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Irmã Maria Moreira da Motta Santos

Irmã Maria Motta nasceu no dia 10 de outubro de 1931, em Siqueira Campos/PR, filha de Joaquim Bento da Motta e Ana Moreira de Castilho Motta. Filha de pai ferroviário, onde ele era constantemente transferido, chegou a residir em outras cidades do estado do Paraná, como Jacarezinho, Wenceslau Braz e Ibaiti, sendo esta última cidade, onde concluiu seu ensino primário. 

Voltou para Siqueira Campos ainda na adolescência. Como na cidade não havia ensino além do 5º ano, passou a frequentar o Colégio São Francisco de Assis para aprender trabalhos manuais. Foi neste colégio que conheceu a Irmã Eva Vitória, da Congregação da Sagrada Família, com quem iniciou sua participação mais efetiva na Igreja, como filha de Maria. 

Aos 17 anos foi nomeada professora pelo estado para lecionar na Fazenda Salto Bonito. Três anos depois, foi transferida para lecionar no grupo escolar “Professora Maria Aparecida Chueiry Salcedo.” 

Cursou Letras pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Jacarezinho, enquanto cuidava de sua família e lecionava, concluindo no ano de 1977.

Casou-se com Luiz Amado dos Santos e com ele teve seis filhos: Ana Maria, Luiz Antônio, José Maurício, Olga Regina, Célia Aparecida e Miriam Terezinha. Em 1982 ficou viúva e por estar aposentada, passou a resistir em Curitiba um ano depois.

Neste período, sentiu-se tocada pela ação de Deus, onde a chamava para trabalhar na recuperação de alcoólatras e drogados. Procurou este trabalho em vários locais, mas não o encontrava. Ainda neste tempo, foi convidada para pertencer ao Instituto Secular A.A.S (de segredo) em 12 de agosto de 1984.

Foi em um retiro em Monssuguê, que ela conheceu o fundador, Padre Wilton. Lá ele pediu para que os presentes rezassem por ele: “rezem por mim que Deus está me pedindo algo que eu não sei o que é.” Ali ela sentiu uma manifestação do Senhor em seu coração. 

Em sua biografia, Irmã Maria relatou: […] No retiro de São Clemente, Padre Wilton falava que a obra estava quase delineada, era algo para alcoólatras e mães solteiras, muito vago. Deus preparava meu coração que seria algo comigo. […] No abraço da paz, Padre Wilton me disse: Maria, eu serei ‘pai’ de muitos filhos e você ‘mãe’ de muitos filhos. Fiquei sem voz, não consegui responder nada. No dia seguinte, ele me chamou e convidou para trabalhar na recuperação de drogados e alcoólatras e com mães solteiras, para isso eu teria que me desligar do Instituto Secular que fazia parte. Eu me identifiquei com a obra do Padre Wilton e já me senti desligada do antigo instituto. Só que levei um mês para dar a resposta, pois a responsabilidade era grande, rezei muito, mas Deus me deu a certeza do chamado […] 

No dia 22 de dezembro de 1987 às 8h30 na capela do seminário São Clemente, em Curitiba, Padre Wilton a consagrou em uma cerimônia simples, sem convites, no silêncio. Nem sua família soube. Ali disse seu “sim” na fé, sem saber o que viria depois. Estava vivendo na certeza da vontade de Deus. E foi neste mesmo dia que ela fez seus quatro primeiros votos de obediência, pobreza, castidade e perseverança até a morte.

Fiel na adoração, sempre dizia aos sacerdotes: “não esqueçam de me mergulhar no cálice na hora da consagração”

Ficou cerca de cinco anos acamada e sempre dizia: “Senhor, que eu nunca me esqueça de Te Louvar, mas se um dia eu me esquecer, que o meu respirar seja um eterno louvor.” 

Irmã Maria foi contemplar a face de Deus no dia 01 de fevereiro de 2017.