Por que as freiras e os irmãos da Copiosa usam hábito

Grande parte das comunidades religiosas adotam o hábito como norma, quando o assunto é a vestimenta dos membros. E com a Congregação da Copiosa Redenção, não é diferente!

As vestes são o símbolo externo de pertença a Deus. Mas não existe uma, mas vários modelos e cores de vestes para distinguir os milhares de religiosos e religiosas em todo o mundo.

Contudo, hoje, é sobre o hábito das freiras e dos irmãos da Copiosa Redenção que vamos aprender!

Como foi criado o hábito da Copiosa Redenção

Existem duas versões que fundamentam as raízes históricas do hábito das religiosas da Copiosa Redenção que se complementam.

O padre Wilton de Moraes, ao planejar a fundação da Congregação, já pensava também em como deveria ser o hábito que as suas religiosas usariam. Então, quando recebeu a visita da Irmã Maria Moreira da Motta Santos, que na época era professora, ela vestia-se com uma saia azul e uma camisa branca. Dessa forma, ele contou que certa vez, em um retiro, essa foi a inspiração que ele teve para definir as vestes religiosas. Logo, essa professora viúva foi uma das primeiras candidatas a entrar para a Congregação.

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A outra versão sustenta ou acrescenta que as cores do hábito das religiosas da Copiosa Redenção são azul e branco por causa das vestes de Nossa Senhora Imaculada Conceição.

O que é plenamente justificável porque a Congregação Copiosa Redenção foi fundada em 8 de dezembro de 1989 – no dia da Imaculada.

Além disso, o padre Wilton nos seus últimos tempos de vida, com sua saúde já bem debilitada, teve uma crise de choro. E ele dizia a então Madre Superiora da Congregação que não era para as Irmãs deixarem de usar o hábito por nada. E ele repetia isso constantemente.

Quanto aos irmãos da Copiosa Redenção, o padre Wilton fundou em 1997. Logo, o hábito dos irmãos religiosos é obrigatório e segue as mesmas cores das religiosas: o azul e o branco.

Além disso, assim como as irmãs, também os irmãos devem estar com o hábito nos momentos de orações comunitárias na Capela e nas Adorações Eucarísticas.

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O que o hábito representa para os irmãos e irmãs da Copiosa Redenção

Segundo as Constituições da Congregação da Copiosa Redenção:

  •  O “hábito tem um significado de uma liberdade sempre mais profunda diante de Deus e do mundo”;
  • É “sinal de consagração total a Deus”;
  • É “uma profecia evangélica neste mundo marcado pela imagem do corpo, pelo sexo, pela moda e pelo dinheiro”;
  • O hábito da Congregação “é sinal de pertença”, e identifica o religioso ou religiosa no mundo com o Carisma e o Trabalho Pastoral da Congregação;
  • “Representa em si mesmo um sinal de pobreza, mas não de miséria ou deleixo”.

O hábito e as etapas formativas das irmãs na Congregação

Ainda segundo as constituições e estatutos, as irmãs usam o hábito próprio da Congregação, observando a sua unidade. E quando for necessário adotar alguma diversidade em razão de clima ou das regiões de Missão, caberá ao Conselho Geral determinar a devida adaptação.

Logo, um candidato ou candidata à vida religiosa na Copiosa Redenção, ao iniciar seu processo formativo, também passa a usar o hábito, sendo que cada etapa possui suas características. Então vejamos!

Aspirantado e o hábito religioso

Fase de adaptação que favorece o conhecimento da vida religiosa.

Hábito próprio: saia azul marinho, camisa branca e colete azul marinho ou branco, calçado preto e a medalha de Nossa Senhora Maria Mãe da Divina Graça. Nas solenidades, usa-se somente o branco (colete ou blusa).

Postulantado e sua veste

Divide-se em duas fases: Identificação e Internalização.

Hábito próprio: saia cinza, camisa branca e colete cinza ou branco, calçado preto e a medalha de Maria Mãe da Divina Graça. Nas solenidades usa-se somente o branco (colete ou blusa).

O hábito para o Noviciado

Compreende duas fases: Fase da Configuração (Noviciado Canônico) e Fase de Inserção Apostólica.

Hábito próprio: saia cinza, camisa branca, colete cinza ou branco, véu branco, calçado preto e a Medalha de Maria Mãe da Divina Graça. Nas solenidades usa-se somente o branco (colete ou blusa), usa-se o hábito oficial.

Juniorato: etapa em que a religiosa recebe a cruz

Etapa que compreende 3 fases: Fase da Imersão, Fase da Individuação, Fase da Revitalização.

Hábito próprio: saia azul royal, camisa branca, colete azul ou branco, véu branco, calçado preto e a Cruz de Cristo Sacerdote. Nas solenidades usa-se somente o branco (colete ou blusa), usa-se o hábito oficial.

Contudo, no dia da profissão temporária, a irmã receberá a cruz tradicional da Congregação. A cruz escolhida para fazer parte do hábito possui uma relação importante com a teologia de São João. É o Cristo crucificado, mas não despojado de suas vestes. A Carta aos Hebreus nos apresenta Cristo Sacerdote e Pontífice, ponte que liga a terra ao céu (Hb 8). Ao mesmo tempo, a cruz apresenta Cristo Eucarístico: oferta e sacerdote, aquele que oferece a si mesmo como vítima de expiação dos pecados (Hb 10).

Sendo assim, possui duas dimensões do Mistério da Fé: a crucificação e a ressurreição. Mostra o brilho de Cristo ressuscitado através do brilho da cruz. E pode-se, através dela, contemplar a ressurreição. Sobre Ele está também a presença do Espírito Santo, por obra do qual o milagre Eucarístico acontece. E há ainda uma coroa real sobre Jesus, não uma coroa de espinhos, o que nos remete à realeza da qual somos revestidos através do Batismo. Cristo Rei e Sacerdote, que nos faz, pelo Batismo, participar de sua realidade Divina.

Irmãs professas e o seu hábito

As irmãs que já emitiram os votos perpétuos também têm hábito próprio, que consiste em: saia azul royal, camisa branca, colete azul ou branco, véu branco, calçado preto, a Cruz de Cristo Sacerdote e a aliança. Nas solenidades usa-se somente o branco (colete ou blusa), usa-se o hábito oficial.

No dia da profissão perpétua, a irmã recebe a aliança tradicional da Congregação. E como parte do hábito, a aliança tem seu sentido mais profundo no amor esponsal da Igreja por seu Esposo Jesus Cristo, como afirma o texto do Apocalipse: “Vem, vou mostrar-te a Esposa, a mulher do Cordeiro” (Ap 21,20).  Logo, o amor esponsal é um sinal da união mística entre a pessoa e Cristo. E assim a aliança se torna símbolo da profunda intimidade entre Cristo e sua Igreja, e entre Ele e cada uma das irmãs. A aliança tradicional da Congregação traz em relevo os cachos de uva, que simbolizam, conforme descrição do fundador Pe. Wilton, a irmã como uva que será amassada para que o Eterno Sacerdote celebre a única Missa da sua vida, no dia da sua chegada ao céu.

Tire um tempinho para ler: Como ser uma freira na Copiosa Redenção

O hábito para os irmãos na Copiosa Redenção

Semelhante ao caminho das irmãs, os irmãos também passam por um longo tempo formativo até se tornarem sacerdotes.

Logo, essas etapas compreendem: o Aspirantado, o Postulantado, o Noviciado, o Juniorato e, por fim, a Ordenação Sacerdotal.

E é no último ano de Postulando que o jovem se prepara para receber o hábito religioso.

Enfim…

O hábito também serve como marca distintiva da Copiosa Redenção, unindo seus membros sob um mesmo ideal e missão. É um símbolo de comunhão com a comunidade e com a tradição da Congregação.

Como ser um padre da Copiosa Redenção?

A vocação sacerdotal  é um chamado de Deus. O padre da Copiosa Redenção é, portanto, um vocacionado. Desse modo, é Jesus quem escolhe o rumo dos seus, pois assim como diz em João 15,16: “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça. Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda.” 

Ser um sacerdote requer muito discernimento e preparação. Além disso, o sacerdócio é um peso imponderável da Redenção, onde se há felicidade pessoal e eterna do homem para seus irmãos.

Portanto, um padre da Copiosa Redenção passa por algumas etapas, antes de chegar ao sacramento do sacerdócio, são eles:

Aspirantado

É o ano inicial em que o vocacionado conhece a comunidade e se torna conhecido por ela. Por isso, recebe as formações necessárias sobre como se ter uma boa vida comunitária, de fé e costumes religiosos. Portanto, o jovem permanecesse por 1 ano ou – se julgar necessário – no máximo 2 anos.

Postulantado

Além dos estudos acadêmicos de filosofia, esses jovens passam por formações próprias da Congregação, que são formações humanas, espirituais e aprendem o trabalho com os dependentes químicos, além da adoração ao Santíssimo Sacramento. O vocacionado permanecesse nesta etapa por quatro anos. No último ano de Postulando, o jovem se prepara para receber o hábito religioso, onde dali parte para a Itália e realiza o ano canônico de noviciado.

Noviciado do padre da Copiosa Redenção

Neste período o vocacionado segue para a cidade de Mossomelli, na Itália, onde faz sua experiência vocacional. No segundo ano, volta ao Brasil para a cidade de Presidente Médici, em Rondônia. É nesta cidade que acontece o conhecimento da vida pastoral. No final deste processo, faz os votos de pobreza, castidade e obediência, seguindo a regra de vida da comunidade.

Juniorato

No Juniorato, o religioso recém professado deve viver as promessas simples que são renovadas anualmente e fazer os estudos teológicos para poder chegar ao sacerdócio. Se for a vocação do religioso e a intenção da comunidade, esse pode se tornar sacerdote. Por fim vem a ordenação diaconal e depois sacerdotal.

5 formas de ser voluntário e fazer a diferença

Ser voluntário em alguma ação é uma realidade​​ que boa parte da população brasileira já se envolveu. Ou, ao menos, pensou sobre​ o assunto e teve vontade de participar. De acordo com os dados da Pesquisa Voluntariado no Brasil 2021, 34% da população brasileira está envolvida formalmente com alguma atividade voluntária. Mas mais da metade da população já participou de diferentes iniciativas, ainda que informalmente. E a pesquisa indica que, desde a criação da lei sobre o serviço voluntário, em 1998, esse índice cresce a cada ano.

Por essa razão, separamos aqui cinco formas de participar, de ser voluntário, em diferentes tipos de atividades. Mas sejam iniciativas formais ou informais, o importante é aproveitar a oportunidade para transformar a realidade. 

E, se você já pensou em se envolver e não sabe como, fique atento às dicas abaixo.

1. Voluntariado em Instituições Eclesiais

Talvez a forma mais comum de ser voluntário seja em grupos da Igreja Católica. Afinal, ela é a maior e mais antiga instituição com obras de caridade espalhadas pelo mundo. E, de acordo com os indicadores do Anuário Estatístico da Igreja, são mais de 105 mil instituições de caridade de diferentes naturezas.

Espalhada por todos os continentes e países do mundo, uma das principais missões da Igreja é o serviço de caridade. E a fez ter hospitais, ambulatórios, lares de acolhimento de crianças e adolescentes, de idosos, de doentes crônicos, de deficientes, creches, centros de aconselhamento, entre outros. Tudo isso sem contar os serviços de centros educacionais nos diferentes níveis de formação e a própria ação de evangelização das paróquias.

Em todos esses ambientes, há carência de pessoas que se envolvam e se empenhem em realizar obras de misericórdia. Em outras palavras, falta gente que sirva aos irmãos que sofrem. E é por isso que, em todas elas, os voluntários são sempre bem-vindos.

2. Ser voluntário em ações de assistência a famílias necessitadas

Em datas celebrativas, a sociedade se reúne em torno de práticas solidárias que são realizadas por diferentes grupos e instituições sociais. E um exemplo disso é o Natal sem fome: é uma ação que depende quase exclusivamente de voluntários para realizar suas atividades. São essas pessoas que coletam e distribuem alimentos para populações em situação de risco e vulnerabilidade social ao redor do Brasil.

Contudo, a tragédia do Rio Grande do Sul no início deste ano também movimentou o país inteiro em uma corrente de voluntariado. Inúmeros grupos e instituições de diferentes regiões do país somaram quantias incalculáveis para ajudar seus conterrâneos. Eles enviaram: mais de um milhão e meio de litros de água; mais de 350 toneladas de alimento; mais de 130 mil itens de materiais de higiene e limpeza; mais de 350 mil kits de roupas. Tudo isso, além de inúmeras outras doações.

Esse é o tipo de voluntariado que mais envolve os participantes. E também os mais fáceis de serem encontrados.

3. Serviço voluntário no apoio emocional 

Um dos grandes problemas sociais de hoje é o adoecimento emocional pelo qual as pessoas têm passado nos últimos anos. E a Organização Mundial de Saúde revelou que, desde o início desta década, as pessoas têm sofrido mais com isso: quase um bilhão de pessoas de todas as idades foram afetadas por algum tipo de transtorno mental. A OMS relata que uma em cada 100 mortes acontece por suicídio. E mais da metade das mortes registradas por essa causa aconteceu antes dos 50 anos de idade.

Nesse cenário, o Centro de Valorização da Vida realiza um serviço essencial para a população de forma gratuita. Trata-se de um serviço de atendimento a toda e qualquer pessoa. Esse serviço constrói um espaço de escuta anônima e de acolhimento para ajudar a todos no enfrentamento de suas dificuldades, sem julgamentos.

Mas caso seja você quem precise de ajuda, lembre-se: você não está sozinho. Ligue 188 de qualquer lugar do Brasil.

4. Voluntariado em Organizações Não Governamentais (ONGs)

Espalhadas pelo Brasil, as Organizações Não Governamentais têm uma diversidade de atuação e de pautas que dificulta mensurar sua atuação. No entanto, ser voluntário em uma ONG permite atuar em diversas áreas profissionais. E isso permite desenvolver competências e habilidades que muitas vezes são desejadas pelo mercado de trabalho.

Veja nosso outro post, sobre as vantagens de desenvolvimento profissional por meio do voluntariado .

Além disso, quem é voluntário nessas instituições sabe que desempenha um papel extremamente importante para a realização de suas atividades. Afinal, o funcionamento de muitas delas depende diretamente disso. E elas prestam diferentes tipos de serviço: no desenvolvimento comunitário, na saúde, na educação, em defesa dos direitos humanos. Nesse processo, o voluntário além de desenvolver suas próprias habilidades, também promove a transformação direta da realidade social.

5. Ser voluntário em instituições de acolhimento de crianças, adolescentes e idosos

Por fim, em muitas cidades, existem lares de acolhimento que são mantidos por diferentes fontes de verba. São lares para crianças e adolescentes e também casas para idosos.

Quando se fala de crianças e adolescentes, a política brasileira desenvolve ações para construir abrigos em diferentes cidades. Isso acontece para garantir minimamente seus direitos como cidadãos. São meninos e meninas que se encontram em situação de vulnerabilidade social: eles passam por abandono dos pais, negligência familiar, violência e exploração sexual, entre outros motivos. E esses lares os acolhem pelo tempo necessário, até que a Justiça possa definir um destino adequado: seja com uma família adotante ou com o retorno para a família de origem. 

Apesar disso, a manutenção dessas casas é dispendiosa. E esses locais costumam aceitar o voluntariado como forma de garantir que o Estatuto da Criança e do Adolescente (o ECA) seja cumprido. Tudo isso para que os direitos dos menores sejam garantidos.

Do outro lado, em uma realidade bem diferente, encontram-se os abrigos para pessoas idosas. Apesar de existirem asilos públicos, em muitas cidades, as casas que acolhem pessoas idosas são entidades privadas. Mesmo assim, elas se mantêm com muitas dificuldades. Por isso, ser voluntário em ambientes como esse também é uma ação importante.

Ser voluntário nesses ambientes permite que o indivíduo possa construir um olhar mais humano. Quem passa por essa experiência, ainda que voluntária, cria um sentimento mais fraterno e acolhedor para com o outro. E é essa empatia pelo próximo que torna o serviço algo mais que uma ação técnica: faz dele uma forma de se colocar no mundo de maneira mais caridosa.

Você pode ser voluntário no Lar Adelaide

No Lar Adelaide, ser voluntário é desejar agir dessa forma caridosa com a pessoa idosa. Isso faz com que o ambiente que construímos aqui seja acolhedor não apenas para o idoso, mas também para a sua família. 

É dessa forma que eles podem superar dificuldades na forma de cuidar uns dos outros. E também é para nós um caminho de aprendizado: aprendemos a ser mais cristãos quando entendemos que ser voluntário é também ser rosto de Cristo para quem necessita.