Vem aí: podcasts do VIII Congresso Âncora com debates essenciais sobre prevenção ao suicídio

Em breve, os podcasts do VIII Congresso Âncora estarão no ar, trazendo reflexões profundas sobre prevenção ao suicídio, abordadas pelos palestrantes do evento. Logo após a gravação do episódio com o Dr. Carlos Tadeu Grzybowski (Carlos Catito), conversamos com ele sobre os temas discutidos e sua atuação na área.

Qual é a importância de um congresso como este, promovido pelo Centro Âncora, que traz o suicídio para o centro do debate?

Pra mim, é fundamental que a gente fale sobre esses temas difíceis, que, em geral, são evitados. É muito importante. Acredito que precisamos criar uma consciência coletiva para que se gere cada vez mais saúde emocional, seja dentro dos espaços religiosos, seja na comunidade em geral. 

Devemos falar sobre isso em congressos, mas de forma responsável. Não podemos tratar o suicídio de maneira irresponsável, fazendo apologia ou minimizando o sofrimento de quem passa por isso.

O tema deve ser abordado com responsabilidade e consciência. Por isso, considero fantástica a iniciativa do Centro Âncora de trazer essa discussão para o congresso.

Como o senhor atua hoje como psicólogo? Qual é o foco do seu trabalho?

Eu trabalho como psicólogo e terapeuta, especialmente atendendo casais e famílias. Minha visão é de que as relações em que estamos inseridos, especialmente as mais próximas e íntimas, são construtoras de saúde ou de doença emocional.

Por isso, o foco do meu trabalho está nas relações e nos conflitos familiares. Esses desafios, muitas vezes, são mais visíveis e impactantes do que questões individuais. Quando não tratados, geram muito sofrimento e adoecimento.

Ainda há um mito sobre falar de prevenção ao suicídio? Como equilibrar a necessidade de abordar o tema com a responsabilidade que ele exige?

Sim, ainda existe um mito em torno da fala sobre suicídio. É preciso abordar o tema, mas com responsabilidade. A ideia de que a mídia não pode divulgar números, por exemplo, faz sentido. As estatísticas são importantes para profissionais da área de saúde, mas não para a sociedade em geral.

O que realmente importa para a população é discutir os fatores de risco e entender como reduzi-los. Essas são medidas efetivas de prevenção. A mídia deve se concentrar essencialmente na prevenção, porque, depois que o fato acontece, apenas explicar os motivos não muda nada. 

Agora, se comunicamos de forma preventiva, dizendo ‘Se você está passando por dificuldades, procure ajuda’, isso, sim, faz diferença.

Campanhas como o Setembro Amarelo são eficazes nesse processo de prevenção?

São muito positivas. Elas incentivam as pessoas a buscarem apoio e proporcionam um suporte essencial. A forma como têm sido divulgadas contribui para que mais pessoas percebam que ainda existem alternativas. Já salvou inúmeras vidas. Pessoas que estavam desistindo, ao verem essas campanhas, decidiram buscar ajuda porque entenderam que ainda há uma solução.

Os podcasts gravados no congresso aprofundam os temas das palestras e exploram questões essenciais sobre prevenção ao suicídio e saúde mental. Neles, os palestrantes ampliam as discussões e apresentam diferentes perspectivas sobre suas áreas de atuação e os desafios enfrentados na sociedade.

Padre Lício de Araújo Vale conversou com a jornalista da Copiosa Redenção Lydiana Rossetti.

Os podcasts gravados com a Ir. Silvia Maria CR e do Pe Lício de Araújo Vale trazem grandes tesouros sobre o tema. E tem, muito mais vindo por aí com o segundo dia do congresso.

Quer acompanhar essas reflexões? Fique ligado em nossas redes! Em breve, o podcast com Carlos Catito e os demais palestrantes estará no ar, trazendo debates enriquecedores e informações fundamentais sobre o tema.

Culpa e luto

Ricas reflexões e intervenções marcam a quarta palestra do VIII Congresso Âncora.

Na quarta palestra, o Prof. Dr. Cloves Antônio de Amissis Amorim compartilhou uma abordagem profunda sobre o processo do luto, enfatizando sua complexidade e as estratégias terapêuticas que podem auxiliar na ressignificação da perda. 

A apresentação explorou desde os fundamentos da tanatologia até os desafios enfrentados por enlutados, especialmente aqueles que vivenciam o luto por suicídio.

Conceitos essenciais do luto

Para começar, Dr. Amorim destacou que a experiência do luto envolve pesar, ou seja, os sentimentos internos relacionados à perda, e o luto como expressão pública desse pesar. Ele ressaltou que manifestações como chorar, falar sobre o falecido e marcar datas especiais são processos naturais e necessários para a vivência saudável do luto.

Além disso, foram discutidos os diferentes tipos de luto, incluindo o luto normal, caracterizado por emoções como tristeza, raiva, culpa, ansiedade, solidão e alívio. O palestrante  também abordou sensações físicas comuns no luto, como aperto no peito, fraqueza muscular e alterações na percepção da realidade, além de mudanças cognitivas como descrença, confusão e sensação de presença da pessoa falecida.

Luto complicado e transtorno de luto prolongado

Em seguida, um dos tópicos centrais da palestra foi o luto complicado, que pode surgir como luto crônico, adiado ou inibido, representando um sofrimento intenso e prolongado. 

Dessa forma, Dr. Amorim apresentou os critérios do DSM-5-TR para o Transtorno de Luto Prolongado, ressaltando sintomas como entorpecimento emocional, solidão intensa e sensação de que a vida perdeu o sentido.

O luto por suicídio: culpa e pósvenção

Logo depois, o palestrante dedicou parte significativa de sua apresentação ao luto por suicídio, um dos mais desafiadores para os sobreviventes. 

Ele destacou que familiares e amigos costumam lidar com questionamentos corrosivos, culpa intensa e estigma social. Segundo estudiosos da área, como Fukumitsu, Clark e Worden, a culpa pode ser uma estratégia inconsciente para manter viva a memória do falecido, gerando um ciclo emocional complexo, disse o Dr. Cloves. 

O Dr. Amorim enfatizou a importância da pósvenção, conceito que se refere ao suporte oferecido aos enlutados para transformar o trauma em lembranças menos dolorosas. Nesse contexto, a terapia deve focar na ressignificação da perda, permitindo aos sobreviventes lembrar do falecido não apenas pelo ato do suicídio, mas pela sua trajetória de vida.

Psicoterapia e estratégias de intervenção

Além disso, a palestra também abordou diversas estratégias terapêuticas para acompanhar o luto. O palestrante destacou o uso do baralho terapêutico “Conversando sobre o Luto”, dividido em sete eixos temáticos, incluindo expressão, narrativa e reconstrução.

Do mesmo modo, reforçou a importância da psicoeducação como ferramenta inicial e da criação de espaços seguros para a verbalização do sofrimento.

Outro aspecto essencial destacado foi o cuidado com a linguagem dos profissionais de saúde, que devem evitar julgamentos e oferecer acolhimento compassivo. Mais ainda, Dr. Amorim alertou sobre experiências negativas que ocorrem quando os enlutados percebem falta de empatia ou comunicação estigmatizante por parte dos terapeutas.

O papel da Igreja na prevenção e acolhimento

Para finalizar, o professor ressaltou o papel essencial da igreja na prevenção do suicídio e no suporte ao luto. A espiritualidade pode oferecer significado, apoio emocional e conexão social, ajudando os enlutados a lidarem com a perda de maneira saudável. 

Por essa razão, grupos de apoio organizados por instituições religiosas também podem facilitar a aceitação da dor e estimular a construção de redes de suporte.

Com uma abordagem sensível e humanizada, o Prof. Dr. Cloves Amorim trouxe reflexões essenciais sobre o impacto do luto na vida das pessoas e a necessidade de intervenções terapêuticas eficazes, reforçando a importância da empatia e do acolhimento no processo de superação da dor.

A quarta palestra finalizou o dia intenso e rico de ensinamentos do VIII Congresso Âncora.

Acolher as próprias sombras. Nutrir a vida

 Reflexões profundas sobre acolhimento e espiritualidade na terceira palestra do VIII Congresso Âncora.

A terceira palestra do VIII Congresso Âncora, ministrada pela Irmã Silvia Cristina Maia, CR, trouxe uma abordagem profunda sobre a necessidade de acolher a própria sombra e redescobrir a mística da vida. A reflexão abordou temas fundamentais que unem espiritualidade e psicologia, proporcionando aos participantes um espaço de autoconhecimento e transformação.

A palestra explorou a aceitação de sentimentos difíceis, como tristeza e dor emocional, ressaltando que a depressão e estados depressivos fazem parte da vida humana e que compreendê-los é essencial para a construção de um caminho consciente. Além disso, foi discutido o impacto dos diferentes lutos, tanto aqueles que envolvem perdas concretas, como o falecimento de um ente querido, quanto os que marcam mudanças significativas ao longo da vida.

Um dos pontos centrais da reflexão foi a vergonha, culpa e pertencimento, e como a busca por um espaço seguro pode ajudar na ressignificação dessas emoções. O papel da palavra e do diálogo também foi enfatizado como instrumento de luz, permitindo que os indivíduos organizem seus afetos e compreendam melhor suas próprias histórias.

Outro tema relevante foi a sexualidade e identidade, destacando a importância de acolher essa dimensão sem medo, dentro da vivência pessoal e espiritual. Nutrir a vida também foi apontado como um caminho essencial, através do fortalecimento dos vínculos saudáveis, da presença do diálogo verdadeiro e da construção de relações profundas e autênticas.

O resgate da mística ocupou um lugar de destaque na palestra, trazendo a ideia de recuperar a capacidade de perceber o transcendente no cotidiano. A história do Anjo e Elias foi utilizada como metáfora da presença de um “eu auxiliar” no momento de sofrimento, mostrando como é possível reencontrar forças para seguir adiante.

Por fim, foram exploradas as reflexões de Hans Urs Von Balthasar, especialmente sobre o que significa e o que não significa testemunhar a fé. A Irmã Silvia reforçou que viver a espiritualidade vai além de compreender conceitos; trata-se de colocar a vida a serviço da verdade e do amor.

Com uma abordagem sensível e profunda, a palestra proporcionou aos participantes um momento de reflexão genuína sobre acolhimento, liberdade e sentido da existência, integrando teologia e psicologia em um caminho de crescimento e renovação espiritual.

Biografia

A Irmã Silvia Cristina Maia, CR é religiosa da Congregação das Irmãs da Copiosa Redenção. Bacharel em Teologia pelo Instituto Mater Eclesiae da Diocese de Ponta Grossa-PR, graduada em Psicologia pela FAE – Faculdade Franciscana de Ensino – Curitiba PR, e mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma – Itália.

Atua como membro da equipe de profissionais do Centro de Revitalização Âncora, onde trabalha no acompanhamento psicoespiritual. Também faz parte do corpo docente da Escola de Formadores Jesus Mestre – São Paulo-SP.

Trabalha com assessorias para a Vida Consagrada e Dioceses, além do acompanhamento psicoespiritual de religiosos, sacerdotes e seminaristas. É coautora dos livros: A Árvore das Reflexões, O Burnout: Entregar-se e não ser consumido pela exaustão e o estresse, e Formação e Desafios Morais III.

Segunda palestra aborda sofrimento e prevenção do suicídio no VIII Congresso Âncora

A segunda palestra do VIII Congresso Âncora, realizado sob o tema “Acolher e Cuidar: a missão da Igreja na prevenção do suicídio”, foi conduzida pelo psicólogo e terapeuta familiar Carlos Tadeu Grzybowski, com a profunda e sensível exposição “Quando a dor se torna insuportável”. A apresentação provocou uma intensa reflexão entre os participantes ao tratar o suicídio sob uma perspectiva transdisciplinar e relacional, indo além dos diagnósticos simplificadores.

Segundo Grzybowski, o suicídio não pode ser compreendido de forma linear ou com explicações únicas. Ele critica a visão cartesiana predominante na sociedade, que busca causas isoladas para fenômenos complexos como o sofrimento humano. Propõe, em seu lugar, uma abordagem que considere os múltiplos fatores — biológicos, familiares, sociais, culturais e espirituais — envolvidos na experiência da dor insuportável.

A partir da teoria dos sistemas, o palestrante destacou que o comportamento suicida é frequentemente uma tentativa de comunicação de um sofrimento que o indivíduo não consegue mais suportar. Ele alertou que essa dor, muitas vezes, está enraizada nos vínculos familiares e nas relações interpessoais, nas quais o sujeito se vê preso em papéis de vitimização, paralisia e impotência diante da vida.

Um ponto marcante da palestra foi a abordagem das relações sacrificiais, nas quais a vítima se mantém no controle por meio do sofrimento, culminando em uma transferência da dor: ao tirar a própria vida, a pessoa repassa a carga emocional ao outro, rompendo definitivamente com o sistema ao qual está inserida.

Grzybowski também fez uma análise corajosa sobre o sofrimento de líderes religiosos. De acordo com ele, o isolamento, a pressão institucional e a ausência de amigos verdadeiros têm levado muitos pastores e sacerdotes ao esgotamento emocional e espiritual. “Em encontros com outros líderes, todos contam vitórias. Mas é no consultório que os fracassos vêm à tona”, afirmou.

Ao final, o palestrante apresentou caminhos possíveis de cuidado e prevenção. Destacou a importância de amizades sinceras, de acompanhamento terapêutico e de espaços de escuta acolhedora, inclusive entre religiosos. “Mostrar a alguém que está assumindo um papel e que pode escolher outro caminho é abrir uma porta de esperança”, concluiu.

A palestra reforçou o compromisso do Congresso com a valorização da vida e o papel essencial da Igreja como espaço de escuta, acolhimento e cuidado com os que sofrem.

Sobre o palestrante:

Carlos Tadeu Grzybowski

  • Psicólogo (CRP 08/1117) – Universidade Federal do Paraná (1981)
  • Especialização em Terapia Familiar – Centro de la Familia – Quito/Equador (1988)
  • Mestrado em Psicologia da Infância e Adolescência – UFPR (2001)
  • Doutorado em Linguística Aplicada – UFPR (2009)
  • Autor de diversos livros, entre eles:
    • Acontece nas melhores famílias (2017)
    • Pais santos, filhos nem tanto (2012)
    • Como se livrar de um mau casamento (Prêmio ARETÉ – 2005)
    • Macho e Fêmea os criou: celebrando a sexualidade – Editora Ultimato
    • Quando a dor se torna insuportável – reflexões sobre o suicídio (2019)
    • Famílias saudáveis: a arte de fazer boas escolhas (2021)
    • De Santos e loucos: a igreja e a saúde mental (2023) – Editora Sinodal
  • Sócio-Diretor do Instituto Phileo de Psicologia
  • Coordenador de cursos de extensão e pós-graduação da EIRENE do Brasil
  • Presidente de EIRENE Internacional
  • Professor titular e coordenador de cursos de pós-graduação na Faculdade Luterana de Teologia – FLT (SC)
  • Professor do Centro Evangélico de Missões (MG) e da Faculdade de Teologia Sul Americana – FTSA (PR)
  • Criador do personagem infantil Smilingüido (1978)
  • Co-criador dos personagens do projeto Salvação (Prêmio ABEC 2002)

Instagram: @carloscatitogrzybowski

Primeira Palestra: Padre Lício Vale destaca o sentido da vida e caminhos para prevenir o suicídio

Em uma palestra comovente e profundamente reflexiva, o educador, pesquisador e suicidologista Padre Lício Vale conduziu os participantes do VIII Congresso Âncora a uma jornada de compreensão sobre o suicídio, defendendo a importância de conhecer e acolher para prevenir. Com base em sua própria história de vida — seu pai morreu por suicídio com apenas 43 anos —, o sacerdote compartilhou experiências e dados que lançam luz sobre um dos temas mais urgentes da saúde mental contemporânea.

A partir do tema “o sentido da vida”, o palestrante convidou a plateia a refletir sobre o sofrimento humano e as dores silenciosas que muitas vezes precedem o suicídio. Segundo ele, não se trata de um ato de covardia ou de falta de fé, mas de um grito de dor emocional insuportável. Nesse contexto, Padre Lício alertou para o uso incorreto da expressão “cometer suicídio”, explicando que a forma adequada e respeitosa é “morrer por suicídio”, a fim de evitar a culpabilização da pessoa que tirou a própria vida.

Em seguida, o especialista apresentou dados alarmantes. Em 2014, o mundo registrou aproximadamente 800 mil mortes por suicídio. Hoje, esse número chega a um milhão. No Brasil, cerca de 52 pessoas morrem por suicídio todos os dias. Entre adolescentes, essa é a segunda principal causa de morte, ficando atrás apenas da violência urbana.

Além disso, Padre Lício destacou três fatores de risco recorrentes na vida religiosa e sacerdotal: o estresse ocupacional, a solidão e a desesperança. “Mesmo vivendo em comunidade, muitos religiosos estão emocionalmente isolados”, afirmou. Ele também abordou causas frequentes como transtornos mentais não tratados, fatores familiares e sociais — como o desemprego —, abuso de álcool e drogas, e o preconceito ainda existente em torno da saúde mental.

Ao longo da palestra, o sacerdote desmistificou concepções equivocadas a respeito do suicídio, como a ideia de que quem fala sobre o assunto não tem intenção de concretizar o ato. Pelo contrário, segundo ele, a maioria das pessoas dá sinais claros, seja por falas diretas, indiretas ou mudanças de comportamento. “Perguntar sobre suicídio não incentiva ninguém a se matar. Pelo contrário: pode salvar vidas”, ressaltou.

Como proposta concreta de ação, Padre Lício apresentou a metodologia “ROC” – Reconhecer, Oferecer ajuda e Conduzir –, defendendo a escuta empática e o encaminhamento profissional como etapas essenciais na prevenção. “O suicida não quer matar a vida, mas sim sua dor. A prevenção começa quando reconhecemos esse pedido de socorro”, enfatizou.

Ao concluir, o palestrante fez uma profunda reflexão de fé, afirmando que a esperança de salvação não deve ser negada àqueles que morreram por suicídio. Com base no Catecismo da Igreja Católica (nº 2280-2283), lembrou que Deus, em sua misericórdia, pode oferecer caminhos de arrependimento mesmo após atos de desespero.

“Prevenir o suicídio é um ato de amor. E amor é o que nunca pode faltar”, finalizou Padre Lício Vale, sob aplausos dos presentes.

Sobre o palestrante

Padre Lício Vale é formado pela PUC-SP, qualificado em Suicídio e Automutilação pela UNIPAR, com especialização em Prevenção ao Suicídio pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atua como pesquisador sobre luto e valorização da vida, educador e palestrante. É membro da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção ao Suicídio (ABEPS) e da Sociedade Internacional de Profissionais da Prevenção e Tratamento de Uso de Substâncias (ISSUP), entidade reconhecida pela ONU, OMS e OEA.

É autor de diversas obras, entre elas:

  • E foram deixados para trás – Uma reflexão sobre o fenômeno do suicídio
  • Acolher e se afastar: relações nutritivas ou tóxicas
  • Processos autodestrutivos: Por que permitimos nos machucar?
  • Mente suicida: Respostas aos porquês silenciados
  • Superando a perda de quem você ama

Seus livros foram publicados por editoras como Loyola, Paulus, Paulinas e Canção Nova. Filho de suicida, dedica sua vida a transformar dor em cuidado e esperança.

VIII Congresso Âncora abre com esperança, fé e compromisso com a vida

O Centro Âncora deu início ao VIII Congresso Âncora, com o tema “Acolher e Cuidar: a missão da Igreja na prevenção do suicídio”, reunindo cerca de 120 participantes na FAE Business School, em Curitiba. Os participantes vieram de diferentes estados do Brasil e até de outros continentes para refletir sobre o sofrimento humano, o luto, a culpa, o sentido da vida e os caminhos de acolhimento e prevenção ao suicídio.

Irmã Adenise Somer abre o congresso com mensagem de esperança

A Irmã Adenise Somer, em nome da equipe organizadora do congresso, deu as boas-vindas com uma fala tocante e profunda. Ela destacou a importância de construir um novo modelo de acolhimento, sobretudo para pessoas que sofrem no contexto da vida consagrada.

“Sentimos de perto as dores da Igreja e da humanidade, e este congresso nasce da esperança de contribuir com respostas concretas e humanas diante do sofrimento”, afirmou.

Ela reforçou que não é possível cuidar e escutar se a própria Igreja estiver mergulhada na agitação e na ansiedade. Com um relato pessoal, contou que viveu como uma “cobra cega”, correndo em todas as direções, até entender que a vida consagrada exige serenidade e profundidade.

“Esse mal não é só meu, é nosso. E por isso estamos aqui, para compartilhar experiências, conhecimentos e caminhos de superação”, disse.

A irmã também enfatizou que a medicina deve ser uma aliada na prevenção ao suicídio, ao lado da escuta espiritual e comunitária. Finalizou desejando que cada participante viva esse momento como um verdadeiro encontro fraterno, pedindo a bênção de Deus sobre todos.

Pe. Ildefonso celebra a santa missa de abertura e relata testemunho de superação

O Pe. Ildefonso, coordenador da CRB Paraná, presidiu a homilia de abertura. Ele compartilhou a história de um jovem sacerdote da congregação Missionários de Nossa Senhora da Salete que enfrentava sinais graves de depressão, recusava-se a sair do quarto e se isolava das atividades. A liderança da congregação, com apoio do grupo Âncora, internou o sacerdote por dois a três meses.

Hoje, mais de uma década depois, o padre vive com alegria e saúde, seguindo uma rotina de cuidado pessoal, alimentação adequada e prática de exercícios.

“Esse sacerdote se tornou um grande irmão e evangelizador”, celebrou o padre.

Pe. Ildefonso também falou sobre a importância da fé e da experiência com o Cristo ressuscitado. Ele relembrou figuras como Santo Atanásio, que evangelizaram mesmo em tempos de perseguição, movidos por uma profunda convicção espiritual. Para ele, essa experiência de fé oferece sentido à vida e força para superar as adversidades.

Ao refletir sobre o evangelho do dia, o padre destacou o momento em que Jesus, ao ver uma multidão faminta, pergunta a Felipe como alimentá-los. Jesus se apresenta como o “pão vivo”, que sacia e preenche.

“Uma pessoa que experimenta a plenitude de Jesus se sente completa, feliz e integrada”, afirmou, ressaltando a abundância da graça de Deus.

O sacerdote ainda comparou o sofrimento de muitos à busca desenfreada por satisfação, semelhante a uma “cobrança cega”. Segundo ele, somente a experiência profunda com Cristo oferece verdadeira paz.

“Quando estou bem comigo, estou bem com o Senhor”, concluiu, citando o Papa Francisco: “Devemos simplesmente habitar no santuário do Senhor.”

Ao término da celebração os participantes foram convidados a participar da palestra sobre o Sentido da Vida e os caminhos para prevenir o suícido.

Maria, Mãe da Misericórdia: o refúgio de quem quer recomeçar

Mesmo nos momentos mais difíceis, há um colo que nunca se fecha: o de Maria, Mãe da Misericórdia.

Assim, quando tudo parece escuro, Maria se torna luz suave que acalma e orienta. Ela é uma mãe que acolhe sem exigir, que escuta até os silêncios do coração. Por isso, aproximar-se de Maria é encontrar refúgio seguro, onde as feridas ganham sentido e o recomeço se torna possível. Em seu colo, a esperança floresce mesmo nos desertos da vida.

O Papa Francisco e sua relação com Maria

Aliás, o Papa Francisco manteve uma devoção fiel a Maria. Antes e depois de cada viagem apostólica, visitava a imagem da Salus Populi Romani na Basílica de Santa Maria Maior. Foram mais de 100 visitas durante o pontificado, expressando profunda confiança em sua proteção. 

Desde Buenos Aires, Francisco sempre se apresentou como filho de Maria. Em suas homilias, sempre destaca sua intercessão e consolo, vendo nela a Mãe da Igreja e de todos os fiéis.

Consequentemente, confiou a ela sua vida, seu ministério e as dores da Igreja. Seu exemplo nos convida a fazer o mesmo: buscar abrigo em Maria em tempos de crise e esperança.

Sendo assim, se até o sucessor de Pedro encontrou amparo em Maria, por que nós também não o faríamos? O testemunho do Papa Francisco nos inspira a entregar nossas vidas com confiança ao cuidado materno da Mãe da Misericórdia. Como ele mesmo exortou durante sua visita ao Paraguai: “Não deixeis de invocar e confiar em Maria, Mãe da Misericórdia, para todos os seus filhos sem distinção.”

Francisco e a Mãe da Misericórdia: um testamento de amor e entrega

Em seu testamento, o Papa expressou o desejo de ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em uma tumba simples com a inscrição “Franciscus” — um gesto de entrega total à Mãe da Misericórdia.

​Além disso, a Basílica de Santa Maria Maior sempre foi um lugar de acolhida para pobres e peregrinos. O Papa Francisco, profundamente devoto à Virgem Maria, tinha o hábito de visitar esta basílica antes e depois de cada viagem internacional, depositando flores diante do ícone da Salus Populi Romani e rezando, buscando o olhar protetor da Mãe. 

Essa prática reflete tanto sua confiança na intercessão materna de Maria quanto sua devoção pessoal. Para seu sepultamento, Francisco expressou o desejo de ser sepultado nesta basílica, destacando sua profunda ligação espiritual com o local. ​ 

Em síntese, sua vida começou e terminou com Maria. Em entrevista, afirmou seu desejo de descansar sob o olhar da Mãe, porque sua esperança estava no amor de Deus, mediado por ela.

Maria, o colo para recomeçar

Maria é o colo certo para quem deseja recomeçar. Ela acolhe sem cobrar explicações. Como disse o Papa Francisco: “Confiemos a Maria este novo ano, para que como ela, encontremos a grandeza de Deus na pequenez da vida”.

Dessa forma, ao entregar-lhe nossas dores, algo muda. Feridas se tornam caminhos de oração e Maria nos conduz ao Coração de Deus. Ela sabe transformar as feridas em fonte de esperança.

Frequentemente, não são necessárias palavras. Um sussurro como “Me ajuda”, já basta. Maria está sempre presente, ao nosso lado, com sua ternura maternal.

Mesmo quando ninguém mais acredita em nós, ela ainda acredita. “A única situação em que é lícito olhar alguém de cima para baixo é para ajudá-la a se levantar” — Papa Francisco na JMJ Lisboa 2023.

Como se aproximar de Maria

1. Reze do seu jeito
Não é necessário saber orações decoradas para se aproximar de Maria. A oração sincera, feita com o coração, é valorizada. Portanto, ​ a oração, quando feita com sinceridade, tem mais força. Fale aquilo que toca o seu coração, mas não se esqueça também de fazer as orações normais, aquelas cotidianas como o Pai-Nosso, Ave Maria, Santo Anjo ou meditar os mistérios do terço. ​

2. Comece com o terço — mesmo que não consiga terminar
A oração do Rosário é uma prática poderosa na devoção mariana.

3. Crie um cantinho mariano em casa
A prática de ter um local dedicado à oração e reflexão é comum entre os fiéis. Você pode incluir uma imagem de Maria, uma vela e reservar um momento do dia para a oração.​

4. Consagre-se a Maria, mesmo que se sinta indigno

Consagrar-se a Maria é um ato de confiança, e não de perfeição. Mesmo sentindo-se indigno, lembre-se: Ela acolhe os frágeis com ternura e transforma feridas em caminhos de fé. O amor da Mãe da Misericórdia não exige méritos, apenas um coração disposto a recomeçar.

A Mãe da Misericórdia que acolhe

Em nossa jornada de fé, há momentos em que tudo parece desmoronar — os erros pesam, a fé vacila e o coração se sente distante de Deus. Nessas horas, Maria, Mãe da Misericórdia, se aproxima com ternura, não para julgar, mas para acolher. Com isso, ela nos recorda que nenhum pecado é maior que o amor de Deus e que sempre é possível recomeçar.

Na espiritualidade da Copiosa Redenção, acreditamos que a vida espiritual é feita de recomeços. Como bem nos ensinou São João Paulo II: “Santo não é aquele que nunca cai, mas aquele que recomeça sempre”. Por essa razão, mesmo quando caímos, somos chamados a levantar e retomar o caminho, confiando inteiramente na misericórdia divina.

Para ajudar você nesse processo, oferecemos o Planejamento Espiritual, um instrumento que orienta a vida de oração diária e fortalece a constância no caminho com Deus. Através dele, você encontrará orações, reflexões e práticas que renovam a esperança e sustentam a alma em momentos difíceis.

A consagração a Maria é um caminho de entrega total e confiança no amor dela, que nunca falha. Por isso, queremos convidar você a dar esse passo conosco, de mãos dadas com a Mãe da Misericórdia. Ao se consagrar a Nossa Senhora, você acolhe em sua vida a ternura da mãe que intercede, protege e conduz ao coração de Jesus.

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O dom do descanso: descubra o poder transformador de um período sabático

Você já sentiu que sua alma pede uma pausa? Que seu corpo e coração clamam por descanso verdadeiro, não apenas por uma noite de sono ou um final de semana sem compromissos? 

Pois bem, no Centro Âncora, acreditamos que o descanso é mais do que uma necessidade: é um dom. Um tempo sagrado que nos reconecta com o essencial e com Deus, que nos chama todos os dias à missão.

O que é um período sabático?

Em primeiro lugar, o sabático, período de suspensão temporária das atividades regulares, é mais do que uma pausa: é uma escolha consciente. Esse tempo favorece a escuta, a renovação e o reencontro com a própria missão. 

Dessa forma, um período sabático é uma pausa intencional, vivida com profundidade e propósito. Não se trata de férias comuns, mas de um tempo reservado para escutar, curar e reencontrar a alegria de servir. 

Esse tempo não é apenas de descanso físico, mas de escuta do coração, de redescoberta da própria história e de renovação do sentido da vocação.

Além disso, inspirado no ano sabático do Antigo Testamento (cf. Lv 25,1-7), esse tempo convida à restituição: da terra, do corpo e do espírito. É uma parada que, longe de ser improdutiva, fecunda a vida de maneira nova. 

Ao suspender as atividades e obrigações, cria-se espaço para que a graça de Deus atue, com suavidade e profundidade, na alma cansada.

Sobretudo, para quem vive na entrega constante — como religiosos, sacerdotes e consagrados —, o período sabático é uma forma legítima de fidelidade. Longe de ser uma fuga, ele representa um gesto consciente de amor à missão, um retorno ao essencial, onde a vocação é purificada, fortalecida e iluminada pela oração e pelo repouso.

Período sabático: por que o descanso é um dom?

Na espiritualidade cristã, descansar é também obedecer. O Senhor descansou no sétimo dia e nos ensinou que parar faz parte do ritmo da criação.

Com o tempo, muitos enfrentam sinais silenciosos de exaustão: desânimo, falta de sentido, distanciamento da oração, cansaço diante das pessoas. Ignorar esses sinais pode nos afastar não apenas da missão, mas de nós mesmos.

Nesse sentido, o espírito de cansaço nos tira a esperança, afirmou o Pontífice, “o cansaço é seletivo: sempre nos faz ver o lado ruim do momento que estamos vivendo e esquecer das coisas boas que recebemos”. Essa reflexão nos ajuda a compreender como a exaustão pode obscurecer a missão e enfraquecer a alegria de servir. 

Portanto, viver um período sabático não é se afastar da missão, mas reafirmar o compromisso com ela. Ao cuidar da própria interioridade, o consagrado renova suas forças para servir com mais autenticidade e amor. Parar, neste caso, é um gesto de fidelidade e não de desistência.

Por isso, Santa Teresa afirma: “A oração é um ato de amor; palavras não são necessárias”.​ Essa citação reflete a essência de seus ensinamentos sobre encontrar descanso e renovação na presença divina. 

O poder transformador de parar

Ao se permitir viver um período sabático, a pessoa consagrada abre espaço para reencontrar a si mesma e a Deus. Nesse tempo sagrado, silenciar o barulho exterior permite ouvir com mais clareza a voz que chama à missão. 

Assim, muitas vezes acontece a redescoberta da vocação, a cura de feridas profundas e a renovação da alegria no serviço.

Como sabemos, ninguém foi feito para funcionar em ritmo contínuo e exaustivo. O sabático permite que o coração cansado volte a pulsar com leveza e sentido. A pausa se torna espaço sagrado onde a oração, o acompanhamento espiritual, o silêncio e o descanso físico atuam como caminhos concretos de restauração.

Durante esse processo, muitas atividades ajudam a reconectar corpo, mente e espírito: direção espiritual, psicoterapia, escuta fraterna, tempo livre e formação. 

No Centro Âncora, oferecemos todos esses recursos com acolhimento e liberdade, respeitando o ritmo de cada um.

Por isso, é fundamental cuidar do corpo para que a alma se fortaleça. Cuidar de si não é egoísmo, mas um ato de amor a Deus e à missão. Parar, quando necessário, é recomeçar com mais inteireza e fé.

Como o Centro Âncora pode ajudar você com o período sabático 

Pensando nisso, o Centro Âncora nasceu como um espaço de escuta, restauração e esperança. Reconhecemos que, ao longo da caminhada, até mesmo os mais dedicados à missão do Evangelho podem sentir o peso do cansaço. 

Por isso, nossa missão é acolher com delicadeza e respeito aqueles que, em algum momento, precisam lançar âncora para reencontrar o eixo da vida espiritual.

Com esse propósito em mente, reunimos uma equipe multidisciplinar formada por psicólogos, orientadores espirituais e profissionais da saúde. Esses especialistas caminham ao lado de cada pessoa, oferecendo um acompanhamento seguro, humanizado e adaptado às necessidades específicas de quem busca esse tempo de pausa.

Além disso, nosso espaço foi cuidadosamente pensado para favorecer a espiritualidade e a reconexão consigo mesmo. O silêncio, a oração e a convivência fraterna são elementos fundamentais que compõem o ambiente do Centro Âncora. 

Por fim, acreditamos que cada pessoa merece ser cuidada com atenção e respeito. 

Assim, o Centro Âncora se coloca como um refúgio confiável para aqueles que desejam parar, respirar e, com o tempo, reencontrar o sentido da missão e da própria vocação.

Portanto, permita-se viver o dom do descanso — a pausa também é parte da missão. Talvez você esteja percebendo que precisa de um tempo, ou talvez alguém ao seu redor esteja dando sinais de que precisa parar. 

Não espere a exaustão ser maior que a vocação, nem silencie os apelos do coração. 

O Centro Âncora está aqui para caminhar com você nesse processo de escuta, restauração e reencontro. Descubra conosco o poder transformador de um período sabático: o descanso verdadeiro é dom, é graça e é recomeço.

Conheça o trabalho do Centro Âncora e descubra como viver o dom do descanso com acolhimento, segurança e espiritualidade:
https://centroancora.com.br/quem-somos/o-que-fazemos/

VIII Congresso Âncora: últimas vagas – um encontro transformador sobre saúde mental e prevenção ao suicídio

Nos dias 2 e 3 de maio de 2025, a cidade de Curitiba-PR será palco do VIII Congresso Âncora, um evento pensado especialmente para você, religioso(a) ou sacerdote, que deseja refletir sobre a missão da Igreja na prevenção ao suicídio.

Com o tema “Acolher e Cuidar”, o congresso será realizado na FAE Business School e reunirá palestrantes renomados para abordar questões fundamentais sobre saúde mental, autoconhecimento e acolhimento na vida consagrada.

O evento contará com palestras e debates que exploram temas cruciais, como:

  • O sentido da vida não pode ser dado, precisa ser encontrado; 
  • Quando a dor se torna insuportável; 
  • Acolher as próprias Sombras, Nutrir a Vida e Resgatar a Mística; 
  • Culpa e luto;
  • A ciência como luz em meio a escuridão;
  • Vida fraterna como prevenção ao Suicidio;
  • Reencontrando o sentido e promovendo a prevenção do suicidio na vida religiosa; 
  • A maturidade humana que vence o medo de viver; 

Esses temas visam capacitar os participantes a atuarem de forma mais eficaz e compassiva em suas comunidades, promovendo acolhimento e cuidado.

Entre os especialistas confirmados, estão:

  • Ziza Fernandes – Reconhecida por sua atuação na música e espiritualidade, trazendo reflexões inspiradoras sobre o cuidado com a alma.
  • Dr. Maurício Nasser Ehlke – Médico especialista em saúde mental, explorando a conexão entre medicina e espiritualidade na prevenção do suicídio.
  • Irmã Silvia Maia – Com ampla experiência em vida consagrada, abordará como acolher as próprias vulnerabilidades e fortalecer a missão educativa.

Além desses, outros palestrantes renomados enriquecerão o evento com perspectivas e conhecimentos únicos.

Inscreva-se agora: últimas vagas disponíveis!

O VIII Congresso Âncora está se aproximando, e as vagas estão quase esgotadas. Este é o momento de garantir sua participação em um evento transformador.

Faça sua inscrição no site oficial: https://congresso.centroancora.com.br/

Serviço

  • O quê? VIII Congresso Âncora – “Acolher e Cuidar: a Missão da Igreja na Prevenção ao Suicídio”
  • Quando? 2 e 3 de maio de 2025
  • Onde? FAE Business School, Curitiba-PR
  • Contato para imprensa: atendimento@centroancora.com.br | (42) 3226-1144

A importância da união familiar: o papel do apoio na escolha do lar ideal

Decidir pelo melhor lar para um ente querido idoso é um desafio que muitas famílias enfrentam. Essa decisão envolve não apenas aspectos práticos, mas também emocionais, nos quais a união familiar desempenha um papel crucial.

Afinal, como garantir que essa escolha seja feita com amor e responsabilidade? Nesse momento, a união familiar se torna ainda mais essencial.

O dilema da escolha: a importância do diálogo e da união familiar

Em primeiro lugar, é importante reconhecer que levar um idoso para uma instituição pode gerar dúvidas, medos e até sentimentos de culpa. No entanto, o apoio familiar e o diálogo aberto garantem acolhimento e segurança nesse processo.

Nesse sentido, uma pesquisa da Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia concluiu que “a inclusão ativa da família nas atividades da instituição favorece vínculos mais significativos e sistemas interacionais mais efetivos.”​

Por isso, a união familiar equilibra o processo, promovendo um diálogo contínuo e decisões centradas no bem-estar do idoso. É esse apoio mútuo que transforma uma decisão difícil em um gesto de cuidado consciente.

Compreendendo as necessidades do idoso: o papel do suporte emocional

Compreender as necessidades físicas e emocionais do idoso é essencial para uma transição tranquila. Nesse aspecto, o apoio da família e a união familiar oferecem segurança, conforto e reforçam o sentimento de pertencimento.

Estar presente e demonstrar empatia ajuda a minimizar sentimentos de abandono. Afinal, cuidar vai muito além de “tomar conta” — é manter o diálogo, respeitar os desejos e compreender a rotina do idoso. 

A escuta ativa, o olhar atento e o tempo de qualidade são elementos que fazem toda a diferença.

Dividindo responsabilidades: tornando a transição mais leve

Outro ponto fundamental é a divisão equilibrada das responsabilidades. A união familiar se fortalece quando todos compartilham tarefas, como visitas, acompanhamentos e decisões do dia a dia.

Como resultado, essa colaboração fortalece os laços afetivos e torna o cuidado mais leve, natural e eficaz. É essencial também incluir o idoso nas decisões, respeitando sua autonomia e seus desejos. 

Respeitando os desejos do idoso: ouvir é fundamental

Por outro lado, incluir o idoso nas discussões sobre sua mudança é vital. Respeitar seus desejos e sentimentos promove uma transição mais harmoniosa e saudável.

Quando isso acontece, o idoso participa ativamente das decisões, sente-se valorizado e respeitado, facilitando sua adaptação ao novo ambiente. A mudança para um lar pode ser desafiadora para os idosos e suas famílias.

Por essa razão, é importante comunicar-se abertamente, ouvindo as preocupações e expectativas de todos os envolvidos. Além do mais, o Catecismo da Igreja Católica destaca a responsabilidade de proteger os direitos dos idosos, incluindo o direito a cuidados médicos e assistência adequada (Cat, 2218).

Depoimento: experiências reais no Lar Adelaide

Edith Aragão, filha do senhor Manuel, compartilha com emoção a história de carinho e acolhimento vivida por sua família no Lar Adelaide:

“Meu pai, carinhosamente chamado de Manuzinho, foi acolhido com muito amor no Lar Adelaide”, relata Edith. “Durante a pandemia, ele teve um decréscimo cognitivo muito significativo e passou a depender totalmente da minha mãe”.

“Visitamos oito lares e já estávamos desistindo, até sermos recebidos com carinho e respeito pela Irmã Elaine. Ela nos acolheu com empatia, entendendo nossas angústias e explicando tudo com paciência”.

“O que mais nos tocou foi a forma como todos os profissionais tratavam os residentes — com carinho, respeito e dignidade. O convívio social, as atividades e a estimulação que meu pai teve ali, ele não tinha em casa”.

“Ele foi muito feliz no Lar Adelaide, e nós também, porque fomos acolhidos como família. Eles aguentaram nossas visitas diárias com paciência e acolheram até nossas dúvidas e reclamações com amor”.

“Mesmo após sua partida, eu e minha mãe seguimos como voluntárias — porque ganhamos uma nova família. O carinho das freiras e da equipe reflete uma missão de coração, vivida com verdade”.

“Posso dizer de coração tranquilo: meu pai faleceu acolhido, amado e feliz. E, por isso, sou eternamente grata”.

Critérios para escolher o lar ideal: infraestrutura, equipe e rotina 

Além de oferecer um ambiente seguro e acolhedor, com cuidados especializados de uma equipe multidisciplinar, o Lar Adelaide também valoriza a proximidade com as famílias e o bem-estar integral dos idosos, com apoio das religiosas.

Aqui no Lar, buscamos proporcionar atendimento integral, promovendo bem-estar físico, emocional, social e espiritual dos nossos residentes. As religiosas residentes no Lar participam da rotina dos idosos, promovendo acolhida, escuta, espiritualidade e cuidado.

Bem como, o jardim do Lar Adelaide é um dos espaços mais apreciados pelos residentes, promovendo bem-estar e convívio. Nosso jardim é um verdadeiro convite para um passeio, onde muitos aproveitam para caminhar e estar em contato com a natureza.

Onde a rotina vira alegria e cada dia é vivido com leveza, arte e movimento

Complementando essa experiência, a rotina inclui oficinas de criatividade, dança sênior, jogos e outras atividades terapêuticas. Esses momentos promovem integração, estímulo cognitivo e alegria no dia a dia dos idosos.

Em relação à alimentação, o Lar conta com nutricionistas que adaptam os cardápios às necessidades de cada residente. Toda alimentação é preparada com qualidade e de acordo com a necessidade de cada um dos nossos hóspedes.

Da mesma forma, os quartos são confortáveis e acolhedores, podendo ser personalizados com objetos e fotos da família.

Por fim, os momentos de lazer são prioridade: proporcionamos passeios fora do lar, como idas ao bosque, atividades comemorativas, salão de beleza, parques, lanchonetes e muito mais.

Decisão consciente com amor e união familiar

Em conclusão, é importante lembrar que a decisão de escolher um lar para um ente querido deve ser tomada com união familiar, amor, diálogo e respeito. Conhecer de perto o cotidiano, os cuidados e o ambiente oferecido faz toda a diferença nesse processo.

Pensando nisso, o Lar Adelaide preparou um ebook gratuito que mostra como é a rotina dos idosos, os serviços oferecidos e o carinho presente em cada detalhe. Um material completo para ajudar as famílias a tomarem essa decisão com segurança e serenidade.

Não espere o cansaço ou a culpa te dominarem — decida com o coração e a consciência. Seu familiar merece o melhor, e você também.

Se quer vivenciar esse carinho e entender como a união familiar pode transformar essa fase, clique no botão abaixo para acessar o material completo.

Saiba como é o dia dos idosos aqui no Lar Adelaide