Tratamento CR
PROGRAMA TERAPÊUTICO DA COPIOSA REDENÇÃO
Nosso Programa Terapêutico, realizado nas Comunidades Terapêuticas da Copiosa Redenção, serve de modelo para várias comunidades que também trabalham com pessoas em situação de drogadição.
Nossa fundamentação metodológica se dá através da obra “A comunidade terapêutica, teoria, modelo e método”, de George De Leon – estudioso americano considerado um dos maiores pesquisadores sobre CT’s da atualidade. O programa prevê a atestação da evolução clínica do indivíduo através do progresso em um sistema de fases.
A METODOLOGIA
A metodologia que nos permite atingir os objetivos prefixados é a da Comunidade Terapêutica. Este método possui postulados próprios e metas específicas a serem buscadas. As metas são atingidas por meio da mudança do estilo de vida e da reestruturação da identidade do acolhido (a).
Para isso, o programa terapêutico é dividido em fases, o que proporciona uma avaliação do crescimento pessoal por parte da equipe da comunidade e do (a) próprio (a) neste processo.
SISTEMA DE FASES
1º Fase: ADAPTAÇÃO
Esta fase propõe a pessoa para que se adapte ao seu problema de dependência e que, através do início do uso das ferramentas terapêuticas e das reuniões em grupo, possa perceber a necessidade de fazer o programa de recuperação. Que ela se empenhe e compreenda os procedimentos desta metodologia da recuperação. Nesta fase é necessário, ainda, que a pessoa busque confiar no grupo ao qual está inserida.
2ª Fase: INTERIORIZAÇÃO
Como o próprio nome diz, é uma fase onde o olhar retrospectivo, a revisitação da própria história e a busca de um encontro honesto consigo são atitudes fundamentais. As relações intersubjetivas estabelecidas até esta fase, provocam a pessoa a entrar em contato com suas feridas, defesas, projeções, seu estilo relacional, sua cultura, ética, seus valores, a sua capacidade de adaptação, seu sistema familiar e a sua história. Rever estes aspectos da existência é importante para a formulação de um novo projeto de vida.
3ª Fase: REINSERÇÃO SOCIAL
Ela é dividida em duas etapas. A primeira é vivenciada nas instalações da CT, existindo, nesse momento, permissão para sair e realizar visitas periódicas ao seu lugar de reinserção. Possui responsabilidades e funções dentro da comunidade, onde constitui um papel de referência para toda a família da comunidade terapêutica, promovendo a aprendizagem aos outros membros e se transformando em estímulo e motivação para os outros acolhidos.
Já a segunda etapa é a fase externa, realizada fora das instalações da Comunidade Terapêutica. É nela que se prevê o confronto direto do indivíduo com a realidade externa, formativa, de trabalho e familiar. É o momento de enfrentar diretamente o preconceito e as dificuldades de manter-se abstinente, mesmo exposto a inúmeros estímulos e por ser parte do tratamento, não pode ser subestimada.
Esta etapa é carregada de fragilidades e vulnerabilidades, por isso, é acompanhada com atenção pela equipe da CT. Mensalmente, os acolhidos que se encontram nessa fase do processo, retornam… que dá a pessoa a possibilidade de avaliar como tem vivido o processo de prevenção de recaída, o que a permite ter clareza dos seus comportamentos e respostas de enfrentamento diante das situações de risco.