CNBB promove Campanha para a Evangelização celebrando os 800 anos do presépio

A iniciativa, que ocorre no próximo domingo, 26 de novembro, terá a seguinte temática principal: “Em Belém, casa do Pão, Deus nos faz irmãos”.

No próximo domingo, 26 de novembro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) iniciará a Campanha para a Evangelização 2023, que este ano recordará os 800 anos do presépio, criado por São Francisco de Assis, em Greccio, na Itália, no Natal de 1223.

Em Belém, casa do Pão, Deus nos faz irmãos

Seguindo como temática principal “Em Belém, casa do Pão, Deus nos faz irmãos”, a iniciativa contará com uma Coleta para a Evangelização, prevista para ocorrer nos dias 16 e 17 de dezembro, terceiro domingo do Advento.

Os valores arrecadados com a coleta serão divididos em três partes e distribuídos da seguinte forma: 45% ficará na própria Diocese da coleta; 20% será destinado ao respectivo regional da CNBB, e 35% será enviado à sede nacional da CNBB, em Brasília.

Sustentação das atividades evangelizadoras da Igreja no Brasil

Segundo Dom Ricardo Hoepers, Bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da CNBB, o objetivo da campanha é o de “mobilizar os católicos para assumir a corresponsabilidade da sustentação das atividades evangelizadoras da Igreja no Brasil”.

Além disso, “queremos também com essa campanha contemplar este sinal admirável do presépio no meio de nós, em nossas casas, em famílias e em nossas comunidades”, concluiu, recordando que a Campanha para a Evangelização foi criada pela CNBB em 1998.

Motivação para que se retome a montagem do presépio

De acordo com o Padre Jean Poul Hansen, assessor do Setor de Campanhas da CNBB, serão enviados às Dioceses envelopes e quatro pequenos folhetos, com o objetivo de incentivar às famílias a rezarem em sintonia com a Campanha.

Em cada um dos folhetos haverá um QR Code com a indicação de um vídeo para que as famílias assistam e compartilhem em suas redes sociais, além de uma motivação especial para que se retome a montagem do presépio. (EPC)

Fonte: GaudiumPress

Aborto: CNBB divulga nota contra pauta no STF

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota, nesta quinta-feira, 14 de setembro, sobre o pedido de inclusão em pauta da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442 no Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação pleiteia a possibilidade de descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. No texto, os bispos reafirmam o posicionamento contrário ao pedido feito na ADPF: “jamais aceitaremos quaisquer iniciativas que pretendam apoiar e promover o aborto”.

“Jamais um direito pode ser exigido às custas de outro ser humano, mesmo estando apenas em formação. O fundamento dos direitos humanos é que o ser humano nunca seja tomado como meio, mas sempre como fim”, reforçam os bispos. Na nota, também recordam a posição “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”, diz um trecho do documento.

Outro destaque é o entendimento que os pedidos da ADPF 442 “foram conduzidos como pauta antidemocrática pois, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal (STF) uma função que não lhe cabe, que é legislar diante de uma suposta e inexistente omissão do Congresso Nacional”.

A Presidência da CNBB salienta que “se até hoje o aborto não foi aprovado como querem os autores da ADPF não é por omissão do Parlamento, senão por absoluta ausência de interesse do Povo Brasileiro, de quem todo poder emana, conforme parágrafo único do art. 1º da Constituição Federal”.

Leia a Nota na íntegra:

NOTA DA CNBB
VIDA: DIREITO INVIOLÁVEL

“Propus a vida e a morte; escolhe, pois a vida” (Dt 30,19).

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de sua Presidência, reafirma sua posição em favor da vida desde a concepção.

Diante do pedido de inclusão em pauta da ADPF 442 (2017), no Supremo Tribunal Federal (STF), que pleiteia a possibilidade de aborto legal até a 12ª semana de gestação, reafirmamos que “o aborto constitui a eliminação de uma vida humana, trata-se, pois, de uma ação intrinsecamente má e, portanto, não pode ser legitimada como um bem ou um direito” (Vida: Dom e Compromisso II: fé cristã e aborto, Edições CNBB, 2021, n.96).

Jamais um direito pode ser exigido às custas de outro ser humano, mesmo estando apenas em formação. O fundamento dos direitos humanos é que o ser humano nunca seja tomado como meio, mas sempre como fim. “Ninguém nunca poderá reivindicar o direito de escolher o que mais convém por meio de uma ação direta que elimine uma vida humana, pois nenhuma pessoa tem o direito de escolha sobre a vida dos outros” (Vida: Dom e Compromisso II, n. 97).

“A decisão deliberada de privar um ser humano inocente da sua vida é sempre má, do ponto de vista moral, e nunca pode ser lícita nem como fim, nem como meio para um fim bom” (Evangelium Vitae, n. 57).

Como já nos manifestamos em 2017, por meio de Nota “Pela vida, contra o aborto”, reiteramos nossa posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural. Entendemos que os pedidos da ADPF 442 foram conduzidos como pauta antidemocrática pois, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal (STF) uma função que não lhe cabe, que é legislar diante de uma suposta e inexistente omissão do Congresso Nacional, pois se até hoje o aborto não foi aprovado como querem os autores da ADPF não é por omissão do Parlamento, senão por absoluta ausência de interesse do Povo Brasileiro, de quem todo poder emana, conforme parágrafo único do art. 1º da Constituição Federal.

Informações: www.cnbb.org.br/