A importância de buscar ajuda emocional: recursos e contatos para quem precisa

Buscar ajuda emocional é um passo essencial para superar desafios psicológicos e garantir o bem-estar. Conheça os recursos disponíveis e como encontrar apoio no momento certo.

A vida pode ser desafiadora e, em muitos momentos, enfrentamos dificuldades  que parecem insuperáveis. No entanto, ninguém precisa lidar com essas questões sozinho. Buscar ajuda  é um ato de coragem e uma etapa fundamental para recuperar o equilíbrio e a qualidade de vida.

Infelizmente, muitas pessoas ainda hesitam em procurar apoio, seja por medo do julgamento, falta de informação ou por acreditarem que devem enfrentar tudo sozinhas. No entanto, cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física. Assim como procuramos um médico quando sentimos dor, buscar ajuda emocional pode ser determinante para superar momentos difíceis.

Além dos profissionais especializados, a comunidade e a espiritualidade também desempenham um papel crucial no acolhimento. A Igreja, por exemplo, tem se dedicado cada vez mais ao cuidado emocional dos fiéis, reconhecendo a importância do suporte na prevenção ao suicídio e na promoção do bem-estar psicológico.

Neste artigo, vamos abordar a importância de buscar ajuda emocional, os principais recursos disponíveis para quem precisa e como a Igreja e a sociedade podem contribuir para a construção de um ambiente de acolhimento e de cuidado. 

A busca por ajuda emocional é um passo vital para transformar as dificuldades em oportunidades de superação, e ao entender melhor os recursos ao nosso dispor, podemos dar passos significativos em direção ao equilíbrio mental e emocional.

Reconhecendo os sinais de sofrimento emocional e buscando apoio

Identificar sinais de sofrimento é essencial para promover o bem-estar e prevenir agravamentos. Logo, buscar ajuda é um ato de coragem que pode transformar vidas. 

Muitas vezes, as pessoas enfrentam desafios emocionais em silêncio, seja por medo do julgamento ou por não reconhecerem a gravidade de sua situação. No entanto, reconhecer os sinais de sofrimento  é o primeiro passo para buscar ajuda adequada e evitar complicações mais sérias.

É importante lembrar que o sofrimento psíquico  não escolhe idade, gênero ou classe social. Ele pode se manifestar de formas diferentes em cada pessoa, por isso, é fundamental estar atento às mudanças no comportamento ou nas emoções de quem está ao nosso redor. 

A dor emocional muitas vezes se disfarça em atitudes como o isolamento, a apatia ou até mesmo a agressividade. Quando esses sinais são percebidos, é necessário agir rapidamente para buscar o apoio necessário. 

A ajuda pode vir de diferentes formas, como o suporte de um profissional de saúde mental, a participação em grupos de apoio ou até mesmo a busca por recursos de acolhimento e orientação. Por mais difícil que seja, tomar a decisão de pedir ajuda é o primeiro passo para a recuperação e a proteção da saúde emocional.

​Ajuda emocional: a importância de identificar os sinais de sofrimento

Sinais como tristeza persistente, irritabilidade, isolamento social, alterações no sono e no apetite, além de dificuldades de concentração, podem indicar sofrimento emocional. Estar atento a essas manifestações permite que a pessoa ou aqueles ao seu redor, tomem medidas proativas para buscar apoio e ajuda emocional. 

Segundo Cristiano Nabuco (2021), psicólogo e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), “identificar sinais de sofrimento emocional é essencial para que a pessoa procure ajuda antes que a situação se agrave”. 

Além disso, o psicólogo Dr. Augusto Cury (2020), renomado autor na área de saúde mental, afirma: “muitas vezes, as pessoas não reconhecem esses sinais como um pedido de ajuda e, por isso, acabam se isolando, o que intensifica a dor emocional”.

Reconhecer essas pequenas mudanças pode ser o primeiro passo para buscar apoio emocional e melhorar o bem-estar. Um exemplo claro disso pode ser visto no livro O Vendedor de Sonhos, de Cury, no qual o personagem Júlio César, após tentar o suicídio, é impedido de cometer o ato final por intermédio de um mendigo. 

Este livro demonstra como os sinais de sofrimento emocional podem ser ignorados e como uma intervenção externa pode mudar o rumo de uma vida. Reconhecer essas pequenas mudanças no comportamento pode ser o primeiro passo para buscar apoio e ajuda e, assim, melhorar o bem-estar.

Ajuda emocional: a coragem de falar sobre as emoções

Falar sobre as emoções e compartilhar sentimentos com pessoas de confiança ou profissionais qualificados é um passo essencial para aliviar o peso das emoções negativas. Muitas vezes, a atitude de expressar nossos sentimentos é estigmatizada, como se isso fosse um sinal de fraqueza. 

No entanto, falar sobre nossas dores e desafios é, na verdade, um ato de coragem. Isso demonstra autoconhecimento e uma disposição real de buscar soluções para o sofrimento. Quando nos abrirmos, estamos dando um passo fundamental para o alívio e a cura .

O Centro Âncora reforça a importância de um acolhimento genuíno e de uma escuta ativa, reconhecendo que muitas pessoas carregam suas angústias em silêncio, temendo serem julgadas por procurar ajuda emocional. 

No entanto, quando alguém se permite compartilhar suas emoções, o primeiro passo para a recuperação já está sendo dado. A escuta ativa, como enfatizado pelo Centro Âncora, envolve mais do que ouvir palavras; trata-se de ouvir com o coração, compreendendo as emoções e os sentimentos que as acompanham. 

Esse espaço de acolhimento permite que as pessoas se sintam seguras e respeitadas, criando um ambiente favorável à transformação emocional e ao fortalecimento mental. Falar sobre o que se sente não é sinal de fraqueza, mas um sinal de força interior e de coragem em buscar ajuda emocional.

É um passo decisivo para a construção de uma saúde emocional mais equilibrada e para a prevenção de problemas psicológicos mais sérios, como a depressão e os pensamentos suicidas. Ao buscar apoio e permitir-se expressar, estamos abrindo portas para uma jornada de cura e autocompreensão.

Apoio e recursos disponíveis para a ajuda emocional

Existem diversos recursos acessíveis para quem busca ajuda emocional:

  • Profissionais de Saúde Mental: Psicólogos e psiquiatras são capacitados para oferecer diagnósticos precisos e tratamentos adequados para diferentes transtornos emocionais. O Ministério da Saúde do Brasil disponibiliza uma Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que oferece cuidados em saúde mental, incluindo promoção, assistência e reabilitação.
  • Grupos de Apoio: Participar de grupos onde indivíduos compartilham experiências semelhantes proporciona um ambiente de suporte mútuo e compreensão. Esses grupos podem ser presenciais ou virtuais, oferecendo flexibilidade para os participantes.
  • Centros de Acolhimento: Instituições como o Centro Âncora oferecem acolhimento especializado para sacerdotes, religiosos e religiosas que enfrentam sofrimento emocional, proporcionando um ambiente seguro e suporte profissional.
  • Linhas de Apoio: Serviços como os do Centro de Valorização da Vida (CVV) oferecem atendimento gratuito e sigiloso para pessoas em crise emocional, funcionando 24 horas por dia.​

Reconhecer a necessidade de ajuda emocional e utilizar os recursos disponíveis são passos fundamentais para a recuperação e manutenção da saúde mental. Lembre-se de que buscar ajuda  é um ato de coragem e um investimento no próprio bem-estar.

VIII Congresso Âncora e ajuda emocional: acolher e cuidar para salvar vidas

O sofrimento emocional e as crises psicológicas são questões que afetam muitas pessoas, mas, muitas vezes, são tratadas de maneira silenciosa e isolada. 

A Igreja sempre desempenhou um papel crucial no acolhimento, oferecendo um espaço de conforto e suporte para aqueles que buscam alívio e cura. 

Com isso em mente, o Centro Âncora realizará o VIII Congresso Âncora, com o tema “Acolher e Cuidar: A Missão da Igreja na Prevenção do Suicídio”, abordando questões de vital importância para a saúde  dentro das comunidades religiosas.

Garanta sua vaga: PRIMEIRO LOTE ESGOTADO!

Se você ainda não se inscreveu, não perca a chance de participar deste evento transformador e essencial. O Congresso será uma excelente oportunidade para profissionais, líderes religiosos e interessados em promover o bem-estar emocional dentro da Igreja se atualizarem e se engajarem em discussões profundas e significativas.

Por que participar do Congresso?

Aprenda com Especialistas – Palestrantes renomados, como psicólogos, líderes religiosos e especialistas na área da saúde mental, compartilharão estratégias eficazes para acolhimento e cuidado emocional. Eles fornecerão ferramentas práticas para que os participantes possam identificar sinais de sofrimento, promover o cuidado adequado e agir de maneira eficaz em situações críticas.

 Engaje-se em discussões relevantes – O evento abordará temas essenciais como autopercepção, empatia, o papel da Igreja na prevenção ao suicídio, e como criar redes de apoio dentro das comunidades religiosas. As palestras serão uma oportunidade única para expandir os conhecimentos sobre como a espiritualidade e a saúde mental podem caminhar juntas para oferecer conforto, esperança e ajuda emocional.

 Fortaleça sua comunidade – O aprendizado obtido durante o Congresso ajudará a formar comunidades religiosas mais preparadas e acolhedoras. O conhecimento adquirido contribuirá para a criação de ambientes onde a escuta ativa, a empatia e o apoio sejam valores centrais, proporcionando uma rede de proteção para todos os membros da comunidade.

Este congresso não apenas oferece uma formação enriquecedora sobre prevenção ao suicídio, mas também proporciona uma oportunidade para que todos, especialmente líderes e fiéis, se unam em torno do importante objetivo de salvar vidas por meio do cuidado, ajuda emocional e espiritual. 

A missão da Igreja na prevenção ao suicídio nunca foi tão necessária. Por isso, se você busca fazer a diferença e contribuir para um mundo mais acolhedor e compassivo, não deixe de participar!

Detalhes do Evento

Data: 2 e 3 de maio de 2025
Local: FAE Business School, Curitiba-PR
Inscrições: Segundo lote disponível! 

Acolher, escutar e apoiar são pilares fundamentais para salvar vidas. O VIII Congresso Âncora é uma oportunidade única para refletir sobre como podemos, juntos, fortalecer redes de cuidado  dentro da Igreja. 

O grande interesse pelo evento confirma a urgência desse debate. O primeiro lote de inscrições já esgotou, e as vagas para o segundo lote são limitadas! Não deixe para depois: inscreva-se agora e garanta sua participação neste encontro essencial para discutir o papel da Igreja no cuidado e na prevenção ao suicídio.

 INSCREVA-SE AGORA MESMO 

Lembre-se: sua participação pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas.

Psicologia  e espiritualidade: Complementares no tratamento da saúde emocional

Você já pensou que psicologia e espiritualidade podem ser aliadas no tratamento de saúde?

Tem se tornado cada vez mais comum em todo o mundo sacerdotes, religiosos e religiosas enfrentarem problemas de saúde emocional, como transtorno de ansiedade e depressão. E nesses casos, unir psicologia e espiritualidade é o caminho para se libertar desse sofrimento ou aprender a lidar com ele.

Vamos entender como isso funciona!

Os desafios da saúde emocional da vida consagrada

Talvez o maior desafio da atualidade para a vida consagrada seja o sacerdote, religioso ou religiosa compreenderem que não são pessoas imunes às doenças emocionais. E somado a isso, quando se encontra em sofrimento, pedir ajuda.

Neste sentido, Vicente Gomes de Melo Filho, Psicólogo Clínico no Centro Âncora, conta que, como qualquer pessoa da sociedade, a vida consagrada demonstra resistência quando o assunto é a saúde emocional. Essas dificuldades, ele aponta, estão “em falar de si, de aceitar que precisa de ajuda, de entrar em terapia e de usar medicamento, caso necessário”.

Mas no caso específico de sacerdotes, religiosos ou religiosas, existem ainda outros agravantes. De acordo com Vicente, são eles: “resistência em aceitar a sua limitação, o medo de ser um contra testemunho, só porque tem um sofrimento psíquico ou físico, quando não um sentimento de não ter mais vocação”. E ainda explica: “É como se ele ou ela devesse dar testemunhos através do não adoecimento”.

Neste sentido, afirma Vicente: “custa mais aos religiosos e sacerdotes aceitar que também são vulneráveis como qualquer ser humano e que, portanto, necessitam de cuidado”.

E esse cuidado não é algo que desmereça ou diminua a vocação. Pelo contrário, pode dar vivacidade, já que muitas vezes a depressão e ansiedade roubam a alegria da vida consagrada. E é neste sentido, para recuperar a autoestima, a ternura e a alegria, que psicologia e espiritualidade trabalham juntas. 

Psicologia e espiritualidade no Centro Âncora

O Centro Âncora foi criado com o propósito de ajudar exclusivamente sacerdotes, religiosos e religiosas a cuidarem da sua saúde emocional e espiritual. É o ambiente no qual a vida consagrada encontra todas as condições necessárias para passar por um processo de revitalização de sua saúde, bem como encontrar oportunidade de se dedicar a seu crescimento espiritual.

Vicente conta que, para isso, existe dentro do Centro Âncora toda uma estrutura de celebrações litúrgicas, inclusive com retiro mensal, condizentes com o ritmo da essência da vida religiosa. Além disso, a vida consagrada também tem a oportunidade de fazer um acompanhamento espiritual a cada 15 dias, pelo menos. E Vicente afirma: “É comum eles (ou elas) relatarem que, durante o processo, resgataram a sua vida de oração!”.

E unindo psicologia e espiritualidade, os ancorinos – que são aqueles que estão passando por um processo de revitalização – recebem atendimento em psicoterapia individual e em grupo.

“O atendimento individual busca abrir um espaço significativo onde o sujeito possa entrar em contato consigo mesmo, recontando a sua história e se localizando melhor dentro dela, de modo a planejar possíveis movimentos no sentido de melhorar as suas relações consigo e com o seu entorno”, explica o psicólogo do Centro.

E sobre a terapia em grupo, Vicente explica que isso “amplia todo esse atendimento, refletindo temas nestes níveis, além de variadas dinâmicas que possibilitam uma partilha também em níveis mais profundos”.

Leia também: A revitalização da vida consagrada no Centro Âncora

Psicologia e espiritualidade para tratar doenças de ordem psíquica ou física

O Psicólogo Clínico conta ainda que os profissionais de saúde, psicólogos e psiquiatras do Centro Âncora procuram sempre na história do paciente as razões de seu adoecimento. E considera: “Uma enfermidade é sempre uma enfermidade!”

Portanto, de acordo com Vicente, uma doença “pode ser de ordem psíquica, que reflete no físico; ou de ordem física, que reflete no psíquico”.

No entanto, ao deixar de lado o preconceito por sofrer de uma doença emocional e ao buscar unir psicologia e espiritualidade, a vida consagrada pode encarar seu sofrimento de uma forma sobrenatural.

Neste sentido, explica Vicente, “o aspecto sobrenatural está na forma como a pessoa encara essa enfermidade”. Ele conta que há, entre aqueles que buscam tratamento, aqueles que “crescem muito espiritualmente”, mediante uma “ampliação de consciência”, junto com uma “desidentificação” da doença. E isso “leva a pessoa a obter uma cura, quando a cura é possível, ou a enfrentar o fato de não ter cura e de ter que conviver com a cronicidade da mesma”.  

De fato, o psicólogo ressalta que “o adoecimento em todos os níveis é um fator que nos coloca frente ao limite da vida”. E isso por si só, segundo ele, “pode ajudar a pessoa a se conectar mais com os aspectos transcendentes de sua fé, agora pela própria experiência”. Mas ele esclarece que esse caráter transcendente/sobrenatural ao próprio sofrimento “é sempre a própria pessoa que vai dar”. E que “o profissional a ajudará a colocar cada coisa em seu lugar”.

Enfim…

Psicologia e espiritualidade podem ser dois importantes e necessários aliados na revitalização da vida consagrada em sofrimento. E quanto antes essa ajuda é solicitada, antes se recupera não apenas a saúde, como também a alegria da vocação e da espiritualidade.

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