (Vita Conecrata).
E ele completa: “Da contemplação de Cristo crucificado, recebem inspiração todas as vocações; da Cruz, com o dom fundamental do Espírito têm origem todos os dons, e em particular o dom da vida consagrada”.
O Deus-Amor que emana da Cruz
A vida religiosa e sacerdotal experimenta a verdade de Deus-Amor de modo imediato e profundo à medida que se aproxima da Cruz de Cristo. E sobre isso São João Paulo II recorda: “A vida consagrada reflete este esplendor do amor, porque confessa, com a sua fidelidade ao mistério da Cruz, que crê e vive do amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
E é deste modo, segundo João Paulo II, que a vida consagrada “contribui para manter viva na Igreja a consciência de que a Cruz é a superabundância do amor de Deus que transborda sobre este mundo”.
O Papa ainda afirma que a Cruz é o grande sinal da presença salvífica de Cristo. E isto, especialmente nas dificuldades e nas provações. E disse ainda que “é isso o que testemunha, continuamente e com uma coragem digna de profunda admiração, um grande número de pessoas consagradas que vivem em situações difíceis, por vezes mesmo de perseguição e martírio”.
João Paulo II ainda refletiu que a fidelidade ao único Amor se revela e se aperfeiçoa na humildade de uma vida escondida.
Além disso, “na aceitação dos sofrimentos para ‘completar na própria carne o que falta aos sofrimentos de Cristo’ (cf. Col 1,24), no sacrifício silencioso, no abandono à vontade santa de Deus”. Também “na serena fidelidade mesmo face ao declínio das próprias forças”.
Isso diz muito sobre a presença do sofrimento, que é inevitável. Contudo, a vida religiosa não precisa passar pelo sofrimento sozinho. Inclusive o próprio Cristo teve a ajuda do Cirineu para carregar a Sua cruz.
A esperança ativa na dimensão pascal da vida religiosa
Apesar de a esperança nos apontar para a vida futura, na eternidade, isso não significa que ela é passiva.
Logo, esta esperança se manifesta “em trabalho e missão, para que o Reino se torne presente já desde agora, através da instauração do espírito das bem-aventuranças”. E que, segundo São João Paulo II é “capaz de suscitar anseios eficazes de justiça, paz, solidariedade e perdão, mesmo na sociedade humana”.
Nas palavras dele, precisa estar amplamente presente na história da vida consagrada, a fim de sempre “produzir frutos abundantes mesmo em favor da sociedade”. Desta forma, a vida consagrada torna-se “sinal do Espírito em ordem a um futuro novo, iluminado pela fé e pela esperança cristã”.
“A tensão escatológica transforma-se em missão, para que o Reino se afirme de modo crescente, aqui e agora. À súplica ‘Vem, Senhor Jesus!’, une-se a outra invocação: ‘Venha a nós o teu Reino!’ (cf. Mt 6,10)”.
A dimensão pascal da vida religiosa, a Virgem Maria como modelo
A Maria é aquela que reflete mais perfeitamente a beleza divina, algo que cada vida religiosa e sacerdotal é convidado a refletir.
E a amizade com a Virgem Santíssima tem uma importância fundamental aos consagrados para seu aperfeiçoamento espiritual e progresso no caminho da santidade.
Além disso, São João Paulo II afirma: “Maria é, de fato, exemplo sublime de perfeita consagração, pela sua pertença plena e dedicação total a Deus. Escolhida pelo Senhor, que n’Ela quis cumprir o mistério da Encarnação, lembra aos consagrados o primado da iniciativa de Deus. Ao mesmo tempo, dando o seu consentimento à Palavra divina que nela se fez carne, Maria aparece como modelo de acolhimento da graça por parte da criatura humana”.
João Paulo II ainda destaca Maria como “mestra de seguimento incondicional e de assíduo serviço”. E aponta: “na Virgem, a pessoa consagrada encontra ainda uma Mãe por um título absolutamente especial. De fato, se a nova maternidade conferida a Maria no Calvário é um dom feito a todos os cristãos, tem um valor específico para quem consagrou plenamente a própria vida a Cristo”.
Portanto, afirmou: “a relação filial com Maria constitui o caminho privilegiado para a fidelidade à vocação recebida e uma ajuda muito eficaz para nela progredir e vivê-la em plenitude”.
Enfim…
O longo documento pontifício busca nortear todo o caminho da vocação religiosa e sacerdotal a partir do mistério pascal, mistério que não se faz sem o sofrimento.
Contudo, é preciso um olhar atento para a vida consagrada, pois muitos necessitam de apoio para carregar a cruz de uma saúde emocional abalada.
Nessas horas, além da ajuda de um diretor espiritual, é importante contar com profissional da área da saúde, como psiquiatra, psicólogo e até mesmo educador físico e nutricionista.
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Papa Francisco: Os mártires não são “heróis”, todo cristão é chamado a dar testemunho com sua vida
Na Audiência Geral desta quarta-feira, 19, realizada na Praça São Pedro com a participação de milhares de fiéis, o tema da catequese ministrada pelo Papa foi o testemunho dos mártires.
Francisco deu continuidade ao ciclo sobre o zelo apostólico, detendo-se desta vez não em uma pessoa singular como São Paulo, mas na multidão dos mártires: homens e mulheres das mais diversas idades, línguas e nações, que deram a vida por Cristo. Todo cristão é chamado a dar testemunho com a sua vida, embora não chegue ao derramamento do sangue, fazendo de si mesmo um dom a Deus e aos irmãos.
O Pontífice voltou a repetir que os mártires são mais numerosos no nosso tempo do que nos primeiros séculos e citou o Iêmen como terra de martírio, lembrando as religiosas, os religiosos e os leigos que ali perderam a vida recentemente.
“Portanto, oremos para não nos cansarmos de dar testemunho do Evangelho até em tempos de tribulação. Que todos os santos e santas mártires sejam sementes de paz e de reconciliação entre os povos, por um mundo mais humano e fraterno, à espera que se manifeste plenamente o Reino dos céus, quando Deus será tudo em todos. ”
Com informações: Vatican News – Leia a matéria completa clicando aqui

Como viver a confiança na misericórdia de Deus
O Papa Francisco citou São José como modelo de confiança com estas palavras:
“José confia totalmente em Deus, obedece às palavras do anjo e toma consigo Maria. Precisamente essa confiança inabalável em Deus permitiu a ele aceitar uma situação humanamente difícil e, em certo sentido, incompreensível.”
E agora, em Cristo Jesus, o mundo conheceu a confiança com uma nova roupagem, com uma nova força, porque o Ressuscitado inaugurou e instalou o tempo da graça, ou melhor, da misericórdia de Deus, entre os homens.
Sobre isso, Francisco também diz: “Cristo nos ensinou que o homem não só recebe e experimenta a misericórdia de Deus, mas também é chamado a ‘mostrar misericórdia’ aos outros: Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia”.
Então, confiança e misericórdia são duas irmãs que andam juntas, cuja fonte é o próprio Deus, que não se cansa de nos mostrar o quanto nos ama!
Portanto, confiemos na misericórdia, rezemos com o povo cristão em várias partes do mundo e celebremos o Domingo que vem com um mar de misericórdia sobre nós!
O que é a confiança na misericórdia?
É impossível falar sobre misericórdia sem nos lembrarmos de Jesus Cristo e todo o plano de amor do Pai por nós.
São Paulo diz que Deus prova o seu amor conosco em Cristo, que morreu por nós, quando ainda éramos pecadores, ou seja, sem mérito nenhum da nossa parte (Rm 5,8).
E misericórdia é exatamente amor à miséria humana! Um sentimento que não se explica humanamente, mas se experimenta na vida. Assim aconteceu com Maria Madalena (Jo 8,1-11); com Bartimeu (Mc 10,46); com a mulher que sangrava há doze anos (Lc 8,43).
Logo, confiar na misericórdia divina é acreditar que Deus nos ama principalmente quando nos sentimos menos merecedores, apesar de nosso pecado ou enfermidades. E Ele deseja nosso bem, como também faz tudo para que voltemos a viver como filhos amados.
A confiança que Santa Faustina revelou
A maior prova da misericórdia de Deus por nós é a imagem de Cristo Jesus de braços abertos a nos esperar, seja na Cruz, na ressurreição ou com Seu Coração aberto jorrando sangue e água sobre nós. Por isso a confiança é uma atitude de quem crê no Mestre.
Porém, essa confiança na misericórdia foi renovada através da experiência espiritual de Santa Faustina. Ela é uma freira polonesa que, em 1931, recebeu revelações que transformaram a vida de muitas pessoas e as aproximaram de Deus.
A santa fez uma experiência tão forte que recebeu o título de Apóstola da Misericórdia. A primeira revelação sobre a misericórdia aconteceu em fevereiro de 1931, em seu quarto, quando Jesus apareceu vestido de branco e de seu coração emanava feixes de luz vermelho e branco.
Era essa a imagem da Misericórdia Divina, que pediu aos seus filhos a seguinte oração: “Jesus, eu confio em Vós”. Assim, o Senhor apareceu várias vezes para essa jovem e tudo está escrito em um Diário que é um verdadeiro tratado sobre a confiança na misericórdia.
Festa da Misericórdia
“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia.
A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate” (Diário 699).
Essa foi umas das revelações e pedidos feitos a Santa Faustina por Jesus Misericordioso. A partir daí iniciou uma grande devoção por parte do povo, muitas orações, conversões e milagres aconteceram no mundo inteiro, além de uma grande renovação espiritual.
Sendo assim, em obediência ao Mestre, no ano 2000, João Paulo II instituiu o Domingo da Misericórdia, que acontece sempre no segundo domingo da Páscoa, no mesmo dia em que canonizou Santa Faustina.
E o que significa essa Festa da Misericórdia? É a oportunidade de alcançar todas as promessas feitas por Deus através das revelações à Santa Faustina: “Quanto mais a alma confiar, tanto mais receberá” (Diário 1577). O segredo é a confiança na misericórdia!
Corramos ao encontro da Misericórdia
São muitas as bênçãos reservadas para os fiéis que se aproximarem da Divina Misericórdia. E felizes são aqueles que se preparam devidamente, não apenas na Páscoa, mas sempre, como uma maneira de cultivar a confiança em Deus.
E são muitas as orações inspiradas por Cristo à Santa Faustina. Conheça-as agora:
1.Terço da Misericórdia
“Pela recitação desse Terço, agrada-me dar tudo o que me pedem (…) se estiver de acordo com a Minha vontade” (Diário, 1541 e 1731).
“As almas que rezarem este Terço serão envolvidas pela Minha misericórdia, durante a sua vida” (Diário, 754).
“Defendo toda alma que recitar esse Terço na hora da morte, como se fosse a Minha própria glória, ou quando outros o recitarem junto a um agonizante, eles conseguirão a mesma indulgência” (Diário, 811).
Indicado, de preferência, às 15h e rezado pelos agonizantes, pelas almas do purgatório, pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas.
2.Hora da Misericórdia
Em 1937, Jesus falou a Santa Faustina que desejava a veneração da Hora da Sua morte, que é a Hora da Misericórdia. Ele assim se expressou:
“Todas as vezes que ouvires o relógio bater três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Implora a onipotência dela em favor do mundo inteiro (…) porque nesse momento [a misericórdia] foi largamente aberta para toda a alma” (Diário 1572).
Ele ainda falou:
“Nessa hora conseguirás tudo para ti e para os outros. Nessa hora realizou-se a graça para o mundo inteiro: a misericórdia venceu a justiça” (Diário 1572).
Jesus também indicou algumas maneiras com as quais devemos venerar a Hora da Misericórdia (Diário 1572):
- Rezar a via-sacra, meditando a Paixão de Jesus.
- Adorar o Coração Misericordioso de Jesus no Santíssimo Sacramento ou recolher-se em oração onde estiver ainda que por um breve momento.
3. A novena da Misericórdia
“Desejo que, durante estes nove dias, conduzas as almas à fonte da Minha misericórdia, a fim de que recebam força, alívio e todas as graças de que necessitam” (Diário 1209).
“Através desta novena concederei às almas toda espécie de graças” (Diário 796).
Faça a experiência com esta oração qualquer mês do ano. Mas especialmente antes do Domingo da Misericórdia, rezando por sua vida, sua família e pelo mundo.
E, assim, prepare-se para receber e dar a misericórdia que brota do peito aberto de Jesus.

Parkinson: 3 sinais de alerta para idosos
Neste post queremos alertar tanto a pessoa idosa quanto aqueles que convivem com um idoso sobre uma das doenças próprias da terceira idade: a doença de Parkinson.
A terceira idade é marcada por muitos momentos agradáveis, mas, também por inúmeros acontecimentos inesperados que podem gerar instabilidade, desânimo e insegurança. Por isso, é preciso que tanto a pessoa idosa quanto aqueles que convivem com ela estejam atentos a qualquer alteração que comprometa a saúde do idoso.
Chegar à terceira idade é uma grande dádiva . Melhor ainda é poder chegar nessa etapa da vida rodeado de muito amor, cuidado e com o máximo de saúde possível.
Confira abaixo informações importantes e 3 sinais de alerta que podem ajudar no diagnóstico do Parkinson e de uma melhora na qualidade de vida da pessoa idosa.
Sobre a Doença de Parkinson
Estima-se hoje que no Brasil existam 200 mil pessoas portadoras da doença de Parkinson, que, somado à população mundial, são aproximadamente 10 milhões de casos.
Devido ao envelhecimento da população e ao aumento da expectativa de vida, a ONU já alertou que os casos de Parkinson podem dobrar até o ano de 2040.
A doença que é conhecida de forma equivocada por mal de Parkinson não escolhe classe e nem tem preferência por gênero. É “a segunda patologia degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central mais frequente no mundo, ficando atrás da Doença de Alzheimer”. (Cf. Saber da SAÚDE – Boston Scientific, 2021)
Suas principais características são os tremores e as dificuldades de movimentação e locomoção, sendo seu diagnóstico mais encontrado em pacientes acima de 60 anos de idade.
Por isso, deixamos abaixo 3 sinais de alerta que ajudarão a detectar o Parkinson previamente, para que a saúde do idoso seja prolongada da melhor forma possível.
Leia também: Lar Adelaide Weiss Scarpa: qualidade de vida para pessoas idosas
1º sinal de Parkinson: insônia, depressão e ansiedade
Os pacientes portadores de Parkinson têm os neurônios responsáveis por produzir a dopamina destruídos de forma progressiva. A dopamina é o neurotransmissor responsável por levar a informação do cérebro ao corpo e que causa sensações de prazer e motivação.
Uma vez destruídos, não só a produção de dopamina é alterada, mas a serotonina, a noradrenalina e a acetilcolina também são prejudicadas. Com isso, geram perdas cognitivas e transtornos ligados ao sono.
O início do Parkinson também pode ser marcado por fortes alterações emocionais e dificuldades na memória, concentração e aprendizado.
E os idosos que enfrentam o Parkinson, bem como os que estão à sua volta, veem que com o tempo a expressão facial, a motivação em fazer atividades prazerosas e até mesmo o interesse do portador da doença em relacionar-se com outras pessoas também vão sendo prejudicados.
Faz-se necessário a atenção e prontidão em buscar o auxílio médico se sintomas como este forem apresentados pelo idoso.
Leia também: Como garantir o envelhecimento e saúde da pessoa idosa?
2º sinal de Parkinson: tremores e lentidão nos movimentos
Dificuldade nos movimentos voluntários e tremores de repouso (mãos, pés, cabeça, queixo, dedos) são, na maioria das vezes, um dos primeiros sinais observados na pessoa idosa.
Geralmente percebidos por familiares e aqueles que são mais próximos, estes sintomas são características do Parkinson e limitam o idoso na execução de tarefas cotidianas.
No Parkinson, como vimos anteriormente, a Dopamina é fortemente afetada. E sendo ela responsável também pelos movimentos do corpo, esta substância, quando em falta, gera inúmeros danos na autonomia do idoso.
Atividades antes executadas sem auxílio de ninguém, passam a exigir da pessoa idosa a humildade em reconhecer que precisa de ajuda. Segurar um copo com água, escrever, ligar uma tomada, alimentar-se sozinho e, entre outras coisas, passam a ser movimentos ininterruptos.
De certo modo, causando estranheza ao idoso portador de Parkinson. Contudo, ao serem observados estes sintomas é preciso encaminhar o idoso ao médico para que possa ser feito um diagnóstico preciso. E, uma vez detectada a doença, iniciar o tratamento adequado.
3º sinal de Parkinson: Disfunções autonômicas
A disfunção autonômica acontece quando o sistema nervoso autônomo, responsável em nosso corpo por comandar ações automáticas que dispensam nossa interferência, sofre alteração.
Batimentos cardíacos, circulação sanguínea e movimentos do intestino, por exemplo, são atividades que ocorrem automaticamente em nosso organismo, mas que sofrem alteração com o Parkinson.
Desta forma, doenças aparentemente secundárias são identificadas no idoso com o Parkinson.
Bem antes da terceira idade ele pode já ter apresentado em seu histórico de vida quadros de constipação e problemas intestinais, alteração ou perda de olfato, incontinência urinária, dificuldade e problemas respiratórios, entre outros.
O que realmente fará diferença no diagnóstico e tratamento do Parkinson é a sua descoberta prévia. Ou seja , quanto mais cedo forem identificados os sintomas da doença, maior será a eficácia do tratamento.
Portanto…
Quando o idoso e seus familiares estão atentos ao bem estar e a saúde na terceira idade, maior será a capacidade de se prolongar a qualidade de vida e bem-estar nesta etapa tão especial em nossas vidas.
A terceira idade pode apresentar muitas dificuldades, mas não precisa ser uma etapa de tristeza, descaso e de má qualidade de vida.
Quando bem amparado, cuidado e amado, o idoso pode ter nessa etapa, apesar das dificuldades próprias, experiências maravilhosas e de muitas superações e conquistas.

5 dicas para viver bem o tempo pascal
O Tempo Pascal começa na Vigília Pascal e tem a duração de 7 semanas, terminando, então, com o Domingo de Pentecostes, quando celebramos a graça da vinda do Espírito Santo. São 50 dias que vivemos como se fossem um só.
“Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e júbilo, como se se tratasse de um só e único dia festivo, como um grande Domingo” (Normas Universais do Ano Litúrgico, nº 22).
Logo, o Tempo Pascal é a Páscoa da Igreja, Corpo de Cristo, que passa para a Vida Nova do Senhor e no Senhor. Aliás, a palavra “Páscoa” significa, precisamente, “passagem”, conforme o sentido literal do termo na tradição judaica.
E os judeus celebravam a páscoa como uma festa que recordava a libertação do povo hebreu das mãos dos egípcios, que passaram pelo mar vermelho em direção à Terra Prometida.
Mas a nossa páscoa, que se estende ao longo de todo o Tempo Pascal, é um período no qual vivemos o prolongamento da alegria singular da Ressurreição. Neste período já não jejuamos, porque a morte foi vencida, a vida venceu o pecado.
As celebrações do Tempo Pascal
A primeira semana do Tempo Pascal tem um nome próprio, chama-se “Oitava da Páscoa” e ela se encerra no segundo domingo da Páscoa com a Festa Misericórdia. Neste dia, celebramos a graça de termos um Pai que é amoroso e misericordioso.
O Domingo da Festa da Misericórdia entrou para o calendário litúrgico da Igreja em 2000, quando o Papa João Paulo II canonizou Santa Faustina. Foi a ela que Jesus indicou que, no segundo domingo da Páscoa, deveria ser celebrada esta Festa.
Depois disso, no sétimo domingo da Páscoa, temos a Festa da Ascensão do Senhor. E quanto ao significado desta celebração, o Catecismo da Igreja nos ensina: “A ascensão de Cristo ao céu significa a sua participação, em sua humanidade, no poder e autoridade de Deus” (CIC 668).
Com a Ascensão, termina a missão terrena de Jesus e tem início a missão da Sua Igreja.
Logo em seguida, vivemos a celebração da Festa de Pentecostes, que é a coroação da Páscoa de Cristo.
Ela marca o momento da vinda do Espírito Santo sobre os discípulos e manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos. Foi a partir de Pentecostes que os apóstolos começaram a espalhar a Palavra pelo mundo.
5 dicas para viver bem o Tempo Pascal
Para você que deseja viver intensamente os 50 dias do Tempo Pascal, apresentamos algumas dicas. Não é nada difícil de se fazer, basta ter disciplina e vontade. Então, tome nota!
#1. Reze a novena da Divina Misericórdia
Esta novena deve ser feita em preparação para o Domingo da Misericórdia. Ela começa na Sexta-Feira Santa e termina no sábado anterior ao segundo domingo da Páscoa, quando celebramos a Festa da Misericórdia.
#2. Medite a Palavra de Deus
Uma boa prática para o Tempo Pascal é a meditação dos Evangelhos de cada dia.
Para isso, leia o texto pausadamente, repita a leitura de trechos que chamam mais atenção e procure entrar na narrativa, observando personagens, as falas, as atitudes. Por fim, busque trazer a Palavra para a tua própria vida.
E a partir desta meditação, faça uma oração espontânea com as palavras que o Espírito Santo inspirar ao seu coração.
#3. Adore a Jesus Ressuscitado
Jesus ressuscitou e está vivo em nosso meio, e a sua presença é a Eucaristia.
Por isso, durante este Tempo Pascal, procure incluir na sua rotina semanal ou mensal alguns dias para adorar a Jesus que o espera em Seu Tabernáculo – o Sacrário.
Adorar a Jesus é reconhecer que Ele é o nosso Rei.
Por isso, enquanto estiver em adoração no Tempo Pascal, procure refletir sobre o significado da ressurreição de Jesus na sua vida. Quais aspectos da sua vida Jesus precisa tocar com Sua ressurreição?
#4. No Tempo Pascal, faça o exercício da gratidão
Diariamente o Senhor nos abençoe e enche nossa vida de graça e paz. Mas você tem o hábito de agradecer a Ele por tantos benefícios?
A Palavra de Deus nos convida à gratidão: “Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus” (1Tes 5,16-18).
Certamente, o autor bíblico nos deixou essa orientação porque teve a compreensão de que a gratidão tem um poder transformador em nossas vidas.
A gratidão alimenta a fé, a esperança e a caridade. E com isso nos tornamos ainda mais capazes de identificar as coisas boas que nos acontecem e assim agradecer a Deus por elas.
#5. Coloque os teus talentos a serviço da Igreja
Se o Senhor abençoou sua vida com um dom e você ainda não colocou este dom a serviço, está desperdiçando os seus talentos.
Mas ainda que você já esteja a serviço da Igreja em alguma pastoral ou movimento, já se perguntou quais talentos ocultos você tem?
Reflita sobre isso, peça a luz do Espírito Santo e procure usar os seus talentos a serviço do Reino de Deus. O Tempo Pascal é uma excelente oportunidade para isso.
Enfim, viva o Tempo Pascal com alegria!

Sexta Feira

Quarta Feira

Sexta Feira

Tríduo Pascal: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus
Nos aproximamos dos dias mais importantes da fé cristã: o Tríduo Pascal. Mas você sabe o que significam esses três dias e o que é celebrado em cada um deles? Portanto, para aprofundar o seu conhecimento e ajudá-lo a vivê-lo bem, explicamos nos próximos parágrafos, o mistério de cada dia do Tríduo Pascal.
O mistério do Tríduo Pascal
Primeiramente, nas Sagradas Escrituras tudo possui um significado além do literal. Sabendo disso, o abade beneditino Rábano Mauro, explica os significados dos números na Bíblia também em relação ao Tríduo. Por isso, o número 3, que não está ligado somente à Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, mas segundo o abade, evoca um destes significados e confirma as palavras do profeta Oséias, no capítulo 6, versículo 2:
“Dar-nos-á de novo a vida em dois dias; ao terceiro dia ressuscitar-nos-á e viveremos”.
É justamente esse mistério de sacrifício, morte e vida nova que os católicos celebram no Tríduo Pascal e que temos como a grande festa dos cristãos, dando fundamento à fé em Jesus.
Assim recorda o papa Francisco em sua catequese sobre o Tríduo Pascal, em 2021, a fim de aprofundar o mistério destes dias, que revivemos em cada Missa:
“Vivemos este mistério cada vez que celebramos a Eucaristia. Quando vamos à Missa, não vamos apenas rezar, não: vamos renovar, repetir este mistério, o mistério pascal. É importante não esquecer isto. É como se fôssemos rumo ao Calvário – é a mesma coisa – para renovar, para repetir o mistério pascal.”
A Paixão do Senhor no Tríduo Pascal
O mistério da Paixão do Senhor inicia já na Quinta-Feira Santa, quando se celebra a Última Ceia de Jesus com os apóstolos.
Sobre isso, continua explicando o Papa Francisco:
“Foi a noite em que Cristo entregou aos seus discípulos o testamento do seu amor na Eucaristia, não como lembrança, mas como memorial, como a sua presença perene”.
É, portanto, o momento em que Jesus substitui o cordeiro pascal, por Ele mesmo. Assim, Ele se torna a vítima inocente que liberta o povo da escravidão do pecado.
Após a Missa, guarda-se as reservas Eucarísticas no Sacrário, as toalhas do altar retiradas, bem como todas as imagens. Logo depois, inicia-se um momento de adoração.
Podemos aqui recordar da agonia de Jesus no Getsêmani (cf. Mt 26, 36-39) antes da sua morte, quando suou sangue e pediu para que os discípulos vigiassem com Ele em oração.
Nesta noite, somos convidados a nos unirmos a Jesus em sua agonia. Sobretudo, trazer as nossas agonias, medos e tristezas diante do Pai, que não afastará de nós o sofrimento, mas nos dará forças e sentido para passar pela cruz e colher a redenção.
Sexta-feira: a morte de Jesus
A Sexta-Feira Santa é marcada pela penitência, jejum e oração. Por isso, a igreja reunida em comunidade é chamada a rezar a Via-Sacra e, às 15h, a celebração da adoração da Santa Cruz.
O Papa Francisco lembra aos fiéis sobre esse momento de adoração:
“Reviveremos o caminho do Cordeiro inocente, imolado pela nossa salvação. Teremos na mente e no coração o sofrimento dos doentes, dos pobres, dos descartados deste mundo; recordaremos os “cordeiros imolados”, vítimas inocentes de guerras, ditaduras, violências diárias, abortos… Levaremos diante da imagem de Deus crucificado, em oração, os numerosos, demasiados crucificados de hoje, que só d’Ele podem receber o alívio e o significado do seu sofrimento. E hoje há muitos deles: não vos esqueçais dos crucificados de hoje, que são a imagem de Jesus Crucificado, e neles está Jesus”.
O sábado Santo, ou sábado de aleluia
Os discípulos de Cristo vivenciaram a dor, o silêncio e a desolação causados pela morte do seu Mestre. Esses são alguns sentimentos que o Sábado Santo nos remete. Mas, assim como os discípulos tiveram a presença da Virgem Maria, a Mãe da Esperança, assim também a Igreja se encontra neste sábado.
Ao passo que contamos com a intercessão e o exemplo de Maria, somos também chamados a viver esse dia em um silêncio cheio de esperança de que Deus está agindo, mesmo quando não entendemos.
E Deus realmente está! É no Sábado Santo que a Igreja ensina que Jesus desceu à Mansão dos Mortos e lá libertou Adão, Abraão, os profetas e todos aqueles homens e mulheres que esperavam pela vinda do Messias. Nesse dia, foi aberto para todos o Céu. Por isso, é um dia de Esperança.
A Ressurreição de Cristo
O Tríduo Pascal encerra-se com a alegria da ressurreição de Jesus. Esse momento já se inicia no próprio sábado, com a celebração da Vigília Pascal, em que os fiéis voltam a cantar o “Aleluia” pela ressurreição do Senhor.
“Todas as interrogações e incertezas, hesitações e receios foram dissipados por esta revelação”, diz o Papa Francisco
Cristo nos chama a crer e testemunhar que não há nada que tenha mais poder do que Seu amor por nós. Ele venceu a morte. Àquela dita por muitos, até hoje, como a “invencível”.
A morte deixa de ser uma inimiga do homem, para ser uma porta de passagem, é o que chamamos de Páscoa, da vida terrena para a vida eterna, a vida com Cristo.
São Paulo Apóstolo assim diz na Segunda carta aos Coríntios:
“Se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa fé” (1Cor 15,17).
É este o mistério que vivemos nos dias do Tríduo Pascal!
Te convido a deixar que esses dias de Tríduo Pascal reacendam a fé que proclama: “Não existe NADA mais forte que a ressurreição de Cristo”.
Compartilhe esse texto com aquela pessoa que precisa renovar a sua esperança e convide-a para participar do Tríduo Pascal com você!