CT Marta e Maria completa 30 anos de história, acolhimento e redenção

Comunidade foi a primeira a acolher mulheres em recuperação

“Quando a gente para de usar drogas, a gente vive uma crise de identidade porque não sabemos quem somos sem a droga. A construção do meu eu aconteceu dentro da comunidade”. Esse é o relato da jovem Bruna Heinemann, que foi acolhida em fevereiro de 2020 na Comunidade Terapêutica (CT) Marta e Maria, da Copiosa Redenção, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Bruna e outras graduadas, estarão presentes no jantar comemorativo dos 30 anos da Comunidade, no próximo sábado, dia 17 de maio. 

Atualmente, Bruna divide a rotina com o trabalho como gestora escolar e com o cuidado da filha de 1 ano e 11 meses,  e busca levar os valores que aprendeu durante os meses que morou na comunidade terapêutica para todos os âmbitos da vida. “A questão da honestidade, principalmente com a gente mesmo. Quando estamos no processo de recuperação da adicção, a gente tem que se policiar todos os dias para saber se estamos sendo verdadeiramente honestos com os nossos próprios sentimentos. Porque são os meus sentimentos que podem me levar a uma provável recaída”, explica.

Viver em comunidade foi outro grande aprendizado de Bruna. “Saber escutar as questões do outro, saber mediar os conflitos entre as pessoas, essa vivência em sociedade foi um grande aprendizado para mim. Algo que me capacitou para o trabalho que exerço hoje”, analisa a graduada. 

Ao longo das três décadas de atuação na capital gaúcha, a Copiosa Redenção pode testemunhar muitas vidas como a de Bruna sendo transformadas.

A fundação da comunidade

A Copiosa Redenção ainda estava no começo dos trabalhos em Ponta Grossa (PR), quando recebeu o convite de Dom Altamiro Rossato, então arcebispo de Porto Alegre, para assumir um trabalho com mulheres em sua arquidiocese. O convite foi feito diretamente para Padre Wilton, após uma visita do bispo a uma das casas da Copiosa Redenção no Paraná.

Além de ser o pedido de um bispo, Dom Altamiro era membro da Congregação do Santíssimo Redentor, da qual Padre Wilton também fazia parte. Assim, foi enviado o primeiro grupo de irmãs para Porto Alegre e fundada a casa Marta e Maria, no dia 15 de maio de 1995, a primeira Comunidade Terapêutica Feminina da Copiosa Redenção e, também, a primeira fora do território paranaense.

O grupo de religiosas enviadas à fundação era composto por Irmã Maria Mota, cofundadora da Congregação e superiora da nova Comunidade, Irmã Ermiria de Figueiredo, Irmã  Severina Chiodi, neo professa, e a noviça de segundo ano, Ivanilde. O principal desafio do início era justamente a capacitação das irmãs em uma metodologia para atendimento às mulheres, visto que as religiosas ainda não tinham experiência com esse público, diferente de hoje em que a Copiosa é referência no tratamento terapêutico de mulheres adictas. 

“Trabalhávamos com adolescentes de 15 a 23 anos. A casa tinha uma estrutura muito boa, porém era localizada no meio de uma favela e muitos usuários de drogas passavam no portão oferecendo drogas para as acolhidas. Pela manhã, antes de abrir a porta, eu fazia uma ronda para recolher as seringas descartadas pelos usuários que estavam no quintal da casa”, relembra Irmã Severina. Pouco tempo depois, a Comunidade foi transferida para o bairro Navegantes, onde está até hoje, e passou a atender apenas a faixa etária de 18 a 59 anos.

Um trabalho multidisciplinar

A presença da Copiosa Redenção em Porto Alegre tem marcado também a vida de muitos profissionais da área da saúde, que fazem parte do trabalho multidisciplinar da CT.  “Várias coisas me marcaram ao longo desses anos. Me tornei uma pessoa bem mais espiritual. Aprendi os conceitos de Misericórdia e de Providência na prática e aprendi a me tornar uma pessoa mais simples com a convivência com as Irmãs”, testemunha o médico psiquiatra, Rogério Alves da Paz.

Ele conheceu a Comunidade em 1996, por meio do seu então professor Dr Mário Jurena que atuava com a esposa na CT, mas estavam se mudando para a Inglaterra. Rogério também viveu alguns anos fora do país e foram esses os únicos períodos em que esteve distante do trabalho com as acolhidas. “Acho que o trabalho feito na CT Marta e Maria é um dos melhores do Brasil, assim como o da Rosa Mística no Paraná. O trabalho das Irmãs e da Equipe Multidisciplinar é de um tal profissionalismo, experiência e misericórdia que não tem igual no Brasil e no mundo”, avalia o profissional. 

A equipe que atua hoje na CT Marta e Maria é composta por psiquiatra, clínico geral, psicóloga, pedagoga, assistente social e nutricionista, com possibilidade de atender até 20 mulheres. Além do atendimento médico, grupos de prevenção a recaída, as acolhidas participam de momentos de espiritualidade durante o tratamento. “As dependências químicas, alcoolismo e dependências comportamentais são uma epidemia e um desafio para o século 21. As irmãs são modernas, conseguem ser científicas e trazerem a espiritualidade de forma a não rivalizar ou confrontar a ciência. Pelo contrário. Tornam a religiosidade algo atraente e profundo”, afirma Rogério. 

Celebração dos 30 anos

A celebração do aniversário de fundação da Comunidade Terapêutica acontecerá no sábado, dia 17, no Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Porto Alegre. Na programação está prevista a Missa em ação de graças pelos 30 anos da Comunidade, um jantar com o encontro de gerações das irmãs que já estiveram em missão na CT Marta e Maria.

Outro momento que promete marcar a celebração são os aniversários de graduação das mulheres que já passaram pela Comunidade. “Ou seja, quanto tempo que elas já passaram pela nossa casa e estão bem. O objetivo do jantar é celebrar com elas, iremos entregar certificados de aniversário de graduação”, explica a irmã Taynara Thives, uma das organizadoras da comemoração. Também serão entregues certificados de graduação por mérito para aquelas que passaram pela CT, mas não chegaram a concluir o tratamento na Comunidade, mas estão sóbrias, possuem novos valores e uma nova vida.

Serviço:

Aniversário 30 anos da Comunidade Terapêutica Marta e Maria

Dia 17 de maio

Horário: 18h00

Local: Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Porto Alegre (RS).

Jovens italianos fazem experiência com o amor de Deus

O mês de maio começou de forma diferente para um grupo de 32 jovens italianos da região da Sícilia, na Itália, onde os religiosos da Copiosa Redenção estão presentes. Eles vivenciaram o retiro Thalita Kum, um evento criado pela comunidade Aliança de Misericórdia e realizado em parceria com Irmãos da Copiosa na Itália.

O evento já está na 9ª edição. “São três dias onde os jovens vivem a experiência com misericórdia de Deus”, explica o diácono João Hirai, um dos organizadores da última edição. Ele também destaca que a grande maioria dos servos do retiro são os próprios jovens, que fizeram o retiro em edições anteriores, sendo dessa forma também uma renovação para eles da experiência vivida anteriormente.

Habemus Papam: Bem-vindo Papa Leão XIV

No segundo dia do Conclave, no quarto escrutínio, a fumaça branca começou a sair da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina anunciando para todo o mundo: foi eleito o 267º papa. Com júbilo o povo católico acolhe o novo sucessor de Pedro: bem-vindo Papa Leão XIV!

Eram 18 horas e 07 minutos, no horário de Roma, e no Brasil 13 horas e 07 minutos, em que junto com a fumaça branca, o badalar dos sinos da Basílica de São Pedro confirmaram de que “Habemus Papam”. A eleição do novo Pontífice ocorreu no dia da Súplica de Nossa Senhora de Pompéia.

Biografia

Robert Prevost nasceu em Chicago em 14 de setembro de 1955. Ele completou seus estudos secundários no seminário menor da Ordem de Santo Agostinho em 1973. Prevost obteve o título de Bacharel em Ciências em matemática na Universidade Villanova em 1977. 

Decidindo tornar-se padre, Prevost ingressou na Ordem de Santo Agostinho em setembro de 1977. Ele fez seus primeiros votos na ordem em setembro de 1978 e seus votos solenes em agosto de 1981. No ano seguinte, ele recebeu o título de Mestre em Divindade da Catholic Theological Union em Chicago. 

Sacerdócio

Prevost foi ordenado sacerdote pelo Arcebispo Jean Jadot para os Agostinianos em Roma em 19 de junho de 1982.  Obteve a Licenciatura em Direito Canônico em 1984 e o Doutorado em Direito Canônico em 1987 pelo Pontifício Colégio de São Tomás de Aquino em Roma. 

Prevost ingressou na missão agostiniana no Peru em 1985 e serviu como chanceler da Prélatura Territorial de Chulucanas de 1985 a 1986.

Em 1988, Prevost retornou ao Peru, onde passou os dez anos seguintes à frente do seminário agostiniano em Trujillo . Ele também lecionou direito canônico no seminário diocesano e atuou como prefeito de estudos. Prevost atuou como juiz do tribunal eclesiástico regional e membro do Colégio de Consultores de Trujillo. Ele também liderou uma congregação nos arredores da cidade. 

Liderança agostiniana

Em 1998, Prevost foi eleito provincial da Província Agostiniana de Chicago e retornou aos Estados Unidos para assumir esse cargo em 8 de março de 1999. 

Em 2000, Prevost permitiu que o Padre James Ray, um padre agostiniano, residisse no Convento de St. John Stone, em Chicago. Ray estava suspenso do ministério público desde 1991 devido a acusações credíveis de abuso sexual de menores. Embora o priorado fosse próximo de uma escola primária católica, Prevost não notificou a administração da escola sobre Ray. Os agostinianos observaram que Ray recebeu um monitor enquanto estava em St. John Stone. Ray foi transferido para uma residência diferente em 2002, quando a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA adotou regras mais rígidas para lidar com padres acusados ​​de abusar de menores.

Em 2001, Prevost foi eleito para um mandato de seis anos como Prior Geral dos Agostinianos. Foi eleito para um segundo mandato de seis anos em 2007. De 2013 a 2014, Prevost atuou como diretor de formação no Convento de Santo Agostinho, em Chicago, bem como primeiro conselheiro e vigário provincial da província de Nossa Senhora do Bom Conselho, que abrange o centro-oeste dos Estados Unidos. 

Bispo de Chiclayo

Em 3 de novembro de 2014, o Papa Francisco nomeou Prevost como administrador apostólico da Diocese de Chiclayo e bispo titular de Sufar . Ele recebeu sua consagração episcopal em 12 de dezembro de 2014, na Catedral de Santa Maria em Chiclayo. Em 26 de setembro de 2015, foi nomeado bispo de Chiclayo.

Em 13 de julho de 2019, Prevost foi nomeado membro da Congregação para o Clero em Roma, embora inicialmente tenha declarado que apenas os humildes são elegíveis. Em 15 de abril de 2020, foi nomeado administrador apostólico de Callao , no Peru. Em 21 de novembro de 2020, Francisco o nomeou membro da Congregação para os Bispos . 

Na Conferência Episcopal do Peru , Prevost serviu no conselho permanente para o mandato de 2018 a 2020.  Ele foi eleito em 2019 como presidente da Comissão de Educação e Cultura. Ele também foi membro da liderança da Caritas Peru. Prevost teve uma audiência privada com Francisco em 1º de março de 2021, alimentando especulações sobre uma nova designação em Chicago ou Roma. [ 20 ]

Dicastério para Bispos

Em 30 de janeiro de 2023, Francisco nomeou Prevost prefeito do Dicastério para os Bispos com o título de arcebispo-bispo emérito de Chiclayo. No consistório de 30 de setembro, Francisco o cardeal-diácono da Igreja de Santa Mônica dos Agostinianos em Roma. 

Em 6 de fevereiro de 2025, Francisco promoveu Prevost a cardeal-bispo, designando-o para a Diocese Suburbicariana de Albano, na Província de Roma.

Com informações: Vatican News e Wikipédia.

Copiosa Redenção lança identidade visual do Projeto Social Padre Wilton

A Copiosa Redenção lançou oficialmente a identidade visual do Projeto Social Padre Wilton – Um Gesto de Amor Concreto, iniciativa que desde sua origem tem transformado silenciosamente a vida de crianças, adolescentes e famílias marcadas pela dependência química. O lançamento marca um novo momento na história do Projeto, que passa a ser apresentado ao público com identidade própria e campanha de mobilização solidária.

Nascido como uma extensão natural das ações já desenvolvidas pelas comunidades terapêuticas da Congregação, o Projeto oferece acompanhamento pós-tratamento, suporte emocional, atividades educativas e culturais, oficinas com crianças, terapia familiar e encaminhamentos sociais. Agora, com identidade visual própria e presença nos meios institucionais, o Projeto Social Padre Wilton busca ampliar seu alcance e engajar novos parceiros e benfeitores.

“Nossos trabalhos estão concentrados atualmente em Ponta Grossa, porém existe o desejo de ampliarmos para outras cidades e estados”, explica a coordenadora do Projeto, Irmã Elenir da Silva Ferreira. Inspirado no legado do fundador da Congregação, Padre Wilton Lopes, o projeto reflete seu modo de cuidar dos mais vulneráveis e acreditar na restauração integral do ser humano. A frase do sacerdote — “Não existe milagre sem processo” — tornou-se um lema não apenas para o tratamento das dependências, mas também para a caminhada das famílias atendidas.

Assista aqui o vídeo que conta a história do Projeto

A marca do Projeto

“O conceito estabelecido para a construção visual da marca Padre Wilton, foi com base no que o próprio fundador deixou como desejo para esse projeto, que ele fosse o colo de Deus, o abraço misericordioso do Pai para todos, sem exclusão de ninguém”, explica Irmã Daniely Santos, religiosa da Copiosa Redenção, responsável pela criação da identidade visual.

Houve, também, a preocupação de trazer elementos que representassem a personalidade da marca, como acessível, confiável e persistente na acolhida do ser humano.

Dentre os elementos escolhidos para compor o logotipo, está a cruz, símbolo forte para a Copiosa Redenção, o coração como o sinal de gesto concreto e a porta aberta para todos, demonstrando assim o que o próprio fundador expressava.

Símbolos:

A marca

Como colaborar com o Projeto social

A nova fase do projeto também inicia um novo tempo na campanha “Amigos da Redenção”, convidando a sociedade a participar como colaboradora dessa missão. A Campanha que já existia como forma de contribuir com o trabalho das comunidades terapêuticas da Congregação, agora terá toda sua arrecadação destinada para os trabalhos do Projeto Social Padre Wilton. 

Por meio de doações recorrentes ou pontuais, os Amigos da Redenção ajudam a manter oficinas terapêuticas, atendimentos psicológicos, atendimentos de psicomotricidade infantil, atividades de formação e ações de reinserção social.

De acordo com a assistente social do Projeto, Celine Carvalho, o trabalho exercido visa  ampliar o olhar para a singularidade de cada atendido. “Promovemos um olhar de sensibilização às múltiplas demandas da Dependência Química, concedendo um suporte emocional e social ao adicto e seus familiares, promovendo a inclusão social para contribuir no processo de reabilitação biopsicossocial”, enfatiza Celine.

Clique AQUI para contribuir com o Projeto

A Campanha Amigos da Redenção também ganhou uma nova identidade visual, complementando a missão do Projeto Social.

Nova identidade da campanha:

Com o lançamento da nova identidade visual, a Copiosa Redenção reforça seu compromisso com os pequenos, os feridos e os invisíveis — como tanto insistia o Papa Francisco. E agora, convida a todos para fazer parte desse gesto de amor que transforma.


Mais informações:

📍https://padrewiltonprojetosocial.copiosaredencao.org.br/
📞 (42) 3226-1144 / (42) 9 9955-0157 

📧 projetope.wilton@artecopiosagmail.com

📲 Instagram: @copiosa.redencao

Conclave: “Que seja eleito o Papa que a Igreja e a humanidade precisam”

A Missa Pro Eligendo Romano Pontifice, celebrada na manhã desta quarta-feira, 7 de maio, na Basílica de São Pedro, marca o início do processo de eleição do novo Papa. Presidida pelo Cardeal Decano, dom Giovanni Battista Re, e concelebrada pelos membros do Colégio Cardinalício, o rito solene reuniu milhares de fiéis, que já vivem a expectativa pela escolha do Sucessor de Pedro. Em sua homilia, o Decano exortou os presentes à oração confiante, à escuta atenta do Espírito Santo e ao cultivo da comunhão fraterna:

“Nos Atos dos Apóstolos, lê-se que, após a ascensão de Cristo ao céu e enquanto aguardavam o dia de Pentecostes, todos perseveravam unidos em oração com Maria, a Mãe de Jesus (cf. At 1,14). É exatamente isso o que nós também estamos fazendo, a poucas horas do início do Conclave, sob o olhar da Virgem Maria, colocada ao lado do altar nesta Basílica que se ergue sobre o túmulo do Apóstolo Pedro.”

Invocar o Espírito Santo: atitude justa e necessária

De forma serena e, ao mesmo tempo, precisa, o cardeal Re expressou o sentimento comum da Igreja neste momento decisivo: “Sentimos unido a nós todo o povo de Deus, com seu sentido de fé, de amor ao Papa e de espera confiante.” E acrescentou:

“Estamos aqui para invocar a ajuda do Espírito Santo, para implorar sua luz e sua força, a fim de que seja eleito o Papa de que a Igreja e a humanidade precisam neste momento tão difícil e complexo da história.”

O Decano destacou o peso espiritual do momento e a gravidade da responsabilidade confiada aos cardeais eleitores: “Rezar, invocando o Espírito Santo, é a única atitude justa e necessária, enquanto os Cardeais eleitores se preparam para um ato de máxima responsabilidade humana e eclesial e para uma escolha de excepcional importância; um ato humano pelo qual se deve deixar de lado qualquer consideração pessoal, tendo na mente e no coração apenas o Deus de Jesus Cristo e o bem da Igreja e da humanidade.”

Amor: distintivo da fé cristã

Ao refletir sobre o Evangelho proclamado na liturgia, o cardeal concentrou sua meditação na mensagem central da Última Ceia: “Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 15,13), e destacou que este ensinamento de Jesus é o verdadeiro distintivo da fé cristã:

“O amor que Jesus revela não conhece limites e deve caracterizar os pensamentos e ações de todos os seus discípulos, que devem sempre demonstrar amor autêntico em seu comportamento e empenhar-se na construção de uma nova civilização — aquela que Paulo VI chamou de ‘civilização do amor’. O amor é a única força capaz de mudar o mundo.”

Comunhão e fidelidade ao evangelho

Referindo-se à qualidade fundamental dos pastores — o amor até a entrega total de si mesmos — o Decano afirmou que, nos textos litúrgicos da celebração eucarística, lê-se o convite ao amor fraterno, à ajuda recíproca e ao empenho em favor da comunhão eclesial e da fraternidade humana universal. E completou:

“Entre as tarefas de cada Sucessor de Pedro está a de promover a comunhão: comunhão de todos os cristãos com Cristo, dos bispos com o Papa, e entre os próprios bispos. Não uma comunhão autorreferencial, mas totalmente orientada para a união entre as pessoas, os povos e as culturas — sempre com o objetivo de que a Igreja seja ‘casa e escola de comunhão’. Além disso, há um forte apelo à manutenção da unidade da Igreja, conforme o caminho indicado por Cristo aos Apóstolos. A unidade da Igreja, desejada por Cristo, não significa uniformidade, mas uma comunhão sólida e profunda na diversidade, desde que se mantenha a plena fidelidade ao Evangelho.”

Ato de fé e responsabilidade

“A eleição do novo Papa não é uma simples sucessão de pessoas, mas é sempre o Apóstolo Pedro que retorna”, afirmou Re, reiterando que o Papa “é a rocha sobre a qual a Igreja é edificada” (cf. Mt 16,18).  Referindo-se ao local onde os cardeais expressarão seu voto, o Decano destacou que “os cardeais eleitores expressarão seu voto na Capela Sistina, onde, como diz a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, ‘tudo concorre para avivar a consciência da presença de Deus, diante do qual deverá cada um apresentar-se um dia para ser julgado’.” E evocou as palavras do Papa São João Paulo II no Tríptico Romano:

“Nas horas da grande decisão através do voto, a imagem imponente de Cristo Juiz, pintada por Michelangelo, lembrará a cada um a grande responsabilidade de colocar as ‘chaves supremas’ nas mãos certas.”

O mundo de hoje espera muito da Igreja

Ao concluir sua homilia, dom Giovanni Battista Re fez um apelo confiante à oração de toda a Igreja:

“Oremos para que Deus conceda à Igreja o Papa que melhor saiba despertar as consciências de todos e as energias morais e espirituais na sociedade atual, caracterizada por um grande progresso tecnológico, mas que tende a esquecer Deus. O mundo de hoje espera muito da Igreja para a salvaguarda daqueles valores fundamentais — humanos e espirituais — sem os quais a convivência humana nem será melhor nem beneficiará as gerações futuras. Que a Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, nos auxilie com sua materna intercessão, para que o Espírito Santo ilumine as mentes dos cardeais eleitores e os torne concordes na eleição do Papa de que o nosso tempo necessita.”

Fonte: Vatican News
Crédito imagem: Vatican Media

Encontro das Comunidades Terapêuticas da Copiosa Redenção acontece em Ponta Grossa

No último domingo, 04 de maio, teve início o XIV Encontro das Comunidades Terapêuticas (CT’s) da Copiosa Redenção, um momento anual de formação, troca de experiências e fortalecimento do carisma do acolhimento aos dependentes químicos. O encontro acontece na Comunidade Terapêutica Padre Wilton, localizada na Chácara de Uvaia, em Ponta Grossa (PR), reunindo as equipes das CTs da Congregação, os superiores gerais, membros do Projeto Social Padre Wilton e colaboradores das comunidades de Campo Mourão (PR) e São Sepé (RS), que recebem assessoria metodológica da Copiosa Redenção.

Sob a coordenação de Irmã Fabiane Maria Klein, o encontro deste ano tem como destaque a presença da psiquiatra Dra. Alessandra Diehl, que abordará temas fundamentais como sexualidade, políticas sobre drogas, novas substâncias psicoativas e estratégias de tratamento. Também contribuirão com reflexões espirituais o Padre Valdecir e Madre Tânia, destacando a dimensão espiritual como parte essencial da recuperação.

Programação

O objetivo principal do encontro é capacitar as equipes, alinhar metodologias e reforçar o compromisso com a missão evangelizadora e restauradora da Copiosa Redenção. “É um momento de alinharmos e avaliarmos a aplicabilidade da nossa metodologia nas diversas culturas em que estamos inseridos, além de nos atualizarmos nas políticas públicas dentro desse universo da dependência química”, explica irmã Fabiane.

Durante os três dias de encontro, os religiosos e funcionários que atuam nas CTs participaram de formações sobre a espiritualidade nas Comunidades Terapêuticas, arte como descanso, sexualidade e gênero, diferenças entre dependentes químicos homens e mulheres e o presente e futuro das Comunidades Terapêuticas.

Comunidades da Copiosa Redenção

Atualmente, a Congregação mantém cinco Comunidades Terapêuticas ativas: duas masculinas — Uvaia (PR) e Santa Maria (RS) — e três femininas — Marta e Maria (Porto Alegre), Rosa Mística (RS) e uma unidade em Rondônia. Além disso, presta assessoria às CTs de Campo Mourão e São Sepé, conduzidas atualmente por leigos. Juntas, essas comunidades acolhem dezenas de pessoas em processo de recuperação, incluindo atendimentos na fase externa e ações do Projeto Social Padre Wilton.

O encontro se estenderá até terça-feira (06) e segue como um importante espaço de partilha, estudo e renovação da missão de amor e esperança que guia a Copiosa Redenção no cuidado com os dependentes químicos.

Congresso Âncora mobiliza a Igreja na prevenção do suicídio e no resgate do sentido da vida

Nos dias 2 e 3 de maio de 2025, o Centro Âncora realizou, na FAE Business School em Curitiba, a oitava edição do Congresso Âncora, reunindo cerca de 120 participantes de diversas regiões do Brasil e do exterior. Com o tema “Acolher e Cuidar: a missão da Igreja na prevenção do suicídio”, o evento foi marcado por momentos de espiritualidade, escuta, reflexão e partilha, aprofundando o papel da Igreja e das comunidades no cuidado da vida e na superação do sofrimento.

Cada dia do congresso foi iniciado com a celebração da Santa Missa. A abertura contou com uma fala tocante da Irmã Adenise Somer, que representou a equipe organizadora, destacando a urgência de criar um novo modelo de acolhimento, especialmente no contexto da vida consagrada. “O Congresso é uma forma de ampliar a nossa missão na formação humana da vida religiosa”, destacou.

O Pe. Ildefonso, coordenador da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) no Paraná, presidiu a celebração eucarística de abertura e partilhou o testemunho real de superação de um sacerdote que enfrentou grave depressão e encontrou, na fé e no cuidado integral, a possibilidade de reconstruir sua vocação e sua vida.

Durante os dois dias, os participantes acompanharam conferências que trataram com profundidade temas como o sentido da vida, dor emocional, espiritualidade, culpa, luto, maturidade humana e o papel da vida comunitária na prevenção ao suicídio. Foram destaques:

  • Pe. Lício Vale – “Suícidio: conhecer, acolher e prevenir.”
  • Carlos Grzybowski – “Quando a dor se torna insuportável.”
  • Irmã Silvia Maia – “Acolher as próprias sombras, nutrir a vida e resgatar a mística.”
  • Dr. Cloves Antonio Amorim – “Culpa e luto.”
  • Dr. Maurício Nasser Ehlke – “A ciência como luz em meio à escuridão.”
  • Frei Sidney Damásio – “Vida fraterna como prevenção ao suicídio.”
  • Judith Dipp – “Reencontrando o sentido e promovendo a prevenção do suicídio na vida religiosa.”
  • Ziza Fernandes – “A maturidade humana que vence o medo de viver.”

Aprofundamento da missão

Um dos muitos testemunhos que marcaram o Congresso foi o da noviça Maria de Lurdes Nogueira Santos, da Ordem Terceira da Bem-Aventurada Virgem do Carmo, que participou pela primeira vez e se comprometeu a estar presente nas próximas edições. “Todos os palestrantes foram maravilhosos e bem claros em cada tema que trouxeram para o encontro, momentos de muitas reflexões individuais para cada participante”, afirmou. Ela destacou, especialmente, um trecho da palestra da Dra. Judith Dipp:

“Tudo o que através da quietes tem uma dor. O caminho tem que ser sempre para dentro, para fora, pra frente e para cima. O passado é uma roupa que não nos serve mais. A graça acontece hoje. Comunidade é organismo vivo. Ação permanente e fluir incessante, uma dança no mesmo ritmo ditado pelo Espírito Santo.”

Para Maria de Lurdes, essas palavras se tornaram um verdadeiro poema de vida. Além de religiosa, atua como terapeuta holística e massoterapeuta, e pretende levar essas reflexões às pessoas que atende em sua missão diária.

Durante o evento também foram gravados podcasts com os palestrantes, aprofundando os temas abordados e suas experiências de atuação. Essa série será lançada em breve pelo Centro Âncora e estará disponível gratuitamente nas plataformas digitais.

O VIII Congresso Âncora foi um espaço de profunda escuta, cuidado e compromisso com a vida, com grande participação do público presente, que contribuiu com perguntas, partilhas e vivências.

Acompanhe os próximos passos do Centro Âncora:

Instagram: @ancorarevitalizacao

Youtube/ancorarevitalizacao 

Juntos, seguimos promovendo caminhos de esperança!

A ciência como luz em meio à escuridão

O papel da ciência na compreensão do suicídio — primeira palestra do segundo dia do VIII Congresso Âncora

Na primeira palestra do segundo dia do VIII Congresso Âncora, o Dr. Maurício Nasser Ehlke, representante do Centro Âncora de Revitalização, apresentou uma análise profunda sobre o suicídio como um problema de saúde pública global. 

Ele destacou como a ciência contribui significativamente para a identificação de causas, riscos e formas de prevenção, fornecendo uma base sólida para compreender essa questão de maneira mais abrangente.

Para começar, o palestrante trouxe dados alarmantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), revelando que 703 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano. Além disso, apontou que 90% dos casos estão relacionados a transtornos mentais, reforçando a necessidade de investir em estratégias de cuidado psicológico e psiquiátrico.

Psiquiatria e psicologia: diagnóstico e terapia

Além disso, Dr. Ehlke abordou como a psiquiatria e a psicologia desempenham um papel crucial na prevenção do suicídio. A identificação de transtornos como depressão e bipolaridade é essencial para possibilitar um tratamento eficaz. Ele também enfatizou fatores de risco como desesperança, impulsividade e isolamento, que podem aumentar a vulnerabilidade de um indivíduo.

Outro ponto importante foi a relevância de terapias psicológicas bem estruturadas, destacando a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) como uma das abordagens mais eficazes na redução da ideação suicida e na promoção da resiliência emocional.

Neurociência: o impacto do cérebro no comportamento suicida

Em seguida, a palestra explorou a contribuição da neurociência para o entendimento do suicídio. Pesquisas revelam que alterações nos neurotransmissores, como a serotonina, podem estar diretamente ligadas a transtornos psiquiátricos e ao aumento do risco de suicídio.

Além disso, imagens cerebrais avançadas têm permitido identificar padrões de ideação suicida, oferecendo um olhar mais preciso sobre os mecanismos biológicos envolvidos no processo. A busca por marcadores biológicos de risco também foi discutida como um caminho promissor para aprimorar métodos de diagnóstico e intervenção precoce.

Genética: predisposição ao suicídio e influência ambiental

Outro tópico relevante abordado pelo palestrante foi o papel da genética no comportamento suicida. Estudos sugerem que há uma predisposição genética, evidenciando que certos indivíduos podem ter uma maior vulnerabilidade ao suicídio devido à interação entre genes e ambiente.

A genômica, por sua vez, tem ajudado na identificação de pessoas em risco, permitindo abordagens mais direcionadas na prevenção do suicídio.

Sociologia e antropologia: fatores sociais e culturais

A palestra também enfatizou como aspectos sociais e culturais influenciam os índices de suicídio. Questões como pobreza, violência e exclusão social foram apontadas como fatores que aumentam significativamente a vulnerabilidade de determinados grupos.

Além disso, valores culturais e percepções sobre saúde mental impactam a forma como diferentes sociedades lidam com o tema. O palestrante destacou a necessidade de uma abordagem sensível para atender populações vulneráveis, incluindo indígenas, idosos e a comunidade LGBTQIA+, que enfrentam desafios específicos na prevenção ao suicídio.

Epidemiologia: mapas populacionais e políticas públicas

Outro aspecto essencial abordado na palestra foi o papel da epidemiologia, ciência que estuda padrões populacionais e regiões de risco. Essa análise permite a formulação de políticas públicas eficazes, contribuindo para prevenir surtos locais e direcionar recursos para onde são mais necessários.

Tecnologia e prevenção: inteligência artificial no auxílio à saúde mental

Por fim, Dr. Maurício discutiu como a tecnologia tem sido utilizada na prevenção do suicídio. Aplicações inovadoras, como algoritmos de redes sociais para detectar comportamentos de risco, podem ajudar a identificar indivíduos em situação de vulnerabilidade.

Além disso, plataformas digitais de apoio psicológico e atendimento emergencial online foram apresentadas como recursos valiosos para oferecer suporte imediato e reduzir riscos em momentos críticos.

Conclusão: A ciência como pilar fundamental na prevenção do suicídio

Encerrando sua apresentação, Dr. Ehlke enfatizou que os avanços científicos têm sido essenciais para ampliar o entendimento sobre o suicídio, tornando possível desenvolver estratégias de prevenção mais eficazes.

Ele destacou a necessidade de reduzir o estigma em torno do tema e investir continuamente em saúde mental, garantindo que pessoas em sofrimento tenham acesso a suporte adequado. Além disso, reforçou que a união entre diferentes áreas do conhecimento é indispensável para promover ações concretas, fortalecendo redes de apoio e salvando vidas.

Após a palestra, os participantes foram convidados a desfrutar de um coffee break, um momento especial para registros fotográficos, trocas de experiências e o fortalecimento de novas conexões.

Um diálogo que virou partilha: Frei Sidney no podcast do Congresso Âncora

Na manhã deste sábado (03), tivemos o privilégio de receber o Frei Sidney Damasio para a gravação de um episódio especial do nosso podcast, abordando o tema central de sua palestra e outras reflexões sobre sua missão.

Logo após a gravação, convidamos o Frei para o que seria uma breve entrevista com três perguntas que se transformou em uma partilha profunda, sensível e necessária — daquelas que nos tiram do automático e nos lembram do valor da escuta verdadeira.

Iniciamos nossa conversa falando sobre a importância de eventos como o Congresso Âncora, com o tema: “Acolher e cuidar: a missão da Igreja na prevenção do suicídio”

Frei Sidney abriu o diálogo dizendo que “desde que cheguei ontem, senti o desejo de saudar a irmã Adenise e destacar a importância de tratarmos de um tema como este. O suicídio ainda é um tabu. Por muitos motivos, existe o receio de que falar sobre isso possa incentivar a prática — e, por isso, o silêncio ainda prevalece.

Mas o silêncio também nos impede de prevenir. A experiência do suicídio não é trágica apenas para quem a vive diretamente, mas também para todos que estavam em relação com essa pessoa. O que fica é um rastro de dor, culpa e negação.É uma situação complexa, que atinge profundamente o entorno.

Por isso, falar sobre o tema é fundamental: nos ajuda a compreender suas origens e, principalmente, nos permite identificar sinais e oferecer ajuda.Quando evitamos o assunto, corremos o risco de construir ambientes que, sem perceber, favorecem esse tipo de desfecho.

Perguntamos ao Frei sobre o papel das comunidades religiosas nesse contexto. 

Frei Sidney, embora ressalte que não há uma relação direta de causa e efeito entre vida comunitária e suicídio, acredita que uma fraternidade sadia — onde há espaço para acolher, escutar e apoiar — pode ser um verdadeiro abrigo em meio às dores silenciosas. O suicídio é sempre consequência de um sofrimento insuportável. A recusa à vida parece, naquele momento, menos dolorosa do que continuar vivendo. Por isso, precisamos estar atentos aos sinais e sermos presença de esperança.

Ao falarmos sobre campanhas como o Setembro Amarelo, Frei Sidney pontuou algo essencial: mais do que estatísticas e alarmes, precisamos resgatar o sentido da vida. “O sentido não se dá, ele se descobre”, lembrou ele, citando uma das falas ouvidas durante o Congresso. Em um mundo cada vez mais utilitarista, onde pessoas são valorizadas apenas pelo que produzem, ele nos convida a redescobrir o valor do ser — não apenas do fazer.

Por fim, conhecemos um pouco mais da trajetória do Frei Sidney.  Ele é doutor em Teologia Espiritual, com formação em psicopedagogia, arte sacra e simbologia franciscana, ele hoje atua como professor e pregador de retiros. Sua caminhada une espiritualidade, psicologia e arte como caminhos complementares para cuidar da alma e iluminar o sentido da existência.

Mais do que conversar sobre o episódio de seu podcast, esta conversa foi um convite à escuta, à empatia e ao cuidado. Que possamos, como Igreja e sociedade, continuar criando espaços onde a vida seja sempre valorizada — em toda sua fragilidade, beleza e complexidade.

Em breve, os episódios completos do podcast com Frei Sidney Damásio estarão no ar. Uma conversa profunda, necessária e repleta de partilhas que tocam o coração e nos ajudam a refletir sobre acolhimento, fraternidade e sentido da vida.

Lembramos que gravamos com todos os palestrantes do VIII Congresso.

Acompanhe, assista e compartilhe. Essa é uma escuta que pode transformar — e, quem sabe, até salvar — vidas.

Segundo dia do Congresso Âncora começa com alegria, santa missa e a memória viva do início da missão

Uma manhã marcada por fé, partilha e o reencontro com o sentido mais profundo da missão.

O segundo dia do VIII Congresso Âncora começou com grande alegria, acolhimento fraterno e o desejo renovado de mergulhar na escuta e no cuidado interior. Logo no início da manhã, os participantes foram convidados a participar da Santa Missa, presidida pelo padre Clayton Adriano Delinski Ferreira, que levou a assembleia a uma experiência profunda de oração e intimidade com Deus.

Durante a homilia, o sacerdote convidou todos a se deixarem encontrar por Jesus:

“Mostra-nos o Pai e ajuda-nos a entender quem o Pai é para nós e quem nós somos. Hoje, que nós possamos, por meio de Jesus, saciar o nosso coração com a plenitude — daquilo que completa, daquilo que revela não só Deus para nós, mas quem nós somos. O projeto da nossa vida, o sentido da nossa existência. O propósito que temos: fazer com que o dom da nossa vida também busque servir, completar não só a nossa história, mas também alcançar o outro. O homem é feito para o caminho. Jesus é o caminho. Quantas vezes escolhemos uma vida sem rumo? Mas Ele se apresenta: ‘Sou o caminho’ — para quem está no atalho. ‘Sou a verdade’ — para quem vive a confusão. E para a plenitude da sua vida, é preciso fazer o processo comigo. Caminhe comigo. Caminhe orientado na verdade, e o teu coração encontrará completude, plenitude, o Pai. O que nos basta. Porque o Pai é o que nos faz viver o projeto que Deus espera de todos nós.”

Logo após a missa, a Irmã Adenise foi chamada ao palco para fazer memória da origem do Congresso. Sua partilha trouxe à tona a beleza dos pequenos começos e a fidelidade ao chamado de Deus:

“Só contextualizando um pouco como surgiu o Congresso. Às vezes a gente pensa: ‘Nossa, tem um Congresso, depois outro…’, mas como é que surgiu esse evento?

Primeiro surgiu o Âncora — o Centro de Revitalização. Iniciamos um trabalho com sacerdotes e religiosos. Eu pediria para o Maurício, a Ivana e o Vicente se colocarem em pé… Acho que são vocês que estão aqui, né? Então, esses são os membros que fazem parte desde o início da fundação.

E nós começamos de uma forma muito… caminhando. Sentindo a necessidade dos sacerdotes. Mas não tínhamos um projeto, não tínhamos uma realidade financeira que nos sustentasse… Fomos tentando, de forma experimental mesmo. E o Maurício… parecia que ele sabia tudo!

Caminhando com essa realidade do Âncora, sempre sentimos a necessidade de fazer os Congressos — algo que ampliasse a formação que era dada ali, inicialmente, só para quem fazia o processo no Âncora.

O Congresso surgiu como uma forma de apresentar o Centro Âncora para a Igreja. Pensamos: ‘O que a gente vai fazer?’ — ‘Vamos fazer um Congresso!’ Mas não pensamos exatamente em como seria… E de repente, ele aconteceu.

Padre, foi lá na casa de vocês que começou! Foi lá no salão de vocês que fizemos o primeiro Congresso, com 60 pessoas. Foi muito bom.

E daí foi seguindo, a cada dois anos, procurando trabalhar temas que fluem durante o processo no Âncora. As pessoas trazem suas dúvidas, e a partir da escuta da realidade, nós trazemos os temas para o Congresso, convidando pessoas que fazem e não fazem parte do nosso dia a dia, mas que podem colaborar.

Então essa é um pouquinho da história da nossa casa. E mais uma vez eu agradeço toda essa equipe que caminha na fidelidade. E às novas que foram chegando também… Porque estamos chegando neste momento!

Um bom encontro para cada um de nós no dia de hoje. Muito obrigada!

Com palavras cheias de verdade, a Irmã Adenise tocou os corações ao recordar que o Congresso nasceu da escuta e da coragem de confiar. O público respondeu com aplausos emocionados, reconhecendo a fidelidade do caminho.

Lembramos que em breve, os podcasts com os principais momentos do Congresso estarão disponíveis. Assista, compartilhe e leve essa missão ainda mais longe!