Papa Francisco publica exortação apostólica dedicada a Santa Teresinha do Menino Jesus

Só a confiança e nada mais do que a confiança tem de conduzir-nos ao Amor”. A essas palavras, escritas em setembro de 1896 por Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face, se inspira o título da Exortação Apostólica que o Papa Francisco dedica à santa de Lisieux: “C’est la confiance” (Só a confiança). Palavras que, segundo ele, “sintetizam a genialidade da sua espiritualidade e seriam suficientes para justificar o facto de ter sido declarada Doutora da Igreja” (2).

Uma mensagem que faz parte do tesouro espiritual da Igreja

Francisco explica a escolha de publicar a Exortação neste domingo, 15 de outubro, e não em uma data ligada à vida da Santa conhecida e amada em todo o mundo, mesmo pelos não crentes. O motivo é o desejo de que “a mensagem se situe além das ocorrências e seja assumida como parte do tesouro espiritual da Igreja” (4). A data da publicação cai, porém, na memória de Santa Teresa de Ávila para indicar Santa Teresinha como “fruto maduro” da espiritualidade da grande santa espanhola.

Os reconhecimentos dos Pontífices

O Papa Francisco reconstitui as etapas do reconhecimento do extraordinário valor do testemunho espiritual de Teresinha através das ações dos Pontífices: começando com o Papa Leão XIII, que permitiu que ela entrasse no convento aos 15 anos; passando por Pio XI, que a proclamou santa em 1925 e, em 1927, padroeira das missões; até São João Paulo II, que a declarou Doutora da Igreja em 1997. “Por fim”, lembra Francisco, “tive eu a alegria de canonizar os seus pais Luís e Célia durante o Sínodo da família e, recentemente, dediquei-lhe uma Catequese” (6).

O amor por Jesus de uma alma missionária

Em sua cela, a Santa de Lisieux havia escrito: “Jesus é o meu único amor” (8) e, analisando sua experiência espiritual, o Papa observa que o encontro com Jesus “a chamava para a missão”, tanto que não concebia “a sua consagração a Deus sem a busca do bem dos irmãos”.

Ela havia entrado no Carmelo, de fato, “para salvar as almas” (9). Teresinha expressou assim a sua alma missionária: “Estou certa de que quanto mais o fogo do amor abrasar o meu coração, tanto mais (…) as almas que se aproximarem de mim (pobre pedacito de ferro inútil, se me afastasse do braseiro divino), correrão, ligeiras, ao odor dos perfumes do seu Bem-amado, pois uma alma abrasada de amor não pode ficar inativa” (12).

A atualidade do “caminhito”

Aproximando-se da conclusão, o Papa recorda os principais aspectos do seu “caminhito” e sua atualidade. Em uma época marcada pelo fechamento nos próprios interesses, pelo individualismo e pela obsessão do poder, ela nos mostra a beleza de fazer da vida um dom, indica o valor da simplicidade e da pequenez e o primado absoluto do amor “superando uma lógica legalista e moralista que enche a vida cristã de obrigações e preceitos e congela a alegria do Evangelho” (52). A Exortação se encerra com uma breve oração na qual, entre outras coisas, o Papa invoca:

“Amada Santa Teresinha, 

Ajudai-nos a ter sempre confiança,

Como fizestes vós,

No grande amor que Deus tem por nós,

Para podermos imitar cada dia

O vosso caminhito de santidade”.

Com informações: Vatican News

Vocação: 14 leigos fazem a primeira consagração no Carisma da Copiosa Redenção

O último dia 14 de outubro ficará marcado na história da Copiosa Redenção e também na vida de 14 leigos que fizeram a sua primeira consagração no Carisma. A missa aconteceu em Ponta Grossa, na Chácara de Uvaia, e teve também o momento de renovação das promessas dos demais 47 leigos consagrados. Como sinal de sua pertença a Deus e ao Carisma, todos os leigos receberam durante a celebração uma nova Cruz, igual a dos religiosos, para carregarem sobre o peito. Durante a celebração também foi divulgado o novo coordenador dos leigos e sua equipe.

Ser um leigo consagrado na Copiosa Redenção é colaborar com a recuperação dos dependentes do álcool e das drogas através do compromisso com a Adoração ao Santíssimo Sacramento semanalmente, Santa Missa, e vivência dos sacramentos. 

“Somos presença servidora e intercessores, ainda que não estamos trabalhando diretamente nas casas de recuperação, estamos em oração, intercedendo por todos os dependentes filhos da Copiosa, e também pelos padres, pelos irmãos e irmãs que estão à frente dessa obra”, explica a empresária e leiga consagrada há 15 anos, Kassielen Bovo. 

Na história da Congregação, a vivência dos leigos é anterior ao surgimento das irmãs. Porém, a primeira consagração se deu a partir do ano de 2004. O primeiro leigo a se consagrar foi Luciano Samara.

Experiência com o Carisma

Uma característica forte nos leigos consagrados é a marca da dependência química em suas vidas. “Eu desde a minha infância sofria muito por ter um pai doente pelo alcoolismo, sofri muito e mesmo tão pequena, rezava e pedia a Jesus e Nossa Senhora que libertasse meu pai do cigarro e do álcool. Quando conheci a Copiosa, fui entendendo que já nasci com esse carisma e que ela já fazia parte da minha história antes mesmo que eu a conhecesse”, conta Kassielen.

Essa marca também faz parte da vida da Amanda Diman, que fez suas primeiras promessas no último sábado. Para Amanda, a grande graça que recebeu nestes anos de experiência com o Carisma da Copiosa foi a recuperação do seu pai em relação à bebida alcoólica. “É muito raro existir alguma família que não tenha problemas com dependência química. E poder viver esse Carisma de adorar Jesus Eucarístico, em intenção dessas pessoas que tanto sofrem, é realmente uma grande graça”, afirma Amanda que fez sua primeira consagração junto com seu noivo, Júlio Borges de Oliveira.

Para Júlio, que é ex-adicto há 15 anos, a experiência de se consagrar em um Carisma com o chamado da recuperação de pessoas que vivem situação parecida com a que ele já viveu, foi emocionante. “Especialmente por 2 motivos: um deles é que um ex-adicto geralmente não termina o que começa, e isso foi um sinal de algo que iniciei e as promessas (não que seja o fim, porque é o começo) foram um sinal de um início, meio e fim de um vocacional que terminou com as promessas. Segundo, eu chorei muito ao lembrar da caminhada até aquele momento, todos os caminhos espirituais, quedas, vitórias, enfim, foi uma luta espiritual grande dizer esse SIM à Deus de uma forma mais especial”, testemunha.

Caminho vocacional 

Para aqueles que desejam trilhar um caminho vocacional para ser leigo consagrado na Copiosa Redenção, o acompanhamento pode ser feito online ou presencial, inicialmente o candidato é convidado para um primeiro colóquio. Em seguida, se estiver de acordo, será inserido no grupo dos leigos para iniciar o processo de formação de cinco etapas, por no mínimo 2 anos, para depois ser avaliado e admitido para a consagração.

Nova coordenação dos leigos consagrados

Até este ano quem coordenava e acompanhava o caminho vocacional e formativo dos leigos eram as próprias religiosas da Congregação. Porém, a vivência dos leigos na Congregação tem se estruturado aos poucos, atualmente estão no processo de construção dos Estatutos para reconhecimento Pontifício, e um passo muito importante foi a instituição de um coordenador e equipe de leigos. São eles:

Luiz Cláudio Schiebel (coordenador)

Marivalda Zany

Kassielen Bovo

Marley Martins de Oliveira

Antônio Palmeira de Souza

Inaugurado monumento gigante em honra a Nossa Senhora Aparecida

Localizada em Aparecida, SP, a estátua tem 50 metros de altura e está entre os maiores monumentos religiosos do país e do mundo

Às vésperas do dia em que a Igreja celebra a padroeira do Brasil, os devotos ganharam um presentão: foi inaugurada a primeira fase do monumento gigante em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Aparecida, SP.

A escultura é feita em aço, pesa 400 toneladas e tem 50 metros de altura. Esse tamanho coloca o monumento na lista das maiores imagens religiosas do Brasil e do mundo (clique aqui para conhecer outros monumentos católicos gigantes).

A estátua teve custo estimado em R$ 10 milhões e está situada no bairro Itaguaçu, a 3 km do Santuário Nacional de Aparecida. O local, certamente, vai se tornar mais um ponto turístico da cidade, que recebe milhões de visitantes todos os anos.

O monumento foi idealizado pelo escultor Gilmar Pinna, mas ainda não está concluído. “Ainda vamos colocar um mapa gigante do Brasil, segurado por dois braços de Deus. Cada braço terá 19 metros e a escultura terá, no total, 50 metros também, além de 60 toneladas”, afirmou o escultor. A previsão é que os trabalhos desta segunda fase da obra levem mais um ano.

Atraso na obra

A estátua em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, anunciada em 2017, foi alvo de brigas na Justiça. Uma associação de ateus e agnósticos conseguiu que as obras do monumento fossem suspensas. A associação alegava que a prefeitura não poderia investir dinheiro público para beneficiar penas uma religião.

Após vários recursos judiciais, o município obteve autorização para retomar os trabalhos de montagem da estátua gigante em 2022. A imagem foi inaugurada no dia 7 de outubro de 2023 com uma missa.

“Toda guerra é uma derrota”: o Papa reage ao conflito Hamas-Israel

Papa Francisco fez um apelo enfático pelo fim do conflito que eclodiu neste fim de semana entre o grupo terrorista Hamas e o Estado de Israel. Ele falou da situação após rezar o Ângelus do meio-dia deste domingo, 8, com os fiéis presentes na Praça de São Pedro:

“Expresso a minha proximidade às famílias das vítimas, rezo por elas e por todos aqueles que vivem horas de terror e angústia. Por favor, parem com os ataques e as armas! E que se entenda que o terrorismo e a guerra não levam a nenhuma solução, apenas à morte e ao sofrimento de muitas pessoas inocentes”.

O papa reforçou o apelo pela paz destacando que ela não será obtida mediante a guerra:

“A guerra é uma derrota! Toda guerra é uma derrota! Rezemos para que haja paz em Israel e na Palestina”.

Francisco observou que outubro é o mês do rosário e exortou os fiéis a recorrerem a Maria na súplica pela paz:

“Não nos cansemos de invocar, por intercessão de Maria, o dom da paz sobre os numerosos países do mundo marcados por guerras e conflitos; e continuemos a recordar a querida Ucrânia, que todos os dias sofre tanto, tão martirizada”.

Um novo cardeal em ação pela paz na Terra Santa

O Papa Francisco acaba de criar cardeal o Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa. Promotor do diálogo inter-religioso, ele é o primeiro patriarca de Jerusalém a ingressar no colégio cardinalício. A respeito do motivo da sua nomeação, o agora novo cardeal comentou:

“Conhecendo o estilo do Papa Francisco, acredito que Jerusalém, além de ser o coração do mundo, é também um lugar periférico. É um lugar da periferia onde há um conflito contínuo, onde as tensões religiosas estão na ordem do dia, onde existem desigualdades sociais e econômicas muito significativas. Ele quis dar voz e atenção a esse fenômeno”.

Fonte: Aleteia

Sínodo da Sinodalidade – 2021 a 2024: o que você precisa saber como católico

Sinodalidade não é apenas uma palavra em alta entre os bispos, mas a atitude de uma Igreja a caminhoem saída, como nos pede o Papa Francisco desde o início do seu pontificado.

Mas você sabe o que isso significa? Em 10 de outubro de 2021, o Santo Padre convocou o Sínodo da Sinodalidade com o tema: “Por uma Igreja sinodal: Comunhão, Participação e Missão”.

A intenção dele é que toda a Igreja reflita sobre se estamos caminhando juntos e como fazemos isso. Para tanto, é preciso que todo o povo de Deus – bispos, sacerdotes, religiosos, leigos, homens, mulheres, adultos, jovens – participe desta conversa. 

Já imaginamos que esse diálogo não é fácil e nem rápido. Por isso, são três anos de atividades (2021 a 2024), com diversas fases, em lugares diferentes. 

Entre elas, de 04 até 29 de outubro, em Roma, será a primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária, quando os bispos e outros participantes se reúnem para recolher os frutos dos processos de escuta. Agora, veja neste post o quanto esse assunto é importante! 

O que é o Sínodo da Sinodalidade

“O caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio” (Papa Francisco).

A palavra sínodo vem do grego e significa comunhão. Logo, o desejo do Espírito é que caminhemos juntos, tendo Cristo como nosso referencial.

a Igreja Católica, ao longo de sua história, deu passos de aprendizagem sobre a sinodalidade. Foi principalmente no Concílio Vaticano II que ela percebeu com clareza que o melhor jeito de ser e de caminhar, para bem cumprir a sua missão, é o “jeito sinodal”. 

No entanto, essa missão exige preparação e conversão de todos ao projeto de Deus, para vivermos como Jesus e o Pai, em comunhão. O Documento Preparatório (DP) do Sínodo diz que esse caminho é ao mesmo tempo um dom e uma tarefa…mas o Espírito Santo nos guia.

Sendo assim, a sinodalidade permite que todo o povo de Deus caminhe junto, escutando o Espírito e a Palavra, para participar na missão da Igreja e na comunhão que o Senhor deseja para nós. E percorrer juntos este caminho é a melhor forma de testemunhar Cristo.

Objetivos da sinodalidade

A Igreja reconhece que a sinodalidade é parte essencial de sua verdadeira natureza. A comunhão explica-se nos Concílios ecuménicos, nos Sínodos dos Bispos, nos Sínodos diocesanos e nos conselhos diocesanos e paroquiais que marcam a história. 

Mas diante das constantes mudanças, o Sínodo não pode se limitar a documentos, nem reuniões. Por isso, que o DP faz questão de ressaltar que a sinodalidade não é um slogan, mas um estilo, uma forma de ser pela qual a Igreja vive no mundo.

Logo, o objetivo deste Processo Sinodal não é proporcionar uma experiência temporária ou única de sinodalidade, mas proporcionar uma oportunidade para todo o Povo de Deus discernir em conjunto como progredir no caminho para ser uma Igreja mais sinodal a longo prazo (DP 1.3).

Dessa forma, o atual Sínodo tem como meta escutar, com todo o Povo de Deus, o que o Espírito Santo está a dizer à Igreja, sem preocupar-se em apenas produzir um documento, mas fazer florescer a esperança, a confiança e tecer relações novas e mais profundas (DP 32)

Tema do Sínodo

O tema do Sínodo é “Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão”. Essas três dimensões do tema estão profundamente ligadas; são pilares que sustentam a sinodalidade, sem hierarquia entre elas, ao contrário, elas se enriquecem e se orientam.

Para melhor compreensão, o Documento Preparatório esclarece bem o significado: 

#Comunhão

A comunhão que partilhamos encontra as suas raízes mais profundas no amor e na unidade da Trindade. Juntos, somos inspirados pela escuta da Palavra de Deus, através da Tradição viva da Igreja, e com base no sensus fidei que partilhamos. Todos temos um papel a desempenhar no discernimento e na vivência do chamamento que Deus faz ao seu povo.

#Participação

Um chamamento ao envolvimento de todos os que pertencem ao Povo de Deus – leigos, consagrados e ministros ordenados – para se empenharem no exercício de uma escuta profunda e respeitosa uns dos outros. Esta escuta cria espaço para ouvirmos juntos o Espírito Santo e guia as nossas aspirações para a Igreja do Terceiro Milênio. 

#Missão

Este Processo Sinodal tem uma dimensão profundamente missionária. Empenha-se em deixar que a Igreja testemunhe melhor o Evangelho, especialmente com aqueles que vivem nas periferias existenciais do nosso mundo. 

Deste modo, a sinodalidade é um caminho pelo qual a Igreja pode cumprir mais frutuosamente a sua missão de evangelização no mundo, como fermento ao serviço da vinha do Reino de Deus.

Os passos do Sínodo

A sinodalidade não é um sonho, porém um caminho a percorrer, com passos concretos, que têm ações bem definidas, em vários momentos ao longo de três anos. Lembremos sempre que exige o esforço de cada um de nós que amamos Jesus e a sua Igreja.

A primeira fase do Processo Sinodal é uma fase de escuta nas Igrejas locais. Após a celebração de abertura, que aconteceu em Roma, no sábado, 9 de outubro de 2021, começou a fase diocesana em 17 de outubro de 2021. 

Grande parte da riqueza desta fase de escuta veio de discussões entre paróquias, movimentos laicais, escolas e universidades, congregações religiosas, comunidades cristãs de bairro, ação social, movimentos ecumenicos e inter-religiosos e de outros grupos.

Após a fase diocesana, as Conferências Episcopais e os Sínodos das Igrejas Orientais são chamados a discernir e elaborar uma síntese mais ampla através de uma Reunião Pré-Sinodal da sua responsabilidade. Estas sínteses serão então base para a primeira edição do Instrumentum Laboris, que será publicado pela Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos.

Começa então a fase continental

Este Instrumentum Laboris inicial será o “documento de trabalho” para as sete reuniões continentais: África (SECAM), Oceânia (FCBCO), Ásia (FABC), Médio Oriente (CPCO), América Latina (CELAM), Europa (CCEE) e América do Norte (USCCB e CCCB). 

Estas sete reuniões internacionais produzirão, por sua vez, sete Documentos Finais que servirão de base para o segundo Instrumentum Laboris que será utilizado na Assembleia do Sínodo dos Bispos em outubro de 2023.

A Assembleia do Sínodo dos Bispos

Os bispos e os auditores estarão reunidos com o Papa Francisco na Assembleia do Sínodo dos Bispos em Roma, em outubro de 2023, para falarem e escutarem uns aos outros, com base no Processo Sinodal que teve início a nível local. 

O objetivo do Sínodo dos Bispos não é o de ofuscar a Conferência Episcopal/Sínodo das Igrejas Orientais e as fases continentais, mas o de discernir a nível universal a voz do Espírito Santo que falou em toda a Igreja.

A fase de implementação

Uma vez que este Sínodo visa promover um novo estilo de viver a comunhão, participação e missão da Igreja, a fase de implementação será fundamental para percorrermos juntos o caminho da sinodalidade. 

A esperança é que a experiência do Processo Sinodal dê origem a uma nova primavera para a escuta, o discernimento, o diálogo e a tomada de decisões, de modo que todo o Povo de Deus possa caminhar sob a orientação do Espírito Santo.

Rezemos como Igreja

Por fim, Sinodalidade é esforço e busca coletiva no desejo de aprendermos constantemente a “caminhar juntos” como irmãos e filhos de Deus. É um jeito de ser Igreja em que cada pessoa é importante, tem voz, é ouvida, capacitada e envolvida na realização da missão.

Segundo o diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa (padre Frédéric Fornos)

“… o Papa Francisco nos convida a rezar para que ‘a escuta e o diálogo’ sejam o ‘estilo de vida em todos os níveis’ da Igreja, pois é uma graça…” 

E essa escuta começa pela oração, logo todos precisamos rezar porque os frutos da sinodalidade alimentará todos nós e fortalecerá nossa alma para caminharmos melhor diante dos desafios dos tempos atuais.

Façamos juntos a oração pelo Sínodo:

Aqui estamos, diante de Vós, Espírito Santo: estamos todos reunidos no vosso nome. Vinde a nós, assisti-nos, descei aos nossos corações. 

Ensinai-nos o que devemos fazer, mostrai-nos o caminho a seguir, todos juntos. Não permitais que a justiça seja lesada por nós pecadores, que a ignorância nos desvie do caminho, nem as simpatias humanas nos torne parciais, para que sejamos um em Vós e nunca nos separemos da verdade. 

Nós Vo-lo pedimos a Vós que, sempre e em toda a parte, agis em comunhão com o Pai e o Filho pelos séculos dos séculos. Amém.

O Papa e as crianças de todo o mundo juntos no dia 06 de novembro

Cinco crianças, representando os cinco continentes, acompanharam o Papa Francisco durante a oração do Angelus deste domingo (01). Diante dos muitos fiéis que as observavam, o Papa anunciou uma iniciativa que será realizada na tarde de 6 de novembro, na Sala Paulo VI, com o tema: “Aprendamos com as crianças”, um evento organizado pelo Dicastério para a Cultura e a Educação.

“Um encontro para manifestar o sonho de todos nós: voltar a ter sentimentos puros como as crianças. Porque aquele que é puro como uma criança pertence ao Reino de Deus. As crianças nos ensinam a clareza dos relacionamentos, o acolhimento espontâneo de estranhos e o respeito por toda a Criação. Queridas crianças e todos vocês, estou esperando para aprender com vocês também”, disse Francisco. 

As crianças que acompanharam o Pontífice são: Pamela, de 7 anos, que veio da Síria; Grigoryi, também de 7 anos, que veio da Ucrânia, o país devastado pela guerra, que está no coração do Papa. Alessio, de 10 anos, proveniente de Benin; Alejandro, de 7 anos, da Guatemala e, por fim, Tomas, de 9 anos, da Austrália.

Eles representam mais de 6.000 meninos e meninas de várias partes do mundo. A iniciativa também será promovida pela comunidade de Sant’Egidio, pela Cooperativa Auxilium e pela Federação Giuoco Calcio.

Fonte: Vatican News

Congresso Âncora incentiva novos cuidados para a saúde da vida consagrada

Em dois dias de evento, os participantes foram convidados a olharem e agirem com ternura para consigo mesmos.

Nos dias 15 e 16 de setembro aconteceu a sétima edição do Congresso Âncora, com o tema Revolução da Ternura. O Congresso voltado para o clero, religiosos (as), leigos consagrados, psicólogos, formadores, sacerdotes, seminaristas e profissionais interessados no tema, contou com aproximadamente 130 participantes, divididos entre as modalidades presencial e online.

Temas como “a face oposta da ternura”, “compaixão”, “mentes vulneráveis” e várias mesas redondas fizeram parte da programação do evento. “O Congresso foi muito positivo pois ele abordou questões importantíssimas para nossa vida religiosa, humana e afetiva, dando pistas para a nossa caminhada”, testemunha o sacerdote salesiano e participante do evento, Pe Vinícius de Paula.

Para o sacerdote a metodologia com que o tema foi tratado pelos palestrantes e a possibilidade de perguntas dos participantes colaborou para uma boa reflexão do tema. “Nossa igreja precisa abrir novos horizontes, precisa ser expressão da ternura humana, se não nós nunca vamos conseguir nos sentir queridos uns aos outros. Que esse Congresso traga novos ares para nossa mãe Igreja. Parabéns Centro  Âncora, parabéns a toda equipe”, desejou o sacerdote.

A experiência da ternura consigo mesmo

“Foi uma experiência incrível e transformadora, tocou num aspecto tão importante da vida religiosa: a ternura. Normalmente os religiosos são voltados ao cuidado do outro e neste congresso eles puderam perceber a importância de ter um olhar compassivo de amor e ternura também para consigo mesmo”, opina a psiquiatra e palestrante Dra. Tatiane Maiochi Cunha.

Dra Tatiane já teve a oportunidade de participar das edições anteriores do Congresso e acredita que eventos como este são de suma importância para  a Igreja, pois trazem conhecimento, ciência e novas perspectivas de cuidados para os religiosos.

Além da Dra.Tatiane, o VII Congresso Âncora contou com a presença de Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo de Curitiba (PR), o médico psiquiatra Dr. Maurício Nasser Ehlke, os psicólogos e sacerdotes Pe. Rosimar José de Lima Dias, Pe. Ronaldo Zacharias e ainda Frei Sidney Damasio Machado. A próxima edição do Congresso está prevista para 2025.

Confira os principais momentos do evento:

Filme “Som da Liberdade” lidera bilheterias no Brasil

Longa com temática cristã desbancou produção que estava há duas semanas no topo do ranking das melhores bilheterias

exemplo do que aconteceu nos Estados Unidos e em vários outros países por onde passou, o filme “Som da Liberdade” (Sound of Freedom) tem sido sucesso nos cinemas brasileiros.

Na primeira semana em cartaz, o drama se consagrou como líder de bilheterias. Segundo a empresa Comscore, a produção cristã arrecadou R$ 5,77 milhões nos cinemas brasileiros no fim de semana de estreia (de 21 a 24 de setembro), tendo sido visto por 242 mil pessoas entre quinta-feira e domingo. A informação é do jornal O Globo.

“Som da Liberdade” ficou à frente de “A Freira 2”, que há duas semanas estava no topo do ranking das melhores bilheterias. O estreante “Os Mercenários 4” foi o terceiro filme mais assistido no período.

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No Instagram, a Paris Filmes, distribuidora do drama no Brasil, comemorou: “Grande sucesso mundial agora também é o FILME NÚMERO 1 nas bilheterias brasileiras! Essa é uma história que está IMPACTANDO vidas. Ainda não assistiu? Então corra para o cinema mais próximo! Não perca a chance de TESTEMUNHAR o filme mais POLÊMICO do ANO!”

O filme

“Som da Liberdade” narra a história de Tim Ballard (Jim Caviezel), um agente federal que resgata um menino de um bando de traficantes, mas descobre que a irmã dele continua refém da quadrilha. Ele, então, resolve salvá-la, deixa o trabalho e se arrisca na selva colombiana, comprometendo a própria vida para salvar a da criança.

A história se baseia no caso real de Timothy Ballard, que, junto com outros colegas, optou por renunciar ao emprego para fundar a Operation Underground Railroad (O.U.R.), que atua em parceria com forças especiais. Desde 2013, esta organização opera em vários países com o específico objetivo de resgatar crianças da escravidão e da exploração sexual.

Assista ao trailer:

Fonte: Aleteia

Imagem: Divulgação

O que o uso excessivo de drogas e álcool indica sobre saúde mental

O mês de setembro é dedicado para falarmos sobre uma questão muito delicada que é o suicídio, por vezes não anunciado devido ao  medo que o efeito dominó possa ocorrer com outras pessoas que estejam também em situação de fragilidade psíquica. Porém, o assunto é importantíssimo e devemos falar sobre, e para abordarmos essa temática falaremos de saúde mental, que a maioria das pessoas, quando ouvem falar pensam em “Doença Mental”. 

Mas, a saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais. Pessoas mentalmente saudáveis compreendem que ninguém é perfeito, que todos possuem limites e que não se pode ser tudo para todos. Elas vivenciam diariamente uma série de emoções como alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração. São capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida.

A Saúde Mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e ao modo como harmonizar seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Qualquer pessoa está sujeita em algum momento da vida a fragilizar-se no quesito Saúde Mental, ou seja, apresentar sintomas depressivos, vontade de não viver mais, tristeza profunda, uso abusivo de álcool e drogas e tantos outros sintomas que sinalizam que a saúde mental não está bem. 

Chegar ao ato de suicidar-se é o resultado de uma saúde mental totalmente fragilizada. É a soma  de  um conjunto de situações que a pessoa tem como  necessidade de aliviar as pressões externas, sendo muitas vezes, cobranças, culpa, remorso, depressão, ansiedade, medo, fracasso, humilhação, etc… enfim, a somatória de um psicológico adoecido, pode levar ao momento mais crítico: o  pensar que o suicídio parece ser a única saída  para seus problemas.

Geralmente as pessoas que estão adoecidas mentalmente apresentam sintomas e pedidos de ajuda que não são verbalizados. É importante estarmos atentos às pessoas que convivem conosco, e sinais como: isolamento, depressão, trazer na fala expressões “quero sumir”, “não aguento mais essa vida”, uso abusivo de drogas e álcool, podem se configurar em um pedido de ajuda.

Este assunto não pode mais ser considerado um tabu em  nossa sociedade, ou considerado uma atitude de fracasso pela pessoa que chegou no auge do adoecimento psíquico. Até porque os índices de suicídio estão cada vez mais altos e afetando uma população cada vez mais jovem de pessoas que não estão conseguindo elaborar seus conflitos e problemas psicológicos e emocionais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% dos casos de suicídios podem ser evitados, desde que haja condições mínimas para oferta de ajuda voluntária ou profissional.

Seja qual for a fase do adoecimento da saúde mental, sempre é possível ser superado.

Quando identificamos estes pedidos de ajuda em alguma pessoa é importante auxiliá-las e buscar um serviço especializado para isto.

Segue abaixo as indicações de atendimento:

SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL, CAPS (CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL),  UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE.
CENTRO DE VALORIZAÇÃO À VIDA – CVV   LIGAÇÃO 188
EMERGÊNCIA –   SAMU 192

Referências

Site: WWW.SAUDE.PR.GOV.BR

SITE: WWW.CVV.ORG.BR

Por Irmã Elaine Cristina de Oliveira, CR

Psicóloga – CRP: 07/27809

Diretora da Comunidade Terapêutica Casa Marta e Maria (RS)

Fentanil: como nova onda de overdoses assola EUA e mata quase 300 por dia

Fonte: BBC News Brasil/Nadine Yousif

Cada vez mais americanos morrem por overdose de fentanil, à medida que uma nova onda da epidemia de opioides começa a se espalhar pelas comunidades dos quatro cantos do país.

Há seis anos, Sean morreu de uma overdose acidental por fentanil em Burlington, no Estado de Vermont. Ele tinha 27 anos.

“Cada vez que ouço falar de uma perda devido ao abuso de substâncias, meu coração se parte um pouco mais”, escreveu a mãe dele, Kim Blake, em um blog dedicado ao filho em 2021.

“Mais uma família despedaçada. Sempre de luto pela perda de sonhos e celebrações.” Naquele ano, os Estados Unidos testemunharam um marco sombrio: pela primeira vez, as overdoses mataram mais de 100 mil pessoas em todo o país num único ano.

Dessas mortes, mais de 66% estavam ligadas ao fentanil, um opioide sintético 50 vezes mais poderoso que a heroína.

O fentanil é um produto farmacêutico que pode ser prescrito por médicos para tratar dores intensas.

Mas a droga também é fabricada e vendida por traficantes. A maior parte do fentanil ilegal encontrado nos EUA é traficado a partir do México e usa produtos químicos provenientes da China, de acordo com o Drug Enforcement Administration (DEA), órgão federal encarregado da repressão e do controle de narcóticos

Em 2010, menos de 40 mil pessoas morreram por overdose de drogas em todo o país, e menos de 10% dessas mortes estavam ligadas ao fentanil.

Naquela época, as mortes eram causadas principalmente pelo uso de heroína ou opioides prescritos por profissionais de saúde.

A mudança de cenário é detalhada num estudo divulgado recém-publicado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).

O trabalho examina as tendências nas mortes por overdose no país entre 2010 e 2021, utilizando dados compilados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

PEÇA AJUDA: CONHEÇA AS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS DA COPIOSA REDENÇÃO

Fentanil é um problema crescente nos EUA

Os dados mostram claramente como o fentanil redefiniu as overdoses nos Estados Unidos na última década.

“O aumento do consumo de fentanil fabricado ilicitamente deu início a uma crise sem precedentes”, escreveram os autores do artigo.

Praticamente todos os cantos dos EUA — do Havaí a Rhode Island — foram tocados pelo fentanil.

O aumento das mortes relacionadas à droga foi observado pela primeira vez em 2015, revelam as estatísticas.

Desde então, o entorpecente se espalhou pelo país e a taxa de mortalidade cresceu de forma acentuada.

“Em 2018, cerca de 80% das overdoses por fentanil aconteceram a leste do rio Mississippi”, disse à BBC Chelsea Shover, professora assistente da UCLA e coautora do estudo.

Mas, em 2019, “o fentanil passa a fazer parte do fornecimento de drogas no oeste dos EUA e, de repente, esta população que estava resguardada também ficou exposta, e as taxas de mortalidade começaram a subir”, segundo a pesquisadora

Na pesquisa recente, os especialistas alertam para outra tendência crescente: as mortes relacionadas ao consumo de fentanil em conjunto com drogas estimulantes, como a cocaína ou a metanfetamina.

Essa tendência é observada em todos os EUA, embora de formas diferentes devido aos padrões de consumo que diferem de região para região.

Os investigadores encontraram, por exemplo, taxas de mortalidade mais elevadas relacionadas ao consumo de fentanil e cocaína em Estados do nordeste dos EUA, como Vermont e Connecticut, onde os estimulantes geralmente são de fácil acesso.

Mas em praticamente todos os cantos do país, da Virgínia à Califórnia, as mortes foram causadas principalmente pelo uso de metanfetaminas e fentanil.

Blake, que também é médica, disse que seu filho usava cocaína esporadicamente, embora o exame toxicológico tenha encontrado apenas fentanil em seu organismo.

Ela aprendeu que muitos misturam diferentes substâncias para obter uma sensação prolongada.

“Não é nenhuma surpresa para mim esse aumento tão grande nas combinações de estimulantes e opioides”, observa Blake.

Quando o fentanil chegou pela primeira vez aos EUA como parte do tráfico, “muitas pessoas não o queriam”, lembra Shover. Mas o opioide sintético tornou-se amplamente disponível porque é mais barato de produzir em comparação com outras drogas.

Ele também é altamente viciante — isso significa que dependentes ficam expostos ao entorpecente e muitas vezes o procuram como uma forma de evitar abstinências dolorosas relacionadas a outras substâncias.

Nos EUA, o estudo identificou que Alasca, Virgínia Ocidental, Rhode Island, Havaí e Califórnia como os Estados com as taxas mais elevadas de mortes por overdose em que há mistura de fentanil e estimulantes.

Esses locais têm taxas historicamente altas de uso de drogas, segundo Shover. Com a chegada do fentanil, esse consumo tornou-se ainda mais letal.

Um problema que atravessa classes sociais

A crise dos opioides tem sido tradicionalmente retratada como um “problema dos brancos”, destaca Shover.

No entanto, o estudo recente revelou que os afro-americanos estão morrendo ao combinar fentanil e estimulantes a taxas mais elevadas, em todas as faixas etárias e limites geográficos.

Para Rasheeda Watts-Pearson, especialista em redução de danos baseada em Ohio, nos EUA, os dados refletem o que é visto na prática.

Ela faz um trabalho de divulgação com a A1 Stigma Free, uma organização fundada há apenas oito meses para combater um aumento notável de mortes por overdose na comunidade afro-americana de Cincinnati.

Como parte do trabalho, Watts-Pearson visita frequentemente barbearias, bares e mercearias para falar com as pessoas sobre os impactos do fentanil.

Ela considera que há falta de conscientização sobre o tema, motivada em parte pelas disparidades históricas de saúde vivenciadas por grupos raciais e étnicos.

Mesmo as campanhas de marketing feitas para conscientizar sobre a crise dos opioides não incluem a experiência dos negros americanos, critica ela.

“Se eu dirigir até a cidade de Avondale agora mesmo, há um outdoor que fala sobre a ‘Crise dos Opioides’, mas na mensagem aparecem duas pessoas brancas”” exemplifica Watts-Pearson.

Ela aponta que as drogas misturadas com fentanil são uma grande barreira para a comunidade. Segundo a ativista, muitas pessoas acabam consumindo o entorpecente sem saber — e desenvolvem uma dependência.

“Os legistas veem pessoas com overdose que morreram por causa de cocaína, crack e vestígios de fentanil”, diz ela.

“Isso está infiltrado na comunidade negra e não há gente suficiente falando sobre o assunto.”

Uma quarta onda

O abuso de fentanil em combinação com outras drogas marca o início de uma “quarta onda” da crise nos EUA, avaliam os pesquisadores.

A primeira onda de overdoses aconteceu no final dos anos 1990, com mortes por opioides com prescrição médica. Em 2010, houve uma segunda onda de overdoses, dessa vez causadas por heroína. E em 2013, surgiu uma terceira onda, graças à proliferação de drogas ilícitas análogas ao fentanil.

Especialistas como a professora Shover alertam que as opções de tratamento para a quarta onda não acompanham a demanda.

“Nosso sistema de tratamento contra dependência geralmente se concentra em uma droga de cada vez”, conta ela.

“Mas a realidade é que muitos usuários usam mais de um tipo de droga.”

Para manter viva a memória de seu filho, Blake decidiu falar abertamente sobre a perda e tenta ajudar outras famílias a passar pela mesma dor.

“Todo mundo tem uma história e, para um pai que perdeu um filho, isso dura para sempre”, diz ela.

Seu filho fez tratamentos contra dependência algumas vezes.

A experiência ensinou à Blake que as opções terapêuticas variam de Estado para Estado e, em muitos casos, o que está disponível não é suficiente.

“O ideal seria que as pessoas recebessem tratamento rapidamente, sempre que quisessem e a longo prazo”, destaca ela.

Blake também sugere a criação de locais para a prevenção de overdose, onde as pessoas pudessem usar drogas com segurança e sob supervisão.

Esses lugares estão amplamente disponíveis no Canadá — que tem a sua própria crise de fentanil — mas existem apenas duas instalações do tipo nos EUA inteiro.

Acima de tudo, Blake apelou à compaixão e à compreensão para aqueles que lutam contra o uso de substâncias.

“A maioria das pessoas com quem converso dizem que seus filhos não queriam morrer.”