Como dar mais qualidade de vida aos missionários?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualidade de vida é “a percepção do indivíduo de sua inserção na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.

Então, a qualidade de vida envolve o bem-estar espiritual, físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e amigos e, também, saúde, lazer, educação, habitação e outras circunstâncias da vida.

Mas quem tem direito à qualidade de vida? Parece uma pergunta sem sentido, porém facilmente esquecemos que toda pessoa humana precisa de vida saudável, conforme citou a OMS, e isso inclui a vida missionária religiosa.

Vamos nos tornar promotores de qualidade de vida para os missionários a partir de algumas dicas e colheremos, não apenas o fruto saboroso da doação de sua vida, como também contribuiremos para que eles vivam mais e melhor.

Qualidade de vida segundo o Evangelho

Quando lemos o evangelho, nos encantamos com a doação total de vida do Mestre. Ele viveu em função de sua missão e alcançou o objetivo totalmente, pagando um preço alto por nossa salvação através de sua paixão, morte e ressurreição.

No entanto, podemos correr o risco de supervalorizar a morte de Cristo em lugar da vida, da ressurreição, como se ele tivesse programado sua morte de Cruz, tão dolorosa para qualquer ser humano.

Porém, a forma como ele morreu foi devido a maldade das autoridades da época, imagine que o próprio Deus jamais gostaria de ver seus filhos na mesma condição. Então, ele não deseja a morte de ninguém, ao contrário, a vida segundo o evangelho é abundante.

Por isso, lutar pela vida é um dever cristão, seja na sociedade, na família ou na Igreja. Mas esse zelo começa com pequenas coisas no dia a dia que podemos praticar frequentemente e produz melhor qualidade de vida. 

Leia também: 5 práticas para uma boa saúde psicológica na vida religiosa – Copiosa Redenção

Algumas dicas para ajudar na qualidade de vida dos missionários

De fato, a vida missionária religiosa é um reflexo da vida de Cristo. É um dom imenso para a Igreja e o povo de Deus, quantas histórias maravilhosas de vida doada, santidade e serviço em favor do povo de Deus, principalmente os mais pobres.

Mas a vida do missionário precisa de cuidados e a maior prova de nossa gratidão é a fraternidade. Vamos zelar por suas vidas através de pequena iniciativas:

#1 Acolhimento fraterno

Cada missionário tem sua história de vida. Você parou para ouvir como se deu sua descoberta vocacional e não apenas o que ele sabe sobre o evangelho, a doutrina ou sua instrução acadêmica? Pois é, isso é acolhimento.

A qualidade de vida envolve acolher a pessoa com sua história e não apenas pelo que ela realiza em nosso favor. Então, convide o missionário para visitar sua família, para um almoço fraterno favoreça sorriso, partilha e amizade. 

Porque conhecemos uma pessoa quando nos aproximamos e ouvimos sua história. O missionário não é apenas um servo, mas um irmão; o próprio Cristo o chama de amigo. E em algum momento da vida ele vai precisar de alguém que o ajude como um irmão.

#2 Respeito ao descanso 

O Papa Francisco diz que a vida é missão, logo a missão não pára nunca. Mas as atividades apostólicas, reuniões, formações de líderes, visitas às comunidades, celebrações, catequese e até afazeres pessoais e domésticos precisam parar.

Para que o missionário tenha qualidade de vida é indispensável valorizar o repouso da mente e do corpo. A mente descansa quando ele pode compartilhar responsabilidades, contar com colaboradores, ou seja, não precisa fazer tudo sozinho (a), nem deve centralizar  atribuições.

Já o corpo tem qualidade de vida quando descansa. E isso não é apenas dormir, mas comer o suficiente e em horários adequados, como também uma alimentação que favoreça a reposição de energias para enfrentar os desafios do campo de missão.

#3 Esporte e lazer

Qualidade de vida está diretamente ligada à prática de esportes e ao lazer. À medida que o corpo se exercita, ocorre a liberação de hormônios que produz satisfação, bem-estar, elimina toxinas e libera a mente de pensamentos negativos e autodepreciativos.

Ou seja, o esporte produz qualidade de vida para todas as áreas da vida humana. Então, o missionário precisa de tempo para o esporte, como também incentivo para isso. É possível retardar problemas de saúde, aliviar o estresse e melhorar a qualidade do sono.

Já o lazer é fundamental para evitar o isolamento social e melhorar o humor. Facilmente o missionário pode absorver os problemas da vida pastoral ou comunitária e, com o tempo, esse acúmulo causa desânimo, irritação e doenças físicas e psíquicas.

O missionário é um irmão no caminho

Se colocarmos em prática essas dicas, contribuímos com a qualidade de vida do irmão (a) que dedica sua vida por amor a Jesus e aos irmãos. Claro que depende também da colaboração do próprio religioso, mas o que você pode fazer para ajudar?

Afinal, o missionário é nosso irmão, somos todos criaturas e filhos de Deus, com sonhos e frustrações, dotados de uma alma infinita e de um corpo limitado e fazemos parte da mesma família, a grande Igreja de Cristo.

Logo, é possível incentivar, colaborar e participar da promoção de qualidade de vida para os missionários religiosos, isso inclui sacerdotes, bispos, diáconos, freiras, irmãos, todos que doam suas vidas pela causa do Reino. 

Continue lendo: Ansiedade na vida religiosa: entenda – Copiosa Redenção

Lar de idosos, casa de repouso e asilo: quais as diferenças?

Seria maravilhoso se todos enxergassem de forma positiva aqueles que já somam 6 ou mais décadas de existência, mas nem sempre é assim. Cuidados, atenção, companhia e muito carinho por vezes faltam aos que um dia deram tudo isso para alguém, inclusive no asilo.

A vida idosa precisa de uma assistência especializada, cuidados personalizados e amparo físico, mental, social e espiritual. É exatamente isso que podemos encontrar num lar de idosos comprometido e de qualidade.

O envelhecimento caminhará melhor quando não fugimos do processo, mas se o aceitarmos como uma chance de descobrir mundos novos em nós. Não se esqueça da verdade que sempre estamos nos preparando para o céu e que melhor vivemos, quanto melhor nos preparamos para isso.

Fomos criados para a eternidade e, para melhor nos guiarmos ainda aqui, neste mundo, precisamos escolher um caminho de transformação para alcançar este fim. A vida nos transforma quando nos colocamos diante dela.

Só encontrará o prazer de viver quem se entrega à própria vida e aos seus momentos de dificuldades, pois não se pode parar o tempo.

Conheça mais sobre o Lar Adelaide Weiss Scarpa, um lugar para chamar de segunda casa.

Descubra o que é um Lar de idosos?

A expressão “lar de idosos” muitas vezes é carregada e atrelada à memória como um lugar sombrio, de solidão, abandono e tristeza. Mas, não deve ser assim! Deve ser um lugar reconhecido como o próprio nome sugere: um lugar para se chamar de lar.

Atualmente, no Brasil, encontramos diversas casas especializadas no cuidado ao idoso e muitas destas contam com uma excelente infraestrutura. Muitas possuem espaços amplos, que garantem o contato com a  natureza e favorecem a saúde física, mental e espiritual.

Com lindos jardins, lugares recônditos com as sombras das árvores e um vento gostoso exaltando a calmaria singular da terceira idade. Tudo tão lindo e, o nosso Lar de idosos, o Lar  Adelaide Weiss Scarpa não é somente lindo em estrutura material. 

Tijolos em cima de tijolos, sombras e jardins belos, espaços arejados e amplos. Nada disso seria o suficiente para acolher bem uma pessoa que está procurando um lugar para chamar de casa. Pessoas precisam de pessoas, e aqui damos o melhor de nós para isso.

Porém, as expressões Lar de idosos, asilo ou casa de repouso ainda trazem insegurança para o maior número de pessoas que estão distantes dessa realidade. Por isso o importante é aproximar-se para constatar que aquela ideia negativa a respeito desses locais pode ser mudada.

Leia mais para saber qual é melhor lar de idosos para você escolher sem medo!

Quais as diferenças entre lar e asilo?

Esses termos, embora remetam à mesma ideia, possuem diferenças entre si e, quando bem compreendidas, trazem respaldo e segurança antes de uma importante decisão: de optar por uma destas realidades.

As principais diferenças são a assistência oferecida. Um lar de idosos precisa atender a todas as suas necessidades, que são muitas. Tenha conhecimento de algumas para que você possa se sentir por dentro e pronto para decidir. Vamos lá?

Atendimento 24 horas. Em casos de saúde mais debilitada, esse serviço exige que seja mais especializado, com a presença permanente ou constante de profissionais capacitados. E não somente isso, mas novamente, de gente que cuida de gente. Trazendo um amor sincero no coração pelo irmão que padece.

Também, em todas as áreas humanas, uma alimentação saudável e balanceada que atenda as necessidades nutricionais do idoso. E ainda, atividades físicas que estimulem e promovam a saúde física e mental, enfim, são muitas obrigações e serviços que um lar do idoso pode oferecer.

Embora se pense que funciona sempre da mesma forma, na prática, o asilo, diferentemente do lar de idosos, pode acolher não somente pessoas da terceira idade, mas também, crianças doentes e outras pessoas em vulnerabilidade social. Já um lar de idosos é uma casa que acolhe pessoas da terceira idade, oferecendo um atendimento personalizado.

Entenda a casa de repouso

A casa de repouso é um lugar de convivência, conforto e cuidado para o idoso. Algumas contam com a prestação de serviços médicos e outras não estão inclusas. Na prática, um lar de idosos também é uma casa de repouso, por isso há uma confusão quanto aos nomes.

Confira este post para entender mais sobre o que é uma casa de repouso!

Porém, apesar de tantas confusões, na verdade, o que mais importa é que deve ser um lugar onde há cuidado, amor e aconchego. Onde há momentos de partilha da fé e espiritualidade. Para garantir que essa fase da vida seja vivida com toda a sua intensidade e sentido, atendendo também todas as necessidades no acolhimento do idoso.

Um lugar que acolhe os idosos não pode ser, em hipótese alguma, um ambiente de relacionamentos frios e indiferentes, mas, antes, a expressão “de lar” deve sempre ser levada a atitudes concretas.

Aprenda a desfrutar

Quem engole tudo, simplesmente não sente o prazer de desfrutar o que come. A pessoa idosa ainda pode e muito contribuir para o mundo e para a realidade onde se encontra. E como ela será capaz de perceber isso?

Ela só precisa de um local e de pessoas que a recordam disso, valorizando a sua existência humana e favorecendo suas capacidades. Seja na sua própria casa, com seus familiares, e, se isso não é mais possível, em um lar de idosos ou asilo.

O que significa realmente qualidade de vida? Muitos respondem isso com a obtenção de realizações pessoais ou sucessos em algum empreendimento, saúde, doença, etc. Mas há algo muito maior do que tudo isso, que é a vida plena. E é isso que todos buscam na verdade, mesmo que não consigam ver. O que muitas vezes as imagens bíblicas mostram como: “uma nova vida”.

Existem muitos caminhos, assim como há muitos lares para os idosos, uns de luxo e outros mais simples. Contudo, o caminho para um lar de dignidade é aquele que considera a vida plena, pois não adianta viver os dias, é preciso vivê-los em plenitude. “O caminho de Cristo ‘leva à vida’; um caminho contrário ‘leva à perdição’” (cf. Catecismo da Igreja Católica, § 1696). 

Nossa missão no Lar Adelaide Weiss Scarpa é, ser bem mais que um asilo, mas oferecer um envelhecimento com dignidade e espiritualidade. Fazer brotar no coração de quem chega ao nosso lar um desejo de amar de novo, de tal forma que se torne uma verdadeira arte de viver.

Desfrute bem o caminho da vida, em qualquer etapa que você esteja dela!

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Existe depressão na vida religiosa?

A depressão na vida religiosa foi muitas vezes compreendida como “falta de fé”, mas isso não é verdade. Recentemente o Papa Francisco disse: “A tristeza, a apatia, o cansaço espiritual acabam dominando a vida das pessoas que estão sobrecarregadas com o ritmo de vida atual”. O Santo Padre demonstrou empatia e realismo ao afirmar que pessoas estão sobrecarregadas em meios aos desafios contemporâneos.

Por isso, preparamos este post para explicar melhor o que significa depressão e como ela pode afetar a vida de todas as pessoas, inclusive os religiosos(as). 

Depressão na vida religiosa? Mas quem é o religioso?

Deus chama toda pessoa humana à vida e à filiação. Esses são os primeiros dons recebidos da generosidade divina. E à medida que a pessoa cresce, ela descobre sua vocação específica, ou seja, a modalidade com a qual testemunhará o amor de Deus para a humanidade.

Embora as vocações específicas sejam bem conhecidas, como: sacerdócio, matrimônio, vida religiosa e o laicato, cada uma delas tem uma beleza e importância imensa para a Igreja e o povo de Deus. 

E, entre elas, existe o chamado à vida religiosa, que se concretiza com a profissão dos conselhos evangélicos e a vida em comunidade. Porém, o religioso(a) escolhido por Deus no meio do Seu povo, é uma pessoa normal, mas com um chamado especial.

E quem é a pessoa normal? A Doutrina Social da Igreja diz que a pessoa humana é criatura de Deus, criada à Sua imagem e semelhança; capaz de Deus e de se relacionar com o outro. Assim, toda pessoa é criatura e logo não é criador; limitado e não ilimitado. 

Parece óbvio, mas essa lucidez nos ajuda a entender o religioso, uma vez que ele continua criatura, limitada e amada pelo Criador, mesmo diante de uma vocação tão sublime. Ou seja, ele sofre, se diverte, cansa, chora, adoece, erra, cai, levanta e serve a todos. 

A depressão na vida religiosa e no mundo

Então, o que é depressão? A depressão é um transtorno psicológico que como características tristeza persistente e falta de interesse em realizar atividades que antes eram consideradas prazerosas.

Apesar da tristeza ser uma emoção normal, na depressão ela é tão forte e dura por tanto tempo, que afeta toda a vida da pessoa, impedindo até a realização de tarefas básicas fundamentais, como dormir ou comer.

Segundo a OMS, a depressão é um problema comum em todo o mundo: estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com ele. E qualquer indivíduo pode sofrer desse mal. Mas seja no mundo ou a depressão na vida religiosa, isso não é culpa de ninguém.

Uma vez que sua causa é formada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. Então, ninguém pode determinar se sofrerá ou não de depressão, porque sua causa terá inúmeros motivos.

Leia também Qual a diferença entre cansaço e depressão?

Os santos tiveram depressão

É verdade que a vida religiosa é feita de oferta de si o tempo todo. E quem assiste de fora acha até que no convento não existe lazer, nem se tira férias. Esses pensamentos não ajudam na hora em que o religioso se sente atribulado ou até com sintomas de depressão.

Mas a depressão na vida religiosa não está ligada à fé, nem é possível determinar sua causa apenas olhando para a pessoa. A depressão na vida religiosa, assim como em qualquer ambiente da sociedade, sinaliza que algo não vai bem e precisa de investigação. 

Ora, de forma bem superficial, podemos comparar a depressão a uma febre. Quando estamos com uma infecção, a febre acusa logo, e se algo não vai bem na vida, a depressão se desenvolve e sinaliza que precisamos de ajuda.

Mas a depressão na vida religiosa não é sinal de fraqueza, mas de humanidade. Assim como Santa Teresinha sofreu desse mal e foi curada pelo sorriso de Nossa Senhora, o religioso tem a seu favor a graça divina e o acompanhamento dos irmãos. 

E agora, o que fazer?

Agora, se alguém nos perguntar se existe depressão na vida religiosa, após essas informações, podemos responder com outra pergunta: existem pessoas normais na vida religiosa?

Porque não existe vacina contra a humanidade, ao contrário. O Evangelho nos ensina que o homem é limitado e candidato à salvação, e quanto mais reconhecemos nossa pequenez, mais nos aproximamos de Deus, de nós mesmos e do outro.

Portanto, vamos acolher nossa fragilidade com humildade, e olhar para o outro que sofre com a depressão na vida religiosa, na família, no trabalho ou na clínica com olhar humano, com o olhar de Cristo.

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Como o planejamento espiritual pode ajudar na vida familiar?

Recebemos, ano após ano, testemunho de inúmeras famílias que vivenciam o planejamento espiritual e a vida familiar com comunhão e crescimento espiritual. Pais e filhos rezando juntos as orações de meta, de oferecimento, consagrando-se a Jesus e a Maria. 

A importância da vida familiar para o bom desenvolvimento humano é incontestável. O próprio Jesus desejou uma família para si. Fazendo-se criança, aprendeu com José e Maria acerca da Lei de Deus e da vivência da fé e da oração. 

Desde 2011, que o Planejamento Espiritual tem feito um bem enorme à inúmeras famílias. De alguns anos pra cá, temos inserido os pequeninos na dinâmica de oração, com momentos para serem rezados com a família e outros para que pais ensinem seus filhos. 

É lindo ver crianças tão pequenas rezando a oração de São Miguel ou mesmo o Terço de São José. Se semearmos a fé a dignidade no coração dos nossos pequenos, iremos colher como frutos, uma sociedade mais justa e temente a Deus. 

Confira como o planejamento espiritual auxilia a vida familiar e os benefícios da oração para as crianças.

A oração como base de um casamento sólido 

Um casal que se entregam no sacramento do matrimônio não são somente 2 pessoas cedendo ao desejo e apetites românticos e sexuais. Há ali um chamado de Deus, uma benção elevada à dignidade de sacramento pelo próprio Jesus. 

Ainda no Antigo Testamento, vemos a relação família e oração, claramente. Ainda no Gênesis, Adão e Eva se relacionavam com intimidade com Deus. Mesmo após a queda do pecado original, havia uma relação entre o homem e Deus, como vimos no episódio da oferta de Caim e Abel. 

Noé recebe de Deus a profecia do dilúvio e reserva sua família na Arca. Abraão e Sara recebem do Senhor a profecia do milagre de conceber um filho na velhice. Isaac e Rebecca têm sua história de amor marcada pela Providência Divina que os levou um para o outro. 

Assim, geração após geração, Deus não deixou as famílias que se abriram para sua vontade caminharem na escuridão. Mas conduziu todos para seu Projeto de Amor e Salvação. Após o mistério de morte e ressurreição de Jesus, as comunidades primitivas se mantiveram em comunhão e unidade, pela oração e sob a bênção da Igreja.

Um casamento sólido e perseverante é possível, mesmo diante dos desafios, quando o casal busca viver sua vida em Deus, em comunhão com seus irmãos na fé e buscando um coração reto na presença do Senhor! 

Não obstante os problemas sociais, financeiros e relacionais, os casais dos nossos tempos enfrentam dificuldades em relação à criação dos filhos, devido ao uso descontrolado de smartphones, tablets e TVs. 

Portanto, a evangelização dentro da família, cultivando, desde a infância, a piedade e a vida de oração, é importante para que a casa se mantenha para sempre consagrada a Deus. 

Leia também Planejamento Espiritual: o que é e como utilizar no seu dia a dia

Planejamento espiritual e vida familiar na infância

O Planejamento Espiritual é fruto da vida missionária e da experiência da Irmã Zélia. Pelos caminhos da missão, a irmã encontrou muitas crianças e famílias que vivenciam juntos os direcionamentos do livro, dia após dia. 

Dentro das direções oferecidas no Planejamento, a família vai encontrar o Planejamento Espiritual para crianças. Com orações mais curtas e direcionamento mais simples, o principal objetivo é motivar pais e filhos à oração juntos como família. 

Esse caminho proporciona o surgimento do hábito  de rezar desde os primeiros anos de vida e ter a vida marcada pelo ritmo da oração. As orações podem ser feitas pela manhã ou à noite, ou ainda distribuídas no meio da rotina da família, de modo que não se perca a harmonia familiar, em detrimento das práticas de oração. 

Tal prática favorece o diálogo, a piedade familiar, a reconciliação, o crescimento na fé e na esperança, a intimidade com Deus e com o outro, a conexão de pais e filhos. Por isso, queremos motivar você e sua família a investir nessa prática que catequiza, forma e aproxima as famílias. 

5 práticas para uma boa saúde psicológica na vida religiosa

Um consagrado é alguém “separado” para o Sagrado, para Deus. Quando alguém faz a oferta de si a Deus está afirmando com sua vida que é todo Dele.  

Esse caminho prevê que seu corpo, sua alma e sua mente direcionarão todos os seus esforços em vista de uma missão, de um estilo de vida. 

No entanto, um risco que se corre é o descuido consigo mesmo, em especial com a saúde psicológica. São os desafios da missão, as relações fraternas, as exigências consigo mesmo para corresponder à evangelização, a busca pela santidade, a renúncia dos afetos e desejos, tudo isso pode ocasionar uma sobrecarga emocional e psíquica. 

Por isso, confira algumas dicas para ajudar você a ter mais saúde e qualidade de vida

1 – Encontre meios de descontração 

A vida religiosa costuma propor uma dinâmica ordinária de oração, apostolado e vida comunitária. Celebração da Missa, Rosário, leitura espiritual, Lectio Divina, atendimentos de oração e confissão, assistência social, educação, formação, busca de donativos, relacionamento com benfeitores.

Porém, em meio a tudo isso, o religioso precisa aprender a descontrair-se, encontrando o que lhe causa prazer. Pode ser a leitura de bons livros, um passeio, a contemplação da natureza, um bom filme, um jogo de tabuleiro, enfim, são muitas as possibilidades. 

O importante é que a mente tenha “canos de escape” para extravasar as tensões, canalizar os medos e fortalecer a alegria e o prazer.

2- Discipline-se para o repouso 

Parece ser contraditório ou paradoxal utilizar o verbo “disciplinar” para o substantivo “repouso”. Porém, para muitos religiosos é necessário criar uma estrutura de disciplina também para o descanso. 

Há uma confusão entre descontrair e descansar o corpo. A descontração favorece o imaginário, a memória, os afetos, as emoções. O repouso, o descanso físico, proporciona bem-estar e qualidade de vida, interferindo fortemente na boa saúde psicológica. 

Muitos, ao fim do dia, passam horas nas redes sociais “descontraindo”, ao invés de dormir um pouco mais e descansar a mente e o corpo. Além dos malefícios do uso das telas para boa qualidade de sono, a falta de disciplina em dormir em um horário para acordar em outro que proporcione uma janela de sono satisfatória compromete a saúde. 

Portanto, é necessário que se estabeleça uma rotina de sono que o religioso durma em média de 7 a 8 horas, como orienta a Fundação Nacional do Sono. 

Leia também A ansiedade na vida religiosa

3 – Não se descuide da alimentação 

Uma alimentação balanceada, rica em nutrientes, com uma vasta opção de frutas, legumes e vegetais, possibilita boa qualidade de saúde física e psicológica. Já os industrializados, ou uma rotina de alimentos ricos em carboidratos e açúcares comprometem o bom desempenho metabólico. 

Por isso, é indispensável que as comunidades religiosas ofereçam uma alimentação planejada e ajustada às demandas de cada religioso. 

4 – Fortaleça a vida de oração 

Sim, é comprovado pela ciência e pelos mais de 2 mil anos de história da vida consagrada na Igreja que a vida de oração é indispensável para a saúde psicológica. 

É diante de Deus que o ser humano se coloca com sua verdade e seus medos. Por isso, o religioso não pode se descuidar dos seus compromissos espirituais, de uma vida espiritual autêntica e profunda, aos moldes do Carisma ao qual foi chamado. 

É vivendo na intimidade de cada morada, como ensina a Mestra espiritual Santa Teresa de Jesus, que os religiosos encontram o jugo suave e o peso leve do qual Jesus fala nos Evangelhos. 

5 – Peça ajuda profissional, se necessário 

Algo que precisa sair do imaginário dos religiosos é o preconceito com o acompanhamento profissional em vista do psicológico. Ainda há muitos superiores ou mesmo irmãos e membros de Ordens que não lidam bem com a possibilidade de exposição das suas dores e angústias com um profissional. 

No entanto, para a boa saúde psicológica é importante a escolha de bons terapeutas e psiquiatras que orientem, mediquem, quando necessário, e compreendam a vida e a escolha dos religiosos. Por isso, a Congregação para vida consagrada prevê que os superiores escolham bons profissionais, alinhados com a fé e com o espírito da vida consagrada. 

Conclusão 

Se o religioso está sempre atento aos sinais do seu corpo e da sua mente, cria uma rotina que proporciona tempos de oração, descanso e trabalho, provavelmente encontrará realização e sentido de vida. 

Foi pensando em você, que tem dedicado sua vida em servir e cuidar dos outros, que preparamos estas 5 práticas para serem inseridas no seu projeto de vida pessoal, urgentemente. Leia, reflita, aprofunde-se e faça o firme propósito de vivenciá-las.

Qual a importância da saúde emocional na vida religiosa?

A vida religiosa não é uma profissão ou uma carreira. Ser religioso é abraçar o seguimento de Jesus Cristo, por meio de um Carisma Vocacional que abarca um estilo de vida próprio. Portanto, quem se torna religioso volta sua vida inteira para uma consagração de vida. Ou seja, sua história, com feridas e desafios, seu presente com suas lutas e dificuldades, e seu futuro com suas incertezas. Tudo é colocado nas mãos de Deus.

Desse modo, o ser inteiro com sua psique, seu corpo, sua inteligência e vontade, sua afetividade e memória, suas emoções, tudo ingressa na família religiosa. Por isso,  não é incomum que religiosos e sacerdotes vivenciem momentos de depressão e ansiedade, estafa ou síndrome de Burnout. 

Inclusive, santos e santas na história da Igreja tiveram relatado em suas biografias momentos difíceis, com suas emoções profundamente abaladas. Desse modo, fica claro como é importante ter saúde emocional na vida religiosa.  

Entenda melhor aqui conosco como as emoções interferem na vida religiosa, assim como encontre dicas para manter sua saúde emocional. Confira! 

As emoções na vida religiosa 

Assim como é dito sobre os sacerdotes, o religioso é um homem ou uma mulher, escolhidos por Deus, no meio dos demais homens e mulheres. Essa escolha não faz dele uma espécie de santo súbito ou de um super-herói. Suas fraquezas, lutas e desafios humanos continuam latentes, mas devem ser canalizados para a missão e a espiritualidade. 

Amedeo Cencini, sacerdote canossiano e um dos principais nomes quando se refere à psicologia e vida consagrada, costuma usar a expressão “integração”, ou seja, a união entre o eu “ideal” – o santo, o religioso perfeito – e o eu “real – o homem que continua sendo instrumento desse chamado extraordinário. 

Na vida ordinária de uma família, o desequilíbrio emocional causa diversos desafios como desentendimentos, impaciência, incapacidade de relacionamento ou mesmo de trabalho, tristeza e depressão. De igual modo, a vida comunitária das ordens e congregações são fortemente atingidas quando há um irmão, sacerdote ou irmã ficam emocionalmente fragilizados.

Leia também O que é Síndrome de burnout?

Consequências de não cuidar da saúde emocional

Para deixar isso ainda mais claro, vamos apresentar algumas consequências sentidas na pele por aqueles que não cuidam da sua saúde emocional na vida comunitária e religiosa. 

Uma situação comum no meio comunitário é quando alguém começa a provocar ou a se colocar em situações desagradáveis, como discussões e confusões sem objetivo claro. Quando muitos dizem: “Parece que só quer implicar!”. Na verdade, é necessário que se ligue um pisca-alerta. 

Isso fica ainda mais evidente quando o religioso passa a ter problemas de relacionamento com pessoas ao redor, incluindo irmãos da comunidade, amigos, colegas de apostolado ou até do povo de Deus. O que pode gerar dificuldades interpessoais sem tamanho. 

Além disso, é possível que o religioso passe por momentos de crise emocional, com choros frequentes, sintomas como tremedeiras, sudorese, taquicardia, medo sem causa aparente, sensação de desmaio, tonturas, entre outros. Irritabilidade, falta de paciência, síndrome de perseguição e vitimismo são outras características comuns. 

Como ter saúde emocional no cotidiano comunitário

Portanto, em cada situação da vida cotidiana é necessário, inicialmente, evitar o exagero nas emoções negativas e investir no que é positivo. É comum, sobretudo para pessoas com temperamento mais frio, tenderem a se focar sempre na parte mais difícil das coisas. 

São João Paulo II nos ensina: “Tu te tornas aquilo que contemplas”. Sendo assim, ao invés de nos focarmos no que é negativo é importante contemplarmos o que é bom, positivo, belo e sagrado para manter a saúde emocional.  

Além disso, é importante que se cuide da saúde física, com uma alimentação balanceada e exercícios físicos. A vida sedentária e uma alimentação desregulada influencia diretamente nos hormônios do prazer e bem-estar, gerando desequilíbrios nas emoções. Outra dica importante é: atenção com o uso de redes sociais. 

Há muitos religiosos enfrentando sérios quadros emocionais por questões relacionadas ao vício em redes sociais, ou mesmo insatisfação com a própria vida por contemplar a vida virtual de terceiros e seus exageros, ao invés da vida real, escolhida.  

Desse modo, religiosos e sacerdotes não podem ficar desatentos às suas emoções. Além disso, a qualquer sinal de desequilíbrio é preciso parar, refletir e decidir-se mais uma vez pela saúde física e mental, equilibrando o emocional e recomeçando. Se necessário, busque um acompanhamento e ajuda de profissionais dedicados e com experiência com religiosos.

5 dicas para lidar com a ansiedade na vida consagrada

Momentos de ansiedade, seja por motivos desafiantes ou mesmo de celebração, fazem parte do cotidiano. Na vida religiosa e sacerdotal não é diferente. Além disso, muitas são as realidades difíceis que a missão expõe, seja pelas dores do mundo ou pelas dificuldades enfrentadas. 

Por conta da pandemia, saímos de uma vida de intensa atividade apostólica e pastoral. Foi necessário fechar as portas das igrejas, parar com os eventos e manter as comunidades reclusas, gerando uma rotina nunca vivida antes por tanto tempo. Logo, a ansiedade passou a ser um vilão ainda mais presente na vida religiosa. 

Além disso, a falta de presença na realidade e a busca exagerada do que ainda não faz parte do presente tendem a adoecer homens e mulheres. Logo depois do período mais crítico da pandemia, falou-se muito de uma epidemia de ansiedade e depressão. 

Por isso, tem se tornado cada vez mais comum religiosos e sacerdotes sofrerem com transtornos de ansiedade, depressão e outras patologias. Confira 5 dicas para administrar da melhor forma possível as ansiedades da vida.

Concentre-se no presente 

A vida do ansioso tende a perder sua qualidade, sobretudo quando surgem sintomas fisiológicos como taquicardia, sudorese, falta de ar, tonturas e outros. Uma das formas de lutar contra isso é focar-se na realidade, no presente.

Santa Teresinha do Menino Jesus, em sua pequena via, orienta: “Só temos o hoje para amar!”. Essa prática traz uma imersão na realidade que possibilita a fuga de distrações ou ansiedades exageradas. 

Alguns terapeutas orientam que, no momento de crise, deve-se focar em um objeto e tentar descrevê-lo em detalhes, como forma de desfocar-se da ansiedade. 

Portanto, a dica inicial é: procure concentrar-se no presente, na realidade, no que está ao seu redor.

Busque profissionais adequados 

Como dito acima, todos nós convivemos com momentos de ansiedade e tensão. O importante aqui é ficarmos atentos aos nossos limites e, em especial, aos sintomas ditos acima. 

Ao surgirem, ainda que de modo sutil, é importante buscar por profissionais capacitados, como psicólogos e/ou psiquiatras, que acompanhem de perto o caso. 

Contudo, um alerta importante da Congregação para Vida Consagrada é que se busque a orientação de profissionais que sejam alinhados aos valores e princípios da fé e da vida religiosa.

Pratique exercício físico

Já é uma unanimidade na ciência os benefícios da prática de exercício físico para a saúde mental. E quando se refere à ansiedade isso também se aplica, afinal as atividades físicas aumentam a liberação de neurotransmissores como a endorfina, a serotonina e a noradrenalina. 

Quando liberadas no organismo, aumentam a sensação de bem-estar, por agirem diretamente no sistema nervoso central, aliviando a depressão e neutralizando os níveis de ansiedade. 

Qualidade de sono e alimentação

Outras duas realidades importantes sobre a vida saudável que influenciam diretamente nos transtornos de ansiedade são o sono e a alimentação. 

Uma alimentação rica em frutas, verduras e proteínas favorecem a produção dos neurotransmissores e possibilitam uma desinflamação metabólica, necessária para o bem-estar. Ao contrário, alimentos ricos em carboidratos e gorduras saturadas aumentam os níveis de inflamação no organismo. 

Por sua vez, o sono é outro aliado da saúde mental, pois sem o descanso necessário, o corpo não consegue encontrar um nível adequado de esforço e repouso. Mantendo, assim, a pessoa envolvida em níveis de tensão e estresse contínuos. 

Vida espiritual sempre em 1º lugar  

Para qualquer cristão, independentemente de sua condição, a espiritualidade lhe confere um bem-estar necessário. Isso é tão verdade, que cientistas já investigam os efeitos da espiritualidade como benefício para a saúde mental. 

Logo, os religiosos não estão fora dessa dimensão, muito pelo contrário, ainda que sua vida esteja marcada por práticas religiosas, a vida de oração não pode ser negligenciada. 

Obviamente, em momentos de ansiedade e depressão, nem sempre será fácil a oração da Liturgia das Horas, do Rosário ou mesmo horas de adoração ao Santíssimo Sacramento. Porém, a oração como olhar lançado ao céu não pode ficar esquecido. Será Daquele que chamou cada uma das vocações que virá o socorro necessário.

Desse modo, seguindo cada uma dessas dicas é possível combater os malefícios da ansiedade.  O que precisa ser feito o quanto antes!

Como fortalecer saúde física, mental, emocional e espiritual

Saúde é um assunto sério e deve ter nossa atenção constante. Afinal, só assim podemos alcançar uma vida equilibrada e feliz. No entanto, é uma tarefa que pede paciência e cuidado. Por isso, para te ajudar nessa missão de como fortalecer sua saúde, trouxemos algumas dicas práticas para você. 

É comum que, com as obrigações, cobranças e o cansaço do dia a dia da vida sacerdotal ou religiosa, o cuidado com a saúde física e mental sejam esquecidos. Como consequência, surgem crises de ansiedade, pânico e estresse, citando apenas questões mentais e emocionais, mas o corpo, a saúde emocional e a espiritual também sofrem com o descuido. 

Afinal de contas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ter uma saúde equilibrada é possuir “um estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças”. 

Portanto, ser saudável envolve uma série de questões que se complementam, entre elas: saúde física, mental, emocional e espiritual. Se tudo estiver em ordem, há qualidade de vida. 

Mas para que tudo esteja em harmonia o primeiro passo é conhecer o porquê e em seguida entender como fortalecer sua saúde. 

Importância de fortalecer sua saúde 

É costume dizer que a primeira coisa que deve ser feita, ao acordar pela manhã, é arrumar a cama. A consequência disso seria o restante do dia bom, organizado e produtivo. Afinal, se você tem uma atitude de atenção em relação a algo tão simples, como arrumar a cama, tudo pode entrar em equilíbrio. 

A ideia da saúde ser uma combinação entre físico, mental e social significa que, se você cuidar de uma, as outras dimensões entram em harmonia também. 

Desse modo, enquanto buscamos proteger o que seria nossa prioridade: o corpo e a saúde física, percebemos que manter a mente tranquila traz qualidade de vida e mantém a imunidade alta. 

Por outro lado, o renomado estudioso, Dr. Harold Koenig, explicou que a vivência religiosa e a espiritualidade reduzem o estresse psicológico, diminuindo a inflamação e a taxa de encurtamento dos telômeros nas células. Ou seja, quanto mais os telômeros nas células se encurtam, vai ocorrendo a degeneração dos órgãos. 

A espiritualidade reduz o estresse que causa a dor, portanto, as pessoas com uma vida religiosa tendem a ser mais esperançosas e otimistas. 

Esses dois exemplos nos mostram o quanto uma coisa está conectada à outra. Então, da mesma forma que quando algo vai bem o resto acompanha, o oposto também acontece.

Por exemplo, quando um sacerdote não está bem mentalmente, ele se afasta da sua vivência com Deus, perde as esperanças e se sente desanimado. Logo, prejudica sua saúde física e emocional. O contrário também acontece, a saúde mental é afetada primeiro e em seguida, a espiritual.

É muito importante que a sua saúde esteja fortalecida para enfrentar as dificuldades do dia a dia com resiliência e tranquilidade. Temos alguns conselhos que podem te ajudar a entender como fortalecer sua saúde. 

Dicas práticas para o seu dia a dia 

Duas ações essenciais para fortalecer sua saúde são: atividade física e uma boa noite de sono. O exercício físico libera hormônios, como a endorfina, uma substância que promove a alegria. Por sua vez, o sono regulado é responsável por fazer com que você descanse o corpo, pense melhor e tome decisões mais assertivas. 

Também priorize seus momentos de descanso. Sabemos que uma vida em comunidade é exigente, mas respeite os momentos livres que você tem para descansar e fazer coisas que lhe dão prazer, como ler um livro ou passar um tempo com Deus. 

Lembre-se também da sua humanidade. O único capaz de ser perfeito é Deus. Nós somos seres limitados e precisamos aceitar isso. Quando tiramos de nós a pressão que é vencer o mundo em 24h, a nossa saúde mental e emocional tem a oportunidade de se revitalizar. 

Procure ajuda médica e profissional, seja de médicos especialistas, psicólogos ou professores de educação física. Também mantenha amizade com pessoas que possam te dar apoio e te ouvir!

Porém, acima de tudo, seja paciente, pois como mencionado no início do artigo, fortalecer e cuidar da saúde demanda cuidado e atenção. Seja persistente. 

Coloque em prática essas dicas e medite sobre o assunto, respeite seu tempo e não tenha vergonha de procurar ajuda! 

Compartilhe esse texto com seus amigos para que mais pessoas conheçam a importância e como fortalecer a sua saúde mental, física, emocional e espiritual. Além disso, te convido para acompanhar o nosso site, onde publicamos conteúdos de aprofundamento na saúde e na espiritualidade.

7 mitos sobre crise de ansiedade

A crise de ansiedade é desencadeada por uma série de fatores, como dias de trabalho estressante, medos, dúvidas sobre a vida, futuro e vocação, preocupações intensas, cansaço extremo e muito mais.

Uma crise de ansiedade pode ser tão intensa que o ansioso pode nem saber diferenciar os sintomas com os de um ataque cardíaco, especialmente se ele estiver passando por isso pela primeira vez. 

Geralmente, ele vai sentir as mãos trêmulas, sudorese, palpitação e tontura. Além disso, o corpo ficará tenso e provavelmente dolorido.

O que chama ainda mais a atenção acerca da ignorância sobre a doença é que muitas pessoas convivem com crises de ansiedade, sem saber que estão passando por ela, especialmente no Brasil. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros.

Apesar de ser comum, muitos ansiosos não conhecem o verdadeiro significado do transtorno, assim como não sabem como melhorar, como agir ou quais as causas. O assunto é debatido e frequente, mas ainda há muito preconceito, desinformação e mitos!

Mitos sobre a crise de ansiedade

A crise de ansiedade pode fazer parte do comportamento do ser humano. De maneira controlada e saudável, demonstra um clima de espera por um determinado momento necessário. Entretanto, quando se torna desequilibrada nos faz ansiar ou temer algo de forma descontrolada, afetando o convívio social, a saúde, sendo profundamente prejudicial.

Contudo, antes de lutar contra qualquer problema mental é preciso conhecer o adversário, inclusive desvendar os mitos que o cercam. 

#Mito 1- Crise de ansiedade dá só em adultos

A crise de ansiedade não é uma exclusividade dos adultos. Ou seja, você pode desenvolver o problema na infância, ignorado e carregado até a vida adulta.

#Mito 2- O ideal é evitar situações de ansiedade

Apesar de ser instintivo fugir do que causa aflições e medos, nem sempre está no controle de quem sofre crise de ansiedade evitá-los. Portanto, o ansioso precisa criar mecanismos para lidar com os gatilhos e os enfrentar. Desse modo, pense em quais são e por que te afetam dessa maneira.

Entender os motivos pode ser um grande passo para compreensão e melhora. 

#Mito 3 – Pessoas ansiosas não tem cura 

Esse é um grande equívoco, pois, com um tratamento médico especializado, terapia e medicamentos, o ansioso pode apresentar grande evolução e melhora. Em alguns casos, a pessoa nunca mais terá que lidar com crises de ansiedade.

Além disso, com a terapia, é possível adquirir autoconhecimento, o que é um fator importante para lidar com as crises de ansiedade. 

#Mito 4 – Após tratamento, a ansiedade nunca mais volta

Isso não pode ser afirmado, porque há vários fatores de risco e gatilhos para as crises de ansiedade. Além disso, novas preocupações podem surgir, além das citadas no início do artigo e desencadear novas crises. 

Portanto, o tratamento, o autoconhecimento e o cuidado constante são as melhores maneiras de evitar uma crise de ansiedade

#Mito 5 – Bebidas alcoólicas ajudam a combater as crises 

Encontrar refúgio na bebida, em momentos em que a ansiedade está aflorada, pode acarretar ainda mais problemas. Afinal de contas, a sensação reconfortante é passageira. 

#Mito 6 – Crises de ansiedade não geram efeitos físicos

Esse é um mito bem comum. Por se tratar de uma condição mental, muitas pessoas acreditam que ela não chega ao corpo, mas os ansiosos, durante uma crise, podem sentir suas mãos tremendo, dificuldade para respirar, dores generalizadas e frequência cardíaca acelerada. 

#Mito 7 – Tomar remédios é a única maneira de controlar as crises de ansiedade 

Com a terapia e o autoconhecimento é possível controlar e entender as crises de ansiedade e os seus gatilhos. Embora as medicações sejam de grande valia, não são as únicas opções. 

Domar a ansiedade atribui uma qualidade de vida consistente, a produtividade aumenta, as relações pessoais se tornam mais sadias, o trabalho flui e o copo parece sempre estar meio cheio. 

Compreender as crises de ansiedade é o primeiro passo para ter uma vida mais saudável e equilibrada. Procurar ajuda e entender que essa é uma doença que precisa de tratamento leva à tranquilidade e à paz, além disso, fortalecer a amizade e a intimidade com Deus, durante o processo, torna tudo ainda melhor.

Compartilhe esse artigo com seus amigos para eles poderem clarear sua mente acerca das crises de ansiedade.

5 dicas para lidar com a ansiedade na vida consagrada

Momentos de ansiedade, seja por motivos desafiantes ou mesmo de celebração, fazem parte do cotidiano. Na vida religiosa e sacerdotal não é diferente. Além disso, muitas são as realidades difíceis que a missão expõe, seja pelas dores do mundo ou pelas dificuldades enfrentadas. 

Por conta da pandemia, saímos de uma vida de intensa atividade apostólica e pastoral. Foi necessário fechar as portas das igrejas, parar com os eventos e manter as comunidades reclusas, gerando uma rotina nunca vivida antes por tanto tempo. Logo, a ansiedade passou a ser uma vilã ainda mais presente na vida religiosa. 

Além disso, a falta de presença na realidade e a busca exagerada do que ainda não faz parte do presente tendem a adoecer homens e mulheres. Logo depois do período mais crítico da pandemia, falou-se muito de uma epidemia de ansiedade e depressão. 

Por isso, tem se tornado cada vez mais comum religiosos e sacerdotes sofrerem com transtornos de ansiedade, depressão e outras patologias. Confira 5 dicas para administrar da melhor forma possível as ansiedades da vida.

Concentre-se no presente 

A vida do ansioso tende a perder sua qualidade, sobretudo quando surgem sintomas fisiológicos como taquicardia, sudorese, falta de ar, tonturas e outros. Uma das formas de lutar contra isso é focar-se na realidade, no presente.

Santa Teresinha do Menino Jesus, em sua pequena via, orienta: “Só temos o hoje para amar!”. Essa prática traz uma imersão na realidade que possibilita a fuga de distrações ou ansiedades exageradas. 

Alguns terapeutas orientam que, no momento de crise, deve-se focar em um objeto e tentar descrevê-lo em detalhes, como forma de desfocar-se da ansiedade. 

Portanto, a dica inicial é: procure concentrar-se no presente, na realidade, no que está ao seu redor.

Busque profissionais adequados 

Como dito acima, todos nós convivemos com momentos de ansiedade e tensão. O importante aqui é ficarmos atentos aos nossos limites e, em especial, aos sintomas ditos acima. 

Ao surgirem, ainda que de modo sutil, é importante buscar por profissionais capacitados, como psicólogos e/ou psiquiatras, que acompanhem de perto o caso. 

Contudo, um alerta importante da Congregação para Vida Consagrada é que se busque a orientação de profissionais que sejam alinhados aos valores e princípios da fé e da vida religiosa.

Pratique exercício físico

Já é uma unanimidade na ciência os benefícios da prática de exercício físico para a saúde mental. E quando se refere à ansiedade isso também se aplica, afinal as atividades físicas aumentam a liberação de neurotransmissores como a endorfina, a serotonina e a noradrenalina. 

Quando liberadas no organismo, aumentam a sensação de bem-estar, por agirem diretamente no sistema nervoso central, aliviando a depressão e neutralizando os níveis de ansiedade. 

Qualidade de sono e alimentação

Outras duas realidades importantes sobre a vida saudável que influenciam diretamente nos transtornos de ansiedade são o sono e a alimentação. 

Uma alimentação rica em frutas, verduras e proteínas favorecem a produção dos neurotransmissores e possibilitam uma desinflamação metabólica, necessária para o bem-estar. Ao contrário, alimentos ricos em carboidratos e gorduras saturadas aumentam os níveis de inflamação no organismo. 

Por sua vez, o sono é outro aliado da saúde mental, pois sem o descanso necessário, o corpo não consegue encontrar um nível adequado de esforço e repouso. Mantendo, assim, a pessoa envolvida em níveis de tensão e estresse contínuos. 

Vida espiritual sempre em 1º lugar  

Para qualquer cristão, independentemente de sua condição, a espiritualidade lhe confere um bem-estar necessário. Isso é tão verdade, que cientistas já investigam os efeitos da espiritualidade como benefício para a saúde mental. 

Logo, os religiosos não estão fora dessa dimensão, muito pelo contrário, ainda que sua vida esteja marcada por práticas religiosas, a vida de oração não pode ser negligenciada. 

Obviamente, em momentos de ansiedade e depressão, nem sempre será fácil a oração da Liturgia das Horas, do Rosário ou mesmo horas de adoração ao Santíssimo Sacramento. Porém, a oração como olhar lançado ao céu não pode ficar esquecido. Será Daquele que chamou cada uma das vocações que virá o socorro necessário.

Desse modo, seguindo cada uma dessas dicas é possível combater os malefícios da ansiedade.  O que precisa ser feito o quanto antes!

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