Três religiosos da Copiosa Redenção são ordenados diáconos na Itália

A ordenação será na próxima terça-feira, dia 18 de março

Os religiosos da Copiosa Redenção Vinicius Sotocorno, João Hirai e Higor Feitosa Passareli da Silva receberão nesta terça-feira, dia 18, o primeiro grau do Sacramento da Ordem, o diaconato. A missa de ordenação diaconal será realizada na Catedral de Caltanissetta, na Itália. O sacramento será concedido pela imposição das mãos e oração consacratória de S.E. Rev.ma Dom Mario Russotto, bispo de Caltanissetta.

Atualmente, a Congregação possui sete padres ordenados no Carisma da Copiosa Redenção. “Às vésperas de São José, nosso grande padroeiro, patrono da Copiosa Redenção, nós celebraremos e receberemos esse grande dom que é a ordenação diaconal de três de nossos irmãos. Isso significa para nós que Deus está confirmando esse Carisma e que ele deve ser expandido, como o Padre Wilton sempre nos ensinou: devemos alargar as tendas, alargar o coração e fazer sempre a vontade de Deus ser conhecida”, destaca Padre Valdecir Zanatta, Superior Geral do ramo masculino na Copiosa Redenção.

Os sacerdotes brasileiros que estarão presentes na ocasião serão Pe Valdecir, Pe. Juviano Viera (Vigário geral), Pe. Fernando (Superior da Missão na Itália), Pe. Fabrício Caetano Barbosa (Mestre de Noviços) e Pe. Rafael Sotocorno (Reitor do seminário diocesano de Presidente Prudente-SP). Também os padres da Diocese de Caltanissetta, em especial Pe. Onofrio Castelli (Vigário Geral da Diocese) e Pe. Cataldo Amico (reitor do seminário Diocesano de Caltanissetta). Além deles, também participarão algumas irmãs da Copiosa, familiares dos irmãos que serão ordenados os seminaristas Diocesanos de Caltanissetta.

Ministério do diaconato

Derivado do grego ‘diakonós’, o diácono é aquele que pratica a ‘diakonia’ = ‘serviço’ à comunidade, portanto a essência do diaconato é o serviço. O ministério do diaconato tem origem bíblica, no contexto dos Atos dos Apóstolos. Diante da queixa dos helenistas contra os hebreus de que suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição de alimentos aos pobres, os apóstolos propuseram escolher sete homens de ‘boa reputação’, ‘espírito’ e ‘sabedoria’ para que se dedicassem ao serviço da caris-tas (amor fraterno) (cf. At 6,1-6).

No decorrer da história, o diaconato tornou-se o ministério do ‘serviço da caridade’, da ‘proclamação da Palavra’ e do ‘serviço do culto’. Os Padres da Igreja, Irineu de Lião, Cipriano e Eusébio de Cesareia ressaltaram que o diaconato constitui o núcleo identitário do Sacramento da Ordem.

Lema diaconal

O lema de ordenação diaconal é escolhido para orientar a caminhada do diácono e servir de referência para o seu ministério. Os três religiosos escolheram um lema em comum: “Guardarei eternamente para ele a minha graça e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel.” (Sl 89 [88], 29)

E também um pessoal:

Serviço

Ordenação diaconal

  • Data: 18 de março de 2025
  • Local: Catedral de Caltanissetta (Itália)
  • Horário: 14h (horário de Brasília)

Acompanhe ao vivo pelo instagram da Copiosa Redenção: @copiosaredencao

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A importância do autoconhecimento na vida consagrada e sacerdotal 

Você já parou para pensar sobre a importância do autoconhecimento e seu impacto na vida consagrada e sacerdotal? E é justamente sobre isso que queremos refletir hoje. Então, continue lendo!

A importância do autoconhecimento: desvendando o “Eu” para uma vocação plena

No caminho da vida consagrada e sacerdotal, o autoconhecimento se revela como um instrumento fundamental para alcançar a plenitude da vocação e da vida pessoal. Logo, é por meio de um mergulho profundo no próprio ser que se compreendem os dons, as fragilidades, as motivações e as aspirações que moldam a nossa individualidade.

A jornada do autoconhecimento: raízes históricas e psicológicas

A busca pelo autoconhecimento é uma jornada que atravessa os séculos, presente em diversas culturas e filosofias.

Desde os antigos gregos, com Sócrates e seu famoso “Conhece-te a ti mesmo“, até os dias atuais, a compreensão da psique humana tem sido objeto de estudo e reflexão.

Ou seja, a importância do autoconhecimento não é um assunto que veio à tona nos tempos atuais, mas é algo que sempre esteve presente na sociedade. A diferença está no fato de que hoje as informações são mais acessíveis e se espalham com mais facilidade por meio da internet.

Na psicologia, o autoconhecimento se configura como um processo de investigação profunda das características, valores, crenças e emoções que definem o indivíduo. E é através desse processo que é possível identificar os pontos fortes e fracos, as motivações conscientes e inconscientes, e as relações interpessoais que moldam a nossa personalidade.

A vocação consagrada e sacerdotal: uma jornada de autoconhecimento

Para aqueles que abraçam a vida consagrada e sacerdotal, o autoconhecimento assume uma importância ainda mais significativa.

Isso porque a compreensão profunda de si mesmo se torna essencial não apenas no processo de discernimento da vocação, mas também depois disso, para acolher os desafios que surgem na vivência da vocação.

Além disso, a importância do autoconhecimento também se revela no fato de que é preciso conhecer melhor a si mesmo para construir relacionamentos autênticos com Deus, com os irmãos de vocação e com o povo de Deus.

A importância do autoconhecimento: os seus benefícios na vida consagrada e sacerdotal

A importância do autoconhecimento advém também dos benefícios que isso traz para a vida sacerdotal e religiosa. E, não, não podemos limitá-los em um número determinado porque quanto mais nos conhecemos melhor nos tornamos. Porém, cabe aqui citar alguns benefícios que a vida sacerdotal e religiosa pode colher em sua vida e vocação quando inicia sua jornada de autoconhecimento.

  • Discernimento: no cotidiano da vida religiosa e sacerdotal, o autoconhecimento permite identificar as motivações autênticas que impulsionam a vocação, discernindo ações genuínas daquelas baseadas em expectativas externas ou idealizações.
  • Relacionamento com Deus: a compreensão da própria psique facilita o aprofundamento da relação com Deus, reconhecendo os dons recebidos e as áreas que necessitam de conversão e crescimento espiritual.
  • Relacionamento com o próximo: o autoconhecimento contribui para a construção de relacionamentos interpessoais saudáveis e autênticos, tanto na comunidade religiosa quanto na sua atuação pastoral.
  • Maturidade emocional: o processo de autoconhecimento promove o desenvolvimento da maturidade emocional. E assim permite que a vida consagrada e sacerdotal possa lidar com os desafios do cotidiano com serenidade e equilíbrio.
  • Congruência entre vocação e vida pessoal: a importância do autoconhecimento também se destaca neste aspecto. Isso porque o autoconhecimento facilita a integração entre a vida consagrada e a vida pessoal, permitindo que a vocação seja vivida com autenticidade e plenitude em todas as esferas da vida.

Importância do autoconhecimento: suas ferramentas e caminhos

O caminho do autoconhecimento é uma jornada contínua que exige autodisciplina, abertura e disposição para o crescimento pessoal. E ao longo desta jornada, diversas ferramentas podem auxiliar nesse processo. Vamos citar algumas!

  • Oração e meditação: a conexão com o transcendente favorece a introspecção e o discernimento.
  • Direção espiritual: o acompanhamento de um diretor espiritual oferece orientação e apoio no processo de autoconhecimento.
  • Formação Humana e Espiritual: programas de formação oferecem ferramentas e conhecimentos para o desenvolvimento pessoal e espiritual.
  • Grupos de compartilhamento: a troca de experiências em grupos de apoio pode fortalecer o processo de autoconhecimento.
  • Psicoterapia: o acompanhamento de profissionais pode auxiliar na identificação e resolução de conflitos internos e padrões repetitivos.

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A importância do autoconhecimento: uma jornada de transformação no Centro Âncora

Como foi dito, o autoconhecimento se configura como um processo contínuo de transformação, conduzindo a uma vida consagrada e sacerdotal mais plena, autêntica e frutífera. Portanto, é através do mergulho profundo no próprio ser que se constrói uma relação mais profunda com Deus, com o próximo e consigo mesmo.

Neste sentido, o Centro Âncora se destaca como um porto seguro para o aprofundamento do autoconhecimento na vida sacerdotal e religiosa. Através de sua atuação especializada, o Centro oferece um caminho para a descoberta pessoal, o fortalecimento da vocação e o alcance de uma vida mais plena e frutífera.

O Centro Âncora reconhece as demandas e desafios específicos que a vida consagrada e sacerdotal apresenta. Os sacerdotes, religiosos e religiosas dedicam suas vidas ao serviço de Deus e ao próximo, enfrentando diversas situações que exigem maturidade espiritual, emocional e relacional.

Sendo assim, O Centro Âncora oferece um leque de serviços que visam auxiliar no processo de autoconhecimento: aconselhamento psicológico e espiritual; workshops e palestras; grupos de apoio; auxílio profissional de psiquiatras, educador físico e nutricionista. Além disso, produz materiais didáticos e informativos sobre autoconhecimento e saúde mental.

Lembre-se: tenha o Centro Âncora como um aliado na busca pela plenitude e na descoberta que o autoconhecimento pode proporcionar.

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Quanto vale a vida de um religioso?

A vida de um religioso é abundante de sentido, de propósitos e possui um valor imensurável para a vida da Igreja devido à sua entrega em favor do Reino de Deus.

Contudo, para aquele que passa por um período difícil em sua vocação ou na sua vida pessoal, esse valor, sentido e propósito podem facilmente ser esquecidos.

Mas às vezes nem precisa disso, a própria cotidianidade do religioso, cheia de compromissos, pode acabar afastando-o de uma espiritualidade cada vez mais íntima de Deus, como deve ser.

Por isso, hoje vamos fazer uma reflexão sobre o quanto vale a vida de um religioso.

Religioso, recorda-te: Deus tem um propósito para a tua vida!

Todo cristão sabe que Deus tem um propósito para a sua vida. E na vida religiosa este propósito é ainda maior. “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda” (João 15,16).

Portanto, a vida de um religioso só encontra seu verdadeiro valor e sentido quando, de fato, a cada dia, é dada em favor do próximo. Afinal, o grande chamado para a vida do religioso é seguir a Cristo e servi-Lo no outro.

Sendo assim, a vida religiosa constitui um grande tesouro na vida da Igreja, cuidando do povo de Deus que precisa de pastores que o conduza ao rebanho do Senhor.

E neste sentido, não podemos deixar de fazer uma alusão bíblica sobre o religioso a partir de duas parábolas de Jesus.

A primeira delas é a do Bom Samaritano: aquele homem misericordioso que encontra em seu caminho um judeu ferido e cuida das suas feridas. Da mesma maneira, o religioso derrama, nas feridas do povo de Deus, o vinho da contrição e da penitência, assim como o óleo da confiança.

A outra parábola é a do filho pródigo. Neste sentido, o religioso é aquele que acolhe os filhos pródigos deste mundo garantindo que voltem à união com Cristo e os encaminha à Pátria celeste.

O religioso tem uma importância fundamental para a Igreja e para a sociedade. Começando pela valorização da pessoa humana. Além disso, o religioso ajuda a recuperar a dimensão do sagrado que é indispensável para a Igreja e para sociedade.

São Paulo, modelo para o religioso

O apóstolo Paulo é alguém que deu muito de si em prol do Reino de Deus e que padeceu para cumprir a Sua missão de levar o Evangelho àqueles que encontrasse. Sofreu mais do que poderia supor, assim como na atualidade são muitos os sofrimentos do religioso no cumprimento de sua vocação.

E Paulo escreveu: “Mas nada disso temo, nem faço caso da minha vida, contanto que termine a minha carreira e o ministério da palavra que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho ao Evangelho da graça de Deus” (Atos 20,24).

Contudo, essas suas palavras podem dar a entender que ele não valorizava a própria vida. Mas não é nada isso!

Muitas vezes, quando falamos de vida, a consideramos como um bem pessoal e pensamos poder fazer o que queremos com ela. Nos esquecemos que a vida não nos pertence, mas que ela nos foi concedida por Deus para desfrutarmos dela aqui, tendo como principal objetivo conhecer nosso Criador e termos comunhão com Ele. Ao mesmo tempo, enquanto aqui vivemos nossa vida, Deus nos prepara para termos vida eterna.

Logo, Paulo não menospreza sua vida, ele sabe o quanto ela é preciosa. Porém, para ele o valor de sua vida estava na grandiosidade de sua missão de evangelização. A sua vida passou a ter sentido e propósito a partir do seu encontro com Cristo. E ele estava disposto a abdicar de tudo para se dedicar exclusivamente à missão de evangelização, não importa o que acontecesse com ele. E o que fizesse, desejava fazer com alegria, com satisfação, jamais como uma obrigação.

Redescobrir o prazer de ser útil na cooperação com Deus

É preciso que o religioso resgate para si mesmo o valor da sua vida. E isso é possível encontrando sentido e significado refletidos na vida daqueles que o cercam e cujas vidas ele deve zelar como o Bom Pastor.

Apesar das dificuldades, seja no trabalho apostólico, em sua espiritualidade ou na saúde (física ou emocional), o religioso precisa recordar-se de que é um sinal profético num mundo fascinado pelo ter e o poder. Lembrar-se de que para os outros a sua vida aponta para os valores escatológicos, aponta para aquilo que há de vir.

Certamente esses são valores que ajudam na vivência diária da vocação e a redescobrir o valor da própria vida.

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