Conheça a Campanha do Dia Mundial sem tabaco 

Em 1987 a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou o Dia Mundial sem Tabaco, que acontece no dia 31 de maio de cada ano. Logo, o objetivo do evento é alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.

Sendo assim, a cada ano o Instituto Nacional do Câncer (INCA) promove e articula uma grande campanha nacional sobre o tema junto com as secretarias estaduais e municipais de saúde e de educação.

Além disso, também participam o Ministério da Saúde e outros setores do governo federal que integram a Comissão Nacional da OMS para o controle do tabaco.

Por isso, hoje vamos conversar sobre o tabaco, conhecer como ele age no corpo humano e entender seus malefícios. Acompanhe!

Tabaco, uma droga lícita

Algumas pessoas desconhecem essa informação e outras fazem de conta que não sabem, mas o tabaco é sim uma droga que causa dependência química! Mas se é uma droga, por que é comercializada livremente?

Isso acontece porque o tabaco, assim como as bebidas alcoólicas, está classificado como uma droga lícita que justamente tem a comercialização liberada para maiores de 18 anos.

Já as drogas ilícitas são aquelas que têm a venda proibida, ou seja, não são legalizadas, como a maconha, cocaína e outras, cuja comercialização é crime.

Por que o tabaco causa dependência?

A nicotina, que é uma substância psicoativa, é a grande responsável por causar a dependência. Mas ela não está presente apenas no cigarro. É encontrada em todos os produtos derivados, tais como o cigarro eletrônico, charuto, cachimbo, cigarro de palha, narguilé, entre outros.

E a dependência à nicotina está incluída na Classificação Internacional de Doenças da OMS [CID-11].

Ao ser inalada, a nicotina espalha-se pelo sistema circulatório fazendo com que chegue em poucos segundos ao cérebro. E, dessa forma, produz alterações no Sistema Nervoso Central, modificando o estado emocional e comportamental da pessoa. O processo é muito similar ao que ocorre com o uso da cocaína, heroína e do álcool.

Logo, com a inalação contínua da nicotina, o cérebro se torna dependente e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o nível de satisfação que tinha no início. Esse efeito é chamado de “tolerância à droga”. Assim, ao longo dos anos o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais o tabaco.

E com o alto consumo de tabaco, a pessoa acaba desenvolvendo grande risco de doenças crônicas, não transmissíveis, que podem levar à invalidez e até à morte.

Entre as doenças estão diversos tipos de câncer, além de doenças cerebrovasculares, cardíacas, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade, osteoporose, catarata, entre outras. 

Mas não é tudo! O fluxo sanguíneo no pulmão é muito rápido e todo volume de sangue do corpo percorre os pulmões em um minuto. Dessa forma, toda nicotina inalada espalha-se pelo organismo com uma velocidade quase igual à de substâncias introduzidas por uma injeção intravenosa. Por isso que o consumo do tabaco também pode favorecer a tuberculose, infecções respiratórias e outras doenças pulmonares.

E como resultado do tabagismo, todos os anos cerca de 8 milhões de pessoas morrem, de acordo com a OMS.

Razões para deixar o tabaco

Tabagismo é o nome da doença causada pela dependência química da nicotina. E justamente devido a essa dependência, deixar de fumar é um desafio.

Porém, é possível, sim, parar de fumar e para isso é preciso procurar tratamento médico especializado.

E o tratamento oferecido pelo SUS traz melhoria para a qualidade de vida, além de melhorar também a capacidade pulmonar diminuindo a vulnerabilidade a diversas doenças.

Estudos mostram que existem mais de 100 motivos para abandonar o tabaco e que os benefícios para a saúde são alcançados de maneira quase que imediata. Por isso, entre eles, listamos alguns. Confira!

·         20 minutos sem tabaco melhora a pressão sanguínea e a pulsação volta ao normal.

·         Após 2 horas sem cigarro, não há mais nicotina circulando no sangue.

·         8 horas sem fumar garantem que o nível de oxigênio no sangue se normalize.

·         Após 24 horas sem o uso da nicotina, os pulmões já funcionam melhor.

·      Ao deixar de fumar por 2 dias, o olfato sente melhor os cheiros e o paladar reconhece melhor o sabor dos alimentos.

·      Após 3 semanas sem tabaco, a respiração se torna mais fácil e a circulação sanguínea melhora muito.

·         Após 1 ano, o risco de morte por infarto é reduzido pela metade.

·         Após 10 anos sem cigarro, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.

Junho Branco

Você sabia que junho é o mês de Conscientização e Prevenção do Uso de Drogas? Por isso, no Brasil vivemos o Junho Branco.

E como o tabaco é parte do mundo das drogas, sua prevenção e conscientização estão entre os assuntos discutidos no Junho Branco. Por isso, fique atento também aos outros assuntos relacionados a esse tema que postaremos em nosso blog.

E lembre-se: o consumo de tabaco não é recomendado e não existe produto derivado de tabaco que seja isento de danos à saúde. Além disso, não há um nível seguro ou recomendado para uso.

Outro alerta: quanto mais cedo parar de fumar, menor o risco de adoecer. E ainda que o fumante já esteja com alguma doença causada por essa droga lícita, mesmo assim, deixar o tabaco trará benefícios para a saúde.  

Leia também: Educação dos filhos: prevenir é melhor que remediar

Abuso e exploração sexual infantil, precisamos conversar sobre isso!

No dia 18 de maio foi o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infantil e de Adolescentes.

Infelizmente, essa é uma realidade que afeta seriamente o Brasil. Dados do Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), demonstram que a violência sexual contra crianças e adolescentes é a quarta maior causa de denúncia.

As estatísticas indicam que, entre 1º de janeiro e 12 de maio de 2021, foram registradas mais de 6 mil denúncias de violência sexual contra esses públicos. Os números representam 17,5% das 35 mil denúncias no geral recebidas nesse período.

E, em 2022, nos cinco primeiros meses do ano foram registradas 4.486 denúncias de violação dos direitos humanos contra crianças e adolescentes, sendo 18,6% atos de violência sexual.

O mais assustador é saber que, na maioria dos casos, os abusadores são pessoas próximas. Dados de 2021 apontam que em mais de 8 mil casos os criminosos moravam na mesma residência da vítima, sendo que deste mais de 2.500 eram o padrasto ou a madrasta; 2.443 denúncias foram contra o próprio pai; e 2.044 contra a mãe da criança.

Contudo, estima-se que esses números devem ser muito maiores, se levado em consideração que muitos casos não são denunciados por medo.

Além disso, segundo estudos do Disque 100, estima-se que 1 em cada 3 meninas e 1 em cada 6 meninos serão vítimas de algum abuso sexual antes dos seus 18 anos de idade. Um número assustador! E, por isso, foi criado um dia para reforçar a importância em combater o abuso e exploração sexual infantil.

Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infantil e de Adolescentes

Essa data foi criada com o objetivo de mobilizar toda a sociedade brasileira e convocá-la para o engajamento contra a violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes.  

E a escolha do dia 18 de maio para isso não foi à toa. Remonta ao mesmo dia do ano 1973, quando uma menina de 8 anos, de Vitória (ES), foi drogada, violentada e brutalmente assassinada. Logo, os criminosos, jovens de classe média alta, nunca receberam qualquer tipo de punição pelo crime.

Contudo, a forte repercussão do caso causou uma grande mobilização na sociedade local, da época, em busca da defesa dos direitos das crianças e adolescentes. Mas foi apenas em maio de 2000 que a Lei nº 9.970/2000 instituiu o 18 de maio como Dia Nacional ao Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Abuso e exploração, qual a diferença?

O abuso sexual é compreendido pelo ato praticado usando criança ou adolescente para satisfazer o desejo sexual. Já a exploração sexual acontece quando há relação de troca de favores, dinheiro ou presentes com relação a qualquer pessoa.

Além disso, outro meio muito comum de exploração sexual é o incentivo e a promoção da prostituição infantil, a escravidão sexual, o turismo sexual e a pornografia infantil.

No entanto, nem sempre é fácil identificar quando os casos de abuso ou exploração acontecem. Além disso, quando um caso é revelado, costuma-se duvidar da narrativa, principalmente quando o acusado é alguém da família ou alguém do círculo de confiança.

Então, como lidar com esta situação? Vamos falar sobre isso!

O que é possível fazer para combater o abuso e exploração sexual infantil?

Crianças e adolescentes que já sofreram ou ainda sofrem abuso costumam dar alguns sinais comportamentais.  

Logo, talvez a primeira atitude para se combater o abuso e exploração sexual infantil seja estar atento. Alguns sinais são:

  • Mudança de comportamento ou reação diante de uma determinada pessoa do convívio;
  • Proximidade excessiva com alguém de mais idade do que ela;
  • Voltar a apresentar comportamentos infantis que já tinha abandonado, como fazer xixi na cama ou chupar o dedo;
  • Alterações de hábito repentinas, principalmente na escola;
  • Traumatismos físicos, lesões, roxos, dores e inchaços nas regiões abdominais;
  • Gravidez na adolescência.

Ao observar este comportamento, é preciso conversar com a criança ou adolescente para tentar confirmar a suspeita. Sendo assim, especialistas recomendam algumas iniciativas para lidar com o caso. Entre elas: incentivar a criança ou adolescente a falar sobre o assunto, mas sem obrigar e tratar com compreensão; deve-se conversar de maneira simples e clara; é necessário também imediatamente esclarecer que a culpa não é dele ou dela, mas sim do criminoso; acolher e dar carinho.

O que fazer quando um caso de abuso e exploração sexual infantil é confirmado?

É preciso fazer a denúncia do agressor. Logo existem alguns canais de denúncias ao abuso e exploração sexual infantil. Confira as opções!

  • Procurar o Conselho Tutelar da cidade
  • Telefone: Disque 100
  • App: Direitos Humanos Brasil
  • WhatsApp: (61) 99656-5008
  • Denunciar à Polícia Militar ou à Polícia Civil

Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia, que pode ser anônima, por meio destes canais, que funcionam 24h por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.

A denúncia é muito importante para que o criminoso seja punido e para que a criança possa se libertar desse fardo. Além disso, depois da denúncia é preciso oferecer à vítima ajuda psicológica a fim de zelar pela saúde mental da criança ou adolescente que sofreu abuso.

Enfim…

A denúncia é importante e necessária para salvar vidas! É preciso cuidar e proteger nossas crianças.

Conheça o Projeto Livre Soul da Copiosa Redenção!

Pentecostes e a amizade com o Espírito Santo

No evento de Pentecostes, o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos que estavam reunidos no cenáculo em oração e sobre a Virgem Maria, que estava com eles. E na festa de Pentecostes, no calendário litúrgico da Igreja, celebramos este momento e nos abrimos para a vivência dos dons do Espírito

Contudo, hoje vamos entender melhor quem é o Espírito Santo e como Ele atua em nossa vida!

Quem é o Espírito Santo?

O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade. É Deus com o Pai e o Filho, e com o Pai e o Filho recebem a mesma adoração e glória.

Logo, a Palavra de Deus ressalta que “ninguém conhece o que há em Deus, senão o Espírito de Deus” (1 Cor 2,11). E a Igreja nos ensina que “para estar em contato com Cristo, é preciso primeiro ter sido tocado pelo Espírito Santo”. Além disso, é o Espírito Santo que “suscita em nós a fé” (Catecismo, 683).

O Catecismo ainda ensina que o Espírito Santo age juntamente com o Pai e o Filho, desde o princípio até à consumação do desígnio da nossa salvação”. E que é “na Encarnação redentora do Filho que o Espírito Santo é revelado e dado, reconhecido e acolhido como Pessoa” (Catecismo, 686).

A palavra “espírito” vem do hebraico “ruah” e significa “vento”, talvez por isso passe a ideia de ser uma força de Deus, um sopro divino. E o próprio Jesus se utilizou da imagem sensível do vento para sugerir a Nicodemos a novidade transcendente Daquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, ou seja, o Espírito Santo.

Confira também: Escute a nossa playlist ao Espírito Santo

Contudo, Ele é Pessoa de Deus que fala, ouve, se movimenta e, sobretudo, ama. Sendo assim, o Espírito não é algo de Deus inanimado em nós, mas é Pessoa Dele que habita nosso interior: “Acaso não sabeis que sois templo do espírito” (1 Coríntios 6,19).

Ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, Jesus o chama de “Paráclito”, que quer dizer: “aquele que é chamado para junto”, ad vocatus. Além disso, “paráclito” também significa consolador.

Jesus também o chama de “Espírito da verdade”: “Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ele vos ensinará toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e vos anunciará as coisas que virão” (João 16,13).

Pentecostes: o agir do Espírito Santo na Igreja

O Espírito Santo é constantemente invocado nos sacramentos da Santa Igreja. Somos batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Também, quando somos perdoados no sacramento da penitência, recebemos o perdão em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Assim também com todos os demais sacramentos, como crisma, matrimônio, ordem, unção dos enfermos.

Contudo, na Solenidade de Pentecostes a Igreja festeja a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos, que estavam reunidos no mesmo lugar. A presença do Espírito Santo em Pentecostes inundou a todos com um vento. E apareceram como que línguas de fogo que pousaram sobre cada um dos apóstolos, que logo começaram a falar outras línguas, conforme o próprio Espírito Santo lhes concedia de se exprimirem (cf. At 2,1-4).

Portanto, Pentecostes é a festa da unidade na diversidade, é a festa do amor de Deus manifestado em Jesus Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Jo 14,6).

No evento de Pentecostes, os apóstolos receberam a força e os dons do Espírito Santo, para que pudessem ser testemunhas de Jesus Cristo por onde andassem e até os confins da terra (cf. At 1,8).

E o Espírito Santo veio sobre eles por pedido de Jesus ao Pai para a ação na Igreja e no mundo, em vista da unidade com Deus e pela salvação dos povos, como dom de Deus para todos.

O agir do Espírito Santo em nós é um constante pentecostes

São Cirilo de Jerusalém, bispo do século IV, explicou que o Espírito Santo é onipotente, grandioso e extraordinário nos dons do qual Ele se faz portador.

Que Ele age eficazmente em meio a pessoas de paz, bem como age no interior daqueles que amam a Deus e ao próximo. Além disso, São Cirilo também diz que o Espírito Santo conhece a natureza das pessoas, discernindo os pensamentos, a consciência e tudo aquilo que é pronunciado ou se faz na agitação da mente.

Logo, a ação do Espírito Santo acontece em todas as pessoas de bem, ou seja, não apenas na pessoa dos bispos, presbíteros, diáconos, monges e religiosos, mas na pessoa de todos os fiéis leigos e leigas.

Ele é o grande protetor e doador da graças de Deus, sendo que a alguns Ele dá a modéstia, a outros a castidade, a outros a misericórdia, a outros o amor ardente para com os pobres e ainda a outros o poder de expulsar os espíritos malignos.

E a todo batizado, Ele inflama com seus 7 dons: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. Esses dons são capacidades que o Espírito Santo nos dá para edificação da Igreja, para nossa santificação e como preparação para estarmos na presença de Deus.

Pentecostes e a amizade com o Espírito Santo

Viver Pentecostes é viver uma vida no Espírito, ou seja, de proximidade e amizade com a terceira pessoa da Santíssima Trindade. E o ponto alto dessa amizade é celebrada em Pentecostes.

Por isso, somos convidados a viver Pentecostes com o coração aberto para o fortalecimento dos dons do Espírito em nós. E nada pode nos preparar melhor para isso do que rezar!

Por isso, te convido a rezar conosco o Rosário do Espírito Santo:

V. Vinde, Ó Deus, em meu auxílio:
R. Socorrei-me sem demora. Glória ao Pai, ao filho e ao Espírito Santo…

Os sete Mistérios invocando os sete dons do Espírito

Vem, Espírito Criador,

as mentes dos teus visita,

enche com a graça do céu

os corações que criaste.

Tu que és chamado Paráclito,

altíssimo dom de Deus,

água viva, fogo, amor

e unção espiritual.

Doador dos sete dons,

dedo da destra de Deus,

solene promessa do Pai,

pões nos lábios a Palavra.

Acende a tua luz na mente

infunde no coração amor

aquilo que em nosso corpo está enfermo

cura-o com o teu eterno poder.

Para longe repele o inimigo

e a paz nos dá sem demora.

E assim por ti conduzidos,

evitaremos todo o mal.

Por ti conheçamos o Pai

e conheçamos também o Filho,

e em ti, Espírito de ambos,

creiamos todos eternamente.

Seja dada ao Pai a Glória

e ao Filho que ressuscitou

dentro os mortos, pelo Espírito,

pelos séculos dos séculos.

Amém.

  • 1. Vem, Ó Espírito de sabedoria, desapega-nos das coisas

da terra e infunde em nós o amor e o gosto pelas coisas

do céu.

Repete-se 7 vezes: Pai Santo, no nome de Jesus, manda o Teu Espírito para renovar o mundo.

Conclui-se com: Ó Maria, que por obra do Espírito Santo, concebeste o Salvador roga por nós!

  • 2. Vem, Ó Espírito de inteligência, ilumina a nossa

mente com a luz da tua eterna verdade e a enriquece de

santos pensamentos. Pai Santo…

  • 3. Vem, Ó Espírito de conselho, faz-nos dóceis às tuas

inspirações e guia-nos na via da salvação. Pai Santo…

  • 4. Vem, Ó Espírito de fortaleza, e dá-nos a força,

constância e vitória nas batalhas contra os nossos

inimigos espirituais. Pai Santo…

  • 5. Vem, Ó Espírito de ciência, seja o mestre de nossas

almas e ajuda-nos a colocar em prática os seus

ensinamentos. – Pai Santo…

  • 6. Vem, Ó Espírito de piedade, vem habitar nos nossos

corações para possuir e santificar todos os nossos afetos.

Pai Santo…

  • 7. Vem, Ó Espírito de temor de Deus, reina sobre a nossa

vontade e faz que sejamos sempre dispostos a sofrer

todos os males, antes que pecar. – Pai Santo…

Invocação a Maria

Ó Puríssima Virgem Maria, que em tua Imaculada Conceição, foste constituída pelo Espírito Santo em tabernáculo eleito da Divindade. Roga por nós:

R.: Para que o Paráclito venha logo a renovar a face da terra. Ave Maria…

Ó puríssima Virgem Maria, que no mistério da encarnação foste constituída verdadeiramente Mãe de Deus. Roga por nós:

R.: Para que o Paráclito… Ave Maria…

Ó Puríssima Virgem Maria que perseverando em oração no cenáculo com os apóstolos, foste abundantemente inflamada pelo Espírito Santo. Roga por nós:

R.: Para que o Paráclito… Ave Maria…

Oração final

Venha sobre nós o teu Espírito, Senhor, transforme-nos interiormente com seus dons: criai em nós um novo coração, para que, possamos agradar-te e conformar-nos à tua santa vontade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

O luto de Maria: O que a fez permanecer em pé diante da morte?

Falar de luto no tempo pascal parece contraditório. Entretanto sabemos que o fruto da alegria da ressurreição precisou passar pelo luto dos discípulos de Jesus e também de sua mãe, a virgem Maria.

A única certeza que temos na vida é que um dia iremos morrer. Por mais que saibamos disso, quando chega a morte de um ente querido, nunca estamos preparados. Pois ela vem sem avisar e entramos nesse tempo “pós-morte” chamado luto.

O objetivo deste conteúdo é falar sobre o luto e, com o olhar da fé e a intercessão da Virgem Maria, passar por esse momento em pé diante da cruz (cf Jo. 19, 27). 

O luto na vida humana

O sofrimento é inerente à vida humana, e o luto é um grande sofrimento. Cada pessoa tende a vivê-lo de diferentes formas. Segundo a psicologia, o processo de luto e a sua intensidade varia conforme o vínculo e o significado que aquela pessoa que nos deixou tinha em nossa vida.

O luto se manifesta por meio de uma série de reações que envolvem respostas emocionais (sentimentos de tristeza, culpa, raiva, autocensura, ansiedade, saudade). Cognitivas (pensamentos de descrença, confusão, preocupação) e comportamentais (distúrbios do sono, do apetite, isolamento social, agitação, choro, evitação de lembranças). 

Essas reações são naturais da nossa condição humana e, consequentemente, precisam de atenção. Diante do luto, muitas vezes é necessário um acompanhamento psicológico para lidar com a dor da ausência. 

A psicologia dá algumas dicas de como superar o luto, mas e a fé católica como pode ajudar o crente a viver a dor da sua perda? 

Maria e o luto

Recentemente, passamos pelo tríduo pascal, vivenciamos a dor da paixão do Senhor e a permanência da Virgem Maria em pé diante do seu Filho crucificado. As sagradas escrituras não narram um descontrole emocional de Maria. Vale lembrar que naquela época, também não havia calmantes para aliviar a dor de uma mãe que perde um filho.

No entanto, o Evangelho de São João diz apenas que Maria estava lá. São João Paulo II ao comentar esse trecho bíblico diz: “Ela, que é imaculada, no Calvário “conhece” no seu próprio ser o sofrimento do pecado, que o Filho assume sobre si mesmo, para salvar os homens.”

Ainda nas cenas do Filme Paixão de Cristo, é possível perceber as lágrimas e o sofrimento estampados no rosto de Nossa Senhora. Porém, ela vivia tudo isso em um profundo silêncio.

O papa Bento XVI, na Encíclica Spe Salvi, escreve como acredita que a Virgem Maria tenha vivido o seu luto:

“A espada da dor trespassou o vosso coração. Tinha morrido a esperança? Ficou o mundo definitivamente sem luz, a vida sem objetivo? Naquela hora, provavelmente, no vosso íntimo tereis ouvido novamente a palavra com que o anjo tinha respondido ao vosso temor no instante da anunciação: « Não temas, Maria! » (Lc 1,30). 
Quantas vezes o Senhor, o vosso Filho, dissera a mesma coisa aos seus discípulos: Não temais! Na noite do Gólgota, Vós ouvistes outra vez esta palavra. Aos seus discípulos, antes da hora da traição, Ele tinha dito: « Tende confiança! Eu venci o mundo » (Jo 16,33). « Não se turve o vosso coração, nem se atemorize » (Jo 14,27). « Não temas, Maria! » Na hora de Nazaré, o anjo também Vos tinha dito: « O seu reinado não terá fim » (Lc 1,33). Teria talvez terminado antes de começar? Não; junto da cruz, na base da palavra mesma de Jesus, Vós tornastes-Vos mãe dos crentes. Nesta fé que, inclusive na escuridão do Sábado Santo, era certeza da esperança, caminhastes para a manhã de Páscoa.”

A partir dessas palavras de Bento XVI, podemos afirmar que o consolo para o luto de Maria veio do fazer memória das palavras de Deus a ela e isso renovou a sua fé de que nem tudo estava perdido, havia esperança e ainda não tinha acabado. Pois, como disse Santo Ambrósio, padre da Igreja:

“Não devemos chorar a morte, que é a causa de salvação universal”

O que vem após a morte e o luto

Certamente a manhã de Páscoa, que chega com a notícia do sepulcro vazio, faz Maria sorrir e agradecer ao Pai por mais uma vez ser fiel às suas promessas. 

Com a ressurreição, tanto Maria quanto os apóstolos começam a entender o que vem após a morte e o sofrimento do luto: uma nova vida, a vida eterna.

Mas o que é viver eternamente? O Papa Bento XVI, ao falar sobre a vida eterna, apresenta o grande mistério que a envolve, visto que está intimamente ligada ao desejo mais profundo do ser humano. A fé que sustenta e consola o cristão, a mesma fé que consolou a Virgem Maria, é a fé e a esperança na vida eterna. 

A vida eterna seria então a “verdadeira vida”, a vida em abundância que Jesus prometeu que nos daria. “De certo modo, desejamos a própria vida, a vida verdadeira, que depois não seja tocada sequer pela morte; mas, ao mesmo tempo, não conhecemos aquilo para que nos sentimos impelidos”, diz o Papa.

“Por um lado, não queremos morrer; sobretudo quem nos ama não quer que morramos. Mas, por outro, também não desejamos continuar a existir ilimitadamente, nem a terra foi criada com esta perspectiva. Então, o que é que queremos na realidade? Este paradoxo da nossa própria conduta suscita uma questão mais profunda: o que é, na verdade, a « vida »? E o que significa realmente « eternidade »? Há momentos em que de repente temos a sua percepção: sim, isto seria precisamente a « vida » verdadeira, assim deveria ser. Em comparação, aquilo que no dia-a-dia chamamos « vida », na verdade não o é”.

A palavra  vida eterna  procura dar um nome a esta desconhecida realidade conhecida.

Conhecer para crer

Vimos o grande paradoxo e mistério que envolve a morte, o luto e a fé na vida eterna. Entretanto, é necessário conhecer e aprofundar a doutrina católica que é o que firma a nossa fé sobre a rocha.

Diante da dor do luto e da necessidade dos fiéis conhecerem mais sobre a profissão de fé católica, a Copiosa Redenção lançou o curso “Creio na Vida Eterna”. Assim,  todo católico que queira compreender o que acontece após a morte e o que a Igreja ensina sobre céu, purgatório e inferno poderá aprofundar esse conteúdo.

As aulas serão dadas por Pe Fernando Bauwelz  juntamente com a Irmã Zélia, que ensinará a interceder pelas almas dos falecidos. O Curso é também um auxílio para que aqueles que vivem a dor do luto possam encontrar sentido no sofrimento intercedendo pelas almas. 

Se você conhece alguém que precise renovar a sua fé na vida eterna, compartilhe esse conteúdo.

Eu quero fazer o curso!

Que a Virgem Maria, a Mãe da Esperança, nos console e nos guie no caminho até à vida eterna!