Irmã Marlúcia Amaral de Santana nasceu em Rondonópolis/MT, aos 18 de setembro de 1976, filha de: Manoel Amaral de Santana e Adaguimar Maria Santana. Foi batizada na Paróquia Sagrado Coração de Jesus em Rondonópolis aos 08 de fevereiro de 1976. Sua família se mudou para Cuiabá/MT, onde fez a primeira Eucaristia em 18 de novembro de 1984 e a Crisma no dia 05 de fevereiro de 1994.

Estudou junto com o ensino médio o curso técnico em contabilidade. Atual como secretaria em sua paróquia saiu para ingressar na Copiosa Redenção em 14 de fevereiro de 1997 na comunidade formativa do postulantado no Centro de Treinamento de Lideres (C.T.L). No dia 29 de outubro desse mesmo ano ingressou no noviciado, o qual foi realizado na comunidade São João Batista (Lar Adelaide). Em 08 de dezembro de 1999 professou os primeiros votos foi transferida para a Comunidade Santa Tereza D’Avila em Torixoreu/MT, onde se destacou na realização das atividades pastorais, um ano depois assumiu como superiora local dessa comunidade onde permaneceu até 2003.

O ano de 2004 ela compôs a comunidade que cuidava do fundador, na Paróquia Santa Rita, e no final desse mesmo ano, devido às necessidades da Congregação, foi transferida para Porto Alegre/RS para trabalhar na comunidade terapêutica Marta e Maria. Nessa missão contribuiu muito com a vida espiritual das acolhidas e sempre demonstrou grande acolhimento a todas as pessoas que procurava a comunidade.

E no ano de 2006 passou a integrar a comunidade da Casa de Oração em Curitiba no atendimento às pessoas que precisavam de atendimentos e com os grupos de oração. Devido ao problema de deficiência congênita na coluna, visando melhorar sua qualidade de vida, precisou fazer uma cirurgia de alto risco, e para ser atendida adequadamente foi transferida para a comunidade São João Batista, onde permaneceu por dois anos por causa das complicações que demandaram uma segunda cirurgia e um longo e doloroso processo de reabilitação. Nesse sentido, o médico responsável pelas cirurgias, informou que os objetivos propostos não foram alcançados com as intervenções cirúrgicas, conforme previa, mas que elas apenas serviriam para prolongar um pouco mais sua vida, tendo em vista, que a coluna comprimia os órgãos impedindo o pleno funcionamento deles, principalmente dos pulmões. E orientou, para a sua então superiora, Ir. Claudete que estava acompanhada pela Ir. Silvonete, que com essa condição física dificilmente ela chegaria à velhice.

No ano de 2009, já recuperada, foi transferida para a comunidade João Paulo II em Presidente Prudente/SP, que desenvolvia atividades de casa de oração e apoio aos familiares das jovens que passavam pelo programa de recuperação na Comunidade Terapêutica Vitória. Nessa comunidade permaneceu por 7 anos, dos quais 5 foram como superiora. E tornou-se referencia de alegria, acolhida, generosidade e ajudou muitas pessoas a reconstruírem suas vidas e viver uma espiritualidade mais profunda.

No ano de 2016 a Congregação encerrou a missão nesta comunidade então ela foi transferida para a comunidade Santa Terezinha em Junqueirópolis, para auxiliar no processo de recuperação das acolhidas. Nesse período, apresentou um problema sério de saúde durante suas férias com um quadro de embolia, onde permaneceu por quase três meses. Diante dessa realidade foi transferida para casa geral no final desse mesmo ano.

Na casa geral inicio o atendimento às pessoas que precisam de oração. Ela generosamente acolhia cada pessoa com seu sorriso iluminado. Muitas dessas pessoas estavam depressivas e encontraram em suas orações um novo alento. Ela fez toda diferença tanto, na missão com essas pessoas, como na comunidade, colocando seu ser e seus dons de criatividade, de oração e de generosidade a serviço de todos.

Ir. Marlúcia nos deixa um legado, da dedicação ao estudo da palavra de Deus, do catecismo, inteiramente grifado, que estava sempre em sua cabeceira, e de vários cursos de teologia para leigos com um compromisso de servir com qualidade e também  de perseverança, pois mesmo com a cruz das dores constantes, respondeu ao chamado de Deus e viveu na congregação por 20 anos.

Ir. Marlucia foi chamada pelo Pai misericordioso a fazer a sua páscoa no dia 11 de julho de 2017, por ocasião do retiro anual das irmãs, no penúltimo dia da formação do Pe. Wilton, que trabalhava o tema da obediência na vida religiosa e no dia que a Igreja celebra a festa de São Bento.

Hoje celebramos um ano de sua partida para a eternidade e rogamos por ela que como São Paulo pode dizer: (…) combati o bom combate, terminei minha carreira, guardei a minha fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição” (II Tm 4, 5-8).