5 conteúdos que ajudarão você nesta Quaresma

A Quaresma é um tempo propício para nos aproximarmos de Deus por meio da penitência, da caridade e da oração.

Contudo, há muitos que não sabem bem que tipo de penitência devem praticar. Já definiram qual obra de caridade farão, mas quando chega na parte da vivência da oração parece que sofrem um bloqueio.

Isso porque já costumam rezar diariamente o santo Terço Mariano ou o Terço da Misericórdia e durante a Quaresma querem intensificar as orações, mas não sabem como.

Se este é o seu caso, a partir de hoje será diferente! Separamos 5 conteúdos do nosso blog que ajudarão você nesta Quaresma a ter uma vida espiritual ainda mais rica, intensa e profunda a partir da vivência da oração. Mas, antes disso, vamos refletir um pouco sobre a Quaresma.

Não desperdice o tempo da Quaresma!

Há quem pense: “Todo ano é a mesma coisa, já não aguento mais esta história de jejum e de penitência na Quaresma”.

Pobre alma! Está desperdiçando um tempo precioso de relacionamento com Deus.

Logo, a Quaresma é um período de preparação para a festa mais importante do calendário litúrgico cristão: a Páscoa, ou seja, a ressurreição de Jesus. E esta celebração é a base da nossa fé!

Sendo assim, como uma preparação, a Quaresma é para nós uma oportunidade para nos transformar em Cristo. Jesus passou 40 dias em jejum no deserto, sendo alimentado apenas em seu espírito pela oração. Por isso, neste período somos convidados a orar mais e a praticar o jejum e a abstinência, a exemplo do nosso Redentor.

E Jesus permaneceu no deserto em preparação para levar adiante o plano salvífico que o Pai preparou para Ele. Porque para isso precisava ouvir o Pai, precisava fortalecer o Seu Espírito para a batalha que estava por vir, precisava preparar o Seu corpo para ser açoitado e sofrer a morte redentora.

Ignorar esses fatos é desperdiçar, não apenas a Quaresma como um tempo oportuno para seguir pelo caminho de santidade, mas, também, ignorar a pessoa de Jesus e a grandiosidade do Seu gesto.

Então, agora que você já compreendeu a importância deste tempo litúrgico, vamos aos conteúdos do nosso blog que irão ajudar você a não desperdiçar a sua Quaresma.

Então, acompanhe!

Oração: um trato de amizade com Deus

Nada melhor do que começar por este conteúdo! A partir dele, você vai compreender definitivamente o significado e a importância da oração para a sua vida.

Este conteúdo é conduzido a partir de uma Mestra da Oração. Estamos falando de Santa Teresa D’Ávila, que tem muitos conselhos para aqueles que desejam estreitar os laços de amizade com Deus a partir da vida de oração.

Por isso, nesta Quaresma abra seu coração e sua mente e aproveite este conteúdo, AQUI!

Características da oração católica que você precisa conhecer

Com este blog post você vai conhecer os diferentes tipos de oração católica, que são: oração vocal, oração mental, oração de louvor, meditação, contemplação e adoração.

Porém, mais do que isso, você vai aprender um pouco sobre cada uma delas e o quanto elas podem impactar na nossa vida.

Ficou interessado neste conteúdo? Então acesse ele AQUI!

7 orações poderosas que você precisa conhecer

Orar é dar a Deus autorização para agir em nossa vida; é permitir que Ele resolva os nossos problemas.

Porém, muitas vezes não sabemos ir além do Pai-Nosso e da Ave-Maria, principalmente, em situações difíceis de serem resolvidas.

Pensando nisso, elaboramos uma seleção de 7 orações poderosas para ajudar você a abrir o coração diante de Deus.

Essas orações podem nos ajudar, não somente nos momentos mais complicados da nossa vida, mas também são excelentes para o tempo da Quaresma, quando desejamos nos entregar plenamente nas mãos de Deus.

Entre elas, estão a oração de súplica ao Sangue de Jesus, oração de libertação, oração de cura entre as gerações, para pedir o batismo no Espírito Santo, oração de confissão e renúncia, entre outros.

Comece hoje mesmo a orar com esta seleção de orações! Acesse AQUI! 

Oração para acalmar

No cotidiano da vida, muitas coisas podem roubar a nossa paz e trazer angústia ao nosso coração.

E nessas horas, só tem uma coisa que pode verdadeiramente acalmar o nosso coração: é a oração!

Em momentos assim você não consegue rezar? Então, que tal conhecer 9 motivos para acreditar na força e na importância da oração para acalmar?!

Leia AQUI! 

Oração pelos filhos

A oração de intercessão pelos filhos é sempre necessária. E se os pais desejam que os filhos vivam a Quaresma como um tempo de conversão, que ele é, devem rezar ainda mais por eles.  Quer saber quais orações rezar pelos filhos?  Então, acompanhe o conteúdo AQUI!

5 dicas para manter o idoso feliz

Ter um membro da família que está na terceira idade é uma alegria e um privilégio, mas é preciso atenção para que ele ou ela seja um idoso feliz. Esta fase da vida é chamada de “melhor idade”, porém, para que de fato seja assim, é preciso oferecer qualidade de vida ao idoso.

Logo, à medida que o envelhecimento evolui, surgem também alguns acontecimentos que abalam o emocional. Entre eles, talvez o que mais abala o idoso seja a perda de pessoas próximas e o surgimento ou agravamento de doenças crônicas.

E sobre isso o Papa Franciso fez uma reflexão na Mensagem para o XXXI Dia Mundial do Enfermo, que tem como tema “Trata bem dele!”. Já no início da Mensagem, o Papa afirma: “A doença faz parte da nossa experiência humana. Mas pode tornar-se desumana, se for vivida no isolamento e no abandono, se não for acompanhada pelo desvelo e a compaixão”.

Portanto, o Papa denuncia que existe uma profunda conexão entre a parábola do Bom Samaritano, contada por Jesus, e as múltiplas formas em que é negada hoje ao idoso a fraternidade. “De modo particular, […] podemos ver representada a condição em que são deixados tantos irmãos e irmãs nossos na hora em que mais precisam de ajuda”.

Além disso, na Mensagem o sumo pontífice destaca ainda a condição de solidão e de abandono a que muitos idosos são submetidos hoje. O que pode ser facilmente resolvido de uma maneira muito simples: “Basta um momento de atenção, o movimento interior da compaixão”, afirma o Papa.

Pensando nisso, elaboramos 5 dicas para manter o idoso feliz. Acompanhe!

# Dica 1:  Faça um idoso feliz mantendo a família por perto

Muitos idosos se queixam de solidão! Principalmente aqueles que perderam seu companheiro de vida, que se separaram ou que veem os filhos cada vez mais distantes devido a rotina. Além disso, também quando os amigos se afastam aos poucos, pois, como também são da terceira idade, sofrem de problemas parecidos. Sem contar aqueles que vivem em lar de idosos e que recebem cada vez menos a visita de seus familiares.

Logo, isso tende a desencadear nos idosos transtornos de ansiedade e depressão, o que é péssimo para a saúde mental dessas pessoas que tanto amamos.

Porém, isso pode ser facilmente evitado mantendo a família por perto, tanto as crianças quanto os adultos. Portanto, organize a sua agenda e converse com todos da sua família para que cada um tenha um tempo para se dedicar ao idoso.

A proximidade é o primeiro passo para tornar o idoso feliz, pois esse gesto demonstra que ele é importante para todos da família.

# Dica 2: Para ter um idoso feliz, promova a socialização

Diferente do que muitos pensam, os idosos não gostam de ficar na solidão, isolados de tudo e de todos. Por isso, procure sempre convidar seu idoso para passeios, churrascos, comemorações e mesmo para ir à igreja, já que nesta idade costumam nutrir uma fé ainda mais intensa.

Além disso, leve-os nas viagens em família e para fazer coisas que antes não tiveram oportunidade de fazer, por exemplo, passeios de trem, barco, etc.

Você já perguntou ao seu idoso se existe algo que ele teve vontade de fazer e que nunca teve oportunidade? Talvez agora seja o momento de planejar e executar com a sua ajuda e, claro, com todo cuidado necessário.

E por que não deixar seu idoso feliz levando-o à casa de antigos amigos para que possam conversar e interagir. A conversa é essencial aos idosos, pois para isso exercitam a memória.

# Dica 3: pratique atividades físicas com seu idoso

A prática de exercícios físicos é extremamente importante em qualquer fase da vida, principalmente na terceira idade. Então, que tal se exercitar junto com seu idoso?

Caso ainda não pratique nenhuma atividade, o ideal é começar com caminhadas, se possível ao ar livre, para verem pessoas, contemplar a natureza e a vida acontecendo diante dos olhos.

Depois, passem para a prática de atividades que estimulam a musculatura e ativam os hormônios da felicidade.

Sim, os exercícios têm o poder de tornar o idoso feliz, além de fortalecer os ossos e as articulações, de melhorar o equilíbrio e assim evitar quedas, além de prevenir doenças cardiovasculares.

Que exercícios são esses? Natação, hidroginástica, dança, pilates, yoga, vôlei, peteca, tênis, musculação etc.

Contudo, é importante destacar aqui que é necessário a orientação de um educador físico para que o idoso pratique atividades de maneira adequada, evitando lesões.

# Dica 4: Cuide com carinho para ter um idoso feliz

Se tem algo que machuca é ser tratado com rispidez. Principalmente na terceira idade, em que os sentimentos parecem estar mais aflorados.

Sendo assim, para ter um idoso feliz em casa, dê a ele atenção e carinho. Pare para ouvi-lo quando ele quiser contar novamente aquela história que você já ouviu mil vezes. Demonstre interesse, faça perguntas. Isso estimula o cérebro, ou seja, faz bem para o idoso.

E não se esqueça de demonstrar seu carinho. Abrace-o todos os dias, se ele está na sua casa, beije-o, peça a bênção. Essas são atitudes simples que têm o poder de fortalecer a relação. E caso seu idoso esteja em um Lar, mesmo sabendo que lá ele tem todo carinho e cuidados necessários, faça visitas frequentes. Se possível, toda semana, para que ele tenha o seu carinho!

# Dica 5: Dê atenção às suas limitações

Todos sabemos que a terceira idade traz algumas limitações físicas ao corpo, mas muitos não sabem respeitar isso e não têm paciência.

Sobre isso, o Papa Francisco falou: “Ao caminhar juntos, é normal que alguém se sinta mal, tenha de parar pelo cansaço ou por qualquer percalço no percurso. É em tais momentos que se vê como estamos a caminhar: se é verdadeiramente um caminhar juntos, ou se se vai na mesma estrada, mas cada um por conta própria, cuidando dos próprios interesses e deixando que os outros «se arranjem»”.

Neste sentido, o Papa nos convida a “caminhar juntos segundo o estilo de Deus, que é proximidade, compaixão e ternura”.

Como você pôde perceber, para ter um idoso feliz não é necessário empreender algo extraordinário. A cada dia temos o poder e a oportunidade de fazer isso a partir de uma dose generosa de amor, que é o que cada um merece ter.

E se você precisa oferecer um Lar para cuidar ainda melhor do seu idoso, conte com o Lar Adelaide.

Quaresma, instrumento de conversão e vida nova

A Quaresma é um tempo de muita graça porque nos prepara para a celebração do centro de nossa fé, o Tríduo Pascal, ou seja, a memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

Apesar de todo domingo vivenciarmos a ressurreição do Senhor, inclusive nos disse São João Paulo II que o domingo é o senhor de todos os dias por esse motivo, é importante valorizar a vida de Cristo a partir do ponto alto de sua missão que aconteceu na semana santa.

Logo, a Quaresma é uma proposta, um caminho, uma oportunidade de novamente abraçar a salvação de Cristo em nossa vida. E para trilhar bem essa estrada, preparamos este post!

A Quaresma nos traz a proposta para um novo coração

É normal que alguém se pergunte por que viver a Quaresma todo ano se Cristo já morreu e ressuscitou? De fato, Ele está vivo, mas e quanto a nós? Será que vivemos a vida nova que o Senhor nos deu de graça através de sua morte e ressurreição?

Com certeza, ainda há muito para melhorarmos. No entanto, a Igreja, como mãe e educadora, nos relembra, através da Quaresma, que estamos a caminho da vida nova cada ano que passa. E onde vamos experimentar o amor de Deus? No coração.

De forma que o coração é o lugar onde acontece a verdadeira experiência de Deus. O Evangelho nos diz que “do coração que provêm os maus pensamentos, os homicídios, os adulté­rios, as impurezas, os furtos, os falsos testemunhos, as calúnias.” (cf. Mt 15,19)

Então são nossas intenções – o que está dentro de nós – que precisam mudar a fim de que o mundo veja que Cristo vive de verdade. Para isso, a Quaresma existe, ano após ano, para que abracemos o Evangelho, como uma decisão do coração, por amor a Deus e aos irmãos.

Práticas indispensáveis da Quaresma

Então, a Quaresma é um meio para alcançar um coração semelhante ao Coração de Deus. Porém, não é fácil alcançar a transformação do coração, ninguém consegue por suas próprias forças, porque logo cansa. Mas o Evangelho nos dá as ferramentas certas:

  1. A oração: a prática da oração na Quaresma é sincera. O Evangelho da quarta-feira de cinzas diz: “…quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai…” (Mt.6,1ss). O quarto é o lugar da intimidade, onde ninguém se esconde. Logo, é diante de Deus, na oração, que reconhecemos nossa pequenez, nossa grandeza e em que precisamos melhorar. Faça essa experiência com a verdade do seu coração!
  2. O jejum e a penitência: o jejum e a penitência são práticas sadias. Através deles oferecemos a Deus a carne – nos dias prescritos – e algo que nos impeça de viver as bem-aventuranças do Evangelho. Portanto, não é nada fácil, nem simples, mas que nos recorda em que aspecto da vida precisamos de conversão. Observe o jejum e a penitência como um caminho de libertação. Liberte seu coração!
  3. A caridade: O evangelho fala sobre a esmola na Quaresma. Quando jejuamos, a intenção é dar de comer a alguém. Isso pode acontecer através da doação de alimentos ou dinheiro aos pobres. Não há conversão sem caridade, assim como não se ama a Deus sem amar o outro. Logo, pratique a doação e desapegue o coração!

A Campanha da Fraternidade é o ato de caridade

Na Quaresma, a Igreja nos propõe um caminho de caridade através da Campanha da Fraternidade. A iniciativa nasceu em 1964, de uma inspiração de Dom Eugênio Sales, no Rio Grande do Norte, como uma expressão de amor e solidariedade a toda pessoa.

A Campanha da Fraternidade tem hoje os seguintes objetivos permanentes:

  • Despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum;
  • Educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, exigência central do Evangelho;
  • Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.

Este ano tem como tema “Fraternidade e fome” e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16). A escolha não é aleatória, mas se une à difícil realidade da fome vivida por muitas famílias no Brasil. 

E a Igreja dá sua contribuição através de campanhas solidárias, que acontecem no Brasil inteiro, e da coleta realizada no Domingo de Ramos como um dos gestos concretos de conversão Quaresmal para com os pobres.

Cheguemos às festas Pascais!

Após o itinerário quaresmal, cheguemos à meta: a Páscoa do Senhor. Mas qual será a diferença deste ano para nossas vidas? Serão muitas, se levarmos a sério o trabalho no coração, através das ferramentas que o tempo nos oferece.

Nenhuma quaresma é igual, mas cada uma é única! E em cada esforço nosso, vem em nosso auxílio o Espírito Santo de Deus. Logo, nunca estamos sozinhos.

Quais os principais desafios da evangelização das famílias? 

Para falar sobre a evangelização da famílias hoje, vejamos o que diz o Documento  Instrumentum Laboris:

“A família é reconhecida no povo de Deus como um bem inestimável, o ambiente natural de crescimento da vida, uma escola de humanidade, de amor e de esperança para a sociedade. Ela continua a ser um espaço privilegiado no qual Cristo revela o mistério e a vocação do homem.”

Logo, por seu valor inestimável, a família é a primeira a sofrer com as mudanças dos tempos, com a violência, o desemprego, a indiferença, entre outros problemas do mundo pós-moderno. Por isso, a evangelização se torna um desafio e uma necessidade urgente.

Sendo assim, neste post vamos tocar em algumas feridas da evangelização, mas recordemos que, pelo valor da vida, vale a pena qualquer desafio.

1. A evangelização das famílias diante da fragilidade das relações familiares

Para a Igreja, a família de Nazaré é o modelo da família humana em quem devemos nos espelhar. Logo, o amor entre Maria e José, o cuidado com Jesus, a superação dos desafios juntos, tudo isso é uma referência para a evangelização das famílias hoje.

No entanto, a realidade dentro das casas não é tão feliz assim, porque muitas vezes o sofrimento supera o amor e isso fragiliza as relações familiares. Por exemplo, as crises conjugais, o desemprego, a distância geográfica entre pais e filhos diminuem os afetos.

E os filhos são os que mais sofrem com a falta de amor, principalmente as crianças. Elas assistem discussões, violências domésticas e também sofrem do mesmo mal. Logo, o amor não é uma ação tão comum e Jesus não é bem compreendido na falta de amor.

Contudo, se o ambiente familiar é ameaçado por causa de tantas situações difíceis, a evangelização da família se torna um desafio enorme. A imagem de Deus não aparece com facilidade e muitas vezes é citada para corrigir as crianças e os jovens.

2. A indiferença religiosa atrapalha a evangelização das famílias

O papel dos pais, primeiros educadores na fé, é considerado essencial e vital. A transmissão da fé é o primeiro passo para a evangelização da família. Então é fundamental não apenas batizar, mas frequentar a Igreja para que a fé cresça em família.

Porém, a corrida pela vida, em muitos aspectos familiares, acaba deixando a vida paroquial em segundo plano. Há também muitas ofertas que ocupam o lugar do sagrado na família, em um mundo tecnológico, com muitas portas abertas, a Igreja não parece uma opção. 

Logo, se os pais não vão à Igreja, os filhos também não vão! E se a oração não acontece em casa, se não se fala em Deus ou pelo menos os pais não desejam a bênção aos seus filhos, se instala a indiferença religiosa dentro de casa e dentro do coração.

Assim, o resultado é uma família batizada, mas com práticas pagãs, ou seja, tudo é fé ou qualquer coisa traz sorte. Se a família, a partir dos pais, não se volta às práticas simples da fé, como rezar, ler a Palavra ou meditar o terço, então a evangelização é uma ação desafiante. 

3. Os diversos tipos de crise deixam a família em crise

Não é possível ignorar as diversas crises que existem na sociedade e afetam a evangelização da família. O que dizer da violência doméstica, do feminicídio, da gravidez indesejada, do racismo e dos casos de abusos sexuais dentro de casa?

De forma que a Igreja precisa do diálogo e da aproximação, porque essas situações são uma ferida no coração humano que dificulta a evangelização. E esses problemas, entre outros não citados, agridem a pessoa em sua dignidade e produz revolta e mais violência.

Além disso, em alguns casos, é urgente a necessidade de acompanhar situações nas quais os vínculos familiares estão ameaçados por diversos fatores. É preciso intervenções de apoio capazes de curar as feridas infligidas e desenraizar as causas que as determinaram. 

Sem falar que aqueles que vivem essas situações familiares tendem a se isolar, por causa da vergonha, do medo, da falta de compreensão e do preconceito. Principalmente a mulher, que enfrenta uma sociedade machista e acaba se culpando ou se obrigando a sofrer.

4. O crescimento de culturas sem limites desestabiliza a família

O Papa Francisco nos esclarece sobre isso:

“Padres sinodais aludiram a certas tendências culturais que parecem impor uma afetividade sem qualquer limitação, (…) uma afetividade narcisista, instável e mutável que não ajuda os sujeitos a atingir uma maior maturidade.” 

Quando se fala em tendências culturais, o assunto é muito amplo e difícil de tratar. Porém é real e afeta a evangelização das famílias. Algumas delas dizem respeito à crescente divulgação da pornografia, da prostituição, o uso de drogas e da intenet para fins perigosos.

Nesta realidade, a maioria dos casais se sentem inseguros e incapazes de ajudar os filhos. Logo, se instalam os tribunais para encontrar o culpado pelos erros; a impaciência e as agressões crescem e enfraquecem os laços familiares e desestabilizam a família.

Tudo isso descreve um quadro que leva a separação do casal e prejudica novas uniões por falta de exemplo dentro de casa. E o resultado é a formação de pessoas frágeis, imaturas e vulneráveis, candidatas a todo o tipo de proposta contra a vida.

O que fazer diante dos desafios?

O Papa Francisco nos responde: “Diante das famílias e no meio delas, deve ressoar sempre de novo o primeiro anúncio, que é o mais belo, mais importante, mais atraente e, ao mesmo tempo, mais necessário: Cristo ressuscitado”.

Se a evangelização das famílias enfrenta sérios desafios, ao mesmo tempo, o olhar de Cristo para cada pessoa humana permanece o mesmo. Portanto, é preciso aprender a olhar de novo, e de novo para os olhos de Jesus, que nos apontam o amor do Pai.

E fixar os olhos na salvação é uma missão de todos: da Igreja, da paróquia, do grupo de oração, do cristão, do agente de pastoral. Isso porque estamos todos ligados uns aos outros, como uma cadeia de vida, e a contribuição de cada um fortalece a evangelização.

Portanto, sem desconsiderar os obstáculos, devemos seguir  com ternura e confiantes na força do amor de Deus que sempre vence.

Veja esse conteúdo sobre evangelização: 

O que São Paulo nos ensina sobre evangelização – Dominus Comunicação

5 erros na evangelização que muitos cometem sem perceber

Os erros na evangelização são comuns, mas podem ser evitados. Quem nos fala bem sobre isso é o Papa Francisco quando diz que precisamos de discípulos que sejam capazes de transmitir a chama da esperança para os homens e mulheres deste tempo.

Mas para alcançarmos essa meta, precisamos eliminar algumas estratégias que afastam as pessoas do Evangelho, por exemplo: cobranças e imposições de comportamento antes de se sentirem amados por Cristo e acolherem a proposta do Reino. 

E é o Papa que novamente nos chama a atenção sobre como evangelizar: é preciso “levantar, aproximar-se e partir da situação”. E o que isso significa? Vamos trocar esses verbos por estratégias: ir ao encontro do outro, dialogar e acolher a realidade da pessoa.

E qual será o resultado dessas ações? Uma pessoa apaixonada por Cristo. 

Então, vamos entender 5 erros na evangelização que, a partir de hoje, não nos impedirão mais de conquistar pessoas para Cristo.

#1 Entre os erros na evangelização está a autorreferência 

“Convém que Cristo cresça e eu diminua” (cf. Jo 3,30). João Batista disse essa frase em uma discussão com os seus discípulos. Eles questionaram o fato de Jesus batizar no lugar dele. Ora, o Batista afirmou: “Eu não sou Cristo…”, e acrescentou a frase acima.

Isso é mais que uma afirmação, é a descoberta da própria identidade, o porquê de sermos cristãos e evangelizadores. Essa convicção e postura de João Batista precisa ser a de cada um de nós. Em poucas palavras, não anunciamos a nossa mensagem, mas a pessoa de Cristo.

Se entendermos bem isso, vamos combater um dos grandes erros na evangelização, o da autopromoção. Precisamos colocar Cristo à nossa frente. Mas como combater a vaidade e o assédio das pessoas? Colocando-se como servo de todos, sem distinção de pessoas, nem de lugar. 

#2  Julgar, apontar, segregar – erros que se repetem na evangelização

“Quando ele chegou perto, Jesus perguntou: “Que queres que eu te faça?”. O cego respondeu: “Senhor, que eu veja” (cf. Lc 18,35-43). Você já parou para pensar nas etapas da evangelização a partir do comportamento de Cristo?

Cuidado para não cair nos erros da evangelização fazendo cobranças sem respeitar o tempo e o momento das pessoas. Veja o caso do cego do Evangelho! Jesus não o acusou, não impôs doutrina, nem fez exigências, mas dialogou com ele. 

E para a nossa surpresa, ele não pediu riquezas, mas a recuperação da vista. Assim, o Senhor nos ensina a respeitar o processo de evangelização de cada pessoa até que ela mesma responde o que deseja. 

Logo, a maior preocupação do evangelizador deve ser falar da misericórdia divina, sem cobrar conversão de ninguém. 

#3 Catequizar antes de um encontro pessoal com Cristo

Imagine você entrando na Igreja pela primeira vez e a pessoa à porta diz que sua roupa é imprópria. Qual seria sua atitude? No mínimo, sairia para nunca mais voltar! 

Então, catequizar é dar vestes novas a pessoa. Não está errado o pensamento, mas é preciso entender qual é a hora exata para isso ou perderemos a pessoa e um filho de Deus.

Logo, o passo fundamental é acolher a pessoa, abrir as portas da Igreja a fim de que ela encontre o seu lugar com o tempo. Na maioria das vezes, as pessoas chegam muito feridas, tristes, solitárias e decepcionadas com as situações da vida. 

E buscam o Mestre, aquele que cura, que abraça, não julga, defende contra os que querem lançar pedras, enfim. Elas receberão tudo isso em um encontro pessoal com Cristo. Por isso, chamar para rezar, estar próximo do sacrário e um simples sorriso faz a diferença.

#4 Não cultivar primeiro uma relação de amizade

A Europa já enviou muitos missionários para o mundo. O Brasil, por exemplo, foi catequizado pelos Jesuítas por longos anos. Mas hoje o velho continente sofre com a falta de batizados e sabe qual é a maior ferramenta de evangelização lá? A amizade.

E existe o anúncio do Evangelho sem amizade, sem vida fraterna? Se não formos irmãos, seremos um quartel general da fé e cometeremos grandes erros na evangelização. Mesmo porque, o cristianismo é marcado pelo amor aos irmãos, pela fraternidade e solidariedade.

Portanto, cultive a amizade das pessoas fora no ambiente da Igreja; pergunte sobre a família, o trabalho; aos jovens, ofereça seu tempo; na rua, não se comporte como um desconhecido, seja um sinal de acolhida em qualquer lugar ou circunstância.

#5  Não participar com fidelidade da vida eclesial  

Às vezes corremos o risco de cobrar das pessoas o que não fazemos! Aquele velho ditado: faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço! Mas o Evangelho não é feito de discursos e sim da prática da vida.

Por isso, é importante o evangelizador participar da vida de sua paróquia, mesmo que não esteja em todos os momentos, mas alguns são fundamentais, principalmente a participação na Eucaristia dominical, maior oração da vida cristã. 

Além da Missa, existem as ações pastorais, as visitas missionárias, os movimentos de espiritualidade e as formações sobre a fé que alicerçam a vida de oração. Assim, se chamamos alguém para a Igreja é porque a pessoa irá nos encontrar lá.

“A vocação da Igreja é evangelizar; a alegria da Igreja é evangelizar”

Se a evangelização é a alegria da Igreja, segundo o Papa Paulo VI, então o sorriso é nosso cartão postal e a primeira reação diante de todos que se aproximem de nossas comunidades de fé.  

Então, coloquemos Cristo como modelo de grande evangelizador e se errarmos no caminho, Ele se encarregará de consertar. 

Gostou deste conteúdo? Confira este: Marketing personalizado: Como ele pode contribuir na evangelização? – Dominus Comunicação

Você está atento aos sinais e dores de um consagrado?

Entre os olhares que se cruzam durante a correria do dia a dia, em meio às reuniões de apostolado ou mesmo no silêncio da capela, as dores de um consagrado podem ser percebidas quando estão juntos uns dos outros.

Portanto, as autoridades precisam possuir um olhar sábio e prudente ao observar sinais diferentes no comportamento de um irmão. 

O extrovertido passa a não expressar mais tanta alegria e disposição. A irmã sempre preocupada com o bem-estar das demais, está sempre cansada e a cada dia mais isolada. O responsável pela casa religiosa, sobretudo nos avisos da noite costuma estar sempre sobressaltado e ansioso. 

Será que você, religioso, sacerdote ou membro de novas comunidades, consegue perceber os sinais e as dores de um irmão consagrado que está ao seu lado? 

Neste artigo traremos alguns sinais de que a saúde emocional e a vida interior de um consagrado se encontra ameaçado. 

Os sinais que só um irmão percebe

Ser consagrado presume uma rotina de vida entregue à oração, ao apostolado e à vida fraterna. Independente do carisma fundacional, os pilares dos conselhos evangélicos, a missão e os desafios da vida comunitária estão sempre presentes. 

Esse relacionamento constante deixa evidente as características de humor, de estilo de vida e de temperamento dos irmãos e irmãs religiosos. Portanto, não deveria ser muito difícil a percepção de um mal estar ou de uma crise vocacional iminente. 

Perceber dores de cabeça constantes, insônia, irritabilidade fora do comum, falta de motivação pelas atividades da comunidade ou apostólica, são alguns dos sintomas – sim, podemos chamar assim – de que alguma coisa não está bem com esse irmão ou irmã. 

Obviamente, há consagrados que conseguem disfarçar quaisquer sinais de que não estão bem. Há aqueles que se destacam por uma presença sempre forte e expansiva nas ações apostólicas. Porém, a falta de apetite, o desinteresse pelos momentos de fraternidade e descontração, o semblante abatido e o constante estado de tensão nas expressões denotam que é necessário descanso e – em muitos casos – ajuda especializada. 

Leia também Todo consagrado deveria ter férias nesse lugar

O que fazer para consolar as dores de um consagrado?  

Aos primeiros sinais de que algo não está bem com o irmão, a conduta deve ser da partilha franca, clara e caridosa. No entanto, é preciso manter o zelo da intimidade e da liberdade de expor as dores, ou não, de seu coração. 

Em seguida, vale a pena que se reporte ao superior que – devido às suas atribuições – nem sempre consegue perceber com clareza o que tem se passado com seus subordinados. Por sua vez, a autoridade deverá procurar esse irmão ou irmã e oferecer-lhe ouvido, apoio, oportunidades de descanso, lazer e férias (quando for possível). 

Em um dos seus encontros com os religiosos no Vaticano, o Papa Francisco afirmou, dirigindo-se aos formadores: “Vocês não são apenas mestres, mas, sobretudo, testemunhas da sequela de Cristo, segundo seu próprio carisma, que pode ser redescoberto mediante a alegria de ser discípulos de Jesus. Por isso, cuidem sempre da sua formação pessoal, que nasce de uma forte amizade com o único Mestre”.

Desse modo, o consagrado poderá ver suas dores sendo acolhidas no seio da comunidade e, quando necessário, contar com ajuda profissional. 

Conclusão 

É possível evitar dores ainda maiores como estafas, depressões severas, ou até suicídio de padres e religiosos quando damos atenção aos irmãos de modo atento e fraterno. 

As dores de um consagrado são as dores de homens e mulheres que vivem em meio aos desafios dos nossos tempos e padecem de enfermidades próprias do século presente. Um agravante também pode ser a luta cotidiana pela fidelidade aos compromissos e à missão, assim como a lida com os sofrimentos do povo ao qual foi enviado. 

Sejamos dóceis e atentos aos irmãos e irmãs que convivem conosco. Seja você também uma âncora que alcança as lutas cotidianas com caridade e generosidade. 

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O que é Síndrome de Burnout?

O trabalho apostólico, a administração de uma Casa de formação, a dinâmica formativa de um seminário, ou mesmo a direção espiritual das almas. Logo, estamos falando de serviços comuns a boa parte dos sacerdotes e religiosos. Contudo, se não bem administrados e integrados na dimensão humana e física, tal qual qualquer outra profissão, pode ocasionar Síndrome de Burnout. 

Traduzindo do inglês, “burn” quer dizer queima e “out” exterior. Segundo o Ministério da Saúde, “a Síndrome de Burnout também pode acontecer quando o profissional planeja ou é pautado para objetivos de trabalho muito difíceis, situações em que a pessoa possa achar, por algum motivo, não ter capacidades suficientes para os cumprir.”

Sendo assim, amplamente conhecido no ambiente corporativo, os sintomas de Burnout podem ser  confundidos com crises vocacionais. Desse modo, religiosos, superiores, seminaristas, sacerdotes, priores, enfim, estão suscetíveis a tal dificuldade. 

A gênese desse transtorno está no excesso de trabalho, sem pausas significativas para o descanso. Obviamente, a oferta de vida e o desejo pelo anúncio do Evangelho podem expor muitos a uma rotina desgastante. Além disso, conflitos interpessoais, em especial com autoridades, ou mesmo, serviços incompatíveis, podem ocasionar a Síndrome de Burnout. 

Desse modo, entenda melhor os sintomas, o tratamento e possíveis consequências do não tratamento adequado.

Como saber se estou com Burnout?

O desânimo para começar mais um dia de trabalho, ou mesmo uma dor de cabeça constante podem configurar sintomas de Burnout. Além disso, segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas da Síndrome de Burnout são: 

  • Cansaço excessivo, físico e mental.
  • Dor de cabeça frequente.
  • Alterações no apetite.
  • Insônia.
  • Dificuldades de concentração.
  • Sentimentos de fracasso e insegurança.
  • Negatividade constante.
  • Sentimentos de derrota e desesperança.
  • Sentimentos de incompetência.
  • Alterações repentinas de humor.
  • Isolamento.
  • Fadiga.
  • Pressão alta.
  • Dores musculares.
  • Problemas gastrointestinais.
  • Alteração nos batimentos cardíaco;

Desse modo, tais sintomas são sinais de alerta que podem ser constantes ou esporádicos. Contudo, sem a devida atenção e tratamento podem agravar-se. Sem um bom tratamento terapêutico, o Burnout pode avançar e tornar-se um quadro de depressão.

Entretanto, tem se tornado cada vez mais frequente o quadro de depressão entre religiosos ou sacerdotes. Boa parte deles, com uma boa investigação, são oriundos de uma Síndrome de Burnout não identificada anteriormente. 

Como tratar 

Em se tratando de estarmos falando sobre um ambiente religioso, obviamente o caminho sempre começará com uma boa partilha com as autoridades, que em espírito de caridade fraterna e evangélica, será suporte para quem sofre. 

Portanto, é necessário o afastamento das atividades apostólicas e, sobretudo, um período de férias da vida comunitária. Desse modo, o tratamento seguirá com um processo terapêutico com psicólogo, e a depender do quadro, com psiquiatra. 

Sendo assim, em geral, não é necessário uso de medicações, porém o médico psiquiatra fará a avaliação adequada. 

Por isso, é de suma importância, que superiores, reitores ou demais autoridades, estejam atentos ao bem estar dos seus subordinados. De modo que, a qualquer suspeita, se tome as medidas necessárias, para evitar transtornos e demais enfermidades, ou até crises vocacionais que culminem no afastamento do religioso. 

Saiba como manter a saúde espiritual, mental, física e emocional. Acesse aqui 

Janeiro, mês para organização

O mês de janeiro nos pede organização. Essa palavra tem muitos conceitos e se aplica em muitas situações. Pode se referir a um grupo de pessoas com o mesmo objetivo, à paróquia, a instituições e muitas outras.

E pode ter várias finalidades, ser temporária ou permanente. Por exemplo: organizar as festas de fim de ano com a família; essa organização é temporária e com uma finalidade bem definida. Mas neste post vamos tratar de organização no aspecto pessoal. Confira.

Diga “adeus” a velha organização e “bem-vinda” a nova!

A organização é uma prática que sempre pede recomeço, mas exige foco! Isso mesmo: ninguém se organiza simplesmente por um perfeccionismo; essa motivação traz muito estresse, engessa a vida e é vazia de sentido. Logo, a organização não serve para isso.

No entanto, a organização que tem um foco concreto, é motivada por uma paixão e é sempre passível de avaliação. Então: o que é organização? É a capacidade de projetar algo e montar uma estratégia para alcançar esse objetivo.

De forma bem simples, se você deseja uma viagem no mês de julho, por exemplo, precisa escolher o lugar, como chegará lá e quanto em dinheiro gastará durante todo o passeio. Depois, fazer uma planilha, colocar em prática e ter o plano B, caso não der certo.

Assim, a organização é uma forma de alcançarmos sonhos a curto e médio prazo. Ela não garante sucesso, mas nos ajuda a dar passos, nos tira do improviso e nos ensina a crescer em vários aspectos da vida humana, espiritual e financeira.

Por onde começa a organização? 

No tópico anterior, falamos sobre organização como uma estratégia para alcançar sonhos, mas o Evangelho nos ensina algo simples e fundamental: “Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes…” (Lc 16,10). 

Logo, a organização na vida pessoal começa pela rotina, ou seja, estabelecer horários para começar e terminar o dia; cumprir tarefas; ser responsável com os compromissos pessoais; estudos; trabalho e com a organização dos ambientes por onde você passa.

Dessa forma, a organização da rotina diária nos ajuda a organizar grandes situações da vida pessoal em todas as áreas. E, com certeza, responsabilidades não faltam na vida humana, mas muitos não conseguem se organizar e atropelam tudo pela frente.

Mas o agora é sempre a oportunidade de começar uma nova vida, novos projetos e abraçar os riscos que virão. E para os cristãos, há sempre uma motivação que caminha ao nosso lado: o amor de Deus por nós concretizado através de Jesus Cristo e escrito no Evangelho.

Mãos à obra! 

O ano novo inspira muitas propostas, mas elas só darão certo se estiverem no papel, ou seja, precisam de organização. Então, o primeiro passo é se perguntar: o que pretendo neste novo ano para minha vida? Claro que isso inclui muitos atores fundamentais.

Feita a pergunta, coloque no papel e trace a rotina para alcançar a meta. Isso pode envolver a família, o trabalho, estudos, finanças, saúde, como também, é possível escolher apenas uma área para organizar, como prioridade, sem abandonar as demais. 

Depois, trace o plano de ação para não se perder em pensamentos e siga o mapa que você mesmo preparou! Com o tempo, a organização nos aproxima mais do objetivo e o ânimo cresce, mas é preciso ser fiel aos primeiros passos.

A organização pessoal às vezes parece difícil. Mas é possível contar com a ajuda de alguém ou lançar mão de instrumentos preparados para esse fim, como uma planilha para organização pessoal. Assim, com um pouco de dedicação, o resultado aparece.

Continue lendo: Centro de Revitalização Âncora: cuidar-se para cuidar

Todo consagrado deveria tirar férias neste lugar

Tirar férias é mais que uma necessidade, é um direito de toda pessoa humana. Mas é preciso se educar para tomar essa decisão. Isso mesmo! Às vezes não respeitamos o tempo do corpo e os processos da vida e não nos permitimos o descanso merecido.

Neste post, descubra o significado das férias, seus benefícios e também a sugestão de um lugar que favorece o descanso do corpo e da alma. Confira!

Tirar férias… mas o que são férias?

As férias são o período em que interrompemos o trabalho com o objetivo de descansar. No entanto, o descanso não é um luxo, mas um investimento vital para o desenvolvimento integral da pessoa. Logo, exige respeito e atenção.

Lembramos que o consagrado é um operário da vinha (Mt 9,38); tem atribuições na paróquia, na vida comunitária, nas atividades missionárias e na vida pessoal; além de passar por todos os estresses da vida em sociedade que causam grande cansaço.

E o estresse transforma o estilo de vida e a forma como nos relacionamos, ainda que a oração e os sacramentos nos acompanhem todos os dias. Portanto, é fundamental tomar consciência de que as férias significam descanso e não organização da vida ou outras atividades. 

Tirar férias influencia no descanso físico e mental, porque tira a pessoa da estafa e da rotina de trabalho diária. Por isso são tão importantes para que se possa seguir a vida de maneira serena e produzir a contento, em todos os aspectos, principalmente na vida consagrada.

Tirar férias ou estar de férias

Parece estranho e até engraçado, mas é real. Há pessoas que não tiram férias, só estão de férias. E como é isso? Quando a pessoa sai, mas não se desconecta de suas atividades e usa aquela frase: “Qualquer coisa, me procure”.

Segundo especialistas, 70% das pessoas precisam de pelo menos uma semana para conseguir se desligar da sua rotina de trabalho; as outras 30% precisam de duas semanas ou mais para conseguir se desligar, só então as férias se iniciam. 

Há ainda outros fatores como educação e sexo: As mulheres, por exemplo, têm mais dificuldade em se desligar das atividades do que os homens; algumas reconhecem que só após duas semanas conseguem se desconectar e mudar para o modo férias.

Percebemos também pessoas que foram educadas a não reconhecer seus limites e isso as impede de relaxar. O que mostra nossa limitação, que não significa pecado, mas humanidade. Porém esse pensamento tem solução, as férias ajudam a mudar a mentalidade.

Benefícios das férias

Os benefícios de tirar férias são muitos e melhoram tanto o desempenho profissional quanto os relacionamentos pessoais e o bem-estar de cada indivíduo. Veja quanto bem causa tirar férias para uma pessoa: 

  • #1 Alivia o estresse: a vida humana é cheia de desafios, e quando se trabalha com a salvação das pessoas, somos envolvidos por inúmeros problemas que podem ser absorvidos ou não! E tirar férias nos ajudam a sair das zonas de conflito e a ter mais clareza das situações.
  • #2 Ativa a criatividade: A mente cheia de preocupações não consegue enxergar além e isso impede que se pense fora da caixa. Mas tirar férias proporciona limpeza da mente e logo os horizontes se abrem para novas ideias e sugestões na vida diária e no trabalho.
  • #3 Melhora os relacionamentos: Com a correria da missão, quase não se tem tempo para os amigos e a família! Dessa maneira, as férias são uma ótima oportunidade para fortalecer esses laços e desfrutar de tempo de qualidade com as pessoas queridas.
  • #4 Melhora a saúde: Corpo e mente estão interligados. Estresse, ansiedade e outros problemas surgem através da falta de descanso e são capazes de gerar transtornos físicos. Por isso, tirar férias contribui para a melhora da saúde, porque equilibra o corpo e a mente. 

Consagrado tira férias?

Infelizmente essa é uma pergunta que muitos se fazem fora da vida consagrada. Porém, podemos responder com outra pergunta: consagrados são pessoas comuns? Então, a resposta é sim! E como todo ser humano, eles precisam de férias.

Imagine a situação de um trabalhador comum: sua semana tem sete dias, cinco considerados úteis e dois geralmente destinados ao descanso. Contudo, muitas pessoas trabalham também aos finais de semana ou levam trabalho para casa.

Agora, na vida consagrada, se levarmos em conta o dia a dia – do nascer ao pôr do sol – o religioso está sempre a caminho, principalmente nos fins de semana, quando a comunidade se reúne para celebrar e ser educada na fé.

Então, o consagrado não leva trabalho para casa, porque em sua casa há sempre um trabalho a ser feito, seja de forma material, seja no empenho da oração, na escuta das pessoas ou nas preocupações que carrega na mente e no coração.

E se não houver férias?

Há uma síndrome chamada de Burnout, que é um tipo de estafa profissional, que tem se tornado cada vez mais comum. Ela é resultado de uma cultura em que o excesso de dedicação a algo, seja carreira ou qualquer outra atividade, é visto como um símbolo de status. 

Esta síndrome é resultado também da falta de cuidados consigo em necessidades vitais, entre elas as férias. Claro que a síndrome se instala gradativamente, nem se percebe às vezes, mas há também a ansiedade, depressão e doenças físicas. 

Por isso, tirar férias não é um desperdício de tempo, mas uma atitude de amor próprio em vista da missão de cuidar do outro. E para que isso aconteça, é urgente descansar por algumas semanas, dedicando-se ao próprio bem-estar. Logo, voltar mais satisfeito e produtivo.

Centro Âncora, lugar de estar em férias!

O Papa Emérito Bento XVI nos dá 4 conselhos para um bom descanso da mente e do corpo: A leitura espiritual, a natureza, passeios construtivos e o encontro com Deus; isso nos liberta de cargas desnecessárias na vida consagrada.

E se pudéssemos encontrar tudo isso em um único lugar, onde a vida consagrada é vista aos olhos de quem cuida e não como funcionalidade ou constante responsabilidade? Pois saiba que este lugar existe!. Estamos falando do Centro Âncora, um centro de apoio à vida religiosa e sacerdotal. 

O Centro Âncora localiza-se em Pinhais, próximo ao centro de Curitiba-PR, e é totalmente destinado ao descanso e ao cuidado de quem se dedica ao povo de Deus; das estruturas físicas ao corpo de profissionais, tudo voltado para a recuperação da alma e do corpo. 

O Centro é um sopro de Deus no coração da Comunidade Copiosa Redenção e há 10 anos tem proporcionado a recuperação emocional de muitas pessoas. Para isso conta com uma equipe de profissionais qualificados e um ambiente favorável para o encontro frutuoso.

Afinal, quem busca férias nunca se afasta do seu objetivo maior que é ser pertença de Deus. Mas tirar férias também significa cuidar de si, principalmente nos momentos mais difíceis da vida. Logo, o Centro Âncora está à sua disposição para qualquer dúvida.

Continue lendo: Conheça 5 santos que tiveram depressão

 Os cuidados com os idosos não tira férias

Estamos em período de férias, e muitas famílias aproveitam para um período de viagens, veraneio e descanso. No entanto, quando se trata de uma família que conta com a presença de membros com a terceira idade, precisamos de cuidados com os idosos. 

Obviamente os idosos também precisam desse momento. O passeio, o contato com a natureza, os relacionamentos familiares, visitas a lugares que são caros para a vida da família só farão bem para a dimensão cognitiva e emocional dos nossos pais, mães, tios(as) ou avós. 

Alguns aspectos indispensáveis para considerar nos momentos de férias são: convivência com a família; cuidado com o ambiente físico; atenção à alimentação e às orientações médicas. 

Vamos falar um pouco sobre cada uma dessas realidades, afinal do cuidado com os idosos não se tira férias. 

Convivência familiar, tesouro e harmonia

Para os idosos, sua maior riqueza ao fim da vida sempre será a convivência com seus familiares. Não são presentes ou passeios que garantirão felicidade, descanso e bem-estar, mas a presença de filhos, netos e amigos. 

O grande tesouro dos avós são seus netos. Portanto, é importante garantir momentos nos quais os idosos interagem com os pequenos, momentos de conversa, música, dança e pintura. O que vale é deixar a criatividade fluir e utilizar todas as oportunidades para amar. 

É importante que a família – assim como faz com as crianças – se programe para momentos nos quais o idoso esteja inserido. Algumas dicas:

  • Assista bons filmes clássicos;
  • Coloquem músicas da preferência deles;
  • Joguem jogos de tabuleiro como dama, dominó, xadrez; 
  • Promova momentos para revisitar a memória com álbuns antigos;
  • Motive crianças e jovens a usar o teatro para encenar um fato importante da vida do vovô ou da vovó; 

Atenção com os cuidados com os idosos e alimentação 

Férias também é tempo de mudar um pouco a alimentação. É comum o uso de embutidos, chocolates, doces, mais açúcar e frituras. No entanto, não podemos esquecer de que os idosos possuem restrições alimentares importantes, devido a realidades que surgem com o avanço dos anos, como diabetes, hipertensão arterial, triglicerídeos e colesterol altos, entre outros. 

É possível sim, preparar-se bem e elaborar um cardápio que proporcione deliciosas guloseimas, sem que isso prejudique a dieta dos nossos queridos idosos. 

Leia também 7 doenças que precisam de atenção especial na 3ª idade

Há diversas receitas na internet, gratuitas, que oferecem doces sem açúcar, massas sem uso de carboidratos refinados, sobremesas à base de frutas, verdadeiras delícias que agregarão mais saúde e bem-estar nos cuidados com os idosos. 

Vale a pena pesquisar e aplicar. Uma excelente dica também é convidá-lo para preparar as receitinhas com os filhos e netos. Certamente, proporcionará ótimas risada e bons momentos. 

Ambiente físico e demais orientações médicas 

Tenho certeza que, se você cuida de um idoso, está em dia com as orientações médicas próprias para realidade daquele ou daquela que mora com você. Há enfermidades comuns nessa fase, como algumas citadas acima, que precisam de cuidados especiais, também do ponto de vista motor. 

Ao programar suas férias é necessário considerar, ao menos o básico, para manter seu idoso seguro e saudável. A casa ou pousada possui acessibilidade para quem tem dificuldades motoras? Os banheiros possuem suporte? Há hospitais por perto para qualquer emergência? Está levando kit de primeiros socorros, medicações e demais utensílios que sejam de uso do idoso (a)? As cadeiras da casa são confortáveis? Há redes, sofás, camas disponíveis para que o idoso tenha conforto no descanso? 

É importante que tais perguntas sejam feitas e as férias programadas com afinco, a fim de que a família inteira se divirta, descanse e retome depois suas atividades com forças renovadas. O idoso fará parte de toda dinâmica se for bem inserido e estiver de acordo com suas capacidades. 

Por isso, não deixe de perguntar, dialogar, orientar, e pesquisar com outras famílias referências de lugares e passeios que favoreçam esse reencontro consigo e com os mais queridos que podem ser as férias para os idosos.