Comunicado: Copiosa Redenção encerra trabalhos na Comunidade Terapêutica Antônio e Maria

Após 14 anos servindo na Comunidade Terapêutica Antônio e Maria, no município de São Sepé (RS), a Copiosa Redenção não estará mais a frente dos trabalhos da instituição, a partir da próxima quarta-feira, dia 09 de abril. As atividades com as acolhidas e a comunidade passarão a ser conduzidas pela Associação Amor Exigente Airton Picada Souto, com acompanhamento da metodologia de trabalho da Copiosa Redenção.

Foi com o apoio do então grupo Amor Exigente que as irmãs iniciaram o trabalho de recuperação na cidade, ao longo dos anos mais de 400 mulheres vivenciaram o caminho terapêutico da Copiosa Redenção. Nesse ano, quatro religiosas da Copiosa Redenção estavam a frente dos trabalhos com seis acolhidas.

A Copiosa Redenção encerra as atividades em São Sepé com louvor e gratidão a Deus, a comunidade e a Igreja local, certas de que por graça de Deus, cumpriram a missão de levar o Amor Redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo à muitas mulheres e famílias sem esperança.

A importância de buscar ajuda emocional: recursos e contatos para quem precisa

Buscar ajuda emocional é um passo essencial para superar desafios psicológicos e garantir o bem-estar. Conheça os recursos disponíveis e como encontrar apoio no momento certo.

A vida pode ser desafiadora e, em muitos momentos, enfrentamos dificuldades  que parecem insuperáveis. No entanto, ninguém precisa lidar com essas questões sozinho. Buscar ajuda  é um ato de coragem e uma etapa fundamental para recuperar o equilíbrio e a qualidade de vida.

Infelizmente, muitas pessoas ainda hesitam em procurar apoio, seja por medo do julgamento, falta de informação ou por acreditarem que devem enfrentar tudo sozinhas. No entanto, cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física. Assim como procuramos um médico quando sentimos dor, buscar ajuda emocional pode ser determinante para superar momentos difíceis.

Além dos profissionais especializados, a comunidade e a espiritualidade também desempenham um papel crucial no acolhimento. A Igreja, por exemplo, tem se dedicado cada vez mais ao cuidado emocional dos fiéis, reconhecendo a importância do suporte na prevenção ao suicídio e na promoção do bem-estar psicológico.

Neste artigo, vamos abordar a importância de buscar ajuda emocional, os principais recursos disponíveis para quem precisa e como a Igreja e a sociedade podem contribuir para a construção de um ambiente de acolhimento e de cuidado. 

A busca por ajuda emocional é um passo vital para transformar as dificuldades em oportunidades de superação, e ao entender melhor os recursos ao nosso dispor, podemos dar passos significativos em direção ao equilíbrio mental e emocional.

Reconhecendo os sinais de sofrimento emocional e buscando apoio

Identificar sinais de sofrimento é essencial para promover o bem-estar e prevenir agravamentos. Logo, buscar ajuda é um ato de coragem que pode transformar vidas. 

Muitas vezes, as pessoas enfrentam desafios emocionais em silêncio, seja por medo do julgamento ou por não reconhecerem a gravidade de sua situação. No entanto, reconhecer os sinais de sofrimento  é o primeiro passo para buscar ajuda adequada e evitar complicações mais sérias.

É importante lembrar que o sofrimento psíquico  não escolhe idade, gênero ou classe social. Ele pode se manifestar de formas diferentes em cada pessoa, por isso, é fundamental estar atento às mudanças no comportamento ou nas emoções de quem está ao nosso redor. 

A dor emocional muitas vezes se disfarça em atitudes como o isolamento, a apatia ou até mesmo a agressividade. Quando esses sinais são percebidos, é necessário agir rapidamente para buscar o apoio necessário. 

A ajuda pode vir de diferentes formas, como o suporte de um profissional de saúde mental, a participação em grupos de apoio ou até mesmo a busca por recursos de acolhimento e orientação. Por mais difícil que seja, tomar a decisão de pedir ajuda é o primeiro passo para a recuperação e a proteção da saúde emocional.

​Ajuda emocional: a importância de identificar os sinais de sofrimento

Sinais como tristeza persistente, irritabilidade, isolamento social, alterações no sono e no apetite, além de dificuldades de concentração, podem indicar sofrimento emocional. Estar atento a essas manifestações permite que a pessoa ou aqueles ao seu redor, tomem medidas proativas para buscar apoio e ajuda emocional. 

Segundo Cristiano Nabuco (2021), psicólogo e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), “identificar sinais de sofrimento emocional é essencial para que a pessoa procure ajuda antes que a situação se agrave”. 

Além disso, o psicólogo Dr. Augusto Cury (2020), renomado autor na área de saúde mental, afirma: “muitas vezes, as pessoas não reconhecem esses sinais como um pedido de ajuda e, por isso, acabam se isolando, o que intensifica a dor emocional”.

Reconhecer essas pequenas mudanças pode ser o primeiro passo para buscar apoio emocional e melhorar o bem-estar. Um exemplo claro disso pode ser visto no livro O Vendedor de Sonhos, de Cury, no qual o personagem Júlio César, após tentar o suicídio, é impedido de cometer o ato final por intermédio de um mendigo. 

Este livro demonstra como os sinais de sofrimento emocional podem ser ignorados e como uma intervenção externa pode mudar o rumo de uma vida. Reconhecer essas pequenas mudanças no comportamento pode ser o primeiro passo para buscar apoio e ajuda e, assim, melhorar o bem-estar.

Ajuda emocional: a coragem de falar sobre as emoções

Falar sobre as emoções e compartilhar sentimentos com pessoas de confiança ou profissionais qualificados é um passo essencial para aliviar o peso das emoções negativas. Muitas vezes, a atitude de expressar nossos sentimentos é estigmatizada, como se isso fosse um sinal de fraqueza. 

No entanto, falar sobre nossas dores e desafios é, na verdade, um ato de coragem. Isso demonstra autoconhecimento e uma disposição real de buscar soluções para o sofrimento. Quando nos abrirmos, estamos dando um passo fundamental para o alívio e a cura .

O Centro Âncora reforça a importância de um acolhimento genuíno e de uma escuta ativa, reconhecendo que muitas pessoas carregam suas angústias em silêncio, temendo serem julgadas por procurar ajuda emocional. 

No entanto, quando alguém se permite compartilhar suas emoções, o primeiro passo para a recuperação já está sendo dado. A escuta ativa, como enfatizado pelo Centro Âncora, envolve mais do que ouvir palavras; trata-se de ouvir com o coração, compreendendo as emoções e os sentimentos que as acompanham. 

Esse espaço de acolhimento permite que as pessoas se sintam seguras e respeitadas, criando um ambiente favorável à transformação emocional e ao fortalecimento mental. Falar sobre o que se sente não é sinal de fraqueza, mas um sinal de força interior e de coragem em buscar ajuda emocional.

É um passo decisivo para a construção de uma saúde emocional mais equilibrada e para a prevenção de problemas psicológicos mais sérios, como a depressão e os pensamentos suicidas. Ao buscar apoio e permitir-se expressar, estamos abrindo portas para uma jornada de cura e autocompreensão.

Apoio e recursos disponíveis para a ajuda emocional

Existem diversos recursos acessíveis para quem busca ajuda emocional:

  • Profissionais de Saúde Mental: Psicólogos e psiquiatras são capacitados para oferecer diagnósticos precisos e tratamentos adequados para diferentes transtornos emocionais. O Ministério da Saúde do Brasil disponibiliza uma Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que oferece cuidados em saúde mental, incluindo promoção, assistência e reabilitação.
  • Grupos de Apoio: Participar de grupos onde indivíduos compartilham experiências semelhantes proporciona um ambiente de suporte mútuo e compreensão. Esses grupos podem ser presenciais ou virtuais, oferecendo flexibilidade para os participantes.
  • Centros de Acolhimento: Instituições como o Centro Âncora oferecem acolhimento especializado para sacerdotes, religiosos e religiosas que enfrentam sofrimento emocional, proporcionando um ambiente seguro e suporte profissional.
  • Linhas de Apoio: Serviços como os do Centro de Valorização da Vida (CVV) oferecem atendimento gratuito e sigiloso para pessoas em crise emocional, funcionando 24 horas por dia.​

Reconhecer a necessidade de ajuda emocional e utilizar os recursos disponíveis são passos fundamentais para a recuperação e manutenção da saúde mental. Lembre-se de que buscar ajuda  é um ato de coragem e um investimento no próprio bem-estar.

VIII Congresso Âncora e ajuda emocional: acolher e cuidar para salvar vidas

O sofrimento emocional e as crises psicológicas são questões que afetam muitas pessoas, mas, muitas vezes, são tratadas de maneira silenciosa e isolada. 

A Igreja sempre desempenhou um papel crucial no acolhimento, oferecendo um espaço de conforto e suporte para aqueles que buscam alívio e cura. 

Com isso em mente, o Centro Âncora realizará o VIII Congresso Âncora, com o tema “Acolher e Cuidar: A Missão da Igreja na Prevenção do Suicídio”, abordando questões de vital importância para a saúde  dentro das comunidades religiosas.

Garanta sua vaga: PRIMEIRO LOTE ESGOTADO!

Se você ainda não se inscreveu, não perca a chance de participar deste evento transformador e essencial. O Congresso será uma excelente oportunidade para profissionais, líderes religiosos e interessados em promover o bem-estar emocional dentro da Igreja se atualizarem e se engajarem em discussões profundas e significativas.

Por que participar do Congresso?

Aprenda com Especialistas – Palestrantes renomados, como psicólogos, líderes religiosos e especialistas na área da saúde mental, compartilharão estratégias eficazes para acolhimento e cuidado emocional. Eles fornecerão ferramentas práticas para que os participantes possam identificar sinais de sofrimento, promover o cuidado adequado e agir de maneira eficaz em situações críticas.

 Engaje-se em discussões relevantes – O evento abordará temas essenciais como autopercepção, empatia, o papel da Igreja na prevenção ao suicídio, e como criar redes de apoio dentro das comunidades religiosas. As palestras serão uma oportunidade única para expandir os conhecimentos sobre como a espiritualidade e a saúde mental podem caminhar juntas para oferecer conforto, esperança e ajuda emocional.

 Fortaleça sua comunidade – O aprendizado obtido durante o Congresso ajudará a formar comunidades religiosas mais preparadas e acolhedoras. O conhecimento adquirido contribuirá para a criação de ambientes onde a escuta ativa, a empatia e o apoio sejam valores centrais, proporcionando uma rede de proteção para todos os membros da comunidade.

Este congresso não apenas oferece uma formação enriquecedora sobre prevenção ao suicídio, mas também proporciona uma oportunidade para que todos, especialmente líderes e fiéis, se unam em torno do importante objetivo de salvar vidas por meio do cuidado, ajuda emocional e espiritual. 

A missão da Igreja na prevenção ao suicídio nunca foi tão necessária. Por isso, se você busca fazer a diferença e contribuir para um mundo mais acolhedor e compassivo, não deixe de participar!

Detalhes do Evento

Data: 2 e 3 de maio de 2025
Local: FAE Business School, Curitiba-PR
Inscrições: Segundo lote disponível! 

Acolher, escutar e apoiar são pilares fundamentais para salvar vidas. O VIII Congresso Âncora é uma oportunidade única para refletir sobre como podemos, juntos, fortalecer redes de cuidado  dentro da Igreja. 

O grande interesse pelo evento confirma a urgência desse debate. O primeiro lote de inscrições já esgotou, e as vagas para o segundo lote são limitadas! Não deixe para depois: inscreva-se agora e garanta sua participação neste encontro essencial para discutir o papel da Igreja no cuidado e na prevenção ao suicídio.

 INSCREVA-SE AGORA MESMO 

Lembre-se: sua participação pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas.

A vida fraterna como prevenção ao suicídio 

No segundo dia do VIII Congresso Âncora, Frei Sidney Damasio conduziu uma palestra inspiradora sobre o papel da comunidade na prevenção do suicídio, enfatizando que acolher e cuidar são essenciais para uma vida fraterna autêntica. Com base em reflexões teológicas e na experiência cristã, ele apresentou aspectos fundamentais sobre como a comunidade pode ser um refúgio para os que sofrem, oferecendo acolhimento, pertença e identidade.

Fraternidade como caminho para o cuidado

Frei Sidney destacou que a fraternidade não é apenas um conceito religioso, mas uma necessidade existencial. Inspirado na exortação apostólica Gaudete et Exsultate, ele reforçou que a santificação é um caminho comunitário, realizado dois a dois, na partilha e no cuidado mútuo.

A comunidade é chamada a ser um espaço de escuta, formação, amadurecimento e serviço, onde cada pessoa pode se sentir verdadeiramente reconhecida e valorizada. Ele ressaltou que Jesus encontrava descanso em sua comunidade, e que essa mensagem precisa ser vivida plenamente no cotidiano cristão.

Os “não lugares” e o desafio da humanização

Um dos pontos centrais da palestra foi a reflexão sobre os “não lugares”, ambientes de anonimato onde as relações são superficiais e desumanizantes. Frei Sidney alertou que esses espaços—sejam sociais ou até dentro de lares—podem agravar o isolamento e a vulnerabilidade emocional. Ele enfatizou que é essencial transformar a comunidade em um espaço de pertença, onde a identidade das pessoas seja fortalecida.

A casa e a Igreja não podem ser apenas estruturas físicas, mas devem se tornar lugares de acolhimento e personalização, onde cada indivíduo encontra abrigo, apoio e renovação espiritual.

A comunidade cristã e a construção de relações fraternas

A reflexão sobre a comunidade foi aprofundada com o conceito de autopoiesis, que descreve a Igreja como um organismo vivo que se constrói continuamente. Para que haja crescimento verdadeiro, é necessário relativizar o individualismo e cultivar laços de comunhão.

Frei Sidney recordou que todos nascemos duas vezes:

  • Na natureza, para a vida.
  • Na sociedade, para a existência, pois nossa identidade se constrói sob o olhar do outro.

Ele alertou que o isolamento leva à alienação e ao sofrimento, mas que a luz da fé nos ensina que somos reconhecidos por Deus e irmanados com todos.

Caminhar juntos: perdão, unidade e missão

Outro ponto crucial da palestra foi o papel do perdão e da reconciliação na comunidade cristã. Segundo Frei Sidney, a unidade não significa ausência de conflitos, mas sim a capacidade de superar desafios juntos, construindo uma fraternidade baseada no amor e na misericórdia.

A Igreja precisa ser um espaço de transformação, onde a vida comunitária é alimentada por escuta, oração e serviço. Citando documentos como Fratelli Tutti, ele reforçou que o caminho para o amor fraterno passa pela cruz, pela negação do individualismo e pela afirmação do outro como pessoa.

Um chamado à comunidade viva e ativa

Concluindo sua palestra, Frei Sidney reafirmou que a comunidade cristã é a expressão do Corpo Místico de Cristo, integrando seus membros pelo Espírito Santo e construindo relações baseadas na caridade e na paz.

O VIII Congresso Âncora continua com reflexões profundas, reforçando a missão da Igreja como espaço de acolhimento, cuidado e fraternidade, essencial para a prevenção do sofrimento e do suicídio.

Como a comunidade religiosa pode ser um porto-seguro para quem está em sofrimento

Como a comunidade religiosa pode ser um porto-seguro para quem está em sofrimento

A importância da comunidade religiosa como refúgio espiritual e emocional

Em um mundo cada vez mais marcado por desafios emocionais, a comunidade religiosa emerge como um porto-seguro para aqueles que enfrentam angústias profundas. A fé e a fraternidade oferecem um ambiente acolhedor, onde o sofrimento pode ser compartilhado e aliviado. A missão da Igreja, fundamentada nos ensinamentos de Jesus, é acolher e cuidar, proporcionando um espaço seguro para todos os que sofrem.

Por que a comunidade religiosa deve ser um porto-seguro?

Em tempos de dor e incerteza, a comunidade religiosa deve ser um espaço de acolhimento e de esperança. Veja como a fé, o convívio fraterno e o exemplo de Jesus podem transformar vidas. 

  1. A fé como sustentação emocional: A fé cristã oferece sentido à vida e fortalece aqueles que atravessam momentos difíceis. A confiança em Deus e nos ensinamentos de Cristo proporciona esperança e resiliência.
  2. A vida comunitária como espaço de acolhimento: O convívio com irmãos e irmãs na fé cria uma rede de apoio essencial. Compartilhar experiências e desafios em um ambiente de compreensão mútua pode ser um alívio significativo para quem enfrenta crises emocionais.
  3. O exemplo de Jesus: Jesus sempre acolheu os que sofriam, sem julgamentos ou preconceitos. Seguir Seu exemplo implica em oferecer amor incondicional e apoio a todos que buscam refúgio na comunidade.

Os desafios do sofrimento emocional dentro da Igreja

  1. O tabu do sofrimento emocional no meio religioso: Muitos fiéis ainda sentem vergonha de demonstrar vulnerabilidade, temendo que sua fé seja questionada. É crucial desmistificar essa percepção e promover uma cultura de abertura e compreensão.
  2. O risco do isolamento dentro da comunidade: Quando o sofrimento não é compreendido, a pessoa pode se afastar, agravando seu estado emocional. A comunidade deve estar atenta para identificar e para apoiar aqueles que demonstram sinais de retraimento.
  3. A importância da escuta sem julgamentos: Muitas vezes, a pessoa precisa apenas de alguém que a ouça com atenção e com empatia. A escuta ativa é uma ferramenta poderosa de cura e acolhimento.

Como a comunidade religiosa pode ser um porto-seguro na prática?

Para que a comunidade religiosa seja um verdadeiro porto-seguro, é essencial transformar o acolhimento em ação. Veja como criar um ambiente de apoio e empatia na prática. 

  1. Criar um ambiente de acolhimento: As comunidades podem fortalecer a cultura da empatia, promovendo ações que incentivem a compreensão e o apoio mútuo. Eventos comunitários, grupos de apoio e momentos de convivência são oportunidades para estreitar laços e oferecer suporte.
  2. Desenvolver uma escuta ativa e compassiva: Ouvir sem pressa, sem julgamentos e com verdadeiro interesse é fundamental. Treinamentos e oficinas podem capacitar os membros da comunidade a aprimorar suas habilidades de escuta.
  3. Promover espaços de partilha e de apoio: Grupos de oração, rodas de conversa e acompanhamento pastoral são essenciais para que os fiéis compartilhem suas experiências e encontrem apoio. Esses espaços devem ser seguros e confidenciais, incentivando a abertura e a confiança.
  4. Capacitar líderes religiosos para lidar com sofrimento emocional: A formação contínua é vital para que líderes estejam preparados para identificar e auxiliar aqueles em sofrimento. Programas de capacitação em saúde mental e aconselhamento pastoral são investimentos valiosos para a comunidade.
  5. Encaminhar para ajuda profissional quando necessário: É essencial discernir quando é preciso buscar apoio especializado, reconhecendo os limites da atuação pastoral e valorizando a colaboração com profissionais de saúde mental.
  6. Oferecer suporte sem minimizar a dor do outro: Validar os sentimentos alheios e oferecer apoio genuíno fortalece os laços comunitários e promove a cura emocional.

A realidade do sofrimento emocional entre líderes religiosos

É importante reconhecer que o sofrimento emocional não se restringe aos fiéis; líderes religiosos também enfrentam desafios significativos. Frei Vagner Sanagiotto, frade carmelita (Comissariado Geral do Paraná), psicólogo, doutorando em Psicologia (Pontifícia Universidade Salesiana – Roma/Itália), falando sobre tema ao Vatican News destacou que “o sofrimento psíquico do padre ou do/a religioso/a consagrado/a pode se manifestar na psicopatologia, tais como depressão, ansiedade, estresse, burnout etc”. A saúde mental desses líderes é fundamental para o bem-estar de toda a comunidade, pois “o padre, o religioso, a consagrada que está bem consigo mesmo vai servir melhor ao Reino de Deus”.

A situação da saúde mental no Brasil

Esses desafios se tornam ainda mais urgentes quando analisamos os dados apresentados na matéria sobre a Campanha Janeiro Branco, que destaca a situação da saúde mental no Brasil. Segundo pesquisas do Global Mind Project, o país enfrenta desafios significativos no bem-estar emocional pós-pandemia. Entre os entrevistados, 34% relataram angústia e 38% estão em processo de recuperação, sendo os jovens abaixo de 35 anos os mais afetados.

Além disso, a prevalência de transtornos mentais no Brasil é alarmante. O país lidera o ranking mundial de transtornos de ansiedade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e tem a maior prevalência de depressão na América Latina, sendo o segundo nas Américas. Dados recentes da pesquisa Covitel 2023, apresentados na Campanha Janeiro Branco, apontam que 26,8% dos brasileiros receberam diagnóstico médico de ansiedade.

Impacto devastador

O impacto desses transtornos pode ser devastador, especialmente entre os jovens. Entre 2011 e 2022, a taxa de suicídio nessa faixa etária cresceu 6% ao ano, enquanto as notificações por autolesão aumentaram 29% anualmente. Na população em geral, o crescimento médio foi de 3,7% ao ano para suicídios e 21% para autolesões, evidenciando uma crise silenciosa na saúde mental. Entre os anos 2000 e 2019, os casos no Brasil aumentaram 43%, segundo a Fiocruz.

Diante desse cenário, é essencial que a Igreja esteja preparada para acolher e cuidar de todos. Criar espaços de partilha, promover formações sobre saúde mental e incentivar o cuidado emocional dentro da vocação são passos fundamentais para que a comunidade religiosa seja, de fato, um porto-seguro para todos.

Um convite especial para você

Transformar nossas comunidades em verdadeiros portos-seguros requer compromisso e ação. O VIII congresso Âncora é uma oportunidade única para aprofundar esse tema e adquirir ferramentas práticas para implementar mudanças significativas. Participe e fortaleça sua missão de acolher e cuidar!

Quer entender melhor como sua comunidade pode ser um refúgio para quem sofre? Participe do Congresso Âncora e fortaleça sua m