CT Marta e Maria completa 30 anos de história, acolhimento e redenção

Comunidade foi a primeira a acolher mulheres em recuperação

“Quando a gente para de usar drogas, a gente vive uma crise de identidade porque não sabemos quem somos sem a droga. A construção do meu eu aconteceu dentro da comunidade”. Esse é o relato da jovem Bruna Heinemann, que foi acolhida em fevereiro de 2020 na Comunidade Terapêutica (CT) Marta e Maria, da Copiosa Redenção, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Bruna e outras graduadas, estarão presentes no jantar comemorativo dos 30 anos da Comunidade, no próximo sábado, dia 17 de maio. 

Atualmente, Bruna divide a rotina com o trabalho como gestora escolar e com o cuidado da filha de 1 ano e 11 meses,  e busca levar os valores que aprendeu durante os meses que morou na comunidade terapêutica para todos os âmbitos da vida. “A questão da honestidade, principalmente com a gente mesmo. Quando estamos no processo de recuperação da adicção, a gente tem que se policiar todos os dias para saber se estamos sendo verdadeiramente honestos com os nossos próprios sentimentos. Porque são os meus sentimentos que podem me levar a uma provável recaída”, explica.

Viver em comunidade foi outro grande aprendizado de Bruna. “Saber escutar as questões do outro, saber mediar os conflitos entre as pessoas, essa vivência em sociedade foi um grande aprendizado para mim. Algo que me capacitou para o trabalho que exerço hoje”, analisa a graduada. 

Ao longo das três décadas de atuação na capital gaúcha, a Copiosa Redenção pode testemunhar muitas vidas como a de Bruna sendo transformadas.

A fundação da comunidade

A Copiosa Redenção ainda estava no começo dos trabalhos em Ponta Grossa (PR), quando recebeu o convite de Dom Altamiro Rossato, então arcebispo de Porto Alegre, para assumir um trabalho com mulheres em sua arquidiocese. O convite foi feito diretamente para Padre Wilton, após uma visita do bispo a uma das casas da Copiosa Redenção no Paraná.

Além de ser o pedido de um bispo, Dom Altamiro era membro da Congregação do Santíssimo Redentor, da qual Padre Wilton também fazia parte. Assim, foi enviado o primeiro grupo de irmãs para Porto Alegre e fundada a casa Marta e Maria, no dia 15 de maio de 1995, a primeira Comunidade Terapêutica Feminina da Copiosa Redenção e, também, a primeira fora do território paranaense.

O grupo de religiosas enviadas à fundação era composto por Irmã Maria Mota, cofundadora da Congregação e superiora da nova Comunidade, Irmã Ermiria de Figueiredo, Irmã  Severina Chiodi, neo professa, e a noviça de segundo ano, Ivanilde. O principal desafio do início era justamente a capacitação das irmãs em uma metodologia para atendimento às mulheres, visto que as religiosas ainda não tinham experiência com esse público, diferente de hoje em que a Copiosa é referência no tratamento terapêutico de mulheres adictas. 

“Trabalhávamos com adolescentes de 15 a 23 anos. A casa tinha uma estrutura muito boa, porém era localizada no meio de uma favela e muitos usuários de drogas passavam no portão oferecendo drogas para as acolhidas. Pela manhã, antes de abrir a porta, eu fazia uma ronda para recolher as seringas descartadas pelos usuários que estavam no quintal da casa”, relembra Irmã Severina. Pouco tempo depois, a Comunidade foi transferida para o bairro Navegantes, onde está até hoje, e passou a atender apenas a faixa etária de 18 a 59 anos.

Um trabalho multidisciplinar

A presença da Copiosa Redenção em Porto Alegre tem marcado também a vida de muitos profissionais da área da saúde, que fazem parte do trabalho multidisciplinar da CT.  “Várias coisas me marcaram ao longo desses anos. Me tornei uma pessoa bem mais espiritual. Aprendi os conceitos de Misericórdia e de Providência na prática e aprendi a me tornar uma pessoa mais simples com a convivência com as Irmãs”, testemunha o médico psiquiatra, Rogério Alves da Paz.

Ele conheceu a Comunidade em 1996, por meio do seu então professor Dr Mário Jurena que atuava com a esposa na CT, mas estavam se mudando para a Inglaterra. Rogério também viveu alguns anos fora do país e foram esses os únicos períodos em que esteve distante do trabalho com as acolhidas. “Acho que o trabalho feito na CT Marta e Maria é um dos melhores do Brasil, assim como o da Rosa Mística no Paraná. O trabalho das Irmãs e da Equipe Multidisciplinar é de um tal profissionalismo, experiência e misericórdia que não tem igual no Brasil e no mundo”, avalia o profissional. 

A equipe que atua hoje na CT Marta e Maria é composta por psiquiatra, clínico geral, psicóloga, pedagoga, assistente social e nutricionista, com possibilidade de atender até 20 mulheres. Além do atendimento médico, grupos de prevenção a recaída, as acolhidas participam de momentos de espiritualidade durante o tratamento. “As dependências químicas, alcoolismo e dependências comportamentais são uma epidemia e um desafio para o século 21. As irmãs são modernas, conseguem ser científicas e trazerem a espiritualidade de forma a não rivalizar ou confrontar a ciência. Pelo contrário. Tornam a religiosidade algo atraente e profundo”, afirma Rogério. 

Celebração dos 30 anos

A celebração do aniversário de fundação da Comunidade Terapêutica acontecerá no sábado, dia 17, no Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Porto Alegre. Na programação está prevista a Missa em ação de graças pelos 30 anos da Comunidade, um jantar com o encontro de gerações das irmãs que já estiveram em missão na CT Marta e Maria.

Outro momento que promete marcar a celebração são os aniversários de graduação das mulheres que já passaram pela Comunidade. “Ou seja, quanto tempo que elas já passaram pela nossa casa e estão bem. O objetivo do jantar é celebrar com elas, iremos entregar certificados de aniversário de graduação”, explica a irmã Taynara Thives, uma das organizadoras da comemoração. Também serão entregues certificados de graduação por mérito para aquelas que passaram pela CT, mas não chegaram a concluir o tratamento na Comunidade, mas estão sóbrias, possuem novos valores e uma nova vida.

Serviço:

Aniversário 30 anos da Comunidade Terapêutica Marta e Maria

Dia 17 de maio

Horário: 18h00

Local: Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Porto Alegre (RS).

Jovens italianos fazem experiência com o amor de Deus

O mês de maio começou de forma diferente para um grupo de 32 jovens italianos da região da Sícilia, na Itália, onde os religiosos da Copiosa Redenção estão presentes. Eles vivenciaram o retiro Thalita Kum, um evento criado pela comunidade Aliança de Misericórdia e realizado em parceria com Irmãos da Copiosa na Itália.

O evento já está na 9ª edição. “São três dias onde os jovens vivem a experiência com misericórdia de Deus”, explica o diácono João Hirai, um dos organizadores da última edição. Ele também destaca que a grande maioria dos servos do retiro são os próprios jovens, que fizeram o retiro em edições anteriores, sendo dessa forma também uma renovação para eles da experiência vivida anteriormente.

Mães usuárias de drogas: um desafio intenso e complexo na experiência de ser mãe!

Ser mãe é uma das experiências mais desafiadoras e transformadoras para uma mulher, e  um dos mais belos e gratificantes dons que a vida pode oferecer. No entanto, quando falamos sobre  mães usuárias de drogas, os desafios podem se tornar ainda mais intensos e complicados. Elas enfrentam não apenas o estigma e a discriminação da sociedade, mas também problemas de saúde, desenvolvimento e bem-estar do bebê.

A dependência de drogas é um problema “de saúde” que vai muito além da pessoa que está usando, afeta a família e amigos. Além da batalha contra a própria dependência, ela enfrenta a pressão e o estresse de ser mãe e cuidar dos seus filhos é  uma luta que exige força, coragem e muita determinação.

Elas enfrentam dificuldades financeiras, perda da custódia dos filhos, problemas de saúde mental e física, problemas legais e “estigma social”, são apenas alguns dos obstáculos que essas mulheres enfrentam diariamente. Mas as dificuldades não param por aí. Infelizmente, muitas vezes elas também precisam lidar com a dor de ver seus filhos afetados pela dependência, seja diretamente através da exposição às drogas ou indiretamente através da negligência. É uma situação complexa e difícil, que exige um grande esforço para superar.

Precisamos lembrar:

É importante lembrar que a dependência de drogas não define uma mãe. As mães usuárias de drogas são capazes de superar a dependência e criar um ambiente saudável e amoroso para seus filhos. Com apoio, compaixão e perseverança, a recuperação da dependência é possível para qualquer pessoa, principalmente para mães que estão lutando contra a dependência de drogas.

É fundamental que haja um sistema de apoio que ofereça tratamento, educação, assistência social e psicológica. É importante que a sociedade veja essas mulheres como pessoas que precisam de ajuda.

As comunidades terapêuticas são grandes aliadas na jornada de recuperação de pessoas com dependência química e alcoólica. Elas têm como objetivo a reabilitação dos acolhidos e a sua “reintegração à sociedade”, por meio da oferta de cursos de capacitação profissional e apoio na busca por emprego. Um excelente exemplo disso é a Comunidade Terapêutica Rosa Mística, uma comunidade da Copiosa redenção, fundada em 1998, que oferece tratamento para mulheres que desejam se recuperar.

Trabalho das Comunidades Terapêuticas Da Copiosa Redenção:

O programa de reabilitação das Comunidades Terapêuticas da Copiosa Redenção inclui terapia individual e em grupo, atividades físicas, trabalhos manuais e espirituais, além de orientação sobre alimentação saudável e cuidados com a saúde. O tratamento tem duração média de nove meses, mas pode ser estendido de acordo com as necessidades de cada acolhida. Contando com diversas atividades como:

Atendimento Psiquiátrico quinzenal;

  • Atendimento psicológico semanal ;
  • Grupos terapêuticos: mútua ajuda, diários, partilha, sentimento, auto ajuda, assembleia comunitária, Amor Exigente, Alcoólicos anônimos;
  • Atendimentos à gestante e mãe nutriz – Rosa Mãe;
  • Espiritualidade semanal;
  • Visitas familiares mensal;
  • Grupo autobiográfico;
  • Grupo de prevenção a recaída;
  • Curso de auxiliar cabeleireiro;
  • Seminários e atividades extras;

Sobre a comunidade:

A comunidade é mantida por doações e trabalho voluntário, não cobrando pelos serviços prestados aos pacientes. A organização conta com profissionais especializados em dependência química e uma equipe de voluntários que auxiliam no tratamento. Com a ajuda da Comunidade Terapêutica, muitas mulheres já conseguiram se recuperar da dependência química e alcoólica, tornando-se uma pessoa renovada e integrada à sociedade.

Veja alguns depoimentos.: Clique aqui!

Súplica à Santíssima Virgem do Rosário de Pompéia

“Nossa mãe Maria sempre quer caminhar conosco, estar próxima, nos ajudar com a sua intercessão e o seu amor”, disse Leão XIV em seu primeiro discurso.

Para se rezar no dia 08 de Maio e no primeiro Domingo de Outubro, ao meio-dia na Itália e (pelos fusos horários) às oito horas da manhã no Brasil.

Súplica aprovada pela sagrada Congregação dos Ritos. O Papa Leão XIII concedeu Indulgência de 07 anos e 07 quarentenas a quem, ao menos com coração contrito, a rezar devotamente no dia 08 de Maio ou no primeiro domingo de Outubro (Rescrito de 18 de Julho de 1887). Estas Indulgências foram confirmadas “in perpetuo” e declaradas aplicáveis às almas do Purgatório, por S. Pio X (Rescrito de 28 de Novembro de 1903).

Em nome do Pai ✟, do Filho ✟ e do Espírito Santo ✟. Amém.

I – Ó Augusta Rainha das Vitórias, ó Virgem Soberana do Paraíso, a cujo nome poderoso exultam os céus e estremecem de terror os abismos. Ó Rainha gloriosa do Santíssimo Rosário, todos nós, vossos filhos ditosos, que a vossa bondade escolheu neste século para levantar-vos um templo em Pompeia, aqui estamos prostrados aos vossos pés, neste soleníssimo dia, da festa de vossos novos triunfos, na terra dos ídolos e dos demônios, com lágrimas vos tributamos os afetos do nosso coração e, com a confiança de filhos, vos expomos as nossas misérias. Ah! Desse vosso trono de clemência, onde vos sentais como Rainha, volvei, ó Maria, vosso olhar piedoso para nós, para as nossas famílias, para o Brasil, para a América, para a Europa, e para toda a Igreja; tende compaixão das angústias em que nos achamos e dos trabalhos que amarguram nossas vidas. Vede ó Mãe, quantos perigos nos rodeiam a alma e o corpo; quantas calamidades e aflições nos oprimem! Ó Mãe, suspendei o braço da justiça do vosso Filho irritado e vencei com a clemência o coração dos pecadores: também eles são nossos irmãos e vossos filhos, custaram sangue ao amável Jesus, e dolorosos golpes ao vosso sensibilíssimo Coração. Hoje, mostrai a todos quem sois vós: Rainha da paz e do perdão.

Salve Rainha…

II – É verdade, é verdade que nós somos os primeiros, se bem que vossos filhos, a crucificar novamente a Jesus em nossos corações, com nossos pecados, e ferimos de novo o vosso Coração. Sim, confessamos que merecemos os mais duros castigos. Mas lembrai-vos que sobre o Gólgota recolhestes as últimas gotas daquele Divino Sangue e o último testamento do Redentor moribundo.

E aquele Testamento de um Deus, selado com o Sangue de um Homem-Deus, vos declarava Mãe nossa, Mãe dos pecadores: Vós, portanto, como nossa Mãe, sede nossa advogada, a nossa Esperança. E nós, gemendo, estendemos para Vós nossas mãos suplicantes clamando: misericórdia.

Tende piedade, ó boa Mãe, tende piedade de nós, das nossas almas, das nossas famílias, dos nossos parentes, dos nossos amigos, dos nossos irmãos falecidos, e, principalmente, dos nossos inimigos, e de todos aqueles que se dizem cristãos e, contudo, dilaceram o amável Coração do vosso Filho. Piedade, ó sim, Piedade imploramos hoje, para as nações extraviadas, para todo o Brasil, para toda a América, para toda a Europa, para todo o mundo, a fim de que, arrependido, volte ao vosso Coração. Misericórdia.

Salve Rainha…

III – Que vos custa, ó Maria, ouvir-nos? Que vos custa salvar-nos? Não colocou Jesus em vossas mãos todos os tesouros das suas graças, das suas misericórdias? Vós, como minha Rainha, vos sentais coroada à direita do vosso Filho, coberta de glória imortal, sobre todos os coros dos Anjos. O Vosso domínio abrange os céus e a terra, e todas as criaturas que nela habitam estão a vós sujeitas. O vosso domínio se estende até o inferno, e só vós nos podeis arrancar das mãos de Satanás, ó Maria. Vós sois onipotente por graça; vós, portanto, podeis nos salvar. E se dizeis que não nos quereis ajudar, porque somos filhos ingratos e indignos da vossa proteção, dizei ao menos a quem devemos recorrer para nos livrarmos de tantos flagelos. Ah! Não! O vosso Coração de Mãe não poderá ver vossos filhos perdidos. O Menino que vemos em vosso colo, a Coroa mística que contemplamos em vossa mão, nos inspiram confiança de que seremos ouvidos. E nós confiamos plenamente em vós, nos prostramo-nos a vossos pés, lançamo-nos como débeis crianças aos braços da mais terna das mães, e hoje mesmo, sim, hoje mesmo, esperamos obter de vós as graças desejadas.

Salve Rainha…

PEÇAMOS A BÊNÇÃO A MARIA

Agora vos pedimos uma última graça, ó Rainha, que não nos podeis negar neste dia soleníssimo. Concedei a todos nós o vosso constante amor e, de um modo especial, a vossa bênção maternal. Não, nós não nos levantaremos hoje de vossos pés, não nos afastaremos de vós enquanto não nos abençoardes. Abençoai, ó Maria, neste momento, o Sumo Pontífice. Aos primitivos louros da vossa Coroa, aos antigos triunfos do vosso Rosário, pelos quais sois chamada Rainha das Vitórias. Ah, acrescentai ainda este, ó Mãe: concedei à Religião o triunfo, e à sociedade humana, a paz. Abençoai o nosso (Arce)Bispo, os sacerdotes, e particularmente todos aqueles que zelam pela honra do Vosso Santuário. Abençoai, enfim, todos os Associados ao vosso templo em Pompeia, e todos aqueles que cultivam e promovem a devoção do vosso Santíssimo Rosário.

Ó Rosário bendito de Maria, doce Cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos Anjos; Torre de salvação nos assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio comum, nós nunca mais vos deixaremos. Vós sereis o nosso conforto na hora da agonia, a Vós, o último ósculo da vida se extingue. E a última palavra de nossos lábios moribundos será o vosso suave nome, ó Rainha do Rosário do Vale de Pompeia, ó nossa querida Mãe, ó refúgio único dos pecadores, ó soberana Consoladora dos aflitos. Sede por toda parte bendita, hoje e sempre, na terra e no Céu. Assim seja.

Ave Maria…

DEPOIS DO ROSÁRIO

Salve Rainha…

V/ Permiti que vos louve ó Virgem Sagrada.

R/ Dai-me força contra vossos inimigos.

V/ Rogai por nós Rainha do Sacratíssimo Rosário.

R/ Para que sejamos dignos das promessas do Cristo.

Oremos. Ó Deus, cujo Filho Unigênito, com sua vida, morte e ressurreição, nos comprou os prêmios da vida eterna, concedei-nos, vo-lo pedimos, que recordando estes mistérios do Sacratíssimo Rosário da Bem-Aventurada Virgem Maria, imitemos o que contêm e alcancemos o que prometem. Pelo mesmo Cristo Senhor Nosso. Amem.

PARA GANHAR AS INDULGÊNCIAS

Recomendamo-vos Senhor, a Igreja Vossa Esposa, o Sumo Pontífice, que é seu chefe visível, a exaltação e o triunfo da Igreja Católica, a extirpação da heresia e da idolatria, a paz entre os soberanos católicos, a conversão dos pecadores, todos os nossos parentes, amigos e inimigos, nossos benfeitores espirituais e temporais, todos os que se recomendaram às nossas orações, e especialmente os associados ao Santuário de Pompeia, e tudo em Sufrágio das almas santas do Purgatório.

1 Pai Nosso, Ave Maria e Glória, segundo a intenção do Sumo-Pontífice.

Nossa Senhora do Rosário de Pompéia,

Que fazeis florescer a virtude,

Que curais os enfermos,

Que consolais os aflitos,

Que socorreis eficazmente aqueles que vos invocam nos perigos,

Manancial inexaurível de graças e de bens para todos aqueles que vos invocam. Orai por nós.

Fonte: Comunidade Mel de Deus

Habemus Papam: Bem-vindo Papa Leão XIV

No segundo dia do Conclave, no quarto escrutínio, a fumaça branca começou a sair da chaminé instalada no telhado da Capela Sistina anunciando para todo o mundo: foi eleito o 267º papa. Com júbilo o povo católico acolhe o novo sucessor de Pedro: bem-vindo Papa Leão XIV!

Eram 18 horas e 07 minutos, no horário de Roma, e no Brasil 13 horas e 07 minutos, em que junto com a fumaça branca, o badalar dos sinos da Basílica de São Pedro confirmaram de que “Habemus Papam”. A eleição do novo Pontífice ocorreu no dia da Súplica de Nossa Senhora de Pompéia.

Biografia

Robert Prevost nasceu em Chicago em 14 de setembro de 1955. Ele completou seus estudos secundários no seminário menor da Ordem de Santo Agostinho em 1973. Prevost obteve o título de Bacharel em Ciências em matemática na Universidade Villanova em 1977. 

Decidindo tornar-se padre, Prevost ingressou na Ordem de Santo Agostinho em setembro de 1977. Ele fez seus primeiros votos na ordem em setembro de 1978 e seus votos solenes em agosto de 1981. No ano seguinte, ele recebeu o título de Mestre em Divindade da Catholic Theological Union em Chicago. 

Sacerdócio

Prevost foi ordenado sacerdote pelo Arcebispo Jean Jadot para os Agostinianos em Roma em 19 de junho de 1982.  Obteve a Licenciatura em Direito Canônico em 1984 e o Doutorado em Direito Canônico em 1987 pelo Pontifício Colégio de São Tomás de Aquino em Roma. 

Prevost ingressou na missão agostiniana no Peru em 1985 e serviu como chanceler da Prélatura Territorial de Chulucanas de 1985 a 1986.

Em 1988, Prevost retornou ao Peru, onde passou os dez anos seguintes à frente do seminário agostiniano em Trujillo . Ele também lecionou direito canônico no seminário diocesano e atuou como prefeito de estudos. Prevost atuou como juiz do tribunal eclesiástico regional e membro do Colégio de Consultores de Trujillo. Ele também liderou uma congregação nos arredores da cidade. 

Liderança agostiniana

Em 1998, Prevost foi eleito provincial da Província Agostiniana de Chicago e retornou aos Estados Unidos para assumir esse cargo em 8 de março de 1999. 

Em 2000, Prevost permitiu que o Padre James Ray, um padre agostiniano, residisse no Convento de St. John Stone, em Chicago. Ray estava suspenso do ministério público desde 1991 devido a acusações credíveis de abuso sexual de menores. Embora o priorado fosse próximo de uma escola primária católica, Prevost não notificou a administração da escola sobre Ray. Os agostinianos observaram que Ray recebeu um monitor enquanto estava em St. John Stone. Ray foi transferido para uma residência diferente em 2002, quando a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA adotou regras mais rígidas para lidar com padres acusados ​​de abusar de menores.

Em 2001, Prevost foi eleito para um mandato de seis anos como Prior Geral dos Agostinianos. Foi eleito para um segundo mandato de seis anos em 2007. De 2013 a 2014, Prevost atuou como diretor de formação no Convento de Santo Agostinho, em Chicago, bem como primeiro conselheiro e vigário provincial da província de Nossa Senhora do Bom Conselho, que abrange o centro-oeste dos Estados Unidos. 

Bispo de Chiclayo

Em 3 de novembro de 2014, o Papa Francisco nomeou Prevost como administrador apostólico da Diocese de Chiclayo e bispo titular de Sufar . Ele recebeu sua consagração episcopal em 12 de dezembro de 2014, na Catedral de Santa Maria em Chiclayo. Em 26 de setembro de 2015, foi nomeado bispo de Chiclayo.

Em 13 de julho de 2019, Prevost foi nomeado membro da Congregação para o Clero em Roma, embora inicialmente tenha declarado que apenas os humildes são elegíveis. Em 15 de abril de 2020, foi nomeado administrador apostólico de Callao , no Peru. Em 21 de novembro de 2020, Francisco o nomeou membro da Congregação para os Bispos . 

Na Conferência Episcopal do Peru , Prevost serviu no conselho permanente para o mandato de 2018 a 2020.  Ele foi eleito em 2019 como presidente da Comissão de Educação e Cultura. Ele também foi membro da liderança da Caritas Peru. Prevost teve uma audiência privada com Francisco em 1º de março de 2021, alimentando especulações sobre uma nova designação em Chicago ou Roma. [ 20 ]

Dicastério para Bispos

Em 30 de janeiro de 2023, Francisco nomeou Prevost prefeito do Dicastério para os Bispos com o título de arcebispo-bispo emérito de Chiclayo. No consistório de 30 de setembro, Francisco o cardeal-diácono da Igreja de Santa Mônica dos Agostinianos em Roma. 

Em 6 de fevereiro de 2025, Francisco promoveu Prevost a cardeal-bispo, designando-o para a Diocese Suburbicariana de Albano, na Província de Roma.

Com informações: Vatican News e Wikipédia.

Copiosa Redenção lança identidade visual do Projeto Social Padre Wilton

A Copiosa Redenção lançou oficialmente a identidade visual do Projeto Social Padre Wilton – Um Gesto de Amor Concreto, iniciativa que desde sua origem tem transformado silenciosamente a vida de crianças, adolescentes e famílias marcadas pela dependência química. O lançamento marca um novo momento na história do Projeto, que passa a ser apresentado ao público com identidade própria e campanha de mobilização solidária.

Nascido como uma extensão natural das ações já desenvolvidas pelas comunidades terapêuticas da Congregação, o Projeto oferece acompanhamento pós-tratamento, suporte emocional, atividades educativas e culturais, oficinas com crianças, terapia familiar e encaminhamentos sociais. Agora, com identidade visual própria e presença nos meios institucionais, o Projeto Social Padre Wilton busca ampliar seu alcance e engajar novos parceiros e benfeitores.

“Nossos trabalhos estão concentrados atualmente em Ponta Grossa, porém existe o desejo de ampliarmos para outras cidades e estados”, explica a coordenadora do Projeto, Irmã Elenir da Silva Ferreira. Inspirado no legado do fundador da Congregação, Padre Wilton Lopes, o projeto reflete seu modo de cuidar dos mais vulneráveis e acreditar na restauração integral do ser humano. A frase do sacerdote — “Não existe milagre sem processo” — tornou-se um lema não apenas para o tratamento das dependências, mas também para a caminhada das famílias atendidas.

Assista aqui o vídeo que conta a história do Projeto

A marca do Projeto

“O conceito estabelecido para a construção visual da marca Padre Wilton, foi com base no que o próprio fundador deixou como desejo para esse projeto, que ele fosse o colo de Deus, o abraço misericordioso do Pai para todos, sem exclusão de ninguém”, explica Irmã Daniely Santos, religiosa da Copiosa Redenção, responsável pela criação da identidade visual.

Houve, também, a preocupação de trazer elementos que representassem a personalidade da marca, como acessível, confiável e persistente na acolhida do ser humano.

Dentre os elementos escolhidos para compor o logotipo, está a cruz, símbolo forte para a Copiosa Redenção, o coração como o sinal de gesto concreto e a porta aberta para todos, demonstrando assim o que o próprio fundador expressava.

Símbolos:

A marca

Como colaborar com o Projeto social

A nova fase do projeto também inicia um novo tempo na campanha “Amigos da Redenção”, convidando a sociedade a participar como colaboradora dessa missão. A Campanha que já existia como forma de contribuir com o trabalho das comunidades terapêuticas da Congregação, agora terá toda sua arrecadação destinada para os trabalhos do Projeto Social Padre Wilton. 

Por meio de doações recorrentes ou pontuais, os Amigos da Redenção ajudam a manter oficinas terapêuticas, atendimentos psicológicos, atendimentos de psicomotricidade infantil, atividades de formação e ações de reinserção social.

De acordo com a assistente social do Projeto, Celine Carvalho, o trabalho exercido visa  ampliar o olhar para a singularidade de cada atendido. “Promovemos um olhar de sensibilização às múltiplas demandas da Dependência Química, concedendo um suporte emocional e social ao adicto e seus familiares, promovendo a inclusão social para contribuir no processo de reabilitação biopsicossocial”, enfatiza Celine.

Clique AQUI para contribuir com o Projeto

A Campanha Amigos da Redenção também ganhou uma nova identidade visual, complementando a missão do Projeto Social.

Nova identidade da campanha:

Com o lançamento da nova identidade visual, a Copiosa Redenção reforça seu compromisso com os pequenos, os feridos e os invisíveis — como tanto insistia o Papa Francisco. E agora, convida a todos para fazer parte desse gesto de amor que transforma.


Mais informações:

📍https://padrewiltonprojetosocial.copiosaredencao.org.br/
📞 (42) 3226-1144 / (42) 9 9955-0157 

📧 projetope.wilton@artecopiosagmail.com

📲 Instagram: @copiosa.redencao

Conclave: “Que seja eleito o Papa que a Igreja e a humanidade precisam”

A Missa Pro Eligendo Romano Pontifice, celebrada na manhã desta quarta-feira, 7 de maio, na Basílica de São Pedro, marca o início do processo de eleição do novo Papa. Presidida pelo Cardeal Decano, dom Giovanni Battista Re, e concelebrada pelos membros do Colégio Cardinalício, o rito solene reuniu milhares de fiéis, que já vivem a expectativa pela escolha do Sucessor de Pedro. Em sua homilia, o Decano exortou os presentes à oração confiante, à escuta atenta do Espírito Santo e ao cultivo da comunhão fraterna:

“Nos Atos dos Apóstolos, lê-se que, após a ascensão de Cristo ao céu e enquanto aguardavam o dia de Pentecostes, todos perseveravam unidos em oração com Maria, a Mãe de Jesus (cf. At 1,14). É exatamente isso o que nós também estamos fazendo, a poucas horas do início do Conclave, sob o olhar da Virgem Maria, colocada ao lado do altar nesta Basílica que se ergue sobre o túmulo do Apóstolo Pedro.”

Invocar o Espírito Santo: atitude justa e necessária

De forma serena e, ao mesmo tempo, precisa, o cardeal Re expressou o sentimento comum da Igreja neste momento decisivo: “Sentimos unido a nós todo o povo de Deus, com seu sentido de fé, de amor ao Papa e de espera confiante.” E acrescentou:

“Estamos aqui para invocar a ajuda do Espírito Santo, para implorar sua luz e sua força, a fim de que seja eleito o Papa de que a Igreja e a humanidade precisam neste momento tão difícil e complexo da história.”

O Decano destacou o peso espiritual do momento e a gravidade da responsabilidade confiada aos cardeais eleitores: “Rezar, invocando o Espírito Santo, é a única atitude justa e necessária, enquanto os Cardeais eleitores se preparam para um ato de máxima responsabilidade humana e eclesial e para uma escolha de excepcional importância; um ato humano pelo qual se deve deixar de lado qualquer consideração pessoal, tendo na mente e no coração apenas o Deus de Jesus Cristo e o bem da Igreja e da humanidade.”

Amor: distintivo da fé cristã

Ao refletir sobre o Evangelho proclamado na liturgia, o cardeal concentrou sua meditação na mensagem central da Última Ceia: “Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 15,13), e destacou que este ensinamento de Jesus é o verdadeiro distintivo da fé cristã:

“O amor que Jesus revela não conhece limites e deve caracterizar os pensamentos e ações de todos os seus discípulos, que devem sempre demonstrar amor autêntico em seu comportamento e empenhar-se na construção de uma nova civilização — aquela que Paulo VI chamou de ‘civilização do amor’. O amor é a única força capaz de mudar o mundo.”

Comunhão e fidelidade ao evangelho

Referindo-se à qualidade fundamental dos pastores — o amor até a entrega total de si mesmos — o Decano afirmou que, nos textos litúrgicos da celebração eucarística, lê-se o convite ao amor fraterno, à ajuda recíproca e ao empenho em favor da comunhão eclesial e da fraternidade humana universal. E completou:

“Entre as tarefas de cada Sucessor de Pedro está a de promover a comunhão: comunhão de todos os cristãos com Cristo, dos bispos com o Papa, e entre os próprios bispos. Não uma comunhão autorreferencial, mas totalmente orientada para a união entre as pessoas, os povos e as culturas — sempre com o objetivo de que a Igreja seja ‘casa e escola de comunhão’. Além disso, há um forte apelo à manutenção da unidade da Igreja, conforme o caminho indicado por Cristo aos Apóstolos. A unidade da Igreja, desejada por Cristo, não significa uniformidade, mas uma comunhão sólida e profunda na diversidade, desde que se mantenha a plena fidelidade ao Evangelho.”

Ato de fé e responsabilidade

“A eleição do novo Papa não é uma simples sucessão de pessoas, mas é sempre o Apóstolo Pedro que retorna”, afirmou Re, reiterando que o Papa “é a rocha sobre a qual a Igreja é edificada” (cf. Mt 16,18).  Referindo-se ao local onde os cardeais expressarão seu voto, o Decano destacou que “os cardeais eleitores expressarão seu voto na Capela Sistina, onde, como diz a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, ‘tudo concorre para avivar a consciência da presença de Deus, diante do qual deverá cada um apresentar-se um dia para ser julgado’.” E evocou as palavras do Papa São João Paulo II no Tríptico Romano:

“Nas horas da grande decisão através do voto, a imagem imponente de Cristo Juiz, pintada por Michelangelo, lembrará a cada um a grande responsabilidade de colocar as ‘chaves supremas’ nas mãos certas.”

O mundo de hoje espera muito da Igreja

Ao concluir sua homilia, dom Giovanni Battista Re fez um apelo confiante à oração de toda a Igreja:

“Oremos para que Deus conceda à Igreja o Papa que melhor saiba despertar as consciências de todos e as energias morais e espirituais na sociedade atual, caracterizada por um grande progresso tecnológico, mas que tende a esquecer Deus. O mundo de hoje espera muito da Igreja para a salvaguarda daqueles valores fundamentais — humanos e espirituais — sem os quais a convivência humana nem será melhor nem beneficiará as gerações futuras. Que a Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, nos auxilie com sua materna intercessão, para que o Espírito Santo ilumine as mentes dos cardeais eleitores e os torne concordes na eleição do Papa de que o nosso tempo necessita.”

Fonte: Vatican News
Crédito imagem: Vatican Media

Encontro das Comunidades Terapêuticas da Copiosa Redenção acontece em Ponta Grossa

No último domingo, 04 de maio, teve início o XIV Encontro das Comunidades Terapêuticas (CT’s) da Copiosa Redenção, um momento anual de formação, troca de experiências e fortalecimento do carisma do acolhimento aos dependentes químicos. O encontro acontece na Comunidade Terapêutica Padre Wilton, localizada na Chácara de Uvaia, em Ponta Grossa (PR), reunindo as equipes das CTs da Congregação, os superiores gerais, membros do Projeto Social Padre Wilton e colaboradores das comunidades de Campo Mourão (PR) e São Sepé (RS), que recebem assessoria metodológica da Copiosa Redenção.

Sob a coordenação de Irmã Fabiane Maria Klein, o encontro deste ano tem como destaque a presença da psiquiatra Dra. Alessandra Diehl, que abordará temas fundamentais como sexualidade, políticas sobre drogas, novas substâncias psicoativas e estratégias de tratamento. Também contribuirão com reflexões espirituais o Padre Valdecir e Madre Tânia, destacando a dimensão espiritual como parte essencial da recuperação.

Programação

O objetivo principal do encontro é capacitar as equipes, alinhar metodologias e reforçar o compromisso com a missão evangelizadora e restauradora da Copiosa Redenção. “É um momento de alinharmos e avaliarmos a aplicabilidade da nossa metodologia nas diversas culturas em que estamos inseridos, além de nos atualizarmos nas políticas públicas dentro desse universo da dependência química”, explica irmã Fabiane.

Durante os três dias de encontro, os religiosos e funcionários que atuam nas CTs participaram de formações sobre a espiritualidade nas Comunidades Terapêuticas, arte como descanso, sexualidade e gênero, diferenças entre dependentes químicos homens e mulheres e o presente e futuro das Comunidades Terapêuticas.

Comunidades da Copiosa Redenção

Atualmente, a Congregação mantém cinco Comunidades Terapêuticas ativas: duas masculinas — Uvaia (PR) e Santa Maria (RS) — e três femininas — Marta e Maria (Porto Alegre), Rosa Mística (RS) e uma unidade em Rondônia. Além disso, presta assessoria às CTs de Campo Mourão e São Sepé, conduzidas atualmente por leigos. Juntas, essas comunidades acolhem dezenas de pessoas em processo de recuperação, incluindo atendimentos na fase externa e ações do Projeto Social Padre Wilton.

O encontro se estenderá até terça-feira (06) e segue como um importante espaço de partilha, estudo e renovação da missão de amor e esperança que guia a Copiosa Redenção no cuidado com os dependentes químicos.

Congresso Âncora mobiliza a Igreja na prevenção do suicídio e no resgate do sentido da vida

Nos dias 2 e 3 de maio de 2025, o Centro Âncora realizou, na FAE Business School em Curitiba, a oitava edição do Congresso Âncora, reunindo cerca de 120 participantes de diversas regiões do Brasil e do exterior. Com o tema “Acolher e Cuidar: a missão da Igreja na prevenção do suicídio”, o evento foi marcado por momentos de espiritualidade, escuta, reflexão e partilha, aprofundando o papel da Igreja e das comunidades no cuidado da vida e na superação do sofrimento.

Cada dia do congresso foi iniciado com a celebração da Santa Missa. A abertura contou com uma fala tocante da Irmã Adenise Somer, que representou a equipe organizadora, destacando a urgência de criar um novo modelo de acolhimento, especialmente no contexto da vida consagrada. “O Congresso é uma forma de ampliar a nossa missão na formação humana da vida religiosa”, destacou.

O Pe. Ildefonso, coordenador da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) no Paraná, presidiu a celebração eucarística de abertura e partilhou o testemunho real de superação de um sacerdote que enfrentou grave depressão e encontrou, na fé e no cuidado integral, a possibilidade de reconstruir sua vocação e sua vida.

Durante os dois dias, os participantes acompanharam conferências que trataram com profundidade temas como o sentido da vida, dor emocional, espiritualidade, culpa, luto, maturidade humana e o papel da vida comunitária na prevenção ao suicídio. Foram destaques:

  • Pe. Lício Vale – “Suícidio: conhecer, acolher e prevenir.”
  • Carlos Grzybowski – “Quando a dor se torna insuportável.”
  • Irmã Silvia Maia – “Acolher as próprias sombras, nutrir a vida e resgatar a mística.”
  • Dr. Cloves Antonio Amorim – “Culpa e luto.”
  • Dr. Maurício Nasser Ehlke – “A ciência como luz em meio à escuridão.”
  • Frei Sidney Damásio – “Vida fraterna como prevenção ao suicídio.”
  • Judith Dipp – “Reencontrando o sentido e promovendo a prevenção do suicídio na vida religiosa.”
  • Ziza Fernandes – “A maturidade humana que vence o medo de viver.”

Aprofundamento da missão

Um dos muitos testemunhos que marcaram o Congresso foi o da noviça Maria de Lurdes Nogueira Santos, da Ordem Terceira da Bem-Aventurada Virgem do Carmo, que participou pela primeira vez e se comprometeu a estar presente nas próximas edições. “Todos os palestrantes foram maravilhosos e bem claros em cada tema que trouxeram para o encontro, momentos de muitas reflexões individuais para cada participante”, afirmou. Ela destacou, especialmente, um trecho da palestra da Dra. Judith Dipp:

“Tudo o que através da quietes tem uma dor. O caminho tem que ser sempre para dentro, para fora, pra frente e para cima. O passado é uma roupa que não nos serve mais. A graça acontece hoje. Comunidade é organismo vivo. Ação permanente e fluir incessante, uma dança no mesmo ritmo ditado pelo Espírito Santo.”

Para Maria de Lurdes, essas palavras se tornaram um verdadeiro poema de vida. Além de religiosa, atua como terapeuta holística e massoterapeuta, e pretende levar essas reflexões às pessoas que atende em sua missão diária.

Durante o evento também foram gravados podcasts com os palestrantes, aprofundando os temas abordados e suas experiências de atuação. Essa série será lançada em breve pelo Centro Âncora e estará disponível gratuitamente nas plataformas digitais.

O VIII Congresso Âncora foi um espaço de profunda escuta, cuidado e compromisso com a vida, com grande participação do público presente, que contribuiu com perguntas, partilhas e vivências.

Acompanhe os próximos passos do Centro Âncora:

Instagram: @ancorarevitalizacao

Youtube/ancorarevitalizacao 

Juntos, seguimos promovendo caminhos de esperança!

VIII Congresso Âncora abre com esperança, fé e compromisso com a vida

O Centro Âncora deu início ao VIII Congresso Âncora, com o tema “Acolher e Cuidar: a missão da Igreja na prevenção do suicídio”, reunindo cerca de 120 participantes na FAE Business School, em Curitiba. Os participantes vieram de diferentes estados do Brasil e até de outros continentes para refletir sobre o sofrimento humano, o luto, a culpa, o sentido da vida e os caminhos de acolhimento e prevenção ao suicídio.

Irmã Adenise Somer abre o congresso com mensagem de esperança

A Irmã Adenise Somer, em nome da equipe organizadora do congresso, deu as boas-vindas com uma fala tocante e profunda. Ela destacou a importância de construir um novo modelo de acolhimento, sobretudo para pessoas que sofrem no contexto da vida consagrada.

“Sentimos de perto as dores da Igreja e da humanidade, e este congresso nasce da esperança de contribuir com respostas concretas e humanas diante do sofrimento”, afirmou.

Ela reforçou que não é possível cuidar e escutar se a própria Igreja estiver mergulhada na agitação e na ansiedade. Com um relato pessoal, contou que viveu como uma “cobra cega”, correndo em todas as direções, até entender que a vida consagrada exige serenidade e profundidade.

“Esse mal não é só meu, é nosso. E por isso estamos aqui, para compartilhar experiências, conhecimentos e caminhos de superação”, disse.

A irmã também enfatizou que a medicina deve ser uma aliada na prevenção ao suicídio, ao lado da escuta espiritual e comunitária. Finalizou desejando que cada participante viva esse momento como um verdadeiro encontro fraterno, pedindo a bênção de Deus sobre todos.

Pe. Ildefonso celebra a santa missa de abertura e relata testemunho de superação

O Pe. Ildefonso, coordenador da CRB Paraná, presidiu a homilia de abertura. Ele compartilhou a história de um jovem sacerdote da congregação Missionários de Nossa Senhora da Salete que enfrentava sinais graves de depressão, recusava-se a sair do quarto e se isolava das atividades. A liderança da congregação, com apoio do grupo Âncora, internou o sacerdote por dois a três meses.

Hoje, mais de uma década depois, o padre vive com alegria e saúde, seguindo uma rotina de cuidado pessoal, alimentação adequada e prática de exercícios.

“Esse sacerdote se tornou um grande irmão e evangelizador”, celebrou o padre.

Pe. Ildefonso também falou sobre a importância da fé e da experiência com o Cristo ressuscitado. Ele relembrou figuras como Santo Atanásio, que evangelizaram mesmo em tempos de perseguição, movidos por uma profunda convicção espiritual. Para ele, essa experiência de fé oferece sentido à vida e força para superar as adversidades.

Ao refletir sobre o evangelho do dia, o padre destacou o momento em que Jesus, ao ver uma multidão faminta, pergunta a Felipe como alimentá-los. Jesus se apresenta como o “pão vivo”, que sacia e preenche.

“Uma pessoa que experimenta a plenitude de Jesus se sente completa, feliz e integrada”, afirmou, ressaltando a abundância da graça de Deus.

O sacerdote ainda comparou o sofrimento de muitos à busca desenfreada por satisfação, semelhante a uma “cobrança cega”. Segundo ele, somente a experiência profunda com Cristo oferece verdadeira paz.

“Quando estou bem comigo, estou bem com o Senhor”, concluiu, citando o Papa Francisco: “Devemos simplesmente habitar no santuário do Senhor.”

Ao término da celebração os participantes foram convidados a participar da palestra sobre o Sentido da Vida e os caminhos para prevenir o suícido.