Francisco: paremos para levantar aqueles que caem na escravidão das drogas

O abuso e o crescimento do uso de entorpecentes entre adolescentes e jovens e o aumento das vendas de drogas nas “praças digitais” da dark web estão causando um alarme cada vez maior, e o Papa confia sua preocupação a uma mensagem enviada aos participantes do 60º Congresso Internacional de Toxicologistas Forenses, que está sendo realizado em Roma de 27 a 31 de agosto, aos quais Francisco agradece pelo “compromisso, tempo e energia” dedicados à prevenção e ao combate à dependência de drogas.

O perigo das novas substâncias psicoativas

A delicadeza das fases da adolescência e da juventude, somada às fragilidades e inseguranças das sociedades atuais, são fatores – é a indicação de Francisco – que podem levar à busca de novas experiências. Medir-se com o inédito, explorar o desconhecido, o medo de se sentir excluído e a necessidade de se socializar com os coetâneos são elementos de risco, que podem induzir os jovens “a escolhas e comportamentos perigosos, como o uso de substâncias psicoativas e o abuso de álcool, ou à possibilidade de se deparar com situações extremas, tanto virtuais quanto reais”. Na mensagem, o Pontífice aponta para o perigo das novas substâncias psicoativas (NPS) que, além de estarem em rápida expansão, são quimicamente fáceis de serem modificadas, tanto que permitem que o crime organizado escape do controle. “Muitos adolescentes – escrevendo ainda Francisco – abusam das NPS sem conhecer sua periculosidade”, por isso é necessário desenvolver “técnicas de análise”, implementar intervenções de prevenção e “incentivar planos terapêuticos adequados”.

A obsessão com a eficiência e a produtividade

Outro ponto levantado pelo Papa em sua mensagem é a difusão de substâncias dopantes na esfera competitiva e esportiva, que “manifesta a obsessão de obter metas importantes e resultados a todo custo”. Um fenômeno que deve nos fazer refletir, indica ainda Francisco, sobre a sociedade atual “permeada por uma cultura da eficiência e da produtividade, que não admite hesitações e fracassos”. O desejo de estar à altura das expectativas, de dar a si mesmo uma imagem de desempenho e de vencedor, banindo a fragilidade e a fraqueza, torna-se, como adverte o Pontífice, “um obstáculo intransponível para a busca do desenvolvimento humano integral”.

Ouvir o grito dos mais frágeis

O alarme é para a desorientação dos jovens que, em busca de pontos de referência, recorrem às drogas para conter a angústia e a falta de sentido, para superar o cansaço “de ser e de existir”. Por trás dos vícios, lembra Francisco, existem “experiências concretas, histórias de solidão, desigualdade, exclusão, falta de integração”, diante das quais “não podemos ser indiferentes”, e seguindo o exemplo de proximidade oferecido por Jesus, “também nós somos chamados a agir, a parar diante de situações de fragilidade e dor, a saber ouvir o grito de solidão e de angústia, a inclinar-nos para levantar e trazer de volta à vida aqueles que caem na escravidão das drogas”. Portanto, pede o Papa, devemos encorajar os jovens a “buscar razões para viver”, por meio de percursos educativos, terapêuticos e de reabilitação e favorecendo modelos culturais alternativos.

Fonte: www.vaticannews.va

A Redenção no Combate à Dependência Química 

A dependência química é um mal que assusta a todos. E desde a sua fundação, a Copiosa Redenção se dedica a levar a redenção para dependentes químicos com tratamento em Comunidades Terapêuticas.

E esse projeto começou quando o seu fundador, Pe. Wilton Moraes Lopes, ao ministrar um retiro, viu uma garota se aproximar de Jesus no Santíssimo Sacramento e depositar um pacote de drogas no altar. Naquele momento, ele sentiu o Senhor falar em seus ouvidos, e depois deste fato, começou a dar os passos iniciais para concretizar aquilo que era da vontade de Deus.

Desde então, um dos trabalhos da Copiosa Redenção diz respeito à dependência química, cuidado da recuperação social e familiar.

Para entender como funciona esse processo de acolhida e tratamento, conversamos com a Irmã Elaine Cristina de Oliveira, que é Diretora de Comunidade Terapêutica Marta e Maria.

Acompanhe!

O que é dependência química?

Hoje ela é considerada um transtorno de saúde mental. Então, quando a pessoa faz uso de alguma substância lícita, como o álcool, ou ilícita, como a maconha, cocaína, crack, isso altera o sistema nervoso central, o que vai prejudicar essa pessoa, porque ela vai estar fora da sua total consciência. E o fato de a pessoa utilizar essas substâncias diariamente, ela estabelece um vínculo com elas, e a partir daí, tudo o que vai fazer, essa substância precisa estar presente. Isso vai determinar que essa pessoa adoeceu. E a dependência química é uma doença comportamental e, claro, de âmbito mental, de saúde mental. Por isso que hoje ela é considerada um transtorno mental

A dependência química tem cura?

Não tem cura, e muitas vezes as pessoas se assustam ao ouvir isso. Mas ela tem tratamento e manutenção. É como o diabetes, que é uma doença que também não tem cura, mas a pessoa consegue viver com ela, fazendo uso de insulina e não consumindo alimentos com açúcar. Enfim, o diabético muda o seu estilo de vida para conviver com a sua doença. E o dependente químico também. Depois que se estabelece essa doença, que é de âmbito mental e que não tem cura, mas tem tratamento. E o tratamento é, muitas vezes, ir para um ambulatório, ser acompanhado, fazer uso de medicação, por vezes passar pelo acolhimento em comunidades terapêuticas, tratamento a longo prazo e depois fazer a manutenção da abstinência. E de que forma? Não fazendo mais o uso, seja do álcool ou de outras drogas; participando de grupos de apoio; fazendo uso de medicação prescrita pelo médico psiquiatra que acompanha essa pessoa; fazendo terapia e manutenção da saúde mental; praticando exercícios físicos; mudando os seus hábitos; deixando de frequentar locais e de estar com pessoas que têm o mesmo problema e que não consegue estabelecer uma vida mais saudável. Então, a dependência química não tem cura, mas tem tratamento, tem manutenção e é possível viver com essa doença, mas para isso é preciso que a pessoa compreenda a partir deste ponto de vista. Muitas vezes, no senso comum, as pessoas trazem a dependência como falta de força de vontade, de sem-vergonhice – na linguagem mais popular – marginalizando a pessoa que faz uso da substância e que adoeceu por isso. Então é importante olhar por este âmbito de saúde, e de saúde mental. E a pessoa que faz uso sofre muito por isso, ela também tem o desejo de parar, também não quer mais fazer aquilo porque entende que faz mal. Mas, com o adoecimento da saúde mental, nem sempre ela vai conseguir sozinha buscar os meios para a manutenção do tratamento. Então é importante acolher essa visão sobre a dependência química e parar de marginalizá-la como algo que depende única e exclusivamente dessa pessoa, como se sem nenhuma rede de apoio ou algum tipo de tratamento, ela conseguisse dar conta.

Qual a faixa etária mais afetada pela dependência química?

Quando pensamos em nível de pesquisa, olhando sempre para os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a faixa etária mais afetada é dos 15 aos 64 anos. O relatório da OMS mostra que houve um aumento de 284 milhões de pessoas nesta faixa etária que estão consumindo álcool e outras drogas. Essa pesquisa é do ano 2022, então mostra como aumentou o consumo de álcool e outras drogas no período pandêmico.

Então, toda esta faixa etária é sempre muito afetada. Começa na adolescência e óbvio que vai ser nocivo e prejudicial na fase jovem/adulto, até mesmo chegando na fase da maioridade. No Brasil, a partir dos 60 anos, é considerado já como pessoa idosa. E hoje também está aumentando, de uma forma assustadora, o uso de drogas pelo público idoso, que compete uma fase da vida onde se está mais sozinho, de aposentadoria; o idoso não conseguem se ressignificar neste momento da vida, os filhos estão distantes, perde seu companheiro. Então este também é um recorte do uso de drogas que está sendo estudado em vista de um melhor atendimento para este público específico também.

Portanto, todas as fases são afetadas e fica difícil determinar uma única faixa etária que mais esteja sendo afetada pela dependência química.

Como funciona o trabalho de recuperação da dependência química nas casas da Copiosa Redenção?

Em nossas comunidades terapêuticas, nós acolhemos o dependente que vem encaminhado, por vezes, pelo CAPS Álcool e Drogas ou pelo Serviço de Saúde. É a Assistência Social que faz o encaminhamento.

Quando chega na comunidade, essas pessoas são avaliadas. Faz-se uma triagem para ver se realmente o modelo de tratamento que nós oferecemos é adequado a essa pessoa que está procurando tratamento. E o tratamento em si, dentro de nossas casas, funciona em etapas, em fases, como chamamos.

Na primeira fase do tratamento, a pessoa vai conhecer o ambiente, as regras e a metodologia da casa. Então ela vai entendendo, nesse primeiro momento do tratamento, que ela tem uma doença, que é a dependência química; o quanto isso afetou a sua vida, a sua saúde e as suas relações, para compreender o quanto elas precisam deste lugar como um espaço de recuperação. Então, a primeira fase do tratamento é justamente para a pessoa compreender que ela precisa dessa ajuda.

A segunda fase do tratamento trabalha mais as questões individuais e históricas da pessoa. Trabalhamos a sua autobiografia, ajudando ela a se buscar novamente na sua própria identidade; a entender na sua vida onde é que ela foi se desorganizando, onde o álcool e as drogas entraram e ocuparam um papel na sua vida e assim adoecendo; o porquê que ela precisou ficar tão alienada todo esse tempo da sua realidade, talvez para mascarar um trauma, algo mais profundo que aconteceu na sua vida, ou pelo próprio funcionamento da sua família, muitas vezes doente. Enfim, a segunda fase ajuda a pessoa a compreender o seu funcionamento, da sua família, de toda dinâmica adoecedora do seu lar. Ela tem essa característica de ajudar a pessoa a se auto compreender, com um método específico, que é a autobiografia, a autoavaliação.

E a terceira fase é a reinserção social. Sabendo e ressignificando tudo isso, nesse processo de tratamento, a reinserção social convida a voltar ao convívio familiar, social, ao trabalho e tentar levar a vida de uma forma saudável, fora desse lugar de proteção que é a comunidade terapêutica. Então a reinserção social também é acompanhada para potencializar e ajudar o dependente químico a se encontrar também diante das dificuldades que a vida o oferece, seja no trabalho, na família, enfim, a lidar consigo mesmo nesse espaço, entendendo que ele ou ela sempre vai estar num processo de recuperação. Que é um processo que não tem fim, que não tem cura, mas tem manutenção. E aí a reinserção social vai justamente ajudar essa pessoa a fazer a manutenção da sua sobriedade, a ter um estilo de vida mais saudável, a conviver com a sua própria identidade; isso tudo é saudável porque ela nem sempre foi doente. Ajuda a pessoa a se conectar a essa nova forma de viver sem a droga e sem o álcool.

Quem são os profissionais que compõem as equipes de tratamento?

Nós contamos com uma equipe mínima de psicólogo, psiquiatra, assistente social, administrativo e educador social. E tem as Irmãs, que também desempenham esse papel de educadora social, ou de coordenadora, de diretora.

E o nosso programa tem um tempo mínimo de 9 meses e tempo máximo de 12 meses.  A partir de 12 meses não se mantém em acolhimento, em comunidade terapêutica, porque hoje temos uma legislação sobre a saúde mental que diz que o acolhido por mais de 12 meses em uma instituição está sendo institucionalizado. Então esse é um cuidado que precisamos ter.

A quem o trabalho de recuperação da Copiosa Redenção é destinado?

Atendemos pessoas de 18 a 59 anos de idade com dependência química. Nós também avaliamos a condição da pessoa porque, por vezes, a dependência química interage com outras comorbidades de saúde mental. Então é necessário sempre uma avaliação para entender se dentro dessas comorbidades de saúde mental a pessoa tem condições para o tipo de tratamento que nós oferecemos, que é a longo prazo, e que, às vezes, não atende todas as necessidades, se houver uma comorbidade mais grave. 

Qual o papel da família no processo de recuperação?

É fundamental! Embora muitas vezes a família chegue até nós muito fragilizada, vulnerável, cansada, o seu papel é muito importante em todo o processo. O dependente químico precisa de ajuda do espaço técnico e profissional dentro de uma instituição, seja o CAPS, o hospital para fazer uma desintoxicação ou a comunidade terapêutica, mas ele precisa também de uma rede de apoio. E a rede de apoio mais próxima da pessoa geralmente é a família. Então a família tem o papel de motivar, de acolher. E ela também precisa entender esse processo que é o adoecimento, porque a família também adoece diante dessa realidade da dependência química, ela também fica fragilizada e acaba sendo um fator de risco para o dependente. E quando a família não entende a dependência como uma doença, ela facilita o dinheiro ou coisas que acabam promovendo o uso do álcool e da droga. Além disso, às vezes, o funcionamento da família está tão adoecido que precisa de um cuidado, de um olhar, de uma atenção. Então a família precisa estar envolvida no processo de recuperação. Nos nossos espaços de comunidade terapêutica, nós também trabalhamos com a família, atendendo, levando formação; abrimos espaço para que a família também possa ser escutada e para que ela tenha um espaço de fala, de compreensão e de entender tudo o que está acontecendo.

Qual a importância da espiritualidade no processo de recuperação da dependência química?

É interessante a gente sempre pensar que o ser humano tem várias partes dentro de si: o espiritual, o físico, o mental. E é preciso cuidar de cada uma dessas partes. Então a espiritualidade, dentro do processo de recuperação, ajuda a pessoa a se ressignificar como um ser humano, como um filho de Deus, como alguém que também tem um poder superior que olha e zela por ele. Então, dentro das nossas comunidades, nós oferecemos espaço de espiritualidade. Mas eu gosto sempre de pontuar que espiritualidade é diferente de religiosidade, nós não oferecemos doutrina, não catequizamos as pessoas. Mas oferecemos momentos em que ela possa se conectar com esse ser superior. E isso pode acontecer através de uma música, de um momento de partilha, de leitura, e pode sim ser através da Missa. Enfim, tem essa oferta para que a pessoa possa transcender, porque a espiritualidade tem uma potência na recuperação. E é muito interessante o retorno que nós temos das acolhidas, quando perguntamos sobre o seu processo dentro da comunidade. Algumas dizem: “me devolveu a sanidade”; “me devolveu a espiritualidade”; “aqui eu pude me reencontrar com Deus”; “aqui eu pude fazer as pazes comigo”. Então a espiritualidade é um ponto importante a ser trabalhado dentro de um processo de recuperação da dependência química.

Enfim…

Quer ter uma prova de que é possível ser liberto das drogas? Então veja essa playlist com testemunho de homens e mulheres que disseram não às drogas e se permitiram uma vida nova.

Assista aqui: Sou um jovem liberto das drogas!

Comunidade Terapêutica celebra 11 anos de fundação

CT Monsenhor Gabriel Mercol está localizada em Presidente Médici/RO

A Comunidade Terapêutica Monsenhor Gabriel Mercol comemorou, no último dia 26 de agosto, seus 11 anos de fundação.

Com capacidade para acolher cerca de 25 mulheres adultas com transtornos decorrentes do uso de substancias psicoativas, a CT está localizada na cidade de Presidente Médici, no estado de Rondônia.

O aniversário contou com a presença dos Irmãos e das Irmãs da Copiosa Redenção, bem como, das acolhidas e dos colaboradores da comunidade.

Para a Irmã Bruna Veras, CR – religiosa que chegou a menos de um ano da CT, celebrar este aniversário de 11 anos é uma grande alegria: “estar nesta cidade de Presidente Médici, RO, celebrando o aniversário de nossa comunidade é sinônimo de alegria. Esta comunidade é muito querida por todos que aqui vivem, e também, pelo pessoal da nossa região. É muito bom ver os frutos que a Copiosa Redenção traz para este lugar, diariamente, junto as nossas acolhidas, fazendo o processo terapêutico.” – Diz.

Conheça mais sobre a Comunidade acessando aqui.

Educação dos filhos: prevenir é melhor que remediar

É dever dos pais a educação dos filhos para seguirem uma vida plena. Desse modo, prevenindo o contato com drogas e outras coisas do mundo que não constroem uma sociedade justa e saudável. Quando os filhos se sentem amados, respeitados e valorizados, eles automaticamente criam uma relação confortável com os pais e crescem seguros de si. 

As crianças de hoje em dia estão cada vez mais desenvolvidas precocemente devido a alta carga de informação, ao qual são expostas diariamente., Portanto, a melhor maneira de prevenir o contato delas com experiências com drogas, bebidas, sexo livre, entre outros, é através de conversas francas com os filhos, evitando que tais perigos  façam parte de suas vidas.

Mas como fazer isso? Aqui vão cinco dicas para os pais:

Comece a debater o mais cedo possível

Quando a discussão desse tema começa cedo, os pais mostram aos filhos que sempre serão uma fonte de informações sobre os assuntos mais importantes e que estão atentos e disponíveis a qualquer momento para conversar. Assim, eles sentem-se confortáveis e com liberdade para se abrir para qualquer assunto.

Começar a conversar cedo não significa que você precise discutir todos os detalhes da dependência química com seu filho pequeno. A conversa precisa ser adequada à idade que seu filho tem.

A diretora de serviços de prevenção do Conselho da Grande Orleans para o Combate ao Abuso de Álcool e Drogas, Lindsey Prevost, diz que é preciso conversar com as crianças, ainda na idade pré-escolar, destacando sobre o assunto. “O importante é que essa é uma conversa que precisa começar muito tempo antes de qualquer criança ser exposta a substâncias em seu círculo de amigos e colegas”.  – conclui

Trace conexões com coisas que os filhos entendam

Use uma metáfora para explicar o conceito de dependência ou abuso de drogas às crianças menores. Deixando a conversa de um modo que eles possam entender.

John Sovec, terapeuta do estado da Califórnia e especialista em saúde mental e prevenção em dependência química, dá um exemplo simples e aparentemente bobo de ‘ o prato de cookies na mesa’:

“Algumas pessoas podem comer um cookie e estarem satisfeitas, mas outras pessoas querem devorar o prato inteiro de cookies – elas não conseguem se conter. Depois de comer o prato inteiro de cookies, elas se sentem mal. Esse exemplo é mais próximo da experiência de vida das crianças, então é mais facilmente compreensível.” – conclui.

Leia também Sou um jovem liberto das drogas

Não use o medo como tática na educação dos filhos

Você não deve criar histórias para deixar seu filho com medo, esta tática pode não  funcionar. Criando isso, os pais só afastam os filhos e acabam estragando a relação confortável que eles possuem. Frise sempre a frase “Eu estarei ao seu lado sempre”.

É importante que os pais sempre digam a seus filhos que quando uma pessoa é viciada, não quer dizer que ela é uma pessoa má, quer dizer que ela está doente e precisa de ajuda. A dependência química é uma doença, mas com apoio e auxílio elas podem melhorar. Os pais devem deixar claro que apoiam os filhos em qualquer situação.  

4 comunidades católicas que ajuda dependentes químicos

Deus nos chama a ser propagadores de sua Boa Nova. Seja através das Suas palavras ou de suas ações. Nós somos chamados para a missão e, como Igreja, devemos despertar nos corações das pessoas a consciência de olhar para aqueles que estão à margem de nossa sociedade.

A Igreja Católica é muito acolhedora e mantém muitas instituições pelo mundo, desde institutos de educação, de beneficência e assistência. São mais de 100 mil espalhadas em todo o mundo. É por vontade de Deus que nós vivenciamos a caridade e que sejamos uma ponte entre o abismo e a vida nova.

Os Institutos de beneficência e assistência administrados pela Igreja incluem:

  • 5.034 hospitais com as presenças maiores na América e África;
  • 16.627 dispensários, na maior parte na África, América e Ásia;
  • 611 leprosários distribuídos principalmente na Ásia e África;
  • 15.518 casas para idosos, doentes crônicos e deficientes, na maior parte na Europa e América;
  • 9.770 orfanatos na maior parte na Ásia;
  • 12.082 jardins de infância com maior número na Ásia e América;
  • 14.391 consultórios matrimoniais, na maior parte na América e Europa;
  • 3.896 centros de educação e reeducação social;
  • 38.256 instituições de outro tipo.

No Brasil, assim como nós, Copiosa Redenção, outras instituições religiosas trabalham para mudar a vida de irmãos e irmãs que se encontram no mundo da dependência química. Conheçam algumas delas:

1) Comunidade Bethânia

Fundada pelo Padre Leo após perceber o número expressivo de casos de pessoas dependentes químicas, o sacerdote sentiu em seu coração, proporcionar a essas pessoas, um lugar onde elas pudessem viver de um novo jeito, saudáveis e plenas. O lema da comunidade é “acolher cada pessoa que vem até a instituição como acolheríamos o próprio Jesus” e possui casas nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. A comunidade é sustentada pela generosidade das pessoas e não utiliza medicamentos para o tratamento, por isso a instituição não é considerada uma comunidade terapêutica. Para saber mais detalhes sobre a Comunidade Bethânia, clique aqui.

2) Fazenda da Esperança

Atuante desde 1983, a Fazenda da Esperança é a comunidade terapêutica que ajuda dependentes de álcool e drogas, a se libertarem dos vícios através de processos que contemplam o trabalho, a convivência familiar e a espiritualidade, transformado a dor em alegria. Possui casas espalhadas pelo país e pelo mundo, através da identificação do carisma da Fazenda que busca levar a Esperança, Jesus Cristo, ao maior número de jovens do mundo inteiro. Conheça mais sobre a Fazenda Esperança, acessando este site.

3) Comunidade Católica Maranathá

Localizada no Rio de Janeiro, a comunidade terapêutica acolhe dependentes químicos e alcoólatras de ambos os sexos, na faixa etária dos 18 a 59 anos. Com dinâmicas apropriadas para cada acolhido, a casa propõe atividades religiosas e psíquicas, que ajudam durante o tratamento dentro da comunidade. Para saber mais sobre a instituição, acesse este link.

4) Comunidade Reviver

Fundada em 1990, a comunidade tem como carisma a Cura e a Libertação pelo poder do Espírito Santo. Com casas espalhadas por Minas Gerais, a comunidade acolhe dependentes químicos com atendimentos psíquicos e religiosos. Você pode saber mais detalhes acessando o site da instituição.

Sou um jovem liberto das drogas

As drogas facilmente podem destruir vidas e famílias. Mas, acredite: é possível ser liberto das drogas! É possível ajudar alguém a se libertar desse vício!

Cada vez que temos notícias de pessoas que se envolveram com drogas, seja na família, um amigo ou conhecido, o sentimento, muitas vezes, é de impotência. Afinal, essa realidade é assustadora. Porém, sempre há uma saída.

O consumo de drogas no Brasil

Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, concluída em 2017, revela que mais de 3,5 milhões de brasileiros consumiram drogas ilícitas em período recente. Dos entrevistados, 208 mil assumiram que usaram crack nos 30 dias anteriores ao levantamento.

Os dados também apontam que 9,9% dos brasileiros disseram ter experimentado drogas ilícitas uma vez.

A pesquisa ainda revela que 7,7% da população consumiu maconha, haxixe ou skank, 3,1%, cocaína, 2,8%, solventes e 0,9%, crack.

Além de drogas ilícitas, o estudo também coletou informações sobre o consumo de álcool. Entre os participantes, 16,5% afirmaram extrapolar na dosagem. Em média, os homens relataram consumir numa única ocasião cinco doses ou mais de bebidas; enquanto que entre as mulheres, quatro doses ou mais.

O primeiro semestre de 2020 bateu um recorde de apreensões de drogas no Brasil. Os dados são do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo um relatório, de janeiro a junho, as polícias estaduais, Federal e Rodoviária Federal, juntas, apreenderam 1,2 mil toneladas de maconha e 92,5 toneladas de cocaína.

Liberto das drogas

Ser liberto das drogas é processo que exige tempo e perseverança. Não apenas do usuário, mas também dos familiares. O grande diferencial está em acreditar que é possível, sim, ser liberto das drogas. Há anos, a Copiosa Redenção vem desenvolvendo um lindo e intenso trabalho de recuperação de usuário. Um trabalho que tem alcançado muitas vidas e transformado famílias. 

Quer ter uma prova de que é possível ser liberto das drogas? Então veja essa playlist com testemunho de homens e mulheres que disseram não às drogas e se permitiram uma vida nova. São depoimentos emocionantes que ajudam a fortalecer nossa fé de que tudo pode ser alcançado quando se tem perseverança e força de vontade. Vale muito a pena conferir!

Testemunhos de quem foi liberto das drogas

A Rosélia, de Palmeira – PR,  é uma das atendidas pela Copiosa Redenção na Comunidade Terapêutica Rosa Mística, de Ponta Grossa – PR. Veja o testemunho da sua vitória!

A Lais, do Estado de Rondônia, venceu o vício das drogas na Comunidade Terapêutica Mons Gabriel Mercol, em Presidente Medici – RO. Ela conta que essa Casa da Copiosa Redenção, onde fez seu tratamento, foi a melhor casa por onde ela poderia ter passado. 

Sóbria há 11 meses, a Márcia fez seu tratamento na Comunidade Terapêutica Lar Dom Bosco, em Campo Mourão – PR. Ela destaca que o acompanhamento espiritual que teve no Lar foi o diferencial para a sua vida!

Da cidade de Santa Maria – RS, a Ana Luíza foi atendida na Comunidade Terapêutica Antônio e Maria, em São Sepé, no mesmo Estado. Ela conta o estrago que as drogas fizeram na sua vida até ser liberta.

Ela está sóbria há 14 anos! A vitória da Roberta foi alcançada na Comunidade Terapêutica Marta e Maria, na cidade de Porto Alegre – RS. Ela conta como a Comunidade apresentou a ela uma nova maneira de vida.

A Andreia conta que começou a beber ainda na infância. Sua vida tinha tudo para acabar de forma trágica, mas ela foi acolhida na Comunidade Terapêutica Rosa Mística. Acompanhe essa história emocionante!

Leonardo é um dos atendidos do  Centro Terapêutico Padre Wilton. Ele conta sua história com as drogas na juventude e depois, já tendo uma família, como foi difícil assumir que era usuário. Ele conta que encontrou na Comunidade uma família para toda a vida!

Atendida no Centro Terapêutico Lar Dom Bosco, a Joice testemunha com alegria seus 7 anos de sobriedade, depois de uma vida difícil, cujo pai e mãe também sofriam com os vícios.

Ela começou com o vício do cigarro e não demorou para chegar às outras drogas. Débora, do Estado do Rio Grande do Sul, recuperou sua dignidade na Comunidade Terapêutica Marta e Maria.

Orleni ficou 24 anos na vida de drogadição, até conhecer a Copiosa Redenção. Ela foi acolhida na Comunidade Terapêutica Mons Gabriel Mercol, em Rondônia. Agradecida pela experiência que teve na Comunidade, ela diz que hoje sua vida é melhor do que ela imaginava que poderia ser.

O vício fez um estrago muito grande na vida de Daniele, do Rio Grande do Sul, mas a Comunidade Terapêutica Antônio e Maria a ajudou a encontrar um sentido para a sua vida. Acompanhe esse relato!

A Roberta, de Porto Alegre, começou sua história com o vício aos 11 anos. Teve muitas experiências negativas, até que foi acolhida na Comunidade Terapêutica Marta e Maria. Há 14 anos ela está sóbria!  

Mães que intercedem pelos filhos alcançam graças

Boa parte das mães que intercedem pelos seus filhos, têm como objetivo, abençoar e curar. Esta importância da intercessão é um grande gesto de amor e carinho. E como dizemos: “a fé move montanhas”, isto significa que não há nada impossível para aquele que confia com coração sincero, como os das mães, para Deus.

Somente os pais têm esta graça de autoridade espiritual sobre os seus filhos. Ser mãe é ver brotar uma vocação, e gerar uma vida que aceite o dom divino.

Na Bíblia, assim como no anúncio do anjo a Maria, de que ela seria mãe do Salvador, o anjo disse: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus”. (Lc 1, 30) Essa frase também deve acontecer em nossa vida diante da maternidade espiritual. A dependência química têm sido um dos problemas que muitos pais têm sofrido com seus filhos.

Carta apostólica fala sobre a maternidade segundo o espírito

Uma carta apostólica intitulada Mulieris Dignitatem de João Paulo II ressalta que: 

“A virgindade no sentido evangélico comporta a renúncia ao matrimônio e, por conseguinte, também à maternidade física. Todavia, a renúncia a este tipo de maternidade, que pode também comportar um grande sacrifício para o coração da mulher, abre para a experiência de uma maternidade de sentido diverso: a maternidade « segundo o espírito » (cf. Rm 8,4).

A virgindade, de fato, não priva a mulher das suas prerrogativas. A maternidade espiritual reveste-se de múltiplas formas. Na vida das mulheres consagradas que vivem, por exemplo, segundo o carisma e as regras dos diversos Institutos de caráter apostólico, ela poderá exprimir-se como solicitude pelos homens, especialmente pelos mais necessitados: os doentes, os deficientes físicos, os abandonados, os órfãos, os idosos, as crianças, a juventude, os encarcerados, e, em geral, os marginalizados.

Uma mulher consagrada reencontra desse modo o Esposo, diverso e único em todos e em cada um, de acordo com as suas próprias palavras: « tudo o que fizestes a um destes … a mim o fizestes » (Mt 25,40).O amor esponsal comporta sempre uma singular disponibilidade para ser efundido sobre quantos se encontram no raio da sua ação.

No matrimônio, esta disponibilidade, embora aberta a todos, consiste particularmente no amor que os pais dedicam aos filhos. Portanto, mães que intercedem pelos filhos fazem da vida da família uma benção. Na virgindade, tal disponibilidade está aberta a todos os homens, abraçados pelo amor de Cristo esposo.”

Leia também 5 fatos sobre o poder da intercessão

Rezar pelo próximo simboliza o amor

As mães, ao rezarem pelos seus filhos, estão trilhando com eles um caminho de conversão, de vida nova e de esperança. Mães, rezem pelos filhos! A oração é a forma mais rápida de intimidade com o Senhor. Ele se alegra ao ver as mães de todo o mundo rezar pelos seus filhos, pois somente Ele é capaz de sentir a verdadeira intenção do amor que uma mãe tem pelos seus. 

Quais orações as mães que intercedem pelos filhos rezam?

Muitas mães dizem não saber o que rezar para os seus filhos ou como rezar. A dica é: Só reze! A oração quando feita com sinceridade tem mais força. Fale aquilo que toca o seu coração, mas não se esqueça também de fazer as orações normais, aquelas cotidianas como o Pai-Nosso, Ave Maria, Santo Anjo ou meditar os mistérios do terço. Quando a oração é feita de coração humilde, sincero e com fé, as graças do Senhor chegam com intensidade em nossa vida.

Dependência química: O que isso tem a ver comigo?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a dependência química como uma doença e também um problema social. Sendo assim, essa realidade é entendida como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de determinadas substâncias.

A dependência pode ser de uma substância psicoativa específica (como o fumo, álcool ou cocaína), as psicoativas (como opiáceas, que são drogas prescritas para o tratamento de uma dor, como por exemplo, a morfina) ou até de um conjunto de substâncias farmacologicamente diferentes. Desse modo, como qualquer outro problema de saúde, o suporte da família e amigos é essencial para enfrentar o tratamento.

É através deste suporte, que o dependente alcança forças e percebe que por mais difícil está sendo, ele tem com quem contar.

Veja algumas dicas:

O primeiro passo: Acolha! 

O acolhimento é fundamental no apoio às pessoas que enfrentam essa dificuldade. Dependência química tem tratamento! Você deve ter empatia, entender o que se passa com o outro e mostrar que está disposto a ajudá-lo. Além disso, dê a sugestão de uma ajuda médica, para que a melhora seja ainda mais eficaz, diminuindo o risco de recaídas.

Não agrida (verbal ou fisicamente) ou julgue esta pessoa

Essa postura deve ser evitada por quem se dispõe a ajudar, afinal, você quer que esta pessoa tenha uma melhora. Lidar com o dependente químico requer muita dedicação e paciência. O tratamento requer força de vontade (tanto do paciente quanto dos familiares e amigos). Então, não desista do seu ente querido ou amigo. Seu apoio é essencial para ele.

Leia também A oração nas famílias com dependência química

Ajude a pessoa a procurar auxílio especializado 

O mais importante para ajudar uma pessoa com dependência química é aliar o amparo espiritual com o tratamento médico. O uso da espiritualidade já foi comprovado, através de pesquisas, que auxilia no tratamento de um dependente.

Pratique e incentive a pessoa a orar 

Buscar alimentar o espírito, mentalizando coisas boas e buscando sair desse quadro favorece muito o tratamento. Incentivar a leitura também é uma opção de entretenimento ao dependente, que muitas vezes, se sente sozinho ou indisposto a fazer alguma atividade – seja ela física ou atividades em grupo. 

Não utilize drogas lícitas perto de dependentes ou recuperados 

A família e os amigos devem ter a consciência que o tratamento que um dependente realiza, provém de muitos desafios e conquistas. Comemore o final desta etapa, entretanto, sem o uso de drogas lícitas que possam aguçar o desejo. 

Teve uma recaída. E agora? 

Toda etapa do tratamento requer muita força de vontade. A recaída infelizmente acontece, entretanto, as pessoas que vivem próximas ao dependente não devem julgá-lo ou criticá-lo. Todo cristão deve estender a mão, mesmo que mais de uma vez e neste caso, você deve acolher a pessoa que teve a recaída e buscar a comunidade em que ela realizou o tratamento.
Nós da Copiosa Redenção trabalhamos em prol dos dependentes. Se você conhece alguém que precisa de ajuda, entre em contato com uma de nossas casas de recuperação.  Estamos aqui para te ajudar!

Qual o trabalho da Congregação Copiosa Redenção?

A Copiosa Redenção surgiu do amor de Deus. Em 1987, nosso fundador, Padre Wilton Moraes Lopes sentiu uma inquietação por um chamado D’Ele, entretanto não possuía nenhum entendimento sobre aquilo.

Foi quando ao ministrar uma oração de cura e libertação para um grupo de jovens em Vitória/ES, uma jovem aproximou-se de Jesus no Santíssimo Sacramento e depositou um pacote de drogas no altar. Foi ali, neste momento, que a voz do Senhor ecoou nos ouvidos de Padre Wilton: “O trabalho que eu quero de você é este: a recuperação de jovens dependentes. Eu os amo e é preciso que alguém anuncie e leve a minha redenção à vida deles”.  Neste momento, se deram os passos iniciais para concretizar aquilo que era a vontade de Deus: a fundação de uma obra. 

A Congregação nasceu da adoração e é através da adoração que vivemos. Segundo nosso Carisma, que rege toda a comunidade – caso a adoração seja um dia deixada de lado, a nossa Congregação perderá a força. Adorar e trabalhar, orar e agir são duas metas que se encontram no Coração do Senhor, fonte de toda Redenção. Outro ponto do nosso carisma é a conversão.

É através dela que alcançamos melhores graças para que a Copiosa Redenção se realize. Nós somos chamados para esse desafio: trabalhar para aqueles que estão a margem da sociedade. 

Nossas casas, espalhadas pelo país, possuem trabalhos voltados para a recuperação de dependentes tanto do ramo masculino, quanto feminino. Além disso, a Copiosa Redenção recebe vocacionados, que buscam entregar-se de alguma maneira por inteiro ao Senhor.

Em cada localidade, a Copiosa Redenção realiza uma atividade: seja pastoral ou de recuperação. Nossa missão é levar o nome de Cristo para aqueles que ainda não O conheceram. 

Comunidades Terapêuticas da Copiosa: como elas funcionam?

As comunidades terapêuticas da Copiosa Redenção possuem um plano terapêutico que aplica-se em todas as casas da congregação que acolhem os dependentes, este considerado um dos melhores do Brasil. O plano desenvolve-se tendo como base a teoria de Georg De Leon, além da experiência das Irmãs ao longo dos anos.

Entretanto, o plano terapêutico realiza-se conforme a necessidade de cada acolhido. Desse modo, antes de entrar em nossa comunidade, a pessoa que busca ajuda passa por uma triagem, se aprovada, profissionais da saúde, juntamente com as pessoas que trabalham na comunidade – elaboram um plano terapêutico para aquele acolhido (a).  

Leia também Conheça as formas de colaborar com a Copiosa Redenção

Casas de acolhimentos: o que os acolhidos fazem ordinariamente, como são recebidos, qual o período mínimo e máximo que podem permanecer?

Cada comunidade possui seus afazeres. Entretanto, os acolhidos da Copiosa Redenção possuem um diferencial. Há dentro das comunidades atendimentos em grupo onde em cada reunião, o acolhido expressa seus sentimentos. Além disso, há também um momento individual, Plano de atendimento singular, onde a pessoa fala sobre suas atividades dentro do plano terapêutico.

Para o acolhido, é feito algum investimento por parte da família ou a missão é sustentada por doações?

O investimento por parte da família depende daquilo que é possível. Por isso que durante a triagem, é possível verificar se a pessoa está apta para comunidade terapêutica ou se ela pode realizar o tratamento em clínicas especializadas. As doações são de grande importância para as comunidades, mas o investimento familiar auxilia e muito para manter um acolhido dentro da CT.

Venha conhecer mais sobre nossa Congregação, você pode visitar uma de nossas casas e conferir melhor sobre nosso trabalho. Confira nossos endereço, acessando esse link

5 formas de ajudar uma pessoa  a sair das drogas

Ver um amigo, filho ou alguém da família submergir na dependência química é devastador. Para ajudá-lo a sair das drogas, é preciso intervir assim que o problema for percebido. A luta contra essas substâncias é ferrenha e exige muito empenho, tanto do dependente quanto dos que estão à sua volta.

Para você que hoje se pergunta: “De que maneira posso ajudar uma pessoa querida a sair das drogas?”, apresentamos 5 formas que irão te amparar neste árduo processo.

1. Esteja próximo

O diálogo é um instrumento de grande importância e eficácia. Converse muito com o dependente. Porém, não discuta com ele, não dê sermão, não faça julgamentos. Seja acolhedor, mostre-se interessado no seu bem estar e na sua saúde.

É provável que a pessoa coloque-se na defensiva quando você abordar o assunto das drogas pela primeira vez, mas seja persistente, procure sempre uma oportunidade para uma conversa franca. Fale abertamente com ele. Procure respostas para as perguntas: 

  • Como foi que a dependência começou? 
  • Quais drogas estão sendo usadas? 
  • Qual o grau de dependência? 
  • O que o levou ao vício?

Talvez ele não perceba a droga e o álcool como algo destruidor, por isso pesquise e compartilhe com essa pessoa informações científicas sobre os malefícios dessas substâncias para o cérebro, o corpo, a vida social e os relacionamentos. É provável que essas informações chamem a atenção do dependente fazendo com que ele perceba  que se encontra num caminho de destruição e, finalmente, decida pedir ajuda.

Quanto mais essa pessoa estiver cercada daqueles que o amam e querem o seu bem, mais apoio ele terá para seguir firme no seu objetivo de sair das drogas.

 2. Crie uma rede de apoio 

Toda ajuda é bem vinda! Quanto mais essa pessoa estiver cercada daqueles que o amam e querem o seu bem, mais apoio ele terá para seguir firme no seu objetivo de sair das drogas.

Além da família, amigos de infância, da Igreja, da faculdade ou do cursinho, podem ajudá-lo  a buscar meios de se divertir e extravasar sua energia com programas que não incluam bebidas e drogas. Essa rede de afetividade o ajudará a manter-se afastado também das “amizades” que alimentam o seu vício.

Conheça os malefícios causados pela maconha. Baixe o Infográfico – O efeito da maconha no organismo

3. Estabeleça rotinas que evitem a ociosidade

Neste processo de afastamento das drogas ou da bebida é preciso que o dependente mantenha sua mente constantemente ocupada. O tempo ocioso é uma porta escancarada para o retorno às drogas, principalmente nos momentos de ansiedade causados pela abstinência desses substâncias químicas.

Os momentos de crise de abstinência são os mais difíceis. Seu corpo vai implorar pelas substâncias químicas e ele precisa manter seu foco em sair das drogas. Por isso, quanto mais sua rotina estiver ocupada, mais chances ele tem de superar esses momentos, concentrando-se no seu objetivo. Os estudos, a prática de esportes, o lazer e o trabalho são fundamentais para ajudar neste processo.

 4. Procure uma comunidade terapêutica

A dependência química é uma doença de ordem fisiológica, neurológica e psicológica, por isso exige acompanhamento médico. Tratamento com homeopatia e acupuntura também podem potencializar a recuperação do indivíduo.

Uma comunidade terapêutica, ou uma clínica de recuperação, reúne esses tratamentos, por isso pode ser de grande ajuda.  A internação não deve ser encarada, no entanto, como um castigo para o dependente, mas como uma oportunidade de recomeço. A clínica de recuperação afasta o dependente do seu ambiente habitual e de pessoas que o influenciam negativamente, oferece o tratamento adequado e a oportunidade de se fortalecer interiormente e emocionalmente para combater o vício.

5. Cultive a espiritualidade como recurso para sair das drogas 

A espiritualidade e a religião são imprescindíveis para o reequilíbrio, auxiliando muito no processo de recuperação. As comunidades terapêuticas, além de oferecer o auxílio técnico necessário, como às clínica de recuperação, procuram trabalhar a espiritualidade dos seus internos.

A fé, segundo pesquisas da Harvard e Royal College of Psychiatrists, é fundamental para a recuperação do paciente, seja qual for a doença, pois faz com que a pessoa acredite na sua recuperação. No caso de um dependente químico, a fé ajuda a controlar a ansiedade.  

A espiritualidade age como uma força que ocasiona mudanças no interior do ser humano. A pessoa passa a olhar para dentro de si buscando o autoconhecimento, o que estabiliza suas emoções, ajuda-o a encontrar um novo sentido para sua vida e a reconhecer os mistérios que cercam nossa existência.

A espiritualidade age como uma força que ocasiona mudanças no interior do ser humano. 

Por meio da espiritualidade o jovem tem seu encontro com Deus, em quem passa a confiar. Buscar a ajuda divina ajuda o dependente a ter forças para superar as dificuldades do processo de desintoxicação.

Além do tratamento, o que a pessoa precisa neste processo de desintoxicação é de compreensão e amor. Sentir-se amada e querida dará a ela forças para superar os obstáculos que ela encontrará em seu caminho. Portanto, para ajudar uma pessoa a sair das drogas dê a ela atenção e muito amor. Enquanto ela estiver em tratamento procure visitá-la sempre que possível para que ela não se sinta abandonada, mas, sim, amparada. 

Não fique distante dos seus amigos ou ente queridos próximos que passam por esse tipo de dificuldade. Ainda que muitas tenham sido as tentativas, saiba porque não perder as esperanças com nosso blog post Usuário de drogas: Por que não podemos desacreditá-lo