A importância da união familiar: o papel do apoio na escolha do lar ideal

Decidir pelo melhor lar para um ente querido idoso é um desafio que muitas famílias enfrentam. Essa decisão envolve não apenas aspectos práticos, mas também emocionais, nos quais a união familiar desempenha um papel crucial.

Afinal, como garantir que essa escolha seja feita com amor e responsabilidade? Nesse momento, a união familiar se torna ainda mais essencial.

O dilema da escolha: a importância do diálogo e da união familiar

Em primeiro lugar, é importante reconhecer que levar um idoso para uma instituição pode gerar dúvidas, medos e até sentimentos de culpa. No entanto, o apoio familiar e o diálogo aberto garantem acolhimento e segurança nesse processo.

Nesse sentido, uma pesquisa da Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia concluiu que “a inclusão ativa da família nas atividades da instituição favorece vínculos mais significativos e sistemas interacionais mais efetivos.”​

Por isso, a união familiar equilibra o processo, promovendo um diálogo contínuo e decisões centradas no bem-estar do idoso. É esse apoio mútuo que transforma uma decisão difícil em um gesto de cuidado consciente.

Compreendendo as necessidades do idoso: o papel do suporte emocional

Compreender as necessidades físicas e emocionais do idoso é essencial para uma transição tranquila. Nesse aspecto, o apoio da família e a união familiar oferecem segurança, conforto e reforçam o sentimento de pertencimento.

Estar presente e demonstrar empatia ajuda a minimizar sentimentos de abandono. Afinal, cuidar vai muito além de “tomar conta” — é manter o diálogo, respeitar os desejos e compreender a rotina do idoso. 

A escuta ativa, o olhar atento e o tempo de qualidade são elementos que fazem toda a diferença.

Dividindo responsabilidades: tornando a transição mais leve

Outro ponto fundamental é a divisão equilibrada das responsabilidades. A união familiar se fortalece quando todos compartilham tarefas, como visitas, acompanhamentos e decisões do dia a dia.

Como resultado, essa colaboração fortalece os laços afetivos e torna o cuidado mais leve, natural e eficaz. É essencial também incluir o idoso nas decisões, respeitando sua autonomia e seus desejos. 

Respeitando os desejos do idoso: ouvir é fundamental

Por outro lado, incluir o idoso nas discussões sobre sua mudança é vital. Respeitar seus desejos e sentimentos promove uma transição mais harmoniosa e saudável.

Quando isso acontece, o idoso participa ativamente das decisões, sente-se valorizado e respeitado, facilitando sua adaptação ao novo ambiente. A mudança para um lar pode ser desafiadora para os idosos e suas famílias.

Por essa razão, é importante comunicar-se abertamente, ouvindo as preocupações e expectativas de todos os envolvidos. Além do mais, o Catecismo da Igreja Católica destaca a responsabilidade de proteger os direitos dos idosos, incluindo o direito a cuidados médicos e assistência adequada (Cat, 2218).

Depoimento: experiências reais no Lar Adelaide

Edith Aragão, filha do senhor Manuel, compartilha com emoção a história de carinho e acolhimento vivida por sua família no Lar Adelaide:

“Meu pai, carinhosamente chamado de Manuzinho, foi acolhido com muito amor no Lar Adelaide”, relata Edith. “Durante a pandemia, ele teve um decréscimo cognitivo muito significativo e passou a depender totalmente da minha mãe”.

“Visitamos oito lares e já estávamos desistindo, até sermos recebidos com carinho e respeito pela Irmã Elaine. Ela nos acolheu com empatia, entendendo nossas angústias e explicando tudo com paciência”.

“O que mais nos tocou foi a forma como todos os profissionais tratavam os residentes — com carinho, respeito e dignidade. O convívio social, as atividades e a estimulação que meu pai teve ali, ele não tinha em casa”.

“Ele foi muito feliz no Lar Adelaide, e nós também, porque fomos acolhidos como família. Eles aguentaram nossas visitas diárias com paciência e acolheram até nossas dúvidas e reclamações com amor”.

“Mesmo após sua partida, eu e minha mãe seguimos como voluntárias — porque ganhamos uma nova família. O carinho das freiras e da equipe reflete uma missão de coração, vivida com verdade”.

“Posso dizer de coração tranquilo: meu pai faleceu acolhido, amado e feliz. E, por isso, sou eternamente grata”.

Critérios para escolher o lar ideal: infraestrutura, equipe e rotina 

Além de oferecer um ambiente seguro e acolhedor, com cuidados especializados de uma equipe multidisciplinar, o Lar Adelaide também valoriza a proximidade com as famílias e o bem-estar integral dos idosos, com apoio das religiosas.

Aqui no Lar, buscamos proporcionar atendimento integral, promovendo bem-estar físico, emocional, social e espiritual dos nossos residentes. As religiosas residentes no Lar participam da rotina dos idosos, promovendo acolhida, escuta, espiritualidade e cuidado.

Bem como, o jardim do Lar Adelaide é um dos espaços mais apreciados pelos residentes, promovendo bem-estar e convívio. Nosso jardim é um verdadeiro convite para um passeio, onde muitos aproveitam para caminhar e estar em contato com a natureza.

Onde a rotina vira alegria e cada dia é vivido com leveza, arte e movimento

Complementando essa experiência, a rotina inclui oficinas de criatividade, dança sênior, jogos e outras atividades terapêuticas. Esses momentos promovem integração, estímulo cognitivo e alegria no dia a dia dos idosos.

Em relação à alimentação, o Lar conta com nutricionistas que adaptam os cardápios às necessidades de cada residente. Toda alimentação é preparada com qualidade e de acordo com a necessidade de cada um dos nossos hóspedes.

Da mesma forma, os quartos são confortáveis e acolhedores, podendo ser personalizados com objetos e fotos da família.

Por fim, os momentos de lazer são prioridade: proporcionamos passeios fora do lar, como idas ao bosque, atividades comemorativas, salão de beleza, parques, lanchonetes e muito mais.

Decisão consciente com amor e união familiar

Em conclusão, é importante lembrar que a decisão de escolher um lar para um ente querido deve ser tomada com união familiar, amor, diálogo e respeito. Conhecer de perto o cotidiano, os cuidados e o ambiente oferecido faz toda a diferença nesse processo.

Pensando nisso, o Lar Adelaide preparou um ebook gratuito que mostra como é a rotina dos idosos, os serviços oferecidos e o carinho presente em cada detalhe. Um material completo para ajudar as famílias a tomarem essa decisão com segurança e serenidade.

Não espere o cansaço ou a culpa te dominarem — decida com o coração e a consciência. Seu familiar merece o melhor, e você também.

Se quer vivenciar esse carinho e entender como a união familiar pode transformar essa fase, clique no botão abaixo para acessar o material completo.

Saiba como é o dia dos idosos aqui no Lar Adelaide

O legado do Papa Francisco para a Igreja: um pastor com cheiro de ovelha

Uma vida de simplicidade, coragem e ternura que transformou corações no mundo inteiro.

Desde o anúncio de sua morte, uma comoção silenciosa e profunda percorreu os cinco continentes. Afinal, o legado do Papa Francisco não é apenas institucional, mas humano, espiritual e inesquecivelmente próximo. 

Neste tempo de despedida, o coração da Igreja pulsa entre a saudade e gratidão, reconhecendo em Francisco um pastor que tocou o mundo com a força do Evangelho vivido até o fim.

Papa Francisco: um Papa próximo e profético

Desde o início de seu pontificado, Francisco nos ensinou que ser Papa é, antes de tudo, servir. O legado do Papa Francisco se revela em cada gesto de humildade, em cada encontro com os pequenos e em cada escolha de simplicidade, que marcou seu jeito de governar com o coração.

Além disso, sua famosa expressão “pastores com cheiro de ovelha” tornou-se símbolo de um chamado à Igreja viva, encarnada na realidade do povo. Como disse em sua primeira Missa Crismal, “em vez de serem pastores com o ‘cheiro das ovelhas’ — isto é, pastores no meio do seu rebanho —, alguns acabam tristes, transformam-se numa espécie de colecionadores de antiguidades ou de novidades”. 

Por fim, sua proximidade tocava sem precisar de palavras. Com um sorriso sereno e um olhar firme, caminhou entre multidões e periferias, revelando que a autoridade verdadeira nasce do amor. Um profeta do nosso tempo, que fez da ternura um testemunho poderoso do Evangelho.

Legado do Papa Francisco: reformas e desafios enfrentados

Desde o início de seu pontificado, Francisco enfrentou com coragem os desafios internos da Igreja. O legado do Papa Francisco inclui reformas profundas na Cúria Romana, promovendo uma estrutura mais próxima da missão evangelizadora e da vida do povo.

Além disso, sua firmeza no combate aos abusos e sua defesa incondicional das vítimas marcaram uma virada ética na condução da Igreja. A sinodalidade, tema central de seu pontificado, mostrou seu desejo por uma Igreja que escuta, caminha junta e se deixa conduzir pelo Espírito.

Por isso, ao reformar a Cúria, Francisco destacou que seus membros cooperam na missão da Igreja “proporcional à ciência e à competência de que gozam, bem como à experiência pastoral”. 

O legado do Papa Francisco: uma Igreja que serve, evangeliza e escuta, como ele mesmo viveu

Acima de tudo, desde o início de seu pontificado, Francisco demonstrou um compromisso profundo com o diálogo inter-religioso, promovendo a convivência pacífica e o respeito mútuo entre diferentes tradições de fé. 

Assim, o legado do Papa Francisco inclui esforços contínuos para construir pontes entre culturas e religiões, reconhecendo a diversidade como uma riqueza para a humanidade.​ Em seu discurso durante a Conferência Inter-religiosa, promovida pelo “Sree Narayana Dharma Sangham Trust”, ele afirmou:​

Todas as religiões ensinam a verdade fundamental de que, como filhos do único Deus, devemos amar-nos e honrar-nos uns aos outros, respeitar a diversidade e as diferenças num espírito de fraternidade e inclusão.”​ 

Ou seja, essa declaração reflete sua visão de uma humanidade unida na diversidade, onde o diálogo é essencial para a paz e a compreensão mútua. 

Ensinamentos marcantes do Papa Francisco

Desde o início de seu pontificado, Francisco nos convidou a viver a fé com alegria e compromisso. O legado do Papa Francisco é riquíssimo em ensinamentos que tocam o coração e desafiam a consciência. Na encíclica Fratelli Tutti, ele nos recorda que o amor que se estende para além das fronteiras é a base da fraternidade universal. 

Além disso, em Laudato Si’, ele clama por um cuidado urgente com a nossa Casa Comum, afirmando que tudo está interligado. Na exortação Amoris Laetitia, Francisco oferece um olhar misericordioso sobre as famílias, reconhecendo suas alegrias e desafios. Ele destaca que a alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja.​

Por fim, em Evangelii Gaudium, ele nos lembra que “a alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus“. Esses documentos não são apenas textos, mas convites vivos para uma fé encarnada, que transforma e inspira.​

Legado do Papa Francisco: um testemunho de vida

Desde o início de seu pontificado, Francisco escolheu viver com simplicidade e humildade. O legado do Papa Francisco é marcado por gestos concretos que refletem sua opção pelos pobres e marginalizados. Em sua homilia durante a Via-Sacra em Cracóvia, ele afirmou:​

Somos chamados a servir Jesus crucificado em cada pessoa marginalizada, a tocar a sua carne bendita em quem é excluído, tem fome, tem sede, está nu, preso, doente, desempregado, é perseguido, refugiado, migrante.“​

Então, essa declaração reflete sua prática constante de estar próximo dos que sofrem, visitando doentes, abraçando os pobres e rezando com o povo.

O legado que o Papa Francisco deixa para nós

Com ternura, o legado do Papa Francisco se faz presença que permanece, mesmo em meio ao silêncio da partida. Ele nos deixa a chama de uma fé encarnada, que não teme sujar os pés no caminho dos pobres. É herança viva de uma Igreja que vai ao encontro, que não se fecha em si mesma, mas escuta o clamor do mundo.

Por isso, em cada gesto de misericórdia, ele nos ensinou que o Evangelho é encontro, escuta e compaixão. Agora, cabe a nós manter acesa essa luz — com coragem, ternura e verdade. E assim, entre memórias e esperança, seguimos seus passos com o coração aberto e o Evangelho nas mãos.

Além disso, ele inspira cada cristão a ser presença de compaixão onde houver dor, divisão ou desespero. Sua herança é uma Igreja mais próxima, audaz e missionária — capaz de caminhar com os pobres, de escutar os últimos e de anunciar o Evangelho com ternura e coragem.

Legado do Papa Francisco: quando a voz se cala, o amor continua a falar

Assim, elevamos um profundo agradecimento a Deus pela vida e missão do Papa Francisco. Seu testemunho de fé simples e amor radical marcou uma geração e continuará iluminando os caminhos da Igreja por muito tempo.

Por isso, honrar o legado do Papa Francisco é mais do que lembrar suas palavras — é viver o Evangelho com coragem, alegria e compaixão, como ele viveu. Que sua memória desperte em nós o desejo de uma Igreja viva, próxima, misericordiosa e sempre em saída, guiada pelo Espírito e sustentada pela esperança.

Às vésperas da escolha do novo Papa, Congresso Âncora destaca a missão da Igreja em acolher quem sofre

Evento acontece nesta semana em Curitiba (PR)

Inspirado nas palavras do Papa Francisco — que ensinou que “a Igreja deve ser como um hospital de campanha, acolhendo aqueles que mais precisam, com misericórdia e sem julgamentos” —, o VIII Congresso Âncora acontecerá nos dias 2 e 3 de maio de 2025, em Curitiba (PR), reafirmando a missão da Igreja de ser presença de acolhida e esperança diante do sofrimento humano.


Enquanto a Igreja Católica vive dias de luto e oração pela alma do Papa Francisco, o Congresso reunirá religiosos(as) e sacerdotes de todo o Brasil para refletir sobre a urgência do cuidado pastoral, da saúde mental e da prevenção do suicídio na vida consagrada e nas comunidades.

Diante das realidades silenciosas do sofrimento psíquico e da crescente necessidade de ações concretas de prevenção do suicídio, o evento buscará iluminar práticas pastorais e e espirituais para a vida consagrada e para o atendimento dos fiéis nas comunidades.


“A Igreja é chamada, de maneira ainda mais intensa neste tempo de oração e comunhão, a acolher a dor humana com ternura, coragem e esperança. O VIII Congresso Âncora nos convida a renovar esse compromisso”, destaca Irmã Adenise Somer, organizadora do evento.


O evento será composto por conferências, mesas redondas e momentos de partilha, contando com a presença de especialistas em psicologia, psiquiatria, espiritualidade e trabalho pastoral.

Serviço:


● Evento: VIII Congresso Âncora
● Tema: “Acolher e Cuidar: A missão da Igreja na prevenção do Suicídio”
● Data: 2 e 3 de maio de 2025
● Local: Curitiba – PR
● Público: Religiosos(as), sacerdotes e agentes de pastoral
● Informações e inscrições: https://congresso.centroancora.com.br/

5 ensinamentos de Padre Wilton sobre a misericórdia divina

A misericórdia divina sempre teve um destaque especial nas pregações do fundador da Copiosa redenção, Padre Wilton Moraes Lopes (CSsR). Para ele o tema da “misericórdia será sempre atual […] é algo de todos os dias”. Foi assim que seus escritos sobre a misericórdia divina viraram um livro, publicado em 2017, com o título “Misericórdia, um jeito de ser”, e é dele que separamos 5 preciosos ensinamentos do Padre Wilton sobre a misericórdia divina, para celebrar a Festa da Misericórdia com toda a Igreja.

1- Cristo fonte de toda misericórdia

O primeiro ensinamento do Padre Wilton sobre a misericórdia divina é recordar que Jesus é a fonte de toda graça e Copiosa Redenção. Diante disso, cabe a cada um de nós buscar imitá-lo e ser fiel aos seus ensinamentos, que são tão bem relatados nos Evangelhos.

Ao imitar Cristo, somos lembrados que a misericórdia é a forma que Deus ama, sendo assim a misericórdia não faz acepção de pessoas. É para todos e todos são chamados a serem misericordiosos, mesmo com quem não gostamos.

“Afinal, como se aprende a ser misericordioso? Só podemos ser misericordiosos com Jesus, aquele que é a misericórdia”. (Misericórdia, um jeito de ser, p. 27)

2- Ser misericórdia

Para Padre Wilton a misericórdia é uma graça divina dada a todo cristão que a deseja, por isso ela transborda no ser de cada pessoa. De forma concreta, ela se manifesta nas nossas palavras, olhares, pensamentos e, principalmente, com a caridade àquele que está necessitado ao nosso lado.

“Somos apressados demais e muitas vezes ficamos atentos somente aos nossos problemas. Precisamos ser
cheios de misericórdia! E assumí-la como um jeito de ser, assim como fez o samaritano que parou e carregou nos ombros o corpo ferido”. (Idem, p. 28)

Temos que nos libertar do verbo “fazer”, que entrou em confronto com a definição de Deus. Ele não disse “eu faço”, eu tenho tais coisas; Ele nunca usa o “fazer”,mas sempre utiliza o “ser”, pois essa é a maior liberdade que Ele poderia dar ao homem”. (idem p. 96)

3- A misericórdia divina é redentora

A palavra redenção significa comprar novamente, recomprar, recuperar através do pagamento de um resgate; salvar de problemas ou do pecado. Enquanto a palavra misericórdia traz a definição de um sentimento ou ato concreto de manifestação desse sentimento, como o perdão; indulgência, graça, clemência. O carisma redentorista de Padre Wilton o leva a proclamar que a redenção é um ato da misericórdia divina.

No livro de Jó encontramos a citação: “Eu sei que o meu redentor está vivo e que aparecerá, finalmente, sobre a terra” (cf. Jó 19, 25). Sobre esse versículo, Padre Wilton medita: “Podemos logo compreender e ligar a palavra redentor com a palavra redenção. Redentor é o sujeito, senhor da ação redentora; redenção é a tarefa que o redentor realiza. ‘Eu sei que meu redentor está vivo (…)’, em primeiro lugar, é uma exclamação, uma proclamação de júbilo: “Meu redentor vive!”. Este brado “Meu redentor vive!” deve nos tocar profundamente. Através dessa exclamação, podemos crer na redenção, que traz para nós a esperança de que Jesus venceu a morte naquela sexta-feira santa no madeiro da cruz. Ele venceu a morte, está vivo, ressuscitado”. (p. 54/55)

4 – O perdão e a misericórdia se complementam

Juntamente com a redenção, vem o perdão de todos os pecados. Ou seja, o perdão é também um ato movido pela misericórdia divina. É como se um dependesse do outro para existir. Segundo Padre Wilton, perdoar é uma ação singular na vida de todo cristão, uma manifestação da ação do Espírito Santo na vida de cada pessoa e uma característica clara de quem procura imitar Jesus Cristo.

O perdão que vem do Senhor é definitivo. É um ato que tudo apaga. O Senhor não pune, nem recorda as antigas faltas: “Eis que faço novas todas as coisas” (cf. Ap 21, 5). (p.73)

5 – A misericórdia é santificante

A vontade de Deus para todos os seus filhos é a santidade. Todo batizado possui o selo indelével da filiação divina e a graça santificante, fruto da misericórdia divina que atuou de forma histórica na Paixão de Jesus, e que atua diariamente na vida do povo de Deus como um kairós. Entretanto, algo que sempre recordava Padre Wilton é que, para haver santidade precisa se ter humanidade. É na fraqueza humana que a misericórdia age poderosamente.

“Só conhecemos Deus através de experiências humanas que transcendem para o divino e nos confrontam com o outro. Devemos, portanto, entender que só seremos mais divinos se formos mais humanos; e mais humanos se formos mais divinos. Onde há o humano em crescimento, o divino resplandece. É através do humano que se chega ao divino e que podemos alcançar a plena maturidade. Portanto, todo processo que desumaniza o ser humano, é um processo que impede seu crescimento espiritual”. (p. 95)

O pecado em suas diversas formas é o que mais desumaniza o ser humano, visto que o afasta de Deus. Por outro lado, a misericórdia divina é o que devolve a dignidade ao ser humano e o coloca novamente no caminho de santidade.

Esperança que abraça: a misericórdia de Deus é sempre um novo começo

Redescobrir a beleza da misericórdia de Deus é abrir-se a um amor que cura, transforma e recomeça sempre. Ela é o coração do Evangelho e sustenta a fé nos tempos difíceis. 

Além disso, consola os cansados e renova os que se sentem perdidos. Por isso, o Papa Francisco nos convida a acolher a misericórdia, vivê-la e anunciá-la com coragem. No Ano Jubilar da Esperança, esse chamado se torna ainda mais forte. 

Afinal, quando tudo vacila, a misericórdia permanece: é força real e esperança que abraça.

O que é misericórdia?

A misericórdia de Deus não é apenas perdão. É o coração do Pai que se inclina até a nossa dor. É Ele que se aproxima da nossa fraqueza com amor fiel e gratuito.

Jesus revelou essa misericórdia com gestos e palavras. Na parábola do filho pródigo (cf. Lc 15), vemos um Pai que corre, abraça e acolhe sem exigir explicações. Ama primeiro. Restaura antes de cobrar.

Por isso, a misericórdia de Deus não é só algo que recebemos. É um chamado. Quem a experimenta, é enviado a vivê-la. A partilhá-la. E assim, torna-se sinal da compaixão divina no mundo.

Misericórdia como fonte de esperança relacionando ao Ano Jubilar:

O Ano Jubilar é um tempo especial para reencontrar a esperança. Sobretudo, é um convite a reconhecer que a misericórdia de Deus nunca se esgota. Mesmo quando caímos, Deus não se cansa de nos amar.

Da mesma forma, a misericórdia de Deus renova nosso coração. De fato, o perdão do Senhor traz paz interior e força para recomeçar. Por conseguinte, a experiência do amor misericordioso nos impulsiona para a vida nova. 

Neste Ano Jubilar da Esperança, somos chamados a confiar na bondade de Deus. Ao viver os sacramentos, encontramos a verdadeira liberdade. Portanto, a misericórdia de Deus se torna ponte segura entre o passado e um novo começo.

Jesus, o rosto da misericórdia

Jesus é a expressão viva da misericórdia de Deus. Em cada gesto, Ele se aproximava dos que eram rejeitados. De fato, tocava os marginalizados, perdoava os pecadores e curava com compaixão. 

Além disso, suas ações revelavam o amor concreto do Pai. Em outras palavras, a misericórdia de Deus se manifestava nos encontros com os pobres, doentes e pecadores. Portanto, onde havia dor, ali Jesus levava consolo e dignidade. 

Enfim, a Páscoa é o ápice da misericórdia de Deus. Ou seja, Jesus se entrega livremente por amor, até o fim. Assim sendo, sua cruz e ressurreição revelam que o amor é mais forte que o pecado e a morte. 

Sacramento da reconciliação como experiência viva de misericórdia

O confessionário é o lugar onde a misericórdia de Deus nos envolve de forma pessoal. De fato, ali acontece o reencontro entre o Pai e o filho ferido. Por isso, a confissão é um verdadeiro abraço restaurador.

Além disso, o sacramento da reconciliação é fonte de cura e paz. Ao reconhecermos nossas faltas, abrimos espaço para que a misericórdia de Deus transforme o coração. Assim, reencontramos a coragem de recomeçar.

Afinal, é essencial incentivar a confissão como caminho de esperança. Ou seja, mais do que um dever, ela é um dom de amor. Portanto, é na humildade do arrependimento que a misericórdia de Deus se torna viva e libertadora.

 Ano Santo de 2025 – Jubileu da Esperança

O Papa Francisco convocou o Ano Santo de 2025 com o tema “Peregrinos da Esperança”, como tempo favorável para renovar a fé e olhar com confiança para o futuro. Mesmo nas provações, somos chamados a testemunhar essa esperança, sustentados pela misericórdia de Deus. 

Além disso, o Jubileu convida a Igreja a sair de si mesma. A esperança se torna visível quando a comunidade vive e anuncia a misericórdia em gestos concretos de perdão, escuta e acolhimento. Assim, a misericórdia de Deus se torna missão

Viver o Jubileu é acolher a graça da reconciliação, tornando a misericórdia uma experiência viva e transformadora. As indulgências jubilares, nesse caminho, são sinais do abraço do Pai que purifica e renova. É tempo de conversão e alegria. Um chamado a viver o amor que faz nascer a esperança.

Vivendo a misericórdia no dia a dia

Pequenos gestos do dia a dia revelam a grandeza da misericórdia de Deus. “Em cada situação humana, marcada pela fragilidade do pecado, a misericórdia será sempre mais forte”. Um perdão oferecido, uma escuta sincera ou um ato de paciência são mais do que gentileza: são sinais do agir divino. 

Além disso, “Deus não se cansa de estender a mão para nos levantar”. Quando fazemos o mesmo, abrimos espaço para a esperança e a reconciliação. “A evangelização com alegria torna-se beleza […] nas pequenas ações de amor”. A esperança floresce onde a misericórdia de Deus é partilhada. 

Como disse Bento XVI, “a vida em sua totalidade é uma relação com Aquele que é o Amor” (Spe Salvi, n. 27). Por isso, nos gestos simples, essa misericórdia se torna concreta, viva e transforma tudo ao redor. 

Copiosa Redenção estará presente no sepultamento do Papa Francisco

Grupo de religiosos da Congregação parte na manhã de sábado para Roma

A passagem para Roma já estava comprada para o sábado, dia 26 de abril, para os religiosos da Copiosa Redenção que moram na região da Sicília, na Itália. Eles iriam participar da canonização do Beato Carlo Acutis, que estava marcada para o domingo, dia 27, e também passar pela Porta Santa. Porém, com o falecimento do Papa Francisco, o objetivo da viagem mudou. “Não deixa de ser uma graça muito grande. Porque se não fosse a canonização do Carlo Acutis, a gente não iria para Roma. Não teríamos a possibilidade de comprar os bilhetes para toda comunidade para o funeral do Papa, se não fosse já organizado antes”, conta o diácono João Paulo Hirai.

O grupo composto por dois sacerdotes, dois diáconos e cinco irmãos, chega à Roma no sábado pela manhã e segue direto para a Praça de São Pedro, onde irá ocorrer a Missa das Exéquias do Papa Francisco. “É muito significativo porque a Copiosa vai estar vivendo esse momento em unidade com a Igreja”, destaca o diácono. Ele também acredita na providência de Deus que de alguma forma conduziu que o grupo estivesse presente nesse momento, representando toda a Congregação.

O funeral

A missa das exéquias do Papa Francisco será celebrada às 10h (horário de Roma). A celebração ocorrerá no átrio da Basílica de São Pedro e será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício. Esse momento marca o primeiro dia o Novendiali (novenário), os nove dias de luto e orações em honra ao Pontífice falecido.

Ao final da celebração eucarística, ocorrerão os ritos da Última Commendatio e da Valedictio — despedidas solenes que marcam o encerramento das exéquias. Em seguida, o caixão do Papa será levado novamente para o interior da Basílica de São Pedro e, de lá, transferido para a Basílica de Santa Maria Maior, onde será realizada a cerimônia de sepultamento.

Os religiosos da Copiosa Redenção estarão compartilhando esse momento ao vivo pelas redes sociais da Copiosa Redenção.

Créditos imagem: Vatican News

Siga para acompanhar nossa presença no funeral do Papa Francisco: www.instagram.com/copiosaredencao

O céu celebra conosco: Missa pelo aniversário de Padre Wilton acontecerá no domingo (27)

No dia 27 de abril, seria celebrado o aniversário natalício do nosso fundador Padre Wilton Moraes Lopes. Se estivesse vivo, Padre Wilton completaria 69 anos. Por isso, a missa do domingo em que será celebrada a Festa da Misericórdia, também será um momento de homenagem e intercessão pela alma de Padre Wilton.

A celebração em sua memória acontecerá na Chácara de Uvaia, em Ponta Grossa, às 09h30. Toda comunidade está convidada a participar deste momento e prestar a sua homenagem ao sacerdote.

Porta da misericórdia

Também no domingo, a Copiosa Redenção, celebra um ano do lançamento do Informativo Porta da Misericórdia. Lançado no ano passado, no dia do aniversário do fundador, como forma de homenageá-lo e de espalhar a misericórdia divina no ambiente digital, o informativo é enviado gratuitamente todo dia 27 para os assinantes.

Quer receber o Informativo Porta da Misericórdia? Basta clicar AQUI.

Copiosa Redenção na voz do Papa Francisco: Misericórdia, Esperança e Graça abundante

A espiritualidade da Copiosa Redenção, vivida e anunciada pela Congregação fundada pelo Pe. Wilton Moraes Lopes, encontra ecos profundos nas palavras do Papa Francisco. Ao longo de seu pontificado, o Santo Padre destacou diversas vezes a dimensão da misericórdia e da graça divina que se derrama copiosamente sobre a humanidade.

Este artigo deseja estabelecer uma ponte entre os ensinamentos do Papa Francisco e o carisma da Copiosa Redenção, mostrando como sua mensagem está em sintonia com esse chamado a viver a redenção de Cristo como dom abundante e restaurador.

Leia também: A páscoa definitiva de Papa Francisco e o seu legado de Misericórdia e Esperança

1. A confissão como passagem da miséria à misericórdia

Em uma homilia durante a celebração “24 horas para o Senhor” (2019), o Papa Francisco disse:

“A Confissão é a passagem da miséria à misericórdia, é a escrita de Deus no coração. Sempre que nos abeiramos dela, lemos que somos preciosos aos olhos de Deus.”

Essa visão do sacramento da reconciliação como um encontro com a misericórdia infinita de Deus está no centro da espiritualidade da Copiosa Redenção. Para os membros da Congregação, anunciar e facilitar esse encontro é uma missão prioritária, seja através de retiros, missas, grupos de oração, comunidades terapêuticas até a confissão com um sacerdote da Congregação.

2. A Redenção é gratuita

Durante uma audiência geral em 2018, o Papa afirmou:

“A redenção é gratuita. Se quiser fazer uma oferta, pode, mas não é a pagamento.”

O dom da salvação é iniciativa do amor de Deus, que oferece redenção sem exigir méritos. A Copiosa Redenção se fundamenta nessa gratuidade radical: a certeza de que Deus busca o pecador não para julgá-lo, mas para resgatá-lo. Por isso busca, ardorosamente, a recuperação de dependentes químicos.

3. Misericórdia como ação concreta

No Jubileu dos Agentes de Misericórdia, o Papa Francisco foi direto:

“Nunca me cansarei de dizer que a misericórdia de Deus não é uma ideia bonita, mas uma ação concreta.”

Para os religiosos e missionários da Copiosa Redenção, viver a misericórdia significa agir: acolher, consolar, servir e evangelizar os mais necessitados, especialmente aqueles que se encontram distantes da Igreja e sofrem a fragilidade da dependência química.

4. A Esperança como fruto da redenção

Na preparação para a JMJ Lisboa 2023, o Papa disse aos jovens:

“Exorto-vos a escolher um estilo de vida baseado na esperança. […] Tentai compartilhar cada dia uma palavra de esperança.”

A Copiosa Redenção gera esperança, porque devolve ao coração humano a certeza de que Deus não desiste de nós. Essa esperança, que não decepciona, é também um pilar do carisma da Congregação.

Ao longo dos seus 12 anos de pontificado, o Papa Francisco, com sua linguagem simples e direta, ofereceu à Igreja uma catequese viva sobre a misericórdia de Deus. Sua insistência na gratuidade da graça, na importância do perdão e na necessidade de uma Igreja que age concretamente, faz eco ao carisma da Copiosa Redenção. Que essas palavras possam renovar em nós o ardor missionário e a alegria de servir a Redenção abundante de Cristo no mundo de hoje.

Saiba como será o velório e sepultamento do Papa Francisco

A páscoa definitiva de Papa Francisco e o seu legado de Misericórdia e Esperança

Após viver o Tríduo Pascal e o Domingo da Ressurreição, o mundo acordou nesta segunda-feira, 21 de abril, com a notícia da morte do Papa Francisco. Aos 88 anos, o primeiro papa latino-americano, faleceu às 07h35 (horário de Roma). O anúncio de sua páscoa definitiva foi feita pelo Cardeal Farrel, diretamente da Casa Santa Marta, no Vaticano, com as seguintes palavras:

“Queridos irmãos e irmãs, com profunda tristeza devo anunciar a morte de nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja.”

VEJA AQUI O VÍDEO DO ANÚNCIO DO FALECIMENTO DO PAPA

Em fevereiro o Santo Padre esteve internado no Hospital Gemelli, em Roma, por 38 dias combatendo uma pneumonia bilateral e infecção polimicrobiana, que gerou desdobramentos como crises respiratórias e insuficiência renal. Papa Francisco havia recebido alta hospitalar no último dia 23 de março.

Francisco e a Copiosa Redenção

Em 2015, o fundador da Copiosa Redenção, Padre Wilton Lopes, juntamente com a Madre da época, Irmã Silvonete Soares, estiveram em uma audiência pública com o Santo Padre e receberam sua bênção pela ocasião do jubileu dos 25 anos da Congregação.

“Para nós na Copiosa Redenção ele que foi um autêntico líder da Igreja, vivendo a radicalidade do Evangelho, nos deixando um legado de simplicidade, coragem e amor. Legado de uma Igreja que se coloca em saída junto dos pobres, doentes e mais necessitados”, relembra Madre Tânia Azevedo. Ela destaca ainda que o testemunho deixado pelo Papa Francisco é “de uma fé Redentora que vai até as profundezas das misérias humanas dar vida através da sua misericórdia”.

Últimas palavras

Mesmo com a saúde fragilizada Papa Francisco vivenciou a Semana Santa e apareceu publicamente em vários momentos. Sua última mensagem pública lida foi a mensagem de Páscoa, em que ele recordou que a ressurreição de Cristo é o fundamento da Esperança cristã, fazendo menção ao tema do Jubileu deste ano e ainda compartilhou desejos do seu coração para o mundo de hoje:

“Neste dia, gostaria que voltássemos a ter esperança e confiança nos outros, mesmo naqueles que não nos são próximos ou que vêm de terras distantes com usos, modos de vida, ideias e costumes diferentes dos que nos são familiares, porque somos todos filhos de Deus! Gostaria que voltássemos a ter esperança de que a paz é possível!”

Leia a mensagem completa AQUI

O pontificado de Papa Francisco foi marcado pela alegria de anunciar o Evangelho, o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, a busca pela unidade dos povos e a valorização dos idosos. Ao todo ele escreveu quatro encíclicas e sete exortações apostólicas.

Conheça a biografia do Papa Francisco AQUI

A PASSAGEM

A PÁSCOA É A PASSAGEM DA MORTE PARA A VIDA

Por Padre Wilton Moraes Lopes

Como você já sabe, Páscoa significa passagem. Para nós cristãos, e também para os judeus, essa palavra – Páscoa – significa muito mais. Para eles, a libertação dos trabalhos penosos do Egito e a ratificação da Aliança feita entre Abraão e Deus. Para nós, além daquela aliança no deserto, a configuração da
Nova e Eterna Aliança entre Deus e o homem em Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus.

“A Páscoa se reveste do sentido maior da salvação. Mas também se reveste de vários outros sentidos: o
amor até as últimas consequências, o perdão, a doação de si e tantos outros que o Espírito possa nos inspirar.”

Talvez, mesmo após termos vivido tantas Páscoas, ainda haja alguma para mudar, algo para se deixar transformar por Jesus. A Páscoa se reveste do sentido maior da salvação. Mas também se reveste de vários outros sentidos: o amor até as últimas consequências, o perdão, a doação de si e tantos outros que
o Espírito possa nos inspirar.

“Você já fez a sua Páscoa? Você já fez a Páscoa do seu irmão?”

O desafio da Quaresma é, refletindo nas realidades da “Passagem”, vivê-las hoje em nossa
vida. Poder fazer o nosso irmão “passar” da droga para a vida, do abandono para o aconchego,
do isolamento para a partilha, da discórdia para o perdão, da fome e sede de justiça para uma vida
em plenitude. A Páscoa é a passagem da morte para a vida. Você já fez a sua Páscoa? Você já fez a
Páscoa do seu irmão?