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Irmã Zélia Garcia Ribeiro, CR

Irmã Zélia Garcia Ribeiro, CR

“Leva-me aonde os homens necessitem Tua palavra”. É assim, como na música “Alma Missionária”, da cantora Ziza Fernandes, que a Irmã Zélia Garcia Ribeiro ilustra a sua missão dentro da Copiosa Redenção. 

Primogênita entre os sete filhos que o senhor José e a dona Lazara tiveram, a religiosa é conhecida internacionalmente pelos seus retiros. Logo, ela busca levar a Redenção do Senhor a muitos corações. Seja através de seus livros, seja pelas suas redes sociais – que somam mais de 300 mil seguidores apenas no instagram. Além disso, ela também tem um programa de televisão. 

Ela é natural da cidade de São Pedro do Ivaí/PR, nascida em 25 de abril de 1967, com mais de 23 anos voltados para a vida religiosa. Assim, Irmã Zélia realiza sua missão de levar a Palavra de Deus por meio da internet ou em retiros, que prega em diversas partes do Brasil e do mundo.



As lembranças da infância


Muitos não imaginam que Irmã Zélia, hoje muito respeitada por onde passa, durante a infância foi uma menina arteira. Ela adorava brincar com seus primos, na área rural de São José do Rio Claro/MT, e subir em árvores para pegar frutos. 

Foi em uma dessas brincadeiras que caiu e quebrou a perna. É neste momento que ela percebeu uma das primeiras ações de Deus em sua vida. Foi onde “Deus me treinou para a superação, onde eu pudesse superar pequenas coisas para mais tarde outras maiores”, testemunha.

Assim como qualquer pessoa, a Irmã também teve seus momentos de dificuldade. Por morar longe da cidade, a religiosa andava cerca de 10 km para ir da sua casa até a escola mais próxima. Durante todo o trajeto a jovem ia rezando.

Porém, tudo mudou quando seu pai, seu José, a presentou com uma bicicleta, que ganhou após ter tirado notas altas na escola. Se antes o caminho era realizado a pé, depois disso passou a ser feito rapidamente, sobre duas rodas. 

Além disso, a bicicleta também era usada para ir semanalmente à catequese, onde ela conheceu a importância da gratidão: “Eu me lembro da minha professora de catequese; ela se chamava Sueli, jamais me esqueci dela, pois foi com ela que aprendi a render a Deus gratidão e sempre louvá-Lo”. 



Fatos da sua juventude


Porém, como em toda família, pequenas discussões fizeram parte do meio em que a Irmã Zélia viveu. Na adolescência, apesar de ser calma, quieta e de não gostar de confusões, uma briga que aconteceu com seu irmão, a marcou. A situação foi grave, pois ela chegou a ser agredida. Entretanto, seu pai, ao tomar conhecimento da briga, chamou os dois para conversar. Segundo a religiosa, suas palavras foram importantes para o amadurecimento dos dois irmãos: “Eu criei meus filhos para viver o amor, não a discórdia! Então se entre olhem e peçam perdão um para o outro”, ordenou o pai.

Contudo, este fato, segundo Irmã Zélia, foi para ela uma grande experiência de formação sobre o perdão. Com este fato que aconteceu na sua adolescência, Zélia acredita ter sido motivada, a ponto de tornar-se capaz de exercitar, hoje, o perdão em seu coração. “Graças a Deus hoje não sinto mágoas ou ressentimentos em meu coração. Se eu não gostei de alguma coisa, eu aprendi a chegar e falar, pedir o perdão e dizer o por que que não gostei disso ou daquilo. Essa atitude do meu pai foi maravilhosa e por isso carrego até hoje comigo”.


O sentimento de servir a Deus


Desde pequena, Irmã Zélia acredita que vinha sendo preparada por Deus para um caminho de santidade e de entrega a Ele. Sua atitude de rezar era frequente, fosse junto com sua família ou em seus momentos de oração pessoal. 

Quando criança, chegava até a fugir de seus colegas para não brincar, para estar na presença do Senhor e fazer suas orações. A jovem via muito seus pais de joelhos dobrados, rezando fielmente a Deus.  “Eu aprendi que tinha que crescer rezando. Desde criança eu sabia que tinha uma missão importante na minha vida, só não sabia o que era…”.

Apesar do medo, comum entre os vocacionados, Irmã Zélia sabia que a sua grande arma para o perigo era a oração. Foi com ela que superou os medos que a vida lhe dava. Um desses medos era o de caminhar pelo campo sozinha. Tinha receio de encontrar um meliante ou algo pior na estrada. 

Além disso, outro medo que a religiosa tinha era o de perder seu pai, pois em um período ele ficou muito doente e ela, por ser a filha mais velha, teve que tomar grandes decisões para, de alguma forma, poder ajudar não somente seus pais, mas a seus irmãos. “Eu nunca tive pânico, sempre tive segurança, meus pais me ensinaram a ter uma visão de fé. Hoje até tenho um pouco de medo, mas aquele medo ‘normal’, ou seja, de acontecer algo comigo ou com as pessoas que estão próximas a mim em uma missão”.  

Apesar dos medos, a religiosa enfatiza que o melhor a se fazer nestas situações é pegar o rosário e rezar, pois o medo e a insegurança não agradam a Deus. 


Sua história com a Copiosa Redenção


A paixão pela oração sempre foi muito forte na sua vida. Sequer um domingo ela faltou às celebrações da Santa Missa. O tempo passou e, apesar de ter feito faculdade de bioquímica, o chamado para a vida religiosa veio quando ela tinha 30 anos. 

A convite de um casal, Irmã Zélia foi a Ponta Grossa, no estado do Paraná, para um retiro com o Padre Wilton Moraes Lopes, fundador da Copiosa Redenção. Seriam oito dias de um retiro de silêncio, ministrado pelo Sacerdote. Foi o Padre que levou Zélia e mais o casal que a levou para conhecerem a sua chácara, localizada no distrito de Uvaia, na mesma cidade em que era realizado o retiro. 

No caminho, o sacerdote contou um pouco sobre o seu chamado vocacional e de como ele era realizado nessa vida de entrega a Deus. Enquanto o Padre ia contando as maravilhas de sua vocação, a religiosa então ouviu claramente a voz do próprio Cristo em seu coração: “Minha filha, o chamado que tenho para você é ser uma consagrada, uma missionária da Copiosa Redenção”.  Apesar do Padre Wilton apresentar toda a chácara, Zélia sequer conseguiu prestar atenção nos detalhes daquele local. Logo, ao retornarem para a cidade Irmã Zélia sentiu-se incomodada. Afinal, antes o seu maior desejo era de se casar, ter filhos, ter sua casa, construir a sua família, além de concluir a faculdade de bioquímica e ter um laboratório próprio para exercer a profissão. Mas aquele chamado a tocou profundamente e ela sentia em seu coração a necessidade de partilhar aquilo com alguém.


Um sonho de confirmação 


Ao chegar ao local em que iria dormir, tomou sua chave e conversou com sua colega de quarto sobre o ocorrido. Porém, ela disse para que Zélia não desse atenção a este fato, e que fosse descansar. Apesar disso, a religiosa não dormiu, ficou madrugada adentro pensando no que aconteceu naquela chácara. Conseguiu dormir apenas 40 minutos, o suficiente para ter um belo sonho com o Papa João Paulo II lhe dando um sorriso e traçando o sinal da cruz em sua fronte. Este sonho a deixou confiante de que aquele era o sinal de Deus na escolha da sua vida. 

Desse modo, ao amanhecer a religiosa foi procurar o Padre Wilton, aquele que a havia levado para conhecer a chácara no dia anterior. Ela não contou para ele sobre o sonho que teve, mas falou sobre como Deus havia tocado seu coração para se tornar uma religiosa da Copiosa Redenção a partir da suas palavras. 

E ao concluir aquelas palavras, o sonho que a Irmã teve com o Papa João Paulo II se tornou realidade. O Padre Wilton repetiu aquele gesto: sorriu para ela e fez o sinal da cruz em sua fronte. Ali se deu mais uma confirmação do chamado de Deus para a Irmã Zélia Garcia. “Aqui é minha segunda família […] eu tenho gratidão a cada minuto pelo meu fundador, por ele ser na minha vida um pai, um exemplo, um formador, um reflexo de santidade e luz de Deus em meu caminho”.


Sobre a sua missão


A Irmã Zélia foi admitida ao noviciado da Copiosa Redenção no dia 31 de outubro de 1998. Fez seus votos temporários em 8 de dezembro de 2000, e sete anos depois, em 8 de dezembro de 2007 fez seus votos perpétuos.

Quando se é missionário, muitas histórias de conversão surgem na trajetória de vida daquele que foi escolhido por Deus, para levar a sua Boa Nova. E não foi diferente com a Irmã Zélia. Segundo ela, essas histórias a fazem “crescer na espiritualidade e a desejar ainda mais o céu”. 

Após se tornar uma religiosa da Copiosa Redenção, ela leva a redenção de Deus a muitos corações. Em uma certa missão, após concluir uma noite de louvor e pregação, Irmã Zélia se preparava para ir até a casa de uma família que iria abrigá-la. Ao cheà casa, por volta da 1h da manhã, encontrou um rapaz que lá estava lhe aguardando. Ele dizia que precisava muito falar com a religiosa e ao ser atendido por ela, chorava muito e disse que durante o momento de oração, sentiu-se tocado. 

Confessou que era dependente químico, usuário de cocaína e que naquela noite havia renunciado a tudo aquilo. Foi então que ele entregou nas mãos da religiosa um pacote de drogas e disse que nunca mais iria usar aquilo. Os anos se passaram, aquele jovem se casou e hoje, segundo a Irmã, está cada vez mais engajado na Igreja. “Quando tomamos uma decisão na vida, de mudança, é impossível o Espírito Santo não agir, não fazer o sobrenatural. A cura depende de cada um de nós, do nosso esforço, da nossa entrega, da nossa conversão”.



O apoio familiar na escolha da sua vocação


Apesar de estar com 23 anos de caminhada religiosa, Irmã Zélia não teve o apoio da mãe para seguir a sua vida vocacional. Entretanto, sua família e seu pai se mostraram confiantes e felizes na sua escolha. Apesar disso, segundo a religiosa, Deus trabalhou no coração de sua mãe para que houvesse uma aceitação por parte dela. Não foi por acaso que, na entrada do noviciado – etapa formativa dentro da Copiosa Redenção para as religiosas, sua mãe foi a que mais chorou e pediu perdão à sua filha por não ter aceitado as suas escolhas e as escolhas de Deus. 


Os ofícios da missão


Trabalhar com a missão nem sempre é fácil. Algumas vezes situações delicadas acontecem. Portanto, é necessário estar ungido com a graça de Deus para contornar essas situações. Foi o que aconteceu com a própria Irmã Zélia. Segundo a religiosa, o preconceito está presente até dentro da própria missão: “Eu já sofri preconceito, vários deles, um deles, sobre a minha forma de pregar. Falaram que eu falo muito alto. Depois a mesma pessoa que me disse isso pediu perdão e hoje é uma das que mais me ajudam a evangelizar”, recorda. 

Irmã Zélia, acredita que todas essas situações acontecem para somar em sua vida, para a fortalecer: “Padre Wilton me disse uma vez que se há perseguição, é porque o nosso trabalho é verdadeiramente do Espírito Santo. Então eu louvo a Deus por isso, pois é através da minha voz que consigo converter tantas pessoas, trazer tantas almas para Deus”.


Irmã Zélia e suas devoções


Quando falamos de Irmã Zélia, facilmente associamos suas pregações a grandes ensinamentos sobre Nossa Senhora. A religiosa, que tem grande amor à Mãe de Jesus, busca propagar este amor através de suas lives pelas redes sociais, além de retiros. Segundo a Irmã, foi com Nossa Senhora que ela aprendeu a amar ainda mais a Jesus: “É na escola de Nossa Senhora que eu entro todos os dias para adorar, comungar e amar o Filho Dela”.  

Levando a devoção de Maria por onde passa, Irmã Zélia não possui um título preferido ou de qual seja mais devota. 

Para a religiosa, todas as devoções a Maria são um sinal da Sua beleza, pois ela acredita que ser devoto de Nossa Senhora é como tentar ver algo que há atrás de uma cortina. A cada descoberta, vai se desvendando a beleza que há nela.

O amor a Maria, leva automaticamente a ter um encontro especial com Jesus e, sequencialmente, com Deus, pois Ele é Filho do Criador que se tornou homem e habitou entre nós. Segundo a religiosa, Deus é o Pai amoroso, que ensina perfeitamente através da linguagem do amor. Com Ele, ela pode se doar completamente, fazendo-O pertencer a cada dia da sua vida, da sua história.

Apesar de saber que muitos não creem em Deus, a religiosa acredita que somente com a oração é possível converter o coração daqueles que não creem no Senhor: “Estou orando por elas, pois tenho certeza de que um dia a minha oração fará elas enxergarem Deus e ver o quanto Ele é bom e é o Senhor de suas vidas”.



O reconhecimento através da missão

Irmã Zélia hoje é conhecida internacionalmente. Apesar de todo este reconhecimento, a religiosa não se considera famosa, mas, sim, uma pessoa que leva o seu testemunho de esforço, luta e dedicação para aquilo que Deus a confiou. 

Além disso, ela acredita que deve dar testemunho de santidade para as pessoas e assim não vir a decepcionar a Deus, sua congregação, a Igreja e as pessoas.

“Eu creio que todo este reconhecimento provém totalmente de Deus, Ele quis assim, eu nunca almejei estar onde estou. Deus conhece o meu coração e Ele sabe que para eu estar onde estou hoje, exige muito mais de mim”. 

Ainda sobre a sua missão, Irmã Zélia acredita que todo este reconhecimento provém Dele para uma conversão pessoal: “A única coisa que tenho é o meu pecado, mais nada. Todos estes dons provêm de Deus, é Ele a minha verdadeira fonte. Se Deus me deu uma estrada, um povo, é para que eu continue sendo uma pessoa pequena, humilde e grata”.