Santa Marta ensina-nos a cuidar, rezar e amar

Certamente você conhece essa passagem bíblica na qual Jesus chama atenção de Santa Marta:

“Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.”  (Lucas 10,41-42)

Contudo, temos o costume de ver o Evangelho de Lucas, em que Cristo adverte Marta sobre suas preocupações, apenas sob a lógica da dispersão. Porém, bem além da correção, Santa Marta é testemunha de quem busca viver um tripé evangélico do cuidado, da oração e do amor. 

Santa Marta e o cuidado com o lar

Imaginemos Santa Marta observando sua casa e sabendo que Jesus nela se encontra. Todos nós temos a sadia tendência  de desejar receber bem aqueles que amamos. E com Marta não foi diferente! Este cuidado expresso por ela nos recorda a importância do zelo com a casa familiar. Mas este cuidado doméstico também é oração e evangelização. Santa Marta expressa no interior deste evangelho o que o salmista afirma ao dizer: “o zelo por tua casa me consome” (Salmo 69,9). 

Portanto, neste primeiro momento, não podemos olhar para Marta como quem despreza o Cristo que a visita, mas como aquela que se consome pelo cuidado. Assim, o convite de Jesus, ao dizer que ela se preocupa com tantas coisas, é para que Santa Marta busque o justo equilíbrio através do essencial: a oração.

É necessário ao menos uma coisa…

Jesus fala a Marta de duas coisas: gerenciamento de tempo e concentração. Marta sabe cuidar do lar para amar os que por ele passam. Contudo, precisa aprender a dividir bem seu tempo para estar com os que ama, como, também, na oração, aprender a concentrar-se no Amado. 

Em Amoris Laetitia, o Papa Francisco afirma que se concentrar em Cristo é permitir que Ele unifique e ilumine toda a vida comum. E a união com Jesus na oração é a prova do equilíbrio cristão entre os afazeres do cotidiano que não deixam de ser missão e o cultivo da vida interior. Sendo assim, ao exortar Santa Marta de que apenas uma coisa lhe é necessária, Jesus a convida a estabelecer o ponto de partida da vida cristã que é a oração. E a partir deste ponto, exercer o cuidado e o serviço alcançado pela graça.

Conheça a Exortação Apostólica Amoris Laetitia sobre o amor na família

O que podemos aprender com Santa Marta

Com Marta, recebemos a certeza de que o Amor jamais nos será tirado. Sejam quais forem nossos esforços ou não, a boa parte jamais será privada da vida dos filhos de Deus. 

Além disso, o amor é também a feliz consequência de quem cuida e encontra com Cristo na oração. Em Jesus, o amor também é o remédio que pacifica todas as inquietações humanas. E é encontrando com o Amor que nossas preocupações se tornam esclarecidas e acalmadas.

Santa Marta está inquieta e preocupada, e aqui vemos outro lado deste evangelho: a preocupação nos dispersa. Talvez, junto ao cuidado do lar, estivesse também uma mulher querendo distrair-se diante de tantos problemas… E Jesus não a acusa ou culpa sua postura, mas aponta-lhe dois caminhos: a oração como necessidade, e o amor como conforto.

Santa Marta nos ensina a cuidar, rezar e amar e mostra-nos a determinação para encontrar o justo equilíbrio. Além disso, nos ensina o abandono na oração que gera um amor confortante capaz de fortalecer e pacificar o coração humano de todas as lutas e preocupações.

E, então, essa reflexão mudou algo em você? Então, compartilhe este texto para que mais pessoas façam essa experiência de mudança de mentalidade vivendo o tripé evangélico do cuidado, da oração e do amor que Jesus ensinou a Santa Marta. 

Reze esta oração à Santa Marta!

Ó gloriosa Santa Marta, entrego-me confiante em vossas mãos, esperando o vosso amparo. Acolhei-me sob a vossa proteção, consolai-me nos meus sofrimentos. 

Pela felicidade que tivestes em hospedar em vossa casa o Divino Salvador do mundo, consolai – me em minhas penas. Intercedei hoje e sempre por mim e por minha família, para que tenhamos o auxílio de Deus Todo-Poderoso nas dificuldades da nossa vida.

Suplico-vos, gloriosa santa, que em vossa grande bondade, me consigas especialmente a graça que ardentemente vos peço e que tanto preciso (fazer seu pedido).

Rogo-vos que me ajudeis a vencer todos os obstáculos que se apresentarem no meu caminho, com a mesma sinceridade e fortaleza que vós tivestes ao transpassar o dragão que tendes em vossos pés.

Santa Marta, rogai por nós. Amém.

Conheça o novo Conselho Geral dos Irmãos da Copiosa Redenção

Nesta sexta-feira, 26 de julho, foi divulgado o novo Conselho Geral dos irmãos da Copiosa Redenção. Após quatro votações, o Padre Valdecir Zanata foi eleito para a função de superior geral dos irmãos. Juntamente com Padre Valdecir foram eleitos os demais membros do novo Governo Geral para os próximos 6 anos.

Confira os nomes do novo Conselho Geral dos Irmãos da Copiosa Redenção:

  • Padre Valdecir Zanata (Superior Geral)
  • Padre Juviano Vieira Pereira (Vigário Geral)
  • Padre Fabrício Barbosa (Conselheiro Geral)
  • Padre Fernando Bauwelz (Conselheiro Geral)
  • Irmão Vinicíus Sotocorno (Conselheiro Geral)

O Capítulo

Desde o dia 20 de julho, os irmãos da Copiosa Redenção se encontram em retiro e Capítulo Ordinário Geral, para a eleição do novo Conselho Geral do ramo masculino e, também, para aprovação das Constituições, Estatutos e Diretrizes do ramo masculino.

Este é o II Capítulo Geral dos Irmãos da Copiosa Redenção, e Padre Valdecir é o segundo Superior Geral eleito, entretanto é o terceiro superior na história dos irmãos, que tiveram o fundador, Padre Wilton Moraes Lopes, como primeiro Superior Geral. Outro marco na história da Congregação é a eleição do Irmão Vinícius, primeiro religioso que não é padre, como conselheiro geral.

A posse do novo Conselho Geral aconteceu na sexta-feira a noite, em missa presidida por Dom Sérgio Braschi, Administrador Apostólico da Diocese de Ponta Grossa (PR), na Chácara de Uvaia, em Ponta Grossa. Na mesma celebração, foi admitido às ordens sacras o Irmão José Gustavo Fosse e recebeu o ministério de leitor o Irmão Daniel José da Silva Mariano e o ministério de acólito o Irmão João Paulo Minoru Hirai.

Sou casado(a), posso me consagrar?

O chamado à santidade brota no coração de cada fiel, não apenas dos religiosos, mas também dos casados, impulsionando-os a buscar uma relação cada vez mais profunda com Deus. Logo, para muitos casais católicos, surge a dúvida: mesmo sendo casado(a), existe algo além do matrimônio que possa viver na Igreja? E a resposta é um sim convicto!

A vocação à consagração leiga se apresenta como um caminho de entrega radical a Deus, vivido no seio do matrimônio, elevando-o a um patamar ainda mais sublime.

Casado(a): a beleza e a sacralidade do matrimônio

O matrimônio, instituído por Deus e elevado por Cristo à dignidade de sacramento, é um mistério de amor e união entre um homem e uma mulher. Nele, os cônjuges se tornam um só corpo e um só espírito, imagem viva do amor de Deus pela humanidade.

Ou seja, o matrimônio, em si mesmo, é um dom divino que une homem e mulher em uma só carne, refletindo a união de Cristo com a Igreja. É um dom divino que permite viver o amor de Deus de forma concreta e fecunda. Através do sacramento do matrimônio, o casal se torna um só corpo em Cristo, imagem e semelhança da Santíssima Trindade.

É um chamado à santidade mútua, um caminho de crescimento espiritual trilhado a dois e de entrega generosa ao outro.

Sendo assim, na vivência fiel do matrimônio, o homem e a mulher se tornam instrumento de Deus para a construção de um lar santo. E um lar onde o amor, o perdão e a misericórdia devem se fazer presentes.

A vocação à consagração leiga: o chamado a um amor ainda mais profundo

Para aqueles casais que vivem o sacramento do matrimônio e que sentem um chamado interior a uma entrega ainda mais profunda a Deus, a consagração leiga se apresenta como uma vocação específica.

Trata-se de uma doação total de si a Deus, vivida no estado de vida laical, sem a necessidade de romper os laços conjugais. E através da profissão dos conselhos evangélicos – pobreza, castidade e obediência – os casais consagrados se colocam à disposição de Deus para servir à Igreja e ao próximo, buscando a santidade no seio da família e na comunidade.

Portanto, viver o matrimônio com amor, fidelidade e abertura à vida é um caminho de santidade que pode levar o homem e a mulher casado(a) à consagração leiga. Através da entrega mútua, do serviço um ao outro e da busca pela vontade de Deus, o casal se torna um sinal do amor de Deus no mundo.

Mas como se vive a consagração leiga dentro do matrimônio?

Pobreza: A pobreza na vida do homem e da mulher casado(a) e consagrado não significa viver na miséria ou abrir mão de todos os bens materiais. Mas significa usar os bens com responsabilidade e generosidade, buscando sempre o Reino de Deus em primeiro lugar.

Castidade: A castidade no matrimônio significa viver o amor conjugal de forma pura e santa, buscando sempre a união plena com o cônjuge e a abertura à vida.

Obediência: A obediência na vida leiga consagrada significa viver a vontade de Deus, buscando sempre seguir os ensinamentos de Jesus Cristo e da Igreja.

Casado(a) e consagrado em comunidade: vivendo a fé em união com irmãos e irmãs

A vivência da consagração leiga se enriquece ainda mais quando inserida em uma Congregação Religiosa ou Comunidade de Vida.

Logo, nesses ambientes, os casais consagrados encontram um recinto de apoio mútuo, formação espiritual e partilha de experiências, em que podem crescer juntos na fé e no amor a Deus. A vida em comunidade para o homem e a mulher casado(a) se torna um testemunho concreto da unidade e do amor que o Senhor deseja para todos os seus filhos.

Um chamado para todos os estados de vida

É importante ressaltar que a consagração leiga não se resume à vivência em comunidade. Portanto, muitos homens e mulheres casados(as) e consagrados vivem sua vocação no seio da família, santificando seu matrimônio e irradiando a luz de Cristo no mundo.

A vocação à santidade é universal e a consagração leiga se apresenta como um caminho fecundo para que os casais, unidos pelo amor sacramental, respondam ao chamado de Deus a uma vida plena de entrega e amor.

Casado(a) e consagrado: um discernimento cuidadoso e acompanhamento espiritual

Para discernir se a consagração leiga é o caminho certo para o homem e mulher que são casados, é fundamental um processo de discernimento cuidadoso, acompanhado por um diretor espiritual experiente.

Logo, através da oração, do estudo da Sagrada Escritura e da reflexão sobre a própria história de vida, o casado(a) poderá discernir se essa vocação se ajusta à sua realidade e à vontade de Deus.

Afinal, a consagração leiga é um dom precioso que a Igreja oferece aos casais unidos pelo sacramento do matrimônio que desejam viver sua fé de forma radical, santificando seu matrimônio e se colocando a serviço do Reino de Deus.

Então, se você e seu cônjuge sentem um chamado interior a essa vocação, não hesitem em buscar orientação e aprofundar o discernimento. A vida consagrada pode ser um caminho de realização pessoal, conjugal e espiritual, conduzindo-os a uma união ainda mais profunda com Deus e com o próximo.

Enfim… um chamado para amar e servir

A consagração leiga do homem e da mulher casado(a) é um chamado a amar e servir a Deus e ao próximo. É um caminho de santidade que pode ser vivido por qualquer casal que deseje aprofundar sua fé e viver uma vida mais plena em Deus.

Portanto, se você é casado(s) e com o seu cônjuge sente um chamado à consagração leiga, procure um sacerdote ou um casal leigo consagrado para conversar e discernir sobre esse chamado. A Igreja está à disposição para ajudar os casais que desejam viver uma vida ainda mais próxima de Deus e da comunidade.

Lembre-se: a consagração leiga não é um caminho para quem busca “fugir” do matrimônio ou das responsabilidades da vida familiar. Pelo contrário, é um caminho para viver o matrimônio de forma ainda mais plena e profunda, colocando Deus no centro da relação e buscando sempre a santidade.

Aproveite para ler: 5 conselhos bíblicos para encontrar amizades verdadeiras

Como ser um leigo consagrado na Copiosa Redenção?

Poucos sabem, mas a vocação do leigo consagrado também faz parte da Copiosa Redenção. Aliás, a presença do leigo consagrado sempre foi ativa e contribuiu de várias formas para o desenvolvimento da Congregação.

Então, se isso é novidade para você ou se você pensa em ser um leigo consagrado, este conteúdo é para você!

Leigo consagrado: um chamado à santidade no coração do mundo

Na Igreja Católica, floresce uma vocação singular: o leigo consagrado. Homens e mulheres que, sem serem ordenados sacerdotes ou religiosos, decidem dedicar suas vidas a Deus de maneira radical. Seguindo os Conselhos Evangélicos de: Pobreza, Castidade e Obediência, segundo o seu estado de vida. 

E no seio do mundo, o leigo consagrado é chamado a ser um testemunho vivo de Cristo, a ser fermento no mundo, testemunhando o Evangelho através de sua vida e ações.

Neste sentido, atua em diversos campos da sociedade e contribui para a construção de um mundo mais justo e fraterno, seja na educação, na saúde, no trabalho social, artes ou qualquer outra área.

Existe diferença entre o leigo consagrado e a vida religiosa?

Embora ambos sigam os mesmos conselhos evangélicos, o leigo consagrado se distingue dos religiosos por alguns aspectos. E são eles:

Vida no mundo: os leigos consagrados vivem no mundo, inseridos na sociedade e em suas profissões seculares. Já os religiosos geralmente vivem em comunidades mais reservadas, como mosteiros ou conventos.

Vínculo institucional: os leigos consagrados se vinculam a uma associação pública de fiéis (instituto secular), uma ordem ou congregação religiosa, com o fim de exercer seu serviço e contribuição na Igreja dentro do seu estado de vida, e auxiliando também o Instituto a comprir com êxito sua missão. Enquanto os religiosos fazem parte de uma ordem ou congregação religiosa, com um estado de vida e carisma específico. 

Vocação específica: cada instituto possui uma vocação específica que direciona o apostolado dos seus membros, como a educação, a saúde, o cuidado com os mais pobres ou a evangelização. As ordens e congregações religiosas também possuem carismas próprios, mas com um foco mais amplo.

Como surgiu o leigo consagrado na Copiosa Redenção

Na história da Copiosa Redenção, a vivência dos leigos é anterior ao surgimento das Irmãs. Porém, a primeira consagração se deu a partir do ano de 2004.

Em 1987, Padre Wilton Moraes Lopes sentiu-se tocado pela ação de Deus. Foi ao ministrar um retiro para um grupo de jovens, na cidade de Vitória/ES, que esse sacerdote redentorista viu uma garota se aproximar de Jesus no Santíssimo Sacramento e depositar um pacote de drogas no altar. Naquele momento, aquele que seria o fundador da Copiosa Redenção, sentiu o Senhor falar em seus ouvidos para que trabalhasse com os dependentes químicos.

Logo, ele começou a dar os passos iniciais para concretizar aquilo que era da vontade de Deus. E para a realização deste apelo do Senhor, Padre Wilton convidou a senhora Maria Moreira da Mota, viúva e com seus 56 anos de idade. E ela se tornou a primeira leiga consagrada da congregação, originando-se assim o Instituto Secular Servas de Maria da Copiosa Redenção.

Um ano depois, Padre Wilton convida também Ione Strozzi e Ruth Marina da Silveira para se juntarem a este projeto de amor e redenção.

O papel do leigo consagrado na Copiosa Redenção

Dentro da Copiosa Redenção, o leigo consagrado é chamado a ser intercessor e servidor de Cristo Redentor, que é fonte de copiosa redenção.

Logo, o leigo consagrado na Copiosa Redenção compromete-se em interceder principalmente pelos dependentes químicos em cada Adoração. Além disso, é chamado a ser presença disponível nos serviços que se fazem necessários nas comunidades da Congregação e na Igreja de modo geral, como por exemplo, os grupos de apoio aos dependentes das drogas e suas famílias.

É chamado também a trabalhar preventivamente junto às famílias de sua comunidade, especialmente àquelas que oferecem riscos potenciais na dependência das drogas. Isso diante de evidências de desestabilização familiar como, por exemplo, a de membros próximos já vivenciando a dependência das drogas.

A espiritualidade do leigo consagrado da Copiosa Redenção

O objetivo do leigo consagrado na Copiosa Redenção é configurar-se com Cristo através do Carisma próprio da Congregação. Ou seja, o cuidado com o dependente químico e a Adoração, intercedendo pela sua recuperação.

E sobre isso o nosso fundador afirmou: “O Carisma da Copiosa Redenção não está no sucesso do fazer, mas na perseverança de uma oração que não cessa, de uma fome sempre presente, de uma sede sempre infinita de trazer os nossos irmãos e irmãs marginalizados e destruídos pelas drogas para a fonte da Copiosa Redenção”.

Desta forma, o leigo consagrado é chamado a algumas práticas de vida e espirituais:

● Participar da Santa Missa diária e se não for possível, dominical;

● Receber tanto quanto possa o Sacramento da Eucaristia;

● Fazer uma hora de Adoração semanal ao Santíssimo Sacramento;

● Oração diária do Santo Terço Mariano;

● Rezar a Liturgia das Horas;

● Praticar a Lectio Divina;

● Fazer confissão sacramental pelo menos uma vez por mês;

● Participar de Retiros espirituais e bem como de Retiro formativo;

● Devoções: a Maria Santíssima sob o título de Maria, Mãe da Divina Graça; a São José; às Almas Benditas do Purgatório; a São Pe. Pio de Pietrelcina (Padroeiro do Leigo consagrado da Copiosa Redenção); a Santa Teresinha do Menino Jesus; e a Santo Afonso Maria de Ligório.

● Ter fidelidade ao carisma da Copiosa Redenção;

● Participação efetiva do seu grupo de partilha e estudo;

● Fazer uso contínuo da cruz, símbolo de consagração do leigo.

Critérios para ser um leigo consagrado da Copiosa Redenção

Antes de tudo, a pessoa deve sentir o chamado de Deus para participar desta Obra. Este é o primeiro passo para confirmar a vocação de leigo consagrado na Copiosa Redenção.

Mas isso não é tudo! É preciso ter mais de 18 anos, sentir uma identificação com o carisma da Congregação; ter vida sacramental; ter comprometimento com a Igreja católica e obediência ao Papa.

Além disso, ter amor à Igreja, espírito de obediência, oração, humildade e coerência de vida.

Cumprindo esses requisitos, o candidato faz um acompanhamento vocacional de 2 a 3 anos para o discernimento da sua vocação. E durante seu acompanhamento, o leigo deve acompanhar as formações propostas pela equipe de formação, além do estudo pessoal aprofundando o Carisma da Congregação.

Logo, terminado o período formativo, o leigo, após avaliação da equipe de coordenação, faz sua consagração na Copiosa Redenção fazendo suas promessas de pobreza, obediência e castidade, segundo seu estado de vida.

Então, o leigo consagrado é inserido em um grupo composto por outros leigos na sua região ou em outra localidade próxima. Sendo que cada grupo local se reúne pelo menos uma vez ao mês, para tratar de assuntos específicos do grupo, reflexão de temas propostos pela equipe formativa e de temas relacionados ao Carisma e Espiritualidade da Copiosa Redenção.

Os encontros são realizados de forma presencial, porém, se houver impossibilidade, o leigo consagrado pode acompanhar o encontro online. Contudo, deve haver da parte do leigo o compromisso e a responsabilidade na participação assídua e ativa nos grupos.

E, então, ficou interessado em fazer o acompanhamento vocacional para ser um leigo consagrado na Copiosa Redenção? Fale conosco AQUI!

5 conselhos bíblicos para encontrar amizades verdadeiras

Se até Jesus procurou amizades verdadeiras para andarem com Ele, imagina nós que temos a necessidade de conviver com outras pessoas e que fomos criados para estar em comunidade! Portanto, é comum estarmos sempre em busca de boas amizades. Além disso, amizades verdadeiras são um tesouro, e quem encontra um amigo é uma pessoa abençoada. 

Deus nos ensinava sobre a preciosidade da amizade já no Antigo Testamento ao dizer: “amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro. Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável. Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão” (Eclo 6,14-16).

Porém, fique alerta, pois nem todas as relações servem como uma boa amizade aos olhos de Deus. Precisamos ser sensatos e andar com pessoas que nos levam para o Céu, que nos inspiram atitudes santas. Logo, em um mundo de tantas enganações, precisamos escolher com sabedoria com quem andamos. 

Portanto, é na Bíblia, a Palavra de Deus, que achamos sábios conselhos que nos ajudam a avaliar e encontrar amizades verdadeiras. 

Reunimos 5 passagens que falam sobre isso. Continue a leitura!  

Para encontrar amizades verdadeiras é preciso ser leal

No livro de João, Jesus afirma que “não há maior amor do que dar a vida pelo amigo” (Jo 15,13). Portanto, a lealdade e a sinceridade são valores inegociáveis em uma amizade cristã. 

Um bom amigo não nos abandona em meio ao caos e às dificuldades. Ao contrário, amizades verdadeiras amam e doam sua vida pelo bem do outro, faz pelo amigo o que faria por si mesmo. Afinal de contas, é isso que Jesus nos pede: amai uns aos outros como Eu os amei (cf. Jo 13,34).

Uma amizade verdadeira faz o outro crescer 

“Perfume e incenso trazem alegria ao coração; do conselho sincero do homem nasce uma bela amizade” (Pr 27,9).

Muitos santos foram e tiveram bons amigos, como as amizades entre São Basílio e São Gregório ou São Francisco de Assis e Santa Clara. E certamente essas amizades foram o combustível que fizeram com que eles crescessem e seguissem firmemente o caminho do céu, alcançando a santidade. 

Portanto, amigos verdadeiros precisam instigar o melhor de nós, ser bons conselheiros e nos inspirar a sermos santos. 

Então, quando estiver fazendo uma nova amizade, ou avaliando as que já tem, observe quais os impulsos que ela os leva a ter, quais os conselhos esse amigo dá e se quando estão juntos, vocês seguem os princípios de Deus.

Amizades verdadeiras: reze um pelo outro 

A oração é a base de qualquer relacionamento, inclusive, e especialmente, a amizade. Afinal, a oração é um sinal de amor e generosidade, quando rezamos pelo outro, inclusive nós somos agraciados, mesmo sem esperar nada em troca.

“Depois que Jó orou por seus amigos, o Senhor o tornou novamente próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes” (Jó 42,10).

Portanto, para encontrar amizades verdadeiras esteja em oração. Reze a Deus por uma boa amizade e também reze pelos seus amigos, por aqueles que já tem e pelos que o Senhor está preparando. 

Amigos são amigos em todos os momentos

“Não é na prosperidade que se reconhece um amigo. Na prosperidade, até os inimigos são amigos, mas, na adversidade, até os amigos se afastam” (Eclo 12,8).

Observe quem está contigo, onde e quando. É nas adversidades que reconhecemos quem verdadeiramente gosta de nós e quer o nosso bem. 

E não se esqueça de ser amigo nas dificuldades. É comum reclamarmos que estamos sozinhos… Mas quando alguém precisa de nós, somos egoístas e ficamos fechados em nossas próprias preocupações. Portanto, sejamos nós aqueles que levam os outros para o céu!

E, por fim, em amizades verdadeiras não há abandono 

“Não abandones um velho amigo, pois o novo não o valerá. Vinho novo, amigo novo; é quando envelhece que o beberás com gosto” (Eclo 9,14-15).

Faça novos amigos, se empolgue com as alegrias de conhecer pessoas novas e diferentes, mas não se esqueça dos amigos verdadeiros que Deus já colocou em sua vida. 

E o óbvio: pessoas não são descartáveis e relacionamentos foram feitos para crescer e multiplicar. 

Lembre-se que, como diz Santa Teresa, as verdadeiras amizades são aquelas que “desejam ardentemente que o amigo tenha amor a Deus”. Portanto, baseie-se nesse princípio para encontrar bons amigos. 

Enfim, peça a Deus que, além de ter grandes e boas amizades, você também seja um bom amigo, alguém que leva o outro rumo à santidade. 

O que é Counseling?

Em meio às complexidades da vida e às demandas da vida moderna, muitas vezes buscamos apoio e orientação para navegarmos pelos desafios e encontrarmos nosso caminho. Sem contar que a busca por bem-estar e equilíbrio se torna cada vez mais essencial. Logo, no âmbito da vida religiosa, essa busca se intensifica, pois congrega questionamentos sobre fé, propósito e significado da existência.

E é nesse contexto que o Counseling surge como uma ferramenta poderosa, proporcionando um espaço seguro e acolhedor para o autoconhecimento, crescimento e transformação. Além disso, como um instrumento para auxiliar indivíduos e comunidades em sua jornada espiritual.

Não sabe o que counseling? Então descubra neste texto!

Desvendando o Counseling

Counseling, frequentemente é traduzido como aconselhamento, vai além da simples oferta de conselhos. No contexto religioso, counseling também é conhecido como aconselhamento psicológico pastoral, é uma prática profissional que visa promover o desenvolvimento humano e o bem-estar religioso ou espiritual dos que são atendidos.

Através de conversas confidenciais e direcionadas, o counselor (ou conselheiro) auxilia as pessoas a explorarem seus pensamentos, sentimentos e comportamentos, com o objetivo de:

Promover o autoconhecimento: através de técnicas e ferramentas específicas, o counseling auxilia a pessoa a compreender melhor a si mesmo, suas motivações, valores e crenças.

Desenvolver habilidades interpessoais: o processo de counseling contribui para o aprimoramento da comunicação, resolução de conflitos, tomada de decisões e relacionamentos interpessoais.

Lidar com desafios da vida: o counseling oferece suporte para lidar com situações difíceis, como luto, perda de emprego, problemas familiares, entre outros.

Alcançar metas pessoais: o conselheiro atua como um guia, auxiliando a pessoa a definir e alcançar seus objetivos de forma personalizada.

Counseling, Coaching e Direção Espiritual: diferenças complementares

Embora compartilhem alguns objetivos, o counseling se diferencia de outras áreas de apoio, como o coaching e a direção espiritual. Então, vamos entender essas diferenças!

Coaching: o coaching foca no desenvolvimento profissional e no alcance de metas, geralmente em um contexto profissional ou pessoal. Por outro lado, o counseling abrange uma gama mais ampla de questões, incluindo aspectos pessoais e emocionais.

Direção Espiritual: a direção espiritual se concentra no crescimento da fé e na conexão com o divino, enquanto o counseling trata também de outras questões da vida particular da pessoa. 

Como exercer o Counseling na vida pastoral 

O counseling se torna um instrumento fundamental na vida religiosa ao oferecer um espaço seguro e confidencial para que indivíduos explorem suas dúvidas, questionamentos, anseios espirituais e desafios relacionados à fé.

Portanto, através do processo de counseling, é possível:

Fortalecer a fé: o counseling auxilia na compreensão das crenças pessoais, na resolução de conflitos internos e no aprofundamento da fé.

Melhorar relacionamentos interpessoais: o processo contribui para uma comunicação mais eficaz com líderes religiosos, familiares e outros membros da comunidade.

Lidar com traumas: o counseling pode oferecer apoio e orientação para lidar com situações difíceis, como luto, crises de identidade e traumas relacionados a diversos fatores.

Enfrentar crises de fé: o counselor ou conselheiro pode oferecer suporte para lidar com questionamentos, dúvidas e momentos de crise na fé.

Promover o crescimento espiritual: o counseling auxilia no desenvolvimento de uma relação mais profunda com o divino e na busca por um sentido maior na vida. Assim, o counselor pode incentivar a prática da fé, a leitura da Bíblia, a oração e a meditação, aprofundando a conexão com Deus e a comunidade religiosa.

Mas isso não é tudo, através de um processo colaborativo e respeitoso, o counselor ajuda a:

Discernir o chamado de Deus: auxiliando a pessoa a discernir seu propósito de vida e a vontade de Deus para ele, dentro do contexto da sua fé.

Promover a autoconsciência e o autoconhecimento: auxiliando a identificar seus valores, crenças e motivações, reconhecendo seus pontos fortes e fracos.

Gerenciar emoções e comportamentos: desenvolvendo ferramentas para lidar com emoções difíceis, como ansiedade, culpa e ressentimento e promover comportamentos mais saudáveis e alinhados com os valores religiosos.

A importância do aconselhamento para a vida religiosa

O counseling se torna crucial também para o religioso em sua vida pessoal, ajudando inclusive a promover uma fé mais madura e autêntica.

Além disso, o counseling ajuda a vida religiosa a melhorar a saúde mental, prevenindo e tratando problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e estresse que podem ser exacerbados por desafios da vida religiosa.

Promover o bem-estar individual e comunitário é outro benefício do counseling para os religiosos, contribuindo para um ambiente religioso mais saudável, acolhedor e inclusivo, onde todos se sintam valorizados e apoiados.

Além disso, o counseling também pode ajudar a preparar para o cumprimento do chamado, equipando o religioso com ferramentas e recursos para viver sua fé de forma autêntica e melhor engajada, contribuindo para a comunidade e para o mundo. 

Um chamado para o bem-estar integral

Incorporar o counseling à vida religiosa é um chamado para o bem-estar integral tanto para os religiosos quanto para os indivíduos da comunidade, mais diretamente aos seus que se beneficiam de seus atendimentos.

Ao oferecer um espaço seguro e acolhedor para o autoconhecimento, crescimento e transformação, o counseling contribui para o bem-estar integral de indivíduos e comunidades, fortalecendo a fé e a jornada espiritual.

Quer explorar o potencial transformador do counseling e integrá-lo à vida religiosa, promovendo o bem-estar e a plenitude de todos? Então conheça este curso: Counseling: Aprenda a construir uma relação de ajuda.

Ramo masculino se prepara para capítulo eletivo

No dia 20 de julho iniciará o 2º Capítulo Geral dos Irmãos da Copiosa Redenção com o tema “Alargai os vossos corações”. O capítulo terá duração de 12 dias, encerrando no dia 01 de agosto, data da memória de Santo Afonso Maria de Ligório, patrono do Carisma da Copiosa Redenção. Neste capítulo geral será eleito o novo Superior Geral dos irmãos e o seu conselho.

É um tempo de graça para a família da Copiosa Redenção e, também, de grande intercessão. Participam do Capítulo ordinário todos os religiosos que possuem votos simples e perpétuos no Carisma. O primeiro Capítulo aconteceu em 2018, onde foi eleito o primeiro superior geral dos irmãos, depois do fundador Padre Wilton Lopes. O atual conselho é formado pelo Padre Luis César, como superior geral, e como conselheiros os padres Marcelo Gonçalvez, Valdecir Zanata, Fernando Bauwelz e Juviano Pereira.

Eleição

Antes da votação para eleger o novo governo, os religiosos participam de um retiro de três dias, que neste ano será conduzido pelo bispo de Formosa (GO), Dom Adair José Guimarães. Após o retiro, os irmãos votam naquele que eles acham que deve ser o superior geral. Dentre os candidatos a superior geral são todos os padres com votos perpétuos. Após a eleição do superior, há a votação para a composição do conselho, que é composto por 4 irmãos, podendo um desses ser de voto simples, e não necessariamente precisa ser sacerdote.

Eleito o novo governo, este terá um mandato de 6 anos sem a possibilidade de reeleição. A posse do novo governo dos irmãos está marcada para acontecer no dia 26 de julho, na Chácara de Uvaia, em Ponta Grossa (PR), em uma celebração aberta ao público.

Simbologia

Para marcar esse momento tão importante do Capítulo, foi criado um logotipo cheio de simbologia do Carisma da Copiosa Redenção. O logo retrata a simbologia do “alargai os vossos corações e as vossas tendas”, através de um coração se forma com a vela de um barco e uma tenda que se alarga. Logo abaixo, há as sementes para lembrar a passagem bíblica dita sempre pelo fundador “Se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas, se morrer, dará muito fruto” (jo 12,24). Na ponta da margem direita, o número dois, que simboliza o segundo capítulo geral.

Votos solenes

Atualmente o ramo masculino conta com oito irmãos de votos perpétuos, desses sete são padres. Porém, o Capítulo finalizará com a profissão dos votos solenes de mais 7 religiosos. Para esse momento, os irmãos viverão um tríduo preparatório nos dias 29, 30 e 31 durante o Capítulo. Professarão os votos perpétuos os irmãos: Daniel José, Vinícius Sotocorno, Higor Feitosa e João Paulo. Os três irmãos que celebraram os votos simples são: Leandro Henrique, José Carlos e Ronaldo dos Santos.

Religiosas recebem reconhecimento civil de cidades do paraná

O mês de junho foi de homenagens da Câmara de Vereadores de duas cidades do Paraná às religiosas da Copiosa Redenção.

No dia 20 de junho, Irmã Neuci Aparecida Ferreira, recebeu da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa o título de cidadania juntamente com mais 22 pessoas. Segundo o presidente do Legislativo de Ponta Grossa, Filipe Chociai. “Quando o vereador ou a vereadora propõe um Título de Cidadania ele(a) está prestando uma homenagem máxima a uma pessoa que teve e tem uma importância significativa para nosso município”.

Na cidade de Maringá, no norte do estado, a religiosa Irmã Zélia Garcia recebeu no dia 25 de junho título do Mérito Comunitário e do Brasão do Município. A homenagem, proposta pelo vereador Sidnei Telles é um reconhecimento aos relevantes serviços prestados à comunidade.

Irmã Zélia agradeceu o reconhecimento ao trabalho que realiza. “Quero agradecer a Deus por esta homenagem. Eu tenho uma missão que é interceder e orar por todos, principalmente pelos que estão à frente do cuidado com a população. Foi aqui em Maringá que Deus me preparou para receber o chamado religioso.”

“Minha vocação é fazer o bem pelas pessoas, levar a paz e isso me realiza. Esta homenagem reforça meu compromisso de continuar minha missão. Gratidão a todos. Que Deus nunca nos deixe sem a recompensa Dele”, ressaltou.

Santos Juninos: tradição, espiritualidade e evangelização

No Brasil, este mês é marcado pelas festas de três grandes santos juninos: Antônio de Pádua, João Batista e Pedro apóstolo. A tradição ganha os lares, o que faz dessa época uma oportunidade para reavivar a espiritualidade nos corações e evangelizar. 

Logo, no Nordeste do país, onde as comemorações têm mais força, bandeirolas coloridas já começam a ser penduradas pelas ruas no fim de maio, indicando que o mês dos Santos Juninos está chegando. 

E os festejos juninos estão entre as celebrações brasileiras mais populares, regado a comidas feitas à base de milho, fogos de artifício, novenas e brincadeiras. Por isso, separamos alguns destaques sobre a devoção aos grandes santos de junho.

Santos Juninos: Santo Antônio de Pádua (ou de Lisboa) – 13 de junho

Nascido por volta do ano de 1195, em Lisboa, em Portugal, Santo Antônio tinha o nome de batismo de Fernando Bulhões. Foi ordenado padre entre os Cônegos Regulares de Santo Agostinho e chegou a encontrar São Francisco de Assis e se transferiu para a Ordem dos Frades Menores.

Entre os brasileiros, é conhecido como o “fazedor de milagres”, o “santo dos pobres” e, principalmente, como o “santo casamenteiro“. Na história do Santo, se destacam o estudo da doutrina e o anúncio da Palavra nos grandes sermões que fazia. 

O “pãozinho de Santo Antônio”, distribuído em algumas igrejas e guardado em casa, para que não falte comida, também deve lembrar da necessidade do “Pão Espiritual”, a Eucaristia.

O “Martelo dos Hereges” morreu em Pádua, na Itália, no dia 13 de junho de 1231 e, menos de um ano depois, foi canonizado. Como preparação para sua festa, os devotos têm o costume de rezar a Trezena de Santo Antônio.

Santos Juninos:  24 de junho – São João Batista, o santo mais junino

Além do próprio Jesus e da Virgem Maria, João Batista é o único santo que tem o nascimento celebrado na liturgia da Igreja. É o Santo Junino mais conhecido e que, em boa parte dos casos, tem a maior festa.

Geralmente, as comemorações da data começam na véspera, na noite do dia 23, em torno da fogueira. A sabedoria popular narra que essas são acesas para lembrar uma fogueira feita por Santa Isabel, para anunciar à Maria o nascimento do filho.

Com um nome que significa “Deus dá a graça”, João teve a missão de preparar os caminhos do Senhor e os corações dos homens. Seu nascimento foi motivo de muita alegria para os pais que já tinham idade avançada, Zacarias e Isabel.

Nesta época, as quermesses e quadrilhas juninas podem ser uma forma de recordar a alegria desse nascimento. Os fogos, lançados no escuro, podem nos lembrar da missão que temos de levar a luz de Cristo a todos os lugares. E, claro, a participação na Santa Missa em honra à essa solenidade não pode ficar de fora.

Santos Juninos: 29 de junho – São Pedro

O dia de São Pedro e São Paulo marca o fim dos festejos juninos. Mas a festa segue até o último minuto, com fogueiras, comidas típicas, danças e procissões. Especialmente no Nordeste, os agricultores aproveitam a data para pedir chuva e uma boa colheita àquele que carrega a chave do Reino dos Céus.

Para os católicos, a solenidade é um convite a conhecer Cristo mais de perto e a professar, com fé, as mesmas palavras do primeiro Papa para Jesus: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16).

Pedro também é um exemplo de que não é apenas possível, mas necessário, levantar após uma queda na caminhada com Deus. Afinal, aquele que negou Cristo, após se arrepender, honrou a missão de guiar a Igreja primitiva até o seu martírio.

No período junino, também acontece, em algumas cidades, a procissão de São Pedro e Bom Jesus dos Navegantes, geralmente em barcos que navegam por rios ou mares. 

Nessa ocasião, devemos lembrar do chamado à evangelização, a sair da comodidade e lançar as redes em águas mais profundas. “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens” (Mt 4,19).

As festividades de São João no Brasil 

O toque da sanfona indica que é São João no Brasil. Nos lares, uma boa música tocando, um bolo de milho na mesa ou uma imagem dos Santos Juninos já são suficientes para lembrar que chegou a época dessa festa tão popular. 

Que aproveitemos as fogueiras acesas em homenagem aos santos para reacender a chama do verdadeiro Amor em nossos corações. Um Amor que deve ser anunciado com a humildade de Santo Antônio, com a firmeza de São João Batista e o ânimo de São Pedro. 

Dias dos namorados e Santo Antônio: qual a relação?

O dia dos namorados é uma data bem movimentada em todo o mundo. Porém, ela tem comemorações diferentes: 05 de fevereiro e 12 de junho. Além de contar com dois fortes intercessores: São Valentim e Santo Antônio. Conheça essa história!

Como surgiu o dia dos namorados

A origem do dia dos namorados é bem interessante e mais ainda que essa história está ligada à fé. Tudo começou no século III quando um bispo chamado Valentim realizou casamentos escondidos do Imperador Cláudio II, que queria os jovens na guerra.

Quando o Imperador descobriu, mandou executá-lo. Então, no século 7, o Papa Gelásio canonizou o padre Valentim e instituiu a data em 05 de fevereiro como o dia dos apaixonados em sua homenagem. Ou seja, o dia dos namorados é celebrado nesta data na maioria dos países.

Já no Brasil, a história é outra: O publicitário João Doria levou a data para o meio do ano porque precisava de um motivo especial para aumentar as vendas de uma loja que ele representava. A campanha conquistou o público e alavancou as vendas do comércio. 

Além disso, a solução de mudar para junho o dia dos namorados fez uma parceria perfeita com o dia de Santo Antônio, considerado o santo casamenteiro, comemorado no dia 13 de junho no calendário litúrgico. Vamos explicar o porquê dessa fama!  

Santo Antônio e o dia dos namorados

Santo Antônio foi um frade franciscano, do final do século XII, nascido em Portugal, mas viveu a maior parte de sua vida em Pádua, na Itália. Apesar de não falar especificamente sobre casamentos nos seus sermões, o santo fez mais do que pregar com relação a isso. 

Uma jovem pobre de Nápoles se ajoelhou aos pés da imagem do santo pedindo ajuda para conseguir um dote para casar. Diz a história que ela recebeu um bilhete indicando um comerciante para ajudá-la.

Mas que surpresa teve o comerciante: o bilhete dizia que ele desse a moça o peso do papel em moeda! Isso parecia bem simples, mas o peso chegou a 400 escudos de prata. E nessa hora, o comerciante se recordou que devia uma ajuda a Santo Antônio. Com o valor do dote conseguido, a moça casou-se.

Ainda existem outras histórias envolvendo o santo e casamentos. Por exemplo, uma jovem arremessou a imagem do santo pela janela com desgosto por não ser atendida em suas súplicas constantes. Mas a imagem atingiu um jovem que passava. Resultado: casaram-se.

Portanto, Santo Antônio conquistou a fama de casamenteiro! E são muitas as jovens que recorrem a ele através de novenas, trezenas, promessas e até fazem a imagem sofrer para alcançar um casamento. E o dia dos namorados conta, então, com esse bom intercessor.

Como celebrar sem comercializar!

Estar em um relacionamento é uma oportunidade de amadurecer. E se o namoro for cristão, então, é uma graça, porque há a presença de Deus para ensinar como viver e fazer cada coisa. Sendo assim, Jesus é a referência para todo relacionamento. 

E a gente comprova isso através do diálogo que Ele manteve com todos que se aproximaram. Ele era Deus, porém nunca se impunha, mas sempre dialogava. Foi assim com os apóstolos quando lhes perguntou: 

“E para vós, quem sou eu?” Da mesma forma com o cego: “Que queres que eu faça?” ou para Madalena: “Mulher, por que choras?”. Dessa forma, Ele nos ensina que o melhor do relacionamento é dialogar, conversar, saber do outro, ou seja, conviver, estar perto.

Por isso que o dia dos namorados não se limita ao comércio. Talvez o maior presente no mundo digital seja dar atenção consciente ao outro, sem interferências ou até mesmo presentes materiais. Sem esquecer, é claro, a comunhão com Deus.

Que tal esse subsídio: Livro sobre a Divina Providência é novo subsídio para a Pastoral do Dízimo – Dominus Comunicação