Deus nos chama à vida: reflexões sobre esperança para aqueles que sofrem profundamente

É fato que, diante da dor ou da perda da vontade de viver, Deus nos chama à vida. E esse chamado pode vir por meio de uma palavra amiga, de um cuidado inesperado ou mesmo de uma ajuda profissional.

Hoje, vamos refletir sobre como você, sacerdote, religioso(a) ou seminarista, pode superar esses desafios interiores, para voltar a ter a alegria, o equilíbrio e o ânimo que são próprios de uma vida entregue ao Senhor. Comecemos!

A dor na vida consagrada e sacerdotal

Engana-se quem pensa que os consagrados a Deus têm menos dores ou cruzes do que os leigos. Durante a caminhada, há momentos em que o coração aperta, a missão pesa e a alma se vê mergulhada em cansaço, crises ou até esgotamento interior.

Nessas horas, um erro comum é espiritualizar demais o sofrimento, como se fosse algo a suportar sozinho, somente com orações. Afinal, há dores que precisam ser acolhidas com seriedade humana, com escuta, acompanhamento e cuidado.

Sentir-se vazio, desanimado ou até em depressão não é sinal de pouca fé: é sinal de humanidade! Ou seja, reconhecer nossas fragilidades não enfraquece a missão; pelo contrário, fortalece o compromisso com a verdade.

Portanto, lembre-se sempre: o Senhor não exige perfeição inalcançável, mas entrega verdadeira. Quando a cruz pesar, não hesite em buscar ajuda, já que até Jesus contou com o ombro do Cireneu no caminho do Calvário.

Padre Marcelo Rossi e o seu testemunho

É de conhecimento de todos que o Padre Marcelo Rossi teve depressão, nos anos de 2013 e 2016. A sua história de superação é um testemunho poderoso para sacerdotes e religiosos(as), pois mostra que Deus nos chama à vida saudável física e emocionalmente.

Ele conta que chegou a pesar apenas 60 quilos e enfrentou sete meses de sofrimento intenso. Inicialmente, o padre acreditava que a depressão era “frescura”, mas ao vivenciar a doença, compreendeu sua gravidade e a necessidade de tratamento adequado.

Sua recuperação envolveu uma abordagem holística: fé, oração, exercícios físicos e acompanhamento profissional. Ele enfatizou que o cuidado com o corpo, mente e espírito foi essencial para a cura.

Deus chega, consola e transforma

Dessa forma, diante de qualquer sofrimento, devemos ter a certeza que Jesus está no controle. Porque não importa o tamanho da dor ou do vazio, Ele nos vê, nos ouve e caminha conosco. Essa verdade aparece com clareza no capítulo 11 do Evangelho de João, na história da ressurreição de Lázaro.

Quando Jesus chega ao povoado de Betânia, encontra as irmãs de Lázaro, Marta e Maria, mergulhadas na dor. Ambas dizem: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.” Diante do choro delas e da comoção do povo, Jesus também chora. Isto é, o Filho de Deus se comove com o sofrimento humano. Ele não é indiferente à nossa dor.

Mas o sofrimento não é o fim. Jesus vai até o túmulo, pede que a pedra seja removida e, com voz firme, chama: “Lázaro, vem para fora!”. Essa cena mostra que, mesmo nas situações mais sombrias, Deus nos chama à vida.

A virtude da Esperança é o nosso guia

Para ter essa força interior nos momentos difíceis, é fundamental cultivar a virtude da esperança, que brota da fé profunda e do amor verdadeiro. Santa Teresinha do Menino Jesus, que tanto sofreu neste mundo, expressou isso de forma simples e profunda.

Ela dizia que esperava tudo do Bom Deus, como uma criancinha espera tudo de seu pai. Essa confiança infantil nos lembra que, mesmo diante das incertezas, podemos confiar plenamente no cuidado e no amor de Cristo, que nunca nos abandona.

Sendo assim, a esperança nos ajuda a:

  • Enxergar luz onde há escuridão;
  • Resistir quando tudo parece pesado;
  • Crer na reconstrução e no recomeço.

Nesse contexto, ainda hoje, comece a pedir tal virtude nas suas orações. Leia a vida dos santos e escute bons testemunhos. Isso tornará sua esperança ainda mais profunda.

Deus nos chama à vida por meio do outro

É interessante reparar que o Senhor nem sempre age diretamente em nossas dores. Por vezes, Ele utiliza alguma pessoa para nos ajudar a vencer aquela dificuldade.

Dessa maneira, talvez a resposta da sua oração venha na forma de um abraço, de uma conversa ou de alguém que cruza seu caminho bem na hora certa. Veja alguns indivíduos que podem ser um dom de Deus para a sua vida!

1) Profissionais de saúde

Psicólogos, médicos e terapeutas podem ser instrumentos da graça divina, especialmente quando se trata de dores emocionais e psíquicas, tão presentes na vida de muitos consagrados e sacerdotes.

Em vista disso, devemos entender que buscar ajuda especializada não é sinal de fraqueza, mas de coragem. Assim como cuidamos do corpo, também precisamos cuidar da mente.

Dessa forma, Deus nos chama à vida também quando nos move a procurar ajuda, quando nos conduz a alguém preparado para escutar, acolher e orientar. Pois, muitas vezes, é no consultório que Ele começa a restaurar o ânimo e reacender a esperança.

2) Irmãos ou irmãs de ministério

Em tempos de cansaço ou desânimo, os irmãos e irmãs de ministério ou congregação podem ser um grande sustento. Às vezes, só precisamos de alguém que escute sem pressa, que compreenda sem julgar e que apenas esteja presente.

Logo, lembre-se que não estamos sozinhos na missão, uma vez que partilhar as lutas e as alegrias com quem vive a mesma vocação ajuda a aliviar o peso da caminhada. Em suma, somos chamados também a sermos presença de Deus uns para os outros.

3) Amigos e familiares

Por fim, a vocação consagrada não rompe os laços de afeto que Deus nos deu. Recordemos que amigos e familiares continuam sendo parte essencial do cuidado e da presença amorosa do Senhor em nossa caminhada.

Desse modo, há dias em que uma visita, uma ligação e um conselho podem restaurar forças que pareciam esgotadas. Esses vínculos nos lembram quem somos, de onde viemos e o quanto somos amados.

Assim, é por meio dessas relações que Deus nos chama à vida de autocuidado e bem-estar emocional. Ou seja, o Cristo se faz próximo no abraço de uma mãe, no carinho de um irmão e na escuta silenciosa de um amigo fiel.

Dê os primeiros passos na saúde emocional!

Se, infelizmente, você tem passado por noites escuras em relação à saúde emocional, saiba que o Centro Âncora está aqui por você! Nascemos com o propósito de ser um lugar de escuta, renovação e cuidado integral para quem consagrou a vida a Deus.

A ciência como luz em meio à escuridão

O papel da ciência na compreensão do suicídio — primeira palestra do segundo dia do VIII Congresso Âncora

Na primeira palestra do segundo dia do VIII Congresso Âncora, o Dr. Maurício Nasser Ehlke, representante do Centro Âncora de Revitalização, apresentou uma análise profunda sobre o suicídio como um problema de saúde pública global. 

Ele destacou como a ciência contribui significativamente para a identificação de causas, riscos e formas de prevenção, fornecendo uma base sólida para compreender essa questão de maneira mais abrangente.

Para começar, o palestrante trouxe dados alarmantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), revelando que 703 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano. Além disso, apontou que 90% dos casos estão relacionados a transtornos mentais, reforçando a necessidade de investir em estratégias de cuidado psicológico e psiquiátrico.

Psiquiatria e psicologia: diagnóstico e terapia

Além disso, Dr. Ehlke abordou como a psiquiatria e a psicologia desempenham um papel crucial na prevenção do suicídio. A identificação de transtornos como depressão e bipolaridade é essencial para possibilitar um tratamento eficaz. Ele também enfatizou fatores de risco como desesperança, impulsividade e isolamento, que podem aumentar a vulnerabilidade de um indivíduo.

Outro ponto importante foi a relevância de terapias psicológicas bem estruturadas, destacando a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) como uma das abordagens mais eficazes na redução da ideação suicida e na promoção da resiliência emocional.

Neurociência: o impacto do cérebro no comportamento suicida

Em seguida, a palestra explorou a contribuição da neurociência para o entendimento do suicídio. Pesquisas revelam que alterações nos neurotransmissores, como a serotonina, podem estar diretamente ligadas a transtornos psiquiátricos e ao aumento do risco de suicídio.

Além disso, imagens cerebrais avançadas têm permitido identificar padrões de ideação suicida, oferecendo um olhar mais preciso sobre os mecanismos biológicos envolvidos no processo. A busca por marcadores biológicos de risco também foi discutida como um caminho promissor para aprimorar métodos de diagnóstico e intervenção precoce.

Genética: predisposição ao suicídio e influência ambiental

Outro tópico relevante abordado pelo palestrante foi o papel da genética no comportamento suicida. Estudos sugerem que há uma predisposição genética, evidenciando que certos indivíduos podem ter uma maior vulnerabilidade ao suicídio devido à interação entre genes e ambiente.

A genômica, por sua vez, tem ajudado na identificação de pessoas em risco, permitindo abordagens mais direcionadas na prevenção do suicídio.

Sociologia e antropologia: fatores sociais e culturais

A palestra também enfatizou como aspectos sociais e culturais influenciam os índices de suicídio. Questões como pobreza, violência e exclusão social foram apontadas como fatores que aumentam significativamente a vulnerabilidade de determinados grupos.

Além disso, valores culturais e percepções sobre saúde mental impactam a forma como diferentes sociedades lidam com o tema. O palestrante destacou a necessidade de uma abordagem sensível para atender populações vulneráveis, incluindo indígenas, idosos e a comunidade LGBTQIA+, que enfrentam desafios específicos na prevenção ao suicídio.

Epidemiologia: mapas populacionais e políticas públicas

Outro aspecto essencial abordado na palestra foi o papel da epidemiologia, ciência que estuda padrões populacionais e regiões de risco. Essa análise permite a formulação de políticas públicas eficazes, contribuindo para prevenir surtos locais e direcionar recursos para onde são mais necessários.

Tecnologia e prevenção: inteligência artificial no auxílio à saúde mental

Por fim, Dr. Maurício discutiu como a tecnologia tem sido utilizada na prevenção do suicídio. Aplicações inovadoras, como algoritmos de redes sociais para detectar comportamentos de risco, podem ajudar a identificar indivíduos em situação de vulnerabilidade.

Além disso, plataformas digitais de apoio psicológico e atendimento emergencial online foram apresentadas como recursos valiosos para oferecer suporte imediato e reduzir riscos em momentos críticos.

Conclusão: A ciência como pilar fundamental na prevenção do suicídio

Encerrando sua apresentação, Dr. Ehlke enfatizou que os avanços científicos têm sido essenciais para ampliar o entendimento sobre o suicídio, tornando possível desenvolver estratégias de prevenção mais eficazes.

Ele destacou a necessidade de reduzir o estigma em torno do tema e investir continuamente em saúde mental, garantindo que pessoas em sofrimento tenham acesso a suporte adequado. Além disso, reforçou que a união entre diferentes áreas do conhecimento é indispensável para promover ações concretas, fortalecendo redes de apoio e salvando vidas.

Após a palestra, os participantes foram convidados a desfrutar de um coffee break, um momento especial para registros fotográficos, trocas de experiências e o fortalecimento de novas conexões.

Um diálogo que virou partilha: Frei Sidney no podcast do Congresso Âncora

Na manhã deste sábado (03), tivemos o privilégio de receber o Frei Sidney Damasio para a gravação de um episódio especial do nosso podcast, abordando o tema central de sua palestra e outras reflexões sobre sua missão.

Logo após a gravação, convidamos o Frei para o que seria uma breve entrevista com três perguntas que se transformou em uma partilha profunda, sensível e necessária — daquelas que nos tiram do automático e nos lembram do valor da escuta verdadeira.

Iniciamos nossa conversa falando sobre a importância de eventos como o Congresso Âncora, com o tema: “Acolher e cuidar: a missão da Igreja na prevenção do suicídio”

Frei Sidney abriu o diálogo dizendo que “desde que cheguei ontem, senti o desejo de saudar a irmã Adenise e destacar a importância de tratarmos de um tema como este. O suicídio ainda é um tabu. Por muitos motivos, existe o receio de que falar sobre isso possa incentivar a prática — e, por isso, o silêncio ainda prevalece.

Mas o silêncio também nos impede de prevenir. A experiência do suicídio não é trágica apenas para quem a vive diretamente, mas também para todos que estavam em relação com essa pessoa. O que fica é um rastro de dor, culpa e negação.É uma situação complexa, que atinge profundamente o entorno.

Por isso, falar sobre o tema é fundamental: nos ajuda a compreender suas origens e, principalmente, nos permite identificar sinais e oferecer ajuda.Quando evitamos o assunto, corremos o risco de construir ambientes que, sem perceber, favorecem esse tipo de desfecho.

Perguntamos ao Frei sobre o papel das comunidades religiosas nesse contexto. 

Frei Sidney, embora ressalte que não há uma relação direta de causa e efeito entre vida comunitária e suicídio, acredita que uma fraternidade sadia — onde há espaço para acolher, escutar e apoiar — pode ser um verdadeiro abrigo em meio às dores silenciosas. O suicídio é sempre consequência de um sofrimento insuportável. A recusa à vida parece, naquele momento, menos dolorosa do que continuar vivendo. Por isso, precisamos estar atentos aos sinais e sermos presença de esperança.

Ao falarmos sobre campanhas como o Setembro Amarelo, Frei Sidney pontuou algo essencial: mais do que estatísticas e alarmes, precisamos resgatar o sentido da vida. “O sentido não se dá, ele se descobre”, lembrou ele, citando uma das falas ouvidas durante o Congresso. Em um mundo cada vez mais utilitarista, onde pessoas são valorizadas apenas pelo que produzem, ele nos convida a redescobrir o valor do ser — não apenas do fazer.

Por fim, conhecemos um pouco mais da trajetória do Frei Sidney.  Ele é doutor em Teologia Espiritual, com formação em psicopedagogia, arte sacra e simbologia franciscana, ele hoje atua como professor e pregador de retiros. Sua caminhada une espiritualidade, psicologia e arte como caminhos complementares para cuidar da alma e iluminar o sentido da existência.

Mais do que conversar sobre o episódio de seu podcast, esta conversa foi um convite à escuta, à empatia e ao cuidado. Que possamos, como Igreja e sociedade, continuar criando espaços onde a vida seja sempre valorizada — em toda sua fragilidade, beleza e complexidade.

Em breve, os episódios completos do podcast com Frei Sidney Damásio estarão no ar. Uma conversa profunda, necessária e repleta de partilhas que tocam o coração e nos ajudam a refletir sobre acolhimento, fraternidade e sentido da vida.

Lembramos que gravamos com todos os palestrantes do VIII Congresso.

Acompanhe, assista e compartilhe. Essa é uma escuta que pode transformar — e, quem sabe, até salvar — vidas.

Segundo dia do Congresso Âncora começa com alegria, santa missa e a memória viva do início da missão

Uma manhã marcada por fé, partilha e o reencontro com o sentido mais profundo da missão.

O segundo dia do VIII Congresso Âncora começou com grande alegria, acolhimento fraterno e o desejo renovado de mergulhar na escuta e no cuidado interior. Logo no início da manhã, os participantes foram convidados a participar da Santa Missa, presidida pelo padre Clayton Adriano Delinski Ferreira, que levou a assembleia a uma experiência profunda de oração e intimidade com Deus.

Durante a homilia, o sacerdote convidou todos a se deixarem encontrar por Jesus:

“Mostra-nos o Pai e ajuda-nos a entender quem o Pai é para nós e quem nós somos. Hoje, que nós possamos, por meio de Jesus, saciar o nosso coração com a plenitude — daquilo que completa, daquilo que revela não só Deus para nós, mas quem nós somos. O projeto da nossa vida, o sentido da nossa existência. O propósito que temos: fazer com que o dom da nossa vida também busque servir, completar não só a nossa história, mas também alcançar o outro. O homem é feito para o caminho. Jesus é o caminho. Quantas vezes escolhemos uma vida sem rumo? Mas Ele se apresenta: ‘Sou o caminho’ — para quem está no atalho. ‘Sou a verdade’ — para quem vive a confusão. E para a plenitude da sua vida, é preciso fazer o processo comigo. Caminhe comigo. Caminhe orientado na verdade, e o teu coração encontrará completude, plenitude, o Pai. O que nos basta. Porque o Pai é o que nos faz viver o projeto que Deus espera de todos nós.”

Logo após a missa, a Irmã Adenise foi chamada ao palco para fazer memória da origem do Congresso. Sua partilha trouxe à tona a beleza dos pequenos começos e a fidelidade ao chamado de Deus:

“Só contextualizando um pouco como surgiu o Congresso. Às vezes a gente pensa: ‘Nossa, tem um Congresso, depois outro…’, mas como é que surgiu esse evento?

Primeiro surgiu o Âncora — o Centro de Revitalização. Iniciamos um trabalho com sacerdotes e religiosos. Eu pediria para o Maurício, a Ivana e o Vicente se colocarem em pé… Acho que são vocês que estão aqui, né? Então, esses são os membros que fazem parte desde o início da fundação.

E nós começamos de uma forma muito… caminhando. Sentindo a necessidade dos sacerdotes. Mas não tínhamos um projeto, não tínhamos uma realidade financeira que nos sustentasse… Fomos tentando, de forma experimental mesmo. E o Maurício… parecia que ele sabia tudo!

Caminhando com essa realidade do Âncora, sempre sentimos a necessidade de fazer os Congressos — algo que ampliasse a formação que era dada ali, inicialmente, só para quem fazia o processo no Âncora.

O Congresso surgiu como uma forma de apresentar o Centro Âncora para a Igreja. Pensamos: ‘O que a gente vai fazer?’ — ‘Vamos fazer um Congresso!’ Mas não pensamos exatamente em como seria… E de repente, ele aconteceu.

Padre, foi lá na casa de vocês que começou! Foi lá no salão de vocês que fizemos o primeiro Congresso, com 60 pessoas. Foi muito bom.

E daí foi seguindo, a cada dois anos, procurando trabalhar temas que fluem durante o processo no Âncora. As pessoas trazem suas dúvidas, e a partir da escuta da realidade, nós trazemos os temas para o Congresso, convidando pessoas que fazem e não fazem parte do nosso dia a dia, mas que podem colaborar.

Então essa é um pouquinho da história da nossa casa. E mais uma vez eu agradeço toda essa equipe que caminha na fidelidade. E às novas que foram chegando também… Porque estamos chegando neste momento!

Um bom encontro para cada um de nós no dia de hoje. Muito obrigada!

Com palavras cheias de verdade, a Irmã Adenise tocou os corações ao recordar que o Congresso nasceu da escuta e da coragem de confiar. O público respondeu com aplausos emocionados, reconhecendo a fidelidade do caminho.

Lembramos que em breve, os podcasts com os principais momentos do Congresso estarão disponíveis. Assista, compartilhe e leve essa missão ainda mais longe!

Palestrantes do VIII Congresso Âncora gravam podcasts e compartilham suas experiências sobre prevenção ao suicídio

Os palestrantes do VIII Congresso Âncora participaram da gravação de podcasts exclusivos, explorando os temas de suas palestras e abordando questões fundamentais sobre a prevenção ao suicídio.

Para conhecer melhor a perspectiva desses profissionais, conversamos com eles sobre a importância do congresso e sobre suas atuações na área atualmente.

Nesta breve entrevista, a assessoria de comunicação do evento, após a gravação do podcast,  conversou com o Dr. Cloves Amorim,  que é psicólogo, professor e pesquisador, referência em luto, suicídio e cuidados paliativos,

Qual é a importância de um congresso como este, promovido pelo Centro Âncora, que traz o suicídio para o centro do debate?

É fundamental que a gente fale sobre esses temas difíceis que, em geral, são evitados. O silêncio em torno do suicídio só contribui para aumentar o sofrimento das pessoas. Precisamos falar sobre isso nos congressos, mas com responsabilidade. Não podemos tratar o suicídio de forma leviana, como se fosse uma saída para quem sofre. Essa iniciativa do Centro Âncora é fantástica porque traz essa temática para um debate responsável e consciente.

Como o senhor atua hoje como psicólogo? Qual é o foco do seu trabalho?

Meu trabalho é focado em terapia, especialmente atendendo casais e famílias. Acredito que as relações mais próximas e íntimas são determinantes na saúde emocional das pessoas. Os conflitos familiares são muitas vezes mais visíveis e impactantes do que questões individuais, e quando não tratados, geram muito sofrimento e adoecimento.

Ainda há um mito sobre falar de prevenção ao suicídio? Como equilibrar a necessidade de abordar o tema com a responsabilidade que ele exige?

Sim, ainda existe um mito. É preciso falar, mas de maneira responsável. Por exemplo, muitos acreditam que a mídia não deve divulgar números sobre suicídio, e eu entendo esse cuidado. As estatísticas são relevantes para profissionais da saúde, mas não para o público em geral. O que realmente importa é divulgar fatores de risco, medidas de prevenção e incentivar as pessoas a procurarem ajuda.”

Campanhas como o Setembro Amarelo são eficazes nesse processo de prevenção?

Sim, essas campanhas são muito positivas. Elas incentivam as pessoas a buscarem apoio e proporcionam um suporte essencial. Tenho acompanhado a forma como essas campanhas vêm sendo divulgadas e percebo que elas têm sido focadas na prevenção. Isso já salvou inúmeras vidas, porque pessoas que estavam desistindo encontram nessas iniciativas um incentivo para buscar ajuda.

Os podcasts gravados no congresso aprofundam os temas das palestras e exploram questões essenciais sobre prevenção ao suicídio e saúde mental. Neles, os palestrantes ampliam as discussões e apresentam diferentes perspectivas sobre suas áreas de atuação e os desafios enfrentados na sociedade.

Ficou curioso para saber mais? Então, acompanhe nossas redes! Em breve, o podcast com o Dr. Cloves e os demais palestrantes estarão no ar em breve, trazendo debates enriquecedores e informações essenciais sobre o tema. Não perca!

Vem aí: podcasts do VIII Congresso Âncora com debates essenciais sobre prevenção ao suicídio

Em breve, os podcasts do VIII Congresso Âncora estarão no ar, trazendo reflexões profundas sobre prevenção ao suicídio, abordadas pelos palestrantes do evento. Logo após a gravação do episódio com o Dr. Carlos Tadeu Grzybowski (Carlos Catito), conversamos com ele sobre os temas discutidos e sua atuação na área.

Qual é a importância de um congresso como este, promovido pelo Centro Âncora, que traz o suicídio para o centro do debate?

Pra mim, é fundamental que a gente fale sobre esses temas difíceis, que, em geral, são evitados. É muito importante. Acredito que precisamos criar uma consciência coletiva para que se gere cada vez mais saúde emocional, seja dentro dos espaços religiosos, seja na comunidade em geral. 

Devemos falar sobre isso em congressos, mas de forma responsável. Não podemos tratar o suicídio de maneira irresponsável, fazendo apologia ou minimizando o sofrimento de quem passa por isso.

O tema deve ser abordado com responsabilidade e consciência. Por isso, considero fantástica a iniciativa do Centro Âncora de trazer essa discussão para o congresso.

Como o senhor atua hoje como psicólogo? Qual é o foco do seu trabalho?

Eu trabalho como psicólogo e terapeuta, especialmente atendendo casais e famílias. Minha visão é de que as relações em que estamos inseridos, especialmente as mais próximas e íntimas, são construtoras de saúde ou de doença emocional.

Por isso, o foco do meu trabalho está nas relações e nos conflitos familiares. Esses desafios, muitas vezes, são mais visíveis e impactantes do que questões individuais. Quando não tratados, geram muito sofrimento e adoecimento.

Ainda há um mito sobre falar de prevenção ao suicídio? Como equilibrar a necessidade de abordar o tema com a responsabilidade que ele exige?

Sim, ainda existe um mito em torno da fala sobre suicídio. É preciso abordar o tema, mas com responsabilidade. A ideia de que a mídia não pode divulgar números, por exemplo, faz sentido. As estatísticas são importantes para profissionais da área de saúde, mas não para a sociedade em geral.

O que realmente importa para a população é discutir os fatores de risco e entender como reduzi-los. Essas são medidas efetivas de prevenção. A mídia deve se concentrar essencialmente na prevenção, porque, depois que o fato acontece, apenas explicar os motivos não muda nada. 

Agora, se comunicamos de forma preventiva, dizendo ‘Se você está passando por dificuldades, procure ajuda’, isso, sim, faz diferença.

Campanhas como o Setembro Amarelo são eficazes nesse processo de prevenção?

São muito positivas. Elas incentivam as pessoas a buscarem apoio e proporcionam um suporte essencial. A forma como têm sido divulgadas contribui para que mais pessoas percebam que ainda existem alternativas. Já salvou inúmeras vidas. Pessoas que estavam desistindo, ao verem essas campanhas, decidiram buscar ajuda porque entenderam que ainda há uma solução.

Os podcasts gravados no congresso aprofundam os temas das palestras e exploram questões essenciais sobre prevenção ao suicídio e saúde mental. Neles, os palestrantes ampliam as discussões e apresentam diferentes perspectivas sobre suas áreas de atuação e os desafios enfrentados na sociedade.

Padre Lício de Araújo Vale conversou com a jornalista da Copiosa Redenção Lydiana Rossetti.

Os podcasts gravados com a Ir. Silvia Maria CR e do Pe Lício de Araújo Vale trazem grandes tesouros sobre o tema. E tem, muito mais vindo por aí com o segundo dia do congresso.

Quer acompanhar essas reflexões? Fique ligado em nossas redes! Em breve, o podcast com Carlos Catito e os demais palestrantes estará no ar, trazendo debates enriquecedores e informações fundamentais sobre o tema.

Primeira Palestra: Padre Lício Vale destaca o sentido da vida e caminhos para prevenir o suicídio

Em uma palestra comovente e profundamente reflexiva, o educador, pesquisador e suicidologista Padre Lício Vale conduziu os participantes do VIII Congresso Âncora a uma jornada de compreensão sobre o suicídio, defendendo a importância de conhecer e acolher para prevenir. Com base em sua própria história de vida — seu pai morreu por suicídio com apenas 43 anos —, o sacerdote compartilhou experiências e dados que lançam luz sobre um dos temas mais urgentes da saúde mental contemporânea.

A partir do tema “o sentido da vida”, o palestrante convidou a plateia a refletir sobre o sofrimento humano e as dores silenciosas que muitas vezes precedem o suicídio. Segundo ele, não se trata de um ato de covardia ou de falta de fé, mas de um grito de dor emocional insuportável. Nesse contexto, Padre Lício alertou para o uso incorreto da expressão “cometer suicídio”, explicando que a forma adequada e respeitosa é “morrer por suicídio”, a fim de evitar a culpabilização da pessoa que tirou a própria vida.

Em seguida, o especialista apresentou dados alarmantes. Em 2014, o mundo registrou aproximadamente 800 mil mortes por suicídio. Hoje, esse número chega a um milhão. No Brasil, cerca de 52 pessoas morrem por suicídio todos os dias. Entre adolescentes, essa é a segunda principal causa de morte, ficando atrás apenas da violência urbana.

Além disso, Padre Lício destacou três fatores de risco recorrentes na vida religiosa e sacerdotal: o estresse ocupacional, a solidão e a desesperança. “Mesmo vivendo em comunidade, muitos religiosos estão emocionalmente isolados”, afirmou. Ele também abordou causas frequentes como transtornos mentais não tratados, fatores familiares e sociais — como o desemprego —, abuso de álcool e drogas, e o preconceito ainda existente em torno da saúde mental.

Ao longo da palestra, o sacerdote desmistificou concepções equivocadas a respeito do suicídio, como a ideia de que quem fala sobre o assunto não tem intenção de concretizar o ato. Pelo contrário, segundo ele, a maioria das pessoas dá sinais claros, seja por falas diretas, indiretas ou mudanças de comportamento. “Perguntar sobre suicídio não incentiva ninguém a se matar. Pelo contrário: pode salvar vidas”, ressaltou.

Como proposta concreta de ação, Padre Lício apresentou a metodologia “ROC” – Reconhecer, Oferecer ajuda e Conduzir –, defendendo a escuta empática e o encaminhamento profissional como etapas essenciais na prevenção. “O suicida não quer matar a vida, mas sim sua dor. A prevenção começa quando reconhecemos esse pedido de socorro”, enfatizou.

Ao concluir, o palestrante fez uma profunda reflexão de fé, afirmando que a esperança de salvação não deve ser negada àqueles que morreram por suicídio. Com base no Catecismo da Igreja Católica (nº 2280-2283), lembrou que Deus, em sua misericórdia, pode oferecer caminhos de arrependimento mesmo após atos de desespero.

“Prevenir o suicídio é um ato de amor. E amor é o que nunca pode faltar”, finalizou Padre Lício Vale, sob aplausos dos presentes.

Sobre o palestrante

Padre Lício Vale é formado pela PUC-SP, qualificado em Suicídio e Automutilação pela UNIPAR, com especialização em Prevenção ao Suicídio pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atua como pesquisador sobre luto e valorização da vida, educador e palestrante. É membro da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção ao Suicídio (ABEPS) e da Sociedade Internacional de Profissionais da Prevenção e Tratamento de Uso de Substâncias (ISSUP), entidade reconhecida pela ONU, OMS e OEA.

É autor de diversas obras, entre elas:

  • E foram deixados para trás – Uma reflexão sobre o fenômeno do suicídio
  • Acolher e se afastar: relações nutritivas ou tóxicas
  • Processos autodestrutivos: Por que permitimos nos machucar?
  • Mente suicida: Respostas aos porquês silenciados
  • Superando a perda de quem você ama

Seus livros foram publicados por editoras como Loyola, Paulus, Paulinas e Canção Nova. Filho de suicida, dedica sua vida a transformar dor em cuidado e esperança.

VIII Congresso Âncora abre com esperança, fé e compromisso com a vida

O Centro Âncora deu início ao VIII Congresso Âncora, com o tema “Acolher e Cuidar: a missão da Igreja na prevenção do suicídio”, reunindo cerca de 120 participantes na FAE Business School, em Curitiba. Os participantes vieram de diferentes estados do Brasil e até de outros continentes para refletir sobre o sofrimento humano, o luto, a culpa, o sentido da vida e os caminhos de acolhimento e prevenção ao suicídio.

Irmã Adenise Somer abre o congresso com mensagem de esperança

A Irmã Adenise Somer, em nome da equipe organizadora do congresso, deu as boas-vindas com uma fala tocante e profunda. Ela destacou a importância de construir um novo modelo de acolhimento, sobretudo para pessoas que sofrem no contexto da vida consagrada.

“Sentimos de perto as dores da Igreja e da humanidade, e este congresso nasce da esperança de contribuir com respostas concretas e humanas diante do sofrimento”, afirmou.

Ela reforçou que não é possível cuidar e escutar se a própria Igreja estiver mergulhada na agitação e na ansiedade. Com um relato pessoal, contou que viveu como uma “cobra cega”, correndo em todas as direções, até entender que a vida consagrada exige serenidade e profundidade.

“Esse mal não é só meu, é nosso. E por isso estamos aqui, para compartilhar experiências, conhecimentos e caminhos de superação”, disse.

A irmã também enfatizou que a medicina deve ser uma aliada na prevenção ao suicídio, ao lado da escuta espiritual e comunitária. Finalizou desejando que cada participante viva esse momento como um verdadeiro encontro fraterno, pedindo a bênção de Deus sobre todos.

Pe. Ildefonso celebra a santa missa de abertura e relata testemunho de superação

O Pe. Ildefonso, coordenador da CRB Paraná, presidiu a homilia de abertura. Ele compartilhou a história de um jovem sacerdote da congregação Missionários de Nossa Senhora da Salete que enfrentava sinais graves de depressão, recusava-se a sair do quarto e se isolava das atividades. A liderança da congregação, com apoio do grupo Âncora, internou o sacerdote por dois a três meses.

Hoje, mais de uma década depois, o padre vive com alegria e saúde, seguindo uma rotina de cuidado pessoal, alimentação adequada e prática de exercícios.

“Esse sacerdote se tornou um grande irmão e evangelizador”, celebrou o padre.

Pe. Ildefonso também falou sobre a importância da fé e da experiência com o Cristo ressuscitado. Ele relembrou figuras como Santo Atanásio, que evangelizaram mesmo em tempos de perseguição, movidos por uma profunda convicção espiritual. Para ele, essa experiência de fé oferece sentido à vida e força para superar as adversidades.

Ao refletir sobre o evangelho do dia, o padre destacou o momento em que Jesus, ao ver uma multidão faminta, pergunta a Felipe como alimentá-los. Jesus se apresenta como o “pão vivo”, que sacia e preenche.

“Uma pessoa que experimenta a plenitude de Jesus se sente completa, feliz e integrada”, afirmou, ressaltando a abundância da graça de Deus.

O sacerdote ainda comparou o sofrimento de muitos à busca desenfreada por satisfação, semelhante a uma “cobrança cega”. Segundo ele, somente a experiência profunda com Cristo oferece verdadeira paz.

“Quando estou bem comigo, estou bem com o Senhor”, concluiu, citando o Papa Francisco: “Devemos simplesmente habitar no santuário do Senhor.”

Ao término da celebração os participantes foram convidados a participar da palestra sobre o Sentido da Vida e os caminhos para prevenir o suícido.

 3 motivos para se tornar um Amigo da Redenção

Amigo da Redenção: esse é o nome dado a quem abraça a missão de transformar vidas marcadas pela dependência química, oferecendo um gesto concreto de amor, esperança e redenção

Logo, ser um Amigo da Redenção significa participar de uma obra que une misericórdia, oração e solidariedade. E o objetivo é resgatar não apenas indivíduos que sofrem com o vício das drogas e bebidas, mas também famílias e comunidades inteiras.

Então, se você está se perguntando por que deveria fazer parte deste projeto, apresentamos aqui três motivos. São motivos simples que mostram como sua contribuição pode ir muito além do material e se tornar um ato de redenção e fé.

Acompanhe!

1º motivo para você se tornar um Amigo da Redenção: Praticar uma Obra de Misericórdia e Redenção

Ao se tornar um Amigo da Redenção, você pratica uma das mais belas obras de misericórdia: cuidar dos que mais precisam. Isso porque a sua contribuição apoia a recuperação de dependentes químicos, uma missão essencial para a sociedade, especialmente no Brasil, onde o impacto das drogas cresce de forma alarmante.

Os números sobre o uso de substâncias psicoativas são preocupantes. Segundo uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cerca de 4 milhões de brasileiros enfrentam problemas graves relacionados ao uso abusivo de substâncias.

Além disso, o consumo do crack e cocaína coloca o Brasil entre os países com maior número de usuários dessas substâncias no mundo. Este cenário não afeta apenas os dependentes, mas destrói famílias, causa violência e sobrecarrega sistemas de saúde e assistência social.

Diante dessa realidade, a Igreja, como mãe que ama seus filhos, nos convida a ser agentes de transformação, praticando a misericórdia com gestos concretos. E esse gesto é uma resposta ao chamado de Jesus que nos diz: “Tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber” (Mt 25,35).

Contudo, na dependência química, o alimento e a água se traduzem em acolhimento, tratamento e espiritualidade para aqueles que estão em profunda vulnerabilidade.

Contribuir para a recuperação de dependentes químicos não é apenas uma resposta ao chamado de Jesus, mas também uma forma de combater essa epidemia silenciosa que devasta lares e comunidades inteiras.

Cada vida restaurada é um testemunho da força do amor cristão em ação.

Portanto, ao contribuir com as Comunidades Terapêuticas da Copiosa Redenção, você ajuda na reestruturação de vidas que estavam perdidas, devolvendo dignidade, fé e esperança. E isso não apenas aos adictos – assim são chamados os que estão em recuperação – mas também famílias inteiras, que encontram em nossa missão um novo caminho de esperança e redenção.

2º motivo para você se tornar um Amigo da Redenção: Receber a intercessão diária das Irmãs e Irmãos da Copiosa Redenção

Ao fazer parte do Projeto Amigos da Redenção, você não estará apenas ajudando as nossas Comunidades Terapêuticas; mas também receberá ajuda espiritual.

Todos os dias, as Irmãs e os Irmãos da Copiosa Redenção intercedem diante do Santíssimo Sacramento por cada Amigo da Redenção, pedindo a Deus que derrame bênçãos sobre suas vidas.

Logo, a oração de intercessão é uma força poderosa que conecta nossos corações às graças de Deus. Quando intercedemos por alguém ou somos alvo de intercessão, participamos de um elo espiritual que atravessa fronteiras e nos coloca diante do coração misericordioso de Cristo.

Portanto, ser lembrado em orações diárias, diante do altar, é um presente espiritual que fortalece a caminhada de fé e nos une ainda mais à obra de redenção e amor.

Como a Copiosa Redenção realiza sua Obra nas Comunidades Terapêuticas

Antes de citar o terceiro motivo, vamos entender melhor o trabalho da Copiosa Redenção na sua missão de resgatar a dignidade dos dependentes químicos.

A missão da Copiosa Redenção vai além da recuperação física; é uma obra integral que alcança corpo, mente e espírito. Logo, inspirados pelo carisma dado por Deus ao Padre Wilton Lopes, fundador da Congregação, os Irmãos e Irmãs da Copiosa Redenção trabalham incansavelmente para oferecer um caminho de esperança e transformação aos adictos.

O carisma da Copiosa Redenção nasceu como uma resposta ao sofrimento humano, especialmente daqueles que enfrentam o vício e a autodestruição. Padre Wilton compreendeu que a verdadeira redenção só acontece por meio de uma entrega total ao Amor de Deus. Assim, ele estabeleceu uma missão que une espiritualidade profunda e acolhimento concreto.

Portanto, nas Comunidades Terapêuticas da Copiosa Redenção, essa visão se traduz em ações práticas e espirituais:

Adoração diária ao Santíssimo Sacramento: A adoração é o coração da obra. Por isso, cada dependente é apresentado diante de Jesus em intercessão por sua recuperação. Aqui, tudo se consome no Amor, e cada passo rumo à recuperação é confiado à misericórdia divina.

Acolhimento e cuidado integral: Às comunidades oferecem um ambiente de acolhimento, onde cada pessoa é tratada com dignidade, reconhecendo suas feridas e ajudando a reconstruir sua vida.

Espiritualidade e trabalho como pilares: A Copiosa Redenção valoriza o equilíbrio entre oração e trabalho. Desse modo, cada acolhido é incentivado a redescobrir o valor do esforço humano e do cultivo da espiritualidade como formas de reencontro consigo mesmo e com Deus.

Comunhão com as famílias: A recuperação também envolve as famílias, promovendo momentos de encontro, diálogo e perdão. Logo, é um processo de reconstrução de laços e resgate da harmonia familiar.

O que é uma Comunidade Terapêutica? [inserir o link do BP1

3º motivo para você se tornar um Amigo da Redenção: Receber o informativo Porta da Misericórdia

Além de praticar a misericórdia e ser alvo de orações, o Amigo da Redenção recebe mensalmente em seu email o informativo Porta da Misericórdia.

E esta newsletter exclusiva traz para você:

  • Reflexões espirituais inspiradoras.
  • Notícias e novidades sobre a obra da Copiosa Redenção.
  • Testemunhos de transformação de vidas nas Comunidades Terapêuticas, e muito mais.

O Porta da Misericórdia é um convite para aprofundar a sua espiritualidade e estar sempre conectado à missão que você ajuda a sustentar.

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Baixe o Infográfico Amigo da Redenção

Quer saber mais sobre como ser um Amigo da Redenção e fazer parte desta obra transformadora? Baixe agora mesmo o infográfico que preparamos especialmente para você!

Neste material exclusivo, você vai descobrir:

  • Mais detalhes sobre as Comunidades Terapêuticas da Copiosa Redenção.
  • Como sua doação é utilizada para resgatar vidas.
  • Passos simples para se tornar um Amigo da Redenção e transformar o sofrimento em esperança.

Clique aqui para baixar o infográfico e dar o primeiro passo nesta missão de amor e misericórdia: QUERO O INFOGRÁFICO AMIGO DA REDENÇÃO!

Matrimônio: por que você deve acreditar que “o que Deus uniu o homem não separa”?

O matrimônio, sacramento instituído por Deus, é um dos maiores tesouros da humanidade, além de ser é um dos mais belos e profundos mistérios da fé cristã. É uma vocação à santidade, um caminho de amor e de crescimento espiritual para o casal.

Mas, diante dos desafios da vida moderna, muitos questionam a perenidade do matrimônio e a validade da afirmação de Jesus: “O que Deus uniu, o homem não separe” (Mt 19,6). Contudo, justamente essa afirmação de Jesus expressa a beleza e a profundidade desse mistério, e nos convida a refletir sobre o significado do casamento à luz da fé.

O matrimônio como projeto de Deus

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que o matrimônio é uma realidade instituída por Deus desde a criação. Deus criou o homem e a mulher para se amarem e se completarem, formando uma só carne (Gn 2,24). Logo, o amor conjugal é uma imagem do amor de Cristo pela Igreja, um amor fiel, indissolúvel e fecundo.

A Encíclica Familiaris Consortio do Papa São João Paulo II aprofunda essa compreensão, afirmando que o matrimônio é uma comunidade de vida e de amor, fundada pelo Criador, e destinada a perdurar por toda a vida. Sendo assim, diz São João Paulo II, “é assumida pela caridade nupcial de Cristo, sustentada e enriquecida pela sua força redentora” (Familiaris Consortio, nº 13).

Já o Papa Francisco, por sua vez, na Encíclica Amoris Laetitia, nos convida a redescobrir a beleza e a alegria do amor conjugal, e a construir famílias fortes e resilientes. “O bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja”, diz Francisco no documento.

E o Papa ainda afirma: “A indissolubilidade do matrimónio (“o que Deus uniu não o separe o homem” Mt 19,6) não se deve entender primariamente como ‘jugo’ imposto aos homens, mas como um “dom” concedido às pessoas unidas em matrimônio” (Amoris Laetitia, 62).

Ou seja, a indissolubilidade do matrimônio é um dom de Deus e uma garantia de amor eterno. Jesus Cristo, ao reafirmar a indissolubilidade do matrimônio, elevou a união conjugal à dignidade de sacramento, tornando-a um sinal da aliança entre Deus e o seu povo.

Mais uma vez citando a Encíclica Familiaris Consortio, nela São João Paulo II nos lembra que o matrimônio é uma realidade objetiva, fundada na lei natural e divinamente instituída, e não uma mera criação cultural.

O poder da oração na vida do casal

A oração é o alimento da alma e o pilar fundamental que nos impulsiona a viver a nossa fé. E no contexto do matrimônio, a oração é um pilar fundamental para fortalecer a união do casal e superar os desafios da vida a dois.

Ao rezar juntos, os cônjuges se unem a Deus e fortalecem os laços que os unem. E mais que isso, ao orar juntos, os cônjuges se aproximam de Deus e experimentam a força do seu amor.

Sendo assim, a oração os ajuda a superar as dificuldades, a perdoarem-se mutuamente e pedir perdão, a agradecer e a amar cada vez mais.

Logo, a oração familiar é um momento especial para compartilhar a fé, os sonhos e as esperanças. É um espaço sagrado no qual os pais podem educar seus filhos na fé e transmitir os valores do Evangelho.

A Encíclica Amoris Laetitia nos convida a redescobrir a beleza da oração em família, como um momento privilegiado de encontro com Deus e de fortalecimento dos laços afetivos.

Por que acreditar que “o que Deus uniu, o homem não separa”?

  • O matrimônio é um sacramento: ao receber o sacramento do matrimônio, o casal recebe a graça de Deus para viver seu amor de forma fiel e indissolúvel.
  • O amor conjugal é um dom de Deus: o amor que une um casal é um dom precioso, um fruto do Espírito Santo. É um amor que transcende os sentimentos e as emoções, e que se fundamenta na vontade de Deus.
  • A família é a célula da sociedade: a família é o primeiro lugar onde aprendemos a amar, a perdoar e a viver em comunidade. É fundamental para a construção de uma sociedade mais empática e fraterna.
  • Cristo nos deu o exemplo: o amor de Cristo pela Igreja é o modelo perfeito para o amor conjugal. É um amor incondicional, sacrificial e pleno de misericórdia.

Os desafios do matrimônio e a graça de Deus

É importante reconhecer que o matrimônio é um caminho exigente e repleto de desafios, marcado por alegrias e dificuldades. Logo, as crises e as tentações fazem parte da vida de todo casal.

No entanto, a graça de Deus está sempre presente para fortalecer o casal e ajudá-los a superar as dificuldades. Ao confiar em Deus e buscar o seu auxílio, os cônjuges podem encontrar a força necessária para perseverar em seu amor.

Logo, a comunidade cristã desempenha um papel fundamental no apoio aos casais. Ou seja, a paróquia, os grupos de oração e os movimentos familiares são espaços que os cônjuges podem encontrar acolhida, amizade e orientação espiritual.

E ao compartilhar suas experiências e desafios com outros casais da igreja, é possível encontrar novas perspectivas e fortalecer a fé.

Além disso, o acompanhamento espiritual é fundamental para ajudar os casais a viverem a sua vocação matrimonial. Um sacerdote, um conselheiro familiar ou um grupo de casais podem oferecer orientação e apoio em momentos de crise.

Leia também: 5 conselhos bíblicos para encontrar amizades verdadeiras

Conselhos da Irmã Zélia para o seu matrimônio

Acreditar que “o que Deus uniu, o homem não separa” é um ato de fé. É confiar que o amor de Deus é mais forte que qualquer dificuldade e que, com a sua graça, é possível construir um matrimônio saudável, feliz e duradouro.

Ao escolher o matrimônio, o casal se entrega a um projeto de vida a dois, um projeto de amor e de felicidade. É um caminho que exige compromisso, renúncia e um constante esforço para crescer juntos. Mas é também um caminho que pode nos levar à plenitude e à santidade.

Aproveite para assistir a esses dois vídeos da Irmã Zélia, religiosa da Copiosa Redenção, para extrair conselhos para a vivência do seu matrimônio:

Mulher, reze em seu lar e converta sua família (PARTE 1)

Mulher, reze em seu lar e converta sua família (PARTE 2)

Que Nossa Senhora, Mãe da Divina Graça e modelo perfeito de esposa e mãe, interceda por todos os casais, para que possam viver seu amor com fidelidade e alegria.