Religiosos da Copiosa Redenção dão mais um passo em direção ao sacerdócio

Missas de instituição de ministérios acontecem em Santa Maria (RS) e Curitiba (PR)

A jornada para se tornar um sacerdote é longa, exige do candidato paciência, perseverança e coragem. No entanto, a cada etapa concluída a alegria e, porque não, a ansiedade tomam conta dos seminaristas. Com os religiosos da Copiosa Redenção não é diferente. Neste mês de abril os irmãos Gustavo Fosse, Diogo Duarte Lima e Daniel Mariano darão novos passos em direção ao recebimento do Sacramento da Ordem.

No dia 09 de abril, Irmão Gustavo receberá o ministério do leitorado. “Um passo a mais na minha vocação, em direção a cumprir sempre a vontade de Deus”, acredita o religioso. O leitor é instituído no serviço da mesa da Palavra, onde de forma oficial proclama as leituras das celebrações (exceto o Evangelho); a ele também é conferida a missão de organizar a catequese e orientar o povo e sua participação na assembleia.

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Irmão Diogo e Irmão Gustavo receberão a instituição dos ministérios em Santa Maria (RS)

Na mesma data, Irmão Diogo também receberá das mãos do Arcebispo de Santa Maria (RS), Dom Leomar Antônio Brustolin, a admissão à Ordem Sacra. Este é o momento em que a Igreja acolhe o seminarista como candidato para o ministério de diácono e de presbítero. No rito, o rapaz manifesta sua vontade de se entregar a Deus e à humanidade no exercício do ministério sacerdotal.

Para Irmão Diogo, essa etapa da jornada é um convite para se configurar cada vez mais a Jesus Sumo e Eterno Sacerdote. “Por meio da autoridade da Igreja sou chamado a me aprofundar no mistério redentor de Cristo, para poder levar a redenção e a misericórdia àqueles que mais precisam. Assim sendo, poderei por meio da intercessão da Virgem Maria, Mãe do Perpétuo Socorro e de São José poderei responder – Eis-me aqui Senhor, envia-me”.

A missa acontecerá no dia 09 de abril, na Paróquia Nossa do Perpétuo Socorro, na cidade de Santa Maria (RS), às 19h00 e será presidida pelo arcebispo de Santa Maria, Dom Leomar Antônio Brustolin.

Um passo antes do diaconato

Irmão Daniel será instituído acólito em Curitiba (PR)

Na jornada para o sacerdócio, o passo que antecede a ordenação presbiteral é o diaconato, mas antes, o seminarista ainda recebe o ministério do Acolitato. Esse ministério concede ao candidato a função de acólito, ou seja, de servir na mesa da Eucaristia, auxiliando o sacerdote durante as celebrações litúrgicas.

Esse é o ministério que o Irmão Daniel Mariano se prepara para receber no próximo dia 23 de abril. “Este Ministério é muito importante para mim, porque é um percurso que nós vamos fazendo desde o segundo ano da teologia, recebendo admissão às ordens sacras, depois o leitorato e, agora, chegando ao quarto ano da teologia, então, serei instituído acólito”, explica o religioso.

Irmão Gabriel receberá a admissão à Ordem Sacra no dia 23 de abril

Irmão Daniel receberá o acolitato na Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança, em Curitiba, pelas mãos do bispo auxiliar da Arquidiocese de Curitiba, Dom Adênis de Oliveira. Na mesma ocasião, Irmão Gabriel Henrique da Cruz, receberá a admissão à Ordem Sacra, iniciando todo o percurso já trilhado pelo co-irmão Daniel. “Esse percurso da admissão às ordens sacras é uma confirmação do que Deus vem falando ao meu coração desde sempre, porém agora a Igreja reconhece isso”, acredita Ir. Gabriel.

Baixe gratuitamente o Infográfico Entenda as vocações na Igreja Católica

Comunicado: Copiosa Redenção encerra trabalhos na Comunidade Terapêutica Antônio e Maria

Após 14 anos servindo na Comunidade Terapêutica Antônio e Maria, no município de São Sepé (RS), a Copiosa Redenção não estará mais a frente dos trabalhos da instituição, a partir da próxima quarta-feira, dia 09 de abril. As atividades com as acolhidas e a comunidade passarão a ser conduzidas pela Associação Amor Exigente Airton Picada Souto, com acompanhamento da metodologia de trabalho da Copiosa Redenção.

Foi com o apoio do então grupo Amor Exigente que as irmãs iniciaram o trabalho de recuperação na cidade, ao longo dos anos mais de 400 mulheres vivenciaram o caminho terapêutico da Copiosa Redenção. Nesse ano, quatro religiosas da Copiosa Redenção estavam a frente dos trabalhos com seis acolhidas.

A Copiosa Redenção encerra as atividades em São Sepé com louvor e gratidão a Deus, a comunidade e a Igreja local, certas de que por graça de Deus, cumpriram a missão de levar o Amor Redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo à muitas mulheres e famílias sem esperança.

A importância de buscar ajuda emocional: recursos e contatos para quem precisa

Buscar ajuda emocional é um passo essencial para superar desafios psicológicos e garantir o bem-estar. Conheça os recursos disponíveis e como encontrar apoio no momento certo.

A vida pode ser desafiadora e, em muitos momentos, enfrentamos dificuldades  que parecem insuperáveis. No entanto, ninguém precisa lidar com essas questões sozinho. Buscar ajuda  é um ato de coragem e uma etapa fundamental para recuperar o equilíbrio e a qualidade de vida.

Infelizmente, muitas pessoas ainda hesitam em procurar apoio, seja por medo do julgamento, falta de informação ou por acreditarem que devem enfrentar tudo sozinhas. No entanto, cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física. Assim como procuramos um médico quando sentimos dor, buscar ajuda emocional pode ser determinante para superar momentos difíceis.

Além dos profissionais especializados, a comunidade e a espiritualidade também desempenham um papel crucial no acolhimento. A Igreja, por exemplo, tem se dedicado cada vez mais ao cuidado emocional dos fiéis, reconhecendo a importância do suporte na prevenção ao suicídio e na promoção do bem-estar psicológico.

Neste artigo, vamos abordar a importância de buscar ajuda emocional, os principais recursos disponíveis para quem precisa e como a Igreja e a sociedade podem contribuir para a construção de um ambiente de acolhimento e de cuidado. 

A busca por ajuda emocional é um passo vital para transformar as dificuldades em oportunidades de superação, e ao entender melhor os recursos ao nosso dispor, podemos dar passos significativos em direção ao equilíbrio mental e emocional.

Reconhecendo os sinais de sofrimento emocional e buscando apoio

Identificar sinais de sofrimento é essencial para promover o bem-estar e prevenir agravamentos. Logo, buscar ajuda é um ato de coragem que pode transformar vidas. 

Muitas vezes, as pessoas enfrentam desafios emocionais em silêncio, seja por medo do julgamento ou por não reconhecerem a gravidade de sua situação. No entanto, reconhecer os sinais de sofrimento  é o primeiro passo para buscar ajuda adequada e evitar complicações mais sérias.

É importante lembrar que o sofrimento psíquico  não escolhe idade, gênero ou classe social. Ele pode se manifestar de formas diferentes em cada pessoa, por isso, é fundamental estar atento às mudanças no comportamento ou nas emoções de quem está ao nosso redor. 

A dor emocional muitas vezes se disfarça em atitudes como o isolamento, a apatia ou até mesmo a agressividade. Quando esses sinais são percebidos, é necessário agir rapidamente para buscar o apoio necessário. 

A ajuda pode vir de diferentes formas, como o suporte de um profissional de saúde mental, a participação em grupos de apoio ou até mesmo a busca por recursos de acolhimento e orientação. Por mais difícil que seja, tomar a decisão de pedir ajuda é o primeiro passo para a recuperação e a proteção da saúde emocional.

​Ajuda emocional: a importância de identificar os sinais de sofrimento

Sinais como tristeza persistente, irritabilidade, isolamento social, alterações no sono e no apetite, além de dificuldades de concentração, podem indicar sofrimento emocional. Estar atento a essas manifestações permite que a pessoa ou aqueles ao seu redor, tomem medidas proativas para buscar apoio e ajuda emocional. 

Segundo Cristiano Nabuco (2021), psicólogo e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), “identificar sinais de sofrimento emocional é essencial para que a pessoa procure ajuda antes que a situação se agrave”. 

Além disso, o psicólogo Dr. Augusto Cury (2020), renomado autor na área de saúde mental, afirma: “muitas vezes, as pessoas não reconhecem esses sinais como um pedido de ajuda e, por isso, acabam se isolando, o que intensifica a dor emocional”.

Reconhecer essas pequenas mudanças pode ser o primeiro passo para buscar apoio emocional e melhorar o bem-estar. Um exemplo claro disso pode ser visto no livro O Vendedor de Sonhos, de Cury, no qual o personagem Júlio César, após tentar o suicídio, é impedido de cometer o ato final por intermédio de um mendigo. 

Este livro demonstra como os sinais de sofrimento emocional podem ser ignorados e como uma intervenção externa pode mudar o rumo de uma vida. Reconhecer essas pequenas mudanças no comportamento pode ser o primeiro passo para buscar apoio e ajuda e, assim, melhorar o bem-estar.

Ajuda emocional: a coragem de falar sobre as emoções

Falar sobre as emoções e compartilhar sentimentos com pessoas de confiança ou profissionais qualificados é um passo essencial para aliviar o peso das emoções negativas. Muitas vezes, a atitude de expressar nossos sentimentos é estigmatizada, como se isso fosse um sinal de fraqueza. 

No entanto, falar sobre nossas dores e desafios é, na verdade, um ato de coragem. Isso demonstra autoconhecimento e uma disposição real de buscar soluções para o sofrimento. Quando nos abrirmos, estamos dando um passo fundamental para o alívio e a cura .

O Centro Âncora reforça a importância de um acolhimento genuíno e de uma escuta ativa, reconhecendo que muitas pessoas carregam suas angústias em silêncio, temendo serem julgadas por procurar ajuda emocional. 

No entanto, quando alguém se permite compartilhar suas emoções, o primeiro passo para a recuperação já está sendo dado. A escuta ativa, como enfatizado pelo Centro Âncora, envolve mais do que ouvir palavras; trata-se de ouvir com o coração, compreendendo as emoções e os sentimentos que as acompanham. 

Esse espaço de acolhimento permite que as pessoas se sintam seguras e respeitadas, criando um ambiente favorável à transformação emocional e ao fortalecimento mental. Falar sobre o que se sente não é sinal de fraqueza, mas um sinal de força interior e de coragem em buscar ajuda emocional.

É um passo decisivo para a construção de uma saúde emocional mais equilibrada e para a prevenção de problemas psicológicos mais sérios, como a depressão e os pensamentos suicidas. Ao buscar apoio e permitir-se expressar, estamos abrindo portas para uma jornada de cura e autocompreensão.

Apoio e recursos disponíveis para a ajuda emocional

Existem diversos recursos acessíveis para quem busca ajuda emocional:

  • Profissionais de Saúde Mental: Psicólogos e psiquiatras são capacitados para oferecer diagnósticos precisos e tratamentos adequados para diferentes transtornos emocionais. O Ministério da Saúde do Brasil disponibiliza uma Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que oferece cuidados em saúde mental, incluindo promoção, assistência e reabilitação.
  • Grupos de Apoio: Participar de grupos onde indivíduos compartilham experiências semelhantes proporciona um ambiente de suporte mútuo e compreensão. Esses grupos podem ser presenciais ou virtuais, oferecendo flexibilidade para os participantes.
  • Centros de Acolhimento: Instituições como o Centro Âncora oferecem acolhimento especializado para sacerdotes, religiosos e religiosas que enfrentam sofrimento emocional, proporcionando um ambiente seguro e suporte profissional.
  • Linhas de Apoio: Serviços como os do Centro de Valorização da Vida (CVV) oferecem atendimento gratuito e sigiloso para pessoas em crise emocional, funcionando 24 horas por dia.​

Reconhecer a necessidade de ajuda emocional e utilizar os recursos disponíveis são passos fundamentais para a recuperação e manutenção da saúde mental. Lembre-se de que buscar ajuda  é um ato de coragem e um investimento no próprio bem-estar.

VIII Congresso Âncora e ajuda emocional: acolher e cuidar para salvar vidas

O sofrimento emocional e as crises psicológicas são questões que afetam muitas pessoas, mas, muitas vezes, são tratadas de maneira silenciosa e isolada. 

A Igreja sempre desempenhou um papel crucial no acolhimento, oferecendo um espaço de conforto e suporte para aqueles que buscam alívio e cura. 

Com isso em mente, o Centro Âncora realizará o VIII Congresso Âncora, com o tema “Acolher e Cuidar: A Missão da Igreja na Prevenção do Suicídio”, abordando questões de vital importância para a saúde  dentro das comunidades religiosas.

Garanta sua vaga: PRIMEIRO LOTE ESGOTADO!

Se você ainda não se inscreveu, não perca a chance de participar deste evento transformador e essencial. O Congresso será uma excelente oportunidade para profissionais, líderes religiosos e interessados em promover o bem-estar emocional dentro da Igreja se atualizarem e se engajarem em discussões profundas e significativas.

Por que participar do Congresso?

Aprenda com Especialistas – Palestrantes renomados, como psicólogos, líderes religiosos e especialistas na área da saúde mental, compartilharão estratégias eficazes para acolhimento e cuidado emocional. Eles fornecerão ferramentas práticas para que os participantes possam identificar sinais de sofrimento, promover o cuidado adequado e agir de maneira eficaz em situações críticas.

 Engaje-se em discussões relevantes – O evento abordará temas essenciais como autopercepção, empatia, o papel da Igreja na prevenção ao suicídio, e como criar redes de apoio dentro das comunidades religiosas. As palestras serão uma oportunidade única para expandir os conhecimentos sobre como a espiritualidade e a saúde mental podem caminhar juntas para oferecer conforto, esperança e ajuda emocional.

 Fortaleça sua comunidade – O aprendizado obtido durante o Congresso ajudará a formar comunidades religiosas mais preparadas e acolhedoras. O conhecimento adquirido contribuirá para a criação de ambientes onde a escuta ativa, a empatia e o apoio sejam valores centrais, proporcionando uma rede de proteção para todos os membros da comunidade.

Este congresso não apenas oferece uma formação enriquecedora sobre prevenção ao suicídio, mas também proporciona uma oportunidade para que todos, especialmente líderes e fiéis, se unam em torno do importante objetivo de salvar vidas por meio do cuidado, ajuda emocional e espiritual. 

A missão da Igreja na prevenção ao suicídio nunca foi tão necessária. Por isso, se você busca fazer a diferença e contribuir para um mundo mais acolhedor e compassivo, não deixe de participar!

Detalhes do Evento

Data: 2 e 3 de maio de 2025
Local: FAE Business School, Curitiba-PR
Inscrições: Segundo lote disponível! 

Acolher, escutar e apoiar são pilares fundamentais para salvar vidas. O VIII Congresso Âncora é uma oportunidade única para refletir sobre como podemos, juntos, fortalecer redes de cuidado  dentro da Igreja. 

O grande interesse pelo evento confirma a urgência desse debate. O primeiro lote de inscrições já esgotou, e as vagas para o segundo lote são limitadas! Não deixe para depois: inscreva-se agora e garanta sua participação neste encontro essencial para discutir o papel da Igreja no cuidado e na prevenção ao suicídio.

 INSCREVA-SE AGORA MESMO 

Lembre-se: sua participação pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas.

A vida fraterna como prevenção ao suicídio 

No segundo dia do VIII Congresso Âncora, Frei Sidney Damasio conduziu uma palestra inspiradora sobre o papel da comunidade na prevenção do suicídio, enfatizando que acolher e cuidar são essenciais para uma vida fraterna autêntica. Com base em reflexões teológicas e na experiência cristã, ele apresentou aspectos fundamentais sobre como a comunidade pode ser um refúgio para os que sofrem, oferecendo acolhimento, pertença e identidade.

Fraternidade como caminho para o cuidado

Frei Sidney destacou que a fraternidade não é apenas um conceito religioso, mas uma necessidade existencial. Inspirado na exortação apostólica Gaudete et Exsultate, ele reforçou que a santificação é um caminho comunitário, realizado dois a dois, na partilha e no cuidado mútuo.

A comunidade é chamada a ser um espaço de escuta, formação, amadurecimento e serviço, onde cada pessoa pode se sentir verdadeiramente reconhecida e valorizada. Ele ressaltou que Jesus encontrava descanso em sua comunidade, e que essa mensagem precisa ser vivida plenamente no cotidiano cristão.

Os “não lugares” e o desafio da humanização

Um dos pontos centrais da palestra foi a reflexão sobre os “não lugares”, ambientes de anonimato onde as relações são superficiais e desumanizantes. Frei Sidney alertou que esses espaços—sejam sociais ou até dentro de lares—podem agravar o isolamento e a vulnerabilidade emocional. Ele enfatizou que é essencial transformar a comunidade em um espaço de pertença, onde a identidade das pessoas seja fortalecida.

A casa e a Igreja não podem ser apenas estruturas físicas, mas devem se tornar lugares de acolhimento e personalização, onde cada indivíduo encontra abrigo, apoio e renovação espiritual.

A comunidade cristã e a construção de relações fraternas

A reflexão sobre a comunidade foi aprofundada com o conceito de autopoiesis, que descreve a Igreja como um organismo vivo que se constrói continuamente. Para que haja crescimento verdadeiro, é necessário relativizar o individualismo e cultivar laços de comunhão.

Frei Sidney recordou que todos nascemos duas vezes:

  • Na natureza, para a vida.
  • Na sociedade, para a existência, pois nossa identidade se constrói sob o olhar do outro.

Ele alertou que o isolamento leva à alienação e ao sofrimento, mas que a luz da fé nos ensina que somos reconhecidos por Deus e irmanados com todos.

Caminhar juntos: perdão, unidade e missão

Outro ponto crucial da palestra foi o papel do perdão e da reconciliação na comunidade cristã. Segundo Frei Sidney, a unidade não significa ausência de conflitos, mas sim a capacidade de superar desafios juntos, construindo uma fraternidade baseada no amor e na misericórdia.

A Igreja precisa ser um espaço de transformação, onde a vida comunitária é alimentada por escuta, oração e serviço. Citando documentos como Fratelli Tutti, ele reforçou que o caminho para o amor fraterno passa pela cruz, pela negação do individualismo e pela afirmação do outro como pessoa.

Um chamado à comunidade viva e ativa

Concluindo sua palestra, Frei Sidney reafirmou que a comunidade cristã é a expressão do Corpo Místico de Cristo, integrando seus membros pelo Espírito Santo e construindo relações baseadas na caridade e na paz.

O VIII Congresso Âncora continua com reflexões profundas, reforçando a missão da Igreja como espaço de acolhimento, cuidado e fraternidade, essencial para a prevenção do sofrimento e do suicídio.

Como a comunidade religiosa pode ser um porto-seguro para quem está em sofrimento

Como a comunidade religiosa pode ser um porto-seguro para quem está em sofrimento

A importância da comunidade religiosa como refúgio espiritual e emocional

Em um mundo cada vez mais marcado por desafios emocionais, a comunidade religiosa emerge como um porto-seguro para aqueles que enfrentam angústias profundas. A fé e a fraternidade oferecem um ambiente acolhedor, onde o sofrimento pode ser compartilhado e aliviado. A missão da Igreja, fundamentada nos ensinamentos de Jesus, é acolher e cuidar, proporcionando um espaço seguro para todos os que sofrem.

Por que a comunidade religiosa deve ser um porto-seguro?

Em tempos de dor e incerteza, a comunidade religiosa deve ser um espaço de acolhimento e de esperança. Veja como a fé, o convívio fraterno e o exemplo de Jesus podem transformar vidas. 

  1. A fé como sustentação emocional: A fé cristã oferece sentido à vida e fortalece aqueles que atravessam momentos difíceis. A confiança em Deus e nos ensinamentos de Cristo proporciona esperança e resiliência.
  2. A vida comunitária como espaço de acolhimento: O convívio com irmãos e irmãs na fé cria uma rede de apoio essencial. Compartilhar experiências e desafios em um ambiente de compreensão mútua pode ser um alívio significativo para quem enfrenta crises emocionais.
  3. O exemplo de Jesus: Jesus sempre acolheu os que sofriam, sem julgamentos ou preconceitos. Seguir Seu exemplo implica em oferecer amor incondicional e apoio a todos que buscam refúgio na comunidade.

Os desafios do sofrimento emocional dentro da Igreja

  1. O tabu do sofrimento emocional no meio religioso: Muitos fiéis ainda sentem vergonha de demonstrar vulnerabilidade, temendo que sua fé seja questionada. É crucial desmistificar essa percepção e promover uma cultura de abertura e compreensão.
  2. O risco do isolamento dentro da comunidade: Quando o sofrimento não é compreendido, a pessoa pode se afastar, agravando seu estado emocional. A comunidade deve estar atenta para identificar e para apoiar aqueles que demonstram sinais de retraimento.
  3. A importância da escuta sem julgamentos: Muitas vezes, a pessoa precisa apenas de alguém que a ouça com atenção e com empatia. A escuta ativa é uma ferramenta poderosa de cura e acolhimento.

Como a comunidade religiosa pode ser um porto-seguro na prática?

Para que a comunidade religiosa seja um verdadeiro porto-seguro, é essencial transformar o acolhimento em ação. Veja como criar um ambiente de apoio e empatia na prática. 

  1. Criar um ambiente de acolhimento: As comunidades podem fortalecer a cultura da empatia, promovendo ações que incentivem a compreensão e o apoio mútuo. Eventos comunitários, grupos de apoio e momentos de convivência são oportunidades para estreitar laços e oferecer suporte.
  2. Desenvolver uma escuta ativa e compassiva: Ouvir sem pressa, sem julgamentos e com verdadeiro interesse é fundamental. Treinamentos e oficinas podem capacitar os membros da comunidade a aprimorar suas habilidades de escuta.
  3. Promover espaços de partilha e de apoio: Grupos de oração, rodas de conversa e acompanhamento pastoral são essenciais para que os fiéis compartilhem suas experiências e encontrem apoio. Esses espaços devem ser seguros e confidenciais, incentivando a abertura e a confiança.
  4. Capacitar líderes religiosos para lidar com sofrimento emocional: A formação contínua é vital para que líderes estejam preparados para identificar e auxiliar aqueles em sofrimento. Programas de capacitação em saúde mental e aconselhamento pastoral são investimentos valiosos para a comunidade.
  5. Encaminhar para ajuda profissional quando necessário: É essencial discernir quando é preciso buscar apoio especializado, reconhecendo os limites da atuação pastoral e valorizando a colaboração com profissionais de saúde mental.
  6. Oferecer suporte sem minimizar a dor do outro: Validar os sentimentos alheios e oferecer apoio genuíno fortalece os laços comunitários e promove a cura emocional.

A realidade do sofrimento emocional entre líderes religiosos

É importante reconhecer que o sofrimento emocional não se restringe aos fiéis; líderes religiosos também enfrentam desafios significativos. Frei Vagner Sanagiotto, frade carmelita (Comissariado Geral do Paraná), psicólogo, doutorando em Psicologia (Pontifícia Universidade Salesiana – Roma/Itália), falando sobre tema ao Vatican News destacou que “o sofrimento psíquico do padre ou do/a religioso/a consagrado/a pode se manifestar na psicopatologia, tais como depressão, ansiedade, estresse, burnout etc”. A saúde mental desses líderes é fundamental para o bem-estar de toda a comunidade, pois “o padre, o religioso, a consagrada que está bem consigo mesmo vai servir melhor ao Reino de Deus”.

A situação da saúde mental no Brasil

Esses desafios se tornam ainda mais urgentes quando analisamos os dados apresentados na matéria sobre a Campanha Janeiro Branco, que destaca a situação da saúde mental no Brasil. Segundo pesquisas do Global Mind Project, o país enfrenta desafios significativos no bem-estar emocional pós-pandemia. Entre os entrevistados, 34% relataram angústia e 38% estão em processo de recuperação, sendo os jovens abaixo de 35 anos os mais afetados.

Além disso, a prevalência de transtornos mentais no Brasil é alarmante. O país lidera o ranking mundial de transtornos de ansiedade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e tem a maior prevalência de depressão na América Latina, sendo o segundo nas Américas. Dados recentes da pesquisa Covitel 2023, apresentados na Campanha Janeiro Branco, apontam que 26,8% dos brasileiros receberam diagnóstico médico de ansiedade.

Impacto devastador

O impacto desses transtornos pode ser devastador, especialmente entre os jovens. Entre 2011 e 2022, a taxa de suicídio nessa faixa etária cresceu 6% ao ano, enquanto as notificações por autolesão aumentaram 29% anualmente. Na população em geral, o crescimento médio foi de 3,7% ao ano para suicídios e 21% para autolesões, evidenciando uma crise silenciosa na saúde mental. Entre os anos 2000 e 2019, os casos no Brasil aumentaram 43%, segundo a Fiocruz.

Diante desse cenário, é essencial que a Igreja esteja preparada para acolher e cuidar de todos. Criar espaços de partilha, promover formações sobre saúde mental e incentivar o cuidado emocional dentro da vocação são passos fundamentais para que a comunidade religiosa seja, de fato, um porto-seguro para todos.

Um convite especial para você

Transformar nossas comunidades em verdadeiros portos-seguros requer compromisso e ação. O VIII congresso Âncora é uma oportunidade única para aprofundar esse tema e adquirir ferramentas práticas para implementar mudanças significativas. Participe e fortaleça sua missão de acolher e cuidar!

Quer entender melhor como sua comunidade pode ser um refúgio para quem sofre? Participe do Congresso Âncora e fortaleça sua m

Dicas de Orações e de livros para ler durante o Jubileu 2025

Com o tema “Peregrinos de Esperança”, o Jubileu é celebrado a cada 25 anos pela Igreja Católica, oferecendo aos fiéis a oportunidade da renovação espiritual, da peregrinação e das indulgências plenárias. Durante esse período, a confissão, a comunhão e a oração pelas intenções do Papa são incentivadas, promovendo conversão e solidariedade.

Para viver plenamente o Jubileu 2025, é essencial fortalecer a espiritualidade com orações e livros para ler durante esse tempo de graça. A oração nos aproxima de Deus, trazendo inspiração e força, enquanto os livros aprofundam a fé e orientam a jornada espiritual. 

Por isso, reunimos sugestões valiosas de  cartas do Santo Padre, orações e livros para o Jubileu 2025, que tornarão esse tempo ainda mais significativo, ajudando você a vivê-lo com propósito e devoção.

Orações e livros para ler durante o Jubileu 2025

A oração ocupa um papel central no Jubileu de 2025, sendo um caminho poderoso de reconciliação e de renovação espiritual. Esse tempo de graça convida os fiéis a abrirem o coração à misericórdia divina, a refletirem sobre suas ações e a buscarem transformação interior. Além disso, fortalece a fé e orienta a vida segundo os ensinamentos do Evangelho.

Para aprofundar essa vivência espiritual, sugerimos orações especiais para o Jubileu de 2025:

  1. Oração do Jubileu 2025: Esta oração oficial do Jubileu, iniciada com “Pai que estás nos céus”, clama pela renovação da fé e pela vivência da esperança cristã. Ela busca a transformação dos fiéis em agentes ativos do Evangelho, promovendo a justiça e a paz no mundo.
  2. Oração de Intercessão: “Ó Pai, na Tua misericórdia, escuta as súplicas dos Teus filhos. Nesta caminhada jubilar, renova a nossa fé e aumenta em nós a esperança e a caridade, ajudando-nos a ser testemunhas do Teu amor no mundo”. Esta prece clama pela misericórdia divina, renovando a fé, a esperança e a caridade, e convidando os fiéis a testemunharem o amor de Deus no mundo.
  3. Oração de Louvor: “Senhor, louvamos Tua infinita bondade! No Jubileu, abre nossos olhos à beleza da criação, para que nossos corações exultem em gratidão. Que reconheçamos Teu amor a cada amanhecer e sirvamos com alegria”. Nesta oração, os fiéis louvam a bondade de Deus, pedindo olhos abertos à criação e um coração grato e jubiloso diante de Suas obras.
  4. Orações de libertação: Estas orações, propostas pela Irmã Zélia em seu livro 40 Dias de Oração e Libertação, são acompanhadas de reflexões e jejuns, conduzindo os fiéis a um profundo processo de reconciliação e renovação espiritual. No Jubileu de 2025, essa prática ganha ainda mais importância, reforçando o chamado à conversão, misericórdia e fé, permitindo que cada fiel experimente a graça da libertação e da esperança.
  5. Novenas e Súplicas a Nossa Senhora: Reunidas pela Irmã Zélia na Coletânea de Orações, essas preces dedicadas à Virgem Maria buscam sua intercessão e proteção. Elas são especialmente significativas durante o Jubileu, pois reforçam a devoção mariana e a confiança na Mãe de Deus.

Incorporar essas orações e livros para ler durante o Jubileu 2025 ajudará a fortalecer sua caminhada de fé, tornando esse tempo ainda mais transformador.

Cartas do Papa Francisco

As cartas do Papa Francisco são fontes valiosas de inspiração para o Jubileu. Aliadas às orações e livros para ler durante o Jubileu 2025, elas ajudam os fiéis a aprofundar a fé, fortalecer a esperança e viver esse tempo de graça com mais autenticidade.

Spes non confundit (A Esperança não engana) –  É a Bula do Jubileu 2025 e nos convida a renovar a fé e a esperança. A leitura aprofunda essa vivência, guiando-nos na oração e no compromisso cristão, fortalecendo a caminhada espiritual para acolher as graças do Jubileu.

DILEXIT NOS (Ele nos amou) – Nesta carta, o Papa Francisco reflete sobre o amor do Coração de Jesus e nos convida a recuperar o essencial: o coração. No Jubileu 2025, essa mensagem inspira uma fé mais profunda, unindo orações e livros para uma renovação espiritual e maior compromisso com o Evangelho.

Peregrinos de Esperança: O Dom da Vida – Na mensagem para o 62º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o Papa Francisco destaca as vocações como sinais da esperança de Deus no mundo. Ele destaca a vocação como um dom que chama ao amor e ao serviço, guiando os fiéis nesse caminho. Além disso, reforça a importância da oração e do apoio comunitário na vivência da fé. Durante o Jubileu 2025, essa reflexão nos convida a renovar nosso compromisso com Deus e com os irmãos.

Durante o Jubileu de 2025, as mensagens do Papa Francisco são fontes essenciais de reflexão. 

Nossos livros para viver o jubileu com fé e propósito

Os livros da Copiosa Redenção são recursos valiosos para aqueles que desejam aprofundar sua fé e vivenciar o Jubileu de 2025 de maneira mais intensa. Eles oferecem inspiração, direcionamento e ferramentas práticas para uma caminhada espiritual mais sólida.

Força e coragem – Biografia do fundador da Copiosa Redenção
Este livro apresenta a história inspiradora do fundador da Copiosa Redenção, destacando sua trajetória de fé e superação. Durante o Jubileu, sua vida pode servir de modelo para aqueles que buscam renovar sua relação com Deus, fortalecendo a perseverança e a confiança na providência divina.

Continuo escolhendo Deus todo dia –  A obra convida os leitores a renovar diariamente seu compromisso com Deus, incentivando uma vivência cristã autêntica. No contexto do Jubileu, esse livro auxilia na reflexão sobre as pequenas escolhas diárias que aproximam cada pessoa do propósito divino, promovendo uma espiritualidade consistente.

Planejamento Espiritual 2025 – O Jubileu é um tempo especial para a organização da vida espiritual, e este livro oferece um roteiro prático para ajudar os fiéis a estruturarem sua jornada ao longo do ano. Com orientações sobre oração, reflexões e metas espirituais, ele auxilia os leitores a viverem esse tempo com propósito e dedicação.

Esses  e outros livros nossos são ferramentas preciosas para tornar o Jubileu uma experiência de crescimento e renovação espiritual, proporcionando aos fiéis meios concretos para fortalecer sua fé e compromisso com Deus.

O Jubileu de 2025 é uma oportunidade única para aprofundar a fé e a caminhada espiritual. Mais que uma celebração, é um convite ao encontro com Deus, e os livros recomendados são guias essenciais nessa jornada.

Cada obra indicada traz inspiração, ensinamentos e reflexões para viver esse tempo de graça com mais intensidade. Se você busca fortalecer sua fé, encontrar respostas e crescer espiritualmente, essas leituras são indispensáveis, pois transformam a mente e o coração, trazendo renovação e esperança.

Não perca essa chance de viver o Jubileu com mais profundidade! Escolha seu livro hoje mesmo e fortaleça sua caminhada espiritual. 

Acesse a loja Copiosa Redenção: Quero meus livros

Veja cada livro sugerido:

Força e coragem

Continuo escolhendo Deus todo dia

Planejamento Espiritual 2025 

Loja Virtual da Copiosa Redenção passa a revender grandes obras do Carisma Redentorista

Copiosa Redenção firma parceria com Editora Santuário

No mês de março, a loja Virtual da Copiosa Redenção e a Editora Santuário firmaram a parceria de evangelizar por meio da leitura. A partir deste mês, a loja virtual da Copiosa passa a revender cerca de 10 títulos produzidos e publicados pela Editora Santuário. “Trouxemos principalmente os livros de Santo Afonso Maria de Ligório, como Visitas ao Santíssimo Sacramento que faz parte das nossas regras de vida. Nosso objetivo é divulgar ainda mais as obras redentoristas”, explica Irmã Daniely Duarte Santos, diretora da Loja da Copiosa Redenção.

Desde 1997 a Copiosa Redenção faz parte oficialmente da Família Redentorista, devido ao seu fundador Padre Wilton Lopes ser um padre da Congregação do Santíssimo Redentor. Além dos livros do fundador dos Redentoristas – Santo Afonso Maria de Ligório – clássicos como Imitação de Cristo, Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem e Setenário de Nossa Senhora das Lágrimas também já estão disponíveis para venda na loja virtual.

Biografia Padre Wilton

A parceria entre as editoras teve início com a impressão e publicação do livro Força e Coragem – biografia do Padre Wilton Moraes Lopes, o redentorista que fundou a Copiosa Redenção, lançado no dia 06 de março, em Ponta Grossa. “Publicar a biografia de um homem que trabalhou ardorosamente pela Copiosa Redenção é muito gratificante para nós, por isso a gente agradece e celebra junto com a Congregação”, afirmou o diretor da Editora Santuário, Irmão Marco Lucas.

Conheça todos os livros da Loja Virtual da Copiosa Redenção no site: www.lojacopiosaredencao.com.br

O papel da escuta no cuidado pastoral: como abordar quem está em sofrimento emocional?

O papel da escuta no cuidado pastoral: como abordar quem está em sofrimento emocional?

A escuta é mais do que um ato – é um chamado. Aprenda como a empatia e a atenção podem transformar vidas.

No ministério pastoral, enfrentar o sofrimento emocional das pessoas é um desafio constante. A escuta ativa e empática torna-se essencial para acolher e transformar vidas, criando um espaço seguro para quem busca alívio.

Desde seus primórdios, a Igreja tem sido um refúgio para os que padecem. Jesus, modelo de acolhimento, demonstrou essa escuta em momentos como o encontro com a mulher samaritana (Jo 4,7-26) e diante da multidão aflita (Mt 9,36), revelando a compaixão como caminho de cuidado.

A solidão e o sofrimento emocional atravessam todas as esferas da vida, atingindo inclusive as comunidades religiosas. Dúvidas vocacionais, depressão e ansiedade são realidades que exigem um olhar atento e acolhedor. Por isso, padres, religiosos(as) e seminaristas precisam ir além da pregação e se tornarem verdadeiros ouvintes, capazes de orientar e oferecer suporte com amor e empatia.

Como abordar alguém em sofrimento emocional?

Diante de uma pessoa que enfrenta um sofrimento emocional profundo, é fundamental ter uma abordagem cuidadosa. A escuta pastoral não é apenas sobre “ouvir” palavras, mas sobre criar um espaço seguro onde a dor pode ser expressa sem medo. Aqui estão algumas diretrizes essenciais:

1. Crie um ambiente de acolhimento

A primeira impressão faz toda a diferença. A postura do pastor cuidador deve ser serena, receptiva e sem pressa. Um olhar atencioso, um tom de voz suave e um ambiente tranquilo já transmitem a mensagem de que aquela pessoa é importante e sua dor, seu sofrimento emocional é válido.

2. Pratique a escuta ativa

Ouvir sem interromper, sem julgar e sem tentar dar respostas prontas. Muitas vezes, quem sofre emocionalmente não busca soluções imediatas, mas apenas alguém que o compreenda. Resuma o que foi dito para demonstrar que está prestando atenção, use expressões como “eu entendo”, “isso parece muito difícil para você” ou “estou aqui para te ouvir”.

3. Faça perguntas que ajudem a abrir o diálogo

Evite perguntas fechadas que possam levar a respostas curtas. Em vez de “Você está bem?”, pergunte:

  • “Como você tem se sentido ultimamente?”
  • “O que tem pesado no seu coração?”
  • “O que posso fazer por você neste momento?”

Isso incentiva a pessoa a se abrir e compartilhar mais sobre seu sofrimento.

4. Identifique sinais de sofrimento profundo e saiba quando encaminhar para um especialista

Nem sempre a escuta pastoral será suficiente. Quando perceber sinais como desesperança extrema, fala sobre suicídio, isolamento total ou mudanças bruscas de comportamento, é fundamental sugerir a busca por ajuda profissional. Um padre ou um religioso não substitui um psicólogo ou psiquiatra, mas pode ser o primeiro a encorajar essa busca sem tabus ou julgamentos.

No nosso Blog você vai encontrar outras reflexões sobre este assunto que podem complementar e auxiliar nas suas reflexões que podem ser acessadas após a leitura deste tema:

5. A oração e a direção espiritual como suporte

O acompanhamento espiritual pode ser um alívio para quem sofre. A oração em conjunto, o aconselhamento baseado na Palavra e a direção espiritual oferecem suporte e sentido para aquele que enfrenta um período de dor intensa. No entanto, é essencial evitar respostas simplistas como “falta de fé” ou “ore mais”, pois isso pode deslegitimar a dor do outro.

Acolher e cuidar: A missão da Igreja na prevenção ao suicídio

O sofrimento emocional não pode ser ignorado dentro da vida religiosa. Durante muito tempo, o tema da saúde mental foi um tabu dentro da Igreja, mas hoje compreendemos que acolher essa realidade faz parte da missão pastoral. A prevenção ao suicídio passa pelo olhar atento dos líderes religiosos.

Muitas vezes, um fiel não procura um psicólogo, mas confia no padre ou no religioso da sua comunidade para desabafar. Ou mesmo um sacerdote, uma religiosa, não procura ajuda profissional. Se esse encontro for marcado pelo acolhimento e pela escuta, pode ser um divisor de águas na vida de quem sofre.

A Igreja precisa continuar sendo um espaço seguro para aqueles que enfrentam crises emocionais. Para isso, é fundamental que padres e religiosos(as) estejam preparados para lidar com essas situações, compreendendo sua importância na construção de uma rede de apoio.

  • Quebrando tabus sobre saúde mental: falar sobre depressão, ansiedade e suicídio dentro da Igreja é um ato de responsabilidade pastoral.
  •  Acompanhamento e formação contínua: seminaristas e religiosos precisam ser capacitados para acolher as dores emocionais dos fiéis.
  •  Construção de uma cultura do acolhimento: promover grupos de escuta e aconselhamento nas paróquias pode salvar vidas.

O Centro Âncora é uma casa de acolhida especialmente edificada para amparar sacerdotes e religiosos(as) que venham apresentando sofrimentos ou angústias, ele conta com profissionais especializados e procura sempre em seu blog trazer reflexões sobre temas, como este que estamos tratando aqui e dentro do universo do cuidado com as pessoas, com um olhar atento aos sacerdotes, religiosas e religiosos, seminaristas, e também, no auxílio para ajudar que eles cuidem bem daqueles que lhe foram confiados. 

Deseja saber mais sobre a importância da prevenção ao sucidio leia:

VIII Congresso Âncora – aprofunde sua missão pastoral

Para aqueles que desejam se aprofundar no tema do acolhimento e da escuta pastoral, o VIII Congresso Âncora trará uma abordagem essencial sobre o cuidado emocional dentro da missão da Igreja.

Com palestras e debates conduzidos por especialistas, o evento será uma oportunidade única para entender como a escuta empática pode transformar realidades e prevenir crises emocionais.

 Conheça alguns dos temas e palestras que serão abordados:

No VIII Congresso Âncora, a reflexão sobre “O Sentido da Vida” trará uma abordagem profunda sobre como encontrar propósito e, a partir dele, fortalecer a caminhada pastoral. Compreender esse sentido maior ajuda a enfrentar tanto as alegrias quanto os desafios da vida, tornando a escuta mais empática e o acolhimento mais transformador para aqueles que buscam apoio e esperança.

“Acolher as próprias sombras, nutrir a vida e resgatar a mística” é uma das palestras do VIII Congresso Âncora, ministrada pela Irmã Silvia Maia. Reconhecer as próprias fragilidades torna a escuta mais autêntica, enquanto fortalecer a espiritualidade garante o cuidado pastoral mais equilibrado. Por fim, resgatar a mística é reencontrar na fé a força para ser presença de esperança e de acolhimento para aqueles que sofrem.

Vencer o medo de viver exige maturidade, autoconhecimento e coragem, especialmente no cuidado pastoral. Compreender essa jornada torna a escuta mais empática e o acolhimento mais profundo. 

No VIII Congresso Âncora, a palestra “A Maturidade Humana que Vence o Medo de Viver”, com Ziza Fernandes, vai explorar como superar inseguranças e abraçar a vida com autenticidade, criando um espaço de refúgio e renovação para aqueles que enfrentam o sofrimento emocional.

Sua  presença no congresso será um passo significativo para fortalecer o cuidado pastoral e tornar a Igreja cada vez mais um refúgio para quem precisa.

 Garanta sua participação! 

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A importância da oração da Via Sacra

Via Sacra é uma das mais antigas formas de se meditar a Paixão de Cristo. A expressão vem do latim e significa “caminho sagrado”: literalmente falando, nada mais é que o trajeto percorrido por Nosso Senhor com a Cruz às costas, desde o pretório de Pilatos, onde foi condenado à morte, até o Calvário, onde foi crucificado. 

Segundo uma piedosa tradição, ninguém menos que a Virgem Maria teria dado início a este santo exercício: após a morte de seu divino Filho, seja sozinha, seja em companhia das santas mulheres, ela teria refeito constantemente a via crucis, isto é, o “caminho da Cruz”.

Seguindo o exemplo de Nossa Senhora, os fiéis da Palestina — e, no correr dos anos, numerosos peregrinos de todos os lugares do mundo — procuraram visitar aqueles santos lugares, cobertos pelo suor e pelo sangue de Jesus Cristo; e a Igreja, a fim de encorajar-lhes a piedade, abriu a esses peregrinos seus tesouros de bênçãos espirituais. 

Via Sacra e indulgências plenárias

Como, porém, nem todos podem ir à Terra Santa, a Santa Sé autorizou que fossem erigidas, nas igrejas e nas capelas de todo o mundo, cruzes, pinturas ou baixos-relevos representando as tocantes cenas que se passaram na estrada verdadeira ao Calvário, em Jerusalém.

Ao permitir a construção dessas “estações”, como são chamadas, os Pontífices Romanos, que compreendiam toda a excelência e eficácia desta devoção, se dignaram também enriquecê-las de todas as indulgências que advinham de uma visita de verdade à Terra Santa. 

Originalmente a Via Sacra é composta por 14 estações, no entanto o Papa João Paulo II foi quem sugeriu que fosse criada a XV estação para recordar a ressurreição de Jesus, a oração desse última estação é opcional aos fiéis.

Ainda hoje, segundo o Manual das Indulgências, “concede-se indulgência plenária ao fiel que fizer o exercício da via-sacra, piedosamente”, levando-se em conta o seguinte (conc. 63): 

  1. “O piedoso exercício deve-se realizar diante das estações da via-sacra, legitimamente eretas. 
  2. Requerem-se catorze cruzes para erigir a via-sacra; junto com as cruzes, costuma-se colocar outras tantas imagens ou quadros que representam as estações de Jerusalém. 
  3. Conforme o costume mais comum, o piedoso exercício consta de catorze leituras devotas, a que se acrescentam algumas orações vocais. Requer-se piedosa meditação só da Paixão e Morte do Senhor, sem ser necessária a consideração do mistério de cada estação. 
  4. Exige-se o movimento de uma para a outra estação. Mas, se a via-sacra se faz publicamente e não se pode fazer o movimento de todos os presentes ordenadamente, basta que o dirigente se mova para cada uma das estações, enquanto os outros ficam em seus lugares.”

Essa indulgência pode, ainda, ser lucrada todos os dias do ano e aplicar-se aos defuntos como sufrágio. 

Se sempre devemos meditar os sofrimentos de nosso Redentor, a Quaresma, porém, é um tempo ainda mais propício para isso, especialmente nas suas duas últimas semanas, tradicionalmente denominadas de “Tempo da Paixão”.

Fonte: https://padrepauloricardo.org/

Começa hoje: Novena em Honra à gravidez de Nossa Senhora

No dia da Anunciação do Anjo à Nossa Senhora (25 de março), convidamos você a rezar a novena da Santa Gravidez da Virgem Maria. A oração foi composta pelo Padre Marlon Múcio e é muito difundida pela Irmã Zélia Garcia, religiosa da Copiosa Redenção. A Novena é para causas que parecem difíceis, impossíveis ou demoradas. Deve ser rezada diariamente, durante 9 meses: de 25 de março até 25 de dezembro, ou seja, da Anunciação até o Natal do Senhor; ou, então, em qualquer época do ano, por 9 meses ou em 9 dias consecutivos.

Em 2024, Padre Marlon e Irmã Zélia lançaram um livro contando a história da Novena e os testemunhos pessoais deles e de vários fiéis que alcançaram graças humanamente impossíveis por meio da oração desta Novena. Além do livro, foi escrito um ícone inspirado na visitação de Maria a sua prima Santa Isabel, que o Espírito Santo revelou ao Padre Marlon que ele tem um poder de exorcismo.

“Ouvi o Espírito Santo, nitidamente, dizendo para mim: “faça cópia da novena e divulgue, faça as pessoas conhecerem e rezarem a novena”. Então, obediente à voz do Espírito Santo, eu fiz cópias da novena e comecei a divulgar. Por muitos anos, segui divulgando e falando da novena, motivando as pessoas a fazerem, de 25 de março a 25 de dezembro, todos os dias”

(Trecho do relato da rmã Zélia no livro Novena em honra a santa gravidez de Nossa Senhora)

Causa impossíveis

Ao longo do livro, são relatados muitos testemunhos, como o de Ivonete Dubiela Cunha Bahls:

“Com 15 anos, meu filho estava em más companhias, com depressão e vício no álcool. Isso gerou muitas brigas e confusão. Então, iniciei a novena, pedindo para Nossa Senhora gestar ele, no seu ventre, e para São José adotá-lo como filho, levá-lo ao bom caminho e que ele sentisse o amor de pai, já que ele e meu marido brigavam muito. Foi aí que a graça veio! Todos os amigos de festa, também, foram convertidos.
O Fábio se ajeitou, se casou na igreja, se formou e, hoje, é mestre em Matemática. Um filho maravilhoso!”

ALCANCE VOCÊ TAMBÉM A SUA GRAÇA

Reze primeiro dia da Novena

Ó Maria, Virgem Imaculada,/ Porta do Céu e a causa de nossa alegria,/ respondendo com generosidade ao anúncio do Arcanjo Gabriel,/ Vós pudestes dar curso ao plano de Deus para a minha salvação./ Vós fostes pela providência Santíssima,/ desde toda eternidade, constituída vaso de Eleição e moradia digna do verbo encarnado./ Pelo vosso “sim” e fidelidade ao Pai Celeste./ O Espírito Santo teceu em vossas entranhas,/ Nosso Senhor, Javé Salvador.

Eis que desejando que o Filho de Deus, que quis nascer de vós,/ nasça também em meu coração,/ e conceda-me o perdão de meus pecados./ Prostro-me aos vossos pés e vos imploro,/ Nossa Senhora Anquiropita, Aparecida e Rosa Mística, com todo fervor de minh’alma que vos digneis alcançar-me,/ de vosso Amadíssimo Filho, a graça que tanto necessito: 

Ouvi minha súplica, ó Virgem Santíssima,/ Nossa Senhora de Caná e de Pentecostes./ Vós que, perante o Trono da Graça sois a “Onipotência Suplicante”./ Enquanto vou considerando com reverência e filial afeto/ todos os momentos de dor e de alegria,/ de desolação e de providência,/ que vos acompanharam em vossa bendita, augusta e singular gestação na qual trouxestes em vosso ventre o Filho de Deus Altíssimo. Mãe da obediência e medianeira de todas as graças,/ Vós esperastes o tempo necessário/ para trazer ao mundo o Rei do universo./ Eis que, com fé e fidelidade,/ aguardo a graça que vos suplico,/ embora me pareça muito difícil de acontecer./ Impossível ou até demorada para chegar./ Ajudai-me, pois, ó Mãe da ternura,/ Virgem do silêncio e da escuta,/ a sofrer em santa espera o tempo e as demoras de Deus,/ com sobriedade de vida,/ alegria e perseverança./ Fazei que eu jamais desanime ou seja pelo inimigo vencido./ Conduzi-me ao paraíso de Vosso Dulcíssimo Jesus e passai à frente,/ ó Mãe Desatadora dos Nós,/ de cada uma de minhas necessidades, perigos ou aflições,/ desatando e desembaraçando por vossa força e poder/ um dos nós que eu,/ o mundo ou o nosso inimigo comum/ causamos em minha vida, caminhada e vocação.

E se não bastassem os meus pedidos,/ Ó Senhora dos Remédios, do Bom Parto e do Perpétuo Socorro,/ ainda vos peço em virtude dos vossos cuidados e suplícios para com Jesus em Vosso ventre, por todas as mães grávidas, para que tenham uma boa hora,/ e também por todas aquelas que passam por uma gestação delicada,/ pelas que são atormentadas pela ideia de abortar seus filhos/ e pelas que não podem ou não conseguem tê-los./

Ó Senhora do Carmo, das Dores e da Defesa,/ Mão e colo que embalaram Jesus,/ consolai todas as mães/ que rezam pela volta de seus filhos/ ao lar e aos bons costumes./ Recompensai as mães/ que geram filhos para Deus,/ instruindo-os na fé e entregando-os a vida sacerdotal e religiosa.

Nossa Senhora da Anunciação, rogai por nós.

Nossa Senhora de Belém, rogai por nós.

– Rezar 9 Ave-Marias, em honra de cada um dos 9 meses em que Jesus esteve no ventre de Nossa Senhora acompanhadas da seguinte jaculatória:

“Benditas sejam a Santa Gravidez e a Imaculada Conceição da bem-aventurada sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe”.